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VOLTAMETRIA CÍCLICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BACHARELADO E LICENCIATURA EM QUÍMICA QUÍMICA ANALÍTICA INSTRUMENTAL ERNA GUILHERMINA ALBRECHT DE OLIVEIRA MORGANA DE SOUZACAMARGO RAFAEL ANTUNES DE SOUZA PROFESSORES: LUIZ HUMBERTO MARCOLINO JÚNIOR E MÁRCIO FERNANDO BERGAMINI CURITIBA, ABRIL 2012 1 Introdução A voltametria cíclica compreende um grupo de métodos eletroanalíticos nos quais as informações sobre a concentração do analito são derivadas a partir das medidas de corrente em função do potencial aplicado sob condições de completa polarização do eletrodo de trabalho, através do uso de microeletrodos. A instrumentação necessária é um potenciostato com gerador de programa de potencial, computador para registrar os gráficos de corrente em função do potencial, célula convencional de três eletrodos e uma solução contendo o analito e eletrólito suporte. 2 Durante um experimento de voltametria cíclica, a resposta de corrente de um pequeno eletrodo estacionário em uma solução mantida em repouso é excitada na forma de uma onda triangular, como a mostrada na figura abaixo: 3 A onda triangular produz a varredura no sentido direto e depois no sentido inverso. No exemplo da figura anterior, primeiramente o potencial varia de +0,8 V a -0,15 V, em relação ao eletrodo saturado de calomelanoo (ECS), ponto no qual a direção de varredura é invertida e o potencial retorna ao seu valor original de +0,8 V. Em ambas as direções a velocidade de varredura é, nesse exemplo, de 50mV/s. Normalmente o ciclo é repetido mais de uma vez. Os potenciais nos quais a reversão ocorre (nesse caso -0,15 V e +0,80 V) são chamados de potenciais de inversão. 4 Para um dado experimento, os potenciais de inversão são escolhidos de maneira que possamos observar a oxidação ou redução, controlada por difusão, de uma ou mais espécies. A direção de uma varredura inicial pode tanto ser negativa (como mostrado na figura 1) quanto positiva, dependendo da composição da amostra. Uma varredura na direção de potenciais negativos é denominada varredura direta, enquanto uma varredura na direção oposta é chamada varredura inversa. 5 Parte experimental 6 Objetivos Desenvolver os conceitos básicos envolvidos nas técnicas de voltametria cíclica. Determinar o teor de ácido ascórbico (vitamina C) em uma amostra comercial. 7 7 Reagentes, vidrarias e equipamentos Ácido ascórbico; Tampão acetato 0,1 mol/L Amostra de vitamina C Balança analítica Potenciostato Célula eletroquímica com 3 eletrodos Micropipeta de volume variável até 500µL Balão volumétrico de 10 e 100 mL Béquer de 10, 100 e 250 mL 8 Fotos 9 Procedimento Experimental Preparo do padrão de ácido ascórbico: Foi pesado, em um béquer de 10 mL, 0.1772 gramas de ácido ascórbico e transferido quantativamente para um balão volumétrico de 10 mL. O volume foi completado com tampão acetato. Concentração do padrão: 0,1006mol.L-1 10 Preparo da amostra: foi dissolvida uma pastilha contendo 1g de AA em um béquer com aproximadamente 40 mL de água e transferido quantitativamente para um balão de 100 mL. Concentração inicial da amostra: 5,7x10-2 mol.L-1 11 Aquisição dos voltamogramas usados para a construção da curva analítica 12 Voltamogramas cíclicos