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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2013 Juliana Martins Nathalia Costa Romário Araújo Thiago Jello Thiago Oliveira OFERTA E ELASTICIDADE SUMÁRIO 1. OFERTA E DEMANDA I. LEI DA OFERTA E DEMANDA II. DEMANDA III. VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA IV. OFERTA V. CURVA DA OFERTA 2. EMPRESA 3. FUNÇÃO PRODUÇÃO I. CUSTOS DE PRODUÇÃO 4. EQUILIBRIO DE MERCADO I. VARIAÇÕES NA OFERTA E DEMANDA II. INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO III. CONTROLE DE PREÇOS 5. ELASTICIDADE I. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA II. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RECEITA TOTAL DO PRODUTOR III. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA IV. ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA V. ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA VI. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA 1. OFERTA E DEMANDA LEI DA OFERTA E DEMANDA Oferta e Demanda são as duas forças que fazem as economias de mercado funcionar. Interagindo nos mercados, elas determinam a quantidade a ser produzida de cada bem e seu preço de venda, por conta disso, a lei da oferta e demanda é considerada a mais importante na economia de mercado livre (onde não são as autoridades econômicas que fixam os preços, que é o mercado controlado). DEMANDA Demanda é definida como a quantidade de um determinado bem que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo. A teoria da Demanda é derivada sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. O que se almeja é explicar o processo de escolha do consumidor perante as diversas alternativas existentes. Tendo um determinado limite de renda, o consumidor procurará distribuir seu orçamento entre os diversos bens de forma mais satisfatória. VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM A DEMANDA I – Preço do bem; II – Preço de outros bens; III – Renda do consumidor; IV – Gosto ou preferência do consumidor. OFERTA Pode-se conceituar oferta como a quantidade de um bem que um conjunto de produtores está disposto a oferecer ao mercado a um dado preço em determinado tempo. A oferta depende de vários fatores, entre eles, de seu próprio preço, do preço (custo) dos fatores de produção e das metas ou objetivos dos empresários. CURVA DA OFERTA Num regime de concorrência, quanto maior o preço de mercado de um bem, maior será a quantidade que os produtores estarão dispostos a oferecer. Essa relação direta entre preço e quantidade ofertada baseia-se no pressuposto de que as empresas produzem bens com o objetivo fundamental de obter lucro. E o preço relativo de um produto, em relação com os demais bens, é um determinante de lucro. Por isso quanto maior for o preço de um bem, mais lucrativa poderá ser a sua produção e maior será a sua oferta. A chamada função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e o preço de mercado (nível de preço), ceteris paribus. É a lei geral da oferta. . Representação gráfica da função oferta. O = f (P) 2. EMPRESA Empresa é a empreitada, a atividade, o acervo de bens, ou seja, as instalações, maquinarias e equipamentos. Empresário é aquele que assume essa condução, adquirindo, investindo, contratando, oferecendo enfim, todos os atos da gestão. Empresa pode ser conceituada como unidade produtora que tem como objetivo combinar fatores de produção com o intuito de oferecer ao mercado bens ou serviços, não importando qual seja o estágio de produção. São características das empresas a produção, na qual aglutinam, combinam e coordenam fatores de produção com a visão de transforma-los em produtos desejados pelo mercado e consequentemente obter seu objetivo principal; o lucro. São exemplos de fatores de produção: a semente, a terra, o trabalho, a matéria prima, etc. Fatores de produção são divididos em três categorias: Natureza, Trabalho, Capital. Ao combinar esses três fatores dando-lhes uma destinação econômica, a empresa remunera com quantias fixas ou variadas as partes que a compõe. Exemplo: Ao comprometerem-se com as três categorias apresentadas surge a quarta categoria de fator, cuja remuneração contrariamente às demais, não é nem fixa nem contratual, mas aleatória e residual: trata-se do lucro. Além dos fatores apresentados há outro fator que possui uma ação indireta, já que atua fora do âmbito da empresa, trata-se do Estado, pois, ao assegurar a ordem, a propriedade, a exigibilidade das obrigações assumidas a