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Toxicologi Forense - Aula para email alunos

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Monica Mattos dos Santos 
Universidade Federal da Bahia 
Escola de Medicina Veterinária 
Departamento de Anatomia, Patologia e Clínicas 
MEV 152 – Toxicologia Veterinária 
Ciência destinada à observação, 
interpretação e descrição dos elementos 
sensíveis (vestígios), encontrados no local 
dos fatos, no instrumento utilizado ou no 
corpo da pessoa viva ou morta com o 
objetivo de vincular pessoas às 
circunstâncias e ao evento de provável ou 
evidente interesse judiciário. 
1. Investigador policial 
2. Médico Legista 
3. Patologista Forense 
4. Toxicologista forense 
Relatório 
Laudo Pericial 
Termo relacionado a qualquer aplicação da 
ciência ou estudo dos toxicantes com a 
finalidade de elucidar procedimentos legais 
ou judiciais. 
 
Busca estabelecer uma relação causa-efeito 
entre a presença de uma substância no 
organismo e alterações detectadas no 
mesmo, com finalidade legal. 
 Todo caso de overdose terá como evidência 
fragmentos da droga no estômago 
 
 
 Fato 
 A maioria dos casos fatais por consumo de 
drogas/venenos não apresentam nenhum sinal 
específico durante o exame necroscópico 
Mito 
 Elucidar a causa da morte 
 
 Confirmar a presença de princípio 
psicoativo/tóxico em material apreendido (pó, 
erva, alimentos, água, etc) 
 
 Confirmar a presença de drogas e fármacos em 
material biológico de indivíduos implicados em 
uso ilícito destas substâncias ou quando seu uso 
tenha contribuído para atitudes anti-sociais, como 
acidentes, crimes, roubos, etc 
1. Existe droga envolvida no caso? 
 
2. Qual foi a quantidade utilizada? 
 
3. Quando foi utilizada a droga? 
 Farmaco/Toxicocinética 
 
4. A droga pode ter causado a morte (ou, em casos 
não fatais, pode ter afetado o comportamento)? 
 Farmaco/Toxicodinâmica 
 Álcool (Etanol) 
 Barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental) e Benzodiazepínicos (Diazepam, Oxazepam) 
 Cocaína (Base livre/Crack) e Anfetaminas (Anfetamina e Metanfetamina (Ecstasy)) 
 Canabinóides - Maconha (Δ9THC) e Alucinógenos (LSD, PCP) 
 Monóxido de carbono/Cianeto 
 Inalantes (Éter, Tolueno, Acetona, Cloreto de etila) 
 Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Imipramina) 
 Opiáceos/Opióides (Morfina e Heroína) 
 Metais Pesados 
 Pesticidas 
 Heptâmero de Quintiliano 
 O que? 
 Quem? 
 Quando? 
 Por que? 
 Como? 
 Onde? 
 Com que meios? 
 Obtenção do histórico e de amostras adequadas 
 
 Análises toxicológicas 
 
 Interpretação dos resultados 
 Para que? 
 O que? 
 Onde? 
 Como? 
 Para que? 
 ...com a finalidade de elucidar procedimentos 
legais ou judiciais 
 O que? 
 Qual será o analito? 
 o precursor? 
 um produto de biotransformação? 
 um parâmetro bioquímico? 
 Toxicocinética & Toxicodinâmica 
 
 Absorção 
 Distribuição 
 Biotransformação 
 Armazenamento 
 Excreção 
 
 Ação no organismo (sinais e sintomas) 
Via de introdução no organismo 
 
Respiratória (fumo) e intravenosa 
Efeitos intensos em 1-2 minutos e curta duração (30 min) 
Pico plasmático – 1 a 2 minutos 
 
Aspiração intranasal 
Teores plasmáticos menores e manutenção do efeito por 
período de tempo maior que as vias respiratória e intravenosa - 
Pico plasmático - 30 minutos 
 
Oral 
30 minutos iniciais - sem detecção plasmática - 
Pico plasmático em 90 minutos – efeitos mais prolongados 
que as demais vias 
 Principais vias de biotransformação 
 Eliminação da cocaína no organismo 
Sangue Saliva Urina Cabelo 
Percentual 
 Pós 
 Ervas 
 Líquidos 
 Comprimidos 
 Água 
 Alimentos 
 Materiais biológicos (sangue, urina, pelos, etc) 
 
 Coletadas por médico legista/patologista 
veterinário 
 
 Frascos apropriados: boca larga, 
quimicamente limpos, embalagem plástica 
 Onde? 
 
 Coleta – Como? O que? Quanto? 
 
