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Enviado por Tiago Santos em

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Parque Natural do Douro Internacional
Preâmbulo
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Impactes Geoambientais, para a avaliação e com o objectivo de compreender a importância do Parque Natural do Douro Internacional, que foi classificado como uma área protegida e estabelecer a protecção adequada tendo em vista a manutenção das características ambientais.
 Inclui também a elaboração de um plano de ensino com vertente à conservação da natureza.
Resumo
Com este trabalho pretende-se descrever os principais factores físicos e humanos que caracterizam o Parque Natural do Douro Internacional. Esses aspectos envolvem morfologia, geologia e biodiversidade associada, bem como aspectos patrimoniais e actividade da sociedade local, bem como a conservação do património existente.
Palavras-Chave
Impacte Ambiental; Ambiente; Ensino; Parque Natural do Douro Internacional
1. Introdução
Em 1993, com o decreto-lei n.° 19/93 de 23 de Janeiro, é estabelecida a Rede Nacional de Áreas Protegidas, definidos os seus objectivos, planos de ordenamento e categorias ao abrigo da Lei n.º 9/70 de 19 de Junho e do Decreto-Lei n.º 613/76, de 27 de Julho.
As áreas protegidas de interesse nacional são classificadas em: Parque Nacional, Reserva Natural, Parque Natural, Monumento Natural, Área de Paisagem Protegida, “Sítio de interesse biológico” e Reservas Integrais.
A estrutura do Parque natural, Parque nacional e Reserva natural ficou dividida em dois órgãos: a comissão directiva, composta pelo presidente e dois vogais, e o conselho consultivo, que integra representantes especialistas da conservação do património natural.
Com este mesmo decreto são definidos os aspectos de fiscalização e contra-ordenações inerentes às áreas criadas.
Em 1998, pelo decreto Regulamentar n.° 8/98 de 11 de Maio (anexo na página 40), é criado o Parque Natural do Douro Internacional que abrange 85 150 ha. O objectivo do Parque é de conservar o património natural promovendo ao mesmo tempo a melhoria da qualidade de vida das populações locais em harmonia com a conservação da natureza.
O Parque Natural do Douro Internacional estende-se ao longo de 130 km do Rio Douro e o seu afluente Águeda, que constituem a fronteira natural entre Portugal e Espanha.
Objectivos do Parque:
 Valorizar e conservar o património natural e o equilíbrio ecológico, através da preservação da biodiversidade e da utilização sustentável das espécies, habitats e ecossistemas.
 Promover a melhoria da qualidade de vida das populações, em harmonia com a conservação da natureza.
 Valorizar e salvaguardar o património arquitectónico, histórico e cultural, com integral respeito pelas actividades tradicionais, designadamente a Região Demarcada do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo.
 Ordenar e disciplinar as actividades recreativas na região, de forma a evitar a degradação dos elementos naturais, seminaturais e paisagísticos, estéticos e culturais da região.
2. Caracterização Geral
2.1. Localização
A região em estudo, como já foi referido, estende-se ao longo do Rio Douro e o seu afluente Águeda. Localiza-se nas regiões de Trás-os-Montes e da Beira Alta, abrangendo os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo no distrito da Guarda. 
Limites do Parque Natural (anexo I página 48):
Fig. 1- Esquema geográfico dos limites do PNDI 
Parque Natural do Douro Internacional possuí uma extensão de 130Km, sendo a sul limitado pelo concelho de Figueira Castelo Rodrigo e a Norte pelo concelho de Miranda do Douro. A sua extensão a Este faz fronteira com Espanha.
2.2. Clima
Clima da região pode definir-se como sendo mediterrâneo-subcontinental, de grandes amplitudes térmicas, com invernos muito frios mas verões muito quentes e secos. A parte Norte do Parque corresponde à zona de menor influência atlântica de Trás-os-Montes, estando inserida na Terra fria Transmontana. A parte sul do Parque, que se assemelha ao “Douro vinhateiro”, caracteriza-se pelo seu microclima, com uma precipitação escassa e temperaturas de inverno amenas, fazendo parte da Terra Quente Transmontana.
A existência dos planaltos de Miranda do Douro e de Figueira de Castelo Rodrigo a altitudes de 700 a 800m, frios e ventosos, contrasta com os vales escavados do rio douro e seus afluentes, mais térmicos e abrigados.
Na zona de Figueira Castelo Rodrigo a precipitação anual é de cerca de 590,7mm e em média os meses mais chuvosos são Janeiro, Fevereiro e Março. Na zona de Miranda do Douro a precipitação anual é de cerca de 554,7mm e os meses mais chuvosos são Novembro, Janeiro e Fevereiro. Os meses mais quentes são Julho e Agosto, e também são os mais secos com precipitação que não atingem 5% do valor médio anual.
A distribuição espacial da temperatura no ar numa região limitada é condicionada por factores fisiograficos, tais como, o relevo, a natureza do solo e o tipo de revestimento vegetal, a proximidade de grandes superfícies de água e pelo regime de ventos.
Na zona de Figueira de Castelo de Rodrigo a temperatura média anual é de 12,3ºC, oscilando entre 4,7ºC em Janeiro e de 21,3ºC em Julho. Na zona de Miranda do Douro a temperatura média anual é de 12ºC, oscilando entre os 4,2ºC em Janeiro e de 21.1ºC em Julho.
2.3. Geologia
2.3.1. Geomorfologia 
A área do Parque Natural do Douro Internacional encontra-se situada no Maciço Hespérico, o qual é constituído essencialmente por um substrato rochoso de idade Paleozóica e Pré-Câmbrica.
Do ponto de vista geomorfológico, a zona do Parque Natural do Douro Internacional é caracterizada por quatro grandes unidades: superfícies planálticas, montanhas, vales e estuário. 
As superfícies planálticas são as formas mais representadas em toda a zona, e correspondem a superfícies de aplanamento, mais ou menos, conservadas com altitudes entre os 700m e os 1400m. 
O planalto transmontano e da Beira Interior corresponde a uma parte da Meseta Ibérica talhada nas rochas cristalinas e metamórficas do Maciço Antigo. É uma superfície poligénica, resultante da acção conjunta da erosão hídrica e da tectónica. 
 
As montanhas são relevos salientes da superfície planáltica que constituem maciços montanhosos e que são os principais centros de dispersão hidrográfica. Em regra, algumas estendem-se ao longo de direcções hercínicas, correspondendo a enrugamentos da orogenia hercínica, com cavalgamentos, posteriormente atingidos por uma tectónica de fracturas e falhas transversais. 
Nas montanhas graníticas são abundantes os blocos isolados ou amontoados, dando por vezes origem à queda de blocos por gravidade ou deslocados por enxurradas. Nas serras xistosas, porém, os deslizamentos de pacotes de rocha alterada ao longo de superfícies desnudas e inclinadas, são o processo mais activo e frequente, ocorrendo como consequência de chuvas concentradas seguidas a períodos prolongados de chuva fraca de lenta infiltração. 
Os maciços montanhosos mais importantes nesta zona localizam-se, na margem direita, entre o Douro Internacional e a sub-bacia do Sabor, entre as sub-bacias do Tua e do Sabor, entre o Tua e o Corgo, entre o Tâmega e o Corgo e entre o Tâmega e o Cávado; na margem esquerda, salientam-se as serras que separam a bacia do Douro da do Vouga e do Mondego, a bacia do Douro Nacional da do Paiva, bem como a zona da nascente do rio Côa. 
Os elementos de drenagem incluem vales em V de elevado declive e encostas escarpadas, as “Arribas”, característica da paisagem da região, e fortemente determinantes na existência de espécies faunísticas cuja conservação constitui a essência dos objectivos do Parque Natural do Douro Internacional.
2.3.2. Litologia
O Parque é constituído por duas grandes unidades geológicas:
· Rochas Metassedimentares
· Xistos e grauvaques, com intercalações de quartzitos e conglomerados, usualmente referenciados com “Complexo Xisto-Grauváquico” de idade Pré-Câmbrica. Este Complexo Xisto-Grauváquico é composto por xistos argilosos e metagrauvaques com intercalações de conglomerados e quartzitos.· Quartzitos, xistos indiferenciados e conglomerados de idade ordovícica, pertencentes à Formação Quartzitica Armoricano. Estas rochas constituem a ossatura das Serras de Reboredo Freixo e Poiares, na região de Moncorvo. Na área do Parque têm maior desenvolvimento a Sul de Mogadouro, junto a Freixo espada à Cinta, e a Norte de Miranda do Douro.
· Xistos ardosíferos, siltitos, arenitos, calcoxistos e xistos negros de idade ordovicica superior a silúrica. Afloram numa pequena mancha localizada a Sul de Mogadouro.
· Xistos, grauvaques, quartzofilitos e quartzitos das unidades aloctones de Trás-os-Montes.
· Rochas Granitóides
Afloram retalhos de afloramentos granitóides distintos: granito, granodiorito e ortognaisses.
Destacam-se, pelas grandes áreas que ocupam na região, os granitos de duas micas, de grão médio a grosseiro, sendo que por vezes é porfiróide.
Com deformação expressa por uma foliação relacionada com a D3 varisca. A alteração superficial é desenvolvida, permitindo a formação de solos residuais.
A fracturação dessas rochas é muito acentuada.
Afloram a Norte e a Sul da área, principalmente em Picote, Brunhosinho, Bemposta, Brucó e Figueira de Castelo Rodrigo.
