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pode circular por todos os ambientes e ecossistemas terrestres. participa de todos os processos que ocorrem na natureza. entra na composição das rochas e permanece armazenada nos seus interstícios. age como agente degradador e transformador, responsável por fenômenos de transporte, erosão, formação de sedimentos e uniformização do relevo terrestre. não está sempre disponível no lugar certo e no momento certo, numa visão antropocêntrica. Características da Água 08 A guerra milenar da água O controle dos rios, como forma de dominação dos povos que habitavam os setores hidrográficos de juzante foi praticado desde, pelo menos, 4 mil anos a.c. O controle das inundações do Nilo foi base do poder da civilização egípicia, 3,4 mil anos a.c. O controle do rio Eufrates foi a base do poder da Primeira Dinastia da babilônia, possibilitando o Rei hamurabi 1792 -1750 a.c. unificar a Mesopotâmia. Modernamente o conflito mais grave da água vivenciado por Israelenses e Palestinos, cujos mananciais disponíveis dependem de acordos entre Jordânia, Síria, Líbano, Egito e Arábia Saudita. O território palestino, sob controle de Israel desde 1967, corresponde as áreas de recarga dos aquiferos na região Israel impõe severo controle aos palestinos quanto a utilização de água subterrânea, por conta da cunha salina. Usos da Água: •Agricultura (irrigação) •Abastecimento Humano e Animal •Indústria •Pesca/aquicultura •Saneamento Básico (incluindo recepção de resíduos) •Preservação do meio ambiente •Navegação •Recreação/Cultura •Geração de Energia 10 19 Água no Mundo • Há 2.000 anos atrás a população mundial correspondia a 3% da população atual, enquanto a disponibilidade de água permanece a mesma. • A partir de 1950 o consumo de água, em todo o mundo, triplicou. • O consumo médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%. • A ilusão da abundância tem mascarado a realidade de que a água de boa qualidade está cada dia mais escassa. < 2.000 m3 per capita/ano - sinal de alerta; < 1.700 m3 per capita/ano - começa a ocorrer escassez local, tornando-se rara; < 1.000 m3 per capita/ano - ameaça a saúde, interrupção do desenvolvimento e risco à prosperidade humana; < 500 m3 per capita/ano - ameaça a sobrevivência. Fonte: World Bank, 1995. Population Reference Bureau 1991 20 Indicadores de Relativa Escassez de Águas Níveis Médios de Consumo Humano Disponibilidade hídrica no Brasil é de 35.732 m³/hab/ano Jordânia Conflitos pelo uso das águas Problemas com a ÁGUA: ora falta, ora excesso Motivação para estudar as águas – Qual a probabilidade de ocorrer cheias ou secas? Risco hidrológico. Algumas perguntas usuais aos hidrólogos: Motivação para estudar as águas Motivação para estudar águas – Como cada uma das atividades abaixo afeta as fases do ciclo hidrológico ou que por elas são afetadas: • agricultura; • construção de barragens; • urbanização; • indústria; • turismo, etc. Algumas perguntas usuais aos hidrólogos: – Há condições de abastecimento a partir de um dado manancial? Ou para alguma outra utilização? Algumas perguntas usuais aos hidrólogos: Motivação para estudar águas – Valores de vazão a serem considerados em projetos de: • Vãos de pontes • Bueiros • Vertedores de barragens • Canais de drenagem pluvial Algumas perguntas usuais aos hidrólogos: Motivação para estudar as águas OUTRAS? Motivação para estudar as águas Perguntas que a Hidrologia procura responder: • Qual é a vazão máxima provável em um local proposto para uma barragem ? • Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela poderá variar entre estações e de um ano a outro? • Qual é a relação entre a quantidade de água superficial e a água subterrânea ? • Qual é a vazão mínima de um rio que é igualada ou superada 90 % do tempo ? Perguntas que a Hidrologia procura responder: • Qual é o volume de um reservatório necessário para garantir uma determinada vazão a jusante ? • Qual é o tamanho adequado de um reservatório de armazenamento para limitar as inundações a jusante a um nível pré-estabelecido ? • Qual deve ser a capacidade de um canal ou de um bueiro para evitar inundações em determinadas áreas ? • Quais são o “hardware”( sensor de chuva, p. ex.) e o “software”( modelo computacional) necessários para a previsão de cheias em tempo real ? Para responder a essas e outras perguntas a Hidrologia se utiliza de: • Informações hidrológicas ( dados obtidos por medições) • Análise especializadas • Conceitos e conhecimentos científicos – A resposta de um problema hidrológico em geral é o valor de uma grandeza hidrológica associada a uma probabilidade de que essa grandeza seja igualada ou excedida. 