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�PAGE � UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES� URI - CAMPUS DE SANTO ÂNGELO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE PEDAGOGIA TAMARA MUCHA O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Santo Ângelo 2012� TAMARA MUCHA O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: AVALIAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada no Curso de Pedagogia, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, pelo Departamento de Ciências Humanas, Campus de Santo Ângelo. Orientadora: Profª. Msª. Eliane de Lourdes Felden Santo Ângelo 2012 � Tamara Mucha O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada no Curso de Pedagogia, como requisito parcial para obtenção do titulo de Pedagoga, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, pelo Departamento de Ciências Humanas, Campus de Santo Ângelo. Aprovado em BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________ Profª. Ms. Eliane de Lourdes Felden – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões ___________________________________________________________________ Profº. Dr. Cênio Back Weyh – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões ___________________________________________________________________ Profº. Dr. Leo Zeno Konzen – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Conceito:_____________________________ Santo Ângelo - RS Agosto/2012� AGRADECIMENTOS� Agradeço primeiramente a Deus pela força, pelas vivências, oportunidades, experiências e conhecimentos, pela sabedoria e paciência que me foram concedidas para que eu pudesse concluir esse trabalho. À minha família, minha mãe Maria de Lourdes Mucha, ao meu pai Jose Paulo Mucha(in memoria), aos quais me conceberam a vida, pelo apoio e constante motivação, ao meu irmão Alessandro Mucha, que sempre me ajudou quando precisei, acreditando que eu conseguisse concluir mais essa etapa e ao meu pai de coração Airton P. C. Vega o qual sempre me incentivou nessa caminhada. Ao meu namorado Cleber Augusto Diesel pelas conversas e discussões, pelo auxílio e incentivo principalmente quando as ideias e as palavras pareciam não existir, pela paciência, companheirismo e compreensão dos momentos em que estive ausente e por nunca desistir de mim, sempre me estimulando nesta longa jornada. Agradeço também a todos os professores que me acompanharam durante a graduação, em especial a Profª. Msª. Eliane de Lourdes Felden, minha orientadora, por quem tenho muita admiração e respeito, pelo tempo concedido e pelas boas conversas que tivemos, pelo incansável apoio e ajuda, sempre buscando o melhor quando necessário, pelas suas ideias e experiências importantes para a realização desta pesquisa. A todas as crianças com quem, direta ou indiretamente, tive e terei o prazer de conviver, razão principal pela qual realizei essa pesquisa em busca de novos conhecimentos sobre a educação infantil. Aos meus amigos e colegas que de alguma maneira também me auxiliaram nessa etapa, sendo todos importantes para a conclusão dessa pesquisa. Muito obrigada a todos!� Claro que há respostas certas e erradas. O equívoco está em ensinar ao aluno que é disto que a ciência, o saber, a vida são feitos. E com isto, ao aprender as respostas certas, os alunos desaprendem a arte de se aventurar e de errar, sem saber que, para uma resposta certa, milhares de tentativas erradas devem ser feitas. Espero que haja um dia em que os alunos serão avaliados também pela ousadia de seus vôos... Pois isto também é conhecimento (RUBEM ALVES). � RESUMO� Esta pesquisa tem como foco de estudo O Processo de Avaliação no Contexto Escolar: A Avaliação na Educação Infantil, que tem por objetivo Compreender a avaliação na educação infantil, a partir de estudos teóricos e aportes legais, que indicam estratégias teórico-metodológicas para qualificar esse processo. É uma pesquisa bibliográfica, que examina as legislações vigentes e importantes referenciais teóricos que tratam do tema. Os autores que apóiam o estudo são: Barbosa (2004, 2008), Bassedas, Huguet e Solé (1999), Hoffmann (2004, 2010, 2011), Luckesi (1995), Oliveira (2011), Vasconcellos (2008), Zabala (2010) entre outros que estudam esse campo da educação. Na realização da pesquisa buscou-se fazer uma reflexão sobre os fundamentos históricos das escolas de educação infantil e sobre a avaliação na educação infantil, apresentando e discutindo algumas tendências pedagógicas que influenciam na ação do educador no momento de avaliação e alguns instrumentos que podem auxiliar