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O ESTÁGIO E A FORMAÇÃO DOCENTE COLODINO, Elisangela Aparecida Pigossi – UEMS e.pigossi@hotmail.com MOURA, Jaqueline Vieira de – UEMS jaqvmoura@yahoo.com.br XAVIER, Mírian - UEMS mirian.x@terra.com.br MISSIRIAN, Giani Lopes Bergamo - UEMS gianimissirian@uems.br Área Temática: Práticas e Estágios nas Licenciaturas Agência Financiadora: Não contou com financiamento Resumo O estágio supervisionado deve propiciar ao acadêmico as implicações práticas da profissão, levando-o ao contato com os alunos e proporcionando ao futuro professor uma visão do cotidiano escolar fazendo com que este aprenda a lidar com diferentes situações da atividade docente. Desta forma, fica evidente a importância atribuída aos estágios, uma vez que este oportuniza o conhecimento e a reflexão acerca da realidade do ensino contribuindo para a qualificação do futuro professor. O presente trabalho teve como objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado no ensino fundamental, em uma escola estadual, na cidade de Batayporã, MS, no período de abril a maio de 2006. O tema desenvolvido durante a docência foi Orientação Sexual, abordando os conceitos relacionados a Anatomia e Fisiologia dos Sistemas Genitais, Métodos Contraceptivos e Doenças Sexualmente Transmissíveis. A metodologia envolveu a abordagem dos conceitos sempre buscando a participação dos alunos por meio de questionamentos, emprego de cartazes, demonstração dos métodos contraceptivos, dinâmicas, discussões e elaboração de desenhos. Durante os encontros, os alunos demonstraram interesse, participando das atividades e contribuindo para que as discussões fossem pautadas por problemas do seu cotidiano. Ao final, os resultados evidenciaram que os alunos utilizaram, durante as discussões e nas atividades, conceitos científicos que foram traduzidos a partir do seu próprio vocabulário o que pode indicar que esses passaram a ter significado. A partir desses resultados é possível afirmar que as atividades propostas atingiram os objetivos previstos. Ao final do estágio supervisionado percebeu-se a importância do ensino de ciências e sua relevância para a vida do aluno, assim como proporcionou um momento de reflexão sobre o processo de ensino- aprendizagem e quais os métodos e recursos que facilitam esses processos. Palavras-chave: Ensino de ciências; Orientação sexual; Temas transversais. 12245 Introdução Segundo Fracalanza et al. (1986), o ensino de ciências deve contribuir para o domínio da leitura e escrita, o aprendizado dos conceitos básicos das ciências naturais e sua aplicação a situações práticas, além de possibilitar a compreensão das relações entre a ciência, tecnologia e sociedade. Além disso, também destaca que o ensino de Ciências deve desenvolver a capacidade de observação, reflexão, criação, discriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão, ação, entendidos como sendo objetivos do processo educativo, permitindo ao aluno discutir e analisar o conhecimento que está sendo construído. Assim, Lorenzetti (2002) afirma que se tais aspectos fossem colocados em prática, resultariam em um ensino de qualidade, levando ao desenvolvimento significativo do aprendizado. Entretanto, o que se vê na maioria das escolas é um ensino restrito aos conteúdos abordados pelos livros didáticos, baseado numa aprendizagem memorística, que não favorece o desenvolvimento do pensamento crítico, além de serem conteúdos apresentados como sendo partes destacadas da história. Para que esta realidade seja alterada, faz-se necessário que o ensino de Ciências priorize a ação do aluno e a sua participação ativa no desenvolvimento do processo de conquista do conhecimento, promovida por atividades pedagógicas instigantes de aprendizagem. Neste sentido, faz-se necessário que, durante o processo de formação do professor, os objetivos do ensino de Ciências lhes sejam discutidos, para que possam ser bem compreendidos, tornando-se objetivos intrínsecos a prática docente. Desta forma, fica evidente a importância atribuída aos estágios, uma vez que o emprego da teoria na prática leva a uma melhor compreensão do processo ensino- aprendizagem. Para Pimenta (2002), o estágio propicia conhecimento e reflexão acerca da realidade do ensino contribuindo para a qualificação do futuro professor. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado no ensino fundamental, em uma escola estadual, na cidade de Batayporã, MS, no período de abril a maio de 2006. 