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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais
Colegiado de Engenharia de Alimentos
	
UBIQUIDADE DOS MICRORGANISMOS
Itapetinga-Ba
Junho de 2013
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Departamento de Estudos Básicos e Instrumentais
Colegiado de Engenharia de Alimentos
Discentes:
Ana Paula
Jessica Soares
Natália Viana
Ohana Quessia 
Pablio Eziquiel
Sheila Freitas
	
UBIQUIDADE DOS ALIMENTOS
Relatório apresentado à professora Lígia Menezes para fins avaliativo da disciplina Microbiologia Geral, do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus – Itapetinga.
Itapetinga-Ba
Junho de 2013
RESUMO
		
Os microrganismos estão presentes na água, no solo, no ar, em animais, nas plantas e em alguns alimentos que consumimos. Em todos esses ambientes os microrganismos têm papel fundamental na manutenção do equilíbrio biológico. A ubiquidade dos microrganismos, ou seja, a capacidade de habitarem em diversos ambientes se deve a alguns fatores, como o tamanho reduzido, que possibilita a dispersão e ao mecanismo metabólico, que permite se adaptar rapidamente às condições ambientais. O experimento seguinte foi realizado pela técnica de coleta de amostras do ambiente e objetos, visando observar o desenvolvimento de microrganismos, definindo a caracterização cultural das colônias a partir da morfologia da colônia isolada.
Palavras-chave: Microrganismo, ubiquidade, ambiente.
INTRODUÇÃO
Há um período de 2 bilhões de anos atrás, os únicos habitantes da Terra eram as bactérias, que não passavam de células primitivas com um alto grau de multiplicação ,a qual uma única célula poderia gerar cerca de 4,5 bilhões de novas células idênticas em apenas uma única noite. Depois de algum tempo, as bactérias ocuparam todos os nichos do planeta, as rochas, a água e o ar, formando então uma espécie de manta viva, responsável pela regulação da vida do planeta. Durante milênios o homem não se deu conta da existência destes microrganismos, ou sua importância, os quais só puderam ser observados depois da invenção do microscópio, no início do século XVIII. Sendo Pasteur (1822-1895) responsável por descobrir que estes seres microscópios eram os causadores das principais doenças do século XVIII. Segundo os microbiologistas canadenses Maurice Panisset e Sorin Sonea. Autores de um livro pioneiro sobre o assunto: “Estamos convencidos de que a comunidade das bactérias está presente em todos os lugares da terra” dizem A new Bacteriology. (Dieguez, Flávio.O Futuro Do Seu Corpo: Planeta dos Micróbios. SUPERINTERESSANTE ed. 294 agosto. 2011).
Os microrganismos são os menores seres vivos existentes. Em sua maioria fazem parte do ecossistema, oferecendo grande influência no meio onde vivem. São encontrados no solo, na água, na superfície interna e externa dos seres vivos. Os microrganismos estão presentes permanente ou transitoriamente. Também encontrados na atmosfera, sem qualquer atividade, pois para que possam se manter em atividade necessitam estar em contato com substrato de onde retiram nutrientes de que necessitam. Quanto mais rico em nutrientes, movimentado e populoso for o meio, este apresentará maior concentração de microrganismos, uma vez que estes estão presentes em todos os lugares e podem espalhar-se facilmente pelo ar. (Brock, L., 2003).
Para provar a existência dos microrganismos devemos isolá-los em placas que tenham um meio nutritivo para seu crescimento e desenvolvimento, o qual será usado o PCA (Agar Contagem de Placa) como meio de cultura para estes seres. Segundo Buchbinder et al. (1951), o PCA ideal para maior crescimento e desenvolvimento contém glicose e extrato de levedura. O meio de cultura PCA, Agar simples, é satisfatório para a enumeração de bactérias, fungos e das leveduras. Em visto que os nutrientes fornecidos pela Triptona, vitaminas encontradas no extrato da levedura, e a glicose são usados como fonte de energia favorecendo assim o crescimento dos microrganismos.
OBJETIVOS
Verificar a existência de diferentes tipos de microrganismos em diversos ambientes e superfícies; 
Reconhecer e compreender a relação entre o meio de cultura e os tipos de microrganismos; 
Verificar a ubiquidade de microrganismos.
4. MATERIAIS
Contador de colônias.
Estufa de incubação;
Placa de Petri em PCA com ácido tartárico;
Placas de Petri em PCA comum;
5. METODOLOGIA
O procedimento foi realizado da seguinte forma: primeiramente separaram-se quatro placas de Petri, onde duas delas havia o PCA mais o ácido tartárico e as outras somente o PCA comum. Em cada placa, exceto a do ambiente, dividiu-se em quatro quadrantes, no total de oito amostras.
