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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Aluno: Francisco Domiciano da Silva
Disciplina: Organização da Educação Brasileira
Professora: Patrícia Vieira Bonfim.
Tutor: Fabio Rodrigues Lemes
Tarefa 1
1) Escolha três perguntas para entrevistar um profissional que esteja atuando em uma das modalidades de ensino: Educação Especial, Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos ou Educação a Distância. Em seguida, redija um texto abordando os aspectos mencionados.
2) Levando-se em consideração a base teórica e prática, destaque seu ponto de vista sobre “A ampliação do ensino obrigatório no Brasil.
São Paulo, julho de 2013
	Entrevista
	
Fonte: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ees_a.php?t=002
	Processo de Inclusão é um processo de aprendizado
	
	Mel Ainscow, Professor da Faculdade de Educação da Universidade de Manchester, Inglaterra, especialista em necessidades educacionais especiais. É consultor de diversos projetos nessa área.
 1-) O que significa inclusão? 
Mel Ainscow: Inclusão é a transformação do sistema educacional, de forma a encontrar meios de alcançar níveis que não estavam sendo contemplados. 
Eu compreendo a inclusão como um processo em três níveis: o primeiro é a presença, o que significa, estar na escola. Mas não é suficiente o aluno estar na escola, ele precisa participar.
O segundo, portanto, é a participação. O aluno pode estar presente, mas não necessariamente participando. É preciso, então, dar condições para que o aluno realmente participe das atividades escolares. 
O terceiro é a aquisição de conhecimentos - o aluno pode estar presente na escola, participando e não estar aprendendo. 
Portanto, inclusão significa o aluno estar na escola, participando, aprendendo e desenvolvendo suas potencialidades.
Um outro aspecto da inclusão é identificar e sobrepujar as barreiras que impedem os alunos de adquirir conhecimentos acadêmicos. Essas barreiras podem ser: a organização da escola, o prédio, o currículo, a forma de ensinar e muitas vezes as barreiras que estão na mente das pessoas. Estas são as mais difíceis. 
2-) Como superar essas barreiras das pessoas?
Mel Ainscow: Todo este processo de inclusão é um processo de aprendizado. As pessoas estão aprendendo a viver com os diferentes. E isso só se aprende na ação e dentro de um contexto. Por isso eu acho importante, as pessoas estarem abertas para esse tipo de vivência.
3- ) O que mais o impressionou nas suas visitas às escolas em São Paulo? 
Mel Ainscow: Vi muitas coisas boas nas escolas. Muitas experiências que estão dando certo, mas também situações que precisam melhorar.
O que considero relevante e que muito me impressionou, foram as escolas em que a ênfase está na cooperação. Professores e pais trabalhando juntos de forma muito integrada.
Fiquei muito impressionado com o comprometimento e o entusiasmo dos professores. Como é o caso de uma escola que muito me impressionou pelo progresso alcançado em tão pouco tempo, porque iniciou a inclusão há apenas dois anos. 
Um outro ponto que gostaria de destacar é o significativo avanço que o Brasil conseguiu no processo de incluir crianças que antes não tinham a mínima oportunidade de estar na escola. O próximo passo, agora, é tornar as escolas mais eficazes.
Mas há um longo caminho a ser percorrido. Não só aqui no Brasil, mas também em todos os lugares do mundo.
Comentários:
O capítulo V, artigo 58, da Lei das Diretrizes e Bases Nacionais, classifica educação especial “como modalidade de educação escolar, oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”.
No § 1º, do artigo 58, diz: “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial”.
Neste artigo podemos observar que é dado devida reverência aos alunos portadores de necessidades especiais, que até então não tinham apoio do Sistema de Ensino, para atendimento escolar, a não ser em instituições especializadas neste atendimento, como as APAEs.
O inciso 1º desse mesmo artigo garante serviços especializados para atender a diferentes “anormalidades” que os portadores de necessidades especiais venham apresentar.
O artigo 59, também da LDB, garante que os sistemas de ensino assegurarão para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica.
Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares constituem em medidas ou conjuntos de medidas que buscam flexibilizar e adequar o currículo geral, tornando-o apropriado à especificidade dos alunos com necessidades especiais. São intervenções educacionais necessárias que permitem ao aluno melhorar sua situação e relacionamento na escola, para que possam obter sucesso nos processos de aprendizagem.
