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Contratos - Plano de aula 3- Formação dos contratos

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Enviado por Mateus Fagundes em

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 3– Formação dos contratos
Mais importante requisito: Manifestação de vontade
Indispensável sua declaração.
Pode ser expressa ou tácita (CC, art.111)�.
Proposta, oferta ou policitação.
Aceitação.
Negociações Preliminares ou fase de puntuação
Antes da celebração do contrato, existe uma fase que tem sido chamada de pré-contratual, negociações ou tratativas preliminares ou fase de puntuação.
b) Neste momento, ainda não houve acordo de vontades, mas as tratativas geram certa vinculação e integram o conteúdo do contrato.
Só haverá responsabilidade se houver a intenção de lesar.
Geram deveres decorrentes do princípio da boa-fé.
Com base na idéia de boa-fé, tem sido exigido das partes um comportamento leal, honesto, sincero.
A responsabilidade pré-contratual não é um instituto novo, pois Ihering já desenvolvia o tema com base na idéia de culpa in contrahendo.
O CDC também disciplinou a questão ao estabelecer que a publicidade e a oferta obrigam o fornecedor (art. 30).
A proposta, oferta ou policitação 
Manifestação definitiva de contratar com o intuito de provocar a adesão do destinatário da proposta.
Natureza jurídica: Declaração receptícia de vontade.
Vincula o policitante, que responde por todas as conseqüências.
Deve conter todos os elementos essenciais do negócio jurídico.
Deve ser séria e consciente (CC, art. 427)�.
A oferta ao público é obrigatória, desde que contenha todos os requisitos do contrato (CC, art. 429)�.
Proposta não obrigatória. Hipóteses
Caso contenha cláusula expressa a respeito Ex: “proposta sujeita a confirmação”; “não vale como proposta”.
Por conta da natureza negócio. Ex: Oferta limitada ao estoque
Em razão das circunstâncias do caso (CC, art. 428)�.
Aceitação ou oblação
Manifestação de vontade realizada dentro do prazo, aderindo integralmente à proposta.
Deve ser pura e simples (CC, art.431).
A aceitação pode ser expressa ou tácita. Ex: art. 432�.
Hipóteses em que a aceitação não vincula:
Caso chegue tarde ao conhecimento do proponente (CC, art. 430).
Se antes da aceitação ou com ela chegar a retratação (CC, art. 433)�.
Momento da conclusão do contrato
Contrato entre presentes
Poderá ser estipulado ou não prazo para aceitação.
Haverá o vínculo no momento em que o oblato aceitar a proposta.
Contrato entre ausentes
Teorias existentes:
Teoria da informação ou cognição – considera celebrado o contrato no momento da chegada da resposta ao conhecimento do policitante.
Teoria da declaração propriamente dita – considera concluído o contrato no momento da redação da correspondência epistolar
Teoria da expedição – considera o momento da expedição da correspondência
Teoria da recepção – exige que a resposta tenha sido entregue ao destinatário e se torna obrigatória a partir deste momento
Teoria adotada pelo Código Civil: Teoria da expedição� (CC, art. 434). 
 Parte da doutrina entende que foi adotada a teoria da recepção
Lugar da formação do contrato
Lugar em que foi proposto (CC, art. 435)
A proposta no Código de Defesa do Consumidor
Regulada pelos arts. 30 a 35 da Lei n. 8.078/90
CDC, art. 30 - Princípio da vinculação�
A recusa ao cumprimento da oferta gera para o consumidor a possibilidade de escolher entre (CDC, art. 35):
- exigir o cumprimento forçado da obrigação
- aceitar outro produto ou serviço equivalente
- rescindir o contrato e exigir perdas e danos
8. Os contratos eletrônicos
a) Os empresários se sujeitam ao CDC
b) Os contratos internacionais respeitam o art. 9º, §2º da LINDB
c) Deve ser analisado o posicionamento das partes contratantes, para que se possa concluir se o contrato foi celebrado entre presentes ou entre ausentes.
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VALIDADE. CLÁUSULA. ELEIÇÃO. FORO. CONCESSIONÁRIA. MONTADORA.
Trata-se, na origem, de ação ordinária na qual concessionária busca a continuidade do contrato de concessão comercial de veículos automotores. A ação foi proposta no Rio Grande do Sul, porém houve exceção de incompetência territorial com vistas à declinação de competência para a comarca de Betim-MG, em respeito à eleição de foro prevista no referido contrato. A Turma conheceu do recurso e deu provimento a ele ao entender que, por envolver pessoas jurídicas da parte negocial, a cláusula de eleição de foro deve prevalecer em contratos de concessão de veículos automotores celebrados entre concessionária e montadora. Precedente citado: REsp 300.340-RN, DJe 13/10/2008. REsp 916.189-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/12/2010.
� Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
� Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
� Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
� Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
� Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.
� Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
� Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
� Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
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