Destaca-se também o afloramento, apesar da sua menor dimensão, de orientação NW-SE de granodioritos biotiticos que se desenvolve a Norte de Miranda do Douro.
A W da mesma localidade existe um pequeno afloramento, também com a mesma direcção, de ortognaisses, designadas “Gnaisses de Miranda do Douro”.
A Sul da área do Parque existem granitos monzoniticos com esparsos megacristais e granito moscovitico-biotitico, tendo o grão uma dimensão variável, desde de fina a grosseira, sendo que este ultimo é dominante, podendo apresentar-se por vezes porfiróide. Estes granitoides caracterizam-se por possuírem uma alteração e fracturação intensa.
E por uma unidade de menor expressão:
· Depósitos de Cobertura
São escassos e com representação geográfica diminuta. São individualizados, de idades terciárias superior a quartenárias. Existem depósitos do plio-quartenario discordantes sobre o substrato, que representam o testemunho do arrasamento do relevo e modelação da superfície do Maciço Hespérico, ou o resultado do entalhe da rede hidrográfica actual. Apresentam-se sobre a forma de terraços, cascalheiras de planalto ou depósitos de raña. 
Os terraços fluviais são de representação diminuta na área, devido provavelmente à taxa de levantamento regional, associada de um modo geral, ao forte encaixe de rede fluvial.
Depósitos de Raña desenvolvem-se a Sul da área do Parque e apresentam fraca representação. Ocorrem a sopé cristas quartziticas, ou perto delas, e exibem constituição granulometrica muito grosseira com fragmentos de clastos de quartzitos heterometricos, mal rolados.
A sudoeste de Miranda do Douro ocorrem ainda depósitos de carácter detrítico designados “Depósitos de Trás-os-Montes”.
2.3.3. Tectónica
Na região de Miranda do Douro o efeito das fases Alpinas sobre os sistemas herdado da orogenia Hercínica, conduz à consideração de dois movimentos actuantes sobre o sistmea de falhas de direcção ENE-WSW. Estes movimentos encontram-se devidamente referenciados através dos depositos sedimentares correlativos e por desnivelamentos da Superficie do Maciço Hespérico.
A tectónica da região obedece a um modelo de “thrust system” e enquadra-se num esquema mais vasto. A estrutura deste importante segmento da cadeia Varisca está conformada a um empilhamento de unidades antes abordadas que, do topo para a base, compreendem: Complexo alóctone superior, Complexo Ofiolítico, Complexo alóctone inferior e Complexo parautóctone.
Na região de Mogadouro houve na altura do Câmbrico uma intensa actividade tectónica que originou uma grande instabilidade na bacia e consequentemente deslocações sub-aquáticas de grandes massas de sedimentos. Deste modo, produziram-se carreamentos sin-sedimentares sardos, geralmente de sentido NE-SW a ENE-WSW, os quais levaram ao seccionamento e duplicação da metassequência do Grupo do Douro.
A fase compressiva Sarda foi atenuada e responsavel por um estilo de dobras bastante amplas não acompanhadas de xistosidade de plano axial.
Os quartzitos Armoricanos depositaram-se em condiçoes ambiente costeiro ou de forma distal a proximal, enquanto que a Formação Xistenta foi originada em ambiente euxinico.
A primeira deformaçao hercinica originou dobras acompanhadas de xistosidade de plano axial, orientadas segundo NW-SE a W-E.
A segunda deformação hercinica está relacionada com os carreamentos periféricos do Dominio peri-transmontano. Esta fase também terá sido responsavel por cavalgamentos.
A terceira deformação hercinica foi contemporânea da implantação dos granitóides.
A região de Freixo Espada à Cinta situa-se na parte autóctone da Zona Centro-Ibérica.
Os terrenos abrangem idades que vão desde, pelo menos, o Câmbrico até actualidade, tendo sido sujeitos a esforços tectónicos diversos.
As estrututras principais que se destacam nesta área são dois: dobras e falhas.
Como dobras de 1ª ordem fazem parte o sinclinório de Poiares, o flanco sul-sudeste do Sinclinório de Moncorvo e o flanco norte do Antiforma de Lamego-Penedono-Escalhão. Dentro destas dobras o sinclinório de Poiares é a estrutura mais completa, abrangedo os terrenos do Grupo do Douro e do Ordovícico. O seu eixo maior orienta-se segundo WNW-ESSE. O plano axial é aproximadamente vertical e a dobra apresenta alguma vergência para sul. Dobramento de flanco inverso é observado entre a Quinta do Mosteiro e a Quinta de Veiga Redonda.
No interior do Sinclinório ordovícico as estruturas mesoscópicas estão muito bem expostas, apresentando dobramento serrado poliarmónico.
Os eixos das dobras são sub-horizontais, verificando-se algum basculamneto na região da falha de Estevais-Barca de Alva.
Nos metassedimentos do Grupo do Douro o dobramento é, sempre, mais aberto.
As dobras apresentam geralmente uma só clivagem de crenulação ou de fractura.
Os eixos das dobras de 2ª ordem apresentam-se ligeiramente divergentes em relação a esta grande estrutura do sinforma de Poiares. Este facto resulta da actuação da fase sarda, a qual deverá ter produzido alguma ondulação da estratificação em tempos anteriores à actuação da 1ª fase hercínica.
O contacto entre os gratinóides e os metassedimentos é bastante rectílineo, fazendo prever a existência de uma falha anterior, que tenha facilitado a subida dos liquidos magmáticos. Os metassedimentos estão verticalizados no contacto, apresentando forte porfiroblastese metamórfica.
Na região de Figueira Castelo Rodrigo encontram-se formações incluidas no “Complexo xisto-grauváquico ante-ordoviciano”. Estas formações fazem parte da extensa mancha xistenta das Beiras e Trás-os-Montes, cujas rochas derivaram dos sedimentos que se depositaram no fundo do mar que cobriu o ocidente peninsular no Algônquico ou no Infracâmbrico ou talvez no Câmbrico inferior. Acções orogénicas posteriores, dobraram os depósitos assim formados e provocaram, possivelmente, emersão temporária do territorio nos primeiros tempos do Paleozóico. A responsabilidade de tais acções cabe, aos movimentos sárdicos. Os movimentos hercínicos completaram o dobramento dos quartzitos e dos xistos silúricos, originando larga dobra.
Com estes movimentos relacionam-se fenómenos de granitização. A intrusão do batólito granítico das Beiras, a que pertencem, sem dúvida, os granitos de culminação sinorogénica concordante, e um granito sinorogénico tardio, que será o granito porfiróide.
O granito atravessou e metamorfizou as rochas do “Complexo xisto-Grauváquico”.
Devido ao desenvolvimento de tensões internas durante e após a consolidação os maciços graniticos e xisto-quartziticos foram fracturados e divididos por apertada rede de diaclases e de falhas, nas quais se instalaram filões de diversa natureza. São principalmente filões quartzosos, aplíticos e pegmatíticos. A direcção geral destes filões é NNE-SSW. 
Posteriormente estes filões foram cortados por falhas de orientação geral NW-SE. Alguns deles patenteiamfracturação e reabertura junto aos encostos, por onde penetram soluções hidrotermais siliciosas ou ferruginosas. 
A superficie aplanada formou-se, muito provalvemente, durante o Cenozóico, talvez no fim no Paleogénico.
2.3.4. Hidrologia
A área do Parque Natural Douro Internacional está inserida na bacia hidrográfica do rio Douro. Esta bacia é dominada por unidades de granitóides e unidades metassedimentares muito deformadas. A ocorrência de materiais detríticos é praticamente inexistente, com excepção da Veiga de Chaves e da zona sul do Porto até Espinho.
Do ponto de vista hidrogeológico estas formações, constituídas por maciços eruptivos e formações metamórficas (essencialmente xistos e metagrauvaques), apresentam baixa condutividade hidráulica e têm, regra geral, uma produtividade muito reduzida que não ultrapassa, geralmente, 1 a 3 l/s por captação tubular unitária. É frequente a ocorrência de um nível superior, alterado ou mesmo decomposto, em que a permeabilidade é do tipo intergranular podendo coexistir com a circulação fissural e que pode alcançar espessuras até 100 metros. A um nível intermédio, o maciço rochoso mais ou menos são, encontra-se cortado por descontinuidades abertas do tipo falha, fractura, diaclase ou filão, até profundidades que podem alcançar os 200 metros. Por último, numa zona profunda, caracterizada por uma condutividade hidráulica praticamente nula, o maciço rochoso encontra-se são, compacto e com descontinuidades fechadas.
Cerca de 95% da área da Bacia corresponde quase exclusivamente a rochas com permeabilidade de fissuras onde ocorrem aquíferos descontínuos. Os restantes 5% correspondem a rochas porosas com comportamentos variados.
Podem ainda identificar-se outras formações litológicas com menor representatividade sob o ponto de vista da sua produtividade:
- maciços quartzíticos que, devido à sua elevada compartimentação, podem ser interessantes do ponto de vista de produtividade; ocorrem, no entanto, formando relevos positivos, o que lhes retira aptidão para recarga;
- rochas ultra-básicas (constituintes das formações de Bragança-Vinhais e Morais), anfibolitos e serpentinitos, cuja produtividade não é significativa;
- estruturas filoneanas, de natureza quartzosa, pegmatítica e dolerítica e ainda elementos estruturais de âmbito regional, nomeadamente falhas, dobras e brechas de falha, cujo interesse hidrogeológico é elevado, em particular quando intersectam formações de permeabilidade reduzida;
- depósitos recentes, de natureza aluvionar, coluvionar e dunas, cuja elevada permeabilidade intrínseca lhes confere particular interesse hidrogeológico.
