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RESUMO TOC I 2013.1
Conceito de obrigação:
A obrigação é um dever jurídico. Uma relação jurídica na qual um dos sujeitos, o credor – sujeito ativo- tem o dever de exigir do outro, devedor – sujeito passivo- uma prestação economicamente apreciável, ou seja, patrimonial. 
OBS. Execução: No caso do devedor não pagar a divida ao credor, o juiz escolhera dentro do patrimônio daquele, bens que podem ser penhorados ou apreendidos para o pagamento desta divida. Se o patrimônio encontrar-se vazio, contendo apenas bens de família (impenhoráveis), o nosso ordenamento não prevê nenhuma outra sanção que não seja de cunho patrimonial. 
Com exceção da prisão por não pagamento de pensão alimentícia- credor deixa de viver dignamente- ou depositário infiel. 
Direitos de credito: 
- exigi-se um comportamento do devedor, uma conduta.
- se contrapõe a uma pessoa ou a um grupo de pessoas especifico (relativo – oponível interpartes).
- direito jurídico especifico
- direito a uma prestação, conduta humana 
- autonomia privada (liberdade para realizar negócios e decidir os efeitos jurídicos que este negocio terá ART. 425)
Direitos reais:
- relações jurídicas nas quais o titular não vai exigir do sujeito passivo uma determinada conduta. O objeto é o próprio bem sobre o qual se centra aquela relação jurídica. 
- direito que se contrapõe perante a coletividade, pois qualquer um pode viola-lo. (absoluto – oponível erga omnes)
- direito jurídico universal (todos tem o dever jurídico de respeitar a propriedade alheia)
- poder de direito sobre a coisa (seqüela – segue o objeto onde quer que ele esteja)
- maior garantia e poder ao titular
- tipicidade e taxatividade (só podem ser feitos nas hipóteses e nas formas previstas pela lei) ART. 1225
Obrigações propter rem:
São obrigações que se relacionam ao titular de um direito real; o devedor se libera da prestação diante do abandono do bem ao abdicar do direito real e elas tem acessoriedade especial.
Ex. Sujeito A vende um imóvel para B no mês de março, mas no mês de abril é verificado que não houve pagamento da taxa condominial do mês de janeiro. Quem pagará essa taxa é o sujeito B, que detém direito real sobre o imóvel. Poderá posteriormente pedir um ressarcimento ao sujeito A. 
Elementos da relação obrigacional:
SUJEITO: 
- pessoalidade do sujeito: somente pessoas – naturais ou jurídicas- hão de ser sujeito da obrigação. Com exceção de entes despersonalizados que podem ter alguns direitos específicos; espolio, condomínio, nascituro. 
- dualidade dos sujeitos: deve haver sempre uma dualidade de pólos, de centro de interesses. Uma situação jurídica subjetiva passiva – devedor- e o lado ativo – credor- titular do direito de credito. 
Exceção: negocio jurídico unilateral (apenas uma manifestação de vontade) + credor momentaneamente indeterminado 
Promessa de recompensa, sujeito perdeu o cachorro e promete uma quantia de dinheiro para quem encontra-lo e entrega-lo de volta. O credor é a pessoa que achar e devolver o cachorro, mas no primeiro momento da obrigação mantem-se indeterminado. 
- determinabilidade dos sujeitos: os sujeitos precisam ser determináveis, para que fique certo a quem o devedor há de prestar ou de quem o credor tem de receber. Entretanto, é possivel haver indeterminação subjetiva momentânea. 
OBJETO:
Toda a obrigação devera ter um objeto, que é a prestação, um fato humano. 
- tem que ser possivel, caso contrario a obrigação torna-se impossível, e licito, se não será proibido. 
- determinabilidade: o objeto não precisa ser desde o inicio determinado, mas deve ser determinável, seja pelo gênero, espécie, quantidade ou pelos caracteres individuais. 
- patrimonialidade: o objeto devera ter acepção econômica
VINCULO JURIDICO: 
- é um elemento abstrato, uma criação/explicação doutrinaria para o fato de essa relação ter deixado de ser apenas interpessoal e ser jurídica. É um reflexo da incidência de uma norma jurídica sobre essa relação que a tira do plano das regras de trato social e a transforma numa relação do plano do direito. 
- teoria dualista: divide o vinculo jurídico em dois – debito (should) exprime o dever que tem o sujeito passivo da relação obrigacional de prestar, traduzindo o dever jurídico que impõe ao devedor um pagamento e que se extingue se esta prestação for executada espontaneamente; e a responsabilidade (haftung) o sujeito ativo tem a faculdade de exigir o pagamento, permite a ele carrear uma sanção sobre o devedor caso ele deixe de cumprir a obrigação (principio da responsabilidade).
Há relações obrigacionais na qual há o should – debito, mas não há o haftung – responsabilidade. Por exemplo, nas obrigações naturais (jogos toleráveis não podem ser levados ao judiciário, pois não se responsabiliza por dividas desses tipos de jogos) e nas obrigações prescritas (obrigação perfeita que em virtude da passagem do tempo se torna inexigível). 
Obs. Divida prescrita x divida não existente. Nas dividas não existentes ao se pagar duas vezes, por engano, pode haver repetição, ou seja, o sujeito pode pedir o dinheiro de volta. Do contrario, nas dividas prescritas ou naturais, se o sujeito paga espontaneamente, sem ser cobrado, não pode pedir o dinheiro de volta, sendo então obrigações inexigíveis porem irrepetiveis. 
Há relações obrigacionais na qual há o haftung- responsabilidade e não há should – debito. No caso do fiador, por exemplo, que é responsável por uma divida que não é dele. É apenas garantidor e não devedor. 
Fontes da obrigação: 
Há duas fontes para as obrigações, a vontade humana – que cria espontaneamente, por uma ação ou omissão oriunda do querer do agente, efetuado na conformidade do ordenamento jurídico- e a lei – que estabelece para o individuo, em face de comportamento seu, independente de manifestação volitiva. 
Relembrando: 
Fato jurídico (lato sensu) - acontecimento que surte efeitos jurídicos especiais 
 ----( negocio jurídico: principal família das obrigações 
 ---( ato jurídico (stricto sensu): atos que são previstos pela norma
 ---( ato ilícito: ato que viola a norma e tem conseqüências contra a vontade humana 
----( fato jurídico (stricto sensu): fatos naturais que não tem uma participação humana voluntaria
OBS. É possivel nascer uma obrigação de um fato natural? 
Ex. Ocorre uma avulsão em dois terrenos ribeirinhos, e uma parte do terreno de A desloca-se para o terreno de B. Esse fato jurídico da avulsão gerará uma obrigação de ressarcimento, B terá que indenizar A por ter, mesmo sem culpa, ficado com uma parte de seu terreno. No plano do direito para haver acréscimo patrimonial é preciso ter uma justificativa jurídica. (Principio da vedação do enriquecimento sem causa). 
Categorias de obrigações: 
1º critério: prestação POSITIVA / NEGATIVA
*Positiva: fazer, agir, manifestar
- dar: entregar algo para o credor 
-- coisa certa: apenas aquele objeto especifico pode cumprir a obrigação 
-- coisa incerta: um objeto que tenha a mesma forma, modelo e característica do objeto desejado cumpre a obrigação 
- fazer: não se limita apenas a entrega de um objeto
-- fungível : obrigação que pode ser realizada por qualquer outra pessoa 
-- infungível: obrigação que só pode ser realizada por um devedor especifico 
É possivel um bem ser uma coisa fungível e certa ao mesmo tempo, por exemplo, sujeito herda do avo um relógio. Esse bem é fungível, pois pode ser comprado em qualquer outro lugar com as mesmas características, mas por ser do avo e uma herança é coisa certa. 
Comparação: As condutas positivas de fazer, como por exemplo, um advogado que não defende um cliente, são muito difíceis de serem executadas forcadamente. Podendo cobrar-se apenas uma indenização. Já nas positivas de dar, por exemplo, não entregar um carro ao credor, pode nesse caso alem da indenização apreender o carro forçadamente. 
*Negativa: inércia, não fazer algo
Obrigação de dar coisa certa:
Identidade da coisa devida: o devedor não se desobriga com a entrega de coisa diversa, ainda que seja mais valiosa, por que o credor não é obrigado a recebê-la. Com exceção, de ser licita somente mediante acordo com o credor. 
TRANSFERIR: são obrigações que impõem ao devedor a conduta de transferir a propriedade de um bem ao credor. O negocio jurídico, por si só, não transmite propriedade ou faz surgir um direito real sobre a coisa alheia, sendo necessário o modo de aquisição – tradição (entrega da coisa) ou registro. 
SITUAÇOES: 
- B celebra um contrato de compra e venda de uma bicicleta usada, atualmente em propriedade de A. Nesse contrato, A ao entregar o bem para B esta transferindo a propriedade desse bem. Feito esse contrato, nasce para B o direito de credito a entrega do bem, quando é entregue esse direito extingue-se e tem-se apenas o direito real. É uma obrigação cujo pagamento consiste na TRANSFERENCIA DA PROPRIEDADE.
- B celebra um contrato de locação com A, no qual aluga a bicicleta de A por um período de tempo. Nesse caso, se passa apenas a posse do bem, mas a propriedade (direito real) ainda é de A e B somente usufrui do bem. PRESTAR.
- B devolve a bicicleta para A, após o uso da locação. Nesse caso, B tem a obrigação de entregar a posse para o proprietário. RESTITUIR.
RISCOS:
- perda: ART 234 
Não há mais possibilidade de entregar o bem, por ser coisa certa é insubstituível. Pode ser uma perda no sentido material – perda total do carro- ou no sentido jurídico – sujeito ia vender um terreno, mas acaba sendo desapropriado devido à construção do metro no mesmo terreno. 
sem culpa do devedor: a obrigação se resolve, ou seja, se extingue, sem que qualquer das partes deva nada a outra. 
com culpa do devedor: o devedor age de maneira que lesiona o bem, e assim fere o direito de credito do credor. Responsabilidade civil: se o devedor culposamente priva o credor de um direito, tem como conseqüência colocar o credor na situação que ele estaria se tivesse o bem (indenização). Alem de indenizar tudo aquilo que o credor perdeu, terá que indenizar por tudo aquilo que o credor deixou de ganhar (perdas e danos).
- deterioração: 
Não há perda, mas o bem é danificado. Nesse caso, o credor tem o direito de querer manter o negocio. 
 → sem culpa do devedor: ART 235 o credor pode considerar resolvida a obrigação, pois não pode ser compelido a receber coisa deteriorada ou diferente da devida; ou aceita-la no estado em que se encontra com abatimento de parte do preço correspondente ao valor que perdeu com a danificação. Não é uma indenização é um abatimento no preço.
 →com culpa do devedor: ART. 236 o credor poderá exigir uma indenização equivalente (referente ao bem inteiro) mais perdas e danos ou aceita-la no estado que esta com direito ainda a perdas e danos. É maior do que a perda, pois alem do valor o credor ainda tem o bem, mesmo que deteriorado.
O credor poder escolher entre quais opções ele quer do devedor, é um direito potestativo, pois o devedor tem que se sujeitar a isso. 
- melhoramentos: ART 237
Se o melhoramento se da a partir de um fato esperado, como por exemplo, frutos de um bem, os pendentes são do devedor ate o momento da entrega e depois passam a ser do credor. Ou seja, o devedor não tem direito a nada.
Se o melhoramento se da a partir de um fato inesperado, como por exemplo, a venda de uma cadela que se descobriu estar prenha, o código permite a hipótese de revisão de acréscimo no bem do negocio. Se o credor não anuir, fica o devedor com a faculdade de resolver a obrigação. 
Obrigação de restituir: 
Nesse caso o credor é o proprietário, o objeto da obrigação é a transferência apenas da POSSE do bem. O credor tem, então, direito não só a entrega do bem (direito de credito) como direito a propriedade do bem (direito real).
RISCOS:
- perda: 
 →sem culpa do devedor: ART 238 a coisa vai perecer sobre o proprietario, logo a obrigação se resolve. 
Ex. sujeito pede a bicicleta do vizinho emprestada, e é roubado. 
OBS. Se o sujeito empresta um apartamento para o outro durante 6 meses e no 3º mês o apartamento pega fogo, não poderá aquele cobrar nada. Mas, se fosse uma locação, o locatário teria que pagar o valor referente aos 3 primeiros meses do aluguel. 
com culpa do devedor ART 239: o devedor terá que pagar o equivalente do bem mais perdas e danos. 
- deterioração:
-> sem culpa do devedor: ART 240 o credor poderá aceitar o bem como esta. Não tem como resolver, pois o bem já é do credor, logo terá que voltar para ele de qualquer forma.
-> com culpa do devedor: o credor aceita como esta, e tem direito as perdas e danos. Ou poderá pedir o equivalente mais perdas e danos. 
OBS. ART 239 : o C.C. contem um erro nesse artigo, não seria referente ao ART240 e sim ao ART 236.
- melhoramentos:
-> sem despendio do devedor: ART 241 o possuidor (devedor) não tem direito a nenhum beneficio, logo não pode exigir nada, o credor sairá no lucro. “ Quem tem o ônus, tem o bônus”. 
-> com despendio do devedor: ART 242 o bem melhorou graças ao trabalho, despesa e o dinheiro do devedor. Nesse caso, será aplicado o sistema das benfeitorias; as necessárias- conservar e impedir o deterioramento da coisa- serão indenizáveis, as úteis – aumentam ou facilitam o uso da coisa- serão indenizáveis se houver boa fé; e as voluptuárias –por capricho ou recreação- não tem direito a indenização.
Obrigação de dar coisa incerta:
 
Nessa obrigação, qualquer bem que tenha aquelas características do bem esperado, satisfaz a obrigação. 
- gênero e quantidade: ART 243 para o objeto ser determinável, devem ser definidos o
gênero e a quantidade. Mas, a espécie e as especialidades não precisam ser definidas. É
um objeto indeterminado, porem determinável. 
O credor não tem como escolher qual será exatamente o objeto, mas em algum momento, entre a criação e o cumprimento, há o movimento de determinar especificadamente dentre aquele gênero qual/quais bem/bens serão entregues. DETERMINAÇAO DO OBJETO = CONCRETIZAÇAO DA OBRIGAÇÃO. Normalmente, no silencio das partes, o devedor tem o direito de escolher (direito potestativo) ART 244.
A não ser que no titulo da obrigação, na fonte, esteja dizendo algo diferente.
A obrigação da coisa incerta é fadada a morrer sem ser paga, uma vez que ninguém a cumpre, pois sempre antes de ser cumprida transforma-se em coisa certa. Devido à concretização, já que o bem é determinado. A concretização é importante, pois enquanto é uma obrigação de coisa incerta ela não há o risco da perda, deterioração ou melhoramentos, por ser um gênero / uma abstração.