responsabilidade patrimonial e execução de tarefas na esfera econômica e social, cria as condições para o tranquilo e continuo desenvolvimento do processo econômico, por essas condições o Estado recebe sua remuneração: o Tributo. O Estado não é um fator de produção direto, pois sua atividade se destina a toda sociedade não se restringindo apenas às empresas. UM FATOR ESPECIAL: A TECNOLOGIA Entende-se como tecnologia a aplicação do conhecimento cientifico a uma atividade produtora, no início era tratado como algo estático, ou seja, somente ao estado da técnica. No entanto com o passar dos tempos este conceito mudou, hoje a tecnologia é considerada estratégica quer no campo da produção, quer no campo da comercialização, transporte etc. Por ser considerada como o mais estratégico fator econômico e de desenvolvimento, e compreensivo o grande investimento por parte das empresas e consequentemente sua utilização por parte de algumas como seu principal fator de produção. 3. FUNÇÃO PRODUÇÃO A empresa está condicionada pela manifestação dos preços relativos e por leis não apenas institucionais como também de caráter físico, técnico e tecnológico. Assim existe o fator produção que é a relação da quantidade de produtos fabricados e a quantidade de fatores aplicados no processo de produção. A fórmula da função produção é P = f (N,W, K) , onde nas suas notações internacionais N é de Nature (Natureza), aqui os fatores citados podem ser água, terra, ventos. O W é de Wages (Salário), que seria a remuneração das pessoas envolvidas no processo e por fim K de Kapital que é o capital investido em máquinas, pagamento de instalações, energia elétrica etc. Aumentando a quantidade de fatores da produção, a quantidade de produtos irá aumentar em maior ou menor proporção. Quando aumentada em maior proporção se da o nome de Rendimentos Crescentes, ou seja, a combinação de alguns fatores foi mais do que satisfatória para um crescimento de produção. Do contrário, o nome dado é rendimento decrescente. A função produção não tem como necessidade que os fatores produção sejam fixos. Com isso existe a chamada substituição de fatores, é possível substituir algum fator do processo por outro sem alterar o resultado final, por exemplo, para produzir 1000 sacas de milho, pode diminuir o fator terra e aumentar o fator capital, investindo em máquinas, fertilizantes, corretivos de solo etc. Do contrário seria possível também, aumentar o fator terra e diminuir o fator capital, as mesmas 1000 sacas de milho seriam produzidas. Chama-se isoquanta a curva desse processo de utilização de fatores diferentes para resultados iguais. Rendimentos decrescentes é o aumento excessivo de algum fator que resulta em menor produção do produto. O produto marginal de um fator de produção reduzirá conforme o aumento da quantidade utilizada desse fator. Isso equivale a dizer que quando se utilizam unidades adicionais de trabalho à produção total aumenta, mas a partir de certo ponto a produção marginal tende a decrescer devido à utilização de fatores menos produtivos (eficientes) para atender uma procura crescente. Pelo conceito de fertilidade marginal da terra (grau de produtividade da terra utilizada na produção). Por exemplo, numa plantação o produtor resolve investir mais em capital e aplicar mais fertilizantes sobre os vegetais, a partir de certa quantidade de aplicação aquilo irá deixar de ter efeito e a terra poderá agir negativamente, não produzindo mais. Para esse fenômeno se da o nome de produtividade marginal daquele fator. CUSTOS DE PRODUÇÃO O que determina a decisão da empresa pela maneira de produzir são os preços de produção, pois a empresa visa essencialmente o lucro. Compreendido entre a variação dos custos de produção e o preço do produto final no mercado. São considerados cinco custos para a empresa: 1. Custo direto ou variável – São os custos que variam de acordo com a quantidade produzida. Exemplo: se quiser produzir 5000 sacas de café será preciso mais mão de obra, mais energia elétrica para as máquinas e etc. 2. Custo indireto ou fixo – São custos que não depende da quantidade produzida, sendo gastos incorridos da empresa, exemplo: equipamentos, instalações e aluguel. 