nesse processo. A partir dos teóricos estudados pode-se perceber como acontece o processo de avaliação, no qual foi possível observar que alguns pontos ainda precisam ser repensados pelos professores em sua prática. Contempla-se que muitos educadores tem consciência da importância de uma avaliação de qualidade na educação infantil, mas muitas vezes não avaliam os seus alunos adequadamente por não conhecer teorias que o orientem nessa direção. Compreendeu-se que o professor precisa ter um olhar teórico-reflexivo sobre o seu contexto social e a partir disso utilizar-se de instrumentos adequados favorecendo o processo de desenvolvimento do seu aluno. A avaliação na educação infantil pressupõe realizar de forma adequada a observação e o registro de todos os momentos vivenciados pela criança ao longo das atividades educativas, possibilitando assim desenvolver as suas habilidades e ajudar na sua formação. Os principais instrumentos de avaliação apontados pelos teóricos são: a observação, a pauta de observação, o portfólio, a escuta pedagógica, os relatórios e pareceres descritivos. Refletir sobre a avaliação contribui para que o professor possa acompanhar o processo de construção do conhecimento do aluno. Palavras-chave: Avaliação. Avaliação na Educação Infantil. Estratégias teórico-metodológicas. � ABSTRACT� This research study focuses on the Assessment Process in the School Context: Assessment in Early Childhood Education, which aims to understand the assessment in early childhood education, from theoretical and legal contributions, indicating theoretical and methodological strategies to qualify this process. It is a literature that examines the current laws and major theoretical frameworks that deal with the subject. The authors who support the study are: Barbosa (2004, 2008), Bassedas, Huguet and Solé (1999), Hoffmann (2004, 2010, 2011), Luckesi (1995), Oliveira (2011), Vasconcellos (2008), Zabala (2010) and others who study this field of education. For this research we sought to reflect on the historical foundations of the preschools and the assessment in early childhood education, and presents some pedagogical trends that influence the action of the educator at the time of evaluation and some tools that can assist in this process. From the theoretical study can be seen as in the evaluation process, in which it was observed that some points still need to be rethought by teachers in their practice. Contemplates that many educators have consciousness of the importance of a quality early childhood education, but often do not assess their students adequately for not knowing that the guiding theories in this direction. It was understood that the teacher must have a theoretical-reflective about their social context and from that make use of appropriate instruments favoring the development of your student. Assessment in early childhood education presupposes perform properly the observation and recording of all the moments experienced by the child over the educational activities, thus enabling to develop their skills and help in their training. The main evaluation tools mentioned by the theorists are: observation, staff observation, portfolio, listening to educational, descriptive reports and opinions. Reflecting on the evaluation helps the teacher to monitor the construction process of the student's knowledge. Keywords: Evaluation. Assessment in Early Childhood Education. Theoretical and methodological strategies. � LISTA DE ABREVIATURAS� DCNEI Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional PNQEI Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil RCNEI Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil URI Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões � sumário� 101 INTRODUÇÃO � 122 A AVALIAÇÃO: ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS � 122.1 Escolas de Educação Infantil: Fundamentos Históricos � 143 A AVALIAÇÃO EM FOCO: INTERFACE DE TEÓRICOS � 164 A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL � 164.1 As Políticas Públicas � 185 CONCLUSÃO � 19REFERÊNCIAS � 22ANEXO a – TÍTULO DO ANEXO � � � 1 INTRODUÇÃO O presente estudo apresenta pesquisa realizada em Monografia B, o trabalho de conclusão de curso, em que através de leituras, reflexões e diálogos pode-se conhecer e compreender, numa perspectiva teórica, importantes pressupostos construídos em torno do tema: O processo de avaliação no contexto escolar, com um olhar mais direcionado para a avaliação na Educação Infantil. Para compreender o tema proposto para o estudo, muitos teóricos foram