Quando acontece a concretização? ART 245 
1 – no momento em que as partes combinaram (autonomia privada/costume social)
2 - no momento em que o devedor COMUNICA ao credor a escolha do bem 
Após ser concretizada, a obrigação será tratada no mesmo sistema da obrigação de dar coisa certa. 
SITUAÇOES E EXCEÇOES:
- Se o sujeito deveria entregar um tipo de café que é importado do Paraguai, e o Brasil entra em guerra com este país, a obrigação torna-se impossível, já que para haver uma obrigação o objeto deve ser possível. Seria então, resolvida (sem culpa do devedor).
- Se o sujeito tinha um haras e deveria entregar um de seus cavalos ao credor, mas não cuida e não vacina os animais, vindo eles a morrer por negligencia (com culpa do devedor), o credor terá que ser indenizado com o valor equivalente e mais perdas e danos. 
Duvida: Perdas e danos de qual cavalo? Terá que ser feito a media, pois ao ter o direito potestativo o sujeito pode vir a cometer abuso de direito. Para evitar casos como esse, o devedor não pode nem dar o pior bem e o credor não poderá escolher o melhor bem.
Obrigações pecuniárias: 
São obrigações que se impõe ao devedor no âmbito monetário. 
Ex. Sujeito é locatário e devera pagar durante 2 anos e meio um aluguel no valor de 2 mil reais para o locador.
O imóvel continuara o mesmo após esses anos (exceções de melhorias), mas e o dinheiro? Continuara valendo 2 mil reais?
Para essa pergunta existem duas vertentes:
- nominalista: ART 315 o principio geral é de que se foi combinado 2 mil reais, então esse valor que será pago, não importando se houver inflação, ou não. Nesse sistema, não há atualização ou inflação, as partes podem combinar outra coisa, mas no silencio delas pagam-se as dividas pelo seu valor nominal. A exceção é a atualização monetária.
- valorista: as obrigações pecuniárias não devem ser pagas pelo seu valor nominal, é uma representação de um valor de compra. Se no futuro, para comprar o que antes se comprava com 2 mil reais, aumenta para 2.500 reais, passa a ser 2.500 reais. A lei impõe uma atualização constante nas obrigações pecuniárias. Se paga o quanto vai valer o preço de hoje, a regra é a atualização monetária.
Qual o problema de generalizar a atualização monetária?
Se há uma generalização da atualização monetária, se todas as dívidas são reajustadas, a inflação aumenta cada vez mais. Entrando-se numa espiral inflacionaria. 
A tendência foi os países que oscilavam entre essas duas vertentes, saírem dos extremos. Uma vez que a atualização monetária deve ser usada em casos específicos, apenas, e não como regra geral.
Quais seriam os casos específicos?
- legais: o ordenamento considera ser necessário. A própria lei excepciona a aplicação do ART 315 e permite o reajuste. Dividas de valor- que por força da lei devem ser atualizadas para satisfazer sua finalidade. 
Ex. pensão alimentícia: pode mudar sendo aumentada ou diminuída de acordo com o valor necessário. Ou o equivalente pecuniário, no qual o valor de mercado do bem é o do dia que será pago.
- convencionais: ART 316 se lei não falar nada, cria-se uma clausula que fará aquilo que normalmente a lei faria. O código prevê a licitude, em certos contratos. Clausula de escala móvel: será escalonado o aumento do preço, sendo previsto um aumento progressivo dessa divida. Medidas foram criadas a fim de fortalecer a economia nacional. Com isso, não se pode celebrar clausula móvel em dois casos: ART 318
-- relação ao conteúdo: não é permitido realizá-la em base de moeda estrangeira ou ouro (uso forçado da moeda)
- -relação a freqüência: proibido aplicar essa clausula mais de uma vez ao ano (periodicidade)
OBS. Tem contratos em que se pode usar o dólar, como contratos internacionais. 
- revisão judicial: ART 317
Se a variação/aumento/proporção era algo imprevisível na época que essa obrigação foi criada, pode pedir revisão do judiciário. 
Obrigações de fazer:
Impõem-se ao devedor uma conduta positiva, que não seja APENAS a entrega de um bem. 
EX. contrata-se um pintor para pintar um retrato, é obrigação de dar ou fazer? 
O cerne da obrigação é um fazer, mas se ele não pinta serão aplicadas as regras da obrigação de fazer. Mas, se ele já pintou e não entrega, será classificada como obrigação de dar, para que seus mecanismos de busca e apreensão do bem possam ser usados.
RISCOS:
- impossibilidade: não é mais possivel cumprir a obrigação
-- sem culpa do devedor: Se resolve a obrigação
-- com culpa do devedor: como não tem um bem material que possa se usar pra comparar o equivalente, há apenas perdas e danos. ART 248
- Infungível: se somente aquele devedor pode cumprir essa obrigação, e ele se recusa, pode-se exigir perdas e danos sobre ele. ART 247
- fungível: se é fungível, ou seja, substituível, tem a opção de evitar perdas e danos. Pode-se exigir a prestação do serviço por um terceiro, e o devedor pagará, junto com alguma indenização. ART 249
Haverá um controle judicial sobre essa substituição por um terceiro. O credor deve primeiro ir a um juiz e comunicar, e este dará ou não, a autorização. 
Exceção: se for um serviço de urgência, pode contratar o terceiro e depois ir ao judiciário. 
É pouco utilizada na pratica, pois é mais simples o credor pagar esse terceiro e depois pedir ressarcimento ao devedor. 
OBS. 
-Astreintes: são uma multa processual, na qual caso o devedor não realize o serviço há um acumulo do valor da multa a cada dia que ele não o fizer. Esse dinheiro obtido com a multa é dado ao credor. É um instrumento de pressão judicial, para forçar o devedor a realizar a obrigação. É eficaz, pois não interfere no sistema de perdas e danos, ou no de indenização. Ou seja, alem da multa o credor tem ainda direito a indenização, já que é processual e não civil. 
-Suprimento judicial: nas obrigações de declarar vontade, há esse instrumento jurídico, no qual o juiz da uma decisão que produz para todos os efeitos as conseqüências da vontade não declarada/obrigação não cumprida. 
EX. promessa de compra e venda
Sujeito prometeu vender a casa, mas nunca apareceu para assinar a escritura (infungibilidade juiridica). O juiz, para o outro sujeito não ficar sem a casa prometida, dará uma decisão judicial que no lugar da escritura o sujeito levará no cartório para ser transferida a propriedade da casa. O juiz supre a falta daquela declaração de vontade.
Obrigações de não fazer:
Imposto ao devedor uma conduta omissiva, tem a obrigação de não agir de certa forma. 
EX. obrigação de sigilo, dever de silencio, de não construir, obrigações de propter REM, clausulas de exclusividade e clausulas de não concorrência. 
ART. 1147 – exemplo de obrigação de não fazer: o vendedor do estabelecimento não pode concorrer com o adquirente pelo prazo de 5 anos, salvo previsão contraria.
Justifica-se como categoria autônoma, em principio, não há um momento especifico para marcar o pagamento da obrigação, pois é continuo. O devedor esta sempre fazendo, se pontua apenas quando há o descumprimento.
RISCO:
- impossibilidade: tornou-se impossível de não fazer, algo o obrigou a fazer. ART 250 
-- sem culpa do devedor: a obrigação é resolvida
-- com culpa do devedor: perdas e danos
Qual seria o mecanismo de tutela especifica das obrigações de não fazer?
- desfazimento: quando há culpa do devedor, em alguns casos, quando se materializou em coisa fática, é possível o desfazimento.
Se o juiz condena o sujeito a desfazer, essa obrigação nova que é imposta é de fazer. Manda o sujeito desfazer e depois voltar a não fazer. 
Ex. construiu um muro onde não devia. Primeiro deve desconstruir o muro e depois voltar a não construir.
As regras serão as de fazer, como astreintes, contratar um terceiro e cobrar do devedor ou perdas e danos e indenização.
ART 251. nos casos de urgência, pode o sujeito desfazer sem aviso judiciário prévio. 
2º CRITERIO DE DIVISAO: MEIO / RESULTADO
Obrigações de meio: 
Se exige do devedor que faça o possível/adequado/o melhor que ele puder para conseguir um dado efeito, mas o resultado não pode ser exigido dele. (objeto=conduta). Como não tem que conseguir o resultado, quem tem que provar culpa do devedor, se houver, é o credor. 
Ex. o paciente morreu, medico não tem que provar nada. 
Exceções: cirurgias plásticas, ortodontista e anestesista são obrigações de resultado.
Obrigações de resultado:
Sujeito é contratado não só para que faça o melhor que puder, mas para que consiga obter o resultado. Pode exigir o resultado do devedor (objeto = conduta+resultado). Como o devedor tem que atingir um resultado, ao não ser atingido, há o ônus da culpa. Caberia então, ao devedor provar sua não culpa. 
EX. deixar de entregar uma mercadoria. 
Não há um critério especifico para distinguir-las, mas usam-se outros elementos: contrato- avalia-se se o devedor obrigou-se ao resultado ou aos melhores esforços; lei – código de ética medica ou de advocacia, por exemplo; e aos usos e costumes.
- Se um advogado promete ganhar a causa, ou um médico promete salvar um paciente, é um ato ilícito. Não pode prometer resultado e pode o credor pedir indenização, não por não ter obtido resultado, mas por uma questão moral de promessa.
- Se um advogado
pede 10% do valor, se ganhar a causa ou não precisara ser pago, se não ganhar. Continua sendo uma obrigação de meio, por que o resultado é uma condição do pagamento. A obrigação só vai existir se ele ganhar a causa. A princípio o contrato é gratuito, só será oneroso se ele ganhar. (condição para onerosidade do contrato).
3º CRITERIO DE DIVISAO: SIMPLES/COMPOSTAS
Obrigações simples:
Tem apenas UM objeto, uma única conduta humana.
Obrigações compostas: 
Tem VARIOS objetos, se exige do devedor varias condutas.
- obrigações cumulativas: “E”
Ex. contrata um sujeito para pintar a parede E consertar o muro. A obrigação só vai ter sido cumprida se ele tiver realizado as duas condutas.
- obrigações alternativas: “OU”
Ex. devedor deve pintar a parede OU consertar o muro. O devedor exonera-se quando realizar uma das obrigações.
*Obrigações alternativas:
Tem a diferenciação entre cada uma das alternativas (diferente das obrigações de dar coisa incerta). Ex. arroz tio João OU arroz sendas
ART.252 – Regras dispositivas, as partes têm autonomia para mudar algumas regras. 
As escolhas são fechadas, cada uma tem características próprias, não podendo ser misturadas. - Se é uma execução de prestação periódica, aluga uma fazenda e compromete-se a pagar ou em dinheiro ou em café, no silencio das partes a escolha pode ser renovada a cada mês. 
- Se alugou com varias pessoas e não há um acordo de como será pago, não pode ser escolhido pela maioria. O juiz decidira caso não cheguem a um consenso, ou seja, suprirá a ausência de declaração de vontade.
RISCOS:
- impossibilidade de UMA das alternativas:
Sujeito empresta o som e TV para outro, e a TV quebra.
-- sem culpa do devedor: a TV estragou sozinha, transforma em obrigação simples e da apenas o som (se tanto fizer para o credor). Correção automática.
-- com culpa do devedor:
Quem ia escolher qual objeto seria devolvido?
Escolha do Credor: se o credor tem o direito de escolher, ao agir com culpa, o devedor violou indiretamente o direito potestativo de escolha do credor. Este deve manter sua escolha, mas terá o direito ou ao equivalente ou ao outro objeto, mais perdas e danos. ART 253 e 255 – primeira parte.
Escolha do Devedor: escolhera o que não foi danificado. Correção automática.
- impossibilidade de todas as alternativas:
A TV e o som se perderam
-- sem culpa do devedor: a obrigação é resolvida ART 256
-- com culpa do devedor: 
Escolha do devedor: o devedor estragou os dois objetos, ele tinha anteriormente uma obrigação simples de entregar um objeto. Quando os dois se perdem ele tem que dar o equivalente do ultimo que se impossibilitou, com perdas e danos. ART 254
Escolha do credor: vai escolher qual equivalente, mais perdas e danos. ART 255 – segunda parte.
IMPORTANTE: Se forem dois objetos, o primeiro deteriorou-se por culpa do devedor e o segundo foi roubado, sem culpa do devedor, aplicara o critério de sem culpa do devedor. Se fosse ao contrario, com culpa do devedor. Fica a critério do ultimo objeto que se impossibilitou.
Obrigações alternativas X obrigações com faculdade alternativa:
As obrigações com faculdade alternativa são obrigações simples, ou seja, só tem uma prestação/objeto.
Ex. há um contrato no qual o devedor se compromete a entregar, numa data especifica, uma televisão OU um som. Cria-se então, uma obrigação alternativa. Mas, se ele tem uma clausula que o devedor deve entregar a televisão, porem PODE-SE LIBERAR também entregando o som, deixa de ser alternativa e passa a ser facultativa.
Na obrigação alternativa, tem duas condutas que o devedor deve cumprir (TV e o som são partes do objeto), e as duas estão no mesmo nível. Já na facultativa, há uma conduta que é o objeto principal dessa obrigação (no caso a TV, o que vem depois do “porem” é um acessório, uma faculdade adicional – o som, não é parte do objeto dessa obrigação, é um acessório).
- Se o devedor tem a obrigação alternativa de entregar a TV OU o som, e a escolha é dele existe alguma possibilidade do credor exigir o som se o devedor quiser entregar a TV? Quando se tornar impossível a entrega da TV, o credor pode exigir, pois os dois são objetos e a conduta pode ser exigida do devedor.
- Se for uma faculdade alternativa, na qual o devedor deve entregar a TV, mas pode entregar o som, o objeto é só a faculdade principal, a TV. Se for impossível a entrega será pago perdas e danos mais o equivalente da TV. O credor não poderá exigir o som, pois não é o objeto da obrigação, é apenas acessório. 
RISCOS:
- impossibilidade: como só há um objeto, impossibilitando-o a obrigação se extingue. Não há obrigação sem objeto. Nas alternativas, como há outro objeto não seria resolvida.
- execução forcada: quando o devedor, numa obrigação alternativa, não cumpre a obrigação no prazo previsto, o que o credor pode pedir ao juiz? Visto que é da escolha do devedor entregar o objeto. 
O devedor será condenado primeiro a uma obrigação de fazer, a escolher o objeto para ser entregue. Se ele, mesmo com ação judicial, não o fizer poderão ser usado outros meios, como declaração de vontade, suprimentos judiciais e etc. 
Mas não há como executar essa obrigação sem haver uma concentração previa, o devedor precisa decidir qual será condenado.
Se for uma obrigação com faculdade alternativa, é simples, então não há previa, parte-se diretamente para a execução forçada. 
