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Direito Processual Civil
1. Procedimento
O procedimento não se confunde com o processo, vez que, enquanto este
constitui o instrumento do Estado para a prestação da tutela jurisdicional, aquele
caracteriza o rito pelo qual os atos processuais serão praticados dentro do processo,
dentro de uma seqüência lógica (um ato praticado após outro em ordem prevista na lei).
O procedimento caracteriza o modo e a forma para a prática dos atos processuais
dentro do processo.
Assim, o rito ou procedimento1 poderá ser:
a) ordinário ou comum;
b) sumário;
c) especial.
2. Rito ordinário
No processo de conhecimento o rito ordinário constitui o procedimento comum, ou seja,
a regra geral que se aplica para todas as causas que não foram submetidas ao rito
especial ou sumário.
O procedimento ordinário é constituído pelas seguintes fases e atos principais:
a) fase postulatória (282/318 CPC): petição inicial, despacho inicial (recebimento,
emenda da petição inicial ou extinção liminar), citação e defesa do réu;
b) fase saneadora ou ordinária (319/331 CPC): verificação dos pressupostos
processuais, extinção do processo sem julgamento do mérito, julgamento antecipado,
especificação das provas, ou seja, a regularidade do processo;
c) fase de tentativa de conciliação: antes do início da produção de provas, em se
tratando de direitos disponíveis, é realizada audiência para tentativa de conciliação (art.
331 do CPC);
d) fase instrutória ou probatória (337/457 CPC): fase da dilação probatória, momento da
colheita de provas, audiência de instrução: oitiva das partes em depoimento pessoal ou
interrogatório, oitiva de testemunhas ou dos esclarecimentos dos expertos.
e) fase decisória (458/475 CPC): após o encerramento da instrução o juiz proferirá
sentença;
f) fase recursal (496 ss CPC): a parte sucumbente poderá interpor recurso próprio. Com
o esgotamento dos recursos haverá o trânsito em julgado.
1 Por exclusão o procedimento que não for sumário será ordinário. Os casos de procedimento sumário encontram-se
no art 275 CPC.
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3. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO – FASE POSTULATÓRIA
Petição inicial citação resposta
3.1 PETIÇÃO INICIAL: dá início ao processo de conhecimento, é subscrita por
advogado, onde o autor indicará a sua pretensão (pedido - “petitum”) e os fundamentos
jurídicos do pedido (causa de pedir - “causa petendi”); deve conter todos os requisitos
mencionados no artigo 282, especialmente a indicação das provas; em princípio
devem-se juntar desde logo todos os documentos que serão usados no processo; ela
deve ser redigida de maneira lógica e compreensível, de modo que o réu possa
entender o pedido e defender-se.
* o artigo 39 exige que na petição inicial conste o endereço do advogado, mas tem se
admitido que ele conste apenas da procuração.
Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se
desenvolve por impulso oficial.
Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial
seja despachada, onde houver mais de uma vara. A propositura da
ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no
art. 219 depois que for validamente citado (torna prevento o juízo,
induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando
ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e
interrompe a prescrição).
Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o “pedido” ou
a “causa de pedir”, sem o consentimento do réu, mantendo-se as
mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.
§ único. A alteração do “pedido” ou da “causa de pedir” em
nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.
Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos
fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos
indispensáveis à propositura da ação.
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Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os
requisitos exigidos nos art. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor a emende, ou a complete, no prazo de 10
dias.
§ único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a
petição inicial.
Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará,
ordenando a citação do réu, para responder; do mandado constará
que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu,
como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor.
- defere: o juiz entende que a petição inicial está em ordem, determinando a citação do
réu.
- emenda: o juiz ordena que o autor corrija ou complete a petição inicial (art. 282).
- indefere: o juiz indefere a petição inicial nos casos do artigo 295.
Art. 295. A petição inicial será indeferida:
I - quando for inepta;
II - quando a parte for manifestamente ilegítima;
III - quando o autor carecer de interesse processual;
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a
prescrição (art. 219, § 5º);
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não
corresponder à natureza da causa, ou ao valor da
ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao
tipo de procedimento legal;
VI - quando não atendidas as prescrições dos art. 39, § único, 1ª
parte, e 284.
§ único. Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III - o pedido for juridicamente impossível;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar,
facultando ao juiz, no prazo de 48 h, reformar sua decisão.
§ único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão
imediatamente encaminhados ao tribunal competente.
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3.2 DO PEDIDO
- generalidades
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É ilícito, porém,
formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição
os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, de modo definitivo, as
conseqüências o ato ou do fato ilícito;
III – quando a determinação do valor da condenação depender de
ato que deva ser praticado pelo réu.
Art. 287. Se o autor pedir a condenação do réu a abster-se da
prática de algum ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato
que não possa ser realizado por 3°, constará da petição inicial a
cominação da pena pecuniária para o caso de descumprimento da
sentença (art. 644 e 645).
- alternância de pedidos
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da
obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um
modo.
§ único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao
devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de
um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado
pedido alternativo.
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva,
a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o
anterior.
Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações periódicas,
considerar-se-ão elas incluídas no pedido, independentemente de
declaração expressa do autor; se o devedor, no curso do processo,
deixar de pagá-las ou de consigná-las, a sentença as incluirá na
condenação, enquanto durar a obrigação.
Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores,
aquele que não participou do processo receberá a sua parte,
deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
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- cumulação de pedidos
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o
mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja
conexão.
§ 1°. São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de
procedimento.
§ 2°. Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de
procedimento, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o
procedimento ordinário.
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente,
compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.
Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo
à sua conta as custas acrescidas em razão dessa iniciativa.
3.3 CITAÇÃO: ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado, a fim de se
defender; estando em termos a petição inicial, o juiz ordenará a citação do réu, devendo
nela constar que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como
verdadeiros, os fatos articulados pelo autor; a falta ou a nulidade de citação, não
suprida pelo comparecimento espontâneo do réu, é um defeito que não se apaga
nunca, nem pelo trânsito em julgado da sentença, nem pelo término do prazo para a
ação rescisória; esse defeito pode ser alegado a qualquer tempo, até em execução.
* a citação válida tem o condão de gerar efeitos processuais (prevenção, litispendência
e litigiosidade do objeto discutido em juízo) e materiais (constituição do devedor em
mora), além de ser o ato marcante na retroação da interrupção da prescrição à data da
inicial.
* depois da citação, não pode mais o autor modificar o pedido ou a causa de pedir sem
o consentimento do réu; mas pequenos erros podem ser corrigidos a qualquer tempo,
desde que isso não modifique a inicial.
- intimação: é a forma pela qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do
processo (ato já praticado).
- notificação: é a comunicação da prática de um ato a ser realizado, convocando
alguém para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (ato futuro).
* esta definição é dada pela doutrina; o CPC não estabelece distinção entre ambas.
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4. RESPOSTA DO RÉU: uma vez efetuada a citação válida, a relação jurídica
processual está completa, surgindo o ônus do réu de oferecer a defesa contra os fatos
e direito sustentados pelo autor na inicial; é um ônus processual porque não está o réu
obrigado a defender-se, já que lhe é facultado até mesmo o reconhecimento jurídico do
pedido formulado pelo autor (reconhecimento do pedido) (art. 269,II); entretanto,
conforme se verá, a ausência de contestação à pretensão do autor importa na
aplicação dos efeitos decorrentes da revelia (art. 319 a 322).
4.1 REVELIA: ocorre quando o réu não responde à citação, deixando de comparecer
em juízo e oferecer resposta (conceito doutrinário); entretanto, a revelia recebeu
definição mais restrita no artigo 319, o qual afirma sua ocorrência apenas quando o réu
deixar de contestar a ação (conceito legal); é a situação do réu que não contesta a
ação; é a falta de resposta do réu no prazo.
- efeitos:
- presunção da veracidade dos fatos narrados na inicial – este efeito não está
propriamente ligado ao conceito correto de revelia (doutrinário), mas sim à ausência de
contestação (revelia pelo CPC); a ausência de contestação faz com que os fatos
constitutivos do direito do autor não se tornem controversos, gerando a presunção
relativa de sua veracidade. - desnecessidade de intimação dos atos do processo –
este efeito não está ligado à ausência de contestação pelo réu, mas sim ao seu não-
comparecimento ao processo, após a citação.
Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros
os fatos afirmados pelo autor.
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no
artigo antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento
público, que a lei considere indispensável à prova do ato.
Art. 321. Ainda que ocorra revelia, o autor não poderá alterar o
pedido, ou a causa de pedir, nem demandar declaração incidente,
salvo promovendo nova citação do réu, a quem será assegurado o
direito de responder no prazo de 15 dias.
Art. 322. Contra o revel correrão os prazos independentemente de
intimação. Poderá ele, entretanto, intervir no processo em qualquer
fase, recebendo-o no estado em que se encontra.
• pode haver revelia sem acontecer os seus efeitos.
