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77 Abandono • Ação ou efeito de abandonar. • Desamparo, que não recebe cui- dados ou trata- mento. Ex.: Me- nor abandonado, que vive sem os cuidados de uma família ou res- ponsável. • Deixar de lado, esquecer, desis- tência, renúncia, desprezo. Ex.: Abandonou o emprego; A cida- de está abando- nada, suja e des- cuidada. • Relaxamento, imobilidade, indo- lência, moleza. Ex.: Deixou-se fi- car ali, abandonado na cama. Abertura urinária Orifício localizado no final da ure- tra, por onde sai a urina. Nos ho- mens, essa abertura se encontra na ponta do pênis; já nas mulheres, ela fica na parte frontal da vagina. Abertura vaginal Ligação entre a parte interna e a ex- terna do órgão sexual feminino. É o começo da vagina, sendo que pode ser parcialmente coberta por uma membrana, denominada hímen. É por essa abertura que o fluxo menstrual sai. Durante o ato sexual, o órgão sexual masculino (pênis) é ali introduzido; e, quan- do a mulher dá à luz por parto nor- mal, é por esse espaço que a crian- ça nasce – embora seja uma aber- tura muito pequena, ela possui uma grande elasticidade. Aborto • Ato ou efeito de abortar; abortamen- to. Interrupção prematura de uma gra- videz por meio da expulsão do útero do produto da concepção (embrião ou feto). As leis brasileiras proíbem Menor abandonado? “Toda a infância brasileira é capaz de ingressar no mundo das letras para se formar como um trabalhador prestante, um cidadão lúcido, se lhes forem dadas algumas ajudas fundamentais.” (Darcy Ribeiro) B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 8 o aborto, exceto no caso de vítimas comprovadas de estupro ou quan- do a mãe corre risco de vida. • Coisa monstruosa, malfeita, ano- malia. • Insucesso, trabalho com péssima aparência ou interrompido antes de sua conclusão final. Aborto espontâneo Interrupção espontânea da gravidez antes da 28a semana de gestação, antes que o bebê esteja plenamen- te formado. Aborto espontâneo pre- coce: ocorre antes da 12a semana de gravidez. É bastante comum, ocorrendo quando há algo de erra- do com o bebê ou quando surge algum problema no organismo da mulher. Aborto espontâneo tardio: ocorre após a 12a semana de gravi- dez. É mais raro, podendo aconte- cer quando a placenta da mulher não estiver funcionando adequada- mente, ou em razão de algum trau- ma ou acidente. Apesar de ser emo- cionalmente traumático para a mu- lher, ele não significa que ela seja incapaz de gerar outros bebês. Absolutismo • Sistema de governo em que o go- vernante tem po- deres absolutos e ilimitados, exer- cendo de fato e de direito os atribu- tos da soberania. Foi adotado du- rante os séculos XV, XVI e XVII por grande parte das potências euro- péias ocidentais. No absolutismo, o monarca recebe o poder de Deus, por meio da hereditariedade; sen- do assim, passa a ser considerado seu representante na Terra. • Dominação e tirania. Absorvente higiênico Objeto absorvente, geralmente for- rado com tecido de algodão, que as mulheres usam durante seu pe- ríodo menstrual para absorver o flu- xo que sai pela vagina. O absorven- te higiênico é colocado na calci- nha. A maioria deles tem uma fai- xa aderente para ser fixado. Absorvente interno Rolo de algodão absorvente com forma cilíndrica, que a mulher uti- liza em seu período menstrual em lugar do absorvente higiênico. O absorvente interno é introduzido na vagina através da abertura vaginal, devendo porém ser trocado com freqüência, a fim de evitar o acú- mulo de bactérias. Abstinência Ato de se abster. Privação voluntá- ria: de carne por penitência; jejum; ou de contato sexual. Abstração • Operação mental que: 1. considera isoladamente uma par- te, elemento, propriedade, ou qua- lidade de um todo, a fim de exami- ná-lo ou de estudá-lo mais profun- damente. Maquiavel R E P R O D U Ç Ã O 99 2. parte do concreto, do objeto, a fim de desenvolver a idéia, o conceito. • A exploração pedagógica dessas operações permitiu elaboração de métodos de ensino cujos processos e objetivos não estão ainda clara- mente definidos. • Para Piaget, é possível fazer a se- guinte classificação: Abstração a partir dos objetos (que conduz aos conceitos); Abstração a partir de ações (que propicia a percepção das relações existentes entre as ações); Abstração matemática (es- tabelecida no plano das relações ló- gicas); A existência de diversos ní- veis de abstração, da “abstração simples” até a “abstração reflexiva”. • Nas artes (pintura e escultura, séc. XX) chama-se abstração toda a re- presentação não-figurativa, que não apresenta figuras reconhecíveis de imediato (seres humanos, animais, paisagens e objetos). Abstrato • Resultado da abstração. Aquilo que existe apenas no plano das idéias, sem comprovação material. • Diz-se de um ensino essencialmen- te conceitual, cujos processos con- sistem na exposição ou na análise de idéias, teorias e doutrinas. Sua exi- gência é, tanto para o professor como para o aluno, a capacidade de refle- xão, de raciocínio e especulação. • Aquilo que é de difícil compreen- são; obscuro. Abuso sexual Defloramento, estupro. Ação sexual em que não há o consentimento de alguma das partes. Pode ocorrer dentro da própria família (incesto), na escola, no trabalho, na rua etc., culminando ou não com a relação sexual propriamente dita. Ação • Ato ou efeito de atuar. • Na área educacional ou pedagó- gica, a ação é, geralmente, a in- fluência daquele que detém o co- nhecimento sobre aquele que de- seja aprender, com o objetivo de ajudá-lo a atingir certas metas, certos comportamentos ou condu- tas, nos planos: físico, intelectual, social, moral, estético etc. O en- sino pela ação busca fazer o alu- no agir sobre o objeto de estudo, a fim de construir seu próprio co- nhecimento. Ação conjunta Esforço realizado por várias pes- soas ao mesmo tempo, a fim de conquistar um objetivo comum. Ação social • Esforço organizado que pretende alterar as instituições estabelecidas. B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 10 • Conduta humana, pública ou não, em que o agente atribui significa- do subjetivo; portanto, é uma es- pécie de comportamento que en- volve orientação de valor e condu- ta padronizada por normas cultu- rais ou códigos sociais. Acariciar Fazer carícias a; tocar com afeto acarinhar, afagar, amimar, roçar le- vemente. Lisonjear. Seduzir. Aceitação Ato ou efeito de aceitar; aceita- mento. Receptividade, acolhimen- to por parte do público. Ex.: O pro- duto teve boa aceitação no mer- cado. Concordância, aprovação, consideração, acolhimento. Ex.: O novo professor foi bem aceito pe- los alunos. Acne Manifestação de doenças inflama- tórias das glândulas sebáceas e dos folículos pilosos da pele. É bastante comum durante a puber- dade, bem como no período mens t rua l , em função das al tera- ções hormo- nais. O mé- dico pode diagnosticar suas possí- veis causas e indicar um tra tamento adequado, que minimize seus efeitos desagradáveis. Acomodação • Ato ou efeito de acomodar; acomo- damento. • Alojamento, aposentos. • Adaptação. Processo social em que indivíduos, ou grupos, ajustam-se a uma situação de conflito sem que sofram transformações internas. • Modificações interiores do ser vivo para melhor se adequar ao ambien- te e responder aos seus desafios. Acompanhamento pós-natal Após o parto, a mãe e o bebê de- vem ser acompanhados por um médico ou profissional da saúde, a fim de ga- rantir o total restabeleci- mento da mãe e um adequado desenvolvi- mento da criança. F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 1111 Aculturação • Processo que ocorre quando duas ou mais culturas diferentes entram em contato contínuo, originando mudanças importantes em uma delas ou em ambas. • Fusão de culturas diferentes que dá origem a uma nova cultura. • Capacidade que a criança vai de- senvolvendo progressivamente e que a possibilita explorar, de manei- ra racional, as influências ou as pres- sões que o meio exerce sobre ela. Acumulação • Ação ou efeito de acumular; acú- mulo. Acréscimo, aumento. • Processo que permite o crescimen- to e o desenvolvimento das diver- sas culturas, por meio do acúmu- lo de experiências de geração em geração. Adaptação • Ato ou efeito de adaptar. Acomo- dação. • Ajustamento biológico do ser hu- mano ao ambiente em que vive. Na sociedade significa o surgimento de um denominador comum entre os componentes, um grau de adesão às normas estabelecidas. • Ação do professor com o objetivo de ajustar o conteúdo e seus méto- dos às possibilidades, ao nível, à idade, às condições sociais e ao meio dos alunos, visando facilitar o processo de aprendizagem. Administração Ato de administrar. Estudo dos fatos e princípios da arte de ad- ministrar. Administração escolar • Conjunto de poderes em ação, agindo em nome e no interesse da instituição pública ou particular. Embora submetida a instâncias su- periores, a escola possui uma es- trutura interna de poder. Na escola pública, a posição hierárquica mais alta é ocupada pelo diretor e na par- ticular, pelo mantenedor. A direção das escolas pode ser: 1. Centralizada: as decisões admi- nistrativas e pedagógicas são to- madas exclusivamente pelo dire- tor; aos demais funcionários res- ta obedecer. 2. Participativa: as decisões mais im- portantes são tomadas em equipe, com a participação de todos os en- volvidos no processo educacional. R E P R O D U Ç Ã O 12 Adoção • Ato ou efeito de adotar. Aceitação legal. • Ato de agregar permanentemente um novo membro a uma família por meio de vínculo constituído legal- mente. Uma criança pode ser le- vada à adoção quando fica órfã e não possui nenhum parente com condições de abrigá-la; quando seus pais desistem dela por algum motivo, entregando-a para a ado- ção; ou quando a Justiça considera que seu lar verdadeiro não lhe pro- picia condições adequadas para sua sobrevivência. Adolescência Período da existência humana si- tuado entre a infância e a idade adulta e ca- racter izado por uma série de mudanças físicas e psi- cológicas. Si- tua-se aproxi- madamente entre os 14 e os 20 anos. Juventude. Adolescente Aquele que está na adolescência. Adultério Quebra da fidelidade conjugal. Re- lacionamento extraconjugal, em que uma das partes, ou ambas, já é casada com uma outra pessoa. Adulto Aquele que atin- giu o máximo de seu crescimento e a plenitude de suas funções bio- lógicas. Que che- gou à maioridade. Aerossol Solução co- loidal que permite a dispersão de algum ele- mento sólido ou líquido em meio gasoso. F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O 1313 Afasia De acordo com sua referência ao adulto, a afasia significa a perda da linguagem “já adquirida”, o que não ocorre com uma criança que jamais tenha desenvolvido a capa- cidade da linguagem. Afetividade • Qualidade de quem sente afeto. • Conjunto de fenômenos psíquicos – emoções, sentimentos e paixões – acompanhados sempre de sensa- ções como dor ou prazer, satisfa- ção ou insatisfação, agrado ou de- sagrado, alegria ou tristeza. Afrodisíaco Que restaura as forças e a libido. Substâncias que, de acordo com a crendice popular, aumentam o de- sejo sexual. Agregação Ato ou efeito de agregar. Associa- ção, reunião em grupo. Agregado Reunião de pessoas que, embora próximas fisicamente, têm um mí- nimo de comunicação e de rela- ções sociais. É territorial, temporá- rio e possui as seguintes caracterís- ticas: anonimato, não-organização, pouco contato social e modificação insignificante no comportamento dos componentes. Ex.: manifesta- ções públicas (pessoas reunidas de- liberadamente com um objetivo de- terminado); agregados residenciais (onde, apesar de seus componen- tes estarem próximos, mantêm-se relativamente estranhos); agregados funcionais (zona territorial onde os indivíduos mantêm funções espe- cíficas); multidões (quando várias pessoas ocupam determinado espa- ço físico de forma pacífica ou tu- multuada). F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 14 Agressão Resposta instrumental que resulta em ganhos positivos por parte do agressor e, quando isso não ocor- re, provoca a frustração, que pode gerar maior agressividade. Agressividade Conceituar? Depende da posição do pesquisador: neurofisiologista, etólogo, psicólogo, psicanalista. Disposição para agredir, para de- sencadear condutas hostis ou des- trutivas. Pessoas com agressivida- de excessiva geralmente foram ví- timas de agressão ou do excesso de experiências frustrantes. Tipos de ocorrência: ímpeto emo- cional e caótico (chorar, espernear, esbravejar); reação mais premedi- tada e vingativa (ataques físicos com socos, ponta- pés e mordidas); com o desenvolvimento da lin- guagem o ataque físico pode se transformar em verbal (xingar, praguejar e ridicularizar). Tipos de situação que po- dem gerar a agressividade: rejeição dos pais ou pa- rentes; excessiva tolerân- cia na agressividade; falta de supervisão dos pais ou responsáveis; desvios so- ciais dos pais ou respon- sáveis; discórdias em fa- mília; tratamento contra- ditório; ameaça e/ou ado- ção de punições físicas dolorosas. Dicas para o trabalho do professor: rever o seu lidar com a agressivi- dade; valorizar o afeto; estabelecer regras / sanções para um compor- tamento esperado da classe; rever a postura do professor na sala de aula (firmeza / honestidade / impar- cialidade); conscientizar a criança sobre a necessidade de auto-con- trole; conquistar o papel de media- dor; combater o ócio da classe; não ignorar brigas nem mostrar indife- rença perante elas; chamar e cienti- ficar os pais nos casos de compor- tamentos agressivos. Postura ideal do professor: persuasão, compreen- são e flexibilidade. (Palestra ministrada por Lídia Laça- va, Sieeesp, 2002.) B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 1515 Agrotóxico Defensivo agrícola com alta toxi- cidade. Agrupamentos sociais Reunião de indivíduos; associações. Englobam os grupos e os “quase gru- pos”: agregados (incluindo as mul- tidões), públicos e massa. Aids Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Doença de origem vi- ral, que causa o colapso do siste- ma imunológico do indivíduo, fa- zendo com que seu orga- nismo não consiga mais combater as infecções. O vírus transmissor é o HIV, e o contágio se dá através do sangue con- taminado ou do con- tato sexual. Apesar dos avançados es- tudos na área, cr iando trata- mentos mais efi- cazes, trata-se de uma doença fatal, cujo melhor combate é a prevenção. (Ver tam- bém HIV.) Ajustamento social Processo social que tende a esta- belecer o equilíbrio nas relações entre as pessoas. Alcorão Livro sagrado do islamismo que contém as doutrinas de Maomé. Tam- bém denomi- nado Corão. Alfabetização Ato ou efeito de alfabetizar. Trans- missão da instrução primária. Alfabeto Conjunto das letras usadas na grafia das palavras; abecedário. Álgebra Palavra de origem árabe que signi- fica “ciência da reintegração e equiparação”. Vertente da matemá- tica que estuda as operações com entidades abstratas. R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O 16 Alienação • Ação de transferir para outro. • Tornar-se alheio à um fato, aconte- cimento ou processo, transferindo para as outras pessoas a responsa- bilidade de agir. • Condições de trabalho em que os produtos são separados do interes- se e do alcance de quem os produ- ziu. Na vida econômica, o operá- rio, ao vender sua força de traba- lho, perde o que ele próprio pro- duziu. • Na linguagem informal, afirma-se que é alienado o indivíduo que não tem visão – política, econômica, so- cial – da sociedade e do papel que nela desempenha. Alma Essência de vida. Princípio espiri- tual do homem, imaterial, invisível e imortal, criado por Deus. Origem de todos os atos, pensamentos e sentimentos humanos. Alqueire • Medida de capacidade para grãos, variável nos diversos estados bra- sileiros. Ex.: 40 litros em São Pau- lo, 80 litros em Minas Gerais e Goiás. • Medida agrária equivalente a 48.400 m2 em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janei- ro, a 24.200 m2 em São Paulo e a 27.225 m2 nos estados do nordeste brasi- leiro. Alternância • Ação de alternar; repetição de dois motivos ou temas diferentes, sem- pre na mesma ordem. • Em educação, diz-se do movimen- to que valoriza os elementos ou rit- mos de uma série, fazendo-os agir alternadamente, em intervalos mais ou menos regulares, incitando um progresso, um desenvolvimento. Em psicologia, percebe-se que os períodos de avanço rápido são pro- cedidos de períodos de recolhi- mento, e que os períodos de con- flito e oposição são sucedidos por períodos de acordo. Amamentação Ato de amamentar, alimentar, nu- trir. A amamentação natural consis- te no oferecimento do leite mater- no pela mãe através do seu próprio corpo. Esse leite é o ali- mento mais completo para o bebê, pois possui todos os nutrientes neces sá r io s para seu pleno desenvo lv i - mento nos pri- meiros meses de vida, além de ser de fácil digestão, sendo mais bem absorvi- do pelo organismo que ainda não está