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Estrutura e Composição da Terra Profa. MSc. Neliane de Sousa Alves Universidade do Estado do Amazonas – UEA Geologia Terra: formação de um planeta em camadas. Como, a partir de uma massa rochosa, a Terra evoluiu até um planeta vivo, com continentes, oceanos e uma atmosfera? ? Diferenciação Transformação de blocos aleatórios de matéria primordial num corpo cujo interior é dividido em camadas concêntricas, que diferem uma das outras tanto física como quimicamente. Esta ocorreu nos primeiros momentos da história da Terra, quando o planeta adquiriu calor suficiente para se fundir. Aquecimento e fusão da Terra primordial 1º momento: a Terra foi exposta aos violentos impactos dos planetesimais e de corpos maiores. Um planetessimal colidindo com a Terra numa V de 15 a 20 km/s libera uma energia equivalente a 100 vezes o seu peso em TNT (trinitrotolueno). Nestas colisões a maior parte da energia cinética ou de movimento é convertida em CALOR. Aquecimento e fusão da Terra primordial A energia de impacto de um corpo, com cerca do dobro do tamanho de Marte, colidindo com a Terra seria equivalente a explodir vários trilhões de bombas nucleares de 1 megaton*. Energia suficiente para ejetar no espaço uma grande quantidade de detritos e gerar calor suficiente para fundir a maior parte do que restou da Terra. * = energia de 1 milhão de ton de TNT ou 1.015 cal Aquecimento e fusão da Terra primordial 2º momento: ocorrência deste cataclismo durante os estágios tardios de acrescimento da Terra. O grande impacto criou uma nuvem de detritos da Terra e do corpo impactante, que se propalou para o espaço. A Lua agregou-se a partir desses detritos. Aquecimento e fusão da Terra primordial A Terra teria se reconstituído como um corpo em grande parte fundido. Este impacto acelerou sua velocidade de rotação e mudou seu eixo rotacional, golpeando-o da posição vertical em relação ao plano orbital da Terra para sua atual inclinação de 23º. 4.5 ba – entre o início de acrescimento da Terra (4.56 ba) e a idade das rochas mais antigas da Lua (4.47 ba) Aquecimento e fusão da Terra primordial Outras fontes de calor: Os elementos radioativos que se desintegram espontaneamente com a emissão de partículas subatômicas. Essas partículas são absorvidas pela matéria do entorno e sua energia de movimento é transformada em CALOR. O calor radioativo teria contribuído para aquecer e fundir materiais da Terra. Estes contribuem para manter o calor interior da Terra. Início da diferenciação Estágio inicial: a Terra seria uma mistura não-segregada de planetesimais e outros remanescentes da nebulosa. Após este estágio: ocorreu um gigantesco impacto gerando uma fusão de grande proporção. Cerca de 30 a 65% da Terra fundiram-se: “Oceano de lava” Diferenciação O interior aqueceu-se e se tornou menos denso e seus componentes podiam mover- se livremente. O material pesado mergulhou para o interior: NÚCLEO O material mais leve flutuou para a superfície: CROSTA A emersão do material mais leve carregou consigo calor interno para a superfície, de onde ele poderia irradiar-se para o espaço. Diferenciação Com a perda de calor a Terra resfriou-se e grande parte dela solidificou-se. Formação de um planeta diferenciado ou zoneado: NÚCLEO MANTO CROSTA. Durante a diferenciação, o ferro afundou em direção ao centro e o material mais leve flutuou para cima de modo que a Terra se apresenta como um planeta zoneado A formação dos continentes, dos oceanos e da atmosfera da Terra A fusão primitiva promoveu a formação da crosta da Terra e, em conseqüência, dos continentes. Os materiais mais leves se concentraram nas camadas externas e permitiu que pelo menos os gases mais leves escapassem do interior. Esses gases formaram grande parte da atmosfera e dos oceanos. Continentes Seus