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4.2 EXCEÇÃO (ataca o processo) – é a forma de defesa (no sentido amplo) contra
o órgão jurisdicional ao qual foi a causa distribuída, em virtude de possível parcialidade
(impedimento ou suspeição) ou de incompetência relativa para julgar a demanda. É
a defesa contra o processo, restrita à argüição de exceções de impedimento (quando
o juiz tem algum vínculo com a causa, a lei proclama não ter ele a imparcialidade
necessária para julgá-la, ele deve se considerar impedido para atuar no processo; caso
isso não ocorrer, caberá à parte interessada argüir), suspeição (a imparcialidade do
juiz pode ser afetada por suas relações com a causa, algum seu interesse pessoal, ou
com as partes, ele deve ser considerado suspeito e sair do caso; caso isso não ocorrer,
caberá à parte interessada argüir), incompetência (é um remédio processual para
afastar o juiz que não pode decidir o processo e garantir que o processo seja julgado
pelo juiz que a lei manda; diz-se incompetente o juiz que não tem poder legal para
julgar aquela causa), litispendência e coisa julgada (ambas tem por objetivo evitar
que o autor promova 2 processos idênticos contra o mesmo réu, que, assim, poderia
ser obrigado a pagar 2 vezes, ou, até mesmo, inocentando num e condenando em
outro; haverá sempre que se reproduzir uma ação anteriormente ajuizada, tais ações
serão idênticas entre si se tiverem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o
mesmo pedido; a diferença entre litispendência e coisa julgada, reside no fato de que a
ação repetida ainda está em curso “a lide ainda está pendente” na primeira hipótese,
enquanto na Segunda a causa já foi julgada); são argüições de defesa indireta
(argumentos para se impedir a instauração ou o prosseguimento do processo,
independentemente do mérito, pertinência ou justiça da pretensão deduzida pela outra
parte), por isso mesmo devem ser argüidas desde o início, no pórtico da defesa.
* é defesa contra o processo, formulada através de uma petição escrita, autuada em
apenso (apensada aos autos principais), referente à incompetência relativa do juiz
(capacidade objetiva), bem como ao impedimento ou suspeição (capacidade subjetiva).
* o juiz que é impedido tem nulo todos os seus atos praticados no processo; já o
suspeito não tem nulo seus atos, se ninguém alegar a sua suspeição, passando assim
a ser imparcial.
* deve-se contestar todos os itens aduzidos na petição inicial2.
Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção,
a incompetência (art. 112), o impedimento
(art. 134) ou a
suspeição (art. 135).
Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do MP, ou prestou depoimento como
testemunha;
2 O mesmo prazo para contestar será o prazo para excetuar.
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III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o 3° grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
§ único. No caso do nº IV, o impedimento só se verifica quando o
advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém,
vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o
impedimento do juiz.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz,
quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o
3° grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das
partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo;
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das
partes.
§ único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Art. 305. Este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau
de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de 15
dias, contado do fato que ocasionou a incompetência, o
impedimento ou a suspeição.
Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265,
III), até que seja definitivamente julgada.
Neste contexto, as exceções assumem a natureza de defesa específica contra
defeito ou vício com relação ao órgão jurisdicional, e não contra o mérito da ação. Com
efeito, a exceção prevista no artigo 304 do Código de Processo Civil tem por finalidade
a argüição de incompetência do juízo, o impedimento ou a suspeição do juiz.
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4.2.1 INCOMPETÊNCIA
A incompetência pode ser:
a) Absoluta: a infração de regra que disponha a respeito de competência absoluta,
ou seja, que tenha como critério matéria e função, gera vício incomparavelmente
mais grave. Desta maior gravidade decorre a diversidade de regimes jurídicos
entre este vício e o vício ocasionado pela incompetência relativa. A competência
absoluta é determinada por regras imperativas ou de ordem pública, sendo,
portanto, inderrógavel, já que essas normas incidem independentemente da
vontade da parte (art. 111CPC).
Está-se, aqui, diante de vício que pode ser argüido3 a qualquer tempo pelo réu,
embora o momento adequado seja o da resposta e o meio apropriado seja a
contestação (art. 301, II), por razoes ligadas à economia processual.
Não alegando o réu a incompetência absoluta neste momento oportuno, poderá
posteriormente faze-lo por meio de simples petição, ficando, todavia, sujeito a
responder pelas custas de retardamento (art. 113 e 268, § 3º, 2ª parte, que se
refere ao art. 267, IV, que diz respeito não só, mas também aos pressupostos
processuais de validade).
Justamente por se tratar de vício de maior gravidade, deve o juiz dele conhecer
de ofício, durante o procedimento em primeiro grua de jurisdição, na fase de
apelação e durante o julgamento de todos os recursos ordinários. É nesse
sentido da expressão em qualquer tempo e grau de jurisdição constante do art.
267, §3º.
Ainda, não tendo o réu alegado (ou mesmo tendo feito a alegação, que teria sido
rechaçada), não se tendo manifestado de ofício a respeito da incompetência
absoluta, e tendo havido, nesse processo, decisão de mérito transitada em
julgado, está-se diante de sentença rescindível (art. 485, II). Sentença proferida
por juízo absolutamente incompetente fica maculada por vício que terá, na
verdade, normalmente, ocorrido quando da propositura da ação, como se o
defeito se tivesse “propagado” ao longo do processo. Torna-se, por isso, apesar
do trânsito em julgado, passível de ser impugnada durante os dois anos
subseqüentes (art. 495).
b) Relativa: trata-se de competência estabelecida por regras derrogáveis (art. 111,
2ª parte, cuja infração gera, no processo, vício sanável). Portanto, trata-se de
defeito que não pode ser argüido pelas partes a qualquer tempo, ficando
escoado o prazo dentro do qual essa argüição pode ser feita, acobertado pela
preclusão. Também não pode o juiz conhecer de ofício vício de competência
relativa. O único meio adequado para que a parte se insurja contra a situação de
a ação ter sido movida em juízo relativamente incompetente é a exceção (art.
304 a 311).
3 A competência absoluta se dá por argüição.
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Dispõe, para manejar a exceção, do prazo de 15 dias (art. 297). Poderá, todavia,
faze-lo antes de apresentar contestação e reconvenção, ficando o processo
suspenso até que a exceção seja definitivamente julgada, quando então poderá
apresentar as demais peças de defesa (em sentido lato) no resto do prazo.
Não tendo a parte feito uso do instituto da exceção para se insurgir contra a
incompetência relativa, ocorre a prorrogação da competência, tornando-se
competente o juízo que antes incompetente era, não havendo mais oportunidade
para que, durante o processo, se levante esse defeito. A prorrogação de
competência nada mais é do que efeito específico da preclusão, que ocorre
neste caso.
Como o vício se considera como tendo sido sanado, se não argüido em tempo e
através do meio hábil, tem-se como conseqüência ser absolutamente imaculada
sentença proferida por juízo relativamente incompetente.
4.2.2 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO4
A imparcialidade do juiz é pressuposto de toda atividade jurisdicional. A
imparcialidade pode ser Examinada sob um aspecto objetivo e um aspecto
subjetivo. No aspecto objetivo, a imparcialidade se traduz na eqüidistância prática
do juiz no desenvolvimento do processo, dando às partes igualdade de tratamento.
Como conseqüências dessa imparcialidade objetiva existem, por exemplo, o
princípio da iniciativa de partes, que proíbe ao juiz conhecer de questões de mérito não
suscitadas porque, em caso contrário, estaria beneficiando a uma das partes e o
princípio de que em todos os momentos do processo as partes devem ter
oportunidades processuais análogas. Todavia, para que se concretize a imparcialidade
objetiva, é preciso que o juiz seja subjetivamente imparcial, isto é, que seja
verdadeiramente um estranho à causa e às partes.
O juiz, que de qualquer modo esteja vinculado à causa, por razões de ordem
subjetiva, tem comprometida a sua imparcialidade e, portanto, não deve atuar no
processo. As razões que comprometem, ou, pelo menos, colocam em risco a
imparcialidade do juiz são as razões de impedimento e de suspeição, conforme
relacionadas no Código. Os casos de impedimento são mais graves e têm como
conseqüência a subtração do poder de decidir do juiz em relação a determinada causa.
Nos casos em que a lei considera o juiz
impedido, está ele proibido de exercer
sua função jurisdicional. A violação dos casos de impedimento acarreta a nulidade do
processo, gerando a possibilidade da ação rescisória se, apesar da proibição legal, o
juiz impedido proferiu sentença que se tornou definitiva com trânsito em julgado (art.
485, III).
Já os casos de suspeição não inibem o poder jurisdicional do juiz, suscitando
apenas a dúvida quanto à imparcialidade, o que é suficiente para afastá-lo do processo,
4 Note-se que a competência para julgar a exceção não é do juiz de primeiro grau (como ocorre na exceção de
incompetência), mas concerne ao tribunal proceder o julgamento da alegação de imparcialidade.
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mas não para tornar a sentença nula. A suspeição deve ser argüida e resolvida no
curso do processo, tornando-se impossível a alegação após o trânsito em julgado da
sentença. Os casos de impedimento do juiz estão relacionados no art. 134, que assim
dispõe:
"Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou
voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento
como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe
proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o
seu cônjuge ouqualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa
jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do número IV, o impedimento só se
verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da
causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim
de criar o impedimento do juiz".
Como se vê, são circunstâncias objetivas que geram a presunção absoluta de
que o juiz tem comprometida a eqüidistância subjetiva em relação às partes. Em todas
as hipóteses legais, o juiz participou do processo ou está intimamente ligado à lide, o
que gera a necessidade de seu afastamento do processo.
As hipóteses de suspeição encontram-se relacionadas no art. 135 do Código de
Processo e também podem comprometer a imparcialidade, por via de uma presunção
estabelecida na lei. São hipóteses em que o juiz ou está psicologicamente vinculado às
partes ou tem interesse na solução da causa de seu cônjuge ou de parentes deste em
linha reta, ou na colateral até o terceiro grau. São casos de fundada suspeita de
parcialidade do juiz:
a) ser ele amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
b) algumas das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou parentes
deste, em linha reta ou colateral até o terceiro grau;
c) ser herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
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d) se receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar algumas das
partes acerca do objeto da causa ou subministrar meios para atender às despesas do
litígio;
e) for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, afastando-se do processo se
ocorrem as hipóteses dos arts. 134 e 135. Todavia, o juiz que deixa de se abster ou de
se declarar suspeito poderá ser recusado por qualquer das partes. O meio processual
para a formulação da recusa do juiz pela parte é a exceção, regulada nos arts. 304 e s.