estudados, os quais discutem e pesquisam assuntos tão importantes para o processo de formação docente: a avaliação. Sendo que a avaliação atualmente é discutida pelos mesmos como campo que merece profunda investigação, tendo em vista a necessidade de qualificar o processo de ensino-aprendizagem em nossas escolas, sejam elas de Educação Infantil, Ensino Fundamental ou Ensino Médio. Esse trabalho desenvolvido é de importância para a formação docente, tendo em vista que oportunizou ampliar os conhecimentos em torno de questões que norteiam a avaliação na Educação Infantil. Nesse sentido, parte-se do pressuposto de que os educadores necessitam cada vez mais fortalecer sua formação, pela pesquisa e no trabalho coletivo com seus pares, assegurando que novos instrumentos, critérios e novas alternativas, sejam definidas, objetivando atender as prioridades na avaliação dos alunos na Educação Infantil. Como educadora em formação, considero necessário compreender melhor o processo de avaliação na Educação Infantil e poder refletir, a respeito dos conhecimentos fundamentais para construir uma proposta de ação pedagógica que qualifique o processo de avaliação nesse nível de ensino. O objetivo central do estudo é compreender a avaliação na Educação Infantil, a partir de estudos teóricos e aportes legais, que indicam estratégias teórico-metodológicas para qualificar esse processo nas instituições escolares. Ao longo do trabalho são apresentadas questões centrais de reflexão sobre o tema citado, as que foi organizado objetivando responder ao problema de pesquisa que orientou a presente monografia: Como o professor precisa desenvolver o processo de avaliação na Educação Infantil, garantindo o desenvolvimento da aprendizagem do aluno? Como base no exposto, o estudo foi estruturado em três capítulos, sendo que o primeiro busca fazer uma breve contextualização que trata dos elementos introdutórios sobre avaliação e os fundamentos históricos das escolas de Educação Infantil. A esse respeito abordam-se os caminhos e a trajetória que tiveram as escolas de Educação Infantil e os professores naquele período. O segundo capítulo refere-se à interface de teóricos em uma perspectiva sobre a avaliação, no qual abordam os saberes para a prática de avalição nas escolas e o que os mesmos pensam sobre isso. No terceiro capítulo discorre-se acerca da avaliação na Educação Infantil, abordando aspectos relevantes das políticas públicas. Igualmente, na perspectiva de teóricos analisam-se alguns instrumentos e critérios que devem ser utilizados para que esse processo de avaliação seja significativo. Compreende-se que o estudo e a análise no desenvolvimento do trabalho com foco na avaliação colaboram para a constituição de profissionais da educação, mais reflexivos, críticos e pesquisadores. � 2 A AVALIAÇÃO: ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS Ao longo de todo o curso de Pedagogia, foram estudados vários aspectos do campo da educação, que fortaleceram e ampliaram sobre maneira conceitos e concepções. Os estudos oportunizaram aproximação com importantes autores que tradicionalmente pesquisam o campo da formação de professores. Nesse sentido, compreendeu-se que a escola é um espaço educativo, mediador e gerador de conhecimentos, em que contempla-se o fazer, o sentir e o pensar resgatando a confiança e auto-estima dos sujeitos e oportunizando condições para os mesmos interferirem na realidade existente, através de um trabalho de formação que atenda a suas necessidades básicas e sociais. Freire (1996), educador brasileiro que deixou um legado valioso para os profissionais da educação, sempre falou e escreveu bem sobre a escola, mesmo que em vários momentos criticava a escola tradicional, conservadora e burocrática. Gadotti (2008�), ao fazer referência à escola, a partir da perspectiva freireana, argumenta que ele “a concebia como um espaço de relações sociais e humanas”. E ainda, recorda que para Freire a escola “não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar, conversar, confrontar-se com o outro, discutir, fazer política” (GADOTTI, 2008, p. 166-167). Nesse sentido, esse é um pressuposto fundamental que precisa ser analisado pelos profissionais da educação, compreendendo efetivamente o papel da escola na sociedade, como instituição formadora. Assim, é necessário entender que o trabalho da escola essencialmente precisa primar pela construção do conhecimento, oportunizando aos estudantes a reflexão e a vivência de valores, preocupando-se em promover o desenvolvimento das potencialidades, habilidades e criatividade, objetivando constituir alunos responsáveis, críticos, politizados e formadores de opiniões. 