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Professora: Maria Carolina Anholeti Universidade Federal Fluminense Curso: Medicina Disciplina: Biologia Geral – Botânica Aplicada Definição: Botânica é o campo da biologia responsável pelo estudo do Reino Vegetal ou Reino Plantae – Reino de seres vivos que reúne organismos multicelulares, eucariontes e autotróficos. Traqueófitas – Plantas vasculares Gimnospermas, do grego Gymnos: “nu”; e sperma: “semente”; Angiospermas, do grego angos – “urna” e sperma – “semente”. Constituem o grupo de plantas dominantes no ambiente terrestre, com cerca de 257.000 espécies; Angiospermas A maior parte das Angiospermas se enquadra em 2 grandes grupos: as monocotiledôneas (plantas com um cotilédone e grãos de pólen monossulcados) e eudicotiledôneas (plantas com 2 cotilédones e grãos de pólen predominantemente tricolpados); As monocotiledôneas possuem folhas com nervação paralela, flores trímeras, embriões com um único cotilédone; As principais características das eudicotiledôneas são folhas com nervação ramificada, flores tetrâmeras e pentâmeras, embriões com 2 cotilédones e pólen tricolpados; Existem ainda plantas que não se enquadram nesses grupos e constituem as angiospermas basais. Angiospermas Grão de pólen monossulcado Grão de pólen tricolpado M O N O C O T I L E D Ô N E A S E U D I C O T I L E D Ô N E A S Angiospermas Monocotiledôneas Eudicotiledôneas Classificação quanto à forma: As plantas são classificadas de uma maneira geral de acordo com sua forma em árvores, arbustos, subarbustos e ervas; As árvores são as plantas de maior porte, são os vegetais lenhosos compostos por tronco e ramos na parte superior e raízes no subsolo. As árvores medem pelo menos 3 metros de altura; Os arbustos são os vegetais lenhosos com menos de 3 metros de altura, alguns são ramificados desde a base; Os subarbustos são os vegetais com altura média entre 50cm e 1 metro de altura; As ervas são vegetais de caule tenro, ou seja, não lenhosos. Partes dos vegetais Raiz As raízes são normalmente órgãos subterrâneos que realizam a fixação dos vegetais no solo, são aclorofiladas e responsáveis pela absorção de água e sais minerais; O sistema radicular admite dois tipos principais de classificação: o pivotante ou axial (eudicotiledôneas) e o fasciculado ou cabeleira (monocotiledôneas); Existem outros tipos adaptáveis a situações ecológica sespecíficas: função de suporte (raízes tabulares ou escoras – milho), reserva de alimentos (raízes tuberosas – mandioca), função de respiração (raízes respiratórias ou pneumatóforos – plantas de manguezais), absorção da umidade (raízes aéreas - orquídeas) e função parasitária quando absorvem seiva de outras plantas (raízes sugadoras ou haustórios – cipó-chumbo). Raiz pivotante Raiz cabeleira Raiz escora Raiz tuberosa Pneumatóforo Raiz aérea Haustório Partes dos vegetais Caule Sustentar as folhas, flores e frutos, transportar as seivas elaborada e bruta, realiza a fotossíntese e armazena reservas nutritivas necessárias para a sobrevivência do vegetal; É composto por nós que são os lugares por onde permanecem os ramos e as folhas, pelos entre-nós que são os espaços entre cada nó, pelos gomos que são as primeiras formações de ramos. Partes dos vegetais Folha As folhas normalmente possuem aspecto laminar, uma especialização para aumentar a superfície de captação luminosa e, assim, possibilitar a realização de suas principais funções: fotossíntese, transpiração e respiração vegetal; Existem diferentes tipos morfológicos de folhas e modificações foliares, por exemplo: gavinhas, podem ser variações do caule ou das folhas com função de prender as plantas trepadeiras a um suporte (maracujá); brácteas, folhas atrativas a insetos e pássaros, geralmente coloridas posicionadas na base das flores (primavera); e folhas de plantas carnívoras, modificação em válvula para apreensão e digestão de pequenos animais. Gavinha Primavera Planta carnívora Partes dos vegetais Flor Nas angiospermas, os elementos relacionados à reprodução sexual encontram-se reunidos nas flores; Nas flores completas existe um conjunto de estruturas denominado de verticilos florais; O gineceu é a parte feminina da flor, formada pelo conujunto de estruturas chamadas carpelos ou megasporofilos (formam óvulos), enquanto que o androceu é a parte masculina, constituída pelo conjunto de estames ou microsporofilos (formam grãos de pólen); Existem plantas monoicas, que apresentam flores masculinas e femininas no mesmo indivíduo; plantas dioicas, que apresentam flores masculinas e femininas em indivíduos diferentes; e plantas hermafroditas, que apresentam as estruturas masculinas e femininas na mesma flor. Partes dos vegetais Flor Além dessas estruturas reprodutoras, a flor também possui outros componentes estruturais, classificados em cálice e corola; O cálice é o conjunto formado por folhas estéreis menores e mais espessas, geralmente de coloração esverdeada, chamadas sépalas; Já a corola é o conjunto de pétalas, folhas também estéreis, mas que apresentam coloração e textura delicada; Em determinadas espécies vegetais, as sépalas se assemelham às pétalas, e nesse caso dizemos que esse conjunto de sépalas e pétalas forma uma tépala. Partes dos vegetais Fruto Os frutos são estruturas que auxiliam no ciclo reprodutivo das angiospermas protegendo as sementes e auxiliando em sua disseminação. O fruto surge após a fecundação, quando oovário amadurece; Fruto partenocárpico é aqule em que o ovário se desenvolve sem ser fecundado, sendo assim, a planta reproduz-se assexuadamente, já que não possui semente. Ex.: bananeira; Os pseudofrutos são estruturas suculentas que contêm reservas nutritivas oriundos de outras partes da flor; Partes dos vegetais Fruto Os pseudofrutos podem ser: Simples: originários do desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de uma só flor. Ex: maçã, pêra e caju. Agregados ou compostos: originários do desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, com muitos ovários. Ex: morango. Múltiplos ou infrutescências: originários do desenvolvimento de ovários de muitas flores de uma inflorescência que crescem juntos em uma estrutura. Ex: amora, abacaxi, figo; Os frutos são classificados em carnosos (pericarpo suculento) e secos (pericarpo seco). Pseudofruto simples Pseudofruto composto Infrutescência Partes dos vegetais Fruto Os frutos carnosos podem ser do tipo: Baga: resultante de um ovário, constituído por um ou mais carpelos, com uma ou várias sementes. Ex.: uva; Drupa: geralmente constituída de um único carpelo, com uma semente envolta pelo endocarpo duro, que forma o caroço. Ex.: pêssego; Os frutos secos podem ser classificados em: Deiscentes (abrem-se quando maduros); Indeiscentes (não se abrem, nem quando maduros). Baga. Ex.: Tomate Drupa. Ex.: Pêssego Fruto seco deiscente do tipo legume. Ex.: Pata de vaca Fruto seco indeiscente. Ex.: Carvalho Definição de Nomenclatura: sf (lat nomenclatura) 1 Conjunto de termos de uso consagrado numa ciência ou arte; terminologia. 2 Sistema de designação dos seres vivos, seus órgãos, agrupamentos etc. 3 Método para classificar os objetos de uma ciência ou arte. 4 Lista, catálogo. Por que dar nomes às coisas? Nós, seres humanos diferimos de outros organismos tanto no grau de nossa curiosidade como em nosso poder de falar. Como conseqüência destas duas características, temos há muito tempo buscado indagar sobre outras criaturas, bem como trocar informações. Por que surgiu a nomenclatura científica? Pelo menos 10 milhões de tipos de organismos vivos compartilham nossa biosfera; Para trocar informações a respeito destes organismos foi necessário nomeá-los; Aos organismos mais conhecidos foram dados nomes vulgares, mas mesmo para os mais simples dos propósitos, tais nomes podem ser inadequados; Algumas vezes os nomes são vagos, particularmente quando trocamos informações com pessoas de outras partes do mundo; Quando diferentes línguas estão envolvidas, os problemas se tornam complexos. Nomenclatura botânica É a parte da Botânica (Sistemática) que se dedica a dar nomes às plantas e grupos de plantas (táxon). Consiste no emprego correto dos nomes das plantas, envolvendo um conjunto de princípios, regras e recomendações aprovados em Congressos Internacionais de Botânica e publicados num texto oficial. Histórico da nomenclatura botânica Séc. XVIII (época pré-lineana) → as plantas eram identificadas por uma longa fase descritiva em latim (sistema polinomial), que crescia a medida que se encontravam novas espécies semelhantes. Por exemplo: Carlina acaulis L. era conhecida como: Carlina acule inifloro florae breviore Gaspar Bauhin sugeriu adotar somente dois nomes (sistema binomial). Histórico da nomenclatura botânica Lineu (1753) → publicação da obra Species Plantarum, que estabeleceu definitivamente o sistema binomial. Lineu descreveu e nomeou por este sistema todo o mundo vivo conhecido até aquela data. O nome científico ou nome específico de um organismo vivo é uma combinação de duas palavras em latim: O nome genérico ou gênero + O epíteto específico Carl von Linné latinizado Carolus Linnaeus CINB – Código Internacional de Nomenclatura Botânica O sistema de nomenclatura botânica visa a padronização e aceitação mundial; O nome científico é o símbolo nominal da planta ou de um grupo de plantas e é uma maneira de indicar sua categoria taxonômica; Categorias taxonômicas: Reino > Divisão > Classe > Ordem > Família > Gênero > Espécie Regras do CINB Os nomes científicos dos taxa devem ser escritos em latim, quando impressos, devem ser destacados, em negrito ou itálico e quando manuscritos, por grifos; Os nomes científicos não devem ser abreviados, exceto o nome da espécie. Na combinação binária, o nome do gênero por ser substituído pela sua inicial quando o texto torna claro qual o gênero em questão; As seguintes terminações designam as categorias taxonômicas: Família: nome derivado de um gênero vivo ou extinto com a terminação aceae. Gênero: o nome pode ser escolhido arbitrariamente pelo autor. Deve ser um substantivo ou adjetivo substantivado, latino ou latinizado, com a inicial maiúscula. Espécie: é também de escolha arbitrária. O epíteto específico deve ser um adjetivo ou substantivo adjetivado, latino ou latinizado, sempre formando uma combinação binária com o gênero e sempre escrito com a inicial minúscula. Todo nome de espécie deve ser acompanhado pelo nome do autor da mesma. Vernonia condensata Baker Peumus boldus Molina Plectranthus barbatus Andrews Qual é o boldo verdadeiro??? Boldo baiano Família: Asteraceae Gênero: Vernonia Espécie: Vernonia condensata Baker Boldo do Chile Família: Monimiaceae Gênero: Peumus Espécie: Peumus boldus Molina Boldo brasileiro Família: Lamiaceae Gênero: Plectranthus Espécie: Plectranthus barbatus Andrews Regras do CINB Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basiônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do autor que fez a nova combinação. Exemplo: Majorana hortensis (Linn.) Moench. basiônimo: Origanum majorana Linn.