3. Custo médio – é a somatório do custo total dividido pela quantidade produzida. Esse custo médio vai decrescendo assim que número de unidades produzidas cresce, por exemplo, se o custo fixo inicial foi muito elevado o custo médio também será. 4. Custo marginal - É o custo de produção de um produto a mais. É o acréscimo de custo total de uma produção por mais uma unidade. Numa situação normal, o custo marginal começa por decrescer à medida que se aumenta a quantidade produzida, situação que se justifica pelo fato de existirem custos fixos que se diluem em quantidades maiores (é o chamado efeito de escala). Contudo, a partir de certa altura, os ganhos proporcionados pelo efeito de escala deixam de ser suficientes para contrariar os acréscimos de custos originados pelo aumento dos próprios custos variáveis, originando um aumento dos custos marginais. Este aumento dos custos variáveis é uma consequência direta da Lei das Produtividades Marginais Decrescentes cujos efeitos são tanto maiores, quanto maiores forem as quantidades produzidas. 5. Custo social - Abrange os custos advindos da produção de certo produto (custo privado) e os custos externos à firma, que são percebidos pela sociedade como um todo. Exemplo: poluição, congestionamento. 4. EQUILÍBRIO DE MERCADO Equilíbrio de Mercado caracteriza-se pela convergência entre a quantidade ofertada e a quantidade demandada, ou seja, esse equilíbrio se dá quando oferta e demanda se encontram em nível de equivalência. Existirá equilíbrio estável em um mercado de concorrência perfeita quando o preço de mercado tende a ser mantido. Por exemplo: Preço ($) Quantidade Procurada (Demanda) Ofertada 1,00 11.000 1.000 Excesso de procura (escassez de oferta) 3,00 9.000 3.000 Excesso de procura (escassez de oferta) 6,00 6.000 6.000 Equilíbrio entre oferta e procura 8,00 4.000 8.000 Excesso de oferta (escassez de procura) 10,00 2.000 10.000 Excesso de oferta (escassez de procura) Conforme se nota na tabela, o equilíbrio entre oferta e demanda se dá no momento em que o preço é igual a R$ 6,00. O preço e a quantidade de equilíbrio atendem às aspirações dos consumidores e ofertantes ao mesmo. Se a oferta estiver abaixo do ponto de equilíbrio, haverá uma escassez do produto. Haverá filas em busca do produto e competição entre os consumidores, já que a quantidade ofertada não será suficiente para todos os possíveis compradores. Será necessária, então, a elevação do preço para que a demanda caia até que se atinja o ponto de equilíbrio. Caso a quantidade ofertada se encontre acima do ponto de equilíbrio, haverá um excedente de produção, ou seja, um excesso do produto nos estoques. Essa situação pode ser prejudicial à empresa, já que ela precisa pagar pelos custos da produção. Logo, haverá uma competição entre os ofertantes, que deverão baixar os preços para aumentar as vendas, voltando assim ao equilíbrio. Há uma tendência natural no mercado de atingir e permanecer em uma situação de equilíbrio de compras e vendas, quando não há interferências do governo ou de oligopólios no mercado e na livre movimentação dos preços. VARIAÇÕES NA OFERTA E DEMANDA Se a demanda ou a oferta, ou ambas se deslocam, o ponto de equilíbrio também irá sofrer alterações. Um aumento na demanda causa um aumento no preço e na quantidade de equilíbrio. Por outro lado, um aumento na oferta leva à uma redução no preço de equilíbrio. Vários fatores podem provocar variações na oferta e na demanda, causando alterações no ponto de equilíbrio. Alguns deles são: o preço do produto, a quantidade de empresas no setor, o aumento na renda do consumidor, alteração dos custos dos fatores de produção (matéria-prima, mão-de-obra,...), nível de conhecimento tecnológico, etc. Por exemplo, hipoteticamente, há um celular no mercado que custe R$ 600,00, e há também uma elevação dos salários dos consumidores. A demanda pelo celular ao preço inicial irá crescer e irá provocar alteração no ponto de equilíbrio (mais compradores/maior demanda). Aos poucos haverá um excesso de demanda e uma escassez de oferta, já que começará a faltar produto no mercado. Para que a empresa atinja o ponto de equilíbrio, será necessária a elevação do preço do celular, causando uma redução nas compras até que o excesso de demanda acabe. INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO O governo cria políticas econômicas para evitar abusos de mercado e satisfazer as necessidades sociais e interferem no equilíbrio de mercado ao fixar impostos, preços mínimos para produtos agrícolas e tarifas alfandegárias, ao dar subsídios, ao provocar reajuste no salário mínimo, ao decretar tabelamento ou ao congelar preços e salários. Nos sistemas de tributação, quem recolhe o tributo é a empresa, mas geralmente quem arca com isso é o