4º CRITERIO DE DIVISAO: DIVISIVEIS/INDIVISIVEIS
É importante separá-las para saber se a obrigação é plural, ou seja, se tem mais de um credor ou mais de um devedor. 
Obrigações divisíveis: 
Critério sócio jurídico- valor, estrutura e finalidade. Deve-se levar em conta se quando dividido ele perde sua estrutura, se valor ou sua finalidade. Se conseguir dividir sem alterar nenhum desses aspectos, é divisível, se não é indivisível. ART 257
EX. Pluralidade passiva (mais de um devedor) – A e B devem 1.200 reais para C; nesse caso, os devedores devem dividir igualmente a quantia. Pagando cada um 600 reais para o credor.
Pluralidade ativa (mais de um credor) – A deve 1200 reais para B e C; os credores só podem cobrar cada um a sua parte de A. Ou seja, B cobra 600 reais e C cobra 600 reais.
Pluralidade ativa e passiva (mais de um devedor e mais de um credor) – A e B devem 1200 reais para C e D; será toda dividida. A pagará 300 reais para C e 300 reais para D, e B igualmente.
Obrigações Indivisíveis:
Pode ser divisível por vontade das partes, por lei (lote mínimo) ou por ordem econômica/funcional (diamante).
ART 314- Indivisibilidade do pagamento. O credor ou o devedor não podem pagar em partes, se não for combinado entre os sujeitos.
Pluralidade passiva (um credor, vários devedores): ART 259 
Se os devedores não pagam a obrigação no prazo combinado, o credor pode cobrar de qualquer um deles a prestação inteira, e depois aqueles se entendem.
Se apenas um pagar e entregar terá direito de cobrar metade do equivalente do bem ao outro devedor que não pagou a obrigação.
Pluralidade ativa (um devedor, vários credores): ART 260
O devedor deve pagar para todos os credores conjuntamente, ou seja, ter um recibo assinado pelos dois.
Só poderá entregar para um credor, apenas, se este contra o eventual desaparecimento do bem lhe der alguma garantia (cheque calção ou procuração-no momento do contrato um credor assina em nome do outro). 
ART 261- Se o devedor pagar para um credor apenas, a regra é de que quem pediu o bem tenha preferência. EX. B deu um cheque calção e cobrou a divida (bicicleta) de A. Este pagou e depois C foi pedir a bicicleta para B, que dará só a metade em dinheiro. 
PROBLEMAS POSSIVEIS:
- Remissão: ART 262 pluralidade ativa
A relação obrigacional é uma relação de direito e dever; logo, o credor tem o direito de cobrar e o devedor o dever de pagar. O credor pode renunciar esse direito e não cobrar a divida do devedor, ou seja, resolver a obrigação.
Mas e se apenas um credor
perdoa a divida? Um dos credores sai da relação, mas o outro continuará. O devedor devera pagar a divida inteira para o credor que se manteve na relação, e este ressarcirá a parte do credor que perdoou para o devedor, com a metade do equivalente.
- Conversão em perdas e danos: ART 263 pluralidade passiva
No caso do bem se perder com culpa de ambos os devedores cada um pagara metade do equivalente e metade das perdas e danos. Se apenas um dos devedores tiver culpa, pagara sozinho o equivalente mais perdas e danos, ou não esta respondido exatamente no código, mas o equivalente deveria ser dividido entre os devedores, mesmo a culpa sendo de um deles, já que o outro devedor também participava da obrigação.
O devedor culpado deveria indenizar com metade do equivalente e mais perdas e danos, o outro devedor, uma vez que destruiu um bem que era também desse devedor, um condomínio entre eles.
Obrigações solidarias: ART 264
Situação na qual os vários devedores (solidariedade passiva) ou os vários credores (solidariedade ativa) compartilham os mesmos riscos.
Regras gerais: 
- dupla face da relação jurídica: relação externa (entres credores e devedores) e relação interna (entres credores ou devedores). 
- ART 266; é possível que os elementos acidentais (condição, dolo, termo, encargo e local do pagamento) variem de pessoa para pessoa, de modo que um devedor deva pagar num dia diferente do outro. Um conjunto de obrigações dentro dessa única obrigação, mas o objeto deve ser mantido o mesmo.
- ART 265 A SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME!!!!!
Somente ocorre solidariedade se for decorrente da lei ou de vontade, ou seja, o sujeito celebra o contrato se comprometendo pela parte dos outros devedores ou a lei impõe a solidariedade no contrato.
Solidariedade ativa:
Se há vários credores, significa que qualquer um deles tem poder para receber a divida inteira. O devedor poderá pagar para um deles, basta o credor solidário assinar o recibo de que fez parte dele. É uma vantagem para o devedor, que ganha o poder de pagar para qualquer um.
Exemplos:
- locação: se a lei determinar que dois irmãos são locatários de um apartamento, deixado de herança, eles são solidários entre si. O locador pode pagar o aluguel inteiro para qualquer um deles.
- conta corrente: se um casal abre uma conta corrente em conjunto, são solidários nessa obrigação, eles colocam o dinheiro nessa conta e o banco fica como depositário. Se a esposa sacar dinheiro sem o marido saber o banco não pode interferir, é apenas um devedor. 
SITUAÇOES:
- se A, devedor, encontra D, um dos credores, e paga toda a divida para ele a ação externa se extinguiu de forma satisfatória – com o devedor pagando o que devia. Mas e a interna? D passa a ser devedor de seus concredores? Não se pode presumir solidariedade, o fato da relação externa ser solidaria não implica na relação interna ser também. Logo, se não tiver sido combinado, o devedor A, não pode pagar toda a divida para apenas um credor. 
Não sendo, então, solidaria, deve-se levar em conta se é divisível ou indivisível. 
- DIVISIVEL: dinheiro, por exemplo
Pagamento total: o devedor A deve 1200 reais para os credores B, C,D e E. Cada credor recebe a sua parte apenas, ou seja, 300 reais para cada um.
Pagamento parcial: se A, devedor, encontra D, um dos credores e paga apenas uma parte da divida (500 reais)? Continuara devendo o restante (700 reais)? Pagará para qualquer um esse restante, inclusive para D? E se for a falência e não conseguir pagar o resto? ART 269
Nesse caso, será dividido igualmente entre os credores o valor que o devedor conseguiu pagar, ou seja, os 500 reais serão divididos e os credores tomarão o mesmo prejuízo, juntos.
Prevenção judicial: Se o devedor A não encontra nenhum dos credores, não paga na data prometida e um dos credores, D, entra com uma ação judicial cobrando a divida, o devedor não poderá pagar o valor inteiro para nenhum outro credor, ainda que seja uma obrigação solidaria. Pois, a partir do momento que um credor ajuíza uma ação, se torna prevento, ou seja, reúne nas mãos o poder de cobrar do devedor. ART 267 /268
Remissão: se um dos credores solidários perdoa a divida do devedor, para este cada credor é como se fosse único, de modo que se há um papel assinado por um deles alegando a remissão, o devedor não terá que pagar mais nada. Em compensação, esse credor remitente perdoou não só a sua parte na divida, mas as dos seus concredores e terá que reembolsá-los como num pagamento total. ART 272
 
OBS. se um dos credores morre?E deixa herdeiros? D vem a falecer,e deixa F e G como herdeiros.Esse devedor pode pagar tudo para os herdeiros?A solidariedade esta ligada a uma questão de confiança,se D recebesse tudo,ele viria a passar para todos depois,F e G são estranhos nessa relação.Eles vão receber a quantia que lhes é de direito.Sempre que houver sucessão vai se extinguir a solidariedade quanto aos herdeiros. Se ainda esta no processo de inventario de D, ou seja, se ainda houver o espolio, há a presença de D como credor solidário. Assim, o devedor A , poderia pagar o valor inteiro para o espolio de D e o valor seria igualmente repartido depois. (espolio = estagio intermediário no qual a esfera jurídica ainda é integra, ou seja, espolio = credor solidário).
Porém, se já feita a partilha dos bens, cada um recebera sua parte da divida. O devedor A, dividirá os 1.200 reais em; 300 para o credor B, 300 para o credor C, 150 para o herdeiro F de D, 150 para o herdeiro G de D e 300 para o credor E.
Sucessão: Se há B,C,D e E como credores e A ainda não pagou os 1200 reais, e morre D, tendo F e G como herdeiros, sem ninguém cobrar a divida de A, um dos herdeiros pode cobrar? Pode cobrar apenas sua parte dentro do valor do antigo credor solidário, D, ou seja seu quinhão hereditário (150 reais). 
ART 270. Se a obrigação é indivisível, e o credor falece, os herdeiros vão poder exigir tudo, não porque eles continuam solidários, mas porque não há como exigir só a parte deles, se aplicam as regras da indivisibilidade. A solidariedade pode ser um acréscimo para a indivisibilidade.
 ART 271: no caso do bem ser destruído por culpa do devedor, este terá que pagar o equivalente mais perdas e danos para qualquer um dos credores. Como é solidário isso pode ocorrer. Se não tivesse culpa, a obrigação seria resolvida.
EXCEÇÃO: um contra direito, algo que o sujeito alega para impedir o exercício do direito de outro sujeito. Uma defesa do sujeito passivo, contra o sujeito ativo.
- impossibilidade do objeto: perda do objeto sem culpa
- prescrição: tinha um direito, mas passou o tempo e perdeu o direito de exigi-lo
- vicio do negocio jurídico: dolo, lesão, coação e etc
- declaração de nulidade: sujeito incapaz
As exceções podem ser:
COMUNS: pode ser alegada por ou perante qualquer um. ART 273
PESSOAIS: só pode ser alegada por uma ou perante uma pessoa especifica. 
EX. incapacidade- fez-se um contrato entre A (devedor) e B,C,D e E (credores solidarios). Se devedor A, pegou dinheiro emprestado com os credores solidários e antes do pagamento da divida o credor C foi declarado incapaz por problemas mentais, ele não poderá pagar essa divida para esse credor. Apenas para os outros credores ou o representante daquele, e devera ser o valor inteiro, incluso a parte de C, pois sera repassado para um curador ou representante. Continua sendo uma exceção pessoal, mesmo com a solidariedade. 
ART 274 – normalmente, num processo judicial, ocorrem duas etapas. A primeira é o processo de conhecimento, na qual o credor deve convencer o juiz de que o devedor pegou o dinheiro emprestado e que deve esse valor para credores solidários. Se tudo ocorrer bem nessa primeira fase o devedor é condenado a pagar e passara para a segunda fase, o cumprimento da sentença. Nessa fase, o credor tem que fazer a sentença ser cumprida na pratica e se o devedor não paga mesmo assim, o juiz poderá fazer uso da forca através das astreintes, busca e
apreensão do bem ou penhoramento. 
- Se o credor B entra sozinho (prevento) com uma ação, de modo que o devedor A so pode pagar pra ele, e o juiz condena o devedor a pagar e este não paga e B desiste dessa ação, pode um dos outros credores se aproveitar dessa sentença? Se for desfavorável o julgamento, não afeta os demais, se for favorável aproveita, favorece os demais. Se ele ganhou os outros podem executar, se ele perdeu os outros não podem executar.
 
O ART 274 funciona bem ate a primeira parte, na segunda exclui as exceções pessoais. Uma sentença fundada numa exceção será desfavorável para o credor. E é impossível que se tenha uma sentença fundada numa exceção favorável para o credor, vindo do devedor. Só se fosse uma exceção favorável do credor, ou seja, será fundada numa exceção da exceção. 
- A prescrição é o exemplo mais claro de exceção pessoal, se algo prescreve o devedor pode alegar que a divida prescreveu. No entanto, há causas de suspensão e interrupção da prescrição. Elas são uma exceção da exceção que poderiam ser usadas para fundar um julgamento favorável ao credor. A dificuldade agora é saber se a exceção é pessoal ou geral?
* As causas de suspensão (são pessoais) estão fundadas em alguma condição que impede o credor naquele período cobrar a divida e por isso se suspende o prazo prescricional. Ex: sujeito foi pra guerra, ou se casou com o devedor. 
* As causas de interrupção (são objetivas) estão ligadas a falta de inércia do credor, são atos de cobrança ou atos de reconhecimento do devedor, são os protestos, protesto cambial, cartorial são atos pelos quais afastam a situação de inércia.
Ex: O devedor A celebrou um contrato com B, C,D e E, em 2008 e em 2009 ficou combinado que venceria a divida. Se o devedor não paga, tendo essa divida um prazo prescricional de 3 anos os credores perdem o direito de exigir essa divida em 2012,e o devedor só paga se for por espontânea vontade. Se em 2013 é ajuizada uma ação e o devedor A, se defende alegando que o prazo prescreveu, pode um dos credores usar um protesto de titulo, uma cobrança ou qualquer outra ação que não tenha ido pra frente, feita em 2011, para provar que houve interrupção na prescrição. Ou uma causa suspensiva, como serviço militar ou casamento, pode o juiz dar uma sentença favorável ao credor, baseada na exceção da exceção do devedor A.
Ex2. Se em 2011, o devedor A e um dos credores, B , se casam e em 2012 se separam e B pede o dinheiro de volta com juros? O devedor A, não pode alegar prescrição para com esse credor, apenas para os outros, em decorrência de uma exceção pessoal. O credor B, poderá cobrar o valor inteiro da divida, já que a PRESCRIÇAO ATINGE A PRETENSAO. Logo, os outros credores ainda podem cobrar suas partes na divida, pois são solidários, mas não mais do devedor A, apenas de B. Isso se justifica por a relação externa só B poder exigir, mas a relação interna nasce a partir do momento que esse credor recebe a divida. Então, não há prazo prescricional entre os credores numa relação solidaria. A partir do momento que esse credor B recebe, nasce um novo prazo prescricional entre eles, na qual aquele deve compartilhar com os outros credores a divida. (vedação do principio de enriquecimento sem causa)
Solidariedade passiva:
Dolo e coação alem de gerar anulação do negocio jurídico, também podem gerar indenização. Se forem realizados por um participante do contrato, este é anulado e se pagara indenização. Quando ocorrer por um terceiro, depende se o declarante não sabia – negocio continua e o terceiro paga indenização – ou se sabia – o negocio é nulo e os dois são solidários no dever de pagar) ART 154.
- Sendo vários devedores solidários, o credor pode escolher cobrar de qualquer um a divida toda, pode cobrar de dois a divida toda ou pode cobrar ate menos de cada um deles. ART 275
-Pagamento parcial: Se o credor não querendo prejudicar o devedor, mas querendo uma parte do dinheiro devido, cobra dele apenas sua cota (300 reais), o resto do dinheiro (900 reais) poderá ser cobrado do mesmo devedor ou apenas dos outros. O código não especifica esse “demais” com precisão, causando duvida.
-Pagamento total: Se o pagamento for total, cobrando apenas de um devedor o valor inteiro (1200 reais), esse devedor que pagou poderá cobrar dos outros a cota de cada um (300 reais) separadamente, não sendo necessariamente solidários. Esse devedor vira credor de uma nova relação jurídica, interna.
