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22/03/2012 1 Universidade de Brasília - UnB | Ciência dos Materiais | Prof. Claudio Henrique Pereira ENG AMBIENTAL – UnB Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil e Ambiental Aula 04 1 Defeitos e imperfeições Introdução: Defeitos e Imperfeições • Por que estudar imperfeições nos Sólidos??? – As propriedades de alguns materiais são profundamente influenciadas pela presença de imperfeições. - Interferem significativamente em seus comportamentos globais • Todos materiais contêm imperfeições nos seus arranjos atômicos “ sólido ideal Não existe! ” 2 22/03/2012 2 Imperfeições no Cristais • Tipos de imperfeições – Defeitos pontuais; – Defeitos de linha ou discordâncias; – Defeitos de superfícies ou planares. Imperfeições no Cristais • Defeitos pontuais – Caracterizados por descontinuidades localizadas que se formam no reticulado cristalino envolvendo um ou vários átomos; – Decorrentes do movimento atômico • Aquecimento do cristal; • Impurezas; • Criados intencionalmente através de ligas. 22/03/2012 3 Imperfeições no Cristais • Defeitos pontuais - Classificação: – Vazios (lacunas) • Falta de um ou mais átomo do reticulado; – Defeitos intersticiais • Átomos de soluto inseridos nos interstícios entre os átomos dos solventes; – Soluções sólidas interstíciais. – Defeitos substitucionais • Átomos do soluto substitui átomos de solvente do reticulado – Soluções sólidas substitucionais. Imperfeições no Cristais • Defeitos pontuais – Classificação (cont.): – Defeito de Frenkel • Íon se desloca de sua posição original no reticulado para ocupar um interstício no cristal, deixando vazia a sua posição original. – Defeito de Schottly • Vazio gerado não pela saída de um átomo, mas sim pela ausência de um par de íons de cargas elétricas opostas. 22/03/2012 4 Defeitos Pontuais Imperfeições nos Cristais • Defeitos Lineares – Discordâncias – Defeitos lineares ou unidimensional em torno do qual alguns átomos estão desalinhados; – Tipos principais de discordâncias • Discordância em cunha ou aresta; • Discordância helicoidal ou em espiral. 22/03/2012 5 Imperfeições nos Cristais • Discordância em cunha ou aresta; – Ocorrência de um meio-plano extra de átomos inserido entre planos de átomos em um cristal; – Originada quando há uma pequena diferença de orientação de partes adjacentes do cristal em crescimento, podendo um plano extra ser introduzido ou eliminado; Ilustração de discordância em arestas (cunha) 22/03/2012 6 Imperfeições nos Cristais • Discordância helicoidal ou espiral – Átomos e células unitárias são acrescidas de modo que, ao se observar o cristal em seu plano cristalográfico e ao proceder a um movimento circular sobre a superfície de topo, o ponto final deste movimento circular completo estaria a um nível acima ou abaixo em relação ao ponto de partida; – O movimento circular na superficie de topo do cristal é, na realidade um movimento helicoidal ou em espiral. Ilustração das discordância helicoidal ou em espiral 22/03/2012 7 Discordâncias • Forte relação com as deformações plásticas (permanentes) em sólidos cristalinos – Discordâncias em arestas • Zonas de compressão e tração acompanhando o defeito; – Discordâncias helicoidais • Tensões de cisalhamento acompanhando o defeito; • Movimento das discordâncias explica o escorregamento dos cristais que por sua vez, esclarece o escoamento e a ductilidade dos materiais metálicos. Imperfeições nos Cristais • Defeitos de Superfícies ou Planares – Relacionados com limites ou fronteiras dos materiais, os quais separam regiões planares do material em partes distintas quanto à orientação dos cristais, muito embora seja resguardada a mesma estrutura cristalina em todo o sólido; – Defeitos de superfície • Superfície do material; • Contorno dos grãos. 22/03/2012 8 Imperfeições nos Cristais • Superfície do material – Região do material onde o reticulado cristalino termina abruptamente; – Átomos não tem coordenação atômica adequada; • Ligação atômica incompleta • Vizinhos apenas de um lado. – Superfície externa dos materias é mais reativa do que sua parte interna. Átomos Superficiais 22/03/2012 9 Imperfeições nos Cristais • Estruturas monocristalinas e policristalinas – Sólido cristalino • Arranjo periódico e repetido dos átomos e perfeito ou se estende ao longo da totalidade da amostra • Estrutura Monocristalina. – Maioria dos sólidos cristalinos • Composta por um conjunto de muitos cristais pequenos ou grãos; • Estrutura Policristalina. Imperfeições nos Cristais • Grãos – Partes da superfície do material em que existe homogeneidade quanto à orientação dos cristais • Dentro de um grão o arranjo atômico é sempre o mesmo. – Entre essas várias partes homogêneas da superfície do material, há um tênue região de fronteira que representa a transição entre grãos • Contorno de grão. 22/03/2012 10 Diagramas esquemáticos dos vários estágios de solidificação de um material policristalino Contorno dos Grãos • Empacotamento atômico desses átomos é menos eficiente do que o dos átomos do interior do grão – Átomos com maior energia e mais reativos. • Quando essa superfície é atacada, esses átomos do contorno são dissolvidos mais rapidamente – Artifício usado nas avaliações metalográficas; – Favorecimento da difusão atômica nessa região. 22/03/2012 11 Contornos dos Grãos