2.3.5. Sismicidade
A sismicidade está intimamente relacionada com a actividade tectónica de uma zona e, no caso de Portugal, o factor mais importante no contexto tectónico é a sua proximidade à fronteira entre a placa tectónica EuroAsiática e a placa Africana. Contudo, falhas activas no território contribuem também para o risco sísmico de uma região.
Carta de Isossistas de intensidades máximas - Sismicidade
A zona do Parque Natural do Douro Internacional apresenta uma sismicidade muito baixa, encontrando-se na zona de sismicidade VI na escala de Mercalli. Na zona do parque o último sismo sentido teve uma sismicidade de 3.1 na escala de Richter.
2.4. Flora existente no Parque
A nível de Flora, os elementos florísticos mais importantes estão localizados no leito de cheia do rio Douro ou na sua proximidade. Muitas destas plantas têm a totalidade ou grande parte das suas populações portuguesas neste território. Exemplos destas plantas são: 
• Antirrhinum lopesianum (espécie rupícola considerada como um endemismo lusitano-duriense e classificada como uma planta rara ); 
• Aphyllanthes monspeliensis (uma liliácea típica das terras de Miranda do Douro, também classificada como rara ); 
• Coronilla minima subsp. minima (instalada nas margens do rio Douro); 
• Cosentinia vellea, Festuca duriotagana, Holcus setiglumis subsp. duriensis (endemismo lusitano-duriense); 
• Isatis platyloba (endemismo duriense, só colectável nas arribas do rio Douro, no seu percurso internacional); 
• Lathyrus setifolius, Linaria coutinhoi (endemismo lusitano-duriense); 
• Malcolmia triloba subsp. patula (característica de zonas arenosas);
• Narcissus jonquilla, Nigella gallica, Rumex roseus, Scrophularia valdesii (endemismo ainda não colectado em Portugal mas presente nas arribas espanholas do rio Douro); 
• Silene boryi, Silene conica, Trigonella polyceratia var. amandiana (endemismo lusitano-duriense);
• Valerianella echinata;
• Vicia villosa subsp. Ambígua; 
• Salix purpurea (com distribuição geográfica, no nosso país, exclusiva do rio Douro e até ao momento só colectado dentro dos limites do Parque).
A flora do Parque Natural do Douro Internacional contem ainda inumeras espécies termófilas em populações disjuntas, sendo exemplo disso:
• Cosentinia vellea, 
• Asparagus aphyllus, 
• Asparagus albus. 
Quanto à vegetação, as comunidades mais representativas existentes no Parque são: 
• Os azinhais de Quercus rotundifolia : 
Trata-se de uma angiospérmica dicotiledónea, também denominada uma folhosa. É uma árvore de porte médio, com uma copa ampla e uma altura média de 15 - 20 m, podenso atingir os 25m de altura. Possuí um tronco com uma casca acinzentada ou parda. As folhas são persistentes, de cor verde-escura, brilhantes nas faces superiores e com indumento esbranquiçado nas inferiores. Têm uma forma ovada e lanceolada, com margem inteira ou muito ligeiramente serrada. O fruto da azinheira é a bolota, que tem uma forma oval, possuindo geralmente pedúnculo. A sub-espécie rotundifolia é a que possui as bolotas mais doces, tendo, por isso, sido utilizadas durante muito tempo como alimento humano. 
É chamada a "árvore de sombra", pois é muito resistente ao ensombramento, crescendo assim melhor debaixo de árvores adultas. Tolera climas com períodos estivais secos e pluviosidade baixa, bem como altitudes elevadas. Suporta bem todos os tipos de solos incluindo os esqueléticos e os calcários.
• Os sobreirais de Quercus suber: sobreiros degradados pois o sub- bosque está dominando por plantas de etapas seriais regressivas.
É uma árvore de porte médio, com uma copa ampla, com uma altura média de 15 - 20 m, podendo atingir os 25 m de altura. Possuí um tronco com casca espessa e suberosa, vulgarmente designada por cortiça. É chamada uma "árvore de sombra", pois é muito resistente ao ensombramento, crescendo assim melhor debaixo de árvores adultas. Prefere climas com amplitudes térmicas suaves, humidade atmosférica e insolação elevadas. Suporta bem todos os tipos de solos excepto os calcários.
• Os carvalhais de Quercus pyrenaica: carvalho negral, vegetaçao climacica da area supramediterrânica do Parque. 
É uma árvore que raras vezes ultrapassa os 20 metros de altura, de folha caduca. A copa é irregular arredondada, mais ou menos alongada. Possuí um tronco direito ou irregular com inúmeros pequenas contracções, com a casca parda a acinzentada, delgado ou pouco espesso que vai adequirindo gretas com a idade. Adapta-se facilmente a encostas de montanha, com preferência por altitudes entre os 400 e 1500 metros, às vezes até maior altitude, suportando bem os frios e as neves de inverno. Ocorre bem em solos siliciosos, puros ou com argila, como os graníticos ou xistosos e suporta mal os solos básicos.
• Os zimbrais de Juniperus oxycedrus: apesar da azinheira existir em maior quantidade, os zimbrais existem em povoamentos praticamente monoespecíficos de extensão considerável. Constituem relíquias paisagísticas e um das atracções deste território. A sua presença reflecte-se em zonas mais quentes e vales apertados, implantados em esporões rochosos das arribas do Douro e seus afluentes.
• Os Bosques higrófilos: aparecem nas margens dos rios e ribeiros em comunidades onde se evidenciam os amieiros (Alnus glutinosa), os salgueiros (Salix salvifolia) e os freixos (Fraxinus angustifolia). Os salgueirais localizam-se nos rios e ribeiros de caudal variável, nas linhasde água que secam no verão ou a substituir os amieirais. Os freixiais estão mais afastados das linhas de água, ocupando os vales mais húmidos e de solos mais profundos.
• Os Matos
· Matos pré-florestais: giestais do cytiso multiflori-Genistetum hystriais, Piornais
· Comunidades de Cytisus multiflorus (giesta branca) e Lavandula sompaiona (arcã)
· Comunidades Echinospartum Lusitanicum: existem em solos esqueleticos e afloramentos graniticos
· Matos heliófilos oligotróficos: urzais, estevais
· Matos heliófilos basófilos
• As comunidades Herbaceas de plantas vivazes
· Comunidades de stipa gigantea
· Malhadas: pastagens de sequeiro
· Lameiros: localizam-se nas proximidades dos aglomerados populacionais, e ocupam os vales mais húmidos e solos mais profundos, nas áreas de maior altitude. Estas formações têm uma importância fundamental na criação de gado ovino e principalmente do bovino, pois é utilizado directamente como pasto e produção de feno para a alimentação dos animais.
· Prados nitrófilos
· Comunidades herbaceas terofiticas
• As comunidades herbaceas arvences: são muito homogeneas.
As comunidades arbustivas que constituem a primeira etapa de substituição dos bosques climácicos no Parque Natural do Douro Internacional, são: os giestais de flor amarela, constituídos pela giesta das vassouras (Cytisus scoparius), a giesta negra (Cytisus striatus) e pontualmente nas áreas de maior altitude, a giesta piorneira (Genista florida subsp.polygaliphylla). 
A comunidade arbustiva de maior extensão dentro do Parque é o giestal de Cytisus multiflorus (giesta branca). Esta comunidade constitui muitas vezes a primeira etapa arbustiva a colonizar os terrenos abandonados pela cerealicultura.
A área do Parque é fértil em fungos tanto em diversidade de espécies como em quantidade de exemplares. Todos os anos, principalmente no Outono, muitas pessoas dedicam-se à recolha de cogumelos. Os mais procurados são:
· sanchas Lactarius deliciosus
· míscaros Tricholoma equestre
· frades Macrolepiota procera,
· lobetos Boletus spp.
· cantarelos Cantharellus cibarius 
· trombetas-dos-mortos Craterellus cornucopioides
Na Primavera procuram-se principalmente as pantorras Morchella esculenta.
Além destes cogumelos comestíveis, existem muitos outros não comestíveis, como por exemplo várias espécies do género Amanita, entre as quais o conhecido e venenoso Amanita muscaria, várias espécies de Russula, Phallus impudicus e Lycoperdon echinatum, entre outros.
A utilização de espécies da flora com características aromáticas e/ou medicinais tem uma grande importância social para muitas das pessoas residentes nesta área protegida. A questão económica não tem praticamente nenhum significado, uma vez que as pessoas que se dedicam à recolha destas plantas apenas o fazem para a sua
própria utilização ou para "ofertas" a familiares e amigos. Estas plantas desde sempre foram utilizadas pelas populações para variados fins, sendo os costumes e saberes tradicionais a elas associados transmitidos de geração em geração até aos dias de
hoje. No entanto, tem-se verificado nos últimos anos que este saber se tem vindo a perder progressivamente, pois os idosos detentores destes conhecimentos vão desaparecendo e não há interesse por parte dos jovens em aprender.
No quadro seguinte estão apresentadas algumas plantas aromáticas e medicinais existentes no Parque Natural do Douro Internacional:
	Nome vulgar
	Nome cientifico
	Utilizações
	Erva de São
Roberto
	Geranium
robertianum
	Dores de estômago/Gastrites/Úlceras
	Urtigas 
	Urtiga dioica
	Dores de barriga/Estômago/hemorróidas/
Doenças urinárias
	Poejo 
	Mentha
pulegium
	Constipação/Dores de estômago
Tempero de comidas
	Fiolho 
	Foeniculum
vulgare
	Má disposição/fígado/Vesícula/
Doenças urinárias
Aguardentes e licores/saladas e sopas
	Cidreira 
	Melissa
officinalis
	Dores de barriga/Dores de
estômago/Atracção de enxames
	Erva prata ou
Erva
sanguinária
	Paronychia
argentea
	Dores menstruais/Baixa da tensão arterial
	Tomilho
branco
	Thymus
mastichina
	Constipação/Diabetes/Colesterol/
Calmante para dormir/Temperar a comida
	Alfazema 
	Lavandola
latifolia
	Evitar a traça na roupa
	Segurelha 
	Satureja
hortense
	Tempero de comida/"Afugenta os ratos"
	Arcádia ou
Erva loba
	Tuberaria
lignosa
	Desinfecção e cicatrização de feridas
	Sabugueiro 
	Sambucus
nigra
	Dores de estômago/Constipações/
Lavagens de feridas
2.5. Fauna existente no Parque
· Aves 
O Parque Natural do Douro Internacional apresenta quatro grupos principais de aves: as aves rupícolas, as aves florestais, as aves estepárias e as aves aquáticas.
As aves rupícolas são as mais emblemáticas do Parque, concentrando-se aqui uma grande percentagem dos efectivos nacionais de algumas das espécies mais ameaçadas, tais como:
cegonha-preta, abutre do Egipto, grifo, águia-real, águia de Bonelli, falcão peregrino, buforeal, andorinhão-real, gralha-de-bico-vermelho e chasco-preto. Outras aves também observadas nestas zonas são os melros-azuis, gralhas-de-nuca-cinzenta, corvos, andorinhas-das-rochas e pombos-das-rochas.
· Gyps fulvus (Grifo)
É espécie de abutres mais frequente no Douro. Apresentam um comprimeto que varia desde de 90m a 105m. Instalam, preferencialmente, em zonas escarpa das rochosas onde fazem os ninhos em massas de gaveto em saliência ou então na fenda rochosa. Possui hábitos necrófagos, ou seja, alimenta-se exclusivamente de cadáveres de animais. 
· Aquila chrysaetos (Águia Real)
É uma ave de presa de grandes dimensões, apresentando uma envergadura de ponta a ponta das asas situada entre 2,05 e 2,20 m. É uma espécie que essencialmente nidifica em habitats rupícolas (rochosos), no entanto, se estes meios escassearem pode construir os seus ninhos em árvores. Alimenta-se de mamíferos, aves e répteis de tamanho médio, podendo recorrer de igual modo a animais mortos. Na maior parte das situações, as principais presas consumidas são coelhos, lebres e várias espécies de galiformes. Captura com alguma frequência outras espécies de predadores, como raposas ou genetas. Geralmente, captura as suas presas no solo, caçando preferencialmente em áreas abertas, evitando zonas muito arborizadas.
· Corvus corax (corvo)
É o maior de todos os corvídeos, chegando quase aos 70 cm de comprimento. Tem um bico forte e curto, e uma «barba» hirsuta, que o distingue da gralha, que é também mais pequena. Tal como esta, é inteiramente negro. É principalmente necrófago, mas também mata pequenas aves e mamíferos, numa dieta que inclui ainda ovos, caracóis e cereais. 
Das aves florestais observáveis na área do Parque podem-se destacar: 
· Milvus milvus (Milhafre-Real) 
Possui uma tonalidade arruivada das penas, uma cabeça quase branca e têm um tamanho considerável. A cauda apresenta uma bifurcação acentuada. Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves e carne morta. 
· Milvus migrans (Milhafre Preto) 
É  uma ave de rapina de grandes dimensões, podendo atingir os 60cm. Possui umas grandes asas e uma longa cauda, que termina  com uma pequena bifurcação. O seu bico é em forma de gancho e nas suas penas predomina a cor castanho acizentada. Alimenta-se de carne morta (e também de peixe quando frequenta a desembocadura dos rios). 
Nos terrenos de cultura cerealífera podemos encontrar aves estepárias tais como o sisão, o alcaravão, a calhandra e a calhandrinha e os tartaranhões-caçadores que sobrevoam os campos de cereal em busca de alimento. No inverno, estes campos são o local de hibernação de várias espécies em particular da petinha dos campos.
As aves aquáticas ocupam os planos de água existentes no Parque, podendo encontrar-se nestes biótopos várias espécies de patos, principalmente no inverno, e o mergulhão de crista, nidificante habitual na barragem de Santa Maria de Aguiar.
· Mamíferos 
· Morcegos 
São mamíferos que têm o corpo coberto de pelos, têm a capacidade de manter a temperatura do corpo constante e são os únicos mamíferos que voam.
Alimentam-se de insectos, que caçam durante a noite. Algumas espécies captutam insectos voadores,e outros conseguem apanha-los no solo ou em cima de rochedos, paredes e plantas, ou em superficies de águas calmas. Para conseguirem capturam estes insectos eles possuem um voo extremamente ágil. Apesar de possuirem uma boa visão, durante a noite utilizam principalmente o seu sistema de ecoloção que consiste na localização dos objectos e presas através dos ecos de ultrasons que emitem pela boca e pelo nariz.
Algumas especies abrigam-se quase exclusivamente em grutas, minas e outras áreas subterrâneos. Outras preferem pequenas cavidades em troncos das arvores. Existem eambém especies que se abrigam em casas abandonadas e igrejas, em especial em salas pouco pertubradas, no forro, na cave ou entre as telhas. Outras especies ficam todo o dia em fendas estreitas de muros, pontes ou rochedos. Em geral, não ocupam o mesmo local ao longo de todo o ano.
Exemplos de algumas espécies existentes em Portugal: Morcego-de-ferradura-grande, Morcego-de-ferradura-pequena, Morcego de bigodes, Morcego Lanudo, Morcego-de-água, Morcego-de-franja, Morcego anão, Morcego dos Açores,ect.
- Lontra 
A lontra tem  um pescoço reduzido, embora largo,  e  uns olhos pequenos e vivos ladeados por duas pequenas orelhas. O focinho apresenta longos pêlos s ensoriais. A cauda é  longa, espessa sendo achatada na base e a afunilar suavemente até à ponta. As patas são curtas e vigorosas, com cinco dedos unidos por uma membrana interdigital, o que propicia uma natação rápida e vigorosa. O pêlo é de cor castanha escura em quase todo o corpo, à exceção da região do ventre, que é mais clara. Vive na margem dos rios, onde a existência de vegetação lhe permita construir abrigos. Muitas vezes aproveita tocas abandonadas por outros animais, ou refugia-se em troncos velhos ou nas raízes das grandes árvores. A lontra é uns animais essencialmente noturnos ou crepusculares, silenciosos e de difícil observação. Alimenta-se, sobretudo de peixe, embora também possa consumir anfíbios, répteis, aves aquáticas, mamíferos, insetos e crustáceos. 
· Lobo
Cerca de 150 a 200 dos Lobos Ibéricos - Canis lupus signatus- habitam o nordeste transmontano. A pelagem é de coloração geral acinzentada, com a zona dorsal castanho-amarelada, mesclada de negro, particularmente sobre o dorso. A zona ventral é clara, de tom em geral branco amarelado. O branco da garganta prolonga-se nas faces. A cauda é acinzentada, com a ponta negra e tem ainda uma pequena mancha dorsal negra no seu terço superior.  Apresenta manchas avermelhadas por detrás das orelhas e manchas mais claras no focinho e na garganta. Os membros dianteiros apresentam, na parte da frente, uma faixa longitudinal negra. Os olhos são oblíquos e cor de topázio. A alimentação é muito variada, dependendo da existência ou não de presas selvagens e dos vários tipos de pastoreio presentes em cada região. As principais presas selvagens do lobo são o javali, o corço e o veado, e as presas domésticas mais comuns são a ovelha, a cabra, o cavalo e a vaca. Ocasionalmente também mata e come cães e aproveita cadáveres que encontra.
Os nucleos populacionais de Bragança-Montesinho, são os mais estáveis, isto é, as alcateias não sofrem grandes flutuações. Existem 3 alcateias: Miranda, Palaçoulo e Mogadouro; e os de Figueira de Castelo Rodrigo são os mais intáveis, isto é, sofrem grandes flutuações do número provocado pelo Homem. Estão isolados e divididos pelo IP5.
· Corço
A cor do pêlo varia de castanho-acinzentado, no Inverno, a castanho-avermelhado, no Verão. Em ambas as fases, a região do ventre apresenta-se mais clara do que o dorso. O escudo anal é branco. A pelagem de Inverno é formada por pêlos longos e espessos, e a de Verão por pêlos curtos e delgados. Possuí membros finos e longos, dos quais os posteriores são mais compridos que os anteriores. Apenas o macho apresenta hastes (com número máximo de três ramificações em cada), apresentando o auge de desenvolvimento quando os animais têm cerca de cinco a seis anos de idade. O corço pesa entre15 e 30 kg para um comprimento médio de 120 cm e uma altura ao garrote de 70 cm. O corço é herbívoro e apresenta uma dieta variada, evidenciando preferências por espécies arbustivas, como silvas, gramíneas e vegetação herbácea. 