Assim, na rede regular de ensino, deve haver serviços de apoio para as crianças portadoras de necessidades especiais, pois estas necessitam de instruções, de instrumentos, de técnicas e de equipamentos especializados. Deve haver também, profissionais qualificados para o atendimento e recursos, de acordo com suas necessidades.
A declaração de Salamanca diz ainda que “O encaminhamento de crianças a escolas especiais ou a classes especiais ou a sessões especiais dentro da escola em caráter permanente deveriam constituir exceções, a ser recomendado somente naqueles casos infreqüentes onde fique claramente demonstrado que a educação na classe regular seja incapaz de atender às necessidades educacionais ou sociais da criança ou quando sejam requisitados em nome do bem-estar da criança ou de outras crianças”. Portanto, o projeto de lei ainda prevê, até para segurança dos pais e confiança no processo de inclusão, que as classes e escolas especiais continuem funcionando, com qualidade. E, um dia, ao ver o colega de seu filho evoluindo melhor em classe comum possa largar o medo e, confiando no processo, adote a inclusão. Mas isso, quando ocorrer, será a seu tempo, no tempo da criança e, o mais importante, no tempo da escola que tem que primeiro se preparar. Registro também que o IHA vem fazendo um trabalho excelente, mas precisa de muito mais estrutura e o projeto reza sobre isso também.
Temos aqui, um bom exemplo de inclusão com qualidade:
VALE MUITO CONFERIR O VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=_8F0CWOtOeQ
O professor treinado e como mediador escolar, recebe e insere seu aluno com deficiência, no ambiente escolar, com o máximo de dedicação, dentro de suas limitações. Com o conteúdo adaptado, a criança se interessa pela aula e entenda-se como conteúdo adaptado um tipo de material e conteúdo apropriado para cada criança. 
Um aluno com deficiência visual, deve receber material em braille ou áudio livro. Para o surdo, um intérprete em Libras. Para um aluno com autismo, um mediador que adaptará o que está sendo ensinado, focando mais em suas habilidades e comportamento. Para o cadeirante, as obras de acessibilidade. 
A limitação da quantidade de alunos por sala de aula é imprescindível, de acordo com sua deficiência. As salas de recursos multifuncionais, prometidas pelo MEC, precisam estar implantadas. É preciso ser mais que um professor, é preciso interface entre as partes.
Desta forma, pais confiariam mais no processo de aprendizado e, assim faríamos a inclusão. O mais importante é a adaptação da escola ao aluno com deficiência e esta é a chave para inclusão.
Os problemas são realmente inúmeros, mas para absolutamente todos, existe uma só resposta: a preparação da escola. 
Só existe inclusão com adaptação da escola ao aluno, e não ao contrário.
Pesquisas no campo da educação nos dão conta que um terço dos brasileiros estão freqüentando a escola. Neste caso são quase três milhões de professores diretos ou indiretos e mais de cinqüenta milhões de alunos matriculados, em todos os níveis de ensino.
Embora as pesquisas sejam por amostragens
temos um avanço na formação escolar do povo brasileiro, o que contribui para melhor desenvolvimento do nosso país.
Outro ponto importante é o nível de analfabetismo, no Brasil, de acordo com o último Censo do IBGE. Em 2000, o percentual era de 13,63% da população, acima dos quinze anos de idade e este número caiu para 9,6% em 2010, demonstrando um avanço, embora saibamos que a estrada é longa. Erradicar o analfabetismo ainda é uma tarefa árdua. Outro resultado favorável é o fato que, em 2006, 97% das crianças até quatorze anos freqüentavam a escola. Programas de bolsas têm tirado muitas crianças do trabalho infantil para ingressarem nas escolas e os EJAs (Educação de Jovens e adultos), também têm contribuído para este avanço. Tudo isto em conjunto com a valorização dos professores tem trazido resultados positivos.
A LDB/96 trouxe avanços para educação do nosso país, tornando a escola um local de participação social, valorizando o construtivismo, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão, porém falar de ensino obrigatório nos dá a sensação de cárcere, pois a escola deveria sim ser um atrativo, um ambiente de prazer tanto para educadores assim como para educandos.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.” (Paulo Freire).

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