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GEX114 - Ca´lculo Nume´rico Profa. Dra. Amanda Castro Oliveira Departamento de Cieˆncias Exatas - DEX/UFLA amanda@dex.ufla.br Cap´ıtulo 6 Integrac¸a˜o Nume´rica Vamos discutir algumas te´cnicas nume´ricas para calcular aproximadamente a integral de f (x) com x ∈ R num intervalo [a, b], isto e´: I = ∫ b a f (x)dx onde f (x) e´ uma func¸a˜o cont´ınua com derivadas cont´ınuas em [a, b]. Quando conseguimos determinar a func¸a˜o primitiva F (x) de f (x) tal que F ′(x) = f (x), o valor da integral e´ dado por: I = ∫ b a f (x)dx = F (b)− F (a) Exemplo: Calcular I = ∫ 2 0 x3dx . Como F (x) = x 4 4 satisfaz F ′(x) = x3 enta˜o I = ∫ 2 0 x3dx = F (2)− F (0) = 2 4 4 − 0 4 4 = 4 Cap´ıtulo 6 Integrac¸a˜o Nume´rica Vamos discutir algumas te´cnicas nume´ricas para calcular aproximadamente a integral de f (x) com x ∈ R num intervalo [a, b], isto e´: I = ∫ b a f (x)dx onde f (x) e´ uma func¸a˜o cont´ınua com derivadas cont´ınuas em [a, b]. Quando conseguimos determinar a func¸a˜o primitiva F (x) de f (x) tal que F ′(x) = f (x), o valor da integral e´ dado por: I = ∫ b a f (x)dx = F (b)− F (a) Exemplo: Calcular I = ∫ 2 0 x3dx . Como F (x) = x 4 4 satisfaz F ′(x) = x3 enta˜o I = ∫ 2 0 x3dx = F (2)− F (0) = 2 4 4 − 0 4 4 = 4 Cap´ıtulo 6 Integrac¸a˜o Nume´rica Encontrar uma primitiva nem sempre e´ fa´cil e ou poss´ıvel. Podemos tambe´m desconhecer a expressa˜o para f (x), uma vez que esta pode ser o resultado de experimentos. Nestes casos, me´todos nume´ricos sa˜o desenvolvidos para se obter aproximac¸o˜es para o valor da integral definida I . A ide´ia ba´sica da integrac¸a˜o nume´rica e´ a da substituic¸a˜o do integrando f (x) por um polinoˆmio que a aproxime razoavelmente no intervalo [a, b]. Assim encontramos uma soluc¸a˜o atrave´s da integrac¸a˜o de polinoˆmios, o que e´ trivial de ser feito.∫ b a f (x)dx ≈ ∫ b a Pn(x)dx Cap´ıtulo 6 Integrac¸a˜o Nume´rica Graficamente, considerando uma func¸a˜o f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b], podemos relacionar I = ∫ b a f (x)dx com a a´rea entre a curva f (x) e o eixo das abscissas. cap6fig1.jpg Figura: integral e a´rea 6.2 Fo´rmulas de Newton-Cotes O polinoˆmio que aproxima f (x) e´ um polinoˆmio que interpola f (x) em pontos do intervalo [a, b] igualmente espac¸ados. Se [a, b] e´ o nosso intervalo de integrac¸a˜o e o dividimos em n partes iguais, cada subintervalo tera´ tamanho h dado por: h = b − a n , n inteiro tal que: x0 = a, xn = b e xj = a + jh com j = 0, 1, · · · , n xj+1 − xj = h 6.2 Fo´rmulas de Newton-Cotes As fo´rmulas fechadas de Newton-Cotes sa˜o fo´rmulas de integrac¸a˜o do tipo: x0 = a, xn = b e∫ b a f (x)dx = ∫ xn x0 f (x)dx ≈ A0f (x0) + A1f (x1) + · · ·+ Anf (xn) = n∑ i=0 Ai f (xi ). Os coeficientes Ai sa˜o determinados de acordo com o grau do polinoˆmio aproximador. 