· Repteis/Anfibios 
· Anfibios
· Salamandra salamandra
Possui um corpo cilíndrico com uma longa cauda que nos adultos pode atingir dois terços do comprimentos do animal. A cabeça é alongada e apresenta olhos proeminentes. Tem uma coloração dorsal preta, com duas listas longitudinais douradas que se unem no começo da cauda. Ainda no dorso, apresentam pequenas pontuações azuis dispersas. Ventralmente são cinzentas escuras. As fêmeas põem cerca de 15 ovos esbranquiçados de 3-4 mm de diâmetro. O estado larvar destes anfíbios pode durar até 2 anos, altura em que sofrem metamorfose em adultos.
· Triturus marmaratus
· Pelobates cultripes
· Bufo bufo
· Bufo calamita
· Repteis
· Tarentola mauritanica
· Chalcides striatus
· Podarcis hispanica
· Psammodromus algirus
· Psammodromus hispanicus
· Coluber hippocrepis
· Coronella girondica
· Peixes: 
· Esturjão
· truta-se-rio 
· enguia 
· borbo 
· pimpão 
· carpa 
· escalo 
· terca 
· boga
· bordalo 
· ponjorca 
· ruivalo
2.6. Espécies Ameaçadas
· Flora
Sobreiros
· Fauna
Águia Real
Águia bonelli
Cegonha Preta
Abutre do Egipto
Burro
Morcegos
3. Recursos da Zona
3.1. Geológicos
Na zona do Parque existem mineralizações significativas de metais pesais, tais como Crómio, Cobre e Níquel, e metais nobres, tais como Ouro e prata, além de outros derivados não metálicos, tais como areia e saibro.
Também são encontradas ocorrências filoneanas de Volfrâmio, Estanho, Ouro, Arsénio e Urânio, alguns dos quais foram objecto de exploração mineira.
No que diz respeito aos não metálicos, são conhecidas extracções de areias e saibros aluvionares na margem esquerda do Rio Sabor e na margem direita do rio Douro
No passado, explorou-se cal a partir dos calcários metamorfizados e outras rochas calcossilicatadas, da região de Caleira.
Existem inúmeras explorações, a céu aberto, de volfromite, hoje quase todas abandonadas, localizadas em filões quartzosos ou pegmatíticos.
São ainda conhecidos alguns índices de mineralizações de tungsténio, estanho, lítio e chumbo a sul e a nordeste de Barca de Alva. Ocorrem relacionados, quer com filões aplito-pegmatíticoa quer com litologias de quimismo mais calcário do “Complexo Xisto-Grauváquico”.
Ainda se verifica a ocorrência de fosforite, ainda que sem interesse económico, em formações da base do ordovícico, no vele da ribeira do Mosteiro e na Formação da Desejosa.
4. Património Cultural e Mundial: 
4.1. Geológico:
O património geológico do Parque Natural do Douro Internacional, foi desde de muito cedo considerado como um dos principais aspectos a merecer uma atenção especial e, devido as suas características únicas, foi um dos critérios que conduziram à criação do Parque.
Alguns destes locais são emblemáticos e considerados verdadeiros “paraísos” da região, nomeadamente as Arribas do Douro e o seu afluente Águeda. São bem conhecidas as imagens do canhão fluvial do Douro em Miranda do Douro, na Penha do Puio em Picote ou no Penedo Durão em Freixo de Espada à Cinta. É ainda de 
assinalar a grande diversidade litológica, característica marcante na área do Parque. 
A inventariação dos locais de interesse geológico decorreu em simultâneo com a cartografia geológica regional, tendo sido efectuada de modo sistemático. De forma a facilitar a gestão da informação recolhida no Parque Natural do Douro Internacional, foram considerados os seguintes grupos: 
1. Miradouros: locais que permitem a análise geomorfológica. Neste grupo estão considerados locais que oferecem uma panorâmica sobre os canhões dos rios Douro e Águeda: Miradouros de Sapinha (Barca d’Alva), Carrascalinho (Fornos), Penha do Puio (Picote), Sé de Miranda (Miranda do Douro), S. João das Arribas (Aldeia Nova) e Miradouros de Stº André das Arribas (Almofala), Vau (Escalhão), respectivamente. Foram ainda incluídos miradouros que apresentam umavisão abrangente sobre os planaltos de Ribacôa e Mirandês e que correspondem aos altos das cristas quartzíticas: Miradouros de Marofa (Castelo Rodrigo), Penedo Durão (Poiares), Lagoaça (Lagoaça), Sr.ª da Assunção (Castanheira).
2. Áreas de interesse geológico específico (morfologia característica de granitos e rochas carbonatadas, associações petrológicas, etc.). A título de exemplo referem-se: morfologia granítica - parques de geoformas graníticas de Trigueiras (Escarigo) e do Barrocal (Picote); área de morfologia cársica de Sto Adrião; quartzitos deformados da Ribeira do Mosteiro (Poiares); litológias e contactos granito-xisto-gnaisse da Barragem de Miranda do Douro; cascata de Lamoso (Faia da Água Alta). 
3. Afloramentos de interesse geomorfológico, paleontológico, estratigráfico, tectónico, hidrogeológico, petrológico, mineralógico. A título de exemplo referem-se: corneanas (Escarigo), cabeceira de rejuvenescimento knickpoint (Ribª de Tourões), xistos com figuras sedimentares (Sapinha), dobras em xistos e grauvaques (Miranda do Douro), associações de rochas ígneas (Miranda do Douro), estruturas em rochas migmatíticas (Figueira de Castelo Rodrigo). 
4. Exploração/utilização de materiais geológicos: locais de extracção de matérias primas (fontes, minas, pedreiras, barreiros, louseiras,ect.) e aplicações tradicionais (casas tradicionais, moinhos, fornos de telha e de cal, etc.). Como exemplos dos locais de extracção de matérias primas pode-se referenciar: a fonte romana (Castelo Rodrigo); as minas de Vale de Torno (Almofala) e Fonte Santa (Lagoaça); pedreira da barragem (Miranda do Douro), pedreira de mármore (S. Pedro da Silva); barreiros (Variz, Sendim e Nave Redonda). Como aplicações pode-se referenciar: habitações tradicionais em Castelo Rodrigo, construídas em materiais mistos, granito-quartzito e em xisto (Poiares); torre romana em Almofala construída com materiais regionais, granitos, xistos e microconglomerados; conjuntos de moinhos com vários tipos de mós na Ribeira de Picote e as Azenhas da Carrascosa (Miranda do Douro); fornos de telha e cal de Picote e Silva. 
4.2. Arquitectónico:
No Património Arquitectónico, destacam-se os exemplos da arquitectura religiosa (igrejas e capelas) e da arquitectura tradicional de feição erudita (casas solarengas) ou popular (casario dos antigos lavradores, os típicos pombais e elementos diversos como cruzeiros, alminhas, pontes, etc.).
Castelo de Mogadouro: Monumento do séc. XVII, foi concedido à Ordem dos Templários, por El – Rei D. Dinis em 1297 e em 1319. Hoje apenas restam dois panos de muralha.
Castelo de Alva: É o que resta de uma fortificação, provavelmente de origem castreja, reutilizada na idade média, onde podemos ainda encontrar um torreão.
Castelo/Torre Heptagonal: Designada pelos habitantes de Freixo como Torre do Galo ou Torre do Relógio, a Torre Heptagonal é um exemplo único de arquitectura em Portugal. Provém de uma fortificação medieval que foi mandada reconstruir pelo rei D. Dinis . 
O seu interior está dividido em três pisos decorados com abóbadas em arcaria e é iluminada por pequenas frestas rasgadas nas faces da torre. O conjunto termina com uma torre sineira quadrangular, com cobertura em forma de agulha. 
Das muralhas originais do castelo, apenas restam alguns panos que circundam o cemitério e que se encontram em bom estado de conservação. 
Igreja Matriz de Peredo da Bemposta: Igreja do início do séc. XVI, tem uma única nave, rectangular, dividida em três tramos. A nave e a capela-mor são divididas por um arco triunfal.
Igreja Matriz de Castelo Branco: Igreja do início do séc. XVI, tem uma única nave, rectangular, dividida em três tramos. A nave e a capela-mor são divididas por um arco triunfal.
Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta: Mandada edificar por D. Manuel I, a sua traça é atribuída a Boitaca, o mestre-de-obras deste monarca. É constituída por três naves à mesma altura cobertas por abóbadas de nervuras. Também é de destacar que a capela – mor com um valiosíssimo retábulo quinhentista com 16 quadros atribuídos a Grão Vasco. Embora tenha sofrido diversas alterações ao longo dos séculos, a Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta não perdeu a sua traça original tendo chegado praticamente intacta aos nossos dias. 
Igreja de Poiares: Construção do início do séc. XVII, possuía em 1758 5 altares. O seu altar - mor é feito em talha dourada com 7 quadros a óleo, em madeira, mas estes encontram-se bastante deteriorados. 