crescimento começou logo após a diferenciação e continuou ao longo do tempo geológico. O magma do interior da Terra ascendeu à superfície, esfriou e se solidificou para formar a crosta rochosa. Essa crosta primitiva fundiu-se e solidificou-se repetidamente, fazendo com que os materiais mais leves se separassem dos mais pesados e ascendessem ao topo, para formar os núcleos primitivos dos continentes. Continentes A água da chuva e outros constituintes da atmosfera erodiram as rochas, levando-as a decomporem-se e desintegrarem-se. Água, vento e gelo desprenderam, então, os detritos rochosos e moveram-nos para lugares de deposição mais baixos: Deposição em camadas: praias, deltas e os assoalhos de mares adjacentes. Ciclos repetidos desses processos estruturou os continentes. Oceanos e a atmosfera 1. Origem a partir de materiais ricos em voláteis (cometas) que impactaram o planeta depois que ele foi formado. 2. Os planetesimais tinham gelo, água e outros voláteis. A água estava aprisionada nos minerais, além de N e C. Quando a Terra se aqueceu e seus materiais fundiram-se parcialmente, o vapor d’água e outros gases foram liberados e levados para a superfície pelos magmas, sendo lançados na atmosfera pela atividade vulcânica. A atividade vulcânica primitiva contribuiu com o lançamento, para a atmosfera e os oceanos, de grandes quantidades de vapor d’água, CO2 e outros gases e, para os continentes, de materiais sólidos. A fotossíntese dos microrganismos removeu o CO2 e adicionou oxigênio à atmosfera primordial. O hidrogênio, devido à sua leveza, escapou para o espaço exterior. Sismologia A sismologia é a ciência que estuda a origem e propagação das ondas elásticas nos corpos planetários Tipos de ondas: P (primárias): são ondas compressionais S (secundárias): são ondas cisalhantes. Estas não podem se propagar através de qualquer fluido – ar, água ou ferro líquido no núcleo externo. Ondas P e S A partir dos sismogramas, os geólogos podem calcular a velocidade das ondas P e S, dividindo a distância percorrida pelo tempo de viagem. A medida da velocidade dessas onda é utilizada para inferir os materiais em profundidade. As ondas P e S viajam cerca de 17% mais rápido em rochas como gabro do que em granitos, e além disso, viajam 33% mais rápido através do manto superior. Densidade dos materiais A V de propagação das ondas aumentam com a densidade das rochas A densidade dos materiais rochosos dentro de cada camada da Terra aumenta com a profundidade. Para cada descontinuidade sísmica mais evidente, há uma mudança na densidade das rochas, que é resultante de variações na composição química e/ou nas fases minerais presentes. Estrutura da Terra Séc. 19: os cientistas já especulavam sobre a constituição interna da Terra; Charles Darwin (séc. 19): sugeriu que a Terra era composta por uma fina casca ao redor de uma massa fundida, ao observar erupções vulcânicas e terremotos nos Andes. Na segunda metade do séc. 19, através de estimativas para o raio e massa da Terra, foi calculada sua densidade em 5,5 g/cm3. Esta densidade é maior que a da maioria das rochas expostas à superfície: 2,5-3,0 g/cm3 parte do interior terrestre deve ser composto por material mais denso; Usando os sideritos e meteoritos pétreos como anologia, sugeriu-se que a Terra teria um núcleo composto por uma liga metálica de Fe e Ni, envolto por um manto de silicatos de Fe e Mg. Estrutura da Terra O desenvolvimento da SISMOLOGIA possibilitou o estudo da estrutura interna da Terra, e revelou que o planeta é constituído detrês camadas principais: Crosta: composição intermediária Manto: composição máfica Núcleo: externo (Fe líquido) e interno (Fe sólido) Separadas entre si por grandes descontinuidades detectadas por variações na velocidade de propagação das ondas sísmicas. NÚCLEO MANTO CROSTA Estrutura Interna Descontinuidades Sísmicas Descontinuidade de Mohorovicic ou Moho: marca o limite crosta-manto descoberta em 1909 por Andrija Mohorovicic, sismólogo iugoslavo O Moho não está a profundidade constante por toda a Terra. Se localiza a uma profundidade média de aproximadamente 5-10 km nas áreas oceânicas e a 30-80 km nos continentes, variando com o relevo. Descontinuidades Sísmicas Descontinuidade de Gutenberg: Interface manto-núcleo, determinada por Breno Gutenberg em 1914, situa-se a 2.900 km de profundidade, implicando que o manto forma 83% do volume da Terra. Estudando as ondas S verificou-se que estas não se propagavam no núcleo, o que levou à conclusão de que a rigidez do material é nula, ou seja, o meio é líquido. Descontinuidades Sísmicas Em 1936, a sismóloga dinamarquesa Inga Lehman concluiu que a parte interna do núcleo era distinta da parte externa, com V de propagação das ondas P muito maiores, dando origem às ondas que apareciam na zona de sombra (núcleo externo). O núcleo interno começa a aproximadamente 5.100 km de profundidade e nele se propagam as ondas P e S, que são ondas transversais o que significa que o material é sólido. Portanto, o núcleo é composto por uma parte externa que é líquida e uma parte interna, sólida. Crosta Camada mais externa da Terra e apresenta espessura variável: Fina (cerca de 7km) sob os oceanos Espessa (cerca de 40km) sob os continentes e Mais espessa (cerca de 70 km) embaixo de altas montanhas. As ondas P movem-se através das rochas crustais com V de 6 a 7 km/s. É dividida em Crosta Oceânica e Continental Crosta Continental Apresenta espessura muito variável: 30-40 km nas regiões sismicamente estáveis mais antigas (os crátons) 60-80 km nas cadeias de montanhas, tais como os Himalaias na Ásia e os Andes na América do Sul. Em algumas regiões cratônicas, esta crosta está dividida em duas partes maiores pela descontinuidade de Conrad que assinala um ligeiro aumento das velocidades sísmicas com a profundidade. Separa rochas de densidade menor (crosta superior) de rochas de maior densidade (crosta inferior) Observações diretas sugerem uma subdivisão em 03 partes. Crosta Oceânica O modelo geofísico sugerido para esta sugere a presença de três camadas de rochas sobre o manto: A camada superior (camada 1), mais fina, apresenta velocidades sísmicas baixíssimas e é composta predominantemente por sedimentos inconsolidados. A camada intermediária (camada 2), de velocidades sísmicas mais alta, inclui rochas vulcânicas máficas (minerais de Fe e Mg) no topo e diques subvulcânicos máficos na base. A camada inferior (camada 3) deve ser composta por rochas plutônicas máficas Apresenta variações na espessura das camadas e, consequentemente, na espessura total da crosta. O manto é uma camada essencialmente sólida que separa o núcleo metálico e parcialmente fundido das rochas resfriadas e rígidas da crosta. O manto se estende até uma profundidade de 2.900 km e compreende 83% do volume da Terra e 67% de sua massa. É dividido em duas regiões sísmicas principais que acompanham grosseiramente a superfície concêntrica da Terra: o manto superior e o manto inferior, que são separados por uma descontinuidade sísmica a cerca de 670 km. O Manto O manto superior Situa-se abaixo da descontinuidade de Mohorovicic até a profundidade de cerca de 400 km (primeira descontinuidade mantélica) A densidade varia de 3,2 g/cm3 no topo até em torno de 3,6-3,7 g/cm3 a 400km. Densidade das rochas ricas em olivina magnesiana e piroxênio. Entre o Moho e ~250 km de profundidade, a velocidade de propagação das ondas sísmicas sofrem uma ligeira diminuição com o aumento da profundidade: ZONA DE BAIXA VELOCIDADE O principal tipo de rocha do manto é o peridotito (olivina + piroxênio) ou o eclogito (granada + piroxênio O manto superior A temperatura do solidus (início da fusão da rocha, no caso o peridotito) é superior à da geoterma (curva que relaciona a T com a profundidade no interior da Terra) sob pressões baixas e altas. Neste caso o manto permanece sólido. Se a T da geoterma excede a do solidus, o manto deve ficar parcialmente fundido, num intervalo correspondente a ZBV. A quantidade de líquido presente nesta zona é em torno de 2% no máximo. Suficiente para tornar o manto mais plástico. Ao descer através da crosta e do topo do manto superior, portanto, passamos, de uma parte RÍGIDA, acima da ZBV, para uma parte PLÁSTICA dentro da ZBV. Parte rígida : LITOSFERA Parte dúctil: ASTENOSFERA Outras descontinuidades do manto: 400 a 650 km: zona de transição caracterizada por pequenos aumentos de densidade devido a variação na composição química do manto. Os minerais com piroxênio e olivina adotam estruturas mais densas. Todas as transformações minerais são acompanhadas por aumentos das densidades e das velocidades de propagação das ondas sísmicas. De ~650 km até 100-300 km da descontinuidade de Gutenberg (2.900 km), o manto inferior é composto por silicatos ferromagnesianos de estrutura densa, por silicatos cálcio-aluminosos densos, óxidos de Mg, Fe e Al. Aumento da densidade de 4,0 g/cm3 para perto de 5,0 g/cm3 Zona D” Localiza-se entre 2.600 e 2.900 km. Apresenta propriedades sísmicas anômalas e variáveis. Revela uma diminuição das velocidades sísmicas com o aumento da profundidade. A origem e a natureza ainda especulativa. A Litosfera (100 km de espessura média) é a camada mais externa e rígida da Terra e inclui a crosta que reage ao stress como um sólido quebradiço, e a porção superior do manto superior, isto é, o manto litosférico; • forma as placas que se movem na superfície da Terra, conforme a teoria da tectônica de placas, e é caracterizada pela alta velocidade e eficiência de propagação das ondas sísmicas. Litosfera A Astenosfera, estendendo-se da base da litosfera até cerca de 250 km de profundidade, é comparativamente uma camada pouco rígida, que se deforma por deslizamento; • É a porção do manto superior onde provavelmente ocorrem os maiores movimentos convectivos, e consiste numa zona caracterizada pela baixa velocidade das ondas sísmicas, o que sugere a presença de uma fase parcialmente fundida. Astenosfera Localiza-se abaixo da ZBV, onde o manto está submetido a uma pressão mais alta, o que faz com que seja novamente pouco plástico e totalmente sólido. A Mesosfera é a região entre a base da Astenosfera (250 km) e o limite núcleo-manto (2.900 km), que inclui a porção inferior do manto superior e o manto inferior Mesosfera O Núcleo Os aumentos da densidade e da velocidade das ondas P, ao atravessarem a descontinuidade de Gutenberg, são muito grandes e não podem ser gerados por transformações minerais. As densidades calculadas para o núcleo sugere que o mesmo seja constituído por uma liga metálica de Fe e Ni. Núcleo externo: líquido, possui densidade menor que 10g/cm3, o que indica que a liga de Fe-Ni deve incorporar elementos como H, O, Na, Mg ou S. O Núcleo Núcleo interno: sólido, composto por liga de Fe-Ni. Cresce lentamente pela solidificação do núcleo externo; Gira com uma V maior que a do resto do planeta, o que sugereque numa época anterior todo o planeta girava com maior rapidez. Por estar isolado mecanicamente do resto do planeta pelo núcleo externo líquido, o núcleo interno mantém sua velocidade. O calor do Interior da Terra A radiação solar é responsável pelos fenômenos que ocorrem na superfície da Terra e na atmosfera, se tornando desprezível no interior da Terra. A energia para processos como a movimentação horizontal da litosfera sobre a astenosfera e a geração do campo geomagnético deve provir do calor da Terra. O mecanismo interno da Terra é governado pela energia térmica aprisionada