Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Os grandes Sistemas Morfoclimáticas do Globo e os Domínios Morfoclimáticos do Brasil * Os sistemas morfoclimáticos representam o complexo de interações dos processos geomorfológicos, que tem início nos processos elementares, isto é, desagragação mecânica ou decomposição química. Dos elementares, passa-se aos processos complexos, e finalmente aos processos morfogenéticos e morfoclimáticos. No caso da Geomorfologia, as formas de relevo passam a ser consideradas em relação com a natureza litológica, a estrutura e, também, o meio orgânico como os vegetais, animais e os grupos humanos. Sistemas Morfoclimáticos * Sistemas Morfoclimático Equatorial e Tropical úmido(Amazônico) tem-se dois domínios florestais: Florestas Equatoriais e Tropicais e Campos Cerrados. Processo elementar principal de maior atuação é a intemperização química, resultando em espessas camadas de decomposição das rochas (Manto de intemperismo ou de regolito) Sistemas Morfoclimáticos Áridos, o processo elementar dominante é a meteorização física ou desagregação mecânica, por causa da intensa insolação nas rochas e da grande amplitude térmica diária. Sistemas Morfoclimáticos Glaciais é a intemperização mecânica devido ao efeito do congelamento * * Temperatura do ar * Precipitação * Água precipitável * Precipitação - Evaporação * Superavit de água * Umidade do solo * * Mapa Topográfico * * Mapa da Cobertura Vegetal * * * Domínios Morfoclimáticos do Brasil Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático (Ab’Sáber,1970), sendo eles: I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial; II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome, vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões; III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado; IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das secas), de formações cristalinas, área depressiva intermontanhas e de clima semi-árido; V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinheiro brasileiro (araucária), região de planalto e de clima subtropical; VI – Domínio das Pradarias – região do sudeste gaúcho, local de coxilhas subtropicais. * * * * * * * * * DOMÍNIO DAS TERRAS BAIXAS FLORESTADAS DA AMAZÔNIA - Extensão espacial de primeira grandeza com mais de 2,5 milhões de quilômetros quadrados; Área marcadamente zonal; Caracterizam-se por planícies de inundação labirínticas e meândricas, tabuleiros extensos de vertentes convexizadas, morros baixos mamelonares ou semi-mamelonares nas bordas cristalinas da bacia sedimentar amazônica, terraços de cascalho e laterita; Drenagem densa e perene; solos profundos, laterizados ou podzolizados,processos lentos de evolução das vertentes, porém menos lentos do que a escavação dos vales. * * * * DOMÍNIO DOS CHAPADÕES RECOBERTOS POR CERRADOS E PENETRADOS POR FLORESTAS-GALERIAS - área de primeira grandeza com aproximadamente entre 1,8 e 2 milhões de quilômetros quadrados; área grosso modo zonal; Bem definido no Brasil central,caracteriza-se por extensos aplainamentos correspondentes a duas ou mais fases de pediplanação, com relevos residuais (inselbergs); Os planaltos são mantidos por concreções ferruginosas “cangas” terciárias, que sugerem que a área tem estado em condições de savanas com ligeiras oscilações para mais ou menos seco no final do terciário até a época atual; Os processos de intemperismo físico-químico se alternam, mas as vertentes são submetidas aos processos agresivos de desnudação em ravinas ou lençol de água, devido a natureza dos solos com horizonte B concrecionário e ao tipo de vegetação. * Chapada do Guimarães * * * DOMÍNIO DOS MARES DE MORROS FLORESTADOS - Extensão espacial de primeira grandeza com aproximadamente entre 1milhão de quilômetros quadrados; Distribuição global azonal ao longo da fachada atlântica do Brasil; A morfogênese é caracterizada pela preponderância de processos químicos; Lentos movimentos de massa e escoamento difuso; As alterações possantes dão origem a mantos espessos de argilas lateríticas amarelas e vermelhas; A drenagem perene e hierarquizada e a mamelonização do relevo caracterizam bem este domínio. * * * * DOMÍNIO DAS DEPRESSÕES INTERPLANALTICAS SEMI-ÁRIDAS DO NORDESTE - Extensão espacial de segunda grandeza com aproximadamente entre 700.000 e 850.000 de quilômetros quadrados; Distribuição global azonal na região semí-árida subequatorial e tropical; Pontilhada de Inselberg, dotada de drenagem intermitente e recoberta por caatingas extensivas; Nas regiões semi-áridas do sertão nordestino o solo raso e pedregoso e a vegetação aberta favorecem a ação da lavagem superficial pelo escoamento em lençol que elabora extensos pedimentos dominados por inselbergs; A drenagem é intermitente. * * * * DOMÍNIO DOS PLANALTOS DE ARAUCÁRIAS - Região de aproximadamente 400.000 quilômetros quadrados, sujeitos a climas subtropicais úmidos com invernos relativamente brandos; Distribuição azonal; Os planaltos arenítico-basálticos do Brasil Meridional, revestidos de Araucárias são o domínio de extensos interflúvios tabuliformes de vertentes suavemente convexas; A decomposição química é intensa, decorrência das condições climáticas e as vertentes são submetidas a processos lentos de evolução. * * * DOMÍNIO DAS PRADARIAS MISTAS DO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL - Região de aproximadamente 80.000 quilômetros quadrados, sujeitos a climas subtropicais úmidos e sub-úmidos sujeitas a algumas estiagens de fim de ano; Distribuição azonal; É o dominio das colinas plurimamelonizadas (coxilhas), cobertas por matas de galerias e pradarias; O relevo se caracteriza por ondulações muito suaves contornando áreas baixas recobertas de aluviões finos onde aflora o lençol freático originando os banhados. * *