O direito de apresentar exceção pode ser exercido, em qualquer tempo ou grau de
jurisdição, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do fato que ocasionou o impedimento
ou a suspeição. Ao oferecer a exceção, a parte deverá especificar o motivo da recusa,
podendo ser instruída com documentos em que o excipiente funda suas alegações,
contendo, se for o caso, o rol de testemunhas. Despachando a petição, o juiz, se
reconhecer o impedimento ou a suspeição, remeterá os autos ao seu substituto legal,
afastando-se do processo. Em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias dará suas razões
acompanhadas de documentos e rol de testemunhas, se houver, ordenando em
seguida a remessa dos autos ao Tribunal.
O Tribunal, se verificar que a exceção não tem fundamento legal, determinará o
seu arquivamento. Caso contrário, julgando procedente a exceção, condenará o juiz
nas custas, mandando remeter os autos ao seu substituto legal. Recebida a exceção e
até que seja definitivamente julgada, o processo ficará suspenso.
Observe-se que nos casos de impedimento, mesmo sem ter sido oposta a
exceção no prazo e segundo o procedimento legal, por se tratar de matéria de ordem
pública o Tribunal poderá conhecê-la de ofício, anulando a sentença proferida por juiz
impedido, devolvendo o processo para julgamento por outro juiz. Já em relação à
suspeição, o rito procedimental da exceção é condicionante do exame da matéria.
Os motivos de impedimento ou de suspeição aplicam-se também ao órgão do
Ministério Público, todos eles, quando este não for parte, e, sendo parte, todos eles,
salvo o inc. V, do art. 135, que considera o juiz suspeito se interessado no julgamento
da causa em favor de uma das partes.
Evidentemente esse inciso é inaplicável se o Ministério Público for parte, porque
como substituto processual ele demandará em favor do interesse de alguém e,
portanto, não há, por isso, motivo de suspeição, porque a lei determina sua atuação
nesse sentido. Ademais, os mesmos motivos de impedimento ou suspeição aplicam-se
aos serventuários da justiça, perito e assistentes técnicos e ao intérprete.
A arguição de impedimento ou suspeição do Ministério Público, serventuário da
justiça, perito e intérprete, deverá ser feita, mediante petição fundamentada e
devidamente instruída, na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos.
O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão da causa,
ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a prova, quando necessária, e
em seguida julgando o pedido.
Nos tribunais, o relator do processo processa e julga o incidente. Neste último
caso, bem como também na exceção de impedimentos ou suspeição argüidos contra o
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juiz, a doutrina entende que o juiz ou a pessoa argüida de impedida ou suspeita é parte,
havendo, no caso, uma decisão declaratória da imparcialidade ou parcialidade do juiz
ou dos órgãos relacionados no art. 138. Esta decisão refere-se à capacidade subjetiva
desses órgãos de participação no processo.
4.3 CONTESTAÇÃO (ataca o pedido e/ou a causa de pedir)
A contestação é o instrumento de oposição do réu à ação proposta pelo autor; é
o ato pelo qual o réu resiste em juízo a pretensão do autor aduzida na inicial, podemos
dizer que é o direito de ação do réu contra o direito de ação do autor, ou, ainda, a
resistência do demandado contra a pretensão do demandante, ou seja, é a defesa
propriamente dita, consistente na antítese da tese até então existente nos autos,
mediante dedução de toda a matéria possível, e na exposição dos motivos de fato e de
direito do porquê da resistência à pretensão; considerando que o processo regula duas
relações distintas e independentes, a primeira envolvendo o juiz e as partes, de cunho
estritamente processual, e a segunda envolvendo apenas autor e réu, de natureza
material, a contestação pode desenvolver defesas processuais e materiais. É defesa
contra o mérito (pedido do autor); a sua ausência acarreta
a revelia; contesta o pedido,
expondo as razões com que impugna a pretensão do autor; é a modalidade mais
importante de resposta, pois, em regra, se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão
verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, salvo se não for admissível, a seu respeito, a
confissão, se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei
considerar da substância do ato, ou se estiverem em contradição com a defesa,
considerada em seu conjunto; o réu que não contesta é considerado revel e não é mais
intimado dos atos do processo, que segue sem a sua participação; na contestação, o
réu deverá levantar as preliminares (defesa processual direta) que tiver, antes de entrar
no mérito da questão; se o réu levantar alguma preliminar, ou alegar fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do pedido do autor, será este ouvido, no prazo de 10 dias; em
princípio, deve o réu juntar à contestação todos os doc. que irá usar no processo.
É na contestação, pelo princípio da eventualidade, que o réu deverá alegar
toda a matéria processual e de mérito que lhe competir naquele momento, afirmando a
lei (art. 300), que compete ao réu alegar na contestação toda matéria de defesa.
Diante disso, prevê a legislação:
4.3.1 Defesa Processual – preliminares, que pode ser:
4.3.1.1 Dilatória – quando visa prorrogar, postergar o momento processual.
Com efeito, antes de discutir o mérito da ação, o réu deverá argüir:
a) inexistência ou nulidade da citação – como vimos anteriormente, sem citação não
existe processo;
b) incompetência absoluta – aquelas relacionadas à matéria e hierarquia. A
incompetência relativa (territorial ou valor da causa) deverá ser alegada em exceção de
incompetência (petição autônoma);
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c) inépcia da petição inicial – a inépcia se verifica quando existe vício no pedido da
petição inicial, ou seja, quando faltar pedido ou causa de pedir, quando da narração dos
fatos não decorrer logicamente o pedido, quando o pedido for juridicamente impossível,
quando os pedidos cumulados forem incompatíveis entre si (art. 295, parágrafo único);
d) perempção – ocorre quando a ação é extinta, sem julgamento do mérito, por mais de
três vezes (art. 268, parágrafo único);
e) litispendência – quando houver em trâmite outra ação idêntica (mesmas partes,
causa de pedir e pedido), quando se repete ação que ainda está em trâmite ou
pendente de julgamento (art. 301, § 3º);
f) coisa julgada – quando for repetida ação já decidida por sentença definitiva (de que
não caiba mais recursos);
g) conexão – quando por identidade de causa de pedir ou objeto o processo deva
ser julgado simultaneamente com outro, idêntico;
h) incapacidade da parte, defeito de representação processual ou falta de autorização –
a falta de autorização ocorre naquelas hipóteses do artigo 10, em que há
obrigatoriedade de outorga do cônjuge;
i) convenção de arbitragem – uma vez que o compromisso arbitral afasta a jurisdição
estatal, havendo a convenção o juiz não poderá analisar o mérito da demanda;
j) carência de ação – impossibilidade jurídica do pedido, falta de legitimidade einteresse
de agir;
k) falta de caução ou outra prestação, que a lei exige como preliminar – hipótese, por
exemplo, da ação rescisória que determina a prestação de caução pelos autos como
pressuposto da ação.
As preliminares de contestação são incidentes processuais que impedem o
magistrado de conhecer o mérito da ação, são questões de ordem pública que podem
ser conhecidas de ofícios, salvo as hipóteses de compromisso arbitral (art. 301, § 4º).
Por sua vez, na defesa de mérito, o réu deverá alegar toda a defesa pertinente,
inclusive manifestando-se precisamente sobre todos os fatos deduzidos pelo autor, sob
pena de preclusão e presunção de veracidade. Em outras palavras: os fatos não
contestados são tidos por incontroversos, gerando a confissão do réu em favor do
autor.
4.3.1.2 Peremptória – extingue o processo. Ocorre perempção quando o autor
der causa, por três vezes, à extinção do processo pelo fundamento previsto no art. 267,
III, não poderá intentar nova ação com o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe
ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu mérito (art. 268, §
único CPC).
4.3.2. Defesa de Mérito – contra a pretensão ou pedido da ação.
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4.3.2.1 Ônus da impugnação especificada – impugnar especificadamente
todos os requisitos da inicial. A regra da impugnação específica apenas não se
aplica nos seguintes casos (art. 302 e parágrafo único):
a) se não for admissível a confissão – nos casos de direitos indisponíveis;
b) se a petição inicial não estiver instruída com o documento público que a lei obrigar
para a validade do ato;
c) se estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto;
d) quando a defesa for elaborada por advogado dativo, curador especial e por órgão do
Ministério Público.
4.3.2.2 Defesa de mérito – deduzir na contestação toda a matéria da defesa. Da
mesma forma, após a apresentação da contestação, apenas se admitem novas
alegações quando (art. 303):
a) forem relativas a direito superveniente;
b) competir ao juiz conhecer a matéria de ofício (questão de ordem pública);
c) puderem ser alegadas a qualquer tempo por expressa previsão legal.
5. Reconvenção
A reconvenção é o instrumento colocado à disposição do réu para o exercício de
ação contra o autor nos próprios autos da ação iniciada por este. Em outras palavras,
trata-se da possibilidade do réu de formular pedido contra o autor, sem a necessidade
da propositura de uma nova demanda.
A reconvenção é cabível quando:
? a ação reconvencional for conexa com a ação principal (mesmo pedido ou causa de
pedir ou identidade de objeto);
? a ação reconvencional for conexa com o fundamento da defesa (contestação).
Dessa forma, nota-se que a reconvenção é uma verdadeira ação que tramitará nos
autos de outra.
5.1 Prazo e requisitos
A reconvenção deve ser apresentada no prazo de 15 dias, simultaneamente com
a contestação. Ressalte-se que nada impede a apresentação de reconvenção sem
contestação, ou seja, a parte poderá apenas reconvir, no entanto, se for contestar,
deverá protocolar ambas as petições, simultaneamente.