-Remissão: se o credor perdoa apenas um devedor, a relação jurídica continuara para os outros devedores. O valor é alterado, a parte do credor que foi remitido é extinguida ( -300 reais). ART 277
-Exoneração: Se o sujeito é devedor solidário, tem dupla responsabilidade. Deve 300 reais, sua parte, e embora não deva é responsável pela parte dos outros (900 reais). Quando o credor perdoa, perdoa tudo, ele não deve e não é responsável por mais nada. O credor pode não perdoar a divida, mas exonerar o devedor da solidariedade. Uma declaração que retira o devedor da solidariedade e ele passa a responder só pela parte que deve, como um devedor comum.
 ART. 278 – Não deve prejudicar os solidários, não pode colocar nada que piore a situação dos solidários sem o consentimento deles.
- Rateio da cota do insolvente: voltando ao pagamento total da divida; o devedor A pagou a divida toda (1200 reais) para o credor E, volta-se a relação interna na qual B,C e D respondem cada um por 300 reais, suas partes e não são solidários. 
 ART 283 Se o devedor C, fica insolvente o devedor A não vai arcar sozinho com a divida, haverá um rateio entre os devedores. Cada um pagará 100 reais a mais e o devedor A não sera prejudicado. 
 ART 284 Se o devedor D, tinha sido exonerado da solidariedade, e o devedor C fica insolvente esse devedor voltara para pagar uma parte desse que ficou insolvente (100 reais). Mas e se ao invés de exonerado, fosse perdoado?
Nesse caso há três hipóteses: o devedor perdoado não volta e os outros saem no prejuízo tendo que pagar a mais pela insolvência (150 reais); o devedor volta como se fosse exonerado e paga parte desse valor; ou o credor que perdoou um desses devedores arca com essa cota. 
Nessa ultima, tem o inconveniente de que colocar sobre alguém algum ônus sobre um ato de liberalidade ou aumentar o ônus, seria em contradição com o principio geral de que os negócios jurídicos benéficos (remissão,doação) devem ser interpretados restritivamente. 
Ex;Se você esta na duvida se a pessoa esta doando 3 mil ou 4 mil,ela esta doando 3 mil.Se ta na duvida,se o sujeito ta perdoando 3 mil ou 4 mil,ele esta perdoando 3 mil.Essa é a posição mais defendida em doutrina.
- Sucessão: Se o devedor C morre, deixando de herdeiros F e G o credor E poderia cobrar o valor inteiro se ainda estivesse na fase do espolio, quando o devedor é considerado solidário ainda. Após a partilha dos bens só poderia cobrar a parte de cada um deles, ou seja, um oitavo do valor inteiro. ART 276. 
- Conversão em perdas e danos: no caso de ser um bem indivisível como um carro, e esse carro for destruído sem culpa dos devedores, a obrigação se resolve. Se houver culpa, pelo fato da solidariedade estar nos sujeitos e não no objeto, o equivalente pode ser cobrado de qualquer um dos devedores, mas as perdas e danos apenas do devedor culpado. ART 279 
- Juros: um dos efeitos de uma obrigação não ser paga no prazo, é ela ser paga com juros. Se numa divida solidaria, só um devedor for culpado pelo atraso do pagamento o credor poderá cobrar de qualquer um deles o juros, e depois os devedores se resolveriam. É diferente do sistema de perdas e danos, pois os juros poderiam ser evitados e já nas perdas e danos a conduta é mais difícil de ser controlada com precisão. ART 280
EXCEÇOES: 
-Se A,B,C e D realizam um empréstimo, sendo devedores solidários e o banco cobra o dinheiro e eles não pagam. O devedor C, alega coação feita pelo credor E, gerente do banco e como essa coação gera anulabilidade existe a possibilidade
dessa parte da divida ser anulada. Mas só sera anulada se o coagido alegar, pois é uma exceção pessoal. Se o credor cobrar de algum outro devedor e esse pagar o valor inteiro, não poderá cobrar a parte de C, se este alegar coação, mas terá que abrir uma ação anulatória contra o credor para que devolva os 300 reais cobrados do devedor não coagido. ART 281
- Quando tem a presença de um fiador, garantindo a divida, este responde sem ser devedor. Tem o haftung, mas não tem o should. No caso de A,B,C e D pedirem empréstimo ao banco, este olhara o patrimônio dos devedores pra saber se sera necessária uma garantia (fiador), caso o patrimônio não seja suficiente. O fiador só sera responsável em caso de impossibilidade de cobrar dos devedores (beneficio de ordem). Pode incluir o fiador no sistema da solidariedade de modo que ele abra mao desse beneficio e para o credor ele passa a ser mais um devedor solidário. Internamente, os devedores sabem que ele não passa de uma garantia. 
Desse modo, o banco pode cobrar do fiador essa divida. Mas há uma diferença entre esse fiador e os outros devedores, que esta na relação interna. (Devedor desinteressado). O fiador não tem interesse nessa divida, não vai participar da pessoa jurídica que esses devedores estão querendo criar, a cota dele é zero. Se o devedor A, pagar os 1200 reais inteiro, não vai cobrar uma parte do valor do fiador. Mas se o credor cobrar do fiador e este pagar os 1200 reais inteiros, todos os devedores deverão pagar suas partes. ART 285
Solidariedade x Indivisibilidade
Origem da solidariedade:Lei ou convenção entre as partes(subjetiva).
Origem da Indivisibilidade:Prestação,objeto da obrigação(objetiva).
No caso de conversão em perdas e danos na solidariedade:Continua, a solidariedade não é afetada. 
Na indivisibilidade:Torna-se divisível,acaba a indivisibilidade(extingue a indivisibilidade).
Sucessão na solidariedade:Extingue-se.A única exceção é o espolio.
Sucessão nas obrigações indivisíveis:Subsiste a indivisibilidade.
Se a solidariedade esta nos sujeitos,morrendo eles,acaba para os herdeiros,convertendo o objeto em perdas e danos não houve nada porque os sujeitos continuam os mesmos.
Se a indivisibilidade esta no objeto,convertendo o objeto em outro objeto que é divisível,acaba a indivisibilidade.Mas morrendo os sujeitos o objeto continua indivisível,logo mantem-se a indivisibilidade.
A suspensão da prescrição também pode ser uma diferença,na solidariedade é pessoal,já na indivisibilidade ela afeta a todos.
Transmissão das obrigações:
O nosso sistema permite que haja alteração dos elementos da relação obrigacional, mantendo-se a mesma relação, ou seja, o mesmo prazo, acessórios, lugar de pagamento e etc.
Por que isso é relevante?
Ex. Sujeito A, deve 1000 reais para o sujeito B. Ao devedor o direito prevê um prejuízo de 1000 reais e ao credor prevê no futuro um ganho de 1000 reais. Se olhar hoje o patrimônio do credor esse ganho já é parte atual dele, embora não tenha esse dinheiro no seu patrimônio ele já tem o direito (credito – já tem valor econômico atual) de exigir a entrega desse dinheiro. 
A relevância se da então; se é algo que ele já tem no patrimônio, é algo que ele já pode vender doar, transmitir e etc. 
 Se B, precisando de dinheiro com urgência procura um terceiro, o banco C, por exemplo, oferecendo uma troca, na qual este lhe da uma quantia em dinheiro e fica com a prorrogativa de poder exigir no futuro o dinheiro que o sujeito A deve, de quanto seria essa quantia? Menos de 1000 reais, pois esse novo credor vai assumir o risco da insolvência do devedor e o tempo para receber (1000 reais hoje não são o mesmo que 1000 reais em agosto).
 O dever jurídico de entregar 1000 reais de A, já é parte do patrimônio dele? Se ele morrer essa divida passa os herdeiros dele? Se ele tiver patrimônio para cobrir essa divida, sim. 
Mas mesmo em vida, ele pode transferir essa divida. Um sujeito D, por exemplo, pode estar devendo para A, mas deve haver interesse das partes nessa transferência.
* Titulo de credito:
- Se A e B criam essa obrigação com a perspectiva de circular essa divida, para facilitar é possível materializar essa divida em títulos de credito – papel que absorve e torna mais simples a relação jurídica. 
- se o sujeito faz um cheque ao portador não colocando um nome o portador sera quem tem o cheque nas mãos e isso da direito a retirada do dinheiro do banco, e futuramente esse dinheiro sera descontado da conta corrente. Para o sujeito poder transferir esse direito a outro basta a entrega do cheque. Mudou de mao, mudou de credor.
- se o sujeito coloca o nome do credor no cheque e este credor quiser transferi-lo terá que endossar o cheque, ou seja, assinar seu próprio nome atrás dele.
* Cessão de credito:
No caso de A e B quererem trocar elementos de uma relação obrigacional, de uma divida que não esta materializada?
- dono de uma papelaria vendeu para os clientes e estes deveriam pagar num prazo estipulado, mas não o fizeram. O dono então contrata uma empresa especializada em cobrança, C, para ser credora dessa relação. Mas o dono não usou os títulos de credito, como fazer para transmitir esse direito de credito a empresa de cobrança?
Terá que ser celebrado um novo negocio entre o credor antigo e o credor novo, para ser realizada posteriormente essa transmissão. Negocio no qual o objeto é a transmissão.
- Quem são as partes dessa cessão de credito? Quem deve concordar com essa cessão é o credor original – CEDENTE- e o credor novo – CESSIONARIO. A vontade do devedor , A, não é relevante.
- Qual o objeto? O direito de credito, podendo ser prescrito – não pode ser exigido, mas ainda existe no mundo jurídico- vencido, vencendo ou futuro (sob condições).
- Restrição: em regra, as obrigações podem ser livremente cedidas, mas o ART 286 apresenta limitações a transferência de credito. São elas:
Legal: por força da lei, como pensão alimentícia e salário, que só pode adir ate 30% em razão da subsistência.
Natural: como uma cirurgia plástica, não é a mesma coisa é pecuniar. Uma prestação vinculada a pessoa.
Vontade das partes: as partes possuem autonomia para realizarem como querem.
OBS. ART 286 o cessionário, novo credor, que adquiriu o credito e estava de boa fé, sem ciência da proibição não terá sua situação jurídica abalada. Desta forma, não se considerará eficaz a restrição e valera a cessão, para todos os fins.
- Se um sujeito for receber um credito o que caracteriza a boa fé, é ele avaliar o contrato entre A devedor e B credor original, que deu origem a essa prestação. Tendo uma clausula nesse contrato alegando que não possa ser cedido, e mesmo assim o sujeito compra o credito, não poderá cobrar esse direito de A, pois não o possui. Neste caso, A terá que pagar para o credor original B e o novo credor, C ficara no prejuízo. Se o credor original B estava de ma fé, cedeu sem poder, o novo credor C poderá alegar o anulamento do negocio jurídico sob acusação de dolo e pedir perdas e danos. 
- se a clausula não existir ou for verbal, o novo credor C, poderá cobrar do devedor A, pois não tinha o dever de saber da existência de não ceder. E o devedor A poderá pedir perdas e danos para o credor original B.
Eficácia da cessão: Quando o negocio jurídico já passou pelas duas fases essenciais, de existência e validade, basta a vontade do cedente e do cessionário para que possa ser cedido e logo, valido. O plano de eficácia é o terceiro e ultimo dele. Esse plano consiste na produção de efeitos, que no caso é a transferência de credito, é um efeito imediato que se produz na hora que foi feito o negocio, mas ainda terão efeitos indiretos.
- um efeito indireto é a permissão da cobrança por parte do cessionário, ao devedor. Esta só pode ser feita a partir de uma notificação sobre a mudança do credor ao pólo da relação obrigacional. O devedor não precisa concordar, pois não faz parte desse negocio jurídico entre cessionário e cedente, mas precisa
ser informado. Logo, o negocio da cessão só é eficaz perante ao devedor a partir da notificação, que funciona como um marco temporal mudando toda a relação jurídica. A notificação é uma situação subjetiva, ou seja, sujeito não é obrigado a realizar, mas trará um beneficio a esse sujeito (sem notificação o cessionário não pode exigir o pagamento do devedor). Se o devedor pagou para o cedente depois de ter sido notificado, pagou mal, e o cessionário pode exigir o pagamento, tendo o devedor que pagar novamente.
O efeito imediato se completa com a vontade do cedente e cessionário, mas o efeito indireto que é o poder de cobrança ao devedor, só se demanda com a notificação. 
ART 290: A notificação é um instrumento para conseguir certo efeito, se conseguir alcançá-lo sem essa notificação, é valido. Só pode substitui-la se o devedor colocou no papel que sabia da cessão. A declaração verbal não supre a falta de notificação. Sem notificação ou declaração por escrito não há eficácia da cessão perante o devedor.
- exceções da notificação: enquanto não houver notificação ou declaração escrita o devedor não pode ser cobrado, a não ser que:
 ART 293 : atos conservatórios: cessionário que ainda não tiver notificado o devedor , não pode cobrar o seu direito mas pode exercer os atos conservatórios desse direito. Quanto aos atos conservatórios, o cessionário já pode exercer mesmo sem ter notificado o devedor. Ele não pode cobrar o credito em si, mas pode tomar providencias para evitar que aquela prestação pereça ao decorrer do tempo.
 ART 294 : algo que o devedor pode evitar mesmo depois de ter sido notificado. As exceções pessoais que o devedor tinha contra o cedente ele poderá alegar também, depois de notificado, contra o cessionário. O devedor pode opor não só as exceções que tem contra o cessionário, como as exceções que ele tinha contra o cedente quando veio tomar conhecimento da cessão. De maneira geral, se houvesse acordo de vontade entre cedente e cessionário já tem negocio jurídico de cessão, o cessionário já é credor, mas tem que notificar o devedor para ser credor perante a esse devedor. Só não precisa justificar quanto aos atos conservatórios e só não adianta notificar quando existirem exceções pessoais, de resto, tudo precisa ser notificado. 
OBS. Todo credor pode interromper a prescrição indo ao cartório e protestando aquele titulo provando que é do cessionário. É uma forma de evitar que a divida prescreva e o cessionário pode fazer mesmo sem ter feito a notificação ao devedor, por que ele já é credor, só não é credor perante o devedor. 
 ART 202 - a notificação so vai permitir que ele possa cobrar de quem lhe deve. Todo credor pode usar uma vez da interrupção da prescrição. O protesto é um deles, qualquer momento antes de prescrever o sujeito pode protestar.
 ART 289- “ é ineficaz em relação a terceiro, a transmissão de um credito se não celebrar-se mediante a instrumento publico, ou particular revestido de solenidades do inciso primeiro do art. 264” Existem duas correntes a respeito desse artigo: a grande maioria entende que “terceiros” não envolvem o devedor, e sim seria um fiador, por exemplo. A posição minoritária defende que “terceiros” inclui o devedor, então para cobrar do devedor é preciso registrar e notificá-lo, enquanto na outra, para cobrar do fiador baste registrar.