para a construção da curva analítica 13 Reação de oxidação do ácido ascórbico 14 Varredura anódica: há aumento no potencial Tabela dos valores da concentração do padrão do ácido ascórbico pela corrente de pico 15 Adições Eixo x= cde AA(mol/L) Eixo y = I (mA) 100mL 0,00099 4,1402 300mL 0,00291 13,2791 600mL 0,00566 21,3666 800mL 0,00741 25,0897 1000mL 0,00909 32,4348 16 Equação da Reta I(ampér) = A(ampér) + B(ampérLmol-1) x c(molL-1) Imáx – Imín = Ipico Ipico = 15,0781mA Curva analítica para determinação de aa na amostra 17 y = A + B*x A=2,07341x10-6 B=0,0033 15,0781=2,07341x10-6+ 0,0033xC CAA = 3,94mmolL-1 Aquisição dos voltamogramas com a amostra 18 Voltamogramas com a amostra de ácido ascórbico 19 Tabela dos valores da concentração do padrão de ácido ascórbico pela corrente de pico 20 Adições Eixo x =c de AA(mol/L) Eixo y = I (mA) 10mL 0 12,7678 200mL 0,003728 19,2038 400mL 0,00470 22,6954 600mL 0,00559 26,9166 Curva de adição de padrão com a amostra 21 y = A + B*x A=1,21108x10-5 B=0,00236 Considerando que a corrente de pico foi nula temos, através da equação da reta, que: 22 0= 1,21108x10-5 + 0,00236 x C CAA = 5,13mmol-1 Amperograma: adição de padrão com agitação 23 Tabela dos valores da concentração do padrão de ácido ascórbico pela corrente de pico 24 Adições Eixo x =c de AA(mol/L) Eixo y = I (mA) 10mL 0 46,3810 200mL 0,003728 73,1789 400mL 0,00470 91,3954 600mL 0,00559 105,9988 Curva de adição de padrão-amostra com agitação 25 y = A + B*x A=4,36058x10-5 B=0,01017 Considerando que a corrente de pico foi nula temos, através da equação da reta, que: Comparando os valores experimentais das concentrações, temos que: Método da curva analítica: CAA = 3,94mmolL-1 Método da adição de padrão: CAA = 5,13mmol-1 Método da adição de padrão com agitação: CAA = 4,29mmol-1 26 0 = 4,36058x10-5 + 0,01017 x C CAA = 4,29mmol-1 Cálculo da concentração da amostra diluída: C1V1 = C2V2 5,7x10-2 x 0,5ml = C2 x 10,5ml C2 = 2,72mmol-1 27 Erro relativo referente ao método da curva analítica: E.r = [ (V.e – V.v) / V.v ] x 100% E.r = [3,94mmolL-1- 2,72mmolL-1/ 2,72mmolL-1] x 100% E.r = 44,8% 28 Erro relativo referente ao método de adição de padrão com agitação: E.r = [ (V.e – V.v) / V.v ] x 100% E.r = [4,29mmolL-1- 2,72mmolL-1/ 2,72mmolL-1] x 100% E.r = 57,72% E.r = [ (V.e – V.v) / V.v ] x 100% E.r = [5,13mmolL-1 - 2,72mmolL-1/ 2,72mmolL-1] x 100% E.r = 88,6% Erro relativo referente ao método de adição de padrão: Conclusão Os erros obtidos podem ser explicados pelo comportamento negligenciável da equipe durante a realização do experimento. Uma outra fonte que pode ter originado os erros grosseiros é a manipulação errônea do programa OriginPro8. A falta de polimento do eletrodo de trabalho a cada adição pode ter afetado nos resultados. O método da adição do padrão foi menos eficiente que o método via curva analítica. O método de adição do padrão com agitação foi mais eficiente que o mesmo método, porém sem agitação. 29 Agradecimentos Agradecemos ao monitor Paulo que nos auxiliou e teve paciência para tirar todas as nossas dúvidas referentes ao programa OriginPro8. 30 Bibliografia SKOOG, D.A.; HOLLER, F.J.; WEST, D.M.; & CROUCH, S.R., Fundamentos da Química Analítica. 8ªedição norte-americana, Editora CENGAGE Learning, São Paulo, 2008. 31