12246 Desenvolvimento A escola onde foi realizado o estágio supervisionado localiza-se no centro da cidade e recebe alunos tanto da zona urbana como dos assentamentos rurais. Apesar de ser considerada uma escola de pequeno porte, disponibiliza aos professores quatro televisores, dois videocassetes, dois aparelhos de DVD, um aparelho de som e um retroprojetor. Embora não possua laboratório de Ciências, há um kit de química, física e biologia com algumas vidrarias, algumas lâminas de histologia, um microscópio óptico, um esqueleto, dois troncos com cabeça e órgãos removíveis e modelos de DNA em isopor, além de alguns programas em CD- ROM sobre o corpo humano. Todavia, como os DVD’s, o Kit, os troncos, as lâminas e os CD-ROM foram adquiridos pela escola no início do ano, os professores ainda não estão familiarizados, e o fato de a escola não dispor de um local apropriado para sua devida utilização, faz com que estes recursos sejam mantidos guardados longe dos olhos e do contato dos alunos. Essa prática não é recomendada por Haidt (1999), pois o autor afirma que para conhecer um objeto ou acontecimento é preciso agir sobre ele, transformando-o, assimilando-o, enfim, incorporando- o as suas estruturas cognitivas. Para Silva e Moradillo (2002), uma boa estrutura material tem o poder de facilitar e permitir o acontecimento de trabalhos pedagógicos mais convenientes, melhorando o aprendizado e a motivação do aluno. Pontilli (2005) vai mais longe quando afirma que a infra- estrutura das escolas influencia na freqüência dos alunos, ou seja, quanto melhor equipada e bem estruturada, menor será a evasão escolar. A professora titular atua há 32 anos e pôde-se perceber que sua relação com os alunos pautou-se em amizade e descontração, não sendo observado em nenhum momento falta de respeito ou agressividade entre as partes. Para Delors (1996), a relação estabelecida entre professor e aluno constitui o cerne do processo pedagógico, ou seja, fundamental para que o ensino resulte em aprendizagem. Os recursos utilizados pela professora titular foram quadro-negro e livro didático. Tal situação pode ser explicada pela sobrecarga de trabalho dos professores, pois devido aos baixos salários necessitam dar muitas aulas semanais o que acarreta menor tempo disponível para o seu planejamento. Por isso, utilizam freqüentemente aulas expositivas ou, ainda, aulas em que os alunos lêem o livro e resolvem exercícios que exigem apenas o reconhecimento ou transcrição literal do livro-texto (KRASILCHIK, 1987). 12247 Percebeu-se que houve certa participação dos alunos apenas na série onde os conteúdos faziam parte do cotidiano deles, embora houvesse pouco estímulo da professora. Para Haidt (1999), o professor deve garantir situações que incentivem o aluno a progredir nos estudos e estimulem sua participação ativa no ato de aprender. A professora titular utiliza como método avaliativo, provas escritas e trabalhos orais e escritos ao final de cada bimestre, englobando todos os conteúdos tratados neste período. Carvalho e Gil-Pérez (2003) recomendam que se faça uma revisão desses métodos avaliativos mais frequentemente utilizados, tendo em vista a aprendizagem e melhoria do ensino. As atividades de docência foram realizadas em duas turmas de 7ª série do ensino fundamental, período matutino, tendo em média 30 alunos, cuja faixa etária variou entre 13 e 48 anos, sendo muitos moradores de assentamentos rurais. Os conceitos trabalhados compreendem o tema transversal Orientação Sexual, uma vez que se percebe entre os jovens uma banalização da relação sexual, entendendo-a como uma atividade de prazer momentâneo, que não implica em nenhuma atitude de responsabilidade. Diante disso, propiciou-se um momento de reflexão dirigida aos jovens acerca da responsabilidade que envolve uma vida sexual ativa, pois os objetivos gerais do tema orientação sexual compreendem: conhecer e adotar práticas de sexo protegido, ao iniciar relacionamento sexual; evitar contrair ou transmitir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o vírus da AIDS; desenvolver consciência crítica e tomar decisões responsáveis a respeito de sua sexualidade; procurar orientação para a adoção de métodos contraceptivos (BRASIL, 1998). Por se tratar de turmas de 7ª série e para que o objetivo fosse alcançado, ou seja, para que os alunos pudessem participar ativamente das discussões, podendo argumentar acerca do tema proposto, percebeu-se que era necessário fazer uma introdução sobre a estrutura e funcionamento do sistema genital, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis (DST), uma vez que não haviam sido trabalhados anteriormente. Dessa forma, buscou-se preparar as aulas tendo como base as idéias de alguns autores, como Carvalho e Gil-Pérez (2003), Fracalanza et al. (1986), Libâneo (2004), Haidt (1999), que enfocam a questão do ensino de ciências em escolas de ensino fundamental e que serão discutidas no decorrer deste trabalho. No