plenamente adaptado ao nos- so mundo. Ao mesmo tempo, o lei- te materno é rico em elementos que B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L W W W .C E N T R A L X .C O M /C O R E S 1717 protegem o bebê de diversas doen- ças e infecções. Amar Ter amor, carinho, afeição ou pai- xão por alguém. Amasso Gíria que significa beijar, tocar e afagar de forma sensual. Amazônia Legal Área da Amazônia sob atuação da Superintendência do Desenvolvi- mento da Amazônia (Sudam) que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Ambiência • Meio onde se vive, material ou moral. • Clima psicológico em que a vida se desenrola (família, escola, grupo etc.) • Meio ambiente. • Espaço arquitetonicamente organi- zado. Ambiente Tudo aquilo que rodeia os seres vivos. Ambiente alfabetizador Tem o objetivo de promover situa- ções de leitura e escrita por parte dos alunos, diariamente, por meio de diversas atividades de comuni- cação e expressão. A participação dos alunos em atos que exploram diversos usos de es- crita e leitura, como ler uma notí- cia de jornal, copiar uma receita de doce, preparar convites para uma festa ou uma reunião, escrever um bilhete para um colega, manusear livros com histórias infantis; é de extrema importância para o proces- so de alfabetização. Amebíase Doença causada por um protozoá- rio denominado ameba, que se fixa no intestino, atacando as paredes internas do mesmo. F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 18 A amebíase, também chamada di- senteria amebiana, provoca diar- réias sanguinolentas e cheias de muco. Para prevenção da doença, aconselha-se ingerir água fervida ou clorada e ao comer alimentos crus lavá-los muito bem. Amizade Afeto recíproco, afeição. Amenorréia Ausência de menorréia ou mens- truação. Essa ausência pode ocor- rer por gravidez, quando a mulher passa por algum distúrbio psicoló- gico (estresse, trauma etc.) ou físi- co (anemia, anorexia, alguma cirur- gia), entre outros motivos. Amnésia Perda da memória, total ou parcial. Amor • Sentimento de afeto, ligação ou de- sejo sexual poderoso; uma das emo- ções humanas básicas. Existem mui- tos tipos de amor: amor familiar, o re- ligioso, o amor platônico, o amor por amigos, por um bichinho de estima- ção, pelo trabalho que realiza etc. • Podemos dizer que a criança tem uma necessidade natural de ser amada. O afeto que ela recebe, ou não, determina, em parte, seu com- portamento futuro em relação aos outros. Quando a criança é privada de relações afetivas, pode desenvol- ver graves perturbações e até mes- mo um comportamento agressivo ou apático. No ambiente escolar, a re- lação de afetividade também se faz presente e se modifica ao longo dos anos. Se nas séries iniciais o apoio afetivo é dado principalmente pelo professor, com o passar do tempo as relações sociais vão se modifican- do e a criança passa a se amparar cada vez mais em seus colegas e nos amigos da mesma faixa etária. Amor próprio Auto-estima, sentimento de valori- zação pessoal. Amoral Aquilo que não está de acordo nem contrário à moral, que não perten- ce à moralidade. Amostragem Seleção de amostra. Uma pequena parte selecionada que será utiliza- da para representar o todo. B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 1919 Análise Processo de decomposição, sepa- ração das partes de um todo. Estu- do de cada parte de um todo, vi- sando compreendê-lo melhor. Analogia • Ponto de semelhança entre coisas diferentes. • Em educação, dizemos da associa- ção, estabelecida pela imaginação e expressa pela linguagem, entre vá- rios objetos diferentes por natureza. • Aplicação da mesma linha de racio- cínio a objetos que são semelhantes. Anarquia Ausência de controle social por parte do Estado. Falta de uma au- toridade capaz de manter o equilí- brio da estrutura política, social, econômica etc. Negação do prin- cípio da autoridade. Anarquismo Teoria política e social segundo a qual todas as formas de governo in- terferem injustamente na liberdade individual. Defende que o Estado deve ser substituído pela coopera- ção de grupos associados. “Ancient Régime” (Antigo Regime) Expressão criada duran- te a Revolução Francesa para designar o absolu- tismo monárquico. Angústia • Sentimento de mal-estar psíquico, apresentan- do ansieda- de ou aflição intensa. É bastante co- mum duran- te o período da adoles- cência. • Filosofia: Para Kierkegaard, é a determinação que revela a condição espiritual do ho- mem, que se manifesta psicologi- camente de maneira ambígua e o desperta para a possibilidade de ser livre. E, para Heidegger, é a dispo- sição afetiva pela qual se revela ao homem o nada absoluto sobre o qual se configura a existência. Animação Em pedagogia, significa incitar a atividade em um grupo ou equipe por meio da motivação. Orientar essa atividade, bem como a ação dela resultante. Animismo • A crença de que todas as coisas, animadas ou inanimadas, são do- tadas de almas. • Atitude natural do comportamento infantil. A criança pensa e age R E P R O D U Ç Ã O F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 20 como se tudo a sua volta fosse do- tado de qualidades e capacidades semelhantes às suas. Anísio Teixeira (1900-1971) Nasceu em Caieté, na Bahia, e suas idéias influenciaram todos os seto- res da educação no Brasil e o sistema educacional da América Latina. Formou-se em Edu- cação na Universi- dade de Colúmbia e foi discípulo e amigo do educa- dor norte-americano John Dewey. No Brasil, em 1935, tornou-se se- cretário da Educação e Cultura do Distrito Federal e lançou um siste- ma de educação global do primá- rio à universidade. Foi membro do Conselho Federal de Educação, rei- tor da Universidade de Brasília e re- cebeu o título de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Obras do autor: Educação Pública: Organização e Administração; Edu- cação Não É Privilégio; A Educa- ção É um Direito; Pequena Intro- dução à Filosofia da Educação. Anistia Ato pelo qual o poder público de- clara determinados crimes pratica- dos até uma data específica como não puníveis. Anomia Ausência de leis, normas ou regras. Anorexia Perda de apeti- te. No período da adolescência é bastante co- mum os jovens (em especial as garotas) deseja- rem manter um peso mais bai- xo, em função do tipo físico ideal defendido pela mídia. Na ânsia por emagrecer, acabam co- metendo excessos que podem ge- rar distúrbios mais sérios, como a recusa do próprio corpo de rece- ber alimentos. Anormal Aquilo que está fora da normalida- de, uma exceção à regra. Anticoncepcional Substância que impede a concep- ção. Existem diversos ti- pos de anti- concepcio- nais, ou con- traceptivos. Os orais, elaborados à base de hor- mônios, são bastante utilizados em função da sua eficácia, porém o pre- servativo (camisinha) é o mais reco- mendado, por ser o único capaz de proteger também contra as doenças sexualmente transmissíveis. R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O 2121 Antígeno Substância nociva ao organismo, mas que em circunstâncias favorá- veis possibilita que o indivíduo ex- posto produza uma resposta imu- nológica específica, com a forma- ção de anticorpos ou de linfócitos. Antinomia Contradição entre duas leis, prin- cípios ou normas de um grupo ou sociedade. Antropologia • Estudo ou reflexão acerca do ser humano como um ser específico dentro da natureza. • Denominação comum a diferentes ciências ou disciplinas cujos obje- tivos são descrever e analisar o ho- mem com base nas características biológicas – antropologia biológi- ca – ou sociais e culturais – antro- pologia cultural. Antropomorfismo Tendência que estende atributos humanos, tanto físicos como psí- quicos, a divin- dades ou seres sobrenaturais. Ânus Abertura no final do reto por onde saem as fezes. Aparelho reprodutor Grupo de órgãos cuja finalidade é possibilitar a re- produção. No ser humano podemos dist in- guir entre o apare- lho reprodutor fe- minino e o apare- lho reprodutor masculino. “Apartheid” Termo que significa separação e é utilizado para designar o sistema oficial de segregação racial que era praticado na África do Sul. Nesse sistema, cada grupo étnico tinha seu desenvolvimento paralelo e to- talmente separado dentro do mes- mo país, sendo que a minoria bran- ca era privilegiada. Apatia Estado ou sentimento de indiferen- ça em relação a tudo ou a algo es- pecífico. Falta de interesse do aluno frente às atividades e aos conteúdos apre- sentados. Aplicação Ação de aplicar. Pôr em prática al- gum estudo, idéia ou teoria. “A posteriori” Conhecimento adquirido em fun- ção da experiência posterior. Zeus B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O 22 Apreensão Ato ou efeito de apreender. Retirar algo de uma pessoa. Receio, preo- cupação, cisma. Em filosofia, dize- mos do conhecimento imediato da idéia de um objeto. Aprendizagem Ato de aprender. Concepção construtivista de apren- dizagem: Aprender é construir – a aprendizagem é entendida como construção de conhecimentos. Prio- ridade no processo – os alunos são ativos; ao aprenderem, o que muda é que não importa apenas a quan- tidade de informação que ele pos- sui, mas sua competência (ser, fa- zer, compreender, questionar, refle- tir), as possibilidades de continuar aprendendo. Aprender não é co- piar ou reproduzir a realidade, mas elaborar uma representação pes- soal sobre um conteúdo ou objeto da realidade. Não há aprendizagem sem conteúdos; os conhecimentos não são estáticos e permitem a construção de outros. Os conhecimentos resultam de um processo de construção interno, no qual as crianças pensam e refletem sobre o que desejam conhecer. Aprender a brincar, a falar, a ler e escrever e a efetuar cálculos men- tais são cruciais para o desenvolvi- mento da competência de pensar. O pensamento se desenvolve, tam- bém, por meio da interação social, na qual conflito e negociações são efetivamente indispensáveis. Aprendizagem lúdica Ato de aprender brincando, com jogos, brincadeiras, desafios, mú- sicas, cantigas etc. “(...) Abre-se, assim, um espaço pro- pício ao nascimento da Psicologia In- fantil, que desabrocha, no século XX, com a produção de pesquisas e teorias que discutem a importância do ato de brincar para a construção de repre- sentações infantis. Estudos e pesqui- sas de caráter psicogenético, encabe- çados por Piaget, Bruner, Vygotsky, entre outros, fecundam relevantes pressupostos para a construção de re- presentações infantis relacionadas às diversas áreas do conteúdo, influen- ciando as atividades curriculares dos novos tempos. Brincar é muito importante, porque, enquanto estimula o desenvolvimen- to intelectual da criança, também en- sina os hábitos necessários ao seu cres- cimento.” (Beheheim, 1988, p.168.) “Vygotsky atribui importante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. Segundo ele, através da brincadeira, o educando re- produz o discurso externo e o inter- naliza, construindo seu próprio pen- B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 2323 samento. A ludicidade e a aprendiza- gem não podem ser consideradas como ações com objetivos distintos. O jogo e a brincadeira são, por si só uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem à criança comportamento além dos ha- bituais. Nos jogos ou brincadeiras a criança age como se fosse maior do que a realidade, e isto, inegavelmen- te, contribui de forma intensa e espe- cial para o seu desenvolvimento. A brincadeira, o jogo e o movimen- to natural e espontâneo (que ocorre na recreação) são fatores fundamentais em toda e qualquer escola de educação in- fantil e fundamental, uma vez que os mesmos contribuem e muito na edu- cação e formação geral do educando. É através do lúdico que ela abandona o seu mundo de necessidades e cons- trangimentos e se desenvolve, criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A infância é, portanto, um período de aprendizagem neces- sária à idade adulta. É nesse momento que a brincadeira se torna uma opor- tunidade de afirmação de seu ‘eu’. Brincando a criança se torna espon- tânea, desper- ta sua criativi- dade e intera- ge com o seu mundo interior e exter ior.” (Queiroz, Tâ- nia Dias e João Luiz Martins, Jogos e Brincadeiras de A a Z, 2002.) “Alexis Leontiev (1988) afirma que é na atividade lúdica que o educan- do desenvolve sua habilidade de su- bordinar-se a uma regra, mesmo quando um estímulo direto o impele a fazer algo diferente. Dominar as re- gras significa dominar seu próprio comportamento, aprendendo a con- trolá-lo, aprendendo a subordiná-lo a um propósito definido. O jogo e a brincadeira permitem ao aluno criar, imaginar, fazer de conta, funcionam como laboratório de apren- dizagem, permitem ao aluno experi- mentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender”. (Vygotsky e Leontiev, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem, São Paulo, Edusp, 1998.) Aprendizagem significativa Os conhecimentos precisam ser funcionais, isto é, devem ser efeti- vamente utilizados pelos alunos. Os assuntos trabalhados com os alu- nos devem guardar relações espe- cificadas com a lógica e os níveis de um conhecimento das mesmas. Jerome Bruner R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 24 “A priori” Anterior a qualquer experiência. Aprovação social O desejo de adquirir prestígio jun- to a família, amigos, companheiros, no clube ou na comunidade, e de ser louvado, apreciado ou recom- pensado, de alguma forma, consti- tui uma das mais poderosas moti- vações sociais. Muitas vezes, a criança solicita a aprovação da família e, às vezes, de adultos estranhos, exibindo seu repertório de artimanhas, trepando, saltando, recitando poesias e rimas. Na fase adulta, em vez de apresen- tar atos positivos, o indivíduo pode cair na fanfarronice, na arrogância, na falta de educação e até apelar para atos anti-sociais e criminosos: qualquer atenção que se consegue atrair, mesmo sendo adversa, é melhor de que nada. Aptidão Capacidade natural para alguma coisa. Aquisição • Ato de adquirir. Em educação, o processo de desenvolvimento da língua materna. • Dentro da pedagogia ativa, a aqui- sição de um novo conhecimento ocorre por meio da motivação, do esforço e do interesse do aluno; so- mente assim aquilo que lhe é ensi- nado passará realmente a fazer par- te do seu universo. • Aquisição de hábitos: nesse sen- tido consiste em incutir na crian- ças hábitos e mecanismos que são considerados socialmente importantes, sem que aja um questionamento intelectual de sua importância. Ar livre Do lado de fora. Fora de um ambi- ente fechado. Em educação, dize- mos das atividades realizadas fora da sala de aula. Área cultural Áreas geográficas onde há seme- F O T O S : B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L 2525 lhanças em relação aos traços, complexos e padrões culturais dos grupos humanos. Argumentação Ação de argumentar. Defesa de idéias; discussão; demonstração. Aristocracia Organização política de uma socie- dade onde o governo é exercido por uma camada social privilegiada. A nobreza, os fidalgos, a classe alta. Aristóteles (384-322 a.C.) Filósofo grego, nasci- do na Macedônia. A partir de 367, tornou- se discípulo de Platão, e é considerado um dos mais brilhantes fi- lósofos e o maior or- ganizador do saber de toda Antiguidade. Aritmética • Parte da matemática que estuda as propriedades elementares dos nú- meros racionais e as operações com eles realizadas. • Podemos dizer que atualmente é o ramo da matemática que estuda os conjuntos de números inteiros na- turais N; de números inteiros rela- tivos Z; e de números racionais R, incluindo-se as frações. Arte • Capacidade humana de expressar suas idéias, sensações e emoções por meio de criações estéticas. O conjunto das obras artísticas de um país ou de uma época. • As diferentes formas e regras para realizar uma atividade ou ofício. Arte clássica Estilo artístico grego do período clássico (séculos V e VI a.C.) pre- R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E I M A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O 26 sente na arquitetura, nas esculturas e nas pinturas. Apresenta como ca- racterísticas o humanismo, a afir- mação da razão, a busca da har- monia e da beleza, o naturalismo e o ideal de juventude e serenida- de. Os motivos inspirados na mito- logia se misturam com os da vida cotidiana. Arte-educação Os PCNs-Arte expressam uma con- cepção ampla de arte, que integra as produções populares, eruditas e da indústria cultural. Suas propos- tas procuram resgatar os conteúdos específicos da arte e, mais precisa- mente, os conteúdos de cada lin- guagem artística. Os Parâmetros para a Arte apontam para uma re- novação, ajudando a consolidar uma nova postura pedagógica e a concepção da Arte como uma área de conhecimento específico. A par- tir dos PCNs, os alunos deverão compreender a Arte como fato his- tórico contextualizado nas diversas culturas, interagindo com materiais, instrumentos e procedimentos va- riados em artes – visuais, dança, música, teatro; deverão