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2011/2 Seção 1 * Microeconomia Prof. Fernando de Holanda Barbosa Filho 2011/2 Seção 1 * O que acontece quando há interferência no mercado? Por que interferências sobre os preços, por exemplo, geram escassez ou excesso de um bem? Essa seção avalia o impacto de políticas governamentais sobre o modelo de oferta e demanda. Políticas de Governo no Modelo de Oferta e Demanda 2011/2 Seção 1 * Em outras palavras, avalia-se o impacto de diversas medidas governamentais sobre o equilíbrio de mercado. Ou seja, o impacto de políticas governamentais sobre os preços e as quantidades de equilíbrio. Nesse sentido, avalia-se o impacto de dois tipos de medidas: 1 – Controle de preços. 2 – Introdução de impostos Políticas de Governo no Modelo de Oferta e Demanda 2011/2 Seção 1 * Como os resultados da economia são afetados? Políticas de Governo no Modelo de Oferta e Demanda 2011/2 Seção 1 * Controle de preços ocorre quando o governo impõe algum restrição sobre os preços de determinados mercados. Cite um exemplo. Aqui estudaremos dois tipos de controle de preços: 1 – Preços mínimos 2 – Preços máximos Políticas de Governo: Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Tratam-se de ferramentas utilizadas pelo governo para manter os preços em níveis que não são o de equilíbrio. Gerarão alguma forma de restrição de mercado!!! Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Política de preço mínimo (ou piso): é um limite mínimo legal para o preço ao