 ART 289 – se B faz um empréstimo para A, mas quer uma garantia de que será pago, e este lhe oferece um imóvel como tal? Celebra-se um empréstimo que tem uma garantia hipotecaria, e desse modo se o devedor não pagar o credor B tem preferência se o imóvel for penhorado, ou seja, na disputa de credores ele seria o primeiro a ser pago.
Para garantir que o devedor A não vai vender esse imóvel depois de celebrar a hipoteca, ela deve ser registrada no registro de imóvel como sendo garantia de uma divida de A, com B.
- Se o credor B, cede o credito de 1000 reais para um terceiro C, e este notifica o devedor, registra em cartório e cobra devidamente do devedor A, mas ele não paga alegando insolvência e a casa dele vai a leilão, esse novo credor C tem preferência nessa disputa de credores? Não, pois o registro de imóvel como garantia ainda esta no nome de B, o direito real sobre o imóvel só se transmite com registro. É um acessório peculiar, C deveria averbar (ônus da averbação) esse registro de imóvel, e não só fazer o registro de documento (cartório). 
O credor C tem o direito de averbar, não o dever. Não averbando ele continua com o direito de crédito, a cessão de crédito é eficaz perante o devedor, porém se o devedor não pagar, ele não terá preferência caracterizada pela hipoteca. Pode ate pedir a venda da casa, mas não vai receber antes dos outros credores, que era um direito que a hipoteca dava.
Responsabilidade pela solvência do devedor:
ART 296/ ART 297 :De maneira geral, pela solvência do devedor o cedente não é responsável, pois o cessionário ao adquirir esse crédito esta assumindo o risco de não ser pago. Se o devedor A já tivesse sido declarado insolvente, o cessionário poderia regredir com o cedente. 
- insolvência do devedor: em regra o cedente não é responsável pela solvência do devedor, mas não há nenhum obstáculo a ele garantir a solvência do devedor. Nesse caso as partes combinam que o cedente é responsável, mas isso não o torna fiador. Logo quando ocorre a responsabilidade pela solvência do devedor e este se torna insolvente, o cedente tem que devolver o que recebeu do cessionário e ressarcir as despesas que ele obteve com a cessão e com a cobrança. 
Responsabilidade pela existência do credito:
ART 295: se o credito tem um problema jurídico (anulável, nulo, prescrito) e o cedente sabe, e mesmo assim cede esse credito, quando o cessionário for cobrar do devedor, este pode alegar coação. Nesse caso, o negocio é anulado e o credito some no plano do direito, podendo o cessionário regredir com o cedente, pois este agiu de ma fé.
- inexistência de credito: depende da cessão, se for onerosa – cessionário pagou/deu algo em troca para receber esse credito – a regra é ele ser responsável pela existência. Mas se for gratuita qualquer pessoa que realizou um ato gratuitamente só será responsabilizada se agir de má fé /dolo.
Então se um sujeito, de graça, doou um credito podre para o cessionário ele não poderá fazer nada. A não ser que prove que o cedente já sabia e agiu de má fé.
EX. Se o devedor B deve 1000 reais para o credor D e não paga, e o devedor não tendo nenhum bem ou patrimônio, apenas um credito pode este ser penhorado. Para isso, deve notificar o devedor de B , A, e o próprio devedor B. O devedor de B, para que ele não pague mais ao seu credor B e ao B para que ele não ceda o credito. Se o devedor A paga para B sem saber da cessão o credor D poderá pegar o dinheiro com B. Se ele já soubesse, pagou mal e teria que pagar novamente para D.
No caso de antes de ter sido notificado, B tivesse vendido o credito seria valido. Mas, se depois da notificação ele vender, não é valido, pois ele não tinha mais poder sobre esse credito, logo é nula já que o objeto é ilícito. 
ART 298 – “penhora” é quando o juiz aprende o bem para ser usado como pagamento de divida X “penhor” são os bens móveis usados como garantia.
Assunção de divida: 
Mudança do devedor no negocio jurídico, o assuntor (terceiro) é novo devedor. Diferentemente da cessão de credito, na assunção de divida sempre sera necessário o consentimento do credor, e em regra, esse consentimento tem que ser expresso e não tácito. 
OBS. Não há resposta no ordenamento sobre mais consentimentos, logo é possivel ser realizada de duas maneiras; unifigurativa quando acontece através de um acordo de direito entre assuntor e credor,e o devedor original não precisa nem ser consultado OU bifigurativa, de um acordo entre os devedores,o assuntor e o devedor antigo sendo necessária a manifestação de vontade do credor,por isso é bifigurativa, pois começa por um contrato entre devedor original e assuntor,mas
só vira perfeita quando o credor ratifica-a.
- com relação ao efeito imediato da assunção: 
O padrão é entender que se o assuntor entra o devedor antigo sai, isso é chamado de assunção liberatória, em que o devedor original fica liberado, e o assuntor entra em seu lugar, há uma substituição. No entanto, nada impede em nosso ordenamento, apesar de não ter previsão legal, que se faça o que se chama de assunção cumulativa na qual entra o assuntor para responder a divida, mas o devedor primitivo não fica exonerado.
Assunção liberatória: 
PROBLEMAS: 
Insolvência do assuntor: se esse novo devedor se tornou insolvente depois da assunção, é um risco natural, mas se ele já era insolvente alguém foi enganado e pode haver anulação do negocio. ART 299- se a assunção se operar sendo já o assuntor insolvente o credor tem o direito de voltar a cobrar do devedor original, mas não há nada no código referente ao credor poder cobrar também do assuntor, se a assunção virou cumulativa ou se foi anulada. Então, há duas interpretações para esse artigo: se entendermos que diz que se o assuntor era insolvente não há assunção, então na há assunção. Mas se entendermos que não foi liberatória, houve assunção e têm-se dois responsáveis. 
 ART. 300- o código erra na redação, pois o consentimento para se manter uma garantia na assunção de divida é o consentimento de quem deu a garantia. Logo, se for uma fiança é o fiador, uma hipoteca é o dono da casa, um penhor é o dono do bem móvel que foi dado. Não sendo necessariamente o devedor e sim o terceiro que é responsável por ela.
 ART 301- O terceiro não volta se estiver de boa-fé,se ele estiver de má-fé,se o fiador sabe que a ação foi firmada em erro,dolo,coação,ele se mantém preso a obrigação.Se não fosse essa regra,seria uma boa forma dele se liberar:”Vamos forjar uma assunção em que o assuntor é incapaz,que depois quando anularem a assunção,eu de qualquer jeito estarei liberado”.Só tem essa assunção de um terceiro ficar liberado no caso especifico dele estar de boa-fé. Se ele não estava,ele volta a obrigação como fiador. 
EXCEÇOES: São as defesas que liberariam o pagamento dessa dívida. As exceções comuns e as exceções pessoais são ações que o assuntor pode alegar para não pagar a divida. ART 302 - A exceção pessoal é pessoal e não poderá ser passada do devedor antigo para o assuntor, diferentemente das comuns que podem continuar valendo, como no caso da anulação do negocio, por exemplo.
 ART 303- se o sujeito compra uma casa, que é garantia hipotecaria de outra divida, ele pode assumir essa divida. Para isso, deve comunicar ao credor que quer comprar casa e este deve autorizar. Nesse caso, se o credor não se manifestar no prazo imposto, presume-se que ele concordou (consentimento tácito). Quem cala consente.
Assunção cumulativa:
Não esta prevista no código civil, é puramente doutrinaria. Nessa assunção o devedor inicial pode ser mantido juntamente com o assuntor, sem o consentimento do credor, pois é mais um devedor ou a outra interpretação é de que não pode ser feita sem o consentimento do credor, pois pode trazer um inconveniente (uma exceção pessoal, por exemplo) para esse credor.
Devedor e assuntor NÃO são solidários, cada um responde pela quantia por completo e não possuem obrigação interna. 
Cessão de posição contratual: Um negócio jurídico pelo qual o sujeito transmite para um terceiro todos os direitos e deveres recorrentes do contrato que ele fazia parte. Ou seja, cede todos os créditos e o terceiro assume todas as dividas. 
Ex. contrato de locação 
A e B realizam um contrato de locação, que a principio durará 2 anos. Porem, B resolve morar fora e para não interromper o contrato de aluguel anuncia ao credor A, que seu primo poderia substitui-lo no contrato. De modo que pagaria o aluguel em troca do uso do imóvel. O credor A tem que autorizar, pois se para transferir as dividas deve ter o consentimento dele, para transferir tudo, também deve ter. 
- não esta reconhecida pelo código, mas esta na jurisprudência. A primeira regra é a cessão da posição contratual só pode ser feita com a autorização do outro contratante. 
- ocorrendo essa cessão, em principio não retroage, é ex nunc. Ou seja, se ficou pendente algum aluguel é problema do credor, pois ele sabe que não é obrigação propter-rem, vai ter que correr atrás do devedor original para recuperar os alugueis passados, pois o terceiro está entrando a partir de agora, salvo se houver combinado anteriormente. 
- Cessão de posição contratual X Subcontrato: O subcontrato não é uma forma de transmissão de obrigações, os direitos e deveres NÃO são transmitidos.
EX. Um ano depois da realização do contrato de locação, o devedor resolve passar 6 meses fora e nesse período decide entre segurar esse contrato e continuar pagando o aluguel como se estivesse morando OU alugar esse apartamento para um terceiro. Esse devedor tem a posse apenas, seria então uma sublocação ou subcontrato, pois esta sendo realizado um novo contrato cujo objeto é um pedaço do contrato anterior. O subcontrato não precisa do consentimento do contratante inicial, mas no nosso ordenamento isso é proibido no caso de sublocação ou subaluguel. Se o devedor inicial é despejado, o terceiro para quem ele alugou o imóvel também sera, já que o primeiro perdendo a posse não pode realizar nenhum contrato de direito com o terceiro.
Pagamento:
Adimplemento – toda obrigação existe para ser adimplida, ou seja, para ser paga/cumprida. Funciona como reinterpretação dessa relação, a fim de sempre buscar sua realização, evitando perdas e danos. De modo que, tanto o devedor quanto o credor devem cobrar para que seja paga. O pagamento de uma divida é um ato jurídico, pois depende de uma vontade humana, mas os efeitos dessa vontade humana são pré determinadas.
- Se um sujeito é contratado para varrer as folhas de um quintal e antes de varrer passa um vento e leva as folhas embora, a obrigação tinha como objeto a conduta desse sujeito, ou seja, varrer as folhas. Mas tornou-se impossível, então é resolvida por impossibilidade e não por que não houve pagamento.
De maneira geral, o adimplemento é um ato jurídico, mas quando o objeto da obrigação for a celebração de um novo negocio, uma nova declaração de vontade, será um negocio por ser exigido uma declaração de contrato. A existência de uma obrigação para o devedor é uma ameaça a sua liberdade, ele quer então, pagar e se ver livre dessa obrigação. O pagamento deve atender a requisitos para ser eficaz:
- REQUISITOS:
* subjetivos:
ATIVO – solvente: é o sujeito que paga, normalmente é o devedor, mas pode ser um terceiro
DEVEDOR – quem assumiu a divida
TERCEIRO – Não interessado é aquele que não tem interesse jurídico, que tem um outro interesse que não jurídico,afetivo,pessoal,familiar ou econômico. O interessado é aquele que se a divida não for paga sofre uma sanção, o fiador é um exemplo clássico, se o devedor não paga o fiador sofre as conseqüências, se ela não for paga gerará juros que ele fiador também será responsável.
PROBLEMA: 
- Consignação: ART 304 Qualquer interessado pode pagar a divida. O código nesse artigo equipara o terceiro interessado ao devedor, pois os dois são interessados no pagamento na divida, ambos tem direito aos meios conducentes a exoneração. Quando o credor não quer receber o pagamento, porque o valor é baixo ou por outras razões, o devedor ou o terceiro podem recorrer ao juiz e entregar o dinheiro através de um mecanismo judicial enquanto não se resolve a questão entre devedor e credor. Isso é um depósito judicial, depósito forçado do pagamento, dessa forma, o credor é pressionado a receber o pagamento e com isso o terceiro ou o devedor são liberados. Quando o código fala no artigo 304 dos meios conducentes, ele esta se referindo essencialmente a essa consignação. 
- Sub-rogação: Se A e B, tinham um contrato no qual A deveria pagar 1000 reais para B, com juros de 1% ao mês pelo atraso e tinha previsão
no contrato de que se A não pagasse no prazo, alem dos juros teria uma multa de 100 reais. No dia do vencimento, o devedor A não pagou para o credor e o fiador pagou. A partir desse momento o devedor A passa a ter uma obrigação com o fiador, pois ele pagou 1000 reais sem dever, então o fiador poderá cobrar como se fosse um credor original, uma subrogacao do credor em virtude desse pagamento. (cobrara com juros e multa).
- não interessado: qualquer um que não tem interesse jurídico, ou seja, não sera diretamente prejudicado com o não pagamento (parente- interesse afetivo, sociedade – interesse econômico)
Esse terceiro não interessado pode realizar o pagamento em nome do devedor: paga como se fosse o devedor, cabe a ele a consignação salvo se o devedor não concorda com esse pagamento. Se o credor concorda e o devedor discorda, a divida é paga. Nesse caso a divida se resolve para todas das partes. ART 305
Ou pode realizar em nome próprio: o ordenamento é intolerante com esse sujeito. Não cabe a consignação. Quando é efetuado o pagamento cabe ao terceiro o direito de regresso, de receber o que pagou de volta com correção. Se o devedor tinha direitos de ilidir a obrigação, não cabe ao terceiro pedir o reembolso. Pode ser paga a dívida sem o consentimento de terceiro. ART 306
Aos atos jurídicos se aplicam o necessário para a validade do negocio jurídico, então um incapaz não pode pagar a obrigação. É eficaz o pagamento de bem fungível e consumível cuja propriedade não pertence ao devedor se o credor agiu de boa fé. ART 307
Para o pagamento ser eficaz deve ser pago em principio para o credor, mas é possivel usar um representante desse credor. Sujeito passivo = acipiente = sujeito que recebe o pagamento.
Ex. a mensalidade da PUC é paga ao banco, alguém autorizado apenas a receber aquele pagamento.
 Essa autorização de receber pode ser tácita, expressa ou presumida. ART 311 – “ quitação” = declaração do pagamento da divida, quem quita é o credor quando recebe e não o devedor quando paga. Então, o portador da quitação/notificação dada pelo credor que se presume autorizado a receber.
OBS . presunção: uma dispensa de prova, ou seja, o direito estabelece que diante de certas circunstancias se pode extrair uma certa verdade. EX. os filhos nascidos na constancia do casamento se presumem filhos do marido. 
As presunções podem ser: comum (judiciárias) que o juiz é obrigado a fazer com base no senso comum e na sua fundamentação ; legais (ex. paternidade que se presume com recusa do homem de fazer exame de DNA) que se dividem em absolutas (não é admitido fazer provas contrarias) e relativas (pode ser provado o contrario e afastar a presunção).
A presuncao do art 311 é relativa, pois pode haver uma assinatura estranha, papel amassado ou alguma outra circunstancia que pode afastar essa boa fé de quem esta pagando. 
Teoria da aparência: quando de maneira geral uma serie de circunstancias criam uma pessoa com a aparência de direito, é justo proteger o sujeito que confia nessa aparência. Então, o ordenamento protege aquele que confiou numa aparência mesmo não sendo ela jurídica, pois todos são obrigados a confiar nas aparências. 
Ex. sujeito solicita uma passagem de avião no aeroporto a uma mulher, que a principio, tinha aparência de direito e na verdade ela lhe da apenas um pedaço de papel sem valor. Quem se responsabiliza não é o enganado.
- credor aparente/putativo: ART 309 o pagamento que foi feito ao credor aparente, se de boa fé, é eficaz. O credor deve provar essa aparência.
E quando o sujeito paga alguém que não se encaixa no credor, representante, autorizado ou ao credor putativo? Como, por exemplo, a esposa dele? Em principio pagou mal e terá que pagar de novo ao credor verdadeiro e depois tentar recuperar o dinheiro mal pago.
- Pós eficácia do pagamento: pagamento que se torna eficaz a despeito de originalmente ter sido ineficaz. Como? Se o pagamento for de fato para o patrimônio do marido – credor verdadeiro- ou a partir de uma declaração/ratificação assinada por ele. ART 308
- credor incapaz: teria que ser representado ou assistido dependendo do grau de incapacidade. Se o sujeito paga ao incapaz, pagou mal e só poderá ser convertido em pagamento eficaz se provar que foi em beneficio dele. ART 310.
- credor penhorado: é quando penhora-se um credito quando o credor não tem como pagar o segundo. Os dois devem ser notificados, o A para não pagar mal e o B para não ceder o credito. Se o credito foi penhorado e o sujeito pagar o credor, pagou mal e terá que pagar novamente ao novo credor. ART 312 dependendo de ter sido notificado ou não. 
*objetivos: 
OBJETO: uma prestação/conduta humana
- principio da identidade: pagamento só é eficaz se o que for pago for exatamente o que era devido. O pagamento com coisa indevida não é eficaz, não deve ser coisa diversa. Mas se o devedor quiser pagar com algo mais valioso o devedor não precisa aceitar. ART 313 – o artigo não é uma regra, mas dependendo do contexto a recusa do credor pode ser abusiva (ART18), nem sempre esse principio é usado.
- principio da integridade/ indivisibilidade: ART 314 se fica combinado receber tudo de uma só vez, o devedor devera pagar diante desses termos. O credor pode ser recusar a receber se o devedor entregar apenas uma parte, de modo que o devedor tambem pode se recusar a entregar somente em partes, se tivesse combinado de entregar inteiro.
REGRAS:
- medidas: ART 326 o código dá uma regra padrão, que é o lugar da execução,ou seja,o lugar onde a obrigação vai ser cumprida. 
- despesas: ART 325 no silencio das partes, o devedor vai arcar com as despesas do pagamento, mas se as despesas aumentarem por causa do credor, as despesas acrescidas serão do credor.
LUGAR: 
ART 327- no silencio das partes o pagamento deve ser feito no domicilio do devedor, o credor tem que ir buscar. Esse tipo de obrigação, é chamada de obrigação quesível, em que o credor deve ir buscar no domicilio do devedor, em oposição a obrigação portável em que o devedor deve levar ao domicilio do credor.
Exceções: ART 328 - Prestações relativas ao imóvel (Aluguel,locação,condomínio,etc.Todos esses tem regras especiais,esse artigo na pratica ou é incompreensível ou é inútil, principalmente a parte que fala de tradição, já que o sistema impõe que a transferência da propriedade do imóvel deve ser feita no registro,e a outra parte é coberta pelos outros artigos.Ficou morto mas esta esquecido.
 ART 329: - motivo grave: se tornou impossível pagar no lugar combinado a obrigação também se torna temporariamente impossível, mas se puder mudar o lugar, sem prejuízo do credor, pode ser mudado (credor deve autorizar).
- caso de suprecio: impossibilidade de exercer um direito em virtude de reiteradas renuncias a esse direito. Se um sujeito tem direito a algo e aparece a oportunidade dele exercer esse direito e ele não exerce sucessivas vezes, ele acaba criando na outra parte a expectativa d que não vai mais cobrar esse direito. Se chegar a esse ponto e o sujeito vier cobrar esse direito, sera considerado abusivo. ART 330 – ou seja, não pode mais cobrar em outro lugar, é um exemplo de suprecio. A conduta reiterada muda os termos do contrato, funciona como uma mudança tácita. 
O credor pode evitar essa expectativa a partir do aviso, advertimento ou algum termo no contrato.
TEMPO: 
No silencio das partes, na qual não tenha um prazo fixado, a regra é a exigibilidade imediata. Essa exigibilidade deve ser ponderada com o prazo razoável, que tem em vista a finalidade da obrigação. ART 331
No entanto, há maneiras de impedir que o contrato exija esse cumprimento imediato:
- condição/termo: a divida poderá ser paga a partir do momento que a condição se implementar e que o devedor souber que a condição se implementou, notificando-o a não ser que seja uma condição pessoal do devedor ou um fato notório, que todo mundo sabe; ART332
Se for um termino é um evento futuro certo, tem um vencimento e a divida deve
ser paga no vencimento, mas firma-se nos contratos a presunção de que é uma vantagem do devedor, então este pode abrir mao e pagar antes ART 133. Pode pagar então, ate o vencimento.
Exceção: esse beneficio que o devedor tem de não ser cobrado antes do prazo, pode ser perdido se acontecer alguma circunstancia prevista no ART 333. Sendo então, obriagado a pagar antes do vencimento. Antecipação do vencimento.
Nesses casos, pode ser cobrado, pois alguma garantia que esse credor tinha se perdeu. O fiador morreu, o bem hipotecado foi penhorado antes do processo, o devedor foi a falência e etc. Cabe ao devedor pagar antes ou alterar a garantia que havia dado e se extinguiu.
Se um devedor solidário vai a falência SÓ ele sera cobrado antecipadamente. A antecipação do vencimento ocorre, então, quando o devedor por alguma causa prevista em lei, perde o beneficio do termo e passa a ter que cumprir na hora. O inadimplemento antecipado é uma conduta do devedor que já revela uma recusa ao cumprimento futuro daquela obrigação. O principio da boa fé vai selar a visão dinâmica da obrigação. Ao descumprir os deveres impostos para cumprir o termo, o devedor age de ma fé, e por isso, é possivel antecipar que a obrigação não sera prestada no vencimento. Nesse caso, o efeito sera a indenização do credor, a resolução da obrigação, o que for mais adequado. 
 
PROVA:
É fundamental para o devedor ter uma prova de que pagou, essa prova pode ser uma declaração de que a divida foi paga (quitação). Tão importante é a quitação que o devedor tem direito de retenção, ou seja, não presta enquanto o credor não se dispuser a dar o recibo. 
O recibo precisa ter valor pago, assinatura do credor, a quem se pagou, o que foi pago, o lugar, a razão do pagamento e a data. ART 320
 A quitação pode ser tácita, gestual e etc, é um negocio jurídico unilateral, mas não é formal, ou seja, pode ser produzida sem conter necessariamente esses requisitos. Ex. ingresso de cinema. O cinema prova que ele pagou a obrigação que tinha, quando rasga o ingresso. Ao deixar o ingresso rasgado, esta quitando a divida. 
Há algumas situações em que se presume o adimplemento:
- titulo: dividas constantes de titulo, ou seja, materializar a divida em um titulo, nota promissora, cheque, letra de cambio, que representa uma divida. Enquanto a divida não for paga esse titulo fica com o credor, o devedor que paga pede a devolução do titulo. Logo, se houve a devolução do titulo ao devedor, a divida foi paga.
É uma presunção relativa, que admite prova contraria, o CC. reconhece que o credor pode provar, em ate 60 dias que embora tenha devolvido o titulo a divida não foi paga. (segurança jurídica).
 É um prazo decadencial, pois é um direito potestativo de desfazer a presuncao. Não corresponde a nenhum dever de outra parte de fazer outra coisa. De modo que ocorre de maneira fatal, não pode ser interrompido ou suspensivo. 
- periódicas: presunção firmada em obrigações periódicas são aquelas que se renovam no tempo, são pagas sucessivamente ao longo do tempo. Ex. condomínio, luz, academia 
ART 322: dividas periódicas comuns: se o sujeito tem um recibo dizendo que pagou o ultimo mês, significa que presumidamente os meses anteriores foram pagos. É uma presunção que só se firma quitação expressa pelo credor, ou seja, é preciso um recibo do credor que recebeu os outros meses.
- juros: o devedor paga primeiro os juros vencidos e depois o capital. ART 323 se há recibo que consta o pagamento do capital, presume-se pagos os juros.
PAGAMENTOS ESPECIAIS:
Em situações nas quais não é possível o pagamento perfeito, pode haver um pagamento especial ou indireto, titulado pelo CC.
* consignação: quando o credor não quer receber, há a possibilidade de consignar o pagamento, que em geral, é pagar ao judiciário. É uma opção do devedor, uma faculdade que ele possui, podendo ser feita através do deposito judicial, em que se ajuíza uma ação e paga de acordo com o que o juiz mandar, mas se a divida é em dinheiro é possível ir ate um banco e consignar o dinheiro lá. O credor será então notificado e vai buscar ou não.
Requisitos: 
- para consignar deve haver uma causa justificadora. Independe de haver culpa do ou não do devedor e tem que ter os requisitos do pagamento direito. Terceiro interessado, não interessado que paga no nome do devedor e o próprio devedor, podem consignar. Em principio, somente o credor pode ser réu da consignação. OBS. Para consignar tem quer pagamento de bem material!!!!!
- Para consignar uma obrigação de dar coisa incerta e a escolha era do devedor, o credor é primeiramente acionado para escolher e depois é possível consignar. 
-O requisito temporal do pagamento não pode ser aplicado, pois a consignação acontece após o vencimento. O local do pagamento é o da consignação. 
 Efeitos:ART 337 /ART 343
- improcedente: quando o sujeito não preencheu uma das causas justificadoras ou os requisitos necessários da consignação se tornar pagamento. Se for improcedente, desde o vencimento ele não pagou, esta devendo com juros desde o vencimento. Alem disso, vai arcar sozinho com as custas da consignação. 
Se o bem consignado se deteriora vai ser culpado, pois se deteriorou por que estava consignado. Então todos os riscos durante essa prestação consignada são do sujeito. (se deixa de pagar no vencimento assume todos os riscos).
- procedente: o juiz dá razão ao devedor, e este pagou bem ao consignado, ele não tem que arcar com os efeitos dessa demora e não tem que arcar com as custas. É tudo responsabilidade do credor e qualquer deterioração ou risco também.
*subrogação: pagamento feito pelo terceiro interessado, ao pagar ocorria a subrogacao. Ele assumia a posição de credor com todas as garantias e acessórios. 
De maneira geral é um pagamento especial, pois é feito por quem não é um devedor e por que é o único caso de pagamento que não se extingue a divida da obrigação. Tem um efeito translativo, o pagamento ao invés de acabar com ela faz com que seja transmitida para outro credor. Na subrogacao não há mudança subjetiva na divida, é a mesma divida, como o mesmo efeito da cessão de credito, mas não é o mesmo por que esta é um negocio jurídico, um acordo entre cedente e cessionário. O pagamento de subrogacao não depende da concordância da outra parte (em regra).
- legal: se opera por forca de lei, de pleno direito, automaticamente, não depende da vontade de ninguém, pois ao pagar o sujeito se subroga. Não precisa de manifestação de vontade do credor e nem do devedor, ao pagar assume a posição de credor naquela mesma divida, ganha o direito com todos os acessórios, benefícios, garantias. 
Algumas figuras a lei garante o poder de subrogar dividas de direito: 
ART 346: inciso terceiro – qualquer um que pode subrogar divida do direito é terceiro interessado. Ex. se um sujeito compra uma casa, que é garantia de uma divida, mas não assume essa divida, pode perder caso o devedor não pagar, é um terceiro interessado no pagamento dessa divida. Se o sujeito paga essa divida, ele esta se subrogando no lugar do credor, podendo cobrar do devedor original as mesmas coisas.
Ex. contrato de seguro. O seguro do carro pode ser para proteger o sujeito ou seguro contra terceiros. Logo, se batem no carro do sujeito ele vai ate a seguradora e ela cobre o prejuízo se ele bate no carro de alguém e é obrigado a indenizar. Pode também pagar a seguradora que cobrira o valor da batida. Na subrogacao se batem no carro do sujeito, tem direito a indenização, e pode ir na seguradora que paga a subrogacao no direito de cobrar de quem bateu no carro do sujeito.
-convencional: tem exceções, no qual um terceiro não interessado não garantido pela lei, também pode se subrogar através da lei de regresso. Mas terá que ter a concordância de uma das partes, ou seja, de uma forma convencional de um contrato com uma das duas partes. Esse acordo pode ser feito com o credor ou com o devedor. 
Com o credor : ART 34 E 348 é uma cessão
de credito que gera uma subrogacao convencional 
Com o devedor: sujeito paga a divida desse devedor, para cobrar dele a mesma divida que o outro credor cobraria (um empréstimo). A única coisa que muda nesse caso é a figura pessoal do credor. Então o devedor faz isso, pois encontra nesse sujeito que empresta dinheiro pra ele alguém com quem ele no futuro tenha maior maliabilidade de mudar os termos dessa divida. 
-efeitos: 
- transmissão do credito com todos os acessórios ART 349 todos os direitos, ações, garantias, não muda nada, é a mesma divida. Não muda nem o vencimento.
- subrogacao parcial ART 350 /ART 351 se ele paga uma parte da divida, subroga aquela parte, mas se fala para o credor que vai pagar uma parte e quer a quitação por inteiro, e o credor aceita, é uma cessão de credito. 
- o credor original tem preferência sobre o credor subrogado, se o devedor não tiver dinheiro para pagar os dois. Tem que pagar tudo, primeiro para o devedor original e depois, sobrando, sera pago ao subrogado. 
*imputação:
Ex. se empresta para A 1000 reais, o sujeito A pelo contrato do empréstimo tem que pagar de volta os 1000 reais para B. Se no entanto, na mesma época haviam formado um contrato de locação, no qual B cedeu o uso de seu imóvel para A, e este pagava aluguel. Sendo, então, duas dividas de A para com B, e A sendo pai de B e tiver que pagar alem dessas dividas uma pensão alimentícia, sendo no mesmo valor de 1000 reais. No final do mês, A deposita na conta de B 1000 reais, qual dessas dividas foram pagas?
- requisitos:
É necessária a existência de mais de uma divida, que elas sejam vencíveis, homogêneas ou seja, fungíveis entre si e devem ser liquidas- uma divida que foi liquidada, que não apenas é certa quanto a sua existência, é determinada no seu conteúdo, sabe-se de quanto é). 
O pagamento não precisa ser do mesmo valor, contanto que supra a divida. E os sujeitos deverão ser os mesmos.
Ex. Se A tem três dividas com B, uma no valor de 1000 reais, outra no de 1100 reais e a ultima no de 1200 reais. Se o devedor deposita 1000 reais na conta do credor, esta pagando apenas a de 1000 reais. Mas se deposita 1200 reais é possivel que esteja pagando qualquer uma das três. 
Quando há imputação do pagamento quais os critérios?
devedor escolhe. Direito potestativo do devedor de imputar ART 352. mas não é absoluto, se ele não escolher ao pagar, quem escolhe é o credor.
Credor escolhe. Ao entregar seu recibo ao devedor e este aceita, perdeu seu direito de escolher ART 353. A não ser que o devedor tenha sofrido dolo ou coação, nesses casos, poderá ser anulado esse recibo.
Lei escolhe. Quando nem o credor e nem o devedor escolheram (imputação legal) se nenhum escolheu é paga a divida que venceu primeiro. Se venceram ao mesmo tempo, sera paga a menos para o devedor. (pensão alimentícia > aluguel).
-Restrições: 
Num sistema onde haja capital e juros, no qual se presumo que se pagou o capital pagou-se tambem os juros, o devedor não pode escolher. Não pode imputar o capital antes dos juros, pois se pagar o capital primeiro, os juros param de render. ART 354.
Dação
A dação é uma exceção ao principio da identidade da coisa devida, ou seja, pode se pagar uma coisa diferente da devida, quando o credor aceitar receber coisa diversa.
Artigo 356(Requisitos:
1º:Prestação Diversa: Enquanto o pagamento normal é o pagamento da prestação devida,a dação pressupõe a realização de uma prestação que não é devida,mas que funciona como pagamento.”Aliuds proaliu” = Uma coisa como se fosse a outra.
2º:Consentimento do credor: Através de um pedido feito pelo devedor; não adianta o credor querer coisa diversa se o devedor não quiser pagar.O credor que consente em receber coisa diversa, a principio o devedor já esta tentando pagar coisa diversa,não cabe violação ao principio da identidade,se não for uma manifestação de vontade de ambas as partes.
Ex:Estou devendo um gol 0 km para o credor,e dia 30 devo pagar e apareço lá nesse dia,não tendo um gol 0 km. Mas eu arrumei esse corsa 0km e ofereço ao credor,que aceita,recebe coisa diversa como se fosse o gol.
3º: o acordo tem que ser feito junto com o pagamento. Ex:Gol 0km era devido,e no dia do pagamento o devedor aparece querendo entregar um corsa.Que que acontece se isso estivesse previsto desde o início?Seria uma obrigação alternativa. Para ser uma dação em pagamento,o acordo tem que ser feito junto com o pagamento.
Isso vale para os dois lados,se desde o inicio estava acordado que poderia entregar coisa diversa não é dação em pagamento,é uma obrigação alternativa. Para ser dação,o acordo é junto com o pagamento,também não será dação,se eu fizer o acordo hoje para entregar no futuro. Ex:Dia 30 ta marcado de entregar um gol,dia 30 procuro o credor e pergunto se ele aceita receber um corsa daqui a 1 semana,e o credor aceita.Isso é uma novação.
Na dação acordo e pagamento tem de ser realizados no mesmo momento.
O contrato que esta por trás da dação é muito parecido com o contrato da compra e venda.
Compra e venda (Entrega uma coisa minha para receber outra. Dação(Abro mão de receber algo,para receber outra coisa.
O código ao invés de criar regras sob o funcionamento da dação, ele aplica as regras da compra e venda. Nas duas o sujeito perde algo garantido no seu patrimônio, para receber outra coisa.
Artigo 357 Regras de compra e venda.
No entanto, tem uma regra da compra e venda que não se aplicará aqui.
Ex:A (carro(B. Se é descoberto que o carro na verdade era do sujeito C, o B terá que devolver esse carro para ele, pois C tem o direito real. 
Instituto da Evicção: Decisão judicial que priva alguém de um bem, em virtude desse bem pertencer à outra pessoa. O sujeito se vê evicto daquele bem.
Ex²:Compra e venda ou troca.Sujeito entregou o gol que ele tinha por um corsa.Mas o juiz fala para devolver,pois o Corsa é do sujeito C.O B vai exigir do A perdas e danos + equivalente do corsa = Indenização
Artigo 359(Se o pagamento do Gol foi ineficaz,é como se o devedor A nunca tivesse pago a divida,que era o Gol,portanto,no caso de evicção,o que acontece é que continua sendo devida a obrigação original com todos os efeitos da mora.
Dação de Título de Crédito - Bem que materializa um crédito.
Ex:Se A (10 mil( B e A passa um cheque nesse valor para B.Não é dação,é uma forma de pagar.E se o A tem um cheque assinado por um sujeito C de 10 mil,o B não é obrigado a aceitar pois é coisa diversa. Se o B aceita esse cheque de 10 mil,é uma dação,pois na hora que ele aceita um titulo de credito emitido por terceiro,ele esta recebendo coisa diversa. 
Essa obrigação é extinta na hora em que o B recebe o cheque ou na hora que esse cheque é pago pelo banco?Existem títulos de credito pro-soluto e pro-solvento.
Titulos que eu pago na hora e títulos que serão utilizados como instrumento para obter o pagamento depois. No sistema brasileiro civil,a dação em titulo de crédito é pro-soluto,a obrigação se extingue com a dação do título. Pois,ele podia não ter aceitado receber o cheque de terceiro,na hora que ele aceita,esta assumindo um risco. 
A dação de titulo de crédito,funciona para esse credor B como uma cessão de crédito,em vez de pagar 10 mil, o sujeito da um titulo. A pessoa abriria mão de receber dinheiro,para receber o título de crédito,portanto, Dação de Titulo de Crédito = Cessão de Crédito.
Artigo 358(A transferência de um titulo de crédito em dação importa em cessão de crédito,abro mão do meu devedor original para agora ter como devedor,a pessoa que emitiu o titulo de crédito.
Nada impede que as partes convencionem por contrato que a dação de titulo de crédito será pro-solvento. Ex:Tenho o cheque de fulano,você aceita como pagamento?Só aceito se o cheque bater e tiver fundos.Se tiver fundos,acaba a obrigação.
Dação pro-solvento = Titulo é dado com a condição de depois ser quitado,com a previsão da extinção da obrigação somente se o título for descontado.
Não é novação,pois não estou substituindo uma
obrigação,essa obrigação esta sendo paga com uma espécie de condição resolutiva,se o cheque não bater,volta.
Diferença de titulo de credito pro-solvento e pro-soluto : Ex:cantor deve dinheiro para o clube e quer pagar com seus serviços, o clube aceita, na hora que ele fez o espetáculo de 3 horas deu uma prestação de fazer no lugar do dinheiro que era devido. Dação Pro-Soluto (Dando algo que é o próprio pagamento, vai transferir de imediato.
Ex²: cantor para extinguir a divida terá que cantar no Canecão ate a bilheteria computar os 10 mil que o sujeito deve. Se conseguir cantar o suficiente,esta extinta a obrigação,caso contrario não. Dação Pro-solvento (Dando algo que vai servir de mecanismo para o pagamento original.
Novação
A novação não é considerada uma forma de pagamento original,porque ela é uma forma de extinção da obrigação sem que haja pagamento. É um contrato,negócio jurídico que tem efeitos instintivos e criativos. Cria-se uma obrigação para extinguir uma obrigação pré-existente.
Ex:O cantor combina uma data para se apresentar,e toda a renda que for obtida será revertida para o pagamento de minha dívida.Em principio,qualquer dação,pode ser transformada como uma novação,basta que não haja simultaneidade entre o pagamento e o acordo,basta que acorde para pagar depois e criando assim uma nova obrigação.
Tem que ter um efeito instintivo e um efeito criativo, se não conseguir acabar com a antiga,não tem como criar a nova.
Requisitos:
(Existência de uma obrigação ser extinta. Ex:Se o sujeito achou que tinha uma obrigação e então novou,e descobriu que não tinha,essa novação é invalida.Uma divida era pressuposto da outra. Se a divida é nula,a obrigação não pode ser novada. Artigo 367 :Não podem ser objeto de novação as obrigações nulas.
Se fosse apenas anulável, sujeito contrai a divida original em erro,e ele faz a novação, tem o direito potestativo de desconstituir o negócio,mas se opta por não desconstituir esta confirmando. 
No caso de uma obrigação prescrita? Ex: sujeito deve 10 mil num jogo de poker e então faz uma novação,substitui a divida de 10 mil,para entregar um automóvel no valor de 10 mil,podem cobrar esse automóvel?
Se fosse possível a novação se afastaria a regra da coercibilidade, sempre seria burlada através de uma obrigação que fosse valida. A novação de uma obrigação prescrita é possível, mas a nova obrigação vai sofrer do mesmo problema que a original, assim como a obrigação natural.
Extingue a antiga. É como se o vicio da antiga,viciasse também a nova, se é inexigível continuara sendo na nova obrigação. 
O devedor que tem uma exceção pessoal padrão que se encontrava na primeira obrigação, mas não se encontrava mais na segunda, ele perde. A não ser que ele não possa abrir mão.
Sendo anulabilidade, ele pode abrir mão, mas não na prescrição. Se a divida já estava prescrita,em principio ele não poderia novar, o juiz declararia de oficio,mas não tem nenhum dispositivo no código a esse respeito. Artigo 814 (Paragrafo 1º - Divida de Jogo
Se tiver algo que impeça a obrigação de ser criada, a novação não ocorre.
(Se for invalida a nova obrigação ela não vai surtir efeitos.
(Não é apenas criar e nem extinguir. É extinguir através da criação. 
(Intenção ou animo de novar:
Ex:Se o sujeito esta devendo 10 mil para o banco e pega mais 10 mil emprestado com o mesmo esta criando uma nova divida, é necessário que as partes tenham a intenção de criar uma obrigação com o objetivo de extinguir a antiga. 
 Artigo 361(Não havendo animo de novar, a segunda obrigação complementa a primeira. Se a novação é a criação de uma nova obrigação para extinguir a antiga, deve haver uma diferença entre a nova e a antiga. Alem das obrigações em que se alteram o objeto, existem as novações subjetivas, altera-se um dos sujeitos. 
 Artigo 360(As subjetivas passivas equivaleria a assunção de divida, para se celebrar uma novação se precisa de um acordo entre o credor e o novo devedor.
 Artigo 362(A novação não precisa do consentimento do credor original, pode ser liberado independendo de sua vontade.O padrão é que o devedor quer ser substituído,só se a divida era anulável e ele queria provar que tinha sido enganado.
E se esse novo devedor for insolvente?Artigo 299 (Credor não saber que ele era insolvente, esse era o requisito.
 Artigo 363 (O critério é má-fe do devedor originário.
Enquanto na assunção de divida bastava provar para a assunção voltar atrás que o credor sabia que o C era insolvente, na novação é necessário provar que o devedor original sabia que o devedor secundário era insolvente, senão vale a nova obrigação e ele ficará no prejuízo.
A razão da diferença é que na assunção a divida é cedida com todos ao acessórios do contrato original,na novação não,é uma outra obrigação. 
Caso comum: Ex: Sujeito realiza um empréstimo com o banco, mas os juros eram extorsivos e ele não conseguia pagar. O banco então sugere que ele pague um valor mais alto do que o emprestado e em troca os juros seriam menores. Sem saber que era ilegal a cobrança de juros abusivos, ele paga. Ao entrar na justiça contra o banco, este apenas prova que divida atual esta com os juros totalmente validos.
2 saídas para isso: 1 - Não houve novação porque a divida inicial era nula, ainda que seja uma nulidade parcial,isso impediria a novação,o que existe não é divida nova e sim a antiga. 2- Não havia animo de novar,o sujeito que foi no banco queria modificar a divida existente,para ele é a mesma obrigação renegociada,dessa forma podem ser questionados os problemas relativos a obrigação original.
- Efeitos:
Extinção dos acessórios: Se é uma nova divida que começa em principio do zero, não carrega as garantias acessórias que estavam na relação anterior. A duvida principal é saber se teve novação ou não, pois com novação a divida anterior é extinta.
 Artigo 364(Em principio, se extinguem as garantias,mas se as partes quiserem mante-las,elas podem. Mas se a garantia foi dada por um terceiro,tem que ter a concordância de um terceiro.
Ex:A tem que entregar para B 10 mil,e tem uma casa dada em hipoteca,se a casa é do A quando eles mudam essa divida,eles podem manter a casa sob hipoteca bastando fazer o registro de novo.Agora se a casa é de um sujeito C,precisa da autorização dele para colocar isso no novo contrato.
 Artigo 366(Se a obrigação tinha um fiador,para ele reaparecer precisa de sua concordância.
Ex:A obrigação antiga tinha vários devedores solidários,e um deles faz uma novação.Extingui a obrigação de 10 mil e pagara um carro 0km.Regra geral,os devedores solidários ficam liberados de tudo,o devedor que novou sequer poderá exercer o direito de regresso contra os outros.
Se a novação era nula,volta tudo de novo.
Artigo 365(Solidariedade: Os outros devedores solidários são exonerados.
Compensação 
ART 368: Forma de extinção sem pagamento. Ocorre quando há dividas recíprocas, o devedor é credor do seu credor em outra obrigação. Pagar aquela divida não só seria um transtorno desnecessário, como seria um risco a ser evitado. A compensação funciona como uma forma de auto tutela, de auto defesa, sujeito pode não pagar, pois não sabe se vai receber. 
Nada impede que seja uma compensação parcial,as dividas se compensam ate aquele montante,a parte que elas forem do mesmo valor.
Ex:Um sujeito A deve para B 10 mil,e B deve para A 8 mil,passará a ser uma obrigação de 2 mil,de A com B.
Requisitos:
(Dívidas Homogêneas:Dividas tem que ser da mesma natureza. 
Ex:A tem que entregar 10 toneladas de café para B,e B tem que entregar 8 toneladas de café para A. Necessariamente vai ocorrer compensação?O que impede é marca e o tipo do café.
A doutrina usa a expressão de que os bens têm de ser fungíveis em si, uma prestação poder ser substituída pela outra. Artigo 370: Não é a fungibilidade em si, é igualdade,identidade, homogeneidade entre as duas prestações,entre o que é devido de A para B e o que é devido de B para A.