observar as relações entre o homem e a reali- dade, exercitando discussão, inda- gando, argumentando, desenvol- vendo sensibilidade, criatividade, conhecimento estético, autoconfian- ça, produzindo e apreciando a pro- dução coletiva, organizando infor- mações sobre a Arte em contato com artistas, acervos, espaços da escola e públicos. Artes liberais Constituem as sete artes liberais da Grécia Antiga, as artes do homem livre diferenciadas das artes do ho- mem servil, que eram as artes me- cânicas. Na Idade Média: gramáti- ca, retórica e dialética é o trivium; geometria, artimética, astronomia e música é o quadrivium. Arte nova (“Art Nouveau”) Forma de arte que surgiu na Euro- pa durante a transição do século XIX para o XX, como uma reação contra os principais valores estéti- cos convencionais. Tinha como ob- jetivo redefinir a função social da arte, visando a sua aplicação práti- ca e pedagógica, libertando o ho- mem do peso da mecanização por meio do embelezamento de seu co- tidiano. As principais característi- cas são: a simplificação do natura- lismo por abstrações e assimetrias e a introdução de traços orientais (em virtude da abertura do Japão ao mundo, permitindo uma maior divulgação de sua cultura). Na ar- R E P R O D U Ç Ã O 2727 quitetura, o uso do ferro e do vidro se acentua, como reflexo das ino- vações tecnológicas do século XIX. Arte rupestre Expressão artístico-simbólica do período Paleolítico, em que os ca- çadores representavam seu cotidia- no por meio de pinturas e gravuras na rocha (rupes) das paredes e te- tos das grutas e cavernas. Relacio- nada com ritos mágicos, desenha- vam figuras humanas, mãos e, so- bretudo, animais (bisontes, touros, cavalos, mamutes, veados etc.). Artificialismo Em educação, diz-se da caracterís- tica infantil de perceber as coisas e os fenômenos naturais numa pers- pectiva finalista. Ex.: Chove para regar as plantas. Ascenção social Diz-se da melhora de posição do indivíduo dentro do sistema de estratificação social, integrando um grupo de situação superior a do seu grupo anterior. Assédio sexual Insistência impor- tuna por meio de olhares, convites, sugestões, elogios, ameaças, ou contato físico, repeti- dos e indesejados, que causam mal-estar na outra pessoa. Assimilação • Processo social em virtude do qual indivíduos e grupos diferentes acei- tam e adquirem padrões compor- tamentais, tradição, sentimentos e atitudes de outra parte. É um ajus- tamento interno e indício da inte- gração sociocultural, ocorrendo principalmente nas populações que reúnem grupos diferentes. • Em educação, é o nome que se dá ao erro de leitura em que ocorre a repetição de uma mesma letra no interior da palavra. Assimilação progressiva: dedilitro em lugar de decilitro. Assimilação regressiva: salchicha em lugar de salsicha. • Operação pela qual o indivíduo elabora e interioriza o conhecimen- to para ele proposto. • Ação pela qual a criança interio- riza o meio, para então adaptá- lo interiormente ao seu universo (seu organismo, sua capacidade cognitiva). • Operação complementar da aco- modação. A assimilação prolonga naturalmente o processo de aqui- sição, integrando os conhecimen- tos em conjuntos que ainda podem ser modificados. Assincrônico Que não tem sincronia. De acor- do com o sociólogo italiano Gino Germani (1911-1979), isso se dá quando os diversos aspectos da R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 28 cultura e da sociedade não cami- nham no mesmo ritmo, não ocor- rendo sincronicamente. Assistencialismo Ação realizada pelo poder público a fim de desviar a atenção de gru- pos, associações, sindicatos etc. da causa real de um problema. Dessa forma, o debate fica concentrado apenas nas conseqüências de um problema. Ex.: no caso da violên- cia, mobiliza-se uma associação ou um grupo para fortalecer o policia- mento, sem no entanto combater as possíveis causas, como o desem- prego, a falta de escolas etc. Associação Combinação, união. Organização social cuja característica é ser mais especializada e menos universal do que as instituições. União de várias pessoas por um fim específico; con- junto de ações específicas pelas quais os homens se aproximam. Associação de pais e mestres Entidade da qual participam repre- sentantes dos professores, da direção da escola e dos pais dos alunos, com o objetivo de realizar melhorias e benfei- torias dentro da uni- dade escolar. Ateísmo Falta de crença em qualquer divin- dade. Não acreditar em Deus e não seguir nenhuma religião. Ser ateu. Atenção Concentrar-se em algo, voltar a mente para uma única coisa; re- flexão. Atitude • Forma de pensar e proceder de uma pessoa. Processo de consciência in- dividual que determina a real ou pos- sível posição do indivíduo no mun- do social. A tendência de agir da maneira coerente com referência a certo objetivo ou ponto de vista. • Posicionamento e ação do profes- sor em relação ao aluno e vice- versa. Comportamento do profes- sor em relação ao aluno, indepen- dentemente do conteúdo a ser es- tudado. Atividade • Atos motivados de um indivíduo, com o objetivo de produzir um resultado. • Em psicologia, é o conjunto de fe- nômenos psíquicos (instinto, von- tade, estímulo etc.) que conduzem à ação. F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 2929 Atividade sexual Praticar atos sexuais de qualquer natureza (genitais, orais, anais, ca- rícias sensuais, masturbação etc.). Ativo • Aquele que age. • Em educação, esse termo qualifica tanto o professor como o aluno que age, bem como o método que faz agir, isto é, uma pedagogia baseada na ação, na atividade e na iniciativa. • Em sexualidade, diz-se do indiví- duo que pratica a penetração du- rante o ato sexual. Ato Ação do conjunto com um fim definido. Em metafísica, (Aristóte- les) significa o que está plenamen- te realizado. Atraente • Aquilo que atrai. • Em pedagogia, diz-se dos métodos ou dos processos pedagógicos que se opõem ao ensino dogmático, que buscam captar espontanea- mente a atenção dos alunos, des- pertando o interesse na aprendiza- gem por meio de práticas diversas, como o jogo, por exemplo. Atraso • Costuma-se dizer das crianças que apresentam progressos na aprendi- zagem inferiores ao do conjunto de alunos da mesma sala, com a mes- ma faixa etária. • O atraso escolar assim como as di- ficuldades em aprender são ques- tões delicadas e polêmicas dentro da pedagogia, por compreenderem uma gama imensa de possíveis cau- sas, inclusive a má qualidade do ensino oferecido e a falta de res- peito às características individuais de cada aluno. Audiovisual Recursos pedagógicos que utilizam o som e a imagem. Além da imagem da palavra escrita (livros, murais, qua- dros, cartazes etc.) presente nas prá- ticas escolares há muito tempo, te- mos mais recentemente o uso de re- cursos como a música, o cinema, os projetores etc, que ampliam e enri- quecem as atividades pedagógicas. Ausência • Ausência de normas. Aplica-se tan- to à sociedade como às pessoas: F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 30 significa estado de desorganização social ou pessoal ocasionado pela falta real ou aparente de normas. • Perda de memória, lacuna nas lem- branças. • O não-comparecimento à escola ou à alguma atividade desta. • A não-participação física ou men- tal nas atividades propostas. Autismo Patologia que se caracteriza pelo desligamento da realidade exterior e pela criação mental de um mun- do interior autônomo. Autocontrole • É o domínio de si próprio. • O controle e a percepção por parte do aluno dos seus próprios conheci- mentos, progressos e aquisições. Em certos países, como os Estados Uni- dos e o Canadá, existem metodolo- gias que estimulam essa autonomia. Autocracia Governo exercido por uma única pes- soa de maneira des- pótica, absoluta. Automação Sistema automático onde os seres humanos são substituídos por má- quinas, praticamente autônomas, na realização de tarefas repetitivas. Pode ocorrer em qualquer setor da sociedade. Automatização. Automatismo Ação psíquica que ocorre de for- ma automática, sem o controle da vontade e até mesmo da cons- ciência. Após a aprendizagem, grande parte das ações se tornam automatismos. Autonomia Termo que significa governar por si mesmo, reger-se por leis próprias, liberdade ou independência moral ou intelectual. Aquele que tem independência e segue suas próprias leis. Liberdade para tomar as próprias decisões, de acordo com as regras ou os impe- rativos que o indivíduo impõe a si mesmo. A autonomia é um processo que se dá ao longo da vida e depende da qualidade vivida por cada pessoa. Autonomia regional Prerrogativa que permite a determi- nada região manter uma adminis- tração autônoma, apesar de conti- nuar subordinada às determinações dos órgãos de soberania do Estado a que pertence. Autoridade • O poder exercido de maneira le- gítima. • Em educação, a autoridade pode ser exercida de duas formas: pelo poder R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 3131 de se fazer obedecer, de se impor sua vontade, de exigir, de mandar; ou en- tão pela influência e pelo magnetis- mo que emana do professor, por suas qualidades, como liderança, compe- tência, amizade etc. Autoritarismo Caráter ou sistema autoritário. Despotismo (poder absoluto e ar- bitrário). A pedagogia autoritária é aquela que prioriza a repetição, a decoreba, na qual o aluno é ou- vinte passivo, considerado uma tábula rasa, uma folha de papel em branco, cabendo ao professor preencher essa folha. O professor, assim, é um informador, contro- lador e classificador do produto (que é o aluno). Avaliação Apreciação, ação de determinar o valor de um trabalho, de uma ação. Consiste na coleta de dados quan- titativos e qualitativos. No universo pedagógico, o termo avaliação tem sido empregado para referir-se a: medida de desempenho escolar, procedimento de atribui- ção de nota / conceito ou aplica- ção de um instrumento de testagem do aproveitamento escolar – “pro- va”. Assim, revisar o significado de alguns termos, segundo alguns teó- ricos, é importante para nos apro- ximarmos de sua definição. ”Avaliação é um termo bem mais abrangente do que medida. Avaliação inclui descrições qualitativas e/ou quantitativas do comportamento do aluno e mais julgamento de valor quanto à desejabilidade do compor- tamento. Medida é limitada a descri- ções quantitativas do comportamen- to do aluno.” (Gronlund, 1974) “Avaliação não visa apenas mensuração, ou seja, apreciação do status atual de um fenômeno de um modo preciso, mas também um jul- gamento, uma determinação de va- lor.” (Popham 1977) F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 32 “Avaliação é sinônimo de evolução. Avaliação é, basicamente, acompa- nhamento da evolução do aluno no processo de construção do conheci- mento. Eu não posso me postar no fi- nal do caminho e dizer se o aluno che- gou lá. É preciso acompanhá-lo duran- te todo o caminho.” (Hoffmann, 2003) “Avaliar é um ato pelo qual, atra- vés de uma disposição acolhedora, qualificamos alguma coisa (um obje- to, uma ação ou pessoal) tendo em vis- ta, de alguma forma, tomar alguma decisão sobre ela.“ (Luchesi, 2000) “A avaliação é uma tarefa comple- xa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas – a men- suração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa – a avaliação, assim, cumpre funções pedagógico- didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a ins- trumentos de verificação do rendi- mento.” (Libâneo, 1994). “O ‘fenômeno avaliação’ é, hoje, um fenômeno indefinido. Usam o ter- mo com diferentes significados rela- cionados à prática avaliativa tradici- onal: prova, nota, conceito, boletim, recuperação, reprovação. Dar nota é avaliar e o registro das notas denomi- na-se avaliação. Ao mesmo tempo, significados são atribuídos ao termo: análise de desempenho, julgamento de resultado. (...) A avaliação na pers- pectiva de construção do conheci- mento parte de duas premissas: con- fiança na possibilidade dos educan- dos construírem suas próprias verda- des e valorização de suas manifesta- ções e interesses. Exige do professor uma concepção de criança como su- jeito, seres autônomos, intelectual e moralmente. Nessa dimensão, os er- ros, as dúvidas dos alunos, são consi- derados episódios altamente signifi- cativos. Assim, avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão.” (Jus- sara Hoffmann, 2003) Segundo os PCNs, a avaliação atual apresenta três funções: Diagnosticar (avaliação diagnósti- ca; início do curso/conteúdo). Controlar (avaliação formativa; du- rante todo o ano letivo, feed-back; identifica deficiências). Classificar (avaliação somativa; fi- nal de curso/conteúdo). Avaliação de competências “A avaliação de competências visa verificar a capacidade do educando no enfrentamento de situações con- cretas, sendo que o foco não é ape- nas na tarefa, mas na mobilização e articulação dos recursos que o edu- B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 3333 cando dispõe, construídos formal ou informalmente. Esses recursos dizem respeito aos saberes, saber fazer e saber ser relacionados a uma deter- minada profissão e implicam em de- senvolvimento autônomo, assunção de responsabilidades, postura crítica e, sobretudo, comportamento ético.” (Adaptado e extraído da Revista Nova Escola, Philippe Perrenoud, 2002.) Avaliação diagnóstica O objetivo desse tipo de avaliação é diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos e os problemas de aprendizagem. Deve ser feita a todo momento, para que o profes- sor possa dar um bom acompanha- mento aos alunos e ajudá-los a su- perar as dificuldades. Pode ser con- figurada dentro dos aspectos ou funções, tais como: Avaliação educacional “Um exemplo de avaliação edu- cacional seria verificar se o país está desenvolvendo uma educação de qualidade, traduzida não apenas em termos de acesso (quantidade), como de qualidade (desenvolvimento da cidadania). Para a avaliação educa- cional, concorre, evidentemente, a avaliação de currículos, buscando-se neles indicadores sobre a qualidade de seus principais componentes: ob- jetivos, estratégias de ensino, desem- penho dos docentes, materiais instru- cionais e as próprias formas de ava- liação da aprendizagem. Esta última é de responsabilidade dos docentes, e é proposta, atualmente, com dife- rentes referenciais: conteúdos, ha- bilidades, capacidades e competên- cias.” (Adaptado de Avaliando Com- petências na Escola de Alguns ou na Escola de Todos? Léa Depresbiteris in http://www.senac.br/informativo/ BTS/273/boltec273d.htm.) Avaliação formativa O objetivo desse tipo de avaliação é controlar o processo de aprendi- zagem do aluno durante todo o ano letivo, fornece feed-back, e identi- fica deficiências durante o proces- so. Pode ser configurada dentro dos aspectos ou funções, tais como: Avaliação somativa Avalia o desempenho do aluno ao final de cada porção de conteúdo; conhecer principalmente as aptidões, os interesses e as capacidades enquanto pré- requisitos para futuros trabalhos Orientar Explorar Identificar Adaptar Predizer Aluno enquanto produtor OBJETIVOS INTERESSES BUSCA A V A LI A Ç Ã O D IA G N Ó ST IC A OBJETIVOS INTERESSES BUSCA A V A LI A Ç Ã O F O R M A TI V A Regular Situar Compreender Harmonizar Tranqüilizar Apoiar Reforçar Corrigir Facilitar Dialogar Aluno em proces so de produ- ção informações sobre estraté- gias de solu- ção dos pro- blemas e das dificuldades surgidas 34 é cumulativa, procura verificar a to- talidade de conhecimento aprendi- do e pode ser configurada dentro dos aspectos ou funções, tais como: Avaliação qualitativa É realizada ao longo do processo de aprendizagem (formativa) e ao final do processo de aprendizagem (somativa). Inúmeros são os méto- dos avaliativos utilizados no pro- cesso de acompanhamento do alu- no, como, observações, reflexões, produções individuais ou em gru- pos, participação nos debates, nas dramatizações, seminários, elabo- ração de cartazes, campanhas, murais etc. Avaliação quantitativa É realizada em vá- rias situações de aprendizagem. São atribuídos valores quantitativos aos itens de testes e provas. São verifi- cadas respostas cer- tas ou erradas. Axiologia Estudo dos valores, em especial dos valores morais, que inspira a educa- ção moral empreendida na escola. Axioma Método que se refere aos axiomas (verdades evidentes, embora indemonstráveis), a fim de estabe- lecer um fato, construir um racio- cínio ou expor uma solução. Base de um sistema dedutível, como a lógica. observar comportamen- tos globais, socialmente significativos, determinar conhecimentos adquiridos e, se possível, dar um certificado Verificar Classificar Situar Informar Certificar Pôr a Prova Aluno como produtor final OBJETIVOS INTERESSES BUSCA A V A LI A Ç Ã O S O M A TI V A F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 3535 “Background” cultural As bases culturais de uma socie- dade. Barreira social Fatores culturais que dificultam ou até impossibilitam o acesso de al- guém a um determinado