Na placa que continha somente o PCA adicionou as amostras coletadas, sendo elas: microfone do orelhão do pátio e da cantina, telefone celular, torneira do bebedouro. Já a que continha o ácido tartárico: parte superior da porta da geladeira do próprio laboratório, capacete, azulejo da pia do banheiro e concha de comida. Duas placas ficaram expostas ao meio ambiente para que fossem observados os microrganismos que se desenvolveriam.  Após a coleta das amostras, a placa com PCA comum foi colocada na estufa há uma temperatura de 35ºC(trinta e cinco graus Celsius) durante 24h(vinte e quatro horas), e as amostras com acido tartárico ficaram na estufa em temperatura ambiente durante 5 (cinco) dias.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
	Na prática realizada, observou-se o desenvolvimento de microrganismos na maioria das amostras coletadas. Nas placas de Petri com PCA comum pode-se verificar a presença de bactérias, enquanto nas placas com ácido tartárico, notou-se a presença de fungos. 
	As amostras coletadas em placas sem ácido foram as seguintes: ambiente, orelhão do pátio, celular, orelhão da cantina, bebedouro da cantina. E nas que apresentavam o ácido, foram: ambiente, parte superior da porta da geladeira, capacete, azulejo da pia do banheiro e uma concha de comida. Sendo que, apenas na amostra do bebedouro da cantina não houve desenvolvimento de microrganismos, isso pode ter ocorrido pelo fato de não haver contaminações. 
Os microrganismos podem ser classificados das seguintes maneiras:
Nas placas com PCA comum, encontraram-se as seguintes características das bactérias:
Ambiente: 19(dezenove) bactérias brancas com forma circular, elevação plana e margem inteira; 43(quarenta e três) bactérias amarelas com forma circular, elevação protuberante e margem inteira; 10(dez) bactérias laranja com forma circular, elevação plana e margem inteira; E ouve crescimento de 2(dois) fungos filamentosos.
Orelhão do pátio: região esbranquiçada com forma irregular, margem ondulada e quanto à classificação da elevação obteve como elevada.
Celular: 14(quatorze) bactérias brancas com forma circular, margem inteira e uma elevação plana.
Orelhão da cantina: 122(cento e vinte dois) bactérias de cor amarela e 40(quarenta) bactérias de cor branca com forma circular, margem inteira e com elevação plana.
	Nas placas com PCA comum mais ácido tartárico notou-se a presença de diversas espécies em cada amostra, com as seguintes características: 
Ambiente: 7(sete) negras com centros esbranquiçados; 4(quatro) negras com centros negros; 10(dez) negras com margens brancas; 10(dez) negras com margens acinzentadas;
Parte superior da porta da geladeira: 5(cinco) múltiplas colônias negras, 3(três) leveduras rosadas e 40(quarenta) leveduras brancas;
Capacete: 7(sete) colônias filamentosas brancas, com centro branco;
Azulejo da pia do banheiro: 6(seis) leveduras amarelas, 14(quatorze) fungos, 2(dois) leveduras brancas;
Concha de comida: 8(oito) leveduras
laranjas
	No ambiente, os microrganismos no ar ficam em aerossóis, produzidos pela poeira, podendo ser encontrados esporos de bactérias ou de bolores, leveduras e mesmo bactérias aderidas à poeira, sendo que a umidade do ambiente também contribui à disseminação microbiana (BALDIN, 2000).
		O sistema de ar condicionado consiste em um ambiente úmido, e se estiver sujo, torna-se propício ao desenvolvimento e acúmulo de fungos e bactérias que podem causar desde o mau-cheiro até doenças respiratórias.
Nos resultados da pesquisa de Quadros et al (2009), foram observadas varias morfologia de bactérias e fungos. Em sua pesquisa após a incubação das placas de Petri foram analisadas concentração média horária de fungos filamentosos e de bactérias, bem como o número de ocupantes no ambiente medidos nas salas de cirurgia 1(um) e 3(três) do centro cirúrgico. Das 33(trinta e três) amostras de ar obtidas pela amostragem dinâmica, com os meios de cultura ASD e ASC, foi possível isolar 59(cinquenta e nove) fungos filamentosos concluindo-se que a concentração de fungos filamentosos no ar é o parâmetro microbiológico que representa melhor o nível de ocupação dos ambientes, confirmando seu uso como indicador da qualidade do ar de interiores, sendo Aspergillus e Penicillium os gêneros de fungos mais frequentes. O gênero mais comum dentre as bactérias foi Staphylococcus.
De acordo com os resultados de Mobrin et al (2006), observou-se que em todas as UTIs, a quantidade de unidades formadoras de colônia ultrapassou o permitido pela portaria 176/00 do Ministério da Saúde, relatando que quando a contagem de microrganismos estiver acima de 750(setecentos e cinquenta) Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por metro cúbico de ar, o ambiente é considerado impróprio para a saúde. Verificou-se que, dos dez condicionadores de ar das UTIs selecionadas para estudo, foram obtidas 33 espécies de Eumycetes. Seguiu-se o sistema de classificação de Alexopoulos e Mims1, onde está representada a classe Deuteromycetes, subclasse Hyphomycetidae, incluindo duas famílias (Moniliaceae e Dematiaceae) e oito gêneros (Acremonium, Aspergillus, Paecillomyces, Penicillium, Trichoderma, Cladosporium, Curvularia, e Nigrospora), sendo que a maioria das espécies pertence à família Moniliaceae. Observou-se que, dentre as espécies isoladas, a maior diversidade foi registrada nas UTIs do serviço público.
Tanto os resultados obtidos por Quadros e Mobrin quanto à prática realizada pelo grupo comprovaram que os levantamentos obtidos por tais são legítimos, ou seja, os microrganismos são ubíquos.
Antimicrobianos são substâncias químicas que inibem o crescimento ou destroem microrganismos. Podem ser produzidos por outros microrganismos, como bactérias e fungos, ou sintetizados, total ou parcialmente. Atualmente, os antimicrobianos estão entres as drogas mais utilizadas em terapêutica, tanto em nível ambulatorial como hospitalar. Além de perturbar o equilíbrio das populações da microbiota normal, o emprego indiscriminado destas drogas tem provocado também, o desenvolvimento de resistência bacteriana e, consequentemente, o surgimento de superinfecções por germes multiresistentes. Desta forma, para preservar os pacientes, as instituições e a própria utilidade dos antimicrobianos, é essencial a racionalização do seu emprego e o conhecimento dos princípios que regem sua correta utilização (SILVA, 1999)
As penicilinas (amoxicilina) são antimicrobianos geralmente bactericidas que interferem na síntese da parede celular, devido a sua união a receptores enzimáticos situados na parte externa da membrana bacteriana, levando à transpeptidação dos polímeros de mureína. O resultado bactericida deve-se a inativação de um inibidor de enzimas autolíticas da parede bacteriana (autolisina), que leva à lise celular. As autolisinas são enzimas finamente reguladas, que em condições normais de crescimento participam na renovação da parede celular. Este tipo de agente antimicrobiano só atua sobre microrganismos em crescimento. Todas as penicilinas possuem basicamente a estrutura do ácido 6-aminopenicilânico, que possui um anel de tiazolina, com um grupo amino livre, unido a um anel b - lactâmico. A amoxicilina apresenta um espectro de atividade mais amplo que as penicilinas, porém são destruídas por b - lactamases (BARBOSA, 2001).
7. CONCLUSÃO
Com a exposição dos meios de culturas, verificou-se a presença de diversos microrganismos, seja fungo ou bactéria, em quase todos os ambientes escolhidos. Sendo os seres humanos expostos permanentemente a esses invasores que podem trazer danos à saúde. Percebeu-se também a velocidade de multiplicação desses seres em ambientes favoráveis, por crescerem exponencialmente. Portanto, comprovou-se a veracidade dos microrganismos serem ubíquos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALDIN, Sonciarai Martins. Controle de qualidade de meios de cultura, vidrarias e acessórios em laboratório de microbiologia. SENAI/CIC, 31p, 2000. 
BARBOSA, Flávio. Perfil de Susceptibilidade Antimicrobiana de Bifidobacterium bifidum Bb12 e Bifidobacterium longum Bb46. 2001.
BROCK, L. Biología de los Microorganismos. 3ª Edición. Southern Illinois University Carbondale: Pearson Education, 2003. 1011 p.
BUCHBINDER, BARIS, ALFF, REYNOLDS, DILLON, PESSIN, PINCUS e STRAUSS. 1951. Relatórios de Saúde Pública, 66: 327;
DIEGUEZ, FLÁVIO. O Futuro Do Seu Corpo: Planeta dos Micróbios. Superinteressante ed. 294 agosto. 2011.
JORGE, Antonio. Princípios de Biossegurança em Odontologia. 2004.
MOBRIN , M., Salmito D. A. M. Microbiota fúngica dos condicionadores de ar nas unidades de terapia intensiva de Teresina, PI. 2006.
QUADROS, E. M., LISBOA, D. M. H., OLIVEIRA, D. L. V., SCHIRMER N. W. Qualidade do ar em ambientes internos hospitalares: estudo de caso e análise crítica dos padrões atuais. 2009.
SILVA, C.H.P.M. Bacteriologia: um texto ilustrado. Teresópolis: Eventos. P. 107-119. 1999.
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