(Reciprocidade dos sujeitos: (bilateral) O credor
de uma é devedor da outra, e o devedor de uma é credor da outra. Uma divida vai de A para B e a outra de B para A,sob pena de não permitir a compensação. Se uma das partes quiser recusar pelo sujeito ser diferente, é valido. Já no caso do café ser diferente, não.
ART 368 há uma exceção: Ex: A deve para B o aluguel de 1000 reais e tem o fiador,que é responsável de pagar esse dinheiro caso A não pague. Se ele é cobrado o ordenamento admite excepcionalmente que o fiador também possa alegar compensação, embora não seja credor da outra divida. Artigo 371(O fiador pode compensar não só o que credor deve para ele, mas o que o credor deve para o seu afiançado, para o devedor que ele esta garantindo.
(Dividas Liquidas e Vencidas:
Artigo 369: Quando o seu valor esta quantificado. Ex:A deve para um valor fixo,e B deve para A,uma quantia ainda por ser liquidada, essa compensação só vai poder ocorrer judicialmente, uma vez que o juiz fixe o valor da indenização. Se o B deve para A o equivalente + perdas, só quando se souber exatamente esse valor ocorrerá a compensação. 
As dividas tem que estar vencidas, se uma delas ainda esta por vencer só vão se compensar no momento em que as duas estiverem vencidas. Exceto se houver antecipação do vencimento. 
Porém,quando uma delas estiver vencida há mais tempo,vai correndo os juros e a compensação será parcial, como venceu antes o valor dela começou a crescer. 
(Hipótese do prazo de favor: Artigo 372 Posso alegar compensação mesmo a divida tendo vencido,se o que impede o vencimento dela é o prazo de favor,se eu adio falando que não vou cobrar,não significa que para efeito de compensação que a divida não esteja mais vencida. 
Prazo de Favor (Esse adiamento,dar mais um mês para pagar,liberando das conseqüências da mora por um determinado prazo.
É possível compensar uma divida prescrita?
Ex A deve para B,foi uma divida criada em 2007,com vencimento em 2008,essa divida prescreve em 2010. E B deve para A,foi criada em 2008,com vencimento em 2009 e vai prescrever em 2011.
Quando o B tentar cobrar do A,a partir de 2010,o A teria uma defesa dizendo que não poderia mais pagar,pois prescreveu. Quando o A cobrar do B,só a partir de 2011,que o B teria essa mesma defesa.
Em 2010?O A cobra do B,e este ainda não pode alegar prescrição,mas pode ele alegar compensação,por uma dívida que já prescreveu?
Requisito Liquidas e vencidas quando aconteceu?Em 2008 venceu uma e 2009 venceu outra,a partir daí passaram a existir duas dividas que são homogêneas,liquidas e vencidas e recíprocas.
A partir de 2010 uma delas prescreveu,mas houve um período em que elas coexistiram com todos os requisitos para se compensar,mas ninguém falou nada,agora alguém alega.
Sistema francês(Compensação é automática,a divida se compensa quando aparecerem todos os requisitos,não interessa quando vão se dar conta disso,compensam naquela época. O nosso sistema é mais próximo do francês,a compensação é uma defesa,portanto não pode ser pronunciada de oficio pelo juiz ,alguém deve alegar,mas ocorrendo essa alegação,é como se tivesse efeito retroativo,a compensação não ocorre no momento em que ela é alegada,ocorre no momento em que estiverem presentes todos os requisitos. Não existia mais nada para ser prescrito,pois o direito já tinha se extinguido por compensação. Só pode ser alegado se teve um momento que o vencimento delas coincidiu,se antes de vencer uma prescreve, não pode ser pedida compensação. 
OBS. ART 371 O fiador pode compensar a sua divida com a que o seu credor tem perante seu afiançado. O fiador pode compensar o que ele esta sendo obrigado a pagar, perante o credor, com o que o credor devia ao devedor afiançado. Mesmo ele não sendo devedor ou credor na relação. 
Obstáculos a compensação:
Existem casos que impedem a compensação,e é necessário para que ela ocorra,alem dos requisitos que não haja nenhum desses obstáculos que a lei impõe a compensação, caso que pode ser compensando, mas não vai.
Diferença de causa ou fonte das obrigações (Em regra não afeta em nada a compensação,o fato de a divida ter fontes diferentes,A deve para B por causa de um contrato de locação e B deve para A por causa de uma indenização,em principio,não interessa se estiverem liquidas pode-se compensar tranquilamente,mas tem casos em que a diferença de fontes vai afetar a compensação previstos pela lei.
Artigo 373 : Hipótese I (Automaticamente esse ato ilícito gera a obrigação de devolver aquilo que foi furtado.Roubo,furto e esbulio que é a privação da posse de um bem.
Por que um ladrão não pode compensar o seu roubo com uma divida que a vitima tinha de lhe pagar 10 mil reais?
Ex:Um sujeito me deve 10 mil,e eu furto 10 mil reais dele,posso alegar compensação?
Obviamente não.Porque isso viraria uma instrumento de auto tutela,toda divida que houvesse o sujeito iria roubar do outro e depois alegar compensação,então para evitar isso,uma das dividas vindo de furto por roubo deve ser paga mesmo assim,ainda que a pessoa te deva aquela mesma quantia.É obrigado pagar para depois devolver,para evitar que isso vire uma prática social,as pessoas furtarem o que lhes é devido.
II(Uma se originar de comodato ou deposito.São contratos que nunca iriam gerar
compensação, pois não tem homogeneidade,se você me empresta um bem,sou obrigado a te devolver aquele bem,não posso alegar compensação por um bem que não te devo. Comodato é o empréstimo de coisa infungível.Deposito é tomar conta de algo para depois devolver.
Mutuo é o empréstimo de coisa fungível.
III(Qualquer coisa não suscetível de penhora não pode ser suscetível de compensação.
Alimentos se enquadra nessa hipótese. Ex:Filho deve 10 mil para o pai,e o pai fala que não vai pagar 10 mil esse mês alegando compensação.O motivo que leva a isso é a subsistência daquela pessoa,o pai nunca pode deixar de pagar pensão para o filho porque aquela divida atende a uma finalidade a de subsistência do filho.
(Vontade das partes também podem afastar a compensação- Artigo 375: Não ocorre compensação,se as partes já tivessem convencionado no contrato que deu origem a uma das dividas,falar que ela não será compensada.Se colocam isso,não será compensada. Do mesmo modo através da renuncia,eu não vou alegar compensação. Se ela convencionou que não haverá compensação,não poderá mudar de idéia depois,querendo compensar,vai ter que pagar e depois compensar de volta. Uma vez que as partes manifestam vontade, a compensação considera-se ocorrida no momento em que estavam presentes os requisitos não no momento em que manifestou vontade. 
(Artigo 374 : Compensação tributária.Se eu tenho imposto a restituir do ano passado,então esse ano não vou pagar imposto,não posso fazer isso.Tenho que pagar imposto e exigir que me paguem de volta. Também haverá obstáculos em cessão de crédito.
(A deve para B ,B deve para A,a divida de A para B venceu dia 10,e a divida de B para A venceu dia 12.Quando A procura o B para a divida,o B pode alegar compensação.
O que acontece se o A cede esse credito para um sujeito C?O B sabia que poderia alegar compensação,e o A cede esse credito para um sujeito C,compensava com o A não com o C.
Ele ainda pode invocar uma exceção pessoal de compensação se notificado,se ele entanto não invoca,ele perde essa exceção pessoal.
Compensação só pode ser invocada perante uma das 2 pessoas,exceto nesse caso.O B alegaria a exceção pessoal para não pagar para o C.Quando ele for notificado,ele ainda pode alegar isso.
Artigo 377 (O marco temporal é a notificação,na hora que ele é notificado,ele ainda pode invocar aquela exceção pessoal.Já que não consetiuna cessão,tem de ser notificado. Se ele ao ser notificado não alega,perde o direito a exceção pessoal.
Se ocorreu a compensação,as dividas deixaram de existir,quando o cedente é responsável perante o cessionário? 
Artigo 295(Se a cessão é onerosa,o cedente sempre responde pela inexistência do credito,nesse caso se ele vendeu para o C o credito,ele é responsável.Se a cessão é gratuita,ele só responde se agiu
de má fé. Responde pelo que ele recebeu quando o C comprou + as 
despesas com a cessão e com a cobrança.Como se fosse uma pequena parcela de perdas e danos.
(Ex:A deve para C,A não paga para C,C procura os bens de A,não tem bens.Ele vai e penhora o credito que B tem perante A,A deve ser notificado para não ceder esse credito e B será notificado para saber a quem pagar,no caso pagará a C. B vai ser notificado para pagar a C,e A será notificado para não ceder esse crédito. O B vai dizer que não deveria pagar para ninguém,pois havia compensação.Ele pode alegar no momento que for notificado. 
Se a notificação foi depois do vencimento das dividas,ele pode alegar compensação e dizer que as dividas se extinguiram.
Na véspera de uma divida vencer,chega a notificação de penhora do credito,ele não pode alegar compensação de dividas não vencidas,se a notificação for anterior a data que as dividas se vencem,ele não vai poder alegar compensação.Terá que pagar pro sujeito que penhorou e depois cobrar do devedor e esperar.
Artigo 380 (O B era devedor do A,ele só se torna credor do A,quando a divida do A perante ele se vence,ele se tornando credor do A depois da penhora do crédito,não pode mais alegar compensação.Se no entanto,ele se torna credor do A antes da penhora do credito,ele pode alegar compensação.
O credito teria deixado de existir antes de ter sido penhorado.
Temos que verificar o que aconteceu primeiro,se a notificação da penhora foi antes do vencimento não houve compensação.A penhora tirou o crédito desse sujeito,e portanto não tem mais identidade de pessoas.
Se no entanto,as duas se venceram antes da penhora,elas se compensaram,a penhora é que não foi eficaz.
É igual a penhora da cessão de crédito,interessa o que aconteceu antes,o credito foi cedido antes então não tem penhora,a penhora foi feita antes,então a cessão é ineficaz.
Confusão: 
ART 381: Ocorre quando a qualidade de credor e de devedor se reúne na mesma pessoa, ou seja, o sujeito vira devedor dele mesmo. 
Ex. Morte de uma das partes: A deve para B , B morre e deixa como único herdeiro o A. 
 Sucessão empresarial: sociedade A devia para a sociedade B, e a sociedade B é comprada pela sociedade A. 
 
ART 382: Se no caso da morte de uma das partes, B deixar alem do A outro herdeiro, C? Divide-se igualmente, a dívida de A para A se extingue e a divida de A para C continua valendo, sendo uma confusão parcial. 
-> ART 262: Se for indivisível, A devia um carro para B e este morreu, deixando como herdeiros o próprio A e C. A cota que era da metade de A desapareceu, C tem direito a exigir o carro inteiro, mas para isso tem que dar metade do equivalente do carro. 
-> ART 383: Se A deve 10 mil para B,C e D (solidários), B morre e deixa como único herdeiro o próprio A. O devedor A tem sua divida extinta com ele mesmo, mas deve o restante do valor para C e D. 
-> ART 384: Quando o artigo menciona “cessar a confusão e restabelecer a obrigação original” na verdade não é cessar a confusão, mas sim a hipótese de ser declarada por efeitos retroativos a não ocorrência da confusão, ou seja, nunca aconteceu. 
Ex. Se A devia para B, e este morre, aparece um testamento convenientemente assinado por B nomeando como único herdeiro A. Mas uma ação judicial é movida e descobre-se que esse testamento é nulo, pois foi forjado. Quando é declarada nulidade os efeitos retroagem, então na verdade o A nunca foi herdeiro do B e um herdeiro verdadeiro, que pode ser um C, pode cobrar a divida de A. 
Remissão: 
O perdão da divida pelo credor. Para perdoar o devedor, o credor precisa da concordância dele? 
- ART 385: “a remissão da divida ACEITA pelo devedor, extingue a obrigação”. Então pelo sistema atual do C.C. brasileiro, a remissão é um negocio jurídico BILATERAL, ou seja, o devedor só será perdoado se consentir com isso.
Quem não aceitaria ser perdoado?
- questão moral: faz questão de provar que vai pagar sua divida, empresário, por exemplo
- coação: sujeito mediante a ameaça de violência faz uma promissória para outro, e esse outro na hora de cobrar resolve perdoá-lo. Aquele não aceita, pois quer que o sujeito mova a ação e que a divida sobreviva para que ele possa comprovar que foi vitima de coação e que essa divida seja desconstituída. 
Incoerência do art. 385: não precisa da aprovação do devedor para entrar no lugar dele na divida, para pagar a divida dele ou para novar, mas precisa para perdoar. Ex. credor procura um advogado, pois quer perdoar o devedor e ele não quer aceitar, mesmo não havendo coação. O que deve ser feito? A deve para B, e quero que o A não deva mais, mas não pode perdoar ele, então esse sujeito B pede para um sujeito C assumir a divida, ou para novar a divida e ele vira o novo devedor, e assim pode perdoá-lo. 
Se o A quisesse impedir esse esquema, poderia alegar simulação e então seria nulo, mas sobrevive o negocio jurídico entre A e B. 
A remissão pode ser expressa ou tácita. Uma declaração de vontade sendo tácita é quando um sujeito não declara diretamente aquilo, mas declara uma outra coisa que leva a concluir que ele também queria aquilo. Ex. sujeito recebe um computador como amostra e pode ficar com ele durante uma semana para decidir se vai querer comprar ou não, e ele vende esse computador para outra pessoa. Expressamente demonstrou vontade de vender e tacitamente de comprar, pois para poder vender é necessário que ele tenha comprado antes. 
Hipóteses de remissão tácita: 
ART 386: hipótese do titulo, sujeito tem um cheque/nota provisória duplicada que outro sujeito assinou dizendo que ia pagar, e para poder cobrar precisa entregar a esse outro. Se o sujeito faz uma devolução voluntaria do titulo para o credor implica tacitamente no perdão da divida. 
ART 387 : A pede 10 mil emprestado para B, mas este não confia apenas no patrimônio do devedor, então pede uma garantia especial. Essa garantia pode ser um fiador, uma hipoteca (averbação no registro de imóvel) ou uma garantia de um bem móvel. No caso, um relógio do avo de A, como o credor saberá que ele não vai vender esse bem? O bem móvel deverá ficar na posse do credor, ou seja, empenhado (em penhor). 
IMPORTANTE: A devolução do bem móvel empenhado ao devedor, não se presume a remissa da divida e sim da GARANTIA, do acessório apenas. 
->ART 388: Perdoado um dos devedores solidários a divida continua existindo para os outros devedores C, D e E, proporcionalmente, extinguindo só a parte que foi perdoada.

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