2.1 Escolas de Educação Infantil: Fundamentos Históricos Atuar como profissional no campo da educação, em especial da Educação Infantil, exige compreender a história de como se deu a constituição das escolas de Educação Infantil ao longo da história. Para que se tenha claro como a infância foi constituída, é necessário conhecer e compreender a história voltada para o atendimento das crianças pequenas que evoluíram em meio a tantas lutas sociais. A educação e o cuidado com a criança durante muito tempo foi considerada uma responsabilidade das famílias ou do grupo social ao qual ela pertencia. Era junto com essas pessoas que a criança convivia e aprendia os conhecimentos necessários para sua sobrevivência e para enfrentar as exigências que a vida adulta lhe guardava. Segundo Oliveira (2011), quando a criança passava do desmame era vista como adulta e, quando não precisava mais da ajuda de outra pessoa no período de dependência, para ter suas necessidades atendidas, passava a ajudar nas tarefas cotidianas, em que aprendia o básico em seu convívio social. No decorrer dos séculos, surgiram diferentes concepções de infância, como mostra a história. Primeiramente o pesquisador Ariés (1981) parte de relatos e textos dos séculos XII ao XVII, onde nos aponta a ideia de que se tem de infância que foi sendo historicamente construída. As crianças foram por muito tempo consideradas como adultos em miniatura, os adultos se relacionavam com elas sem discriminações, todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua frente. Elas não eram vistas como seres em desenvolvimento, com características e necessidades próprias. O autor ainda destaca que foram séculos de altos índices de mortalidade e práticas de infanticídio. As crianças eram substituídas por outras sem que a sua família tivesse algum sentimento, pois essas queriam uma criança melhor, mais saudável, que correspondesse às necessidades da sua família e da sociedade. As crianças sadias eram mantidas nos lares. Outra característica que marca essa época é que muitas crianças eram entregues a outras famílias para que fossem educadas, e só quando estivessem por volta dos seus sete anos retornavam para suas casas, se sobrevivessem�. (ARIÉS, 1981). As mudanças começaram por volta do século XVII, com a interferência dos poderes públicos e a preocupação da Igreja em não aceitar mais o que estava sendo feito com as crianças. A partir dos séculos XIX e XX, a infância começa a ocupar um espaço de importância na sociedade e no meio familiar, começa-se a pensar nos valores, nas aprendizagens e nas experiências com as quais a criança se constitui, conforme Ariés (1981). � 3 A AVALIAÇÃO EM FOCO: INTERFACE DE TEÓRICOS Com o propósito de aprofundar as reflexões em torno do processo de avaliação, é necessário compreender o que os teóricos que estudam esse campo da educação defendem em relação a essa prática. Primeiramente, ao analisar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96, viu-se que em seu artigo 12 apresenta as incumbências dos estabelecimentos de ensino, no sistema de educação nacional do Brasil. Examinando este artigo, compreendeu-se que é tarefa da escola elaborar e executar sua proposta pedagógica; administrar o seu pessoal e os seus recursos materiais e financeiros, bem como velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente. Este mesmo artigo assegura que prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento também é papel das instituições escolares. (CARNEIRO, 2010). Sendo assim, é importante que o profissional da educação reflita que a exigência inicial do educador é que o mesmo veja a escola como espaço de construção do conhecimento e reconheça que o aluno é possuidor de um conhecimento. Portanto, é válido acreditar que tudo que o aluno construiu até hoje em sua vida serve de patamar para continuar a construir e que alguma porta se abrirá para o novo conhecimento. (PIAGET apud BECKER, 1977). O professor precisa conceber o seu aluno como tendo uma história de conhecimento, de vida percorrida, e que esse aluno já vem para a aula com ideias prévias. Portanto, o aluno tem o direito de ser ouvido e compreendido. Nesse processo, o professor precisa conhecer os seus alunos, seus avanços e dificuldades, e também que o próprio aluno necessita aprender a se autoavaliar e descobrir o que é preciso mudar para garantir melhor desempenho. Segundo Zabala, teórico que estuda o tema referente à avaliação: Também devemos aprender a confiar nas possibilidades dos alunos para autoavaliar seu processo. O melhor caminho para fazê-lo, é ajudar os alunos a alcançar os critérios que lhes permitam se autoavaliar, combinando e estabelecendo o papel que esta atividade tem na aprendizagem e nas decisões de avaliação que tomam. (ZABALA, 2010, p. 220). O professor precisa, através das atividades realizadas em sala de aula, fazer com que o aluno alcance os melhores critérios para se autoavaliar, fazendo uma reflexão de qual é realmente o sentido da realização das atividades e que essa também influenciará na sua aprendizagem. Zabala (2010, p. 220).complementa, ainda, dizendo que: “A autoavaliação não pode ser um episódio nem um engano; também é um processo de aprendizagem de avaliação do próprio esforço e, portanto, é algo que convém planejar e levar a sério”. Conforme o autor, é possível perceber que a autoavaliação é um processo de aprendizagem onde o aluno consegue perceber o próprio esforço em relação de como alcançou para chegar até ali, e, portanto, o professor necessita levar em conta esse processo que está presente em sala de aula. Ao analisar os referenciais que precisam pautar a formação dos professores, entende-se que a avaliação escolar� é um tema relevante que merece pesquisa e análise, para que se possa definir formas, critérios e instrumentos, que precisam estar presentes na prática docente, quando se intenta avaliar para promover aprendizagem no aluno. Para Hoffmann (2011), avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Avaliação é, fundamentalmente, acompanhamento do desenvolvimento do aluno no processo de construção do conhecimento. O professor precisa caminhar junto com o educando, passo a passo, durante todo o caminho da aprendizagem. A avaliação da aprendizagem, de modo geral, é entendida, pela maioria dos alunos e por muitos professores, como aplicações de provas e exames. Porém, ela ocupa uma posição extremamente contraditória em relação a uma das principais funções da escola, que é a promoção de inclusão social. � 4 A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL A avaliação na educação infantil é um tema que desafia os pesquisadores do campo da educação a buscar novos subsídios, para fortalecer essa prática, nos espaços institucionais. Para tanto, nesse capítulo, o objetivo é compreender as políticas públicas que tem orientado esse processo e analisar referenciais teóricos que sustentam essa questão nos dias atuais. 4.1 As Políticas Públicas Investigar a avaliação na Educação Infantil pressupõe estudar as políticas públicas voltadas a esta modalidade de ensino. Ao analisar a LDB (9394/96), é importante dar visibilidade aos artigos 29 e 30, que contemplam o papel da educação infantil: Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. (BRASIL,1996). A Educação Infantil passa, então, a ser a primeira etapa da Educação Básica. Sendo assim, importa ressaltar que a legislação da educação vigente apresenta a avaliação como ponto fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem do educando, explicitada no Art. 31 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB: Na Educação Infantil, a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental (BRASIL, 1996). Analisando o texto da lei, compreende-se que essa avaliação precisa ser, portanto, de acordo com a situação vivenciada pelo aluno, observada e registrada pelo professor. Esse profissional deverá ser preparado e orientado para efetuar os registros e ter domínio sobre as teorias do desenvolvimento infantil, reconhecendo e respeitando o momento e as necessidades de cada um de seus alunos. Educação Infantil é um trabalho que desafia a todos os profissionais da Educação no Brasil Avaliar na. Pesquisadores e professores desta modalidade de ensino têm se esforçado no sentido de apontar indicadores que orientem a prática pedagógica nas escolas de Educação Infantil no Brasil. Ao examinar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), contempla-se que: A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. (BRASIL, 2010, p.12). Neste sentido, toda a criança tem o direito de ir à escola, pois a Educação Infantil sendo a primeira etapa da educação onde a criança está inserida, deve ser de qualidade e zelar pela saúde e a promoção de aprendizagem. Este aporte legal organizado pelo Ministério da Educação referenda que: A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e a interação com outras crianças. (BRASIL, 2010, p.18). Esse momento em que a criança está na escola deve ser prazeroso, por isso precisa ser garantido a ela o acesso