6.2.1 Regra dos Trape´zios Vamos aproximar o integrando f (x) por uma reta. cap6fig2.jpg Figura: regra dos trape´zios 6.2.1 Regra dos Trape´zios Partiremos da fo´rmula de Lagrange para o polinoˆmio P1(x) que interpola f (x) em x0 e x1, assim:∫ b a f (x)dx ≈ ∫ x1=b x0=a P1(x)dx = ∫ x1=b x0=a (x − x1) x0 − x1 f (x0) + (x − x0) (x1 − x0) f (x1)dx Como x1 − x0 = h e x0 − x1 = −h podemos simplificar e escrever IT = ∫ x1=b x0=a (x1 − x) h f (x0) + (x − x0) h f (x1)dx = I1 + I2 6.2.1 Regra dos Trape´zios Integrando separadamente cada uma das subintegrais teremos: I1 = ∫ x1=b x0=a (x1 − x) h f (x0)dx = f (x0) h ∫ x1=b x0=a (x1 − x)dx I1 = f (x0) h (x1x − x 2 2 ∣∣∣∣x1 x0 ) = f (x0) h (−x 2 1 2 + x20 2 + x21 − x0x1) I1 = f (x0) h ( x21 2 + x20 2 − x0x1) = f (x0) h h2 2 = f (x0)h 2 pois como h = (x1 − x0) enta˜o h22 = x21 2 + x20 2 − x0x1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Integrando separadamente cada uma das subintegrais teremos: I1 = ∫ x1=b x0=a (x1 − x) h f (x0)dx = f (x0) h ∫ x1=b x0=a (x1 − x)dx I1 = f (x0) h (x1x − x 2 2 ∣∣∣∣x1 x0 ) = f (x0) h (−x 2 1 2 + x20 2 + x21 − x0x1) I1 = f (x0) h ( x21 2 + x20 2 − x0x1) = f (x0) h h2 2 = f (x0)h 2 pois como h = (x1 − x0) enta˜o h22 = x21 2 + x20 2 − x0x1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Integrando separadamente cada uma das subintegrais teremos: I1 = ∫ x1=b x0=a (x1 − x) h f (x0)dx = f (x0) h ∫ x1=b x0=a (x1 − x)dx I1 = f (x0) h (x1x − x 2 2 ∣∣∣∣x1 x0 ) = f (x0) h (−x 2 1 2 + x20 2 + x21 − x0x1) I1 = f (x0) h ( x21 2 + x20 2 − x0x1) = f (x0) h h2 2 = f (x0)h 2 pois como h = (x1 − x0) enta˜o h22 = x21 2 + x20 2 − x0x1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Analogamente para I2 teremos: I2 = ∫ x1=b x0=a (x − x0) h f (x1)dx = f (x1)h 2 Portanto IT = I1 + I2 = h 2 [f (x0) + f (x1)] que e´ a a´rea de um trape´zio de altura h = x1 − x0 e bases f (x0) e f (x1) Vemos que ao fazermos esta aproximac¸a˜o de substituir a a´rea delimitada pelas curvas y = f (x) e x = x0, x = x1 e y = 0, que e´ exatamente ∫ b a f (x)dx o valor da a´rea do trape´zio de altura h e bases f (x0) e f (x1) cometemos um certo erro. 6.2.1 Regra dos Trape´zios - Erro Da interpolac¸a˜o polinomial sabemos que: f (x) = P1(x) + (x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 , ξx ∈ [x0, x1] integrando esta expressa˜o teremos:∫ x1=b x0=a f (x)dx = IT + ∫ x1=b x0=a ((x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 )dx Logo, o erro na integrac¸a˜o pela regra dos trape´zios, ET e´ dado por: ET = ∫ x1=b x0=a ((x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 )dx 6.2.1 Regra dos Trape´zios - Erro Da interpolac¸a˜o polinomial sabemos que: f (x) = P1(x) + (x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 , ξx ∈ [x0, x1] integrando esta expressa˜o teremos:∫ x1=b x0=a f (x)dx = IT + ∫ x1=b x0=a ((x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 )dx Logo, o erro na integrac¸a˜o pela regra dos trape´zios, ET e´ dado por: ET = ∫ x1=b x0=a ((x − x0)(x − x1) f ′′(ξx) 2 )dx 6.2.1 Regra dos Trape´zios - Erro Levando em considerac¸a˜o o fato de f (x) ser uma func¸a˜o cont´ınua e com derivadas tambe´m cont´ınuas e o teorema do valor me´dio para integrais, conseguimos chegar numa expressa˜o para o erro na integrac¸a˜o nume´rica pela regra dos trape´zios dado por: ET = −h 3 12 f ′′(c), c ∈ (x0, xn) Na