Amostra Suspeita 
Sangue Metais, oligoelementos, colinesterase, pesticidas, etilenoglicol e para 
avaliação da morfologia de cels 
Soro Metais, drogas, vitaminas e para avaliação de eletrólitos 
Urina Alcalóides, metais, antibióticos, drogas, sulfonamidas e oxalatos 
Fezes Detecção de produtos excretados primariamente pela bile 
Conteúdo 
gástrico 
Venenos (organofosforados), exposição oral recente 
Pelos Pesticidas, acúmulo crônico de metais 
Fígado Metais, Pesticidas, alcaloides, fenois, micotoxinas. Bile  chumbo 
Rins Alcaloides, herbicidas, metais, compostos fenólicos e oxalatos 
Gordura Substâncias tóxicas lipossolúveis cumulativas 
Cerebro Pesticidas clorados, piretrinas, sódio e mercúrio, colinesterase 
Amostra Volume 
Soro e Sangue 5 -10 mL 
Urina 50 mL 
Orgãos e Tecidos 200 g 
Conteúdo gástrico 500 g 
Alimentos e Forragens 2 kg 
Análise Material para análise 
Chumbo (coproporfirina) 5 mL sangue (heparina) 
Cobre 3 mL soro (seco) 
Arsênio (sais e óxidos) 5 mL sangue (heparina) 
Acetilcolinesterase 
(organofosforados) 
10 mL sangue (heparina) 
Selênio 3 mL soro (seco) 
Zinco 2 mL soro (seco) 
 São procedimentos documentados que 
possibilitam o rastreamento de TODAS as 
operações realizadas em cada amostra desde 
a sua coleta até o descarte 
Do local de coleta até o laboratório 
 
 Amostras acompanhadas de formulário apropriado 
 Documentos devem ser individuais 
 
 COLETA: 
 assistida e privacidade assegurada 
 duas amostras (A e B) 
 anotar a temperatura, o pH, a aparência, entre outras 
 adotar critérios de segurança 
No laboratório 
 
 Atribuição de numeração interna para a identificação das 
amostras 
 Dados de transferência, armazenamento e descarte 
 
TODAS AS PESSOAS QUE MANIPULAM AS AMOSTRAS DEVE 
SER AUTORIZADAS 
 
 SISTEMA INTEGRADO DE SEGURANÇA NAS ÁREAS DE ANÁLISE 
FORENSE 
 
 Acesso restrito a pessoas autorizadas 
 Amostras sempre sob a custódia do analista 
 Segurança dos dados gerados 
 Como? 
 
 Técnicas 
 Destilação 
 Microdifusão 
 Espectroscopia 
 Cromatografia 
 Imunoensaio 
Casos com histórico 
Casos com suspeita 
Casos sem histórico 
Direcionamento das 
análises 
Sistemática analítica 
Direcionamento das 
análises 
 Identificar ou excluir o maior número de 
substâncias possíveis no menor espaço de 
tempo 
 
 REQUER: conhecimento de QUÍMICA 
ANALÍTICA e sua INSTRUMENTAÇÃO 
(análise do toxicante) e de TOXICOLOGIA 
básica, especialmente da toxicocinética 
(escolha das condições de amostragem) 
 Origem das substancias tóxicas 
 
 Vegetal (morfina, atropina, nicotina) 
 Animal (venenos de serpentes, abelhas, escorpiões) 
 Mineral (arsênico, mercúrio, chumbo) 
 Sintético (medicamentos, anestésicos) 
 Classificação das substâncias tóxicas 
 
 Gasosos (monóxido de carbono) 
 Voláteis (álcool, ácido cianídrico, fósforo) 
 Minerais (chumbo, arsênico, ácidos e bases cáusticos) 
 Orgânicos (barbitúricos, alcaloides) 
 Acidental 
 Homicida 
 Suicida 
 
 
 
 Lícitas ou Ilícitas 
 
1. Revisão de literatura 
 Os resultados são condizentes com: 
▪ Níveis terapêuticos? 
▪ Fatalidade? 
▪ Sobredosagem? 
 
2. Tolerância? 
 
3. Interação de efeitos 
 Aditivos? 
 Sinérgicos? 
 Antagônicos? 
 
4. Considerar fatores que afetam a relação dose-
resposta (Toxicocinética e Toxicodinâmica) 
 
5. Vias de administração 
 Devem estar disponíveis dados de: 
 
 Idade 
 Peso 
 Histórico clínico 
 Fármacos/drogas disponíveis 
 Intervalo entre o início dos sintomas e morte 
 Achados de necropsia 
 Todos os outros exames patológicos, histopatológicos
e exames auxiliares 
 A substância está presente? 
 Que substância? 
 Quanto desta substância está presente? 
 Essa concentração no organismo é suficiente 
para causar a morte? 
 Como a substância foi administrada? 
1. Cabeçalho 
 Número do laudo e o identificador do caso 
 Nome, sexo, idade e peso do animal 
 Evidências recebidas 
 Data e horário de recebimento do material 
 Autoridade solicitante 
2. Corpo 
 
 DESCRIÇÃO pormenorizada do material recebido 
(embalagem, lacres, menção das assinaturas das 
pessoas envolvidas na cadeia de custódia e 
constantes da embalagem) 
 Descrição ou citação de método usado para a 
detecção dos analitos 
 RESULTADO: positivo para... ou negativo para... 
(testes qualitativos) ou a concentração encontrada 
no material analisado. Algumas vezes um resultado 
indicativo é suficiente 
3. Interpretação (Fundamentos dos testes 
utilizados e discussão dos resultados) 
 
não obrigatória; se solicitada 
 
4. Referencias bibliográficas (se necessária) 
 
5. Assinatura de 2 peritos, com respectivos 
números do conselho 
 
 No processo judicial 
 
 Pode ser chamado para prestar esclarecimentos a 
advogados, juízes sobre o Laudo do caso 
 Emitir 
 Resultado da Análise Toxicológica 
 Parecer Toxicológico 
 Testemunhar

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