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Tolerância Dimensional e Geométrica. Professor Jean Rodrigo Bocca • Quando fabricamos uma peça, se torna impossível deixar as dimensões exatas as indicadas no desenho (o que seria ideal), então devemos determinar o desvio possível que não inutiliza nossa peça, este desvio chamamos de Tolerância. • A norma ISO define classe de qualidade e classe de desvio para tolerância, tendo uma diferenciação entre furos ( utiliza letras maiúscula em suas especificações e variáveis) e eixos ou insertos (que utilizam letras minúsculas em suas especificações e variáveis). 2 • Assim podemos definir alguns termos que facilitaram o entendimento, são eles: • Cotas limites – corresponde a cota máxima e a cota mínima. • Cota máxima (Cmax, cmax) – dimensão máxima permitida ao elemento. • Cota mínima (Cmin, cmin) – cota mínima permitida ao elemento. • Cota nominal (CN, cn) – cota sem a tolerância. • Desvio superior (ES, es) – diferença entre cota máxima e cota nominal • Desvio inferior (EI, ei) – diferença entre a cota mínima e a cota nominal. • Linha zero – é a linha que representa a cota nominal, na qual são definida os desvio (utilizada em representações gráficas) 3 • Graficamente temos então: 4 • Em relação as classes de qualidade definida pela ISO, a tabela a seguir traz orientação de sua aplicação. 5 • A próxima tabela traz os processos de fabricação que são utilizado para obtenção de determinada classe de qualidade. 6 • Assim os valores da tolerância em relação a cota nominal para as classe de qualidade são: 7 • Conhecendo a classe de qualidade, agora podemos determinara a classe de desvio, que informa quanto desvia para mais ou para menos a cota nominal dentro da tolerância definida pela classe de qualidade. • A diferenciação entre desvio para eixo e furo é feita pela utilização de letra minúscula e maiúscula respectivamente. • As classes de desvio são: 8 • Podemos representar graficamente o comportamento dos desvios. 9 • Os valores numéricos dos desvio (superior ou inferior) em relação a cota nominal para as classes são dados pelas próximas tabelas. 10 11 12 13 • A norma ISO traz orientações para tolerâncias angulares, esta de acordo com o comprimento do elemento inclinado “hipotenusa”. 14 • A forma de cotar indicando a tolerância pode ser feita em qualquer forma indicada abaixo, para o nosso curso adotaremos conforme as figuras 10.7 e 10.10 15 • Veremos como determinara as cotas limites, para isso definiremos algumas equações que serão uteis. • Exemplo: Determinar as cotas limites para um eixo de diâmetro 40mm e classe de tolerância g11. Cotar de acordo com a regra adotada. 16 • Primeiro passo, identificamos que a classe de qualidade é a 11 (pois indicamos g11) e a classe de desvio é a g (pelo mesmo motivo). Assim para o diâmetro de 40, temos da tabela : 17 • Da tabela de classe de desvios, temos: • O desvio inferior será: • As cotas máxima e mínima serão: 18 • A representação da cota: 19 • Exercícios: • P10.1 pagina 252 20 • Ajustes. • Quando temos uma montagem entre peças (eixo e cubo por exemplo) temos que definir o ajuste de montagem, indicando os desvio de cada peça de maneira a termos um resultado satisfatório. • O ajuste é definido de acordo com as característica de cada conjunto e do objetivo desejado, assim não tem uma regra definido, varia para cada caso. • Podemos usar recomendações existentes para algumas aplicações, como mostrado na tabela 10.9. 21 22 • Graficamente 23 • Assim podemos definir alguns parâmetros, são eles: • Ajuste com folga – ocorre quando antes da montagem o eixo tem um diâmetro real menor que do furo, ou seja: • Folga máxima – é a máxima folga que pode ocorrer resultante das tolerâncias imposta para o eixo e furo. • Folga mínima – é a mínima folga resultante das tolerância do eixo e furo. 24 • Ajuste com Aperto – ocorre quando a dimensão real do eixo antes da montagem é maior do que a do furo, ou seja: • Aperto máximo – é a interferência máxima que pode ocorrer durante a montagem. • Aperto mínimo – é a interferência mínima que pode ocorrer durante a montagem. 25 • Tolerância Gerais • Para dimensões lineares, podemos utilizar as seguintes tolerâncias: 26 Não é possível exibir esta imagem no momento. • Assim não precisamos identificar em todas as cotas do desenho, basta apenas indicar na legenda a tolerância geral e na cota somente as especiais. • Na legenda se indica da seguinte maneira (para a classe media): 27 • Exercícios: • P10.3 pg 252 • Encontrar os parâmetros de ajuste de montagem (e tolerância) para um eixo - cubo com diâmetro nominal de 60mm de todas as classes recomendadas da tabela 10.9. 