primeiro encontro, foi abordado a estrutura e o funcionamento dos sistemas genitais e métodos contraceptivos. Para identificar as concepções prévias dos alunos sobre 12248 sistema genital, foi proposto que desenhassem os aparelhos reprodutores, masculino e feminino, pois como sugere Brasil (1998) é essencial reconhecer as representações que os alunos já fazem sobre os sistemas reprodutores humanos, masculino e feminino, por intermédio do que falam, escrevem ou desenham. Foi possível observar que os alunos desenharam apenas algumas partes externas, como pênis e testículo do sistema genital masculino, e um losango que representava os grandes lábios do sistema genital feminino, e, em alguns, os aparelhos apareciam com pêlos pubianos (Ilustração 1). Ilustração 1 – Sistemas genitais, masculino e feminino, esquematizados por alunos de 7ª série, ensino fundamental, de uma escola estadual de Batayporã, MS. Em seguida, utilizou-se cartazes com esquemas coloridos dos sistemas genitais, masculino e feminino, para destacar suas estruturas, mas sem sobrecarregá-los com detalhes anatômicos e fisiológicos, como orienta Brasil (1998). Para simular as fases do ciclo menstrual, a relação sexual e a fecundação, foi confeccionado em papel cartolina o pênis, a vagina, o útero, as tubas uterinas e os ovários. Modelos de um ovócito e um espermatozóide foram construídos com isopor e palito de churrasco e manipulados para representar o caminho que poderiam percorrer no interior do sistema genital feminino. 12249 A encenação seguiu simultaneamente a seqüência de fatos expostos verbalmente buscando sempre a participação dos alunos por meio de perguntas: “Qual a função da vagina e do pênis?”, “O que vocês acham que tem na menstruação? É só sangue?”, “Por que o pênis fica duro?”. Além disso, os questionamentos objetivaram identificar e analisar o conhecimento prévio dos alunos, uma vez que segundo Haidt (1999) a aprendizagem é significativa se o ensino partir das experiências, vivências e conhecimentos anteriores dos alunos. Ao final desta etapa, pôde-se perceber que os alunos passaram a reconhecer que os sistemas genitais não são constituídos apenas por partes “visíveis”, mas que também compreendem estruturas internas. Sobre os métodos contraceptivos, também foram feitas perguntas, tais como: “Vocês sabem o que é contracepção?”, “Vocês conhecem algum método contraceptivo?”, “Já viram e sabem como usar os métodos contraceptivos que vocês citaram?”. Os alunos não souberam definir concepção e tampouco contracepção, e os métodos contraceptivos mais citados foram camisinha e pílula. Todos já tinham visto a camisinha, apesar de não saberem utilizá-la corretamente e, quanto ao uso da pílula, eles pouco sabiam. Desse modo, trabalhou-se a importância da pílula anticoncepcional e do preservativo como método de prevenir a gravidez indesejada, destacando o último como único que pode ser associado à prevenção de doenças (BRASIL, 1998). Também foi apresentado aos alunos uma cartela de anticoncepcional e camisinhas. Os alunos mostraram-se participativos e bastante interessados, uma vez que fizeram questionamentos, como por exemplo: “Na primeira vez dói?”, “Mesmo usando a pílula a mulher pode engravidar?”, “Meninas de doze anos engravidam?”, entre outras. Doenças Sexualmente Transmissíveis foi o tema do segundo encontro. Os recursos metodológicos empregados foram: um cartaz abordando as formas de se “pegar” e “não pegar” AIDS; o modelo de um pênis e de uma vagina – construída com uma garrafa plástica pet, para demonstrar a maneira correta de usar a camisinha feminina - um panfleto sobre a sífilis congênita e uma atividade lúdica com o intuito de que os discentes visualizassem como ocorre o contágio do HIV. Tais recursos foram empregados tendo em vista que utilizar métodos ativos de ensino-aprendizagem ativam os esquemas mentais e estimula o pensamento, ampliando as estruturas cognitivas do discente (HAIDT, 1999). 12250 A dinâmica teve início com a distribuição de papéis em branco para cada aluno, sendo que um dos papéis continha um símbolo, que significava portador do HIV. Os alunos recolheram cinco assinaturas diferentes, numerando-as de 1 a 5, que corresponderam a relações sexuais sem proteção. Para cada relação – assinatura – com um portador do HIV, a pessoa também se tornaria portadora. A seguir, foi lançada a seguinte pergunta: “Quem tem na primeira assinatura o nome do portador do símbolo?”, o portador do símbolo e os que tinham seu nome na primeira assinatura ficaram com as mãos levantadas, pois estavam contaminados. Depois foi perguntado: “Quem tem na segunda assinatura o nome das pessoas que estão com a mão levantada?”, essas pessoas também levantaram as mãos. Esse