a atividades diferentes, nas quais o professor utilize de metodologias diversificadas, objetivando sempre o processo de construção do conhecimento e da aprendizagem. � 5 CONCLUSÃO Ao concluir esse trabalho, é fundamental dar destaque às inúmeras aprendizagens construídas nesse processo, entre elas de que o professor precisa desempenhar seu papel com compromisso e responsabilidade, o que inclui disposição para refletir sobre sua prática, estudando e dialogando a respeito dos desafios e das possibilidades para qualificar esse decurso de avaliar o aluno na educação infantil. No desenvolvimento da pesquisa, tendo como foco: O processo de Avaliação no Contexto Escolar: A Avaliação na Educação Infantil, concluiu-se que são inúmeros os pressupostos teóricos fundamentais que há na literatura pedagógica brasileira, os quais o professor e os gestores precisam conhecer e analisar ao definir sua ação pedagógica no espaço das escolas de Educação Infantil. Há um entendimento de que os educadores precisam estar frequentemente fazendo observações, anotações sobre os seus alunos, para que possam realizar uma boa avaliação dos mesmos. É fundamental compreender que para avaliar na educação infantil, pressupõe-se que o professor precise considerar essencialmente os aspectos físicos, sociais, emocionais e cognitivos dos alunos. O educador precisa se apoiar em diferentes instrumentos, critérios e dimensões para construir um processo de avaliação que garanta o desenvolvimento das aprendizagens do aluno. Sendo alguns desses instrumentos os já citados na pesquisa que é: a observação, a pauta de observação, o portfólio, a escuta pedagógica, os relatórios e pareceres descritivos. Há um reconhecimento por parte dos pesquisadores estudados que esses são recursos importantes que ajudam o professor a acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos. � REFERÊNCIAS ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981. ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; ALVES, Leonir Pessate (Org.). Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 9. ed. Joinville: UNIVILLE, 2010. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. O acompanhamento das aprendizagens e a avaliação. Revista Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, ano 2, n. 4, abr./jul. 2004. BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008. BEHRENS, Marilda Aparecida. 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Revista Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, ano 4, n. 10, mar./jun. 2006. � ANEXO a – TÍTULO DO ANEXO� � Em sua obra Um encontro coma realidade, Godoi (2004, p.11). analisa o tema da avaliação escolar e pontua que “ela se constitui num instrumento muito forte, presente dentro da escola e que se encontra praticamente nas mãos do professor. Isso quer dizer que ele tem muita autonomia e poder de decisão em relação ao rumo que a vida escolar dos alunos poderá tomar” �Capa não conta é apenas a proteção do trabalho, deve ser considerada como página número zero. �Não tem espaço antes dos elementos pré textuais e uma linha de 1,5 entre linhas em branco após o título. �Não tem espaço antes dos elementos pré textuais e uma linha de 1,5 entre linhas em branco após o título. O espaçamento entre linhas do resumo segue o mesmo do copo do texto 1,5cm �Não tem espaço antes dos elementos pré textuais e uma linha de 1,5 entre linhas em branco após o título. O espaçamento entre linhas do resumo segue o mesmo do copo do texto 1,5cm �Não tem espaço antes dos elementos pré textuais e uma linha de 1,5 entre linhas em branco após o título. Atenção as listas de ilustrações e abreviaturas figuram após o resumo e o abstract A norma mudou em 2011 não se usa o hífen após a sigla �Não tem espaço antes dos elementos pré textuais e uma linha de 1,5 entre linhas em branco após o título. �O ano sempre acompanha o autor Quando o aluno escrever um comentário após citar o autor, Gadotti ( 2008) e incluir uma citação direta até 3 linhas deve incluir no final da citaçao entre parentêses sobrenome do autor, ano e página da citação. �A norma mudou agora usa-se um ponto no final da frase e um ponto no final da fonte �No caso da constituição e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses. �A informação foi retirada do D.O.U realmente? Se foi falta número, volume, seção, do diário. � Completar a ênfase do mestrado ou doutorado �Data de defesa (normalmente é no mesmo ano �Os apêndices e anexos são indicados por letras seguidos de espaço, hífen, espaço e o título do anexo Deve ser centralizado e aparecer no sumário