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1 AULA 04 Disciplina: MODELAGEM MATEMÁTICA EM SISTEMAS AMBIENTAIS Professora: Kátia Rejane Freitas do Nascimento, D. Sc. 2 Modelagem Notas de aula elaboradas com base em: � CHRISTOFOLETTI, Antônio, 1999, 1 ed. Modelagem de Sistemas Ambientais, Editora Blucher. � SPERLING, Marcos Von, 2007, Estudos e Modelagem da Qualidade da Água de Rios – vol 7, Editora UFMG. � COLLISCHONN, W . – IPH - UFRGS. Introduzindo Hidrologia. 3 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Sistemas de unidades � Sistema Internacional (SI) � Grandezas fundamentais de interesse: � Massa – kg � Comprimento – m � Tempo - s � Unidades práticas de uso convencional 4 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Unidades práticas de uso convencional � Na representação da qualidade da água, a massa é muitas vezes representada por grama (g), miligrama (mg) ou micrograma (µg). � Volume – L3 (m3 ) ou litro (L) � A concentração de um constituinte – massa/volume – g/m3, mg/L, µg/L � Vazão – volume/tempo - m3/s ou L/s � Tempo – s, h, d 5 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da atuação do homem. � Condições naturais – tem grande influência a cobertura e a composição do solo. � Interferência humana – tem influência o uso e ocupação do solo. 6 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Água bruta � Água tratada � Água usada (esgoto bruto) � Esgoto tratado � Água pluvial � Corpo receptor � Reúso 7 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Parâmetros de qualidade da água � Características Físicas � Características Químicas � Características Biológicas � Padrões de qualidade da água � Padrão de potabilidade � Padrão de corpos d´água � Padrão de lançamento 8 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Parâmetros físicos e físico-químicos � Oxigênio dissolvido (OD) � Matéria orgânica � Nitrogênio � Fósforo � Temperatura � pH � Micropoluentes inorgânicos � Micropoluentes orgânicos � Parâmetros biológicos 9 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � Parâmetros físicos e físico-químicos � Oxigênio dissolvido (OD) � Matéria orgânica � Nitrogênio � Fósforo � Temperatura � pH � Micropoluentes inorgânicos � Micropoluentes orgânicos � Parâmetros biológicos 10 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água � O principal efeito ecológico da poluição orgânica em um curso d´água é o decréscimo dos teores de oxigênio dissolvido. � Este decréscimo está associado a DBO � DBO padrão DBO520 0C 11 Introdução a modelagem matemática da qualidade da água 12 Modelagem � Exercício: Cálculo da DBO a vários dias � (Ref. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios – Marcos Von Sperling) � A interpretação da análise de laboratório de uma amostra de água de um rio a jusante de um lançamento de esgotos conduziu aos seguintes valores: � A) Coeficiente de desoxigenação K1=0,25 d-1 � B) demanda última L0 = 100mg/L � Calcular a DBO exercida a 1, 5 e 20 dias, gerar o gráfico, fazer a interpretação do modelo e dar um parecer de enquadramento utilizando a CONAMA 357/05. � Utilizar a equação Y=L0(1 – e –k1.t) 13 Modelagem Notas de aula elaboradas com base em: � CHRISTOFOLETTI, Antônio, 1999, 1 ed. Modelagem de Sistemas Ambientais, Editora Blucher. 14 Modelagem � Definição e tipo de modelos. � Modelo é qualquer representação simplificada da realidade ou de um aspecto do mundo real que surja como de interesse ao pesquisador, que possibilite reconstruir a realidade, prever um comportamento, uma transformação ou uma evolução. 15 Modelagem � Modelo segundo Haggett e Chorley é; � “Uma estruturação simplificada da realidade que supostamente apresenta, de forma generalizada, características ou relações importantes. Os modelos são aproximações altamente subjetivas, por não incluírem todas as observações ou medidas associadas, mas são valiosos por obscurecerem detalhes acidentais e por permitirem o aparecimento dos aspectos fundamentais da realidade.” 16 Modelos � Os modelos são aproximações altamente subjetivas, por não incluírem todas as observações ou medidas associadas, mas são valiosos por obscurecerem detalhes acidentais e por permitirem o aparecimento dos aspectos fundamentais da realidade. 17 Tipologia de modelos � Em geomorfologia 1. Modelos análogos naturais 2. Análogos abstratos 3. Modelos que sintetizam sistemas � Em hidrologia 1. Classificação baseada em processos 2. Classificação baseada em escalas temporais 3. Classificação baseada na escala espacial 4. Classificação baseada nas técnicas de resolução � Simulação em hidrologia � Em climatologia 18 Modelagem � Modelos análogos naturais � Análogos históricos Agrupam os fenômenos em relação ás suas posições imaginadas nas sequencias controladas pelo tempo Ex. geomorfológicos � Análogos espaciais Relacionam um conjunto de fenômenos a outros, pressupondo as observações sobre uma paisagem ou sobre um processo em determinado lugar (mais fácil de fazer, auxiliará no entendimento de outras áreas) 19 Modelagem � Análogos abstratos A pesquisa pode ser melhor realizada pela análise da estrutura do sistema envolvido na problemática focalizada pela pesquisa. Separando em partes, de modo que o funcionamento de cada parte e as interações entre elas possam ser examinadas, levando a uma organização. Ex. análise quantitativa ligada a Geociências Análise hidrológica em bacias 20 Modelagem � Análogos abstratos � Modelos Experimentais Baseiam-se na construção de experimentos visando simular concretamente as características