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QUANTIDADE E COMPOSIÇÃO DOS RSU PREVISÃO DO VOLUME A SER ATERRADO GNE 147 PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Prof. DSc. André G. C. Ribeiro Cálculo do Volume de RSU Aterrado Depende: População (crescimento) Produção Diária (Peso) por Habitante (crescimento) Coleta (crescimento) Peso Específico do Lixo (variação) 2 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 1 - População (crescimento) Dados Populacionais (http://www.ibge.gov.br/home/) 3 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 3 Métodos de Previsão Populacional Os métodos de previsão são concordes com o fato de que a população Pt é função da população inicial Po, acrescida do número de nascimentos e de imigrantes e diminuída do número de mortos e de emigrantes, registrados durante o período de tempo Dt em que a população passou de Po a Pt. Em algumas cidades, a população flutuante é tão expressiva que tem de ser computada no cálculo de P. Os principais métodos utilizados para o cálculo da população P são: crescimento aritmético crescimento geométrico curva logística comparação gráfica entre cidades similares processo de prolongamento da curva de crescimento PROJEÇÃO DA QUANTIDADE DE RSU GERADOS 4 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 4 Projeção aritmética: Crescimento populacional segundo uma taxa constante; Método utilizado para estimativas de menor prazo; Coeficiente (razão) Fórmula da projeção Pt = P0 + (t - t0).ka ka = Pn – P0 tn – t0 5 Onde: Pn e tn – Dados referentes ao último dado censitário P0 e t0 – Dados referentes ao primeiro dado censitário P e t – População e ano ao qual se deseja fazer a projeção (hab) (ano) GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Projeção geométrica: O crescimento é função da população existente a cada instante; Utilizada para estimativas de menor prazo; Fórmula da projeção Coeficiente (razão) 6 (hab) (ano) Onde: Pn e tn – Dados referentes ao último dado censitário P0 e t0 – Dados referentes ao primeiro dado censitário P e t – População e ano ao qual se deseja fazer a projeção GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Crescimento logístico: segue uma relação matemática, que estabelece uma curva em forma de S (a população tende assintoticamente a um valor de saturação - Ps); os parâmetros podem ser também estimados por regressão não linear; condições necessárias: - pelo menos 3 dados censitários - P0<P1<P2 e P0.P2<P12; O ponto de inflexão na curva ocorre no tempo: t = to-ln(c)/K1 e com Pt=Ps/2. 7 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Crescimento logístico Fórmula da projeção Coeficiente (razão) 8 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Exemplo - Lavras DADOS DO IBGE Ano População 1990 65893 1996 72659 2000 78772 2007 87421 2010 92171 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Exemplo – Município menor DADOS DO IBGE Ano População 1990 51568 1995 55561 1996 57450 1997 59024 1998 60353 1999 61681 2000 63014 2 - Produção Diária (Peso) por Habitante (crescimento) 11 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO CÁLCULO DA GERAÇÃO PER CAPITA • medir o volume de lixo encaminhado ao local de disposição final (aterro, lixão etc.) ao longo de um dia inteiro de trabalho; • repetir o procedimento durante uma semana; • avaliar o percentual da população atendida pelo serviço de coleta; • calcular a população atendida, aplicando o percentual avaliado sobre o valor da população urbana do Município (incluir núcleos urbanos da zona rural, se for o caso); • calcular a taxa de geração per capita (kg/hab/dia) dividindo-se o peso do lixo pela população atendida diariamente. 12 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 12 GERAÇÃO PER CAPITA Faixa populacional Resíduos domiciliares + resíduos de limpeza urbana Resíduos domiciliares kg hab-1d-1 < 30.000 0,75 0,54 30.001 a 100.000 0,75 0,55 100.001 a 250.000 0,79 0,60 250.001 a 1.000.000 0,90 0,71 1.000.001 a 3.000.001 1,01 0,76 > 3.000.001 1,26 0,87 Média 0,98 0,75 Se tiver que estimar: Massa de resíduos coletada per capita em relação à população urbana, segundo porte dos municípios. Fonte: SNIS (2010). 13 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 13 CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DIÁRIA GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 14 Fonte: SNIS (2010). 