grupo ou camada da sociedade. Essa barrei- ra pode se dar por meio de obstá- culos como diferenças culturais, raciais, preconceitos etc. ou resis- tências (ações conscientes e deli- beradas que impedem a mudança social). Bebê prematuro Criança nascida com menos de 37 semanas de gestação. Esses bebês podem precisar de cuidados médi- cos especiais nos primeiros dias de vida, mas, as- sim que alcan- çam a matura- ção e resistên- cia necessária, tendem a se desenvolver de forma normal e saudável. Behaviorismo Palavra de origem inglesa que se re- fere ao estudo do comportamento. Psicologia objetiva, iniciada por Watson e desenvolvida por Skinner. O behaviorismo surgiu no começo do século XX, sendo um método de observação psicológica que tem por objeto os estudos das relações entre os estímulos e as respostas comportamentais do sujeito. Barreira social? “Preconceito existe pela ignorância, pela incapacidade de compreender e aceitar as diferenças. Diferenças de cor, raça, sexo, classe social e até de linguagem. E é justamente na linguagem que se encontrará uma das piores manifestações de preconceito, o preconceito contra as formas consideradas ‘erradas’ de falar e de escrever, que corta as asas, barra as entradas, limita o crescimento, despreza e marginaliza.” (Chris Bueno, Projeto Aprendiz.) FOTOS: BANCO DE IMAGENS RIDEEL 36 Beijo Ato de tocar os lábios em alguém ou alguma coisa. O beijo é uma das formas de expressar amor, carinho, afeto ou amizade por alguém. Exis- tem várias for- mas de beijar alguém, como o beijo de cum- primento, quan- do costumamos tocar com os lá- bios no rosto do outro; ou o bei- jo sensual, quan- do as duas pessoas abrem os lábios e tocam as línguas, que exprime o desejo sexual. Beleza Característica daquilo que é belo, agradável, que encanta. Belo Bonito, agradável, grandioso, har- monioso, que desperta o prazer naquele que o percebe; que faz nascer no ser humano um prazer desinteressado, ligado a uma uni- versidade de direito, não de fato; que provoca emoção estética. Bem • Qualidade de caráter moral ligado às ações humanas. Tudo o que é bom e virtuoso. • Aquilo que é útil ou proveitoso para um fim determinado. Bens Aquilo que pertence a alguém. Coi- sas concretas que são produzidas para satisfazer as necessidades do homem. Propriedades. Bias Ponto de vista parcial, preconcei- tuoso. Condicionamento social do pensamento que pode provocar a distorção dos fatos por motivos in- conscientes. Bíblia Livro sagrado cristão composto por diversos textos religiosos antigos que contam a história do povo hebreu e dos primeiros cristãos, ins- tituindo um conjunto de regras morais. Divide-se em Antigo Testa- mento e Novo Testamento. Bibliografia Estudo dos livros enquanto unida- des físicas, sua história, descrição B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 3737 e classificação. Relação das obras consultadas por um autor. Biblioteca Coleção organizada de livros. Edi- fício onde os livros são instalados de forma ordenada para uso de consulta pública, ou de grupos se- lecionados de pessoas. Biodiversidade Corresponde ao grupo variado de espécies animais, vegetais ou de outras categorias taxonômicas exis- tentes em uma determinada região. Biografia A descrição da história de vida de uma pessoa. Biologia • É o estudo dos seres vivos e das ne- cessidades vitais. • Em educação, o estudo biológico do ser humano tem trazido contri- buições fundamentais para o de- senvolvimento de pesquisas na área de ensino e aprendizagem. É o caso, por exemplo, dos estudos so- bre a memória, sobre o desenvol- vimento cognitivo, das relações do ser humano com o ambiente em que vive, da análise do código ge- nético etc. Biomassa • Matéria vegetal utilizada como fon- te de energia. • Quantidade de matéria orgânica existente num organismo ou num ecossistema. É ainda o peso vivo constituído pelos componentes bióticos de um ecossistema. Bissexual • Em biologia, aquele que reúne em si mesmo os dois sexos. • Em comportamento, é a palavra uti- lizada para descrever uma pessoa que se sente atraída sexualmente tanto pelo sexo feminino quanto pelo masculino. Boicote Ação de boicotar. Exs.: Não comprar um produto de determinada origem. Sansão que suspende as relações comerciais, sociais ou políticas em relação a um determinado país. Bolchevismo Sistema social ou doutrina política defendida por Lênin e seus segui- dores revolucionários e que foi im- plantada na Rússia, em 1917. Bom Aquilo que é satisfatório. Benévo- lo, eficiente, competente, hábil. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 38 Usado também no sentido de in- tensidade de tempo. Bramanismo Religião surgida na Índia. Pregava como ideal o afastamento dos atos tidos como mundanos para se al- cançar a aproximação com os deu- ses. O bramanismo aceitava a exis- tência de castas na sociedade. Os principais deuses cultuados eram Brama, Vishnu e Shiva, sendo o pri- meiro o deus supremo. Brincar No universo pedagógico, brincar é uma proposta criativa e recreativa de caráter físico ou mental, desen- volvida espontaneamente, cuja evolução é definida e o final nem sempre previsto. Quando sujeito a regras, estas são simples e flexíveis e seu maior objetivo é a prática da atividade em si. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento e a educa- ção de um indivíduo. A brincadeira faz com que a crian- ça desenvolva sua imaginação, atenção, imitação e memória, além de amadurecer algumas competên- cias para a vida coletiva, por meio da interação e da utilização/expe- riências de regras e papéis sociais. Ao brincar, a criança explora, per- gunta e reflete sobre as formas cul- turais nas quais vive e sobre a rea- lidade circundante, desenvolven- do-se psicológica e socialmente. O brincar é uma forma de lingua- gem, pois permite que a criança se comunique com as outras pessoas, expressando seu mundo interior. O brincar é um processo no qual as crianças trocam entre si suas dú- vidas, angústias e hipóteses sobre os mais diferentes assuntos. O brincar pode favorecer a auto-es- tima das crianças de forma criativa, auxiliando-as a compreender e in- teragir com o mundo em que vive. Buda Buda nasceu numa família real do reino do Himalaia, mais ou menos em 600 a.C. Era ainda uma crian- cinha quando um velho sábio cha- mado Asita visitou o palácio. Asita era um homem de Deus e trouxe as boas novas ao pai de Buda B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 3939 de que seu filho haveria de tornar-se o salvador da humani- dade. Buda então foi chamado de Príncipe Gautama. Budismo Sistema filosófico e religioso fun- dado na Ásia Central por Siddharta Gautama, o Buda (que significa “iluminado”), no século VI a.C. O budismo tem como objetivo final fazer com que seus seguidores al- cancem o estado de nirvana – au- sência de sofrimento e sentimento de paz e plenitude por meio da sa- bedoria. A religião se manifesta em duas correntes: a maaiana, também conhecida como “Grande Veículo” e a hinaiana, chamada de “Peque- no Veículo”. A maaiana determina que, apesar de o nirvana ser o ob- jetivo final, por compaixão ele deve ser adiado para que o sábio se de- dique a transmitir seus conhecimen- tos a outros. A corrente hinaiana se- gue os princípios tradicionais da doutrina budista. Burguesia A origem etimológica da palavra burguesia vem de burguesis deri- vação do alemão burg, que signifi- ca “praça fortificada, armada”. Foi, porém, em francês que o termo burguesia se popularizou. A partir do século VIII, o termo burguês pas- sou a ser empregado na Europa para designar, em especial nos tex- tos jurídicos, os habitantes das vi- las e cidades -– comerciantes em particular –, que possuíam um cer- to número de privilégios que lhes garantiam seus bens e suas ativi- dades. Para usufruir desses privi- légios, era preciso residir na vila ou no burgo. Com o passar do tem- po, o nome burguesia passou a de- signar todos os moradores da vila. Assim, a burguesia passou a ser, durante a Idade Média, um seg- mento social formado por homens juridicamente livres e economica- mente independentes, dedicados aos negócios e às pequenas ativi- dades industriais. Na sociedade medieval, rigidamen- te hierarquizada, o burguês era o homem livre que se antepõe ao cle- ro e à nobreza. A burguesia conso- lidou-se, historicamente, a partir do século XI, em conseqüência do re- nascimento do comércio nos cen- tros urbanos. Os burgueses não dependiam da terra e sua identifi- cação social se fez pelo trabalho e pelo dinheiro. Conseqüentemente, tornam-se independentes nas rela- ções do regime feudal, aparecen- do como uma classe livre, sem vin- culação nem obrigações de suse- rania e vassalagem. A burguesia era composta de mas- cates, comerciantes, corretores e ar- tesãos. É preciso salientar que tal composição variou de acordo com a época e o lugar. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 40 O século XIX foi a fase de ouro da burguesia. Para fazer parte dela, era necessário ter fortuna ou uma ren- da satisfatória, possuir empregados, demonstrar certa cultura e adotar determinados valores que caracte- rizassem um estilo de vida. A interpretação marxista identifica a burguesia como uma classe domi- nante na sociedade capitalista. Dis- pondo dos meios de produção, sua fonte de renda provinha da mais-va- lia. Na fase inicial do capitalismo, a burguesia estimulou as forças produ- tivas, a fim de assegurar seu domí- nio político e econômico. A burguesia estruturava-se em ca- madas: a alta, a média e a peque- na burguesia. Todas, entretanto, possuíam idéias dominantes co- muns. Atualmente, porém, a bur- guesia não demonstra a mesma unidade. A camada inferior surge cada vez mais proletarizada, social e economicamente. Entretanto, per- manece o fato de que ela é uma fon- te de poder, mantendo-se as mes- mas tensões características da luta de classes, com ela de um lado e o proletariado do outro. Burguesia capitalista Nas sociedades industrializadas, a burguesia passou a receber essa denominação a partir do século XIX. Detentora do capital e dos meios de produção (principais fa- tores de riquezas), essa classe pas- sou a dominar a sociedade pela influência que nela exercia, por sua imagem de sucesso e pelo contro- le dos meios de comunicação so- cial; e a política, por exercer pres- são sobre os partidos e os gover- nos. (Ver consciência de classe.) Burocracia Organização com cargos hierarqui- zados, delimitados por normas, com área específica de competência e de autoridade, dotados tanto de poder de coerção quanto da limitação des- ta, em que a obediência é devida ao cargo e não à pessoa que o ocu- pa; as relações devem ser formais e impessoais, sem apropriação do car- go que, para ser preenchido, exige competência específica; todos os atos administrativos e decisões têm de ser formulados por escrito. Busto Seios da mulher, peito. Denomi- nação dada à es- cultura ou pintu- ra da região do corpo humano que inclui cabe- ça, pescoço e uma parte do peito. F O T O S : R E P R O D U Ç Ã O 4141 Cálculo Operação efetuada com números, como soma, subtração, divisão e multiplicação. Em nível mais avan- çado, o cálculo inclui símbolos. Caloria Quantidade de calor necessária para elevar de 14,5 oC a 15,5 oC a temperatura de um grama de água. Termo também usado na medição de quantidade energética de ali- mentos. Camada de ozônio Camada da atmosfe- ra terrestre que fica de 12 a 50 quilôme- tros de altitude e onde existe uma concentração de ozônio elevada. O ozônio é um gás azul oxidante e reativo. Camada social Cada uma das partes da divisão hie- rárquica da sociedade segundo as posses dos indivíduos. Camaradagem Termo que se atribui à pessoa que partilha com outras as mesmas ati- “Um relatório da NASA, divulgado em abril passado, mostrou que o buraco na camada de ozônio sobre regiões dos Estados Unidos estava aumentando a uma velocidade duas vezes maior do que a que se acreditava anteriormente. (…) A situação constatada terá conseqüên- cias muito graves para a vida marinha, assim como para a humanidade, porque um aumento da radiação ultravioleta que atinge a Terra pode matar o fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar da vida marinha.” (Gazeta Mercantil) B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 42 vidades e com as quais mantém re- lação de familiaridade. Camisinha/preservativo Invólucro fino, porém resistente, de borracha, para recobrir o pênis quando do ato sexual. A camisinha impede, pela retenção do esperma, a fecundação e protege o homem e a mulher de doenças sexualmen- te transmissíveis, como a Aids. Canção Nome dado aos mais diversos ti- pos de composições musicais po- pulares ou eruditas para serem cantadas. Candidíase Infecção que ataca a vagina e que pode também afetar o pênis. É cau- sada por uma levedura do organis- mo chamada Cândida albicans. Os sintomas são coceira na região da vagina, ou pênis, e corrimento es- pesso e branco no órgão sexual. A doença pode surgir devido ao uso de desodorantes vaginais ou de sa- bonetes muito perfumados. Tam- bém o uso de calças jeans e calci- nhas muito apertadas pode causar o descontrole dessa levedura, que é natural do organismo. Canhoto Aquele que é mais habili- doso com a mão esquerda do que com a direita. Canto Arte da música vocal. Utilizado para iniciar crianças e desenvol- ver expressão corporal e de senti- mentos, por meio de gestos e ações que simbolizem o que está sendo cantado. Capacidade • Volume interior de um recipiente. • Qualidade que um indivíduo tem ao executar uma ação com uma de- terminada finalidade. Habilidade, talento, aptidão. Capacitação • Ato ou efeito de qualificar e tornar alguém capaz, com capacidade de desenvolver uma ação específica. • Cursos de capacitação: desenvol- vidos por escolas para especializar os alunos em determinada técnica ou profissão. Capilaridade social Movimento de ascensão de inte- grantes das camadas sociais mais B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 4343 baixas para as mais elevadas. Mobilidade social em ritmo as- cendente. Capital Conjunto de bens utilizados para a produção de outros bens ou servi- ços. Referência dada, basicamen- te, a máquinas e equipamentos. Capitalismo Sistema em que os meios de pro- dução são de propriedade privada de uma pessoa (ou grupo de pes- soas) que investe o capital; o pro- prietário dos meios de produção (capitalis- ta) contra- ta o traba- lho de ter- ceiros que, portanto, v e n d e m suas forças de traba- lho para a produção de bens. Es- tes, depois de vendidos, permitem ao capitalista, não apenas a recu- peração do capital investido, mas também a obtenção de um exce- dente – o lucro. Tanto a compra dos meios e fatores de produção quan- to a venda dos produtos resultan- tes da atividade empresarial reali- za-se no mercado de oferta e pro- cura de bens e serviços, existente na sociedade capitalista. Capítulo Uma das partes de um livro. Siste- ma de divisão da obra literária. Captação A captação educativa, ou pedagó- gica, é a ação desenvolvida para de- terminar a conduta ou o comporta- mento do aluno. É o uso de influên- cia ou autoridade com o objetivo de criar determinados limites à li- berdade da criança ou do adoles- cente, o que pode cercear a inicia- tiva e originalidade dos mesmos. Características hereditárias Características herdadas genetica- mente dos pais e familiares. Ao decifrar o DNA (sigla de ácido de- soxirribonucléico), cientistas des- cobriram que essa molécula con- tém a informação genética de cada indivíduo e que esses “códigos” são transferidos para os integrantes da mesma família ao nascerem, gera- ção após geração. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 44 Características sexuais Características físicas específicas que diferenciam os indivíduos por sexo e faixa etária (homem/mulher, adulto/criança). As características sexuais primárias são os órgãos reprodutores. Caráter • Qualidade inerente, marca, nature- za, honradez. • Características pessoais, estados e movimentos que distinguem um indivíduo do outro e que expri- mem as manifestações congênitas de reagir, experimentar e sentir do ser humano. Carência Necessidade, privação. Ausência de algo muito importante para o in- divíduo e cuja falta provoca um profundo estado de tensão. Caridade Virtude que consiste no amor a Deus e ao próximo. Compaixão, benevolência. Vontade de fazer o bem por amor ao ser humano. Carisma • Graça divina, dom conferido a um escolhido pelo Espírito Santo para o bem dos outros cristãos. • Capacidade inata de liderança. Carismático Que tem carisma. Característica de um líder que exerce uma influên- cia profunda, espiritual e afetiva so- bre seus discípulos. Cartesiano • Relativo ao método de Descartes (1596-1650) ou ao cartesianismo, que considera um fenômeno ou um conceito, isolando-o da totalidade que compõe. Procedimento cientí- fico rigoroso. Que usa a razão, mas limita-se às explicações mecânicas, simplificadoras, que são inadequa- das à compreensão da realidade. • O ensino é freqüentemente inspira- do pela filosofia e pelo método car- tesianos. Podemos dizer que a con- cepção cartesiana do ensino é idea- lista, pois defende a existência do individuo pensante. Por outro lado, é também realista, no sentido em que ela apenas considera o Cogito (Penso, portanto existo) como um ponto de partida, admitindo a rea- lidade do mundo exterior como uma extensão do que constitui a es- sência do corpo, a substância cor- poral, sendo extensão também a própria coisa que é entendida. As tendências cartesianas inspiram igualmente as concepções do en- sino que consideram o corpo como R E P R O D U Ç Ã O 4545 uma máquina, sendo a alma sim- plesmente a essência que pensa, independente do corpo. Os princípios cartesianos que ser- vem à pedagogia moderna são: a igualdade dos espíritos (bom sen- so); o direito de cada um pensar por si mesmo; a liberdade do indivíduo; o direito de todos à instrução. Já na parte metodológica, sua in- fluência está nos métodos baseados na evidência da intuição racional e que indica a ordem capaz de con- duzir o espírito do conhecido ao desconhecido, do simples ao com- plexo, que defende a clareza do pensamento lógico e analítico. Casa Lar, abrigo, lugar em que vivemos. Em educação, este termo nos lem- bra que, na medida do possível, a educação na escola deve estar em acordo com os princípios morais, religiosos e ideológicos defendidos pela família. Casamento União entre um homem e uma mu- lher que é legitima- da por uma ceri- mônia civil e/ou re- ligiosa. Em algu- mas culturas, são os pais que deci- dem com quem o filho/a filha irá se casar; em outras, a própria pessoa es- colhe seu cônjuge. Casta social Sistema composto por grupos so- ciais fechados hereditários, geral- mente locais, dispostos numa hie- rarquia de inferioridade e superio- ridade. Geralmente os indivíduos seguem a profissão do pai, o que impossibilita a mobilidade social. Possuem quase sempre um fundo religioso. Castidade Qualidade de quem é casto, que se abstém dos prazeres sexuais. Castigo Punição infligida a alguém, a fim de modificar sua conduta. Hoje, no Brasil, o Estatuto do Menor e do Adolescente proíbe, tanto nos la- res quanto nas instituições de ensi- no, o uso de castigos corporais ou outros que possam causar constran- gimento moral. Casualidade • Eventualidade. Todas as relações de causa e efeito. • Na criança, a percepção dessas re- lações está submetida a uma estru- tura mental constituída pelo sincre- tismo e pelo egocentrismo, o que constitui um obstáculo a uma com- preensão, apreensão e explicação mais objetiva do mundo exterior. Isso, porém, não é incompatível à ação concreta dessa criança em re- lação às coisas ou às pessoas. As as- sociações, porém, se dão pela ex- periência vivida, e não pensada, pela observação da repetição dos fatos. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 46 Catolicismo • Termo derivado da palavra católico, que significa “universal”; designa a religião cristã praticada pela Igreja Católica e que foi hegemônica até a Reforma Protestante, ocorrida no século XVI. Sua doutrina reconhe- ce o papa como autoridade máxi- ma dentro da Igreja e os dogmas como incontestáveis e fundamen- tais. Seus teólogos sustentam que sua Igreja é única, santa, católica e apostólica (inspirada nos apóstolos e tendo como chefe o papa, que é o sucessor direto de São Pedro, pri- meiro bispo a ser designado pelo próprio Cristo). O catolicismo carac- teriza-se também por um conjunto uniforme de doutrinas e cerimônias e a continuidade da doutrina cristã constitui um de seus elementos es- senciais. • No mundo atual, o catolicismo é a religião cristã com maior núme- ro de fiéis. Além disso, os católi- cos acreditam que a doutrina des- sa Igreja é fiel à difundida pelos apóstolos. Assim, a missa (do la- tim, palavra que designa origina- riamente qualquer serviço religio- so) e o sacramento da Santa Euca- ristia podem ser celebrados ape- nas por um padre regularmente ordenado pelo bispo, cujo poder vem de uma transmissão direta a partir dos apóstolos. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 4747 Caudilhismo Sistema de governo onde o poder é exercido por uma pessoa domi- nadora, com magnetismo pessoal e que age de maneira mais ou me- nos arbitrária. Causa O motivo, a motivação, o fenôme- no que determina outro que o pre- cede. Empirismo: antecedente constante (Hume) e incondicional. Causalidade A relação entre a causa e o efeito. Caxumba É uma virose transmitida pelo ar. Causa a inflamação das glândulas salivares e, às vezes, também testí- culos e ovários, provocando incha- ço, febre e mal-estar. Celibato Estado de uma pessoa que se man- tém solteira e que não pratica rela- ções sexuais. Célula Todos os seres vivos são compos- tos pelas células, que são unidades estruturais e funcionais básicas, cada uma composta de numerosas partes, sendo as principais: a mem- brana, o citoplasma e o núcleo. As células se agrupam em tecidos e os grupos de tecidos formam os órgãos (como coração, pulmão etc.). Os grupos de órgãos formam os siste- mas, que também são denomina- dos aparelhos (aparelho respirató- rio, aparelho reprodutor). Existem seres vivos formados por apenas uma célula e são chamados de uni- celulares. Célula sexual Expressão utilizada por algumas pessoas para se referir ao óvulo ou ao espermatozóide. Censura • Exame feito pelo censor de um tex- to de caráter artístico ou informati- vo, a fim de autorizar ou não sua publicação, exibição ou divulga- ção. É freqüente nos governos to- talitários. • Em psicanálise, é a função que im- pede à consciência o acesso aos desejos inconscientes reprimidos • Reprovação, crítica. Centro Posição política cujas idéias se si- tuam entre a esquerda e a direita. Certeza Convicção de que uma coisa é cer- ta. Conhecimento exato. 48 Cérvix O colo do útero. Cesariana Procedimento cirúrgico para a rea- lização de um parto, no qual é fei- to um corte no abdome e no útero da mulher grávida, por onde o bebê é retirado. É feito principalmente quando o bebê não pode nascer através da vagina, porque a pélvis da mulher é muito pequena, por- que a criança está sentada, ou por- que o bebê precisa ser retirado do útero rapidamente, entre outros motivos. Em um parto por cesaria- na, a mãe recebe anestesia peridu- ral para não sentir dor. Ceticismo Estado daquele que duvida de tudo. Doutrina filosófica na qual a ver- dade é algo inatingível, pois mes- mo que ela existisse o ser humano seria incapaz de reconhecê-la. Por esse motivo, aqueles que defendem essa doutrina cultivam sempre a dúvida. Cético Quem pratica o ceticismo. Des- crente, que duvida de tudo. CFC Sigla utilizada para denominar o gás clorofluorcarbono, que é utili- zado nas indústrias, principalmen- te de refrigeradores. Esse gás des- trói as moléculas que formam a camada de ozônio (O3), criando assim um buraco nessa camada, que é uma proteção natural da Ter- ra contra os raios ultravioleta emi- tidos pelo Sol e nocivos para o ser humano e para o meio ambiente. Choque cultural Embate violento entre duas cultu- ras diferentes, capaz de destruir parte das culturas em choque. Ex.: o choque entre os bandeirantes e os índios durante as bandeiras paulistas. Cibernética C i ê n c i a dedicada ao estudo e técnica do func iona - mento e con- trole das cone- xões nervosas nos organismos vivos, bem como dos comandos eletro- magnéticos em autômatos, cére- bros eletrônicos, aparelhos tele- guiados etc. R E P R O D U Ç Ã O Win7 Highlight 4949 Ciclo O artigo 23 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) propõe organização do ensino por ciclos de aprendizagem. Essa mu- dança visa a ampliação do tempo de aprendizagem e aprofundamen- to do domínio de conhecimentos, favorecendo a abordagem dos con- teúdos, possibilitando a apropria- ção de instrumentos necessários à formação integral do educando, evitando a interrupção do proces- so e a excessiva fragmentação dos saberes escolares, comum no ensi- no seriado. Ciclo menstrual Período que dura, em média, 28 dias e durante o qual o organis- mo da mulher se prepara para uma possível gravidez. O ciclo pode dividir-se em dois períodos: 1. Fase folicolínica (dura em mé- dia do 1o ao 14o dia), período no qual um dos folículos contidos no ovário vem à superfície, se trans- forma, alcança a maturação e se- creta um hormônio. O óvulo é ex- pulso e aumenta de tamanho. Em volta do folículo em evolução, o tecido ovárico torna-se denso e forma uma espécie de invólucro resistente chamado “teca”. O fo- lículo, chegado à maturidade, emerge na superfície do ovário e, enfim, arrebenta, libertando o óvulo ou ovocito. É a chamada ovulação. 2. Fase folículo-luteíni- ca, imediatamente seguinte à ovu- lação e dura até a menstruação se- guinte. Esta é uma fase de prepa- ração para a gravidez. No ovário, o folículo secreta progesterona. Sob a ação da progesterona pro- duzem-se importantes modifica- ções no útero: a mucosa se espes- sa, os capilares sangüíneos se di- latam e trazem uma maior quan- tidade de sangue, enquanto as glândulas uterinas entram em um estado de intensa atividade. Se o óvulo for fecundado, inicia-se a gravidez (a mucosa uterina aco- lhe o ovo, que nela se aninha. A menstruação ficará suspensa por nove meses). Caso contrário, o óvulo morre: o corpo lúteo regri- de, a proporção dos hormônios ováricos no sangue diminui, a mucosa uterina se descama e cai, ocorrendo a menstruação, pela qual o útero se liberta da mucosa mediante uma hemorragia. A menstruação marca assim o iní- cio de um novo ciclo. Cidadania Direito e dever do cidadão de par- ticipação política e social em seu país. Essa participação pode se dar por diversas formas: pelo exercício de um cargo público; pelo voto, escolhendo de forma consciente seus representantes; pela participa- ção em associações, entidades, or- ganizações etc., com o objetivo de buscar soluções para os problemas da comunidade onde está inserido; pela consciência de seus direitos e deveres dentro da legislação vigen- te em seu país. 50 Cidadão Indivíduo que possui e exerce di- reitos políticos e civis, bem como seus deveres para com sua nação. O termo teve origem na antiga Grécia e designava o indivíduo li- vre, do sexo masculino, maior de 18 anos, saído da Ática e filho de pais gregos. Todos os cidadãos, in- dependente de sua riqueza, tinham os mesmos direitos políticos e eram iguais perante a lei. Cidade Do latim civitas, é um aglomerado permanente de indivíduos social- mente heterogêneos, organizado e mantido por leis e formando um conjunto político. Ciência • Conjunto de conhecimentos, atitu- des e atividades racionais, social- mente adquiridos ou produzidos, estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias. • Sentido antigo: conhecimento racio- nal que trata da essência do real. • Sentido hegeliano: sistema de co- nhecimentos discursivos que es- tabelecem relações ou leis entre os fenômenos estudados, organi- zando em teorias essas relações ou leis. • O conhecimento profundo sobre algo. Ciência política Ciência que estuda as relações de poder dentro da sociedade e tam- bém a formação e o desenvolvi- mento das formas de governo e das instituições políticas. Ciências humanas Estudam o comportamento do ho- mem, sua relação com a socieda- de e os fenômenos culturais huma- nos: a antropologia, a história, a psicologia, a sociologia etc. Ciências sociais Nome dado ao estudo do compor- tamento social do homem e dos grupos humanos. As principais são a sociologia, a antropologia, a ciên- cia política e a economia. Cientificismo Crença total na ciência como for- ma de resolver todos os reais pro- blemas da humanidade e também responder a todas as indagações humanas. Tendência segundo a qual os métodos científicos devem ser estendidos a todos os domínios da vida humana, por se tratar do único modelo de verdade e conhecimen- to válido. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 5151 Científico Que apresenta o rigor e as caracte- rísticas da ciência. Cientista Pessoa que é especialista ou estu- dioso de alguma ciência. Cinestesia • Sensação interna, na qual se per- cebe os movimentos musculares, o peso e a posição das partes do corpo. • A cinestesia está ligada à sensação estática, que desempenha um pa- pel fundamental na ordenação de nossos movimentos e no equilíbrio do corpo. Cínicos Filósofos per- tencentes à escola funda- da por Antís- tenes de Ate- nas (444-365 a.C.). Pratica- vam o des- prezo pelas t r a d i ç õ e s , convenções e normas morais. O re- presentante mais conhecido dessa escola foi Diógenes de Sínope. Cinismo Filosofia que pregava um modo de vida totalmente em harmonia com a natureza, opondo-se radicalmen- te aos valores, aos usos e às regras sociais vigentes. Circulação das elites Deslocamento dos indivíduos ou de um grupo dentro da camada do- minante da sociedade. Circuncisão Rito de iniciação praticado em al- gumas religiões, no qual o prepúcio do pênis de um menino ou homem é retirado de maneira cirúrgica. Al- gumas vezes, esse procedimento é realizado por questões de saúde. Em qualquer dos casos, a pessoa que é circuncidada não sofre qual- quer tipo de alteração em sua vida sexual. Ciúme Sentimento de inquietação causa- do pela insegurança, pela suspeita e pelo receio de rivalidade no amor ou em outra relação. Civilidade • Observância das normas de com- portamento, formalidades e conve- niências em uso entre as pessoas que vivem em sociedade. • Os primeiros manuais de convivên- cia social surgiram na Itália duran-Diógenes de Sínope R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 52 te o século XV e definiam como se vestir, comer, se comportar social- mente etc. Civilização • Termo muitas vezes utilizado para designar a cultura. Corresponde ao conjunto de características próprias da vida social, política, econômi- ca e cultural de uma nação. Pro- cesso pelo qual os elementos cul- turais de uma sociedade (valores, técnicas, conhecimentos, costu- mes, realizações etc.) são elabora- dos ou aprimorados. • As civilizações são conjuntos estru- turais, porém dinâmicos, dotados de uma origem e de uma coerên- cia intrínseca. Civismo Na educação, esse termo engloba os processos que buscam desenvol- ver nos alunos a consciência de seus direitos e deveres de cidadãos. Clã Grupo composto por integrantes de uma mesma família, ocupando um território comum, com relações po- líticas e sociais baseadas numa re- gra de descendência, geralmente medida tanto pela linha masculina quanto pela linha feminina (paren- tesco por meio de um dos pais), atribuindo-se aos membros mais velhos um papel fundamental. Clamídia Doença bacteriana, sexualmente transmissível, cujos sintomas mais comuns são a dor ou ardor ao uri- nar, febre e secreção no pênis ou vagina. Nas mulheres, pode causar a esterilidade. Claparéde (1873-1940) Edouard Claparéde, psicólogo e pedagogo suíço, foi um dos maio- res expoentes da pedagogia da ação. Para Claparéde, a pedagogia devia basear-se no estudo da criança, pois a infância é um conjunto de possibilidades criativas que não de- vem ser abafadas. Todo ser humano tem necessidade de aprender, pesquisar e trabalhar e essas necessidades se manifestam nas brincadeiras, que também são consideradas trabalho, pois são de- safiadoras e portanto levadas a sé- rio pelas crianças. Em sua opinião, a educação deve- ria ter um eixo de ação, e não ser apenas um instrumento de conhe- cimento passivo. O método educação funcional foi criado por Claparéde, que procu- rava desenvolver aptidões indivi- duais e enca- minhá-las para o interesse co- mum, dentro de um concei- to democráti- co da vida so- cial, pois a di- fe renciação fazia diferen- ça em uma so- ciedade. R E P R O D U Ç Ã O 5353 Obras do autor: Arquivos de Psico- logia, Como Diagnosticar as Apti- dões nos Escolares, A Educação Funcional, A Escola sob Medida. Classe • Grupo de alunos que freqüentam o mesmo curso, na mesma sala de aula, recebendo o mesmo tipo de instrução. Turma. • Muitas vezes, esse termo é utiliza- do para designar o próprio espaço físico onde as aulas são adminis- tradas: sala de aula. Classe média Camada social intermediária, for- mada por indivíduos com caracte- rísticas e aspirações próprias, que muitas vezes ascenderam social- mente graças ao seu nível de ins- trução e/ou ao seu trabalho. A par- tir do século XIX, essa expressão passou a ser usada nas sociedades industrializadas para designar os membros da camadas média e bai- xa da burguesia, os quais viviam do lucro de seu trabalho. A importân- cia e o crescimento da classe mé- dia acompanhou o desenvolvimen- to das cidades, da economia e dos ensinos técnico e superior. Classe social Agrupamento social característico da sociedade ocidental a partir do século XVIII. Legalmente, as clas- ses sociais são abertas, porém na prática a ascensão social de seus membros é bastante difícil. Em ge- ral, seus membros são solidários entre si; antagônicos em relação a outras classes sociais; semi-organi- zados; em parte, conscientes de sua unidade e existência, e de outra parte não. Classificação Procedimento lógico e metodoló- gico de ordenar por classes ou ca- tegorias os seres, objetos, coisas, fe- nômenos, de acordo com suas pro- priedades ou características. Trata- se de um processo fundamental dentro da aprendizagem, ampla- mente explorado nas mais diversas áreas pedagógicas. A classificação se baseia na percep- ção das semelhanças, diferenças e correspondências, para em seguida separar as características essenciais. Todo esse processo conduz ao exer- cício da lógica e da descoberta. Clínica Termo que designa a observação es- pecífica e metódica de um estado, caráter ou patologia, a fim de esta- belecer um diagnóstico. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 54 Clitóris Parte do órgão genital feminino mais sensível aos estímulos sexuais. Fica localizado no ponto onde os pe- quenos lábios se unem, na parte frontal da vulva, tendo mais ou menos o tamanho de uma ervilha. Apenas a ponta do clitóris é visí- vel, sendo que muitas vezes ele per- manece coberto por uma dobra de pele. Quando estimulado, o clitóris torna-se rígido e sai de sua capa de pele. Essa estimulação ajuda as mulheres a atingirem o orgasmo. Clonagem Concepção de um organismo vivo a partir de uma célula retirada de outro organismo, a qual se induz a multiplicação assexuada. O orga- nismo resultante será a cópia idên- tica daquele que doou a célula. Coalizão Liga entre países contra um inimi- go comum. Aliança ou acordo en- tre partidos políticos em função de um objetivo comum. Combinação de indivíduos ou grupos por uma causa ou ação comum, temporária ou permanente. Códigos Normas de conduta, convenções, leis ou regulamentos que visam normatizar o comportamento dos membros de um grupo ou socieda- de. Na escola, os códigos internos têm por objetivo explicitar aos alu- nos aquilo que é ou não aceito den- tro do estabelecimento, como fumar, namorar, correr nos corredores etc. Co-educador Pessoa que age de forma coordena- da com o professor, a fim de facili- tar um processo educativo. Pode ser um outro professor, o bibliotecário, um monitor ou qualquer membro da comunidade que participe de uma ação específica com o intuito de en- sinar algo aos alunos. Coerção Ação que obriga alguém, por meio da força, a fazer algo contra sua vontade. Coerção social Controle ou pressão social. Re- pressão. Coercitividade Qualidade daquilo que obriga os B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 5555 indivíduos a seguir um comporta- mento estabelecido por meio da coerção social. Coetâneos Pessoas que têm a mesma idade. Cognição Capacidade de aprender, de adqui- rir um conhecimento. Cognitivo Relativo ao processo de aprendiza- gem. Coisa • Objeto concreto, real. • O processo de aprendizagem que vai do concreto para o abstrato apóia-se na observação das coisas. Na verdade, todo processo episte- mológico ou discursivo parte da ação nas coisas ou fatos. Coito Ato sexual, cópula. Coleção Reunião ou agrupamento de obje- tos que possuem as mesmas carac- terísticas ou propriedades. É bas- tante utilizado em pedagogia o es- tudo dos conjuntos e das coleções, em especial no ensino de crianças que ainda estão no estágio das operações concretas e sensoriais, baseadas na percepção e na ma- nipulação. Colégio • Estabelecimento de ensino funda- mental ou médio. • Grupo de pessoas que possuem a mesma categoria ou dignidade. • Esse termo era utilizado na civiliza- ção romana para indicar qualquer associação, pública ou particular, reconhecida legalmente. Os roma- nos possuíam um grande número de colégios: judiciários, religiosos, pro- fissionais e até funerários. Os colé- gios privados tiveram seu apogeu durante o Império. Em parte, isso ocorria pelo desejo dos romanos de escapar do isolamento numa socie- dade fortemente hierarquizada. Os colégios admitiam em seus quadros várias categorias sociais, podendo- se constatar a presença de cidadãos ao lado de escravos e libertos. Nas províncias, os colégios desem- penharam papel importante, prin- B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 56 cipalmente como fator de romani- zação da população. Cólera É uma doença causada pela bacté- ria vibrião colérico. É transmitida pela água ou por alimentos conta- minados. A bactéria, ao atingir o intestino, reproduz-se e libera substâncias tóxicas, que atacam as paredes do intestino provocando a diarréia, acompanhada de vômitos. Para evitar a cólera, é necessário tomar alguns cuidados essenciais, como: tomar água fervida ou clorada, lavar muita bem as ver- duras e se possível cozinhá-las, ingerir frutos do mar muito bem cozidos, não consumir alimentos ou bebidas de procedência des- conhecida. Coletividade O povo. Conjunto ou agremiação de pessoas. Coletivo • Em sociologia, é o que abrange um grupo ou conjunto de pessoas. • Em lógica, termo que indica uma multiplicidade de indivíduos con- siderados como um todo. Coligação União ou aliança entre pessoas ou partidos políticos em função de um objetivo comum. A coligação par- tidária geralmente não leva em con- ta “o voto ideológico”, e sim o “voto útil”. Colo uterino Colo do útero. Parte integrante do sistema reprodutor feminino, con- siste em um anel forte de músculos situado na base do útero. Esse anel se fecha durante a gravidez a fim de segurar o feto e se abre durante o trabalho de parto, para permitir que o bebê deixe o útero e saia pela vagina. Colonização Ação de colonizar, de estabelecer em uma região que está fora do ter- ritório de uma nação, agrupamen- tos e povoamentos humanos, com o objetivo de explorar econômica e politicamente as novas áreas geo- gráficas. A colônia é, portanto, um território controlado política e eco- nomicamente pela metrópole. Colostro Alimento produzido pelas mamas da mulher durante a gravidez e logo nos primeiros dias após o nasci- mento da criança, antes do leite materno. Essa substância tem alto teor de proteínas e é rica em anticorpos produzidos pela mãe, servindo como uma espécie de va- cina natural e ajudando o bebê a combater infecções. Combate Ação de com- bater, enfren- tamento béli- co entre adver- sários. Luta, oposição. BA N C O D E IM A G E N S R ID E E L 5757 Combinados Em pedagogia, é o nome que se dá às normas de conduta que devem ser seguidas pela classe ou turma, bem como suas possíveis punições. Essas normas não são impostas pela instituição ou pelo professor; ao contrário, são elaboradas de forma conjunta pelos alunos com a parti- cipação do professor. Dessa forma cria-se uma conscientização em lu- gar da coação, já que existe o de- bate sobre a importância de cada ponto formulado e ao mesmo tem- po um esclarecimento prévio do que pode ou não ser aceito. O professor deve estabelecer seus próprios com- binados com os alunos, uma vez que aquilo que é perfeitamente to- lerável para alguns (como o atraso na entrega de tarefas, a falta de ca- pricho na letra etc.) pode ser inad- missível para outros, devendo ser previamente discutido. Combustão Reação que ocorre com a combi- nação de certas substâncias com o oxigênio. Ação de queimar. Comer Ingerir alimentos, nutrir-se. Em gíria, diz-se vulgarmente da prática de rela- ções sexuais. Comparação Ato de comparar, de destacar as semelhanças ou diferenças entre pessoas, objetos, fatos, teorias ou noções. Comparado • Em educação, é um termo bastan- te utilizado, designando um texto, método, estudo, concepção ou sis- tema de ensino que foi avaliado, julgado, enfim, comparado com outros da mesma natureza, mas com concepções diferentes. • Uma das ciências da educação: a Educação Comparada. Competência Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa; capaci- dade, habili- dade, aptidão, idoneidade. Competências e disciplinas Muitos temem desenvolver compe- tências na escola e acreditam que levaria a renunciar às disciplinas de ensino e apostar tudo em compe- F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 58 tências transversais e em uma for- mação pluri, inter ou transdiscipli- nar. Esse temor é infundado: a ques- tão é saber qual a concepção das disciplinas escolares que deve ser adotada. A escola não deve limi- tar-se a transmitir conhecimentos e a desenvolver algumas capacidades intelectuais muito gerais, fora de qualquer referência a situações e práticas sociais, e não deve defen- der a construção de competências de alto nível, trabalhando-se a trans- ferência e a mobilização dos conhe- cimentos em situações complexas, muito além dos exercícios clássicos de consolidação e aplicação. A insistência exclusiva sobre o trans- versal, no sentido de interdiscipli- nar ou de não-disciplinar, empobre- ce a abordagem por competências. Competências e programas escolares “Toda competência está ligada a uma prática social de certa comple- xidade. Está ligada a um conjunto de gestos, posturas, palavras inscri- tas na prática que lhe confere senti- do e continuidade. Uma competên- cia, não necessariamente, está liga- da a uma prática profissional. No ambiente das formações escola- res gerais, a questão é muito diferen- te, pois elas não levam a nenhuma profissão em particular nem a um con- junto de profissões. A partir desse pro- blema, o princípio de identificação das situações a partir das quais pode- riam ser detectadas competências, podemos distinguir duas estratégias: – enfatizar competências transversais; – fazer como se as disciplinas já for- massem para as competências, cujo exercício durante a aula já prefigu- raria a implementação na vida pro- fissional ou na extraprofissional. Para escrever programas escolares que visam ao desenvolvimento de competências, pode-se tirar, de di- versas práticas sociais, situações problemáticas das quais serão ex- traídas competências transversais.“ (Vygotsky e Leontiev, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem, São Paulo, Edusp, 1998.) Competição • Ação de competir. Forma elemen- tar e universal de interação, que consiste na luta por coisas concre- tas, prestígio ou posição social; é contínua e geralmente inconscien- te e impessoal. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 5959 • Em pedagogia, as competições, no sentido de disputa por um prêmio, são bastante utilizadas como forma de incentivo e interação dos alu- nos. Principalmente a competição entre grupos, fomentando o espíri- to de equipe. É um processo cultural padroniza- do. Pode ser definida como a luta pela posse de recompensas escas- sas cuja oferta é limitada. Pode ser pessoal e impessoal. A competição difere em grau nas várias sociedades. Contudo, pode- mos dizer que nenhuma socieda- de é totalmente cooperativa ou ex- clusivamente competitiva. Tanto uma como a outra estão re- lacionadas aos valores da cultura. Quando a cultura torna a competi- ção legítima, geralmente cresce a taxa produtiva, embora possa cair a qualidade do trabalho. Competitivo É o nome que se dá ao tipo de en- sino que utiliza a competição de forma a incitar a concorrência e até mesmo a rivalidade entre os alunos, não de forma saudável, mas de for- ma excessiva e agressiva. Desse modo o aluno age o tempo todo em função da ação do outro, compa- rando-se com ele, o que pode ge- rar conflitos e traumas. Na compe- tição saudável o objetivo é superar os próprios limites, comparando-se consigo mesmo. Compilação Trabalho em que o aluno limita-se a copiar os textos escritos por ou- tras pessoas, sem utilizar interven- ções ou reflexões pessoais. Complexo • Aquilo que abrange muitos elemen- tos ou partes. Complicado, intrin- cado, de difícil compreensão. • Em psicologia, é o conjunto, global- mente aprendido pelo indivíduo, de representações, idéias, experiências ou lembranças, que trazem em si uma forte carga emocional, parcial ou totalmente inconsciente. Fixação inconsciente e traumática. Complexos culturais Conjunto ou grupo de traços cul- turais unidos formando um todo integral. Compor Ação pedagógica amplamente uti- lizada que consiste em levar o alu- no a organizar, mental ou fisica- mente, elementos, idéias, partes ou peças diferentes com o objetivo de montar um conjunto harmônico, um sistema, um todo, um conceito ou um texto. Comportamento • Conduta, maneira de se comportar, de reagir aos estímulos. • Atitude individual ou coletiva dos alunos perante o professor, sua me- todologia e sua postura pedagógica. • Psicologia do comportamento: bus- ca analisar e explicar a conduta de um indivíduo pela análise das rea- ções observáveis objetivamente. 60 Comportamento coletivo Não constitui a simples soma dos comportamentos individuais, mas sim um comportamento determina- do ou influenciado pela presença física de muitas pessoas, com cer- to grau de interação entre elas. Pode-se notar as seguintes caracte- rísticas: o controle exercido pela presença de outro; a “reação cir- cular”, ou a influência que cada indivíduo exerce sobre o compor- tamento do outro e vice-versa; o milling, que é a movimentação de indivíduos, uns em redor dos ou- tros, ao acaso; a excitação coletiva (sob a sua influência, os indivídu- os tornam-se emocionalmente ex- citáveis e a posição pessoal dos in- divíduos é mais rapidamente que- brada); e o contágio social quando ocorre a disseminação rápida, im- pensada e irracional de um estado de espírito, de um impulso ou de uma forma de conduta que atraem e se transmite aos que originalmen- te se constituíam em meros espec- tadores e assistentes. Compreender • Aprender intelectualmente, conhe- cer uma coisa, um objeto, uma idéia ou um ser, graças à capaci- dade de pensar. • Encontrar um sentido claro e de- terminado, uma interpretação vá- lida. Perceber a relação de causa e efeito. • Implica a intervenção da inteligên- cia, do entendimento, da intuição ou da sensibilidade. Compreensão • Ação de compreender, de abranger pelo pensamento; de perceber, num conjunto, idéias, noções ou fenô- menos, assimilando-os. • Atitude afetiva na qual nos coloca- mos no lugar do outro, identifican- do-nos com seus problemas, senti- mentos ou estado de espírito. Comprimido vaginal Comprimido de dimensões maio- res que o habitual e de consistên- cia mole, o qual contém medica- mentos. A menina ou mulher deve introduzir na vagina, onde ele se dissolve, liberando a medicação. Compromisso Ligação que se dá por meio de um acordo, promessa ou pacto a um ser, um serviço ou uma situa- ção, um estado, uma pessoa, uma profissão etc. Ato essencial por meio do qual se assume uma res- ponsabilidade. A educação visa favorecer esse procedimento, sem o impor. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 6161 “Compt rendu” Ação pedagógica na qual o pro- fessor destaca os erros praticados pelo aluno em um trabalho, ava- liação ou exercício, para em se- guida realizar uma análise crítica deste, indicando quais seriam os procedimentos corretos e os resul- tados desejáveis. Atualmente, existem várias corren- tes pedagógicas que se colocam contrárias a esse procedimento, defendendo que os erros devem sim ser apontados pelo professor, mas que a resposta correta deve ser um desafio lançado ao aluno, desafio este que ele conseguirá resolver tão logo conquiste as fer- ramentas intelectuais necessárias. Comum Habitual, usual, geral. Que perten- ce a todos ou a um grande número, a uma sociedade ou comunidade. Comuna Subdivisão territorial, comunidade local com uma autonomia adminis- trativa relativa. Comunicação Ação de comunicar. Processo pelo qual as mensagens, as idéias e os sentimentos são transmitidos de in- divíduo para indivíduo, possibili- tando a interação social. Essa tro- ca pode ser efetuada de diversas formas, inclusive pela linguagem falada ou escrita, pelas imagens e pelos símbolos, sendo fundamen- tal para o homem enquanto ser so- cial e para a cultura. A comunica- ção é condição básica para qual- quer ação pedagógica. Comunidade • Característica do que é comum. • Corpo social, grupo em que os membros têm interesses comuns, formando uma unidade essencial- mente ligada ao espaço físico, e têm consciência das necessidades dos indivíduos, tanto dentro como fora de seu grupo imediato, apresentan- do tendência para a cooperação. Comunidade escolar Grupo formado pelos membros de uma escola: professores, alunos e funcionários. Unidade social na qual as relações de afeto e intera- ção agem com o objetivo principal de facilitar o processo de ensino e aprendizagem. A comunidade es- colar visa tanto a formação intelec- tual quanto a moral, possibilitando o desenvolvimento da autonomia dos alunos. Comunismo Sistema socioeconômico baseado na propriedade coletiva, que visa B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 62 estabelecer a comunhão de bens, com o fim do direito de proprieda- de. Para muitos teóricos socialistas, trata-se da etapa natural que su- cederia o socialismo. Para eles, no comunismo não existiriam mais as diferenças sociais entre as pessoas, porque tudo pertenceria a todos de forma comum, e o estado não pre- cisaria mais existir. Conceito Representação abstrata de um ob- jeto feita por meio de suas caracte- rísticas gerais. Um dos objetivos da educação é possibilitar ao aluno as condições, ferramentas e informa- ções necessárias para que ele con- siga formular conceitos que expli- quem a realidade que o cerca. Concentração de renda Nos países po- bres e subdesen- volvidos, esse é um fenômeno comum, consis- tindo na concen- tração da renda produzida nas mãos de uma pequena parcela privilegiada da população. Concepção • Fecundação de um óvulo por um espermatozóide, dando origem a um novo ser. Ação de conceber, de criar alguma coisa ou uma idéia. • Resultado da reflexão, formulando um conjunto coerente de concei- tos que exprimam uma idéia, uma ação ou uma conduta. Conciliação Entrar em acordo, em harmonia. Conclusão • Aquilo que termina, que conclui. Finalização que completa um ra- ciocínio, o resultado de um proces- so dedutivo. • Em lógica, terceira preposição de um silogismo, sendo que as duas primeiras tratam das premissas. Concreto • Aquilo que é real, que existe mate- rialmente e pode ser percebido pe- los sentidos. • Em pedagogia, um dos mais anti- gos objetivos é conduzir a criança da percepção do concreto para a formulação do abstrato. Condicionamento • Ação de condicionar, de criar re- flexos determinados em resposta a um estímulo. Substituir os reflexos naturais por reflexos aprendidos. F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 6363 • Criação de um estado psíquico por meio de estímulos, sugestões e de um ambiente favorável. • Situação ou disposição que é pré-re- quisito para uma outra situação ou disposição. Condiloma Protuberâncias ou verrugas que se localizam na área genital, no colo do útero ou no ânus. Trata-se de uma doença sexualmente transmis- sível, que se não tratada pode fa- vorecer o aparecimento de câncer cervical. Conduta • Comportamento humano contro- lado pelas expectativas de outras pessoas. • Em educação, dá-se pela ação do professor, que dirige a atividade do aluno, e também na ação do alu- no, que guia a si mesmo. O professor excessivamente contro- lador, que conduz as atividades dos alunos de forma inflexível, corre o risco de cercear sua iniciativa, au- tonomia e criatividade. (Veja ex- pectativa de comportamento.) Conflito • Luta consciente e pessoal, entre indivíduos ou grupos, na qual cada um almeja algo que é opos- to e irreconciliável com o desejo do adversário. • Encontro, dentro do mesmo indiví- duo, de idéias, conceitos, desejos, motivações ou crenças que são opostas e incompatíveis. • Negação de impulsos subconscien- tes por parte da consciência. O pro- cesso do conflito consiste na ob- tenção de recompensas por meio da eliminação ou enfraquecimen- to dos competidores, impedindo-os de competir efetivamente. Em sua forma extrema, o conflito leva à destruição dos oponentes. Os interesses de grupos, e não os sentimentos pessoais, é que deter- minam alinhamentos em caso de conflito. As necessidades grupais têm precedência sobre os senti- mentos individuais. Conformidade Ação orientada por uma lei ou nor- ma e compreendida dentro dos li- mites do comportamento por ela permitido ou delimitado. Confucionismo Doutrina ética e política que im- perou na China por mais de mil anos. Criada pelo filósofo chinês Kung-Fu-Tzei (mestre Kong, 551- R E P R O D U Ç Ã O 64 497 a.C.), latinizado como Confú- cio, e seus seguidores. Essa dou- trina foi, durante séculos, o princi- pal guia espiritual da China, sem ja- mais ter sido uma religião oficial ou uma fé exclusiva. O confucionis- mo exerceu du- radoura influên- cia no mundo asiático. No con- fucionismo, a fa- mília ocupa lu- gar de destaque por ser o berço do treinamento moral e o elo entre o indiví- duo e a socieda- de. Para ele, a bondade é indispen- sável e intrínseca à virtude, só sen- do completa quando se coloca a serviço da sociedade. Praticar o bem é, portanto, amar os outros como a si próprio e esse amor de- verá se estender à família, à aldeia e ao Estado. Conhecer • Ter conhecimento, noção, saber. Formar uma representação adequa- da de um objeto. • Buscar o conhecimento, poder dis- tinguir, comparar e descrever idéias ou objetos. • Ser capaz de utilizar, empregar cor- retamente, empregar uma discipli- na, método ou processo. • No sentido bíblico, conhecer uma mulher significa ter mantido rela- ções sexuais com ela. Conhecimento • Ação de conhecer. • Conjunto de saberes e competên- cias que o indivíduo já possui. • A consciência que um indivíduo tem de um objeto, de uma coisa, de uma noção. • A capacidade que um indivíduo tem de compreender um fato. Conhecimentos prévios Como ponto de prática para a ação educativa, o educador deve con- siderar os conhecimentos que as crianças possuem adivindos das mais variadas experiências sociais, afetivas e cognitivas a que estão expostas. Conjetura Hipótese, suposição que não pos- sui fundamentos precisos. Consangüíneo Parentes que possuem o mesmo sangue. Consciência • Atributo pelo qual o homem con- segue se distinguir como sujeito e Confúcio R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 6565 se distinguir daquilo que lhe é ex- terior. Capacidade de se ter conhe- cimento da própria existência, da própria atividade psíquica, poden- do estabelecer julgamentos morais dos próprios atos. • Intuição ou sentimento obscuro acerca de algo. Consciência coletiva • De acordo com Durkheim, é a soma das crenças e dos sentimen- tos comuns à média da coletivida- de, formando uma realidade distin- ta, que persiste no tempo e une as gerações. • Estudo cognitivo e emocional que abrange todos os indivíduos de um grupo social. Consciência de classe A percepção das diferenças que existem entre a própria situação de classe e a de outros indivíduos, dentro de uma sociedade estratifi- cada. Essa percepção pode gerar um sen- timento de inferioridade ou de su- perioridade. Pode dar origem tam- bém a um sentimento de oposição ou de hostilidade, na medida em que se percebem as diferenças de interesses nas sociedades que pos- suem a luta de classes. Conselheiro • Aquele que dá conselhos. Profissi- onal especialista em determinada área e que ajuda as pessoas a re- solverem problemas específicos. • Na escola, é usado o aconselha- mento psicopedagógico, no qual o psicopedagogo auxilia alunos e professores a resolverem problemas de ensino-aprendizagem, cujas causas estão relacionadas a proble- mas emocionais. Conselho de classe Reunião de professores, presidi- da pelo diretor ou por um orien- tador pedagógico, na qual se ex- põe a situação de cada aluno, dentro do processo de ensino- aprendizagem, a fim de: detectar quais são os possíveis problemas enfrentados, determinando alter- nativas ou estratégias que colabo- rem para a superação de tais pro- blemas, avaliar as reais possibili- dades de cada aluno e suas espe- cificidades dentro da turma ou classe na qual está inserido. Consenso social Conformidade de opiniões, senti- mentos, idéias e ações que carac- terizam os componentes de uma determinada sociedade ou grupo. BANCO DE IMAGENS RIDEEL 66 Conservantismo Postura conservadora, contrária a qualquer inovação ou mudança so- cial. Sinônimo de conservadorismo. Constituição • Carta magna. Conjunto de leis fun- damentais e supremas de um Esta- do ou Nação, que contém as nor- mas referentes aos direitos e de- veres dos cidadãos, à formação dos poderes públicos, forma de go- verno, distribuição de competên- cias etc. Em psicofisiologia, o conjunto das características psicológicas, anatô- micas, funcionais e reacionais her- dadas e transmissíveis que marcam um indivíduo. Construção de frases Exercício de linguagem bastante utilizado na educação fundamen- tal, que se baseia no princípio de que a frase é a primeira unidade de expressão do pensamento, pois a palavra só tem sentido quando in- tegrada à frase e aos outros elemen- tos da mesma. Esse tipo de exercício só tem senti- do quando permite a utilização das motivações individuais, sendo vin- culado aos interesses do objeto, às interações e aos conteúdos da ex- pressão, não sendo proposto de for- ma artificial e mecânica. Construtivismo “Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pron- to, acabado, e de que, especificamen- te, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo termi- nado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e so- cial, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na ba- gagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem cons- ciência e, muito menos, pensamento. Entendemos que construtivismo na Educação poderá ser a forma teórica ampla que reúna as várias tendências atuais do pensamento educacional. Tendências que têm em comum a in- satisfação com um sistema educacio- nal que teima (ideologia) em conti- nuar essa forma particular de trans- missão que é a Escola, que consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar o que já está pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a BANCO DE IMAGENS RIDEEL 6767 partir da realidade vivida por alunos e professores, isto é, pela sociedade – a próxima e, aos poucos, as distan- tes. A Educação deve ser um proces- so de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de com- plementaridade, por um lado, os alu- nos e professores e, por outro, os pro- blemas sociais atuais e o conhecimen- to já construído (‘acervo cultural da Humanidade’). Construtivismo, segundo pensa- mos, é esta forma de conceber o co- nhecimento: sua gênese e seu desen- volvimento – e, por conseqüência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais.” (Fer- nando Becker) “O construtivismo não é uma teo- ria, mas um referencial explicativo que parte da consideração social e so- cializadora da educação escolar, in- tegra dessa forma, contribuições di- versas, sendo utilizado como instru- mento para análise das situações edu- cativas, como ferramenta útil na to- mada de decisões quanto ao planeja- mento, aplicação e avaliação de en- sino. O construtivismo não é um li- vro de receitas, mas um conjunto ar- ticulado de princípios com os quais é possível diagnosticar, julgar e tomar decisões sobre o ensino.” (Isabel Sole e César Coll, 2003.) “Em conformidade com Freitag (1993), o construtivismo é descrito como uma corrente de pensamento que vê o processo de aprendizagem como uma ação refletida de constru- ção interiorizada nas estruturas men- tais, onde o pensamento não tem fron- teiras, ele se constrói, se desconstrói, se reconstrói, baseado no pressupos- to de que as estruturas do pensamen- to, do julgamento e da argumentação dos sujeitos não são impostas aos in- divíduos, de fora, nem são, porém, consideradas inatas. São o resultado de uma construção realizada por par- te do sujeito em longas etapas de re- flexão. Os maiores representantes são J. Piaget e L. S. Vygotsky.” (Bárbara Freitag, Caminhos da histó- ria ensinada, São Paulo, Papirus, 1993.) Construtivo • Que visa melhorar, aperfeiçoar, corrigir. • Em educação, a ação construtiva é aquela que busca formar a perso- nalidade respeitando todas as pos- sibilidades do ser. Para tanto, as ati- vidades são coordenadas em fun- ção das aptidões do aluno, tendo por referência a natureza das dis- ciplinas que lhe são propostas. Consumidor Aquele ou aquilo que consome um produto, uma coisa, um alimento, uma idéia etc. Consumo • Ação de consumir. • Em econo- mia, trata- se de uma das quatro atividades básicas do homem, a etapa final do pro- R E P R O D U Ç Ã O 68 cesso de produção. Utilização de bens e serviços para satisfação das necessidades humanas. Contar Operação elementar da matemática. Uma das primeiras aprendizagens da criança na escola, que consiste em enumerar objetos, coisas, pessoas, fa- tos etc.; numerar e calcular. A princípio, contar tratava-se de um exercício formal de memorização. Hoje, porém, baseia-se na noção de conjuntos. Contato Um dos aspec- tos primários e fundamentais do processo so- cial, pois do contato depen- derão todos os outros proces- sos ou relações sociais. Comu- nicação. Pode ocorrer de forma di- reta, por meio da percepção físi- ca, de uma pessoa para outra, ou por meio indireto, que se dá atra- vés de intermediários, como os meios de comunicação. (Veja pro- cesso social.) Contato cultural Encontro entre indivíduos ou gru- pos diferentes a partir do qual se estabelecem relações que podem determinar conflitos ou mudanças. Contato sexual Ação de acariciar, beijar, tocar ou afagar outra pessoa com desejo se- xual. Expressão também utilizada para designar o ato sexual. Contato social Condição para que ocorra qualquer tipo de associação humana. É a partir do contato social que se dão as interações entre os indivíduos, aproximando-os ou dissociando-os. Esses contatos podem ser: primá- rios (quando se dão diretamente, de forma íntima e espontânea, como no caso da família, da vizinhança, do trabalho, da escola etc.); secun- dários (quando ocorrem de manei- ra formal, impessoal, como forma de atingir um objetivo determinado.) Contemporâneo • Indivíduos que vivem ou viveram no mesmo tempo. • O momento histórico atual. Contestação Polêmica, controvérsia. Na escola, o exercício da contestação costu- ma ser vivo e apaixonado, em es- F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 6969 pecial quanto a questões pedagó- gicas, metodológicas e sociais. Al- guns pontos que costumam gerar contestações são: 1. métodos de ensino e educação arcaicos; 2. conteúdos totalmente desligados da realidade dos alunos; 3. falta de capacitação dos profes- sores para enfrentar as alterações exigidas pelos sistemas de ensino; 4. excessiva valorização das ava- liações formais, sem se levar em conta as especificidades dos alu- nos, entre outros. Conteúdo Os assuntos, temas, matérias, disci- plinas, enfim, as atividades diversas que compõem o processo de ensi- no-aprendizagem. Em geral, apesar de o professor ter liberdade para de- cidir a melhor maneira de tratar os conteúdos, ele precisa sempre estar em acordo com os padrões exigidos pelo Estado e publicados nos planos curriculares nacionais. A importância e pertinência dos con- teúdos é a concepção que se tem de conteúdo como instrumental ato de análise de realidade e concretização dos propósitos da instituição. Os conteúdos são entendidos como um meio para que os alunos exerci- tem sua maneira própria de pensar e ser, ampliando suas hipóteses acer- ca do mundo ao qual pertencem. Contextualização Contextualizar é dar sentido ao que se ensina, é inserir os alunos num universo amplo. É encadear idéias, argumentos, é compor, é o ato de reunir o todo. O sentido de contex- tualizar os conteúdos ministrados na sala de aula é permitir que os alu- nos encontrem aplicabilidade, uti- lidade do que aprendeu, ou seja, que os alunos adquiram o conceito do conhecimento aplicado. O pro- fessor ao trazer, para a sala de aula, experiências pessoais, sociais e cul- turais faz com que o aluno saia da condição de espectador passivo e estabeleça relações de reciprocida- de entre ele e o objeto de conheci- mento, configurando uma aprendi- zagem significativa. Contração Ação de contrair-se. Na gravidez, a contração dos músculos superio- res do útero pode significar que a mulher entrou em trabalho de par- to. Essas contrações têm o objetivo de expulsar o bebê, possibilitando seu nascimento; e, num segundo momento, servem para expelir a placenta. Contraceptivo Usado para evitar a concepção. (Ver também anticoncepcional.) Contracultura Movimento cultural que se coloca contrário à cultura vigente em uma sociedade. Cultura alternativa, mo- vimento underground, cultura mar- ginal. A contracultura questiona esses valores e busca alternativas que considera mais adequadas para 70 sua realidade. Foi o caso, por exem- plo, do movimento hippie, duran- te a década de 1960, que discutia a sociedade de consumo, o racio- nalismo, os valores estéticos e mo- rais e defendia a criação de socie- dades alternativas, o amor livre, a espiritualidade, o transcendentalis- mo, entre outras. Contradição • Incoerência entre duas ações ou entre aquilo que se diz agora e o que se disse antes. • Relação que existe entre dois ter- mos que são incompatíveis. • Para Hegel, a contradição designa a oposição real inerente às coisas. Essa oposição é a síntese que vai além da afirmação e da negação, presentes simultaneamente nas coisas. Essa si- multaneidade é a contradição. Contraditório Diz-se do ensino que tem por ob- jeto coisas, juízos, afirmações, pro- postas etc., que são lógica, concre- ta, ou experimentalmente, contrá- rios, opostos, antagônicos, incom- patíveis, impossíveis ou absurdos. Esse tipo de ensino busca desen- volver nos alunos o espírito críti- co; porém, é fundamental que seja utilizado quando o aluno já possui uma base de conhecimento sobre o assunto proposto que lhe possi- bilite realizar a comparação. Contrário • Antagônico, que está em oposição, incompatível. • Em filosofia, trata-se de hipóteses opostas, sendo uma afirmativa e outra negativa. Contratual Ensino realizado de acordo com o solicitado pelo candidato. Em alguns lugares, como nos EUA, existem instituições experimentais onde o indivíduo solicita, por meio da elaboração de um projeto, uma formação determinada, de acordo com suas necessidades. Caso esse projeto seja aprovado, é assinado um contrato que descreve todo o processo de ensino que será reali- zado e os objetivos que deverão ser alcançados. Controle Ação de fisca- lizar as ativi- dades de pes- soas, órgãos, departamen- tos, sobre pro- dutos etc., com o objetivo de dominar o re- sultado final, evitando que se desviem das normas prees- tabelecidas. As atividades escolares pressupõem o controle em diversas esferas, como por exemplo: 1. A verificação do cumprimento das normas disciplinares estabele- cidas no estatuto escolar e nos com- binados, por meio da ação fiscali- B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 7171 zadora dos inspetores, professores e coordenadores pedagógicos. 