28 • Estado de Superfície. • Indica o estado de acabamento da superfície da peça, a simbologia usada é: • Dados para desenhar os símbolos: 29 • A posição de cada letra na simbologia traz um significado, conforme será descrito: • a – nesta posição é indicado o valor da rugosidade ou limites de rugosidade. • b – traz informações especiais sobre o acabamento, com tratamento superficiais, processo de fabricação ou revestimento. • c – é o comprimento de base, ou seja, o comprimento utilizado para identificar a rugosidade. • d – indica a direção das estrias, conforme indicado na tabela 10.16 • e – o valor da sobre espessura em mm para o acabamento, somente quando necessário. • f – outros parâmetros de rugosidade. 30 • Alguns parâmetros de superfície. 31 32 • Exemplo de aplicação 33 • Quando um estado de superfície é comum para a peça toda, fazemos apenas uma indicação na vista, como se segue: • Se tivermos mais de um estado de superfície, colocamos a geral em destaque e entre parêntese as especiais e depois indicamos estas nas superfície. 34 • Para deixar o desenho visualmente mais limpo, podemos indicar o estado apenas com uma referencia e depois montar uma tabela lateral especificando corretamente, conforme desenho: 35 Tolerância Geométrica • Esta tolerância indica de modo rigoroso a tolerância da forma, orientações e localização dos elementos ou parte das peças. 36 • A forma de indicar no desenho é como se segue: 37 Simbologia Utilizada Retilinearidade em um plano Planeza Retilineidade em um paralelepípedo A zona de tolerância é limitada por dois cilindros coaxiais que distanciam entre si uma distância t. Circularidade A zona de tolerância no plano considerado é limitado por dois cilindros concêntricos que distanciam entre si uma distância radial t. Forma de uma linha qualquer A zona de tolerância é limitada por duas linhas tangentes a círculos de diâmetros t. O centro dos círculos localiza-se ao longo da linha que corresponde à forma geometricamente perfeita. Paralelismo definido em um plano A Zona de tolerância é limitada por duas linhas paralelas, separadas entre si uma distância t e que são paralelas a uma linha de referencia. Paralelismo paralelepipédico A Zona de tolerância é limitada por um paralelepípedo de seção t 1 x t 2 e paralela à linha do referencial quando a tolerância é especificada em dois planos perpendiculares entre si. A Zona de tolerância é limitada por um cilindro de diâmetro t paralelo à linha do referencial quando o valor da tolerância é precedido pelo símbolo de diâmetro ø. Paralelismo cilíndrico Quando projetada em um plano, a zona de tolerância é limitada por duas linhas paralelas e separadas por uma distância t e que são perpendiculares a uma linha de referencia. Perpendicularidade Perpendicularidade Caso A O eixo deve estar contido entre duas linhas paralelas distanciadas entre si 0,1mm. Estas linhas são perpendiculares à superfície de referencia. Caso B O eixo do cilindro deve estar contido em uma zona de cilíndrica de ø0,1mm perpendicular ao referencial. Inclinação Caso A O eixo do furo deve estar contido entre duas linhas paralelas distanciadas entre si 0,08mm, inclinadas 60º. Caso B A superfície inclinada deve estar contida entre dois planos paralelos afastados 0,02mm, inclinadas 20º Localização A zona de tolerância é limitada por um círculo de diâmetro t, cujo centro está na posição teoricamente exata do ponto considerado. Concentricidade A zona de tolerância é limitada por um círculo de diâmetro t, cujo centro coincide com o ponto de referência. Simetria A zona de tolerância é limitada por dois planos paralelos a uma distância t e posicionados simetricamente em relação ao plano médio relativamente a um eixo de referência. • Significado dos modificadores • Máximo Material – a peça será feita com máximo material, ou seja, as cotas deverão estar no limite superior da tolerância para eixo e limite inferior para furo. • Mínimo Material – é o oposto do caso anterior. 54 • Envolvente – o desvio geométrico deve respeitar a tolerância dimensional. • Tolerância projetada – a tolerância geométrica deve ser respeita além dos limites da peça a uma determinada projeção, isto devido a necessidade de montagem posterior, verificar próxima figura • Diâmetro – indica que o elemento tem é um diâmetro. 55 56 • Exercícios. • P11.1 pág. 291. 57