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GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E DINÂMICA objetivos Apresentar e discutir os processos fluviais, sua dinâmica e formas resultantes do escoamento das águas. Discutir as características das bacias hidrográficas que condicionam o regime hidrológico, e como essas características ligam-se aos aspectos geológicos, às formas de relêvo e aos processos geomorfológicos, às carcterísticas hidrológicas e climáticas, à biota e à ocupação do solo. Tópicos � Introdução � Fisiografia fluvial � Dinâmica das águas � Perfil longitudinal dos rios � Influência do homem sobre a geomorfologia fluvial � Impactos das obras de engenharia sobre o ambiente fluvial BIBLIOGRAFIA 1. CRISTOFOLETTI, A., Geomorfologia Fluvial, volume 1 – o canal fluvial. Editora Edgard Blücher Ltda. 1981. 2. CHANG, H.H. Fluvial Processes in River Engineering. John Willey & Sons. 1988. 3. GUERRA, A.J.T. e CUNHA, S.B., Geomorfologia: Uma Atualização de Bases e Conceitos, 4a Ed. Rio de Janeiro, Editora Bertrand Brasil. 2001. 472p. 4. LEOPOLD, L.B., WOLMAN, M.G. e MILLER, J.P. Fluvial Processes in Geomorphology. Dover Publications, Inc. New York. 1992. 5. MAIDMENT,D.R., Handbook of Hydrology. McGraw Hill, Inc. 1993. 6. RICHARD, J.C. Introduction to Fluvial Processes. Methuen & Co. Ltda. 1977. �Ao longo de sua história, as populações quase sempre procuraram se fixar às margens dos cursos d’água, sendo que muitas civilizações deveram seu florescimento à presença de um grande rio, como verificado pelo historiador grego Heródoto ao referir-se: “O Egito é uma dádiva do Nilo”. �Além da importância social, política e econômica, a drenagem e seus padrões propiciam informações relevantes sobre o meio físico, além de seus condicionamentos com o clima, a pedogênese e os ambientes fitofisionômicos, no sentido de fornecer informações dos recursos naturais de uma região. Introdução Introdução Conceitos básicos � Geomorfologia é a ciência que estuda as formas da terra através da sua descrição, dinâmica e processos � Geomorfologia Fluvial – é a ciência das formas da terra associadas com a água, especialmente os rios � A geomorfologia fluvial inclui formas criadas pelos rios em macro e micro escalas associadas a uma rede de drenagem � A geomorfologia fluvial representa um setor de destaque na ciência geomorfológica pelo seu caráter condicionante da vida � A partir da década de 40 a geomorfologia passa a englobar três abordagens temáticas: • morfometria numérica • Compreensão do tratamento estatístico e interrelações de dados sobre os canais fluviais • Produção de modelos � A partir da década de 70 os estudos sobre a geomorfologia fluvial adquiriram uma visão mais ampla englobando áreas como a Hidrologia, a Pedologia e a Ecologia Introdução � A Geomorfologia Fluvial tem adotado uma perspectiva temporal para as mudanças fluviais e se preocupado com as modificações decorrentes da ação do homem � No Brasil alguns autores merecem destaque como os primeiros a desenvolver livros textos sobre o tema: � Suguio (1973) � Christofoletti (1974 e 1981) � Bigarella (1979) Introdução A fisiografia fluvial pode ser entendida sob o ponto de vista dos: � Tipos de leito – corresponde ao espaço ocupado pelo escoamento das águas � Tipos de canal – corresponde a fisionomia que o rio exibe ao longo do seu perfil longitudinal � Tipos de drenagem – corresponde a um conjunto de canais de escoamento interligados Fisiografia Fluvial Tipos de leito – dependem da freqüência das descargas e da topografia, fluviais, podendo ser classificados em: � Leito menor – corresponde à parte do canal frequentemente ocupada pelas águas � Leito de vazante – equivale à parte do canal ocupada durante o escoamento das águas vazantes � Leito maior – ocupado pelas águas sazonalmente � Leito maior excepcional – ocupado pelas águas durante as grandes cheias Fisiografia Fluvial Adaptado de Christofolleti (1970) apud Cunha (1994) Fisiografia Fluvial Tipos de canal - resultado do ajuste do canal à sua seção transversal e reflete o inter-relacionamento entre: � descarga líquida; � carga sedimentar; � declive; � velocidade do fluxo; e � rugosidade do leito. Por que os rios apresentam diferentes tipos de canal? Devido ao regime de descarga; o perfil do rio; as condições de erodibilidade relativa aos tipos litológicos; e influência da tectônica e estruturas primárias ou secundárias das rochas. Fisiografia Fluvial Os principais tipos de canais de drenagem são Fisiografia Fluvial Anastomosado Rio Negro caracterizado por ilhas com faces em forma de lagoas abertas. Largura média do rio Negro é de 18 km Canal Entrelaçado do rio Unini, afluente do rio Negro pela margem direita. O limite da planície de inundação aparece destacado em linha tracejada azul, com cerca de 8 km de largura. Canal Meândrico Tipos de drenagem – Definido como o conjunto de canais que formam uma bacia de drenagem Tem papel importante no estabelecimento da rede de drenagem: � A topografia � A cobertura vegetal � O tipo de solo � A litologia � A estruturação das rochas Fisiografia Fluvial Fisiografia Fluvial a) Dendritica a) Retangular a) Radial a) Anelar a) Treliça a) Paralela Transporte de sedimentos Dinâmica das Águas correnteza Sedimento em suspensão Sólidos dissolvidos Sedimento de fundo Leito do rio Dinâmica das Águas Área de máxima velocidade máxima velocidade Figura 5 – Descarga de sedimento em suspensão nas bacias mundiais – Berner & Berner, 1996 Confluência entre Rio Amazonas e Rio Negro Foz do Rio Amazonas