75 % da superfície coberta por água, mas ... Distribuição da água no planeta – Os “reservatórios” Oceanos 1350 x 1015 m3 Geleiras 25 x 1015 m3 Águas subterrâneas 8,4 x 1015 m3 Rios e lagos 0,2 x 1015 m3 Atmosfera 0,013 x 1015 m3 Biosfera 0,0006 x 1015 m3 Ciclo Hidrológico • Fenômeno global de circulação da água entre a atmosfera, a superfície terrestre, e a subsuperfície, impulsionado fundamentalmente pela energia solar, associada à gravidade e à rotação da Terra. Ciclo Hidrológico Ciclo Hidrológico – Esquema simplificado Precipitação Interceptação Transpiração Evaporação Evapotranspiração Infiltração Escoamento superficial Escoamento de base Escoamento subterrâneo Componentes do Ciclo Hidrológico Algumas intervenções que interferem no Algumas intervenções que interferem no Ciclo HidrológicoCiclo Hidrológico Antropismo, ou transformações e impactos causados pelas atividades humanas Poluição pontual e difusa Urbanização / impermeabilização Desmatamentos Mineração Retificação / canalização de rios Erosão e assoreamento Represamentos Agricultura Alterações no Ciclo Hidrológico Crescimento e concentrações populacionais Agricultura e indústria de larga escala Principais intervenções: Derrubada da vegetação natural – redução da proteção Padrões de uso dos solos – impermeabilização das superfícies Barramentos e diques, retificações, desvios e dragagem de rios Importação/exportação de água entre bacias Superexplotação Agregação de compostos/elementos às águas ... Disponibilidade hídrica • Distribuição espacial da água • Distribuição temporal da água • Qualidade da água uso da água • Acesso à água – Serviços de saneamento e outros: intermediação entre a água tornada utilizável em quantidade e qualidade e o usuáriousuário O manejo da água normalmente um ciclo “hidro-ilógico” Fonte: diversas, em Le Monde Diplomatique O manejo da água normalmente um ciclo “hidro-ilógico” Fonte: diversas, em Le Monde Diplomatique O manejo da água normalmente um ciclo “hidro-ilógico” Fonte: diversas, em Le Monde Diplomatique O manejo da água normalmente um ciclo “hidro-ilógico” Fonte: diversas, em Le Monde Diplomatique condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos A precipitação pode assumir diversas formas, incluindo: chuva, neve, granizo e orvalho Precipitação As gotículas de nuvem, através do processo de colisão e coalescência, crescem até atingir o tamanho de gotas. Ao deixar a base da nuvem, essas gotas são chamadas de chuva e iniciam sua queda em direção à superfície Quando a água cai sobre uma superfície coberta com vegetação, parte da chuva fica retida nas folhas. Esse fenômeno é chamado de interceptação. Quando as folhas não são mais capazes de armazenar água, continuando a chuva, ocorre o gotejamento Interceptação condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos EVAPORAÇÃO • Processo de transferência de água para a atmosfera, transformando-se do estado líquido para o de vapor. • Interesse da hidrologia: perdas por evaporação, a partir de superfícies líquidas (mares, rios, lagos e açudes) e da água acumulada na superfície do solo, influindo fortemente nos balanços hídricos. • Principais fatores meteorológicos que influenciam: temperatura da superfície, temperatura e umidade do ar, intensidade e direção dos ventos. condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos TRANSPIRAÇÃO • Processo de transferência da água para a atmosfera, via a atividade de respiração da biota. • Processo decorrente das ações físicas e fisiológicas dos vegetais e animais. • A água absorvida pelos vegetais é liberada, a partir de suas folhas (através de seus estômatos), para a atmosfera na forma de vapor. condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos EVAPOTRANSPIRAÇÃO É o total de água transferida para a atmosfera através da transpiração das plantas e pela evaporação. Evapotranspiração potencial (ETP): quantidade de água transferida (sob condições ideais), em uma superfície extensa completamente coberta de vegetação de porte baixo e bem suprida de água. Evapotranspiração real (ETR): quantidade de água transferida, nas condições reais (existentes) de fatores atmosféricos e umidade do solo. (ETR < ETP). condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos Infiltração é a passagem de água da superfície para o interior do solo. Portanto, é um processo que depende fundamentalmente da água disponível para infiltrar, da natureza do solo, do estado da sua superfície e das quantidades de água e ar, inicialmente presentes no seu interior. Infiltração condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos PERCOLAÇÃO ou infiltração profunda • Transferência das águas da zona não-saturada para a zona saturada (aquífero) • Oportuniza a recarga, propriamente dita, dos aquíferos • Processo depende da água disponível na camada não-saturada do solo para percolar, da natureza da camada subjacente, das quantidades de água e ar presentes no seu interior, do nível do lençol freático. condensação precipitação transpiração infiltração percolação absorção água subterrânea nível freático evapotranspiração reservas superficiais escoamento superficial evaporação armazenamento em depressões reservas em lagos e oceanos Ciclo hidrológico escoamento sub-superficial escoamento subterrâneo interceptação Ciclo hidrológico – Dados processos hidrometeorológicos Escoamentos • Superficial Livre, sob ação da gravidade. Superfície da bacia (difusos) ou na calha fluvial (permanentes, intermitentes, efêmeros). Velocidades “altas”. • Subsuperficial Ocorre temporariamente na camada não saturada. Velocidades “médias”. • Subterrâneo Pode ocorrer permanentemente na zona saturada / aquífero. Velocidades “baixas”. Escoamento de base Águas superficiais e subterrâneas Todas são a mesma água... Todas são a mesma água... ZO NA N ÃO S AT UR AD A ZONA SATURADAZONA SATURADA INFILTRAÇÃOINFILTRAÇÃO ARMAZENAMENTOARMAZENAMENTO E TRANSPORTEE TRANSPORTE DRENAGEMDRENAGEM PROFUNDAPROFUNDA (PERCOLAÇÃO)(PERCOLAÇÃO) EVAPOTRANSPIRAEVAPOTRANSPIRA ÇÃOÇÃO EVAPORAÇ ÃO PRECIPITAÇPRECIPITAÇ ÃOÃO LAGOS, REPRESAS, LAGOS, REPRESAS, RIOSRIOS INTERFLUXO PARA RIOS E INTERFLUXO PARA RIOS E LAGOSLAGOS Ocorrência das Águas Subterrâneas AQUÍFERO INTERSTICIAL POROSOAQUÍFERO INTERSTICIAL POROSO AQUÍFERO FISSURAL CRISTALINO OU CÁRSTICOAQUÍFERO FISSURAL CRISTALINO OU CÁRSTICO FLUXO SUPERFICIALFLUXO SUPERFICIAL BACIA HIDROGRÁFICA • A bacia hidrográfica pode ser entendida como uma área onde a precipitação é coletada e conduzida para seu sistema de drenagem natural, isto é, uma área composta de um sistema de drenagem natural onde o movimento de água superficial é resultado de todos os usos da água e do solo presentes na localidade. • As bacias hidrográficas caracterizam-se pelas sua fisiografia, clima, tipo de solo, geologia, geomorfologia, cobertura vegetal, tipo de ocupação, regime pluviométrico e fluviométrico, e disponibilidade hídrica. O que é Bacia Hidrográfica? Área onde toda a água de chuva coletada drena para um mesmo corpo d’água e escoa por um único exutório. Os limites são definidos topograficamente: divisores de águas. Linha imaginária que limita as vertentes que convergem para um mesmo exutório. exutório vertentes curso d’água divisor de águas Bacias Hidrográficas Brasileiras Delimitação da bacia Compreende a identificação dos limites da área que compreende a bacia hidrográfica, os quais são definidos topograficamente como os pontos que limitam as vertentes que convergem para uma mesma bacia ou exutório. A delimitação de cada bacia hidrográfica é feita, numa carta topográfica, seguindo as linhas das cristas das elevações circundantes da mesma, a partir de uma seção do curso d´água. Cada bacia é assim, sob o ponto de vista topográfico, separada das suas bacias vizinhas. Delimitação da bacia Talvegue principal Tipos de drenagem – Definido como o conjunto de canais que formam uma bacia de drenagem Tem papel importante no estabelecimento da rede de drenagem: • A topografia • A cobertura vegetal • O tipo de solo • A litologia • A estruturação das rochas Fisiografia Fluvial Fisiografia Fluvial – Tipos de rede de drenagem a) Dendritica b) Retangular c) Radial d) Anelar e) Treliça f) Paralela A fisiografia fluvial pode ser entendida sob o ponto de vista dos: Tipos de leito – corresponde ao espaço ocupado pelo escoamento das águas Tipos de canal – corresponde a fisionomia que o rio exibe ao longo do seu perfil longitudinal Tipos de drenagem – corresponde a um conjunto de canais de escoamento interligados Fisiografia Fluvial Tipos de leito – dependem da freqüência das descargas e da topografia, fluviais, podendo ser classificados em: Leito menor – corresponde à parte do canal frequentemente ocupada pelas águas Leito de vazante – equivale à parte do canal ocupada durante o escoamento das águas vazantes Leito maior – ocupado pelas águas sazonalmente Leito maior excepcional – ocupado pelas águas durante as grandes cheias Fisiografia Fluvial Adaptado de Christofolleti (1970) apud Cunha (1994) Fisiografia Fluvial Tipos de canal - resultado do ajuste do canal à sua seção transversal e reflete o inter-relacionamento entre: descarga líquida; carga sedimentar; declive; velocidade do fluxo; e rugosidade do leito. Por que os rios apresentam diferentes tipos de canal? Devido ao regime de descarga; o perfil do rio; as condições de erodibilidade relativa aos tipos litológicos; e influência da tectônica e estruturas primárias ou secundárias das rochas. Fisiografia Fluvial Os principais tipos de canais de drenagem são Fisiografia Fluvial Anastomosado Rio Negro caracterizado por ilhas com faces em forma de lagoas abertas. Largura média do rio Negro é de 18 km Canal Entrelaçado do rio Unini, afluente do rio Negro pela margem direita. O limite da planície de inundação aparece destacado em linha tracejada azul, com cerca de 8 km de largura. Canal Meândrico Dinâmica das Águas Transporte de sedimentos Dinâmica das Águas correnteza Sedimento em suspensão Sólidos dissolvidos Sedimento de fundo Leito do rio Dinâmica das Águas Área de máxima velocidade máxima velocidade Figura 5 – Descarga de sedimento em suspensão nas bacias mundiais – Berner & Berner, 1996 Confluência entre Rio Amazonas e Rio Negro Foz do Rio Amazonas Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67