Requisitos:
a) petição inicial (petição autônoma em relação à contestação) – devem ser observados
todos os requisitos previstos no artigo 282 do CPC, devendo a reconvenção ser
proposta por petição autônoma;
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b) competência do juiz para conhecimento da reconvenção – o juízo da ação principal
também deve ser competente para o julgamento da reconvenção;
c) compatibilidade entre os ritos procedimentais (ação e reconvenção);
d) simultaneidade (contestação e reconvenção);
e) a ação principal deve admitir reconvenção – uma vez que alguns procedimentos
admitem pedidos na própria contestação, não havendo necessidade de reconvenção,
por exemplo, rito sumário e ações possessórias.
PC Livro IV (890 ss)
Especiais
Legislação extravagante
Procedimento
Súmario
Comum
Ordinário
? Rito ordinário – é a materialização do procedimento, aplica-se supletivamente às
lacunas dos demais processos.
Fases do rito ordinário: postulatória, ordinária ou saneadora, probatória,
decisória, recursal.
Por exclusão o que não for sumario será ordinário, ver se é sumário art. 275
CPC.
? Procedimento ordinário – fase postulatória.
Petição inicial citação resposta (15 dias)
A resposta pode ser: revelia, contestar, exceção
(incompetência [relativa
ou abasoluta], impedimento), suspeição, reconvenção.
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Revelia5 (319 ss)
Impedimento
parcialidade6
Exceção suspeição
Incompetência relativa7
Citação Resposta
Dilatória8
Defesa preliminar9
Peremptória10
Contestação
Ônus da impugnação especificada11
Defesa de mérito12
Eventualidade13
Reconvenção14 (no rito sumário é pedido contraposto)
5 Não é sinônimo de concordância com o pedido.
6 Parcialidade do juízo, existe uma causa maior que poderá influir na decisão do magistrado.
7 Só pode ser argüida momento da resposta. Incompetência relativa = EXCEÇÃO; incompetência absoluta = ARGÜIÇÃO (pode ser argüida a qualquer tempo)
8 Visa prorrogar, postergar o momento processual.
9 Defesa que antecede o mérito. (301 CPC).
10 Extingue o processo sem julgamento de mérito (CPC 267, V e 268, § único).
11 Impugnar especificamente todos os requisitos da petição inicial (302 CPC).
12 Arts. 300 – 303 CPC.
13 Deduzir na contestação toda a matéria da defesa (303 CPC).
14 Art. 282 CPC: dirigida contra o autor; conexão com ação ou com fundamento da defesa; identidade de rito; juízo competente. Vedações: emenda; reconvenção de
reconvenção; necessidade de contestar; diferente de pedido contraposto.
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4
5
6 7 8
9
10
11 12
13
Jurisdição
Procedimento
em
contraditorio
processo
Processo e
procedimento
Ação
Petição
Inicial
(282)
Extinção do
processo com
julgamento de
mérito (269)
Extinção do
processo sem
julgamento de
mérito (267)
- Requisitos
(282/283)
- Emenda à
inicial (284)
- Indeferimento
da inicial (295
e § único 284)
- Antecipação
dos efeitos da
tutela (273
diferente 461 -
tutela
específica)
Comunicação
dos atos
Intimação
(234)
Efeitos
(219)
Citações
(213/233)
Exceção
(304/314)
Resposta
(297/299)
Revelia
(319/322)
Posturas
do réu
Reconvenção
(315/319)
Contestação
(300/303)
Incompetência
Parcial
Mérito
Preliminar
Relativa
Suspeição
Impedimento
Réplica autor
(326/327)
Citação do réu
ADI (325)
Especificação
provas (324)
Providências
preliminares
Audiência
preliminar
(331)
Dos
procedimentos
nos tribunais
Provas
(332/45)
Sentença
coisa julgada
(458/475)
Recursos
ETC.
AI
AP
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Teste seus conhecimentos
Tomo I
Incompetência
01 Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao excepto por
a. 24 (vinte e quatro) horas.
b. 48 (quarenta e oito) horas.
c. 5 (cinco) dias.
d. 10 (dez) dias.
02 O prazo legal destinado para, respectivamente, apresentar defesa oral, em
audiência; vista dos autos ao exceto para contestar a exceção de incompetência;
designação de audiência de instrução e julgamento das exceções de suspeição;
efetivar o pagamento ou a garantia da execução, é de
a. 20 minutos; 24 horas; 48 horas; 48 horas.
b. 15 minutos; 24 horas; 48 horas; 24 horas.
c. 20 minutos; 48 horas; 24 horas; 48 horas.
d. 15 minutos; 48 horas; 24 horas; 24 horas.
03 Jonas propôs ação de investigação de paternidade contra Túlio, alegando que o réu
e sua mãe mantiveram relações sexuais que resultaram em sua concepção. Com base
na farta prova testemunhal colhida, o juiz julgou procedente o pedido do autor e
reconheceu a paternidade questionada. O réu, apesar de inconformado com a decisão,
não interpôs nenhum recurso contra ela, mas dirigiu-se a um laboratório médico onde,
juntamente com Jonas, submeteu-se à coleta de sangue com a finalidade de realizar
exame de DNA para a determinação do vínculo de parentesco biológico entre eles. O
exame concluiu pela exclusão da paternidade de Túlio, que, sabendo que jamais havia
mantido qualquer relacionamento íntimo com a mãe de Jonas, requereu a instauração
de inquérito policial para apurar a prática do delito de falso testemunho por parte das
testemunhas arroladas pelo autor que depuseram no processo, especialmente porque a
sentença que julgou procedente a ação baseou-se nos depoimentos de tais
testemunhas. Os réus foram condenados pela prática do crime de falso testemunho.
Embasado na sentença penal condenatória e no resultado negativo do exame de DNA,
Túlio propôs, no prazo legal, ação rescisória da sentença que reconhecera a
paternidade em relação a Jonas. Com relação a essa situação hipotética, julgue os
itens que se seguem.
A) Falta ao autor interesse de agir para a rescisória porque, não havendo recorrido da
sentença rescindenda, demonstrou haver com ela se conformado. Além disso, ele não
atendeu ao requisito de exaurimento das instâncias, exigível para a admissibilidade da
rescisória.
B) O juízo que prolatou a sentença rescindenda em primeiro grau, na hipótese, está
prevento para conhecer e julgar a rescisória, tendo em vista a clara conexão existente
entre ambas as ações.
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C) Se o réu da rescisória houver mudado de endereço, poderá opor exceção de
incompetência relativa, pleiteando que a rescisória tramite no foro de seu domicílio, já
que o investigante conserva o foro privilegiado também para a rescisória.
D) A partir da prolação da sentença cível, não mais se poderia instaurar a persecutio
criminis relativa ao falso testemunho, eis que a lei penal prevê expressamente a
possibilidade de o agente vir a retratar-se do depoimento prestado perante o juiz cível
antes que este prolate sentença, ficando, desse modo, isento de pena. Assim, como
corolário da garantia da ampla defesa, a prolação da sentença cível é fato impeditivo à
instauração da ação penal relativa ao falso testemunho.
E) Com a decisão penal transitada em julgado, na ação rescisória já não mais se
poderá discutir a existência da falsidade, devendo a defesa do réu, de meritis, cingir-se
à demonstração de que a sentença rescindenda não se haja fundada na prova
declarada falsa, ou seja, à comprovação de que houvera outro fundamento suficiente
para a decisão.
04 O recurso cabível contra a decisão que julga uma exceção de incompetência é:
A) apelação;
B) embargos infringentes;
C) agravo de instrumento;
D) nenhuma das hipóteses.
05 O juiz deve declarar-se incompetente, de ofício:
A) em todos os casos de incompetência absoluta;
B) por incompetência territorial, nunca;
C) em alguns casos de incompetência relativa;
D) só quando lhe faltar competência de jurisdição.
06 Dois dias após ter sido validamente citado para oferecer contestação em uma ação
cognitiva de natureza pessoal, Augusto, funcionário público, por força de movimentação
funcional, mudou sua residência para outra cidade e comarca. Graças ao fato pretende
ingressar com exceção de incompetência, invocando a regra do art. 94 do Código de
Processo Civil (''Aação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real
sobre bens móveis serão propostas, em
regra, no foro do domicílio do réu.''). A
mudança de domicílio do réu, na hipótese:
A) não é causa de modificação da competência, inclusive já se fazendo prevento o
juízo;
B) é causa de modificação da competência, dado que o domicílio do réu, em ações
dessa natureza, se mostra como critério determinativo de cunho inderrogável;
C) é causa de modificação da competência, uma vez que não se acha esgotado o
prazo de contestação;
D) não é causa de modificação de competência, porque o domicílio do réu é de todo
irrelevante para sua determinação.
07 Assinale a opção correta:
A) as competências territorial e funcional podem ser modificadas pela conexão e
continência;
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B) dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre quando há identidade de
partes e de objeto;
C) a prevenção, entre juízos de comarcas distintas, dar-se-á em favor do juízo que
despachar primeiro a petição inicial;
D) a conexão ocorrerá quando duas ou mais ações tiverem o mesmo objeto ou a
mesma causa de pedir;
E) declarada a incompetência absoluta, todos os atos são nulos.
08 É certo dizer:
(I) recebida a exceção, o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente
julgada;
(II) a desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não impede
o prosseguimento da reconvenção;
(III) no procedimento ordinário, a reconvenção e a exceção devem ser oferecidas
simultaneamente, mas processadas em apenso aos autos principais;
(IV) as exceções de coisa julgada e litispendência devem ser opostas por meio de peça
autônoma;
(V) a incompetência absoluta deve ser argüida mediante oposição de exceção.
As proposições corretas são
A) as proposições I e II são verdadeiras;
B) as proposições III e IV são verdadeiras;
C) as proposições IV e V são verdadeiras;
D) as proposições I e III são verdadeiras;
E) as proposições II e V são verdadeiras.