e a composição dos sistemas ambientais, a fim de exercer o controle sobre as variáveis e compreender a dinâmica do processo. Os modelos análogos tendem a ser substituídos pelos procedimentos de informática, cujos programas funcionam considerando a combinação de dados sobre as variáveis colhidas em experimentos ou mensurados no mundo real e a modelagem matemática 21 Modelagem � Análogos abstratos � Modelos Matemáticos São abstrações no sentido de substituir objetos, forças, eventos, etc, por uma expressão que contém variáveis, parâmetros e constantes matemáticas. � Modelos Deterministico � Modelos Probabilístico 22 Modelagem � Modelos Matemáticos � Modelos Deterministico São baseados nas noções matemáticas clássicas de relações exatamente previsíveis entre variáveis independentes e dependentes e consistem num conjunto de afirmações matemáticas especificadas (deduzidas da experiência ou da intuição), a partir das quais conseqüências únicas podem se deduzidas pela argumentação matemática. Esses modelos geralmente encontram-se fundamentados no conhecimento, ou nas pressuposições, sobre as leis dos processos físicos e químicos. 23 Modelagem � Modelos Matemáticos � Modelos Probabilístico Modelos probabilísticos ou estocásticos: são expressões que envolvem variáveis, parâmetros e constantes matemáticas, juntamente com um ou mais componentes aleatórios resultantes de flutuações imprevisíveis dos dados de observação ou da experimentação. 24 Modelos Matemáticos � Os modelos probabilísticos são as bases para a simulação, podendo assumir três caminhamentos: � Simulação de Markov, que se baseia nos estados procedentes do sistema para simular os estados posteriores. Representa uma cadeia de acontecimentos sucessivos. � Ex. usado para analisar propriedades topológicas de redes de drenagem em área deltaicas, cavernas calcárias, perfis longitudinais derios, etc � Simulação de Monte Carlo, na qual o evento simulado é independente dos estados prévios do sistema. Esse modelo ainda foi pouco utilizado em geomorfologia, mas é amplamente utilizado em estudos hidrológicos. � Modelos de otimização, promovendo a maximização ou minimização de alguma força ou critério. � Ex. estudos de eficiência máxima ou custos mínimos. 25 Modelagem � Modelos que sintetizam sistemas O objetivo é compreender o sistema como um todo em vez de se basear no estudo detalhado de elementos individuais do sistema ou numa determinada sequência encadeante dos processos envolvidos em uma categoria de fluxo. � Tais modelos permitem avaliações e referem-se, em sua complexidade organizacional, aos níveis denominados de caixas branca, cinza e preta. 26 Modelagem � Modelos em Hidrologia � Podem ser classificados conforme três critérios: � descrição de processos � grandezas escalares � técnicas de resolução � São referências úteis a todos os setores envolvidos com a modelagem de sistemas ambientais. 27 Modelagem � A grandeza da escala temporal pode ser utilizada como critério para distinguir tipologias de modelos em Hidrologia e Climatologia. � Pode ser : � Tempo-contínuo ou eventos � Período diário � Período mensal � Períodos anuais � Geralmente os dados são disponíveis nessas escalas temporais, se tiver os dados em minutos ou segundos, faz-se ajustes do modelo. � A escolha do intervalo de tempo a ser empregado sempre está ligada ao objetivo que se pretende na modelagem. 28 Modelagem � Classificação baseadas em escalas espaciais Leva em conta o tamanho da bacia hidrográfica, pequena, média e grande sendo que o limite de grandeza é definido levando em consideração as possibilidades de análise e disponibilidade de informação em vez do significado físico e dinâmico. 29 Modelagem � Classificação baseada nas técnicas de resolução � Numéricos � Diferenças Finitas � Elemento finito � Análogos � Analíticos 30 Modelagem � Classificação dos modelos de simulação em Hidrologia � Classificação dos modelos em Climatologia Por conta da carência ou inexistência de dados usa-se modelos de simulação Simulação é definida como a descrição matemática da resposta de um sistema hidrológico de recursos hídricos a uma série de eventos durante um predeterminado período de tempo. 31 Modelagem � Em hidrologia, por exemplo, a simulação pode ser aplicada para calcular a média diária, mensal, ou sazonal do escoamento fluvial, utilizando como base os dados de precipitação. 32 Modelagem � Classificação dos modelos em Climatologia O objetivo da modelagem em climatologia é simular os processos e predizer os efeitos resultantes nas mudanças e nas interações internas. � Modelos climáticos globais � Modelo de previsão de tempo � Modelos de impactos climáticos � Modelagem climática geral relacionada com a ecologia, condições sociais e econômicas. � Modelos integrados de avaliação � Coerência avaliativa das mudanças climáticas nas relações entre os aspectos sociais, políticos econômicos e entre os aspectos físicos e biológicos. 33 Modelagem � Exercício: Cálculo da DBO a vários dias � (Ref. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios – Marcos Von Sperling) � A interpretação da análise de laboratório de uma amostra de água de um rio a jusante de um lançamento de esgotos conduziu aos seguintes valores: � A) Coeficiente de desoxigenação K1=0,25 d-1 � B) demanda última L0 = 100mg/L � Calcular a DBO exercida a 1, 5 e 20 dias, gerar o gráfico, fazer a interpretação do modelo e dar um parecer de enquadramento utilizando a CONAMA 357/05. � Utilizar a equação Y=L0(1 – e –k1.t) 34 Solução: 35 Solução: