Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
88 POTENCIOMETRIA e CONDUTOMETRIA Calibração dos Eletrodos (vidro combinado e célula de condutância) Obs.: O eletrodo de vidro combinado é frágil e caro e deve ser manuseado com muito cuidado. Ele só funciona se a membrana estiver hidratada; assim, é guardado com o bulbo molhado (imerso em água ou eletrólito). Examinar e desenhar a célula de condutância, observando sua geometria, e o eletrodo de vidro combinado, identificando os 2 eletrodos de referência, a junção porosa (ponte salina) e a membrana sensível à atividade hidrogeniônica. Destampar o reservatório de eletrólito durante o uso. Se o nível estiver baixo, adicionar, sob supervisão do responsável, solução de KCl 3,5 mol/L saturada em AgCl. Fixar cuidadosamente o eletrodo com uma garra pela sua parte superior e conectá-lo ao potenciômetro (pH-metro ou peagâômetro) ligado. Antes e após cada medição, lavar o eletrodo com jatos de água destilada e retirar as gotas d'água tocando-as com papel absorvente. Efetuar a calibração do eletrodo combinado de vidro, começando pela solução-tampão com pH próximo de sete. Imergir o eletrodo numa pequena porção de tampão, suficiente para cobrir a junção porosa. Passar o pH-metro para a posição de medida, movimentar suavemente a solução tampão, aguardar a estabilização e ajustar a calibração, se necessário. Lavar o eletrodo e repetir com tampão pH 4, desta vez ajustando a sensibilidade. Se estiver fora de 100±5%, recorrer a um 3º tampão (p.ex., pH 10) para diagnosticar se o problema é do eletrodo ou dos padrões. A calibração da cela de condutância se faz por imersão em solução padronizada de KCl (anotar condutividade indicada no rótulo, válida para determinada temperatura). Preparar, por diluição de soluções-estoque 0,100 mol/L, 50 mL de soluções 1,00x10-1, 1,00x10-2, 1,00x10-3 e 1,00x10-4 mol/L de HCl e ácido acético (HAc). Medir a condutividade e o pH das 6 soluções. Fazer as mesmas medidas com soluções de NaOH e NaCl 1,00x10-1 mol/L Efetuar uma das titulações descritas a seguir (I ou II) e compartilhar os dados com um grupo que fizer a outra. A montagem para as titulações consiste de uma bureta de 50,0 mL, um béquer (de 150 mL ou 250 mL) contendo barra magnética, colocado sobre um agitador magnético, eletrodos, potenciômetro e condutivímetro. Ajustar a altura da célula condutométrica e do eletrodo de vidro próximo ao fundo do béquer, sem tocar na barra magnética. O agitador pode aquecer com o uso e convém colocar isolante térmico (papelão, plástico de bolhas, espuma ou isopor) sob o béquer. I. Determinação de ácido fosfórico em Biotônico Fontoura e avaliação de pKas Anotar as concentrações indicadas no rótulo do Biotônico pelo fabricante. Pipetar no béquer 10,00 mL de amostra. Com auxílio de uma proveta, adicionar água destilada até cobrir tanto a junção do eletrodo de referência, quanto os eletrodos (e a saída de líquido) da cela condutométrica. Anotar o volume adicionado. Medir o pH e a condutividade iniciais e titular com solução de NaOH 0,100 mol/L padronizada (anotar o valor exato constante no rótulo). Efetuar adições de 0,5 mL de titulante no início, variando este volume ao longo da titulação de modo a produzir incrementos de pH entre 0,2 e 0,3 unidades ao longo da curva. A cada adição, homogeneizar a solução acionando o agitador numa rotação que não cause deposição de bolhas de ar nos eletrodos (se o agitador não provocar oscilação nas leituras, pode permanecer ligado todo o tempo). Anotar cada medida de pH e condutividade após a estabilização e, prontamente, construir gráficos, em papel milimetrado, planilha eletrônica ou no programa CurTiPot*: a) de pH vs. volume e b) condutividade corrigida** vs. volume. Prosseguir até exceder o triplo do volume aproximado da 1ª inflexão. Se os gráficos apresentarem insuficiência de dados de pH para definir com precisão os pontos de inflexão da curva, repetir o experimento com adições menores de volume de titulante nas regiões deficientes. Suspender os eletrodos, lavá-los com água, recuperar a barrinha magnética e lavar o béquer; fechar o compartimento do eletrodo de referência do eletrodo de vidro e guardá-lo imerso em água ou eletrólito. Lavar o restante da vidraria e a barrinha magnética e deixar tudo em ordem. Desligar os aparelhos. II. Determinação ácido bórico em água boricada Proceder como na titulação do Biotônico, com as seguintes diferenças: Pipetar no béquer 5,00 mL de amostra de água boricada; iniciar com adições de 0,2 mL de titulante e ajustar os incrementos de modo a observar variação de pH entre 0,2 e 0,3 unidades ao longo da curva. Titular até alcançar pH 12 ou o escoar os 50 mL da bureta. Lavar o material e guardar os eletrodos como indicado. Roteiro para o Relatório Entregar ao final da aula, indicando data e nº do Grupo a) Desenho do eletrodo de vidro combinado e a célula de condutância, identificando as partes; esquema da montagem experimental utilizada nas duas titulações (pode ser em blocos); b) Tabela com os valores de pH e condutividade medidos na diluição de HAc e HCl, valores esperados (ou pHs calculados com CurTiPot) e explicação das discrepâncias; c) Cópia das duas curvas construídas durante a titulação (em papel milimetrado ou arquivo Excel); d) Trocar dados com um grupo que tenha feito a outra titulação. Entregar na semana subsequente a) Para as duas titulações (I e II), com auxílio de planilha Excel (ou Origin), calcular a condutância corrigida, colocar em gráfico, localizar as intersecções das retas (quando bem definidas), imprimir e incluir no relatório juntamente com os cálculos das concentrações. b) Com auxílio da planilha Análise I do programa CurTiPot*, determinar as inflexões das curvas (I e II) de pH vs. volume, utilizando a derivada primeira com interpolação e alisamento. Estimar na curva interpolada os pKas. Calcular as concentrações dos analitos. Incluir os gráficos e os cálculos no relatório. c) Indicar a técnica mais favorável para analisar cada amostra considerada e discutir as vantagens, potencialidades e limitações das técnicas. Explicar porque nem todos os pKas dos ácidos fosfórico e/ou bórico puderam ser estimados. d) Reunir numa tabela os resultados das concentrações, em g/L nas amostras originais, de H3PO4 e NaH2PO4 (se presente) e de H3BO3, assim como os pKas obtidos, ao lado dos valores esperados*** (rótulo e/ou literatura), e, numa coluna adicional informar se o resultado encontrado depende ou não da rigorosa calibração dos eletrodos. Discutir as diferenças observadas. e) Como exemplo de titulação de uma base, anexe ao relatório a curva de titulação simulada com o CurTiPot de 20,0 mL de Na2CO3 na concentração, em mol/L, de 0,030 + (0,002 x Número do grupo) com HCl 0,100 mol/L. Anexe também a distribuição das espécies sobreposta a essa curva de titulação (planilha Distribuição do CurTiPot) identificando as espécies. _________________________________________________________________________________ * Localizar via Google [Curtipot] e baixar, ou pedir ao professor ** Lcorrigido = Lmedido.(Vinicial+Vadicionado)/Vinicial *** Formulação típica de água boricada de uso oftálmico: 3% de ácido bórico (H3BO3 ou B(OH)3, mm = 64,83 g/mol) e 0,03% de preservativo (ácido p-metilbenzóico).