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1 Voltemos ao nosso histórico Nas edições de 1997 e 1999, os alunos matriculados nas 4ª e 8ª séries foram avaliados em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, e os alunos de 3º ano do Ensino Médio em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia. É importante ressaltar que a partir da edição de 2001, o Saeb passou a avaliar apenas as áreas de Língua Portuguesa e Matemática. Tal formato se manteve nas edições de 2003, 2005, 2007, 2009, 2011. O Saeb foi reestruturado pela Portaria Ministerial nº 931, de 21 de março de 2005, passando a ser composto por duas avaliações: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) sendo que: A Aneb manteve os procedimentos da avaliação amostral (atendendo aos critérios estatísticos de no mínimo 10 estudantes por turma), das redes públicas e privadas, com foco na gestão da educação básica que até então vinha sendo realizada no SAEB. A Prova Brasil (Anresc), por sua vez, passou a avaliar de forma censitária as escolas que atendessem a critérios de quantidade mínima de estudantes na série avaliada, permitindo gerar resultados por escola. Podemos inferir que a Prova Brasil se destina a avaliar os alunos das escolas públicas de ensino fundamental para fornecer os dados sobre o nível de aprendizagem, permitindo que os gestores possam planejar as estratégias para diminuir o fracasso escolar. De acordo com o Inep, a Prova Brasil foi idealizada com o objetivo de atender a demanda dos gestores públicos, educadores, pesquisadores e da sociedade em geral por informações sobre o ensino oferecido em cada município e escola. O objetivo da avaliação é auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar, no estabelecimento de metas e na implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da qualidade do ensino. 2 Além desses exames, no ano de 2008, para analisar os condicionantes do baixo nível de desempenho em Língua Portuguesa contatados no SAEB e ter mais clareza e detalhes sobre como se dá o processo de alfabetização nas escolas públicas, o MEC introduziu uma avaliação para ser feita com as crianças que estavam no segundo ano de escolarização denominando-o de Provinha Brasil. A Provinha Brasil No site do Inep, no tópico desse exame, encontramos a seguinte informação: a Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em 2 etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e aos gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso permitindo conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado. Aqui cabe uma ressalva sobre os efeitos na escola da aplicação dessa prova. Pelo relato ouvido de professoras da rede municipal existe uma possibilidade da professora ajudar aos alunos que não conseguem responder satisfatoriamente ao que lhe é perguntado. Dessa forma, podemos discutir e refletir, sobre a validade desse instrumento como possível indicador do nível de leitura e escrita das crianças das escolas públicas. Não temos dados que comprovem a extensão e mesmo a veracidade da informação, mas a finalidade e os resultados, no meu entendimento, podem ficar comprometidos. No entanto, o lado positivo é que, pelo fato de ser realizado na própria escola do aluno o professor recebe as respostas na hora e pode identificar as dificuldades, diretamente do seu aluno, não tem que esperar que o avaliador externo envie um relatório. 3 Na verdade, a Provinha Brasil não tem a finalidade de escalonar, nem de medir, somente de propiciar uma visão mais clara das dificuldades enfrentadas pelos alunos e pelos alfabetizadores. As respostas desejadas são de natureza pedagógica. As decisões visam a melhorar o desempenho dos alunos da escola pública na leitura e na escrita. No dizer do próprio MEC: “Espera-se com ele o aperfeiçoamento e a reorganização das práticas pedagógicas de alfabetização e letramento, contribuindo para o desenvolvimento e o aprendizado das crianças”. Finalmente, temos a ressaltar que existem outros exames que os alunos da educação básica participam: o ENEM, o ENCEJA e o PISA. Esses instrumentos buscam analisar o rendimento escolar dos alunos com objetivos diferenciados. O ENEM O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM - é o exame aplicado anualmente aos alunos do Ensino Médio de escolas públicas ou particulares, que estejam concluindo o último ano ou aos já formados. Não é obrigatório e o próprio aluno se inscreve. Ele pode acessar o seu resultado na internet usando o seu número de inscrição e senha. O exame atualmente tem a dupla função de certificar a conclusão desse nível de ensino e permitir o ingresso na educação superior sem a realização do exame vestibular levando em conta a nota obtida e os critérios de cada instituição. O ENCEJA O Exame Nacional de Certificação de Competência da Educação de Jovens e Adultos – ENCEJA - é um exame para certificar o ensino fundamental e o ensino médio dos alunos da educação de jovens e adultos. 4 O PISA O Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA - é um exame internacional, aplicado a cada 3 anos, desenvolvido e coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico a jovens na idade de 15 anos que estejam matriculados pelo menos no 8º ano do Ensino Fundamental, independente da natureza administrativa da escola: pública ou privada. As provas são de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. Cada ano é dado relevância a um desses conteúdos. O Brasil envia para a coordenação do exame uma relação contendo os nomes dos alunos e é estabelecida uma amostra estatisticamente proporcional às regiões brasileiras totalizando no máximo 10 mil participantes. O país foi convidado a participar desde o ano de 2000 e nossos alunos não têm tido um bom resultado diante dos países mais desenvolvidos. Vêm ocupando uma das últimas posições. As razões para o baixo desempenho de nossos alunos são atribuídas ao fraco domínio da leitura e da escrita e a incapacidade de estabelecer um raciocínio matemático e científico ao nível dos jovens dos países desenvolvidos. O nosso aluno, na faixa etária de 15 anos, demonstra menor domínio dos conteúdos estudados do que os de outros países. Os estados e os municípios podem realizar os seus próprios sistemas de avaliação, mas não podem se omitir de participar dos exames nacionais. Caro aluno, passamos agora para a evolução histórica da institucionalização de um modelo de avaliação na Educação Superior no Brasil.