durante a origem cataclísmica do planeta e gerada pela radioatividade em seus níveis mais profundos. O calor interior controla os movimentos no manto e no núcleo, suprindo energia para fundir rochas, mover continentes e soerguer montanhas O calor do Interior da Terra Fluxo geotérmico: definido como o produto da variação da temperatura com a profundidade (gradiente geotérmico), pela condutividade térmica das rochas daquela camada. Dependendo da composição, idade e natureza do material da litosfera e dos processos que ocorrem abaixo dela, o fluxo de calor varia com a região da Terra. As regiões de fluxo térmico mais elevado estão associadas ao sistema de dorsais meso- oceânicas. O calor do Interior da Terra A evidência do calor no interior da Terra está em todo lugar: vulcões, fontes quentes e temperaturas elevadas em minas e furos de sondagem. Aproximadamente a metade do fluxo total de calor da Terra é perdida no resfriamento de litosfera oceânica de idade cenozóica (< 65 Ma). O transporte de calor e as temperaturas no interior da Terra O transporte de calor no interior da Terra ocorre por dois processos: condução e convecção. A condução é um processo mais lento, com transferência de energia de uma molécula para as vizinhas. Acontece nos sólidos (é importante na crosta e litosfera) A convecção é um processo mais rápido e eficiente, com movimento de massa, que ocorre nos fluidos, quando o gradiente térmico excede um certo valor – gradiente adiabático. Convecção Acontece no núcleo externo e no manto que comporta-se como um líquido. A convecção no manto é essencial para explicar o movimento das placas tectônicas. Variações da Temperatura com a profundidade: Através de dados obtidos em furos de sondagem da crosta o gradiente geotérmico alcança valores de 30 a 40ºC por quilômetro. Se estes gradientes continuassem com o mesmo valor para o interior da Terra, as temperaturas próximas ao centro seriam tão altas que todo o material estaria fundido. O núcleo interno é sólido. Variação da Temperatura com a Profundidade: Variação da Temperatura com a Profundidade: Existem muitas dúvidas quanto as temperaturas vigentes no interior da Terra: Na interface manto-núcleo: centenas de ºC até talvez 1.500ºC. A temperatura dentro do núcleo externo pode ser da ordem de 6.000ºC. Acredita-se que o núcleo esteja se resfriando, com consequente aumento do volume do núcleo interno Tomografia Sísmica Obtêm-se distribuições tridimensionais das velocidades das ondas S, mostrando que, além das variações com a profundidade, existem consideráveis variações laterais no material no interior da Terra. Sua interpretação relaciona as zonas com velocidades sísmicas maiores que a normal com zonas mais densas e mais frias Enquanto as zonas com V sísmicas menores são zonas com rochas menos densas e mais quentes. O material mais denso tende a afundar, enquanto o menos denso tende a boiar: o interior da Terra contém celas de convecção em que o material está em movimento essencialmente vertical. ... e rochas mais frias Uma secção da tomografia através da Terra revela rochas quentes, tais como uma pluma do manto ascendendo a a partir do núcleo da Terra sob a África do Sul... Próximo à superfície terrestre, as rochas quentes na astenosfera atenuam a velocidade das ondas S, como é revelado pelas cores vermelho e amarelo ao longo dos centros de expansão do fundo oceânico. Movendo-se mais para o fundo, vemos a litosfera fria e estável do cráton continental (regiões azul e púrpura) e a astenosfera mais quente sob as bacias oceânicas (regiões vermelhas. Mais profundamente no manto, as feições já não coincidem com as posições continentais Próximo à fronteira núcleo-manto, os padrões das ondas S revelam regiões mais frias ao redor do pacífico, que podem ser o cemitério do mergulho das placas litosféricas.