Pelourinho de Freixo Espada à Cinta: De estilo manuelino, o pelourinho de Freixo possuí uma base quadrada estrelada assente num soco de três degraus de planta poligonal, com 5 metros de diâmetro. O seu fuste de forma hexagonal é decorado em toda a sua altura com motivos florais e encontra-se dividido por um anel de pedra. O capitel está decorado com as armas de Portugal, um freixo, um castelo com três torres e também as armas do município. 
Podemos encontrar ainda quatro ferros dispostos em forma de cruz, com argolas de ferro nas extremidades. 
Pelourinho de Mogadouro: De base quadrangular, o pelourinho de Mogadouro é um marco judicial quinhentista, assente sobre três degraus. O fuste é formado por quatro blocos desiguais. O capitel é constituído por um disco achatado e termina com uma cruz grega.
Pelourinho de Bemposta: Pelourinho com base circular que assenta sobre um soco de dois degraus quadrangulares. O fuste é cilíndrico e no seu extremo superior pode ver-se um escudo com as armas nacionais. Remata com um capitel de cruz grega encimado por dois discos sobrepostos.
4.3. Arqueológico
O Património arqueológico existente na zona é muito vasto: desde de vestígios pré-históricos – Gravuras do cavalo de Mazouco, ruínas de fortificações castrejas, berrões -, aos testemunhos de ocupação romana – Povoados, necrópoles, pontes -, passando pelos castelos e atalais medievais, até aos exemplos de arqueologia industrial do século passado – as linha ferroviárias do Douro e do Sabor.
· Arte Rupreste da zona do Parque
Gravuras do cavalo de Mazouco: São os mais antigos e importantes vestígios da arte parietal do Paleolítico Superior encontrados neste concelho. Apesar de há muito tempo conhecidas pela população local, que chamava à maior das representações «o carneiro», apenas em 1981 foram dadas a conhecer ao mundo científico. 
É constituído por quatro gravuras, encontrando-se apenas uma completa, o “Cavalo de Mazouco”. Gravura muito bem definida, possuindo 62 cm de comprimento e é uma das mais importantes gravuras da arte parietal encontradas ao ar livre. As outras três figuras, apesar de incompletas devem representar também cavalos. Sendo que uma delas possui cerca de 20 cm de altura e a outra cerca de 30 cm. 
Fraga do Gato: Pinturas Rupestres do Paleolítico Superior que encontradas ao ar livre sobre um bloco vertical em xisto. Nas pinturas constam dois motivos zoomórficos, a negro e ocre, que são um quadrupede representado de perfil, sobreposto por uma outra figura. Existe uma terceira figura, mas está muito pouco perceptível.
Fonte Santa/Casal do Mouro: Trata-se de um abrigo rupestre onde se encontra dois “painéis” em xisto, lisos, com pinturas monocromáticas, provavelmente do II milénio Antes de Cristo. 
Um dos painéis representa duas figuras antropomórficas de tamanhos diferentes. O segundo é composto por uma figura 
antropomórfica, provavelmente um animal, por uma figura reticulada e por manchas indefinidas. 
Fraga do Diabo: Trata-se a um conjunto de abrigos pré-históricos, dispostos perpendicularmente em ambas as margens de uma ribeira afluente do Douro. Na margem esquerda existem quinze pequenos painéis gravados em sulcos. Na margem direita, dois pequenos abrigos com gravações semelhantes.
4.4. Sócio-Cultural
Entre 1981 e 1991, a população da zona do Parque Antural do Douro Internacional decresceu entre 12% e 17%. Com excepção da freguesia de Miranda do Douro, todas as freguesias da área em causa sofreram uma recessão demográfica neste período, havendo indicações de que essa tendência se acentuou no período1991-2001; em que esta variação foi superior a 30% nalgumas das freguesias incluídas no PNDI.
O envelhecimento da população é também evidente nos quatro concelhos. O índice de envelhecimento na área do PNDI é de cerca de 130 idosos por cada 100 jovens, tendo aumentado substancialmente na última década (para Portugal o mesmo índice tem o valor de 67 idosos por cada 100 jovens).
Entre 1981 e 1991, a estrutura etária nos 4 concelhos abrangidos pelo PNDI sofreu uma alteração provocada pela diminuição acentuada das classes mais jovens (0-14 anos e 15-24 anos, com variações negativas entre os 26% e os 38%) e pelo aumento dos idosos (mais de 65 anos, com variações entre os 6% e os 16%). Estas alterações traduziram-se num acentuado envelhecimento da população ainda activa, em todos os concelhos.
Tanto a recessão demográfica como o envelhecimento da população estão relacionados com a forte componente agrícola do sector produtivo, e a evolução das duas últimas décadas conduziu também a uma diminuição dos activos agrícolas.
O sector primário, que é essencialmente representado pela agricultura e pecuária, ocupa a maior parte da população activa (cerca de 56% ). De uma forma geral, a agricultura praticada é do tipo extensivo de sequeiro onde predomina o minifúndio, com explorações de pequena e média propriedade, que utiliza, essencialmente, mão de obra familiar.
O sector secundário ocupa cerca de 21% da população activa e o terciário 23%, verificando-se que no comércio e no turismo tem havido um incremento em alguns concelhos. O comércio é constituído por pequenas unidades retalhistas de carácter familiar concentradas nas sedes dos concelhos e o turismo, apesar das apreciáveis potencialidades, encontra-se no geral, incipientemente desenvolvido.
Na região correspondente ao PNDI verificou-se um decréscimo geral da actividade agropecuária, devido ao êxodo da população, que se tem vindo a verificar nesta última década, diminuindo consequentemente o número de explorações agrícolas e de um modo geral, sendo geridas por uma população envelhecida, com baixo nível de instrução.
Os concelhos de Miranda do Douro e Mogadouro estão inseridos no Planalto Mirandês, situado no Nordeste de Portugal, sendo constituído por um extenso planalto, onde predomina o sequeiro extensivo de cultura de cereais em rotação com pousios, numa paisagem de campos abertos.
Os lameiros, em geral periodicamente secos (secadais), reduzem-se às zonas mais baixas e húmidas dos vales. É uma zona vocacionada para a pecuária onde duas espécies têm grande importância económica, a criação de gado ovino e bovino (o solar das raças Mirandesas).
Como principais culturas permanentes, encontra-se a vinha disseminada por todo o planalto, embora a tendência actual seja para diminuir, devido ao baixo preço, a que as produções são pagas. Da mesma forma os olivais para produção de azeite, em muretes, situados em zonas declivosas, têm tendência a serem abandonados, devido aos altos custos que acarretam.
Em Miranda do Douro, predominam a pecuária e as culturas cerealíferas, tendo as culturas permanentes pouca expressão, excepção feita às pastagens permanentes.
Após o estudo efectuado, verifica-se uma quebra significativa nas culturas cerealíferas, com uma perda da ordem dos 32%, que se deve fundamentalmente pelo abandono da cultura do trigo (cerca de 55%) por parte do agricultor. A perda no conjunto das culturas cerealíferas, não foi tão elevada pois o agricultor aumentou substancialmente a cultura de aveia, destinando-se a mesma para as necessidades sentidas na actividade pecuária. Quanto às pastagens permanentes houve um aumento da área afecta a esta actividade, na ordem dos 43%.
No sector correspondente à pecuária, podemos dizer que houve um crescimento razoável nestes últimos dez anos, nos ovinos 15%, tendo no entanto, havido uma diminuição relativa no sector dos bovinos e que se cifra em 7%.
Os resultados relacionados com as culturas permanentes, como o amendoal, castanheiros, tiveram subidas substanciais. O mesmo se pode dizer para a situação actual relativa aos frutos frescos.
Uma das actividades que aumentou significativamente foi sem dúvida a correspondente à floresta.
Em Mogadouro as culturas com maior importância, são os cereais. O sector que se segue com maior representatividade é sem dúvida, o correspondente às pastagens.
É uma região vocacionada para a pecuária extensiva, e apresenta a nível concelhio um crescimento geral. Neste sector foram sem dúvida, os bovinos que apresentaram maior crescimento, 18%, seguindo-se os ovinos com um crescimento da ordem dos 15%.
Quanto às culturas permanentes, a vinha mantém-se em primeiro lugar, ocupando ainda hoje, 1577 há, mas teve um abaixamento de 13%. 
As outras culturas permanentes, tais como as áreas afectas aos castanheiros e nogueiras tiveram um acréscimo significativo.
Quanto ao amendoal, verificou-se uma descida na ordem dos 6%, apesar de existir um certo crescimento em algumas freguesias, mas que na sua globalidade não é representativo. Esta descida deve-se ao abandono da cultura na ordem de 14%.na freguesia de Castelo Branco, onde o amendoal tinha algum significado.
A olivicultura da região, também teve um crescimento significativo, dado em grande parte, ao grande aproveitamento por parte dos agricultores das ajudas comunitárias existentes para este sector. O sector do olival para azeite sofreu um enorme acréscimo percentual, contudo o sector do olival para conserva sofreu uma quebra na ordem dos 15%. Esta variação em termos de tipos de azeitona, tal como aconteceu no concelho de Freixo de Espada à Cinta deve-se sobretudo a que nos últimos anos a produção não foi devidamente valorizada, e este tipo de cultura “peca” por ter elevados custos de produção. Assim sendo, os agricultores tentarem encontrar no azeite uma forma de alterar a situação do sector.