09 Assinalar a alternativa correta.
A) É permitida a cumulação de vários pedidos contra o mesmo réu, num único
processo, ainda que entre eles não haja conexão, desde que sejam compatíveis entre
si, seja competente para conhecer deles o mesmo juízo e seja adequado para todos o
mesmo tipo de procedimento.
B) A incompetência absoluta pode ser argüida por meio de exceção e, neste caso,
suspende o curso do processo, até que seja definitivamente julgada.
C) Em caso de litisconsórcio passivo, computar-se-á em quádruplo o prazo para
responder e em dobro para recorrer, bem como, de modo geral, para falar nos autos.
D) Verificando que a exceção de suspeição não tem fundamento legal, o juiz
determinará o seu arquivamento, condenando o excipiente nas custas do processo.
10 Em cautelar de protesto contra alienação de bens, ajuizada na Comarca da Capital,
contra a empresa e seu diretor, fiador do contrato, foi argüida exceção de
incompetência, alegando o excipiente que não tem dupla residência, que é domiciliado
no interior do Estado, onde também está a sede da empresa, desde antes do
ajuizamento da ação. A credora replica e alega que o excipiente tem duplo domicílio, no
interior e na Capital, que a empresa tinha sede na Capital e só registrou a alteração do
contrato social, com transferência da sede depois de proposta a ação, afirmando que o
excipiente tem duas residências, podendo ser acionado em qualquer delas.A sentença,
nesse caso, acolhendo a exceção,
A) deve ser mantida porque ninguém pode ter mais de um domicílio ou residência e a
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empresa deve ser acionada onde tem sua sede.
B) deve ser reformada porque não há impedimento legal para que a pessoa tenha duas
residências, podendo ser acionada em qualquer delas.
C) deve ser reformada porque a empresa mudou sua sede depois da assinatura do
contrato e só registrou a alteração após ajuizada a ação.
D) deve ser mantida porque o réu deve ser acionado no lugar em que é domiciliado,
segundo a prova dos autos.
11 Caio propôs demanda que foi distribuída à 15a Vara Federal de São Paulo. Esse
juízo entendeu que não tinha competência para julgar a demanda, remetendo os autos
para a Justiça Comum do Estado de São Paulo, onde foram distribuídos à 5a Vara
Cível. Este Juízo entende que a competência é efetivamente da Justiça Comum
Federal, razão pela qual:
A) deverá suscitar o conflito negativo de competência, que será julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça.
B) deverá suscitar o conflito negativo de competência, que será julgado pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo.
C) deverá extinguir o processo sem julgamento de mérito, diante de sua incompetência
absoluta.
D) nada poderá ser feito, diante da impossibilidade de um juiz estadual descumprir a
decisão de um juiz federal do mesmo grau de jurisdição.
12 Incompetência relativa
A) é atributo do órgão julgador.
B) não pode ser declarada de ofício.
C) discrimina qual o juízo prevento.
D) decreta a nulidade dos atos processuais.
Gabarito
1 – A
2 – A
3 –
E
E
E
E
C
4 – C
5 – A
6 – A
7 – D
8 – A
9 – A
10 – D
11 – A
12 – B
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Tomo II
Impedimento e suspeição
01 Marque a opção correta:
A suspeição e o impedimento do Juiz são argüíveis por meio de incidente ao processo,
em petição fundamentada e devidamente instruída. A competência para julgar o
incidente é do:
A) Tribunal de Justiça.
B) Conselho da Magistratura.
C) Juiz Corregedor.
D) Próprio Juiz.
02 Ao serventuário de justiça:
A) não se aplicam quaisquer motivos de impedimento ou de suspeição;
B) aplicam-se os mesmos motivos de impedimento e de suspeição aplicáveis aos
magistrados;
C) aplicam-se apenas os motivos de impedimento;
D) aplicam-se apenas os motivos de suspeição;
E) aplicam-se apenas os motivos relativos ao assistente técnico.
03 Caio propõe demanda em face de Tício. No prazo legal, Tício interpôs exceção de
suspeição, acolhida pelo Juiz de primeiro grau.
A) Inconformado com a decisão, Caio pode interpor agravo de instrumento.
B) Não sendo admissível recurso contra essa decisão, Caio poderá acionar mandado
de segurança.
C) Contra essa decisão não é admissível qualquer espécie de recurso ou medida
judicial.
D) Caio poderá aforar reclamação perante o órgão de segundo grau, na medida em
que o julgamento da exceção de suspeição não pode ser feito pelo próprio Juiz de
primeiro grau.
04 O Ministério Público, obrigatoriamente, será ouvido:
A) em todas as exceções de incompetência;
B) em todas as ações de divisão;
C) em todos os conflitos de competência;
D) em todas as ações usucapionárias de coisa móvel;
E) em todas as exceções de suspeição.
05 Marque a opção correta
Na previsão do artigo 802, do CPC, o requerido será citado, qualquer que seja o
procedimento cautelar, para, no prazo de cinco (5) dias, contestar o pedido, indicando
as provas que pretende produzir. O exercício do seu direito de defesa
A) comporta reconvenção.
B) não abrange as argüições das exceções.
C) abrange somente a exceção de suspeição.
D) não abarca a reconvenção.
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06 Marque a opção correta:
A suspeição e o impedimento do Juiz são argüíveis por meio de incidente ao processo,
em petição fundamentada e devidamente instruída. A competência para julgar o
incidente é do:
A) Tribunal de Justiça.
B) Conselho da Magistratura.
C) Juiz Corregedor.
D) Próprio Juiz.
Gabarito
Tomo III
Contestação – Reconvenção - Revelia
01 Assinale a alternativa incorreta. Revelia.
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas da
lide.
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado
tornou-se revel.
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada,
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim de
deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão.
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer no
processo.
02 Denunciação à lide. Assinale a alternativa correta.
A) fato de a parte ter mencionado, em sua petição, que estava deduzindo chamamento
ao processo em caso típico de denunciação da lide, não inibe o juiz de determinar o
1 – D
2 – B
3 – C
4 – C
5 – D
6 – D
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procedimento correto, pois o co-réu pode denunciar a lide ao litisconsorte passivo.
B) Verificando-se, a teor da contestação, menção a fatos atribuídos a terceiro, e como
a denunciação à lide é obrigatória nas hipóteses indicadas no CPC, sendo o caso,
nada impede que a citação daquele, como denunciado, seja determinada de ofício
pelo juiz.
C) No procedimento sumário, a contestação deve ser deduzida na audiência, razão
pela qual é nesse momento que o demandado deve denunciar à lide o terceiro,
impondo-se a suspensão do processo para a citação do denunciado.
D) Diz o CPC, para os casos que menciona, ser obrigatória a denunciação à lide, mas
se o juízo da ação principal for absolutamente incompetente para julgar a ação de
denunciação da lide, o processo será deslocado para o juízo competente.
03 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista,
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré,
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso,
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos
da revelia são
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida.
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública.
C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito.
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis.
04 O prazo para a contestação do réu citado por edital começa a correr a partir do (da)
A) primeiro dia útil seguinte ao da última publicação do edital
B) primeiro dia útil seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital
C) décimo quinto dia seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital
D) data em que se certificar nos autos que os editais foram devidamente publicados
E) primeiro dia útil seguinte ao da primeira publicação do edital
05 Caio propõe demanda pelo procedimento comum ordinário, em face de Tício,
pleiteando sua condenação ao pagamento de dívida oriunda de contrato de mútuo no
valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Apresentada a contestação e oferecida a
réplica, Caio requer a designação de audiência de conciliação e fixação de pontos
controvertidos. O juiz indefere o pedido, designando audiência de instrução e
julgamento. Caio interpõe agravo de instrumento. Do exposto, resulta que
A) agravo de instrumento não será conhecido, na medida em que contra decisões
interlocutórias no procedimento comum ordinário somente é admissível o agravo
retido.
B) agravo de instrumento não será provido, por caber ao juiz, na condição de
responsável pelo comando do processo, decidir quais os atos processuais que
deverão ou não ser praticados.
C) agravo de instrumento não será provido, de vez que necessário seria o seu
conhecimento no efeito ativo, o que é vedado pelo sistema processual.
D) agravo de instrumento será provido, pois que, tratando-se de matéria de ordem
pública, não pode o juiz alterar o procedimento.
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06 João e Mário, menores impúberes, representados por sua mãe, Cornélia,
propuseram em face de seu pai, Caio, ação revisional de alimentos. Citado
regularmente, Caio pretende que sejam abatidos do valor pleiteado R$ 10.000,00 (dez
mil reais), que lhe são devidos por Cornélia. Aponte a alternativa correta.
A) A compensação, neste caso, não é permitida, na medida em que os alimentos são
requeridos pelos filhos, enquanto a dívida seria da mãe.
B) Caio pode pleitear a compensação em contestação como matéria de defesa de
mérito.
C) Tendo em vista a presença dos requisitos subjetivos específicos, Caio pode pleitear
a compensação por meio de reconvenção.
D) Caio pode pleitear a compensação em contestação, formulando pedido
contraposto.
07 Oferecida a reconvenção
A) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é citado para contestá-la no
prazo de cinco dias e o juiz, com ou sem a colheita de provas, proferirá sentença
julgando a reconvenção e determinando o prosseguimento, ou a extinção do processo
principal.
B) o autor reconvindo será intimado na pessoa de seu procurador para contestá-la no
prazo de quinze dias e o juiz, ao final, proferirá sentença única, julgando a ação e a
reconvenção.
C) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é intimado na pessoa de seu
advogado para apresentar contestação no prazo de cinco dias e o juiz, ao final,
proferirá sentença julgando a reconvenção para, só depois, retomar a ação principal o
seu curso normal, uma vez que o julgamento da reconvenção não interfere no
julgamento da ação.
D) a ação principal não é suspensa, o autor reconvindo é citado para responder aos
termos da reconvenção no prazo de dez dias e o juiz proferirá decisão admitindo a
reconvenção, ou negando-lhe seguimento para, no primeiro caso, julgá-la em conjunto
com a ação ou, no segundo caso, determinar a sua extinção e arquivamento.
08 Caio propõe demanda em face de Tício, pelo procedimento ordinário, pleiteando
seja o réu condenado a lhe pagar indenização. Ocorre que, por força de contrato, caso
Tício venha a ser condenado a pagar qualquer importância, será indenizado, até o
limite contratual, por Semprônio. Em sua contestação, o réu deixa de requerer a citação
de Semprônio para intervir na demanda na condição de terceiro. A demanda
processou-se e o réu foi condenado a pagar a indenização, tendo a decisão sido
integralmente cumprida. Diante da hipótese, assinale a alternativa correta
A) Tício, não tendo denunciado a lide a Semprônio, perdeu o direito à ação regressiva
em face deste, na medida em que a denunciação da lide no direito brasileiro é
obrigatória.
B) Apesar da sua omissão, Tício poderá propor ação regressiva em face de
Semprônio, porque a denunciação da lide nessa hipótese não é obrigatória.
C) Tício não poderá propor a ação regressiva, uma vez que a nomeação à autoria
deveria ter ocorrido na contestação.
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D) Como Tício não denunciou a lide a Semprônio, o direito de regresso somente
poderia ser exercido caso Semprônio tivesse ingressado na demanda como assistente
litisconsorcial; como isto não ocorreu, perde Tício o direito de regresso.
09 Na formação do convencimento do juiz, no âmbito do direito processual, para
demonstração da verdade de uma situação de fato, deduzida na inicial ou na
contestação:
A) uma testemunha não faz prova, como prestigiado pelos Direitos Canônicos e
Muçulmanos.
B) somente duas ou mais testemunhas constituem prova integral, decisiva.
C) basta a simples alegação da parte, ainda que não provada.
D) são hábeis todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos.
10 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista,
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré,
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso,
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos
da revelia são
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida.
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública.
C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito.
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis.
11 O prazo para a contestação do réu citado por edital começa a correr a partir do (da)
A) primeiro dia útil seguinte ao da última publicação do edital
B) primeiro dia útil seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital
C) décimo quinto dia seguinte ao término da dilação temporal fixada no edital
D) data em que se certificar nos autos que os editais foram devidamente publicados
E) primeiro dia útil seguinte ao da primeira publicação do edital
12 José ingressou com ação de conhecimento contra Mário, pelo procedimento
sumário, pretendendo ser ressarcido por danos causados em seu veículo automotor,
em virtude de acidente de trânsito provocado pelo réu. O autor compareceu
pessoalmente à audiência, e o réu fez-se representar por preposto com poderes para
transigir. Contudo, não houve acordo. A parte ré, assim, ofereceu contestação escrita,
reconvenção e impugnação ao valor da causa. Com base nessa situação hipotética,
julgue os itens a seguir.
A) Em razão de o réu não ter comparecido pessoalmente à audiência, deverá o juiz
considerar verdadeiros os fatos alegados na petição inicial, salvo se o contrário resultar
da prova dos autos.
B) A contestação apresentada por escrito não deve ser recebida, considerando que a
peça de defesa, em ação de procedimento sumário, oferecida em audiência,
necessariamente deve ser oral, em razão dos princípios da celeridade, da economia
processual e da concentração que norteiam esse procedimento.
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C) A peça de reconvenção deve ser de pronto indeferida, pois a ação de procedimento
sumário comporta que o réu, na contestação, formule pedido em seu favor, desde que
fundado nos mesmos fatos referidos na inicial.
D) No procedimento sumário, não são admissíveis a impugnação ao valor da causa
nem a intervenção de terceiro.
E) Cabe ao juiz, na audiência, decidir de plano todas as questões incidentes, podendo
a parte prejudicada recorrer da decisão, sempre por meio do recurso de agravo retido.
13 A reconvenção, se o réu quiser ajuizá-la,
A) pode ser ajuizada no mesmo momento da contestação.
B) deve ser ajuizada no mesmo momento da contestação.
C) só pode ser ajuizada se o réu contestar também.
D) deve ser deduzida como capítulo da contestação.
E) é admissível em ações de procedimento sumário.
14 João e Mário, menores impúberes, representados por sua mãe, Cornélia,
propuseram em face de seu pai, Caio, ação revisional de alimentos. Citado
regularmente, Caio pretende que sejam abatidos do valor pleiteado R$ 10.000,00 (dez
mil reais), que lhe são devidos por Cornélia. Aponte a alternativa correta.
A) A compensação, neste caso, não é permitida, na medida em que os alimentos são
requeridos pelos filhos, enquanto a dívida seria da mãe.
B) Caio pode pleitear a compensação em contestação como matéria de defesa de
mérito.
C) Tendo em vista a presença dos requisitos subjetivos específicos, Caio pode pleitear
a compensação por meio de reconvenção.
D) Caio pode pleitear a compensação em contestação, formulando pedido contraposto.
15 Oferecida a reconvenção
A) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é citado para contestá-la no
prazo de cinco dias e o juiz, com ou sem a colheita de provas, proferirá sentença
julgando a reconvenção e determinando o prosseguimento, ou a extinção do processo
principal.
B) o autor reconvindo será intimado na pessoa de seu procurador para contestá-la no
prazo de quinze dias e o juiz, ao final, proferirá sentença única, julgando a ação e a
reconvenção.
C) o processo principal fica suspenso, o autor reconvindo é intimado na pessoa de seu
advogado para apresentar contestação no prazo de cinco dias e o juiz, ao final,
proferirá sentença julgando a reconvenção para, só depois, retomar a ação principal o
seu curso normal, uma vez que o julgamento da reconvenção não interfere no
julgamento da ação.
D) a ação principal não é suspensa, o autor reconvindo é citado para responder aos
termos da reconvenção no prazo de dez dias e o juiz proferirá decisão admitindo a
reconvenção, ou negando-lhe seguimento para, no primeiro caso, julgá-la em conjunto
com a ação ou, no segundo caso, determinar a sua extinção e arquivamento.
16 É certo dizer:
(I) recebida a exceção, o processo ficará suspenso, até que seja definitivamente
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julgada;
(II) a desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não impede
o prosseguimento da reconvenção;
(III) no procedimento ordinário, a reconvenção e a exceção devem ser oferecidas
simultaneamente, mas processadas em apenso aos autos principais;
(IV) as exceções de coisa julgada e litispendência devem ser opostas por meio de peça
autônoma;
(V) a incompetência absoluta deve ser argüida mediante oposição de exceção.
As proposições corretas são
A) as proposições I e II são verdadeiras;
B) as proposições III e IV são verdadeiras;
C) as proposições IV e V são verdadeiras;
D) as proposições I e III são verdadeiras;
E) as proposições II e V são verdadeiras.
17 Dentro da sistemática de defesa no CPC, a incompetência relativa deve ser alegada:
A) por meio de exceção
B) através de reconvenção
C) em preliminar, na contestação
D) a qualquer tempo até a sentença
18 Quanto à reconvenção, não se pode afirmar que:
A) não é admitida nas causas de procedimento sumário;
B) será julgada na mesma sentença que julgar a ação principal;
C) da sentença que extingue a reconvenção, mantendo a ação principal, cabe recurso
de apelação;
D) a desistência da ação principal não impede o prosseguimento da reconvenção.
19 Além daqueles que são comuns a toda e qualquer relação processual, em sede de
reconvenção, existem três pressupostos específicos:
A) existência de conexão, pendência de processo e identidade de procedimentos;
B) existência de conexão, pendência de processo e diversidade de procedimentos;
C) existência de conexão, necessidade de litisconsórcio e diversidade de
procedimentos;
D) inexistência de conexão, pendência de processo e diversidade de procedimentos.
20 Marque a opção correta
Na previsão do artigo 802, do CPC, o requerido será citado, qualquer que seja o
procedimento cautelar, para, no prazo de cinco (5) dias, contestar o pedido, indicando
as provas que pretende produzir. O exercício do seu direito de defesa
A) comporta reconvenção.
B) não
abrange as argüições das exceções.
C) abrange somente a exceção de suspeição.
D) não abarca a reconvenção.
21 Marque a única alternativa correta:
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A) O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja
conexa com a ação principal ou com fundamento da defesa, podendo o réu, em seu
próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem;
B) Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será citado, pessoalmente, para
contestá-la do prazo de quinze (15) dias;
C) Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será citado, na pessoa de seu
procurador, para contestá-la no prazo de dez(10) dias;
D) O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa;
22 José ajuizou ação em relação a Raimundo, pleiteando danos ocasionados em
acidente automobilístico. Raimundo pretende apenas não contestar o pedido, como
requerer a condenação de José a indenizar os prejuízos que sofreu, sob o argumento
de que José foi efetivamente o culpado pelo acidente.
A) O pedido de indenização de Raimundo deverá ser feito em processo autônomo, eis
que não se admite reconvenção em procedimento sumário.
B) Raimundo poderá pedir a condenação de José na sua contestação, mediante
pedido contraposto.
C) Raimundo poderá ingressar com reconvenção contra José.
D) Raimundo poderá interpor exceção substancial e culpabilidade cumulada com
pedido de indenização.
E) Raimundo poderá denunciar a lide à sua seguradora, que ingressará com
reconvenção em face de José.
23 Assinale a alternativa incorreta. Revelia.
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas
da lide.
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado
tornou-se revel.
