Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Preparo de materiais e vidrarias para esterilização Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Videira Curso: Eng. Sanitária e Ambiental Fase: 5ª Disciplina: Microbiologia Sanitária Professora: Lauci * Introdução O acondicionamento correto de materiais e de vidrarias é de vital importância para a esterilização eficiente em autoclave; O sucesso das análises depende da obtenção de materiais livres de contaminações iniciais, a fim de que se possa determinar apenas o microrganismo presente em determinada amostra; * Pipetas, placas de Petri, tubos de cultura e demais instrumentos usados em microbiologia devem estar corretamente embalados, para que, depois de esterilizados, possam ser guardados sem que sofram nenhum tipo de contaminação subsequente; * Placas e pipetas devem ser acondicionadas em papel de embrulho, ou em papel kraft, e identificadas antes da esterilização; Tubos de cultura e balões de fundo chato com meio de cultura devem possuir um tampão de algodão e gaze obtido por meio da técnica de “embuchamento”. * Em seguida, devem ser cobertos por uma coifa, feita com um pedaço de papel kraft (10 cm por 10 cm) que será amarrado com um fio sobre a boneca de gaze. Para testar a eficiência da esterilização, poderão ser realizados um processo químico com uma fita própria para autoclave (fita adesiva). * Compreende-se por esterilização a completa destruição de qualquer microrganismo vivo. Essa destruição pode ser realizada pelo chamado controle de microrganismo, sendo que o mais frequentemente usado é o que utiliza o calor como agente. * O emprego de calor se faz por meio de flambagem e estufa (calor seco) e de água fervente, autoclavagem (calor úmido); O calor seco exerce a maioria de seus danos pela oxidação das moléculas; * O calor úmido destrói os microrganismos principalmente pela desnaturação protéica, pela presença de moléculas de água, que ajudam a romper as pontes de hidrogênio, além de romperem membranas lipídicas. * Calor seco O calor seco (como forno ou estufa) penetra nas substâncias mais lentamente que o calor úmido (vapor). Usado para esterilizar objetos de metal e de vidro, e é o único meio satisfatório para esterilizar óleos e pós. * Os objetos são esterilizados por calor seco quando submetidos a 171ºC por uma hora, a 160ºC por 2 horas ou mais,ou a 121ºC por 16 horas ou mais, dependendo do volume. Uma chama aberta (flambagem) é a forma de calor seco usada para esterilizar, pela incineração, alças de inoculação e bocas dos tubos de cultura e para secar o interior de pipetas. * Quando os objetos forem flambados no laboratório, deve-se evitar a formação de cinzas flutuantes e aerossóis (gotículas liberadas no ar). Essas substâncias podem se constituir em um meio de espalhar agentes infecciosos, se os organismos presentes não forem mortos pela incineração como pretendido. * Calor úmido O calor úmido é um agente físico amplamente usado. A água fervente destrói células vegetativas da maioria das bactérias e dos fungos e inativa alguns vírus. Não é eficiente na destruição de todos os tipos de esporos. * O processo de autoclavagem utiliza água aquecida sob pressão. Seu ponto de ebulição é elevado e, assim, temperaturas acima de 100ºC podem ser alcançadas. Assim atinge temperaturas altas o suficiente para matar esporos,como também organismos vegetativos, e para romper a estrutura dos ácidos nucléicos nos vírus. * Esterilização em autoclave Observar o nível da água, que deve estar até 1cm abaixo da cruzeta; Colocar o cesto da autoclave; Colocar todo o material a ser esterilizado na parte superior do cesto, prendendo com fita para autoclave; * Fechar a tampa, apertando os manípulos em cruz; Ligar a autoclave na potência máxima e abrir o registro (válvula de escape); Aguardar a saída do vapor por 3 a 5 minutos, fechando o registro passado esse tempo; * Alcançada a temperatura de trabalho (121ºC), colocar a chave na posição média, ajustando, quando necessário, os pesos que controlam a quantidade de vapor; Marcar o tempo, que deverá ser de 15 a 30 minutos, dependendo do material; * Terminado o tempo de esterilização, desligar a autoclave e deixar que o ponteiro do manômetro atinja a posição zero; Abrir o registro aos poucos e aguardar a saída do vapor da autoclave,de maneira que ele seja escoado completamente; * Em seguida, abrir os manípulos em cruz e retirar os materiais, colocando-os em estufa de secagem, e incubando-os a 100ºC por 30 minutos. * Observações Não abrir o registro antes que o manômetro atinja a posição zero, para evitar que o material esterilizado fique muito molhado e que os papéis que o envolvem se rasguem; Nunca abandonar o local de esterilização, conferindo sempre a temperatura da autoclave, e evitando a quebra de materiais e o RISCO DE EXPLOSÃO. * * * * * * * * * * * * * * * * * * *