Quanto à região do Alto Douro, no que diz respeito ao concelho de Freixo de Espada à Cinta, podemos afirmar que dominam as culturas permanentes de carácter mediterrânico (olival, amendoal, vinha e citrinos) que se estendem desde as encostas escarpadas (por vezes em socalcos) até às margens do Douro.
Neste concelho, sem dúvida, o olival e o amendoal são as culturas predominantes. No entanto, o peso económico do olival é claramente superior, sendo uma das principais fontes de rendimento das explorações agrícolas. 
As parcelas de amendoal extreme ou consociado com o olival, encontram-se na maior parte dos casos em locais de difícil acesso e em terrenos bastante inclinados. As baixas produtividades e muito incertas, associadas a custos elevados na apanha e o baixo preço do fruto, têm conduzido ao abandono de grandes superfícies de amendoal.
A vinha aparece em terceiro lugar, apresentando maior implantação sobretudo nas encostas do Douro e os citrinos encontram-se nas zonas de regadio de fundo do vale do Douro.
No concelho de Figueira de Castelo Rodrigo estas culturas permanentes têm pouca
representatividade, comparativamente ao concelho anterior, na medida em que as pastagens permanentes e o correspondente efectivo pecuário têm maior peso.
Verifica-se aqui, que os prados ocupam uma área de 5263 ha, havendo um grande núcleo de ovinos na região, onde o cereal ocupa ainda uma posição muito importante, atingindo os 1056 ha. 
Quanto às culturas permanentes o olival para azeite demarca-se de todas as outras, com 2285 ha, seguindo-se a vinha com 706 ha. As restantes culturas permanentes, incluindo os citrinos não têm significado na zona.
Nos concelhos pertencentes ao Parque Natural do Douro Internacional existem muitas festas e feiras tradicionais.
No concelho de Miranda do Douro podem-se destacar as seguintes festas:
· Festa dos Rapazes
· O Carocho
· A velha
· Os Casamentos de Carnaval
· Pauliteiros de Miranda
No concelho de Mogadouro destacam-se as seguintes festas e feiras:
· Festa de São Cristovão
· Festa de Nossa Senhora do Caminho
· Festa de Nossa Senhora de Fátima
· Festa de Santa Luzia
· Feira Mensal
· Feira dos Gorazes
No concelho de Freixo Espada à Cinta destacam-seas seguintes festas e feiras:
· Quinzena das Amendoeiras em Flor
· Festas Nossa Senhora dos Montes Ermos
· Festa de São Sebastião 
· Festa Santo António 
· Festa S. José
· Festa do Sagrado Coração de Jesus 
· Festa de Nossa Senhora dos Remédios
· Festa dos Sete Passos
· Festa de São João
· Festa de Santa Marta
· Feira Transfronteiriça das Arribas e Águeda
· Feira do Artesanato
No concelho de Figueira Castelo de Rodrigo destacam-se as seguintes festas e feiras:
· Festas da vila
· S. Vicente 
· Festa das Amendoeiras 
· Corpo de Deus
· Festa de Santo António
· Festa N .ª Senhora da Conceição 
· Feira Internacional de Barca d' Alva
· Feira de Ano
5. Impactes:
5.1 Actos e actividades interditas
Na área do Parque Natural do Douro Internacional, são interditos os seguintes actos e actividades:
a) Operações de loteamento fora das áreas definidas pelo Parque em vigor como áreas urbanas ou industriais ou de outras previstas no presente regulamento;
b) A alteração à morfologia do solo pela instalação ou ampliação de depósitos de ferro-velho, de sucata, de veículos, de inertes ou de outros resíduos sólidos que causem impacte visual negativo ou poluam o solo, o ar ou a água, bem como pelo vazamento de lixo, detritos, entulhos ou sucatas fora dos locais para tal designados;
c) O lançamento de aguas residuais industriais ou domesticas não tratados nos planos de agua, no solo ou subsolo;
d) O lançamento de excedentes de pesticidas ou de caldas pesticidas e de aguas de lavagem com uso de detergentes;
e) A colheita, captura, abate ou detenção de exemplares de qualquer espécies de flora e fauna selvagens protegidas, incluindo a destruição de ninhos e a apanha de ovos, a perturbação ou destruição dos seus habitats, com excepção das acções levadas a efeito pelo Parque e das acções devidamente autorizadas pelo mesmo
f) A pratica de actividades desportivas motorizadas fora das estradas, caminhos municipais, arrifes ou aceiros ou locais devidamente autorizados;
g) A realização de competições desportivas motorizadas fora dos perímetros urbanos ou locais devidamente autorizados;
h) A introdução ou reintrodução de espécies não autóctones, animais ou vegetais, no estado selvagem, designadamente de espécies cinegéticas ou não, invasoras ou infestantes, em particular de acácia (Acaciaspp.), ailanto, pistosporo, ou a introdução de novos povoamentos de eucaliptos, ou outras espécies exóticas;
i) Na zona reservada das albufeiras classificadas, qualquer construção que não seja de apoio à utilização das albufeiras.
5.2 Actos e actividades sujeitas a parecer ou autorização
1. Sem prejuízo dos pareceres, autorizações ou das aprovações legalmente exigíveis, bem como das disposições especificas previstas para as áreas de protecção e salvo o disposto no número seguinte, ficam sujeitas a parecer ou autorização previa da comissão directiva do Parque as seguintes actividades:
a) Construções e demolições de qualquer natureza, com excepção das normais obras de conservação;
b) Instalação de infra-estruturas eléctricas e telefónicas aéreas ou subterrâneas de telecomunicações, de gás natural, de saneamento básico e de aproveitamento de energias renováveis;
c) Instalação de novas actividades industriais fora das áreas previstas para esse fim, nomeadamente extracção de minerais e de inertes;
d) Instalação de novas actividades agrícolas, florestais e pecuárias, em regime de estabulação, de semi-estabulação e com intensidades de pastoreio superiores a 2CN por hectare, bem como todas aquelas actividades sujeitas a financiamento publico;
e) Alterações do uso actual do solo que abranja áreas continuas superiores a 5ha;
f) Alterações à morfologia do solo ou coberto vegetal com excepção das decorrentes da normal exploração agrícola, silvícola ou pastoril;
g) Prospecção, pesquisa e exploração de recursos geológicos, incluindo a transmissão de licenças validas;
h) Campismos e caravanismo fora dos locais destinados a esse fim;
i) Sobrevoo por aeronaves com motor abaixo dos 1000 pés, salvo por razoes de vigilância ou combate a incêndios e operações de salvamento;
j) Provas de pesca desportiva de competição e aquicultura;
k) Pratica de actividades desportivas ou recreativas;
l) Recolha de pedras e minerais com fins comerciais;
m) Intervenções nos elementos tradicionais do património arquitectónico popular;
n) Destruição de muros de pedra e sebes vivas dos campos agrícolas em extensão superior a 50m;
o) Abertura de novas estradas, caminhos ou acessos (excepto os situados exclusivamente em zonas agricultadas), bem como o alargamento de vias existentes;
p) A realização de cortes rasos de maciços florestais superiores a 5ha ou de vegetação arbórea ripícola até à entrada em vigor do plano de gestão florestal;
q) Instalação de ancoradouros e embarcadouros e de locais de atracagem, aconragem e amarração de embarcações;
2. Os actos e actividades referidos no n.º 1 não carecem de parecer ou autorização da comissão directiva desde que efectuados dentro dos limites dos perímetros urbanos aprovados. 
3. Os pedidos de parecer para a realização dos actos e actividades referidos nas alíneas a), b), c), f) e n) devem ser entregues na respectiva câmara municipal, que posteriormente solicitará parecer ao Parque.
5.3 Áreas de protecção parcial do tipo I
1. Nas áreas de protecção parcial do tipo I podem manter-se os usos do solo existente à data da publicação deste regulamento sendo as suas alterações sujeitas a parecer vinculativo da comissão directiva do Parque.
2. Os terrenos e as minas podem ser adquiridos pelo Parque ou por outra entidade publica com o objectivo de conservar os valores naturais aí presentes.
3. A propriedade dos terrenos pode também ser objecto de contratualização do Estado com os proprietários ou, no caso de terrenos comunitários, com os compartes.
4. Para alem do disposto no artigo 7 do presente regulamento, nestas áreas são ainda interditas as seguintes actividades:
a) A construção de cercas na zona de protecção de 250m da entrada das minas, exceptuando as construções necessárias à gestão das populações de quirópteros, autorizados pelo Parque;
b) A prospecção ou extracção de inertes;
c) Empreendimentos eólicos;
d) A pratica de desportos motorizados.
5.4. Áreas de protecção parcial do tipo II
1. Nas áreas de protecção parcial do tipo II podem manter-se os usos do solo existente à data da publicação deste regulamento, ficando sujeitas a parecer vinculativo da comissão directiva do Parque as suas alterações para superfícies superiores a 1ha, até à entrada em vigor do plano de gestão florestal.
2. As actividades a desenvolver nestas áreas ficam sujeitas, quando tal se justifique, a contratualização do Estado com os proprietários ou, no caso de terrenos comunitários, com os compartes.
3. Nas edificações existentes são permitidas obras de construção, conservação e reconstrução, sem aumento da área.
4. Nestas áreas só são admitidas actividades que mantenham ou valorizem as condições dos habitats referidos, ficando assim interditas as seguintes actividades, para além do disposto no artigo 7 do presente regulamento:
a) A prospecção ou extracção de inertes;
b) Empreendimentos eólicos;
c) A pratica de desportos motorizados.