15 CRESCIMENTO DA GERAÇÃO PER CAPITA GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 16 CRESCIMENTO DA GERAÇÃO PER CAPITA GPt = GP0 x TCp (t-t0) Exemplo: GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 3- CRESCIMENTO DA COLETA Difícil de ser estimada. Informação da Prefeitura. Toda a população no final da vida útil do aterro 17 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Exemplo: Município com coleta abrangendo 92% da população em 2010. Vida útil do aterro de 10 anos. Estimar o crescimento da coleta igual a 100% no final da vida útil do aterro. TCc = (1/0,92)^1/10 = 1,0084 COLt = COLi*TCc(t-ti) 4 - Peso Específico do Lixo (variação) 18 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO PESO ESPECÍFICO (kN/m3) Depende composição do lixo compactação teor de umidade envelhecimento (biodegradação) do lixo, etc. 19 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Determinação do Peso Específico no Aterro 20 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 21 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 22 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Carvalho (2002) (Sto. André/SP) 23 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO É comum adotar em projetos 7kN/m3 Resíduos têm que ser COMPACTADOS 24 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO COMPACTAÇÃO 5 a 10 passadas de trator de esteira com cerca de 15t (pressão de 25 kg/cm2 ) em camadas de 0,3 a 0,5m de lixo, velocidade baixa < 4 km/h) 25 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Pdia= COLinicial *P inicial *GPinicial (ATUAL) Pdia= COLt *P t *GPt (FUTURA) Cálculo de volume 26 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO EXEMPLO DE CÁLCULO 27 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Composição Gravimétrica GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO • Coletar as amostras iniciais, por exemplo, com cerca de 8 m3 de volume, a partir de resíduos sólidos não compactado (lixo solto). Preferencialmente, as amostras devem ser coletadas de terça a quinta-feira e selecionadas de diferentes setores de coleta, a fim de se conseguir resultados que se aproximem o máximo possível da realidade; • Colocar as amostras iniciais sobre uma lona, em área plana, e misturá-las com o auxílio de pás e enxadas, até se obter um único lote homogêneo, rasgando-se os sacos plásticos, caixas de papelão, caixotes e outros materiais utilizados no acondicionamento dos resíduos; PREPARO DA AMOSTRA 30 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 30 • Dividir a fração de resíduos homogeneizada em quatro partes, selecionando dois dos quartos resultantes (sempre quartos opostos) que serão novamente misturados e homogeneizados; 2 m3 2 m3 2 m3 2 m3 2 m3 2 m3 2 m3 2 m3 8 m3 31 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 31 • Repetir o procedimento anterior até que o volume de cada um dos quartos seja de aproximadamente 1 m3. Esse processo se chama quarteamento; 1 m3 1 m3 4 m3 1 m3 1 m3 1 m3 1 m3 1 m3 1 m3 Observação: 1 m3 = 1000 litros 32 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 32 • separar um dos quartos e encher até a borda, aleatoriamente, cinco latões de 200 litros, previamente pesados; Observação: 5 x 200 litros = 1000 litros = 1 m³ • Levar para o aterro todo o lixo que sobrar. 33 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 33 DETERMINAÇÃO DO PESO ESPECÍFICO APARENTE • Pesar cada um dos latões cheios e determinar o peso do lixo, descontando o peso do latão; • Somar os pesos obtidos; • Determinar o peso específico aparente através do valor da soma obtida, expresso em kg/m³. 34 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 34 DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA 35 • Escolher, de acordo com o objetivo que se pretende alcançar, a lista dos componentes que se quer determinar; • Espalhar o material dos latões sobre uma lona, em uma área plana; • Separar o lixo por cada um dos componentes desejados; • Classificar como "outros" qualquer material encontrado que não se enquadre na listagem de componentes pré-selecionada; • Pesar cada componente separadamente; • Dividir o peso de cada componente pelo peso total da amostra e calcular a composição gravimétrica em termos percentuais. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 35 36 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 37 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 38 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 39 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 40 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 41 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO NO EXEMPLO ANTERIOR CONSIDERAR APENAS OS RESÍDUOS NÃO REAPROVEITÁVEIS 11,7% DO TOTAL AUTOR/ANO Peso específico KN/M3 OBSERVAÇÕES Sowers (1968) 8-12 compactados Sowers (1973) 1,2-3 antes da compactação 6 após compactação Rao (1974) 1,5-2 sem compactação 3,5-6 fraca compactação Bratley et al. (1976) 1,16 sem compactação 7,0-13,1 compactados Cartier e Baldit (1983) 11,0-14,5 Compactados 10,0 após compactação Oliden (1987) 7,5-8,5 pré-carregado 5,5-7,1 antes da decomposição Oweiss e Khera (1990) 6,3 origem industrial e doméstica 4,6-17,3 misturado Oweiss e Khera (1990) 2,8-3,1 municipal sem compactação 4,7-6,3 municipal moderadamente compactado Arroyo et al. (1990) 10,0 compactado Landva e Clark (1990) 7- 14 Van Impe (l 993-l 994) 10 resíduos sólidos municipais densificados 9,3 máxima densidade seca (w=31%) Gabr e Valero(1995) 8 saturação completa (w=70%) 12 com volume de ar nulo (w=31%)