consumidor. Os tributos podem ser impostos, taxas ou contribuições de melhorias. Os impostos se dividem em: Impostos Diretos – são aqueles que incidem sobre a renda e o patrimônio, cobrado sem intermediação e não transferível para outras pessoas. Como o Imposto de Renda (IR), IPVA e o IPTU. Impostos Indiretos – são aqueles que incidem sobre o consumo ou sobre as vendas. Como o ICMS e o IPI. Os impostos indiretos podem ser: Imposto específico – o valor é especificado e fixado, independentemente do valor da unidade do produto vendido. Imposto ad valorem – percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. Os impostos indiretos acabam prejudicando os mais pobres já que eles tendem a consumir uma parcela maior de suas rendas. No Brasil, a maioria dos impostos é cobrada de forma indireta, do gênero ad valorem. Tabelamentos – coíbem abusos por parte dos vendedores, controlam bens de primeira necessidade e refreiam o processo inflacionário. Política de preços mínimos na agricultura - O preço mínimo é uma imposição do governo, através de regulações ou impostos, que tem como fim o estabelecimento de uma remuneração mínima a um produto, oferecendo uma garantia de preço aos produtores agrícolas. CONTROLE DE PREÇOS O governo estabelece um preço máximo e um preço mínimo para determinado produto, podendo assim regular as práticas do mercado. Essa política é utilizada pelo governo em situações "injustas" ou "desleais" tanto para consumidores como para vendedores. Preço máximo – Limite máximo ou maior preço ao qual um determinado bem pode ser comercializado no mercado. Preço mínimo – Limite mínimo ou menor preço ao qual um determinado bem pode ser comercializado no mercado. 5. ELASTICIDADE Cada produto tem uma sensibilidade específica com relação às variações dos preços e da renda. Essa sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade. A elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, coeteris paribus. O conceito de elasticidade representa uma informação bastante útil tanto para as empresas como para a administração pública. Nas empresas, a previsão de vendas é de extrema importância, pois permite uma estimativa da reação dos consumidores diante de alterações nos preços da empresa, dos concorrentes e em seus salários. Para o planejamento público, a elasticidade é de igual importância, pois pode-se prever, qual o impacto de uma desvalorização cambial, ou qual a sensibilidade dos investimentos privados a alterações na tributação ou na taxa de juros. Um produto elástico responde/reage bastante a pequenas mudanças de outras variáveis. Do mesmo modo, um produto inelástico não reage a mudanças em outras variáveis. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA É a reação relativa da quantidade demandada de um bem às variações de seu preço, coeteris paribus. A mensuração é calculada da seguinte forma: E = |variação percentual da quantidade demandada| |variação percentual no preço| As diferentes situações da demanda, com respeito à elasticidade-preço são: a) demanda perfeitamente inelástica = a demanda não reage a mudanças de preços; b) demanda inelástica = a demanda reage pouco a mudanças de preços; c) demanda de elasticidade unitária = a demanda reage proporcionalmente a mudança de preços; d) demanda elástica = a demanda reage mais do que o comum a mudança de preços; e) demanda perfeitamente elástica = a demanda reage muito a mudança de preços. Neste conceito, podem-se classificar os produtos em elásticos ou inelásticos, de acordo com a sua demanda. FATORES QUE INFLUENCIAM O GRAU DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA: Existência de bens substitutos: quanto mais substitutos houver para um produto, mais elástica será sua demanda, pois variações do preço para cima, farão com que o consumidor passe a adquirir o seu substituto. Essencialidade dos produtos: se o produto é essencial, sua demanda será pouco sensível à variação de preço, portanto, demanda inelástica. Importância do produto, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: quanto maior o gasto com produto, mais sensível torna-se o consumidor a alterações de preço. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E RECEITA TOTAL DO PRODUTOR A receita total do produtor corresponde ao valor arrecadado com a venda do produto, e é calculada pela quantidade vendida vezes o valor unitário do produto. RT= QxP RT= Receita Total Q= Quantidade vendida P= Preço do produto A receita total do produtor dependerá da reação dos consumidores, ou seja, da elasticidade-preço da demanda nas seguintes possibilidades: Demanda elástica: a redução do preço do produto provocará um aumento na demanda, consequentemente, uma elevação na quantidade vendida, o que levaria a um aumento da receita total, pois trata-se de um mercado em que a demanda é sensível a variação de preços. Inversamente aconteceria se houvesse o aumento do preço, a demanda cairia, e a receita total reduziria. Demanda inelástica: este mercado não é sensível a variações de preço e, geralmente, são produtos essenciais, e um aumento de preços, não diminuiria a demanda que continuaria a comprar e, consequentemente, aumenta a receita total. Uma redução de preços, provocaria uma redução da receita total. Demanda de elasticidade unitária: aumento ou redução no preço não afetam a receita total, já que a variação de preço corresponde a variação na quantidade, contudo, em sentido contrário. ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA E INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA A administração pública pode utilizar a elasticidade para concluir qual tipo de produto garantirá uma melhor arrecadação tributária. Apesar das empresas recolherem impostos, boa parte deles ficam por conta do consumidor final, situação essa em que as empresas repassam parte deste ônus tributário ao preço dos produtos. Demanda Inelástica: quanto mais inelástica for, maior será a implementação de impostos repassada ao comprador, pois trata-se de um produto que consumidor, por vias de necessidade, não tem como diminuir o consumo. Demanda Elástica: quanto mais elástica for, menor será a implementação de impostos repassada ao comprador. As próprias características do mercado de demanda elástica proporciona esta situação, seja pela concorrência, seja pela não essencialidade ou seja pelo não alcance da maioria dos consumidores. ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA Este tipo de elasticidade, trata-se de um ponto de vista da sensibilidade da demanda de produtos de acordo com as variações na renda do consumidor. A elasticidade-renda da demanda é importante para ilustrar o cenário do comércio internacional, em que, os países desenvolvidos, onde há melhor distribuição de renda, exportam produtos elásticos, manufaturados e com maior valor agregado, enquanto, os países subdesenvolvidos, com pior distribuição de renda, exportam produtos inelásticos, básicos como as commodities. Logo, é possível entender quais os determinantes para o comércio internacional. ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA A elasticidade-preço cruzada da demanda mede a variação na demanda de um produto X em decorrência da variação no preço de um produto Y. São dois os tipos de produtos analisados desta maneira: Substitutos: um aumento no preço da manteiga deve provocar um aumento na demanda da margarina. Complementares: uma diminuição no preço do café deve provocar um aumento na demanda de açúcar e adoçantes. ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA A elasticidade-preço da oferta mensura a sensibilidade da quantidade ofertada de um bem a variações em seu preço. As ofertas podem ser: Oferta Elástica: a quantidade ofertada varia de acordo com o preço do mercado; Oferta de elasticidade unitária: a quantidade ofertada varia proporcionalmente com o preço do mercado; Oferta Inelástica: a quantidade ofertada não varia de acordo com o preço do mercado. FATORES DETERMINANTES: A disponibilidade dos insumos: quanto maior for a capacidade de produção decorrente de matéria-prima, mão de obra e capital, maior será a possibilidade de uma quantidade ofertada acima do normal. Se o produtor não possuir tamanha capacidade irá se encontrar limitado à produção de uma quantidade de oferta razoável. Tempo: a dimensão do tempo gasto na produção de um produto pode não satisfazer o percentual da demanda em determinado prazo de tempo. Quanto maior for o prazo de produção do produto, mas elástica é a oferta. Quanto menor for o prazo de produção do produto, mais inelástica é a oferta. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS NUSDEO, Fabio. Curso de Economia. Capítulo 12 – Microeconomia Oferta. Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2005. VASCONCELLOS, Marco Antônio e GARCIA, Manoel. Fundamentos de Economia. Ed. Saraiva, São Paulo, 2002. SILVA, Adelphino Teixeira. Iniciação a Economia. Ed. Atlas, São Paulo, 2006. SOUZA, Nali de Jesus. Curso de Economia. Ed. Atlas, São Paulo, 2003.