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada,
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim
de deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão.
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer
no processo.
24 Caio, empregado aposentado de determinada sociedade de economia mista,
promoveu ação contra a referida empresa, objetivando a complementação de sua
aposentadoria, com fundamento em lei editada antes de seu ingresso na empresa. A ré,
regularmente citada, deixou transcorrer in albis o prazo para contestação. Neste caso,
sabendo-se que a matéria é exclusivamente de direito, é correto afirmar que os efeitos
da revelia são
A) relevantes, parque há presunção de verdade em relação ao pedida.
B) irrelevantes, porque a ré se equipara á Fazenda Pública.
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C) irrelevantes, par ser a matéria exclusivamente de direito.
D) irrelevantes, por ser a ré pessoa jurídica de direto público
E) irrelevantes, porque os bens da ré são impenhoráveis.
25 Ocorrendo a revelia, o juiz
A) é obrigado a nomear curador especial ao revel, para que o represente em juízo, sob
pena de anulação do processo.
B) é obrigado, em qualquer tipo de ação, a julgar antecipadamente a lide, pois os fatos
argüidos pelo autor, na inicial, tornaram-se incontroversos.
C) pode determinar a realização de provas, pelo autor, a fim de esclarecer os fatos
narrados na inicial, se sobre eles ainda tiver dúvida.
D) deverá determinar de ofício, ou a requerimento da parte, a expedição de ofícios aos
órgãos públicos competentes, a fim de confirmar se o endereço onde o réu não foi
encontrado é o seu atual domicílio.
26 Foi aforada ação declaratória de nulidade de atos da Câmara de Vereadores de
Manacá, representados pelos Decretos Legislativos nos 010 e 011/90, que, aprovando
pareceres técnicos do Tribunal de Contas, rejeitou as prestações de contas do ex-
Prefeito, referentes aos anos de 1984/1986, constando, da peça inaugural, o que se
segue:O autor requer, além de todas as provas admitidas em direito, a citação do réu
para, querendo, contestar, sob pena de revelia, inclusive respondendo a questão de
mérito da presente ação.Após a resposta, o demandante requereu perícia nas contas
apresentadas, pedido que foi afastado na sentença, que julgou antecipadamente a
lide.Este é um caso de
A) preclusão no requerimento de produção da prova
B) pedido genérico de produção de prova, formulado na inicial, o que não se
compadece com o art. 282,VI, do CPC, que diz: as provas com que o autor pretende
demonstrar a verdade dos fatos alegados
C) perícia, cujo resultado seria inócuo, posto que o Tribunal de Contas não integra a
relação processual
D) cerceamento de defesa do réu, surpreendido com pedido de perícia, após sua
resposta
E) cerceamento de defesa, pelo indeferimento de prova essencial.
27 A presunção de veracidade que decorre da revelia
A) é absoluta.
B) incide sobre o direito da parte.
C) atinge todos os fatos da causa, independentemente da natureza do direito nela
discutido.
D) incide sobre os fatos descritos na petição inicial, desde que a ação verse sobre
direitos disponíveis.
E) torna inadmissível o exame de prova em contrário.
28 O julgamento antecipado da lide pode ocorrer, quando:
A) quando houver necessidade somente da realização de prova pericial;
B) a questão de mérito for unicamente de direito, ou sendo de direito e de fato, não
houver necessidade da produção de provas em audiência, na hipótese de revelia;
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C) quando houver a contestação sem pedido de provas pelo réu;
D) somente quando ocorrer a revelia.
29 Assinale a opção incorreta:
A) a revelia do réu conduz, necessariamente, à procedência do pedido do autor;
B) contra o revel correrão os prazos independentemente de intimação;
C) no caso de revelia, o autor não poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir, nem
demandar declaração incidente, salvo se promover nova citação do réu;
D) o revel poderá intervir no processo, em qualquer fase, recebendo-o no estado em
que se encontra;
E) o curador especial não tem o ônus de impugnar especificamente todos os fatos
alegados pelo autor.
30 Sobre a revelia e seus efeitos, é correto se afirmar:
A) o revel não pode se manifestar nos autos.
B) acarreta a procedência da ação em que for declarada.
C) sempre que o réu não contestar a ação, haverá o efeito da revelia.
D) ocorrendo revelia, o autor poderá alterar o pedido.
E) o revel poderá intervir em qualquer fase do processo.
31 Indique a opção correta. A desapropriação por utilidade pública processa-se nos
termos do Decreto-Lei no 3.365, de 21.06.1941, mas, feita a citação, a causa seguirá
com o rito ordinário (art. 19), previsto no Código de Processo Civil (art. 42). Na ação
expropriatória, a revelia do expropriado
A) implica a aceitação do valor da oferta, mas não autoriza a dispensa da avaliação
B) não dispensa a avaliação, mas esta fica restrita às benfeitorias alcançadas pelo ato
expropriatório
C) não implica a aceitação do valor da oferta e, por isso, não autoriza a dispensa da
avaliação
D) não implica a aceitação do valor da oferta, mas difere a avaliação para a execução
E) não implica a aceitação do valor
da oferta, mas o expropriante fica desobrigado do
depósito, em caso de urgência
32 Assinale a alternativa incorreta. Revelia.
A) Ação reivindicatória não é contestada e, apesar da revelia, segundo a qual reputar-
se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, este pode ser julgado carecedor da
ação, como decorrência do conhecimento e análise, pelo juiz, das questões jurídicas
da lide.
B) Na ação de investigação de paternidade, não respondida pelo réu, está o autor
dispensado de produzir provas de sua pretensão, na medida em que o demandado
tornou-se revel.
C) Realizada a citação pessoal do réu, em ação ordinária de cobrança não contestada,
assim caracterizada a revelia, o autor tem direito de requerer e produzir provas a fim
de deixar escorreito o reconhecimento de sua pretensão.
D) Estando a contestação fora do prazo legal, a pedido do autor, deverá ela ser
desentranhada dos autos, mas a documentação com ela exibida pode permanecer
no processo.
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Gabarito
Tomo III
Citação – Estudo Dirigido
Explique:
1 – Os efeitos da citação (art.219):
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se
defender.
Torna provento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e ainda quando
ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
2 – Diferença de citação para intimação (art. 213 e 234):
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se
defender.
A intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo,
para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
3 – Modalidades de resposta :
Revelia: O réu permanece calado, não respondendo. Este fica inerte às acusações.
1 – B
2 – A
3 – C
4 – B
5 – D
6 – A
7 – B
8 – B
9 – D
10 – C
11 – B
12 -
E
E
C
E
C
13 – B
14 – A
15 – B
16 – A
17 – A
18 – C
19 – A
20 – D
21 – D
22 – B
23 – B
24 – C
25 – C
26 – E
27 – D
28 – B
29 – A
30 – E
31 – C
32 – B
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Contestação: Na contestação, o réu mostra toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito, com que impugna (discorda) o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.
Exceção: É o ato pelo qual as partes alegam a incompetência “relativa” (art.112), o
impedimento (art. 134) ou a suspeição (art.135) do juiz..
Reconvenção: É uma ação de contra ataque. É uma ação em que o réu ajuíza o autor.
4 .1 – A desistência ou extinção da ação principal obsta (dificulta) o
prosseguimento da reconvenção (art. 317)?
Não. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não
impede ao prosseguimento da reconvenção.
4.2 – E o pedido contra posto ?
O pedido contra posto, extingue-se com a extinção do pedido principal.
5 – Modalidades de citação (art. 221; 227; 228; 229):
Pelo correio:
Por oficial de justiça
Por edital
Edital por hora certa: Quando o oficial por 3 vezes, procurar o réu em seu domicílio ou
residência e não o encontrar, havendo suspeita de ocultação, intimará alguém da
família, ou na falta destes, um vizinho, deixando marcado novo dia para seu retorno
(art. 227).
6.1 – Extinção do processo sem julgamento de mérito (art. 267):
É quando se extingue o processo, sem que se decida o bem da vida, conforme o art.
267.
6.2 – E com julgamento de mérito (art. 269):
É quando se encerra o processo por já ter sido julgado o bem da vida. É quando se dá
o trânsito em julgado.
7 – Diferença de reconvenção para pedido contra posto ():
Reconvenção: é uma ação independente, em que se ajuíza o autor, com o objetivo de
contra ataca-lo.
Pedido contra posto: é uma ação, dentro da própria ação, tendo por objetivo,
defender-se das acusações, contra atacando o autor.
8 – Diferença entre antecipação de tutela para tutela específica:
Antecipação da tutela: A pedido da parte, o juiz poderá antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que existindo
prova inequívoca, se convença da verossimelhança da alegação. Não havendo dúvidas
de que ao fim do julgamento, não haverá sentença diferente.
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Tutela específica: Na ação que tenha por objeto cumprimento de obrigação, de fazer
ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o
pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento. Na ação que tenha por objeto a entrega da coisa, o juiz , ao conceder a
tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
9 – Quando deverá ser observado o procedimento sumário (art. 275):
(diz respeito à celeridade processual)
I- Nas causas cujo valor não exceda a 60 vezes o valor do salário mínimo;
II- Nas causas, qualquer que seja o valor:
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via
terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente
de veículo, ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o
disposto em legislação especial;
g) nos demais casos previstos em lei;
OBS: conforme § único do art 275, este procedimento não será observado
nas ações relativas ao estado e à capacidade das pessoas.
10 – Quando deverá ser observado o procedimento ordinário:
(não comporta contravenção)
Indo por eliminações, quando não se tratando de procedimento especial, é comum, e
não sendo procedimento sumário, conforme art. 275, este é ordinário. E é regido
segundo as disposições dos livros I e II do C.P.C.
11 – Diferença entre causa de pedir próxima e remota:
Causa de pedir próxima – tutela jurisdicional.