procedimento foi repetido para as cinco assinaturas e, ao final, todos estavam com as mãos levantadas, ou seja, todos foram contaminados. Como método avaliativo foi proposto que os alunos, em duplas, elaborassem oito questões sobre os conceitos trabalhados durante os encontros. Após, estas foram trocadas de forma que uma dupla respondesse o questionário da outra. Todos os alunos participaram sem apresentar resistência. Libâneo (2004) afirma que a avaliação é fundamental para que o professor possa reconhecer a eficiência da didática, por ele aplicada, e o grau de assimilação dos alunos em relação às idéias consideradas principais pelo professor. A partir da análise dos questionários, percebeu-se que a maioria das questões e respostas possuía sentido e pertinência, ou seja, foram destacados os conceitos trabalhados durante os encontros como por exemplo: “Onde encontramos preservativos em nossa cidade? No posto de saúde e nas farmácias.”; “Como podemos prevenir a AIDS? Usando preservativo.”; “Onde acontece a fecundação? Na tuba uterina.” No último encontro, realizou-se uma discussão sobre Sexo e Responsabilidade na Adolescência, com intuito de contribuir para que os alunos desenvolvam e exerçam sua sexualidade com prazer e responsabilidade, respeitando a si e ao outro, garantindo o direito ao conhecimento e a saúde, elementos fundamentais para a formação de cidadãos responsáveis e conscientes de suas capacidades (BRASIL, 1998). Durante a discussão os alunos tiveram a oportunidade de expressar suas idéias. Algumas delas foram: “Se eu tivesse um filho agora, meus planos para o futuro seriam modificados”; “Na maioria dos casos, quando as meninas ficam grávidas os namorados não querem assumir e sim sumir”; “Um filho exige muita responsabilidade e trabalho”, dentre outras. 12251 Como avaliação, os alunos elaboraram uma redação individual, cujo tema era Sexo e Responsabilidade. A maioria das redações foi considerada satisfatória, uma vez que continham muitos dos conceitos discutidos no debate evidenciando que os alunos realmente participaram e refletiram sobre o assunto. Alguns trechos encontram-se abaixo: “Sexo tem que ser na hora que você achar que é certo e tem que se prevenir para evitar doenças e gravidez.” (H). “Para fazer sexo, primeiro tem que saber se você está preparado e depois você tem que conversar com o seu parceiro, depois que conversar tem que passar por um médico, ou seja, um ginecologista”. (G). “O sexo e a responsabilidade tem que andar sempre juntos”. (D). “[...] a pessoa não deve transar sem a camisinha por que (sic) ninguém vê o parceiro 24 horas”. (D). A análise das redações evidenciou que os alunos foram capazes de expressar alguns dos conceitos discutidos, tais como: para começar a ter relações sexuais é preciso certeza dessa decisão, usar sempre camisinha, pedir orientações médicas sobre contracepção e, ainda, estar ciente das possíveis conseqüências desta prática, tais como DST e gravidez. Considerações finais O estágio supervisionado proporcionou um momento de reflexão sobre a importância do ensino de ciências e sua relevância para a vida do aluno, como se dá o processo ensino- aprendizagem e quais os métodos e recursos que facilitam esse processo. Os resultados evidenciaram que os alunos utilizaram, durante as discussões, conceitos científicos que foram traduzidos a partir do seu próprio vocabulário o que pode demonstrar que esses passaram a ter significado, resultando em aprendizagem. REFERÊNCIAS CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2003. 120 p. DELORS, J. Educação um tesouro a descobrir. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 156 p. FRACALANZA, H.; AMARAL, I. A.; GOUVEIA, M. S. F. O ensino de ciências no primeiro grau. 13. ed. São Paulo: Atual, 1986. 124 p. 12252 HAIDT, R. C. C. Curso de didática geral. 6. ed. São Paulo: Ática, 1999. 327 p. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU, 1987. 80 p. LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004. 262 p. LORENZETTI, L. O ensino de ciências naturais nas séries iniciais. Revista Virtual – Contestado e Educação, Caçador, SC, n. 2, out./dez. 2002. Disponível em: <http://www.cdr.unc.br/pg/RevistaVirtual/NumeroDois/RevistaVirtual.htm>. Acesso em: 06 set. 2006. PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 199 p. PONTILLI, R. M. A infra-estrutura escolar e as características familiares influenciando a freqüência e o atraso no ensino fundamental. 2005. Dissertação de Mestrado– Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-29042005-135043/>. Acesso em: 30 set. 2007. SILVA, J. L. P. B.; MORADILLO, E. F. Avaliação, ensino e aprendizagem de ciências. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 4, n. 1, 2002.