2. A verificação e a correção dos tra- balhos realizados pelos alunos na escola, bem como as tarefas pedi- das para casa. 3. A verificação, por meio dos di- versos tipos de avaliação, do anda- mento do processo de ensino-apren- dizagem, os problemas, as lacunas e as dificuldades apresentadas. 4. A revisão das estratégias e dos objetivos planejados a fim de solu- cionar os problemas de aprendiza- gem percebidos. 5. As reuniões pedagógicas e os conselhos de classe. 6. As reuniões de pais e mestres, quando os pais são informados do andamento dos trabalhos escolares. Entre outras. Controle de natalidade Conjunto de estratégias, aconselha- mentos ou normas adotadas ou impostas à população com o obje- tivo de incentivar ou restringir o número de nascimentos. Esse con- trole pode partir do próprio casal, pelo planejamento familiar, ou ser imposto pelo Estado, como ocorre na Chi- na, por exemplo, onde o imenso número de ha- bitantes, aliado à precariedade de condições do Estado, leva- ram o governo a criar sanções e pu- nições contra as famílias que tives- sem mais que um filho. Mais usuais, porém, são as medidas como: o planejamento familiar, o in- centivo ao uso de métodos anticon- cepcionais, o abono de família, a proteção à gravidez, a regulamen- tação da prostituição, entre outras. (Veja planejamento familiar.) Controle social Consiste nas formas diversas utili- zadas pela sociedade para assegu- rar a conformidade das condutas, individuais e coletivas, aos mode- los estabelecidos. Esse controle pode ocorrer de duas maneiras: 1. informal: natural, espontâneo, baseado nas relações pessoais e ín- timas que ligam os componentes do grupo. 2. formal: artificial, organizado, exercido principalmente pelos gru- pos secundários, nos quais as rela- ções são formais e impessoais. Conurbação Fusão de várias cidades integradas a uma única área metropolitana. Conversão Ato de passar de uma convicção, política ou religiosa, para outra. Mudar de religião, de seita ou de partido político. Fenômeno interior, que também pode ser coletivo. Convicção Crença, certeza adquirida por de- monstração convincente. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 72 Cooperação • Processo social no qual dois ou mais indivíduos (ou grupos) atuam de forma conjunta para atingir um objetivo comum. A cooperação é requisito fundamen- tal para a manutenção e continui- dade dos grupos e das sociedades. • Ação pedagógica com o objetivo de associar um grupo, uma classe, toda a escola ou a comunidade em trabalhos ou obras que visam o bem comum. Consiste no trabalho em conjunto. O esfor- ço humano para se integrar na vida grupal cooperati- va pode ser cons- tatado em todas as sociedades, ge- rando felicidade ou isolamento. A cooperação tende a estar asso- ciada a outros processos, tais como a competição e até o conflito. Cooperativa escolar Escola criada dentro do sistema de cooperativa, sendo que é a pró- pria comunidade escolar quem capta recursos e define as diretri- zes metodológicas a serem segui- das. Sua grande vantagem con- siste em ensinar os alunos a se or- ganizar e regulamentar eles pró- prios suas atividades, bem como a conciliar seus interesses e suas ações com as necessidades da co- munidade. Cópia A cópia pura e simples é um tema controverso na prática pedagógica. Muitos defendem que o simples ato mecânico de copiar, de maneira repetitiva, não constitui em ne- nhum benefício para a aprendiza- gem do aluno. Por outro lado, a có- pia de textos interessantes, com uma finalidade específica, quer seja de guardar para si, quer seja para transmitir para outrem, constitui uma prática benéfica, que colabo- ra para a aquisição e a melhoria da linguagem escrita. Copular Manter relações sexuais com al- guém. Coqueluche É uma doença bacteriana, transmi- tida pelo ar. Também conhecida como tosse comprida, ataca principalmente as crianças e causa fortes crises de tosse que se manifestam por vários dias. É controlada pela vacinação, nos primeiros meses de vida, com do- ses de reforço. A vacina tríplice protege não só contra a coquelu- che, mas também contra o tétano e a difteria. Coragem Ousadia, energia e firmeza moral perante o perigo. Corão (Ver Alcorão.) B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 7373 Cordão umbilical Cordão que une o bebê à placenta da mãe, pelo qual ele recebe o alimento e o oxigênio ne- cessários para seu desenvolvi- mento durante o período de gravidez. Corpo • Estrutura física do ser. Em nossa cultura, após um longo período his- tórico no qual foi desprezado em favor do espírito, considera-se o corpo como algo que deve ser respeitado, cuida- do e educado. • A educação corpo- ral, associada à edu- cação intelectual, é considerada funda- mental para a cria- ção de um estado de saúde total, física e mentalmente. Corporação Organização social que reúne pro- fissionais que exercem uma deter- minada profissão, a fim de conquis- tarem objetivos (econômicos, polí- ticos e sociais) comuns. Na Idade Média, o trabalho dos ar- tesãos era organizado pelas corpo- rações de ofício. Corporativismo Sistema político-econômico basea- do nas corporações e sob o contro- le do Estado. Correção • Ação de corrigir. • Em pedagogia, as correções reali- zadas pelo professor nos trabalhos dos alunos têm como objetivo fa- cilitar a aprendizagem, demons- trando os possíveis erros ou falhas para que eles possam aprimorar-se. • O termo também é utilizado para designar os castigos corporais, hoje totalmente condenados e conside- rados antipedagógicos. Corrimento Líquido ou secreção patológica que escorre de uma parte do cor- po. Com a chegada da puberda- de as mulheres costumam ter um aumento da umidade vaginal, en- quanto os homens expelem pelo pênis a urina e o sêmen. Quan- do, porém, o líquido que escorre da vagina ou pênis possui uma co- loração, consistência ou odor di- ferentes do normal, provocando coceira ou irritação da pele, é si- nal de uma infecção, sendo ne- cessário buscar a orientação de um médico. Corrupção Ação de corromper, de decompor, de perverter. Chamamos de corrup- ção as ações que são contrárias aos valores e às crenças morais presen- tes na sociedade. Ex.: A atitude do F O T O S : B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 74 político que em lugar de lutar pelo bem da comunidade, rouba o di- nheiro público ou usa seu poder em benefício próprio. Cosmo O universo, o mundo como um todo orde- nado. Costumes Comportamentos e procedimentos que são aceitos e adotados pela so- ciedade em geral. Cravos Pequenas elevações infecciosas lo- calizadas na superfície da pele, mais especificamente nos folículos sebáceos. Durante a adolescência são bastante comuns em função das alterações hormonais, que causam um aumento da produção de sebo. Ao entrar em contato com o ar, o excesso de sebo torna-se preto, for- mando o cravo. O indivíduo deve procurar a ajuda do médico derma- tologista quando a pele começa a ter presença constante de cravos ou espinhas. Crença • A aceitação de um fato ou proposição como verdadeira, podendo ou não ser comprovada. • Convicção religiosa sem justificação ra- cional; fé. Crescimento Em educação, o termo é comumen- te utilizado para designar o de- senvolvimento físico e psíquico da criança e do adolescente. Crescimento acelerado Aumento de estatu- ra muito grande em um pequeno espa- ço de tempo. Esse fenômeno ocorre na primeira infân- cia e também no período da puber- dade, quando a hi- pófise envia hormô- nio de crescimento para todo o corpo. O período varia de pessoa para pes- soa, mas nas meni- nas costuma ocor- rer por volta dos 11 aos 12 anos, enquanto nos meni- nos é por volta dos 12 aos 13 anos. Crescimento econômico Aumento da produção de merca- dorias e serviços; da capacidade produtiva de um país ou região; ex- pansão quantitativa do produto e da renda, geralmente medido pelo au- mento da renda per capita. Criação • Ação de criar. Produção de algo novo. • No ensino religioso, trata-se do conjunto criado por Deus: o mun- do e todos os seres vivos. B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L W W W .C E N T R A L X .C O M /C O R E S 7575 Criança Ser humano com pouca idade, que ain- da está no pro- cesso da infân- cia e que por esse motivo possui carac- terísticas, ne- cessidades e especificidades dife- rentes das do ser humano adulto. Criatividade • Capacidade criadora, inventividade. • Em educação, trata-se da mobiliza- ção das capacidades, motivação, cargas afetivas, necessidades, inte- resses, aptidões, que possibilitam a criança criar, conceber, imaginar, construir, por meio da ação física ou mental, fazendo surgir algo que ela sinta como novo, como uma in- venção. Crime Violação penal das leis e regras da sociedade. Ato passível de punição, de condenação. Crise • Manifestação ou fase caracteriza- da pela ruptura, pelo desequilíbrio agudo causado por uma mudança ou transformação. Estado de incer- teza, de dúvidas. • Em economia, desequilíbrio causa- do pela insuficiência produtiva, ou, ao contrário, por uma superprodu- ção de bens ou mercadorias, além da capacidade de consumo. • Crise social: situação na qual ocor- re um rompimento dos padrões tra- dicionais, perturbando a organiza- ção de alguns ou de todos os gru- pos da sociedade. Cristianismo Conjunto das re- ligiões baseadas na vida e nos ensinamentos de Jesus. Religiões cristãs. De acordo com elas, trata-se da revelação de- finitiva de Deus aos homens, por meio da chegada do Messias: Jesus Cristo. Surgiu em meados do século I, por meio da ação missionária dos após- tolos, tendo se difundido por qua- se todo o Império Romano. A par- tir da Reforma, o cristianismo se di- vidiu em diversas vertentes, como o calvinismo, o anglicanismo, o luteranismo etc. Critério Princípios, normas e signos que possibilitam a comparação, a valo- rização e a apreciação. Crítica • Apreciação, exame de acordo com critérios, comentário, análise de ar- gumentos, textos, obras, motivos, fatos etc., com a finalidade de for- mular um juízo, uma conclusão. • Em educação, é comum a ação crí- tica das atividades realizadas, com F O T O S : W W W .C E N T R A L X .C O M /C O R E S 76 o objetivo de apreciar seu conteú- do, metodologia, valor ou eficácia. Crítico Aquele que realiza uma crítica; que examina o valor lógico, inte- lectual ou artístico de uma obra, um texto, um enunciado, um tra- balho etc. e que julga de acordo com esse valor. Crítico-reprodutivistas (teorias) Teorias pedagógicas que criticam a ilusão liberal de escola como fruto da democratização, denunciando o contrário, a escola como reprodu- tora das diferenças sociais e da per- petuação do status quo. Cromossomo Estrutura morfológica e fisiológica minúscula, visível ou não ao mi- croscópio óptico, e que contém a informação genética, sendo encon- trada no núcleo de cada célula. Cada uma das espécies vegetais ou animais possui um determinado nú- mero de cromossomos. As células humanas, inclusive o óvulo, contêm 46 cromos- somos, sendo que dois de- les são os determinantes sexuais. O que vem da mãe é denominado cro- mossomo X; e o que vem do pai pode ser o cromossomo X (for- mando um bebê com cromossomos XX – uma menina) ou o cromosso- mo Y (formando um bebê com cro- mossomos XY – um menino). Cuidados O profissional deve levar em conta os cuidados básicos com a higiene, saúde, sono, alimentação e seguran- ça quando planeja suas atividades. Cuidar no contexto educativo Cuidar de uma criança em contexto educativo demanda a utilização de vários campos de conhecimento. A base do cuidado humano é com- preender como ajudar o outro a de- senvolver-se enquanto ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. Para cuidar bem de uma criança, é necessário que as atitudes e os pro- cedimentos tenham uma base de co- nhecimento sobre as especificidades do desenvolvimento biológico, emo- cional e intelectual das crianças. Para cuidar é preciso estar compro- metido com o outro, com sua singu- laridade: ser solidário com suas ne- cessidades. É preciso também com- petência para ampliar os conheci- mentos da criança e suas habilidades, a fim de que ela se torne autônoma. Cultura • É o conjunto de características hu- manas que são adquiridas, preser- vadas ou aprimoradas por meio da comunicação, da interação dos in- divíduos na sociedade. • Conhecimentos, técnicas, tradições, características, de uma sociedade ou grupo. Civilização, progresso. • Desenvolvimento intelectual de um indivíduo; refinamento, conhecimen- to, ilustração, instrução, elegância. 7777 Cultura de elite Características culturais próprias dos integrantes da elite, camada minoritária e abastada da popula- ção que por viver em condições econômicas mais favoráveis culti- va hábitos e interesses geralmente inacessíveis à grande maioria das pessoas. Cultura de massa Divulgada pelos meios de comu- nicação de massa e destinada a atingir grandes faixas da popula- ção. Possui geralmente mensagens pré-fabricadas, uniformizando e sintetizando os lugares-comuns, com a finalidade de tornar a cultu- ra um conjunto semelhante, cons- tante e não questionável. Cultura erudita Cultura que aprendemos de maneira organizada nas escolas, nos livros, nos museus etc.; que recebemos por meio das instituições como o Estado, a família, a igreja etc.; ou ainda que consumimos por meio de jornais, teatro, cinema, revistas e televisão. Cultura “folk” Conceito utilizado pela antropologia para designar um sistema de crenças e valores sociais de caráter predomi- nantemente rural, baseado na trans- missão oral. Cultu- ra do povo iletrado. Cultura popular Manifestações tradicionais da cul- tura, geralmente transmitidas oral- mente, de geração para geração, em especial nas festas religiosas e populares. Entre elas estão as len- das folclóricas, as canções de ni- nar, as ladainhas, as cantigas, os jograis, a literatura de cordel, o repentismo etc. Culturalismo Trata da influência das ações e dos hábitos educativos sobre a crian- ça no decorrer de seu desenvol- vimento e que a levam a encar- nar, de forma consciente ou in- consciente, as situações, os con- flitos e as dificuldades de seu meio social. Introduz na relação pedagógica a noção de casualidade recíproca entre indivíduo e sociedade, cuja natureza é fundamental conhecer para poder integrá-la nos proces- sos educacionais. Culturas Atividades econômicas realizadas pelo homem, como a criação, o de- R E P R O D U Ç Ã O B A N C O D E IM A G E N S R ID E E L 78 senvolvimento e a procriação de plantas ou animais. Curetagem Operação simples na qual o colo do útero é aberto com cuidado para que seja realizada uma raspagem ou sucção do endométrio, com o objetivo de limpá-lo. Costuma ser realizada quando a mulher sofre um aborto. Curiosidade • Vontade de aprender, impulso que desperta na pessoa o desejo de co- nhecer coisas novas. • Em pedagogia, é um recurso que deve ser amplamente incentivado e explorado pelo professor, pois des- perta o aprendiz para a ação edu- cativa. Quando a criança tem sua curiosidade despertada em relação ao assunto a ser tratado, direciona toda a sua atenção para aprender e desvendar mais sobre o tema. Currículo Esse termo assume vários significa- dos em diferentes situações da pe- dagogia. Currículo pode significar as matérias de um curso. Essa defi- nição foi adotada historicamente pelo Ministério da Educação e Des- porto. Mas currículo pode signifi- car também a expressão de princí- pios e metas do projeto educativo que precisam ser flexíveis, que foi a concepção adotada pelos Parâ- metros Curriculares Nacionais. Curso • O conjunto das matérias ensinadas na escola, de acordo com o pro- grama oficial, e que normalmente é adaptado aos diferentes níveis de aprendizagem dos alunos. • Ensino de uma matéria determina- da por meio de uma série de lições, exposições, conteúdos, atividades etc.: curso de história, de geogra- fia, de matemática etc. • Nível, série ou grau de ensino de uma progressão de estudos: educa- ção infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior etc. BANCO DE IMAGENS RIDEEL