Causa de pedir remota – bem da vida.
12 – Diferença entre pedido mediato e imediato:
Pedido mediato: é a própria especificação do bem da vida. É pedir que o meu pedido
seja procedente e que eu seja vitorioso na lide.
Pedido imediato: é o desejo que a pretensão seja satisfeita pelo Estado Juiz. È a
procedência e o provimento do pedido.
13 – Explique os efeitos da revelia:
Caso o réu não conteste a ação, considera-se verdadeiros os fatos afirmados pelo
autor.
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Citação
Questões de concursos
01 Assinale a alternativa correta:
A) Citação é o ato necessário para a validade do processo, e a sua falta em nenhuma
hipótese permite o prosseguimento do processo.
B) Citação é o ato pelo qual se chama a juízo não só o réu, mas também os
interessados, a fim de que se defendam.
C) Citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém de determinado ato processual
praticado em juízo.
D) Citação é o ato pelo qual o réu ou qualquer interessado é comunicado de que deve
fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
E) Citação é o ato pelo qual somente o réu é chamado a juízo para defender-se;
eventual terceiro interessado será chamado para o mesmo fim por intermédio de
intimação.
02 O Banco X opôs embargos à execução movida por Roberval Rogério, alegando
nulidade da citação na ação de conhecimento, em que fora revel, porque feita na
pessoa de funcionário seu, desprovido
de poderes de representação.A citação se fez
na pessoa do gerente da agência onde celebrado o contrato de poupança, não havendo
ele se oposto à prática do ato, e o foro competente para a ação era o da situação da
agência bancária.A citação é
A) válida e eficaz, porque o citando não se opôs a ela
B) defeituosa, mas abrigada pela imutabilidade da coisa julgada
C) nula, porque as pessoas jurídicas são representadas por quem seus estatutos
determinam
D) válida, porque o gerente aparentava ser representante legal da empresa (teoria da
aparência)
E) nula, mas na espécie ocorreu preclusão.
03 A citação não pode ser feita pelo correio:
A) Quando o réu a requerer de outra forma.
B) Nos processos de execução.
C) Quando for ré pessoa capaz.
D) Quando for ré pessoa de direito privado.
E) Nos processos de revisão de aluguel contra particular.
04 A citação, bem como as intimações das partes devem ser feitas, de regra, pelo:
A) Juiz de Direito;
B) Oficial de Justiça;
C) Ministério Público;
D) advogado;
E) perito.
05 Assinale a alternativa correta: A citação procedida em pessoa diversa da que é
demandada na lide, há de ser considerada ato processual:
A) inexistente.
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B) absolutamente nulo.
C) relativamente nulo.
D) irregular.
06 Nos procedimentos cautelares, ressalvada a hipótese de homologação do penhor
legal, o requerido será citado para contestar o pedido:
A) no prazo de cinco (05) dias da juntada aos autos do mandado da execução da
medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia;
B) no prazo de dez (10) dias da juntada aos autos do mandado de citação
devidamente cumprido;
C) no prazo de quinze (15) dias da juntada aos autos do mandado da execução da
medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia;
D) no prazo de três (03) dias da juntada aos autos do mandado de citação
devidamente cumprido;
E) quarenta e oito (48) horas da data da juntada aos autos do aviso de recebimento.
07 Assinale a alternativa errada, sobre a citação:
A) o processo de execução não comporta a citação pelo correio;
B) nos casos previstos em lei a citação pelo correio é a modalidade obrigatória, não
cabendo ao autor requerer outra forma de citação;
C) a citação por edital tem lugar quando o autor desconhece o endereço do réu;
D) quando efetuada a citação por hora certa o escrivão enviará carta ao réu dando-lhe
ciência do ato processual realizado.
08 Com relação à ''citação'' no Código de Processo Civil, aponte a alternativa incorreta:
A) a citação por correio não é admitida em processo de execução;
B) far-se-á a citação por oficial de justiça quando o réu for pessoa de direito público;
C) feita a citação com hora certa, deverá o escrivão enviar ao réu carta, telegrama ou
radiograma, dando-lhe de tudo ciência, sob pena de nulidade da citação;
D) não supre a falta de citação o comparecimento espontâneo do réu ao processo.
09 A citação postal não é comportável:
A) em ação de execução
B) em ação com pedido condenatório contra pessoa jurídica
C) em ação em que haja litisconsórcio passivo
D) em ação com pedido de adjudicação de imóvel urbano.
10 Marque a única alternativa correta.
Na petição inicial da ação de depósito, instruída com a prova literal do depósito e a
estimativa do valor da coisa, se não constar do contrato, o autor pedirá a citação do réu
para:
A) no prazo de cinco (5) dias entregar a coisa, depositá-la em juízo ou consignar-lhe o
equivalente em dinheiro.
B) no prazo de quarenta e oito (48) horas contestar a ação.
C) no prazo de quinze (15) dias entregar a coisa, depositá-la em juízo ou consignar-lhe
o equivalente em dinheiro.
D) no prazo de quinze (15) dias contestar a ação.
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11 Marque a opção correta:
A citação será feita pelo correio, para qualquer Comarca do País, exceto:
A) nas ações de indenização por erro médico
B) nas ações de rito sumário.
C) nas ações de estado.
D) quando for ré a pessoa jurídica.
12 Se a citação for feita através de Oficial de Justiça, o início do prazo para a defesa do
réu, se o procedimento for ordinário, é
A) no momento em que o oficial de justiça devolver o mandado.
B) no momento em que o oficial de justiça colher a assinatura do réu no mandado.
C) a partir do momento em que o oficial de justiça recolher o mandado na central.
D) no momento em que o mandado for juntado aos Autos.
13 Assinale a alternativa correta:
A) Citação é o ato necessário para a validade do processo, e a sua falta em nenhuma
hipótese permite o prosseguimento do processo.
B) Citação é o ato pelo qual se chama a juízo não só o réu, mas também os
interessados, a fim de que se defendam.
C) Citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém de determinado ato processual
praticado em juízo.
D) Citação é o ato pelo qual o réu ou qualquer interessado é comunicado de que deve
fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
E) Citação é o ato pelo qual somente o réu é chamado a juízo para defender-se;
eventual terceiro interessado será chamado para o mesmo fim por intermédio de
intimação.
14 A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, EXCETO:
A) nos processos cautelares;
B) nos processos de rito sumário;
C) nos processos de execução;
D) nos procedimentos de jurisdição voluntária.
15 A citação válida, ainda que ordenada por juiz incompetente:
A) constitui em mora o devedor e suspende a prescrição.
B) induz litispendência e faz litigiosa a coisa.
C) constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
D) torna prevento o juízo e interrompe a prescrição.
Gabarito
1 – B
2 – C
3 – B
4 – B
5 – B
6 – A
7 – B
8 – D
9 – A
10 – A
11 – C
12 – D
13 – B
14 – C
15 – C
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Referências Bibliográficas
CARNELUTTI, Francesco. Sistema de Direito Processual Civil. São Paulo. Ed. Lemos e
Cruz: 2004 Vol. I e II.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro,
Editora Forense, vol. I, 35ª ed., 2000.
GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro. São Paulo. Editora
Saraiva, vol. II, ed., 2003.
Primorosas aulas do professor Ralph Batista Maulaz – Direito Processual Civil –
Universidade de Itaúna
SILVA, Ovídio A. Baptista da, Curso de Processo Civil, Volume I, São Paulo. Editora
Revista dos Tribunais.
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini, DINAMARCO, Cândido
Rangel. Teoria Geral do Processo. São Paulo. Ed. Saraiva: 2003.
Sites consultados
www.direitofacil.com
www.jurid.com.br
www.boletimjuridico.com.br
www.resumosconcursos.com
www.direitonet.com.br
www.jus.com.br
www.advogado.adv.br
www.jurisway.com.br
www.senado.gov.br
www.presidencia.gov.br
www.boletimjuridico.com.br
www.argumentum.com.br
www.prolegis.com.br
11 CPC 300, 1ª PARTE + 302
2 É o caminho do processo.
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3 É o chamamento inicial, primeiro ato de convocação – diferente de intimação (CPC 234).
4 Primeiramente resolve-se a exeçao, depois as providências preliminares (CPC 323).
5 CPC 282,III, Teoria da Substanciação = fatos + fundamentos jurídicos;
IV é o pedido mediato (bem da
vida) ou imediato (provimento jurisdicional); CPC 295, I e § único.
6 Poder / Dever do Estado de prover a tutela jurisdicional.
7 Modo de provocar o Estado. O direito de ação sempre procede porque ele é abstrato, tem-se o direito
de ação, mesmo sem razão. O pedido da ação pode ser procedente ou improcedente. Destarte, pede-se
que seja julgado procedente o PEDIDO e não a AÇÃO. É direito público abstrato não vinculado ao direito
processual.
8 É o início do processo.
9 Pode ser feita na própria contestação, mas a boa técnica recomenda que seja feita em peça separada
que será apartada ao processo. Não sendo excetuado a incompetência relativa na exceção estará
precluso o momento.
10 Sem ouvir a parte contaria deverá haver demonstração inequívoca e verossimilhança da alegação
(CPC, 273). Atendendo estes requisitos pode-se obter a antecipação de tutela antes mesmo da citação
do réu.
11 É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de
fazer alguma coisa (CPC 234).
12 Julgar-se-ão na mesma sentença ação e reconvenção (CPC 318). Mas a reconvenção é ação
autônoma. A desistência da ação principal não obsta o prosseguimento da reconvenção (CPC 317).
13 ADI = ação declaratória incidental, submete-se ao rito da petição inicial, devendo ser resolvida antes do
julgamento do mérito. CPC 325 + 5º + 470.