5. Estas áreas são non aedificandi, excepto as quintas, aglomerados rurais existentes, nos termos previstos nos artigos 29 e 30, respectivamente, e estruturas de apoio agro-pecuário, adegas e lagares de azeite.
5.5. Áreas de protecção complementar do tipo I
1. Para além do disposto no artigo 8 do presente regulamento, encontram-se sujeitas a parecer vinculativo da comissão directiva do Parque as seguintes actividades, tendo em vista os objectivos de conservação da natureza:
a) A alteração da ocupação do solo no quadro das classes agrícola, agro-silvo-pastoril e florestal de acordo com os planos municipais de ordenamento do território em vigor, até à entrada em vigor do plano de gestão florestal aplicável;
b) As instalações ou alterações de estabelecimentos industriais das classes C e D, desde que explorados de acordo comtécnicas tradicionais, e instalações para alimentos compostos para animais (moagem e mistura de cereais sem incorporação de aditivos), em pequenos estabelecimentos.
2. As edificações permitidas nos termos do disposto neste artigo estão sujeitas aos seguintes condicionamentos:
a) A parcela tenha uma área mínima de 10 000m2;
b) A altura total de construção, com excepção dos silos, depósitos de agua ou instalações especiais devidamente justificadas, sejam no máximo de 6,5m, medidos à platibanda ou beirado, para um máximo de dois pisos;
c) O número máximo de pisos seja dois apenas em situações necessárias para adaptação das edificações à morfologia do terreno, sendo de um nas restantes situações;
d) A área de implantação seja de 250m2, com excepção das edificações para turismo de habitação, turismo rural e agro-turismo, em que é de 400m2, e das instalações de apoio à agricultura, pecuária e transformação de produtos agrícolas em que não existe limite predefinido, ficando condicionada a sua autorização a parecer da comissão directiva;
e) Boa integração na paisagem, sem aterro ou desaterros com altura superior a 3 m;
f) Cada proprietário deve salvaguardar a aplicação das medidas de redução de risco de incêndio, de forma assegurar a protecção aos aglomerados populacionais, às edificações isoladas e aos parques industriais.
3. Nas edificações existentes são permitidas obras de construção, conservação, reconstrução e ampliação até ao limite máximo das condicionantes indicadas no n.º 2.
4. Na ausência de localização alternativa fora da área protegida, é permitida a construção de infra-estruturas viárias previstas no Plano Rodoviário Nacional 2000, sujeita a prévia avaliação do impacte ambiental.
5. É permitida a conservação de infra-estruturas rodoviárias existentes.
5.6. Áreas de protecção complementar do tipo II
1. Para além do disposto no artigo 8 do presente regulamento, encontram-se sujeitas a parecer vinculativo da comissão directiva do Parque as seguintes actividades, tendo em vista os objectivos de conservação da natureza:
a) A alteração da ocupação do solo no quadro das classes agrícola, agro-silvo-pastoril e florestal de acordo com os planos municipais de ordenamento do território em vigor;
b) As instalações ou alterações de estabelecimentos industriais das classes C e D, desde que explorados de acordo com técnicas tradicionais, e instalações para alimentos compostos para animais (moagem e mistura de cereais sem incorporação de aditivos), em pequenos estabelecimentos;
c) A instalação de parques de campismo e caravanismo, que devem ter a classificação de duas ou três estrelas ou rural, de acordo com a legislação em vigor;
d) A instalação de zonas de recreio balnear em praias fluviais, que ficam sujeitas à elaboração de projectos específicos, carecendo ainda dos respectivos pareceres e licenciamentos pelas entidades competentes;
e) A instalação de parques de merendas, sujeitos às condições estabelecidas no n.º 4 deste artigo.
2. As edificações permitidas nos termos do disposto neste artigo estão ainda sujeitas aos seguintes condicionamentos:
a) A parcela tenha uma área mínima de 5000m2;
b) A altura total de construção, com excepção dos silos, depósitos de agua ou instalações especiais devidamente justificadas, sejam no máximo de 6,5m;
c) O numero máximo de pisos seja dois apenas em situações necessárias para adaptação das edificações à morfologia do terreno, sendo de um nas restantes situações;
d) A área de implantação seja de 250m2, com excepção das edificações para turismo de habitação, turismo rural e agro-turismo, em que é de 400m2, e das instalações de apoio à agricultura, pecuária e transformação de produtos agrícolas em que não existe limite predefinido, ficando condicionada a sua autorização a parecer da comissão directiva;
e) Boa integração na paisagem, sem aterro ou desaterros com altura superior a 3 m;
f) Cada proprietário deve salvaguardar a aplicação das medidas de redução de risco de incêndio, de forma assegurar a protecção aos aglomerados populacionais, às edificações isoladas e aos parques industriais.
3. Nas edificações existentes são permitidas obras de construção, conservação, reconstrução e ampliação até ao limite máximo das condicionantes indicadas no n.º 2.
4. A instalação de parques de merendas deve obedecer as seguintes condições:
a) Serem obrigatoriamente equipados com mesas e bancos, acesso viário e pedonal, estacionamento automóvel, recolha de lixos e meio de combate aos incêndios;
b) Estas zonas podem ser vedadas e possuir uma rede de trilhos e zonas de estrada
5. As infra-estruturas de apoio a recreio devem ainda obedecer as seguintes condições:
a) Os placards informativos, placas de sinalização, postos de vigilância, postos de praias, guardas de protecção, vedações, mesas, bancos e caixotes de lixo são construídos em madeira devidamente tratada e acabada em verniz marítimo na cor natural, com as ferragens e tirantes acabados a tinta de esmalte preto e a cobertura em material tradicional da região;
b) As restantes edificações utilizam a madeira ou a alvenaria exteriormente forrada a madeira devidamente tratada e acabada em verniz marítimo na cor natural, sendo a cobertura em material tradicional da região e caixilharias em madeira com igual tratamento e acabamento do forro exterior;
c) Os arranjos exteriores e os parques de estacionamento utilizam materiais permeáveis ou semi-permeáveis, sendo o material vegetal a utilizar do elenco autóctone ou tradicional da paisagem local. 
6. Na ausência de localização alternativa fora da área protegida, é permitida a construção de infra-estruturas viárias previstas no Plano Rodoviário Nacional 2000, sujeita a prévia avaliação do impacte ambiental.
7. É permitida a conservação de infra-estruturas rodoviárias existentes.
5.7. Áreas não abrangidas por regime de protecção
Salvo o disposto na legislação aplicável e no presente regulamento, nomeadamente no que respeita aos diferentes níveis de protecção delimitados na área do Parque, admitem-se os seguintes usos e actividades, para os quais se define, nos artigos seguintes, um conjunto de praticas de acordo com os objectivos de conservação da natureza em presença e em correcta gestão dos recursos naturais:
a) Actividade cinegética
b) Agricultura e florestas
c) Pesca
d) Edificações e infra-estruturas
e) Indústrias extractivas e concessões minerais
f) Extracções de areia
g) Competições desportivas
h) Actividades recreativas
i) Percursos
j) Outras actividades de animação turística
6. A escola e o Parque:
A interacção entre o Parque Natural e a escola pode ser feita aos níveis de escolariedade 2º e 3º ciclo. Pode ser proposta uma visita ao Parque de modo a sensibilizar e consciencializar os alunos para a preservação do ambiente.
Para o decorrer desta visita são necessárias informações básicas sobre uma parque natural e do comportamento a ter no memso. Assim esta visita iniciaria-se por uma introdução teórica na sala de aula e só depois os alunos iriam ao Parque.
- Na sala de aula:
· O que são áreas protegidas?
São zonas em que 
São classificadas em Parque Nacional, Reserva Natural, Parque Natural, Monumento Natural, Área de Paisagem Protegida, “Sítio de interesse biológico” e Reservas Integrais.
· O que é um Parque Natural?
Um parque é uma área verde protegida pela cidade, pelo estado/província ou país onde o parque está localizado. 
· O que não se pode fazer num Parque Natural?
· Não faça fogo ou fogueiras. Se houver algum risco de incêndio deve contactar os bombeiros.
· Nunca deixe o seu lixo no chão, para não causar degradação dos solos;  
· Não polua as nascentes e cursos de água, para não contaminar as águas que depois podem vir a ser consumidas;  
· Não danifique muros, sebes, vedações e culturas.  
· Não danifique a fauna e flora silvestres
· O que levar no dia da visita?
· Binóculos para a observação de aves
· Máquina fotográfica  
· Chapéu de sol e protector solar 
· Calçado apropriado  
· Levar algo para beber e comer, e umsaco para guardar o seu lixo 
- No Parque Natural:
· Visualização de flora com o objectivo de construir um hérbario, em especial de:
Sobreiros
Zimbrais
Azinheiras
Carvalho Negral
Também se poderá ter especial atenção para as plantas medecinais e aromáticas que existem no parque.
· Visualização de fauna e se possível tirar fotos para construir um álbum, em especial de:
Águia Bonelli
Lobo
Burro
Grifo
Milhafre
Fonte:� HYPERLINK "http://www.retamatour.com/web/02web/flora/fichas/arbolesyarbustos/Quercus rotundifolia.htm"��http://www.retamatour.com/web/02web/flora/fichas/arbolesyarbustos/Quercus%20rotundifolia.htm�
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