falta de conhecimento do ponto c podemos tomar o limitante superior para o erro |ET | = h 3 12 |f ′′(c)| fazendo M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} enta˜o teremos: |ET | ≤ h 3 12 M2 6.2.1 Regra dos Trape´zios Exemplo: Calcule o valor aproximado de ∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. Pela regra dos Trape´zios temos que:∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx = h 2 [f (x0) + f (x1)] = 1− 0.5 2 [f (0.5) + f (1)] = 0.5 2 [−0.1931 + 1] = 0.2017132 Pois f (x) = ln(x) + x , enta˜o f (0.5) = −0.1931 e f (1) = 1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Exemplo: Calcule o valor aproximado de ∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. Pela regra dos Trape´zios temos que:∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx = h 2 [f (x0) + f (x1)] = 1− 0.5 2 [f (0.5) + f (1)] = 0.5 2 [−0.1931 + 1] = 0.2017132 Pois f (x) = ln(x) + x , enta˜o f (0.5) = −0.1931 e f (1) = 1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Exemplo: Calcule o valor aproximado de ∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. Pela regra dos Trape´zios temos que:∫ 1 0.5 (ln(x) + x)dx = h 2 [f (x0) + f (x1)] = 1− 0.5 2 [f (0.5) + f (1)] = 0.5 2 [−0.1931 + 1] = 0.2017132 Pois f (x) = ln(x) + x , enta˜o f (0.5) = −0.1931 e f (1) = 1 6.2.1 Regra dos Trape´zios Limitante superior para o erro: |ET | ≤ h 3 12 M2 com M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} M2 = max{|f ′′(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1}, f (x) = ln(x) + x , f ′(x) = 1x + 1 e f ′′(x) = − 1 x2 como f ′′(x) = − 1 x2 e´ uma func¸a˜o decrescente enta˜o M2 = max{| − 1x2 |, 0.5 ≤ x ≤ 1} = 10.52 = 4 e o limitante superior para o erro e´ dado por: |ET | ≤ 0.5 3 12 4 = 0.125 3 = 0.0417 Calcule o valor aproximado de ∫ pi/2 0 cos(x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. 6.2.1 Regra dos Trape´zios Limitante superior para o erro: |ET | ≤ h 3 12 M2 com M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} M2 = max{|f ′′(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1}, f (x) = ln(x) + x , f ′(x) = 1x + 1 e f ′′(x) = − 1 x2 como f ′′(x) = − 1 x2 e´ uma func¸a˜o decrescente enta˜o M2 = max{| − 1x2 |, 0.5 ≤ x ≤ 1} = 10.52 = 4 e o limitante superior para o erro e´ dado por: |ET | ≤ 0.5 3 12 4 = 0.125 3 = 0.0417 Calcule o valor aproximado de ∫ pi/2 0 cos(x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. 6.2.1 Regra dos Trape´zios Limitante superior para o erro: |ET | ≤ h 3 12 M2 com M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} M2 = max{|f ′′(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1}, f (x) = ln(x) + x , f ′(x) = 1x + 1 e f ′′(x) = − 1 x2 como f ′′(x) = − 1 x2 e´ uma func¸a˜o decrescente enta˜o M2 = max{| − 1x2 |, 0.5 ≤ x ≤ 1} = 10.52 = 4 e o limitante superior para o erro e´ dado por: |ET | ≤ 0.5 3 12 4 = 0.125 3 = 0.0417 Calcule o valor aproximado de ∫ pi/2 0 cos(x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. 6.2.1 Regra dos Trape´zios Limitante superior para o erro: |ET | ≤ h 3 12 M2 com M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} M2 = max{|f ′′(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1}, f (x) = ln(x) + x , f ′(x) = 1x + 1 e f ′′(x) = − 1 x2 como f ′′(x) = − 1 x2 e´ uma func¸a˜o decrescente enta˜o M2 = max{| − 1x2 |, 0.5 ≤ x ≤ 1} = 10.52 = 4 e o limitante superior para o erro e´ dado por: |ET | ≤ 0.5 3 12 4 = 0.125 3 = 0.0417 Calcule o valor aproximado de ∫ pi/2 0 cos(x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. 6.2.1 Regra dos Trape´zios Limitante superior para o erro: |ET | ≤ h 3 12 M2 com M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ x1} M2 = max{|f ′′(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1}, f (x) = ln(x) + x , f ′(x) = 1x + 1 e f ′′(x) = − 1 x2 como f ′′(x) = − 1 x2 e´ uma func¸a˜o decrescente enta˜o M2 = max{| − 1x2 |, 0.5 ≤ x ≤ 1} = 10.52 = 4 e o limitante superior para o erro e´ dado por: |ET | ≤ 0.5 3 12 4 = 0.125 3 = 0.0417 Calcule o valor aproximado de ∫ pi/2 0 cos(x)dx pela regra dos trape´zios e encontre o limitante superior para o erro cometido. 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Se o intervalo de integrac¸a˜o e´ grande fica evidente que a fo´rmula dos trape´zios fornece resultados muito fracos para o valor da integral exata. Uma vez que |ET | ≤ h312M2 Vamos tentar uma generalizac¸a˜o fazendo uma subdivisa˜o do intervalo de integrac¸a˜o em n subintervalos de mesmo tamanho h. Enta˜o teremos h = x1−x0n de tal forma que xi = x0 + ih, onde i = 0, 1, · · · , n. Aplicaremos a regra dos trape´zios em cada um dos subintervalos de integrac¸a˜o, ou seja, a cada dois pontos consecutivos. ∫ xn x0 f (x)dx = n−1∑ i=0 ∫ xi+1 xi f (x)dx 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Se o intervalo de integrac¸a˜o e´ grande fica evidente que a fo´rmula dos trape´zios fornece resultados muito fracos para o valor da integral exata. Uma vez que |ET | ≤ h312M2 Vamos tentar uma generalizac¸a˜o fazendo uma subdivisa˜o do intervalo de integrac¸a˜o em n subintervalos de mesmo tamanho h. Enta˜o teremos h = x1−x0n de tal forma que xi = x0 + ih, onde i = 0, 1, · · · , n. Aplicaremos a regra dos trape´zios em cada um dos subintervalos de integrac¸a˜o, ou seja, a cada dois pontos consecutivos. ∫ xn x0 f (x)dx = n−1∑ i=0 ∫ xi+1 xi f (x)dx 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos cap6fig3.jpg Figura: regra dos trape´zios repetidos A ideia e´ aplicar a regra dos trape´zios a cada um dos subintervalos. 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Assim teremos que: n−1∑ i=0 ∫ xi+1 xi f (x)dx ∼= h 2 [f (x0) + f (x1)] + h 2 [f (x1) + f (x2)] + · · · + h 2 [f (xn−1) + f (xn)] = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + · · ·+ 2f (xn−1) + f (xn)] Assim ITR = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + · · ·+ 2f (xn−1) + f (xn)], onde h = xn − x0 n 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Assim teremos que: n−1∑ i=0 ∫ xi+1 xi f (x)dx ∼= h 2 [f (x0) + f (x1)] + h 2 [f (x1) + f (x2)] + · · · + h 2 [f (xn−1) + f (xn)] = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + · · ·+ 2f (xn−1) + f (xn)] Assim ITR = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + 2f (x2) + · · ·+ 2f (xn−1) + f (xn)], onde h = xn − x0 n 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos - Erro A cada aplicac¸a˜o da regra dos trape´zios temos a seguinte expressa˜o para o erro: ET = −h 3 12 f ′′(c), c ∈ (x0, x1) O erro total na fo´rmula repetida e´ obtido a partir da soma dos erros cometidos em cada um dos subintervalos, isto e´: ETR = n−1∑ i=0 −h 3 12 f ′′(ci ), ci ∈ (xi , xi+1) como xi−1 ≤ ci ≤ xi , i = 1, · · · , n e como, por hipo´tese, f ′′(x) e´ uma func¸a˜o cont´ınua, enta˜o existe c ∈ [x0, xn] tal que: n−1∑ i=0 f ′′(ci ) = nf ′′(c) c ∈ (x0, xn) 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos - Erro Desse modo, a expressa˜o para o erro na regra dos trape´zios repetidos torna-se: ETR = n−1∑ i=0 −h 3n 12 f ′′(c) c ∈ (x0, xn) Como h = xn−x0n enta˜o n = xn−x0 h e substituindo na expressa˜o para o erro encontramos: ETR = n−1∑ i=0 −h 2 12 f ′′(c)(xn − x0) c ∈ (x0, xn) Como c ∈ (x0, xn) na˜o e´ conhecido, na˜o podemos determinar o erro cometido no processo de integrac¸a˜o exatamente, todavia e´ poss´ıvel calcular um limitante superior para o erro dado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Calcule o valor aproximado da integral I = ∫ 4 1 » (x)dx pela regra dos trape´zios repetidos tomando n = 2, 4e6 subintervalos. Calcule o limitante superior para o erro em cada caso. Caso 1: n = 2 vamos dividir o intervalo de integrac¸a˜o em duas partes iguais. Assim h = 4−12 = 1.5 Os no´s de integrac¸a˜o sera˜o enta˜o x0 = 1, x1 = 2.5 e x2 = 4 enta˜o precisamos calcular a seguinte expressa˜o:∫ 4 1 » (x)dx = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + f (x2)] que neste caso nos fornece:∫ 4 1 » (x)dx = 1.5 2 [f (1) + 2f (2.5) + f (4)] = 0.75[ √ 1 + 2 √ 2.5 + √ 4] = 4.6217 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Calcule o valor aproximado da integral I = ∫ 4 1 » (x)dx pela regra dos trape´zios repetidos tomando n = 2, 4e6 subintervalos. Calcule o limitante superior para o erro em cada caso. Caso 1: n = 2 vamos dividir o intervalo de integrac¸a˜o em duas partes iguais. Assim h = 4−12 = 1.5 Os no´s de integrac¸a˜o sera˜o enta˜o x0 = 1, x1 = 2.5 e x2 = 4 enta˜o precisamos calcular a seguinte expressa˜o:∫ 4 1 » (x)dx = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + f (x2)] que neste caso nos fornece:∫ 4 1 » (x)dx = 1.5 2 [f (1) + 2f (2.5) + f (4)] = 0.75[ √ 1 + 2 √ 2.5 + √ 4] = 4.6217 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Calcule o valor aproximado da integral I = ∫ 4 1 » (x)dx pela regra dos trape´zios repetidos tomando n = 2, 4e6 subintervalos. Calcule o limitante superior para o erro em cada caso. Caso 1: n = 2 vamos dividir o intervalo de integrac¸a˜o em duas partes iguais. Assim h = 4−12 = 1.5 Os no´s de integrac¸a˜o sera˜o enta˜o x0 = 1, x1 = 2.5 e x2 = 4 enta˜o precisamos calcular a seguinte expressa˜o:∫ 4 1 » (x)dx = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + f (x2)] que neste caso nos fornece: ∫ 4 1 » (x)dx = 1.5 2 [f (1) + 2f (2.5) + f (4)] = 0.75[ √ 1 + 2 √ 2.5 + √ 4] = 4.6217 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Calcule o valor aproximado da integral I = ∫ 4 1 » (x)dx pela regra dos trape´zios repetidos tomando n = 2, 4e6 subintervalos. Calcule o limitante superior para o erro em cada caso. Caso 1: n = 2 vamos dividir o intervalo de integrac¸a˜o em duas partes iguais. Assim h = 4−12 = 1.5 Os no´s de integrac¸a˜o sera˜o enta˜o x0 = 1, x1 = 2.5 e x2 = 4 enta˜o precisamos calcular a seguinte expressa˜o:∫ 4 1 » (x)dx = h 2 [f (x0) + 2f (x1) + f (x2)] que neste caso nos fornece:∫ 4 1 » (x)dx = 1.5 2 [f (1) + 2f (2.5) + f (4)] = 0.75[ √ 1 + 2 √ 2.5 + √ 4] = 4.6217 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Ja´ o erro e´ calculado por: |ETR | ≤ h 2 12 (xn − x0)M2 onde M2 = max{|f ′′(x)|, x0 ≤ x ≤ xn} M2 = max{| x−3/24 |, 1 ≤ x ≤ 4} = 0.25 |ETR | ≤ (1.5) 2 12 (3)0.25 = 0.1406 Caso 2: n = 4 ITR = 4.6551 e ETR = 0.0352 Caso 3: n = 6 ITR = 4.6615 e ETR = 0.0156 6.2.2 Regra dos Trape´zios Repetidos Como saber quantos subintervalos sa˜o necessa´rios se quisermos calcular esta integral com precisa˜o de 10−6? Seja I = ∫ 1 0 e−x 2 dx , calcule uma aproximac¸a˜o para esta integral usando a regra dos trape´zios repetidos com h = 0.2 Qual o nu´mero m´ınimo de subdiviso˜es de modo que o erro seja inferior a 10−8? 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson A regra 1/3 de Simpson consiste em se aproximar o integrando por um polinoˆmio de grau 2. Para tanto agora e´ necessa´rio termos 3 no´s de integrac¸a˜o e assim dividimos o intervalo de integrac¸a˜o em 2 partes de mesmo tamanho h. Seja f (x) uma func¸a˜o definida em 3 pontos distintos x0, x1 e x2 equidistantes, vamos usar a fo´rmula de lagrange para aproximar f (x) por uma func¸a˜o quadra´tica e em seguida integrar. Seja P2(x) o polinoˆmio que interpola f (x) nos pontos x0 = a, x1 = a + h e x2 = a + 2h = b P2(x) = (x − x1)(x − x2) (x0 − x1)(x0 − x2) f (x0) + (x − x0)(x − x2) (x1 − x0)(x1 − x2) f (x1)+ + (x − x0)(x − x1) (x2 − x0)(x2 − x1) f (x2) 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson A regra 1/3 de Simpson consiste em se aproximar o integrando por um polinoˆmio de grau 2. Para tanto agora e´ necessa´rio termos 3 no´s de integrac¸a˜o e assim dividimos o intervalo de integrac¸a˜o em 2 partes de mesmo tamanho h. Seja f (x) uma func¸a˜o definida em 3 pontos distintos x0, x1 e x2 equidistantes, vamos usar a fo´rmula de lagrange para aproximar f (x) por uma func¸a˜o quadra´tica e em seguida integrar. Seja P2(x) o polinoˆmio que interpola f (x) nos pontos x0 = a, x1 = a + h e x2 = a + 2h = b P2(x) = (x − x1)(x − x2) (x0 − x1)(x0 − x2) f (x0) + (x − x0)(x − x2) (x1 − x0)(x1 − x2) f (x1)+ + (x − x0)(x − x1) (x2 − x0)(x2 − x1) f (x2) 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson A aproximac¸a˜o torna-se:∫ b a f (x)dx ≈ ∫ x1=b x0=a P2(x)dx Integrando cada um dos termos chegamos a:∫ b a f (x)dx ≈ IS = h 3 [f (x0) + 4f (x1) + f (x2)] E de modo ana´logo ao me´todo dos trape´zios chegamos a uma expressa˜o para o limitante superior para o erro dada por: ES ≤ h 5 90 M4 onde M4 = max{|f iv (x)|, x0 ≤ x ≤ x2} 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson A aproximac¸a˜o torna-se:∫ b a f (x)dx ≈ ∫ x1=b x0=a P2(x)dx Integrando cada um dos termos chegamos a:∫ b a f (x)dx ≈ IS = h 3 [f (x0) + 4f (x1) + f (x2)] E de modo ana´logo ao me´todo dos trape´zios chegamos a uma expressa˜o para o limitante superior para o erro dada por: ES ≤ h 5 90 M4 onde M4 = max{|f iv (x)|, x0 ≤ x ≤ x2} 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Calcule aproximadamente I = ∫ 1.5 0.5 cos(x)dx usando a regra 1/3 de Simpson bem como o limitante superior para o erro cometido: Temos que h = 1.5−0.52 = 0.5, assim x0 = 0.5, x1 = 1 e x2 = 2 portanto: IS = h 3 [f (x0) + 4f (x1) + f (x2)] = 0.5 3 [f (0.5) + 4f (1) + f (1.5)] = 0.5 3 [0.8776 + 4(0.5403) + 0.707] = 0.5183 O limitante superior para o erro e´ dado por: ES ≤ h 5 90 M4 onde M4 = max{|f iv (x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1.5} 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Calcule aproximadamente I = ∫ 1.5 0.5 cos(x)dx usando a regra 1/3 de Simpson bem como o limitante superior para o erro cometido:Temos que h = 1.5−0.52 = 0.5, assim x0 = 0.5, x1 = 1 e x2 = 2 portanto: IS = h 3 [f (x0) + 4f (x1) + f (x2)] = 0.5 3 [f (0.5) + 4f (1) + f (1.5)] = 0.5 3 [0.8776 + 4(0.5403) + 0.707] = 0.5183 O limitante superior para o erro e´ dado por: ES ≤ h 5 90 M4 onde M4 = max{|f iv (x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1.5} 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Calcule aproximadamente I = ∫ 1.5 0.5 cos(x)dx usando a regra 1/3 de Simpson bem como o limitante superior para o erro cometido:Temos que h = 1.5−0.52 = 0.5, assim x0 = 0.5, x1 = 1 e x2 = 2 portanto: IS = h 3 [f (x0) + 4f (x1) + f (x2)] = 0.5 3 [f (0.5) + 4f (1) + f (1.5)] = 0.5 3 [0.8776 + 4(0.5403) + 0.707] = 0.5183 O limitante superior para o erro e´ dado por: ES ≤ h 5 90 M4 onde M4 = max{|f iv (x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1.5} 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Como f (x) = cos(x), f iv (x) = cos(x) logo M4 = max{| cos(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1.5} = cos(0.5) = 0.8776 e o limitante superior para o erro e´ enta˜o: ES ≤ 0.5 5 90 0.8776 = 0.0003 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Como f (x) = cos(x), f iv (x) = cos(x) logo M4 = max{| cos(x)|, 0.5 ≤ x ≤ 1.5} = cos(0.5) = 0.8776 e o limitante superior para o erro e´ enta˜o: ES ≤ 0.5 5 90 0.8776 = 0.0003 6.2.3 Regra 1/3 de Simpson Calcule aproximadamente I = ∫ 1.5 0.5 sen(x)dx usando a regra 1/3 de Simpson bem como o limitante superior para o erro cometido. Pro´xima semana... Simpson repetido e quadratura gaussiana Por hoje e´ so´ pessoal!! Este material e´ inteiramente baseado na bibliografia do curso, principalmente no livro texto :RUGIERO, M. A.G; LOPES,V Ca´lculo Nume´rico: Aspectos teo´ricos e computacionais, Editora McGraw-Hill.1997. Bispo, W.R;Sanches, S. Ca´lculo Nume´rico. CEFET/RJ, 2009. Cunha, C. Me´todos nume´ricos para as engenharias e cieˆncias aplicadas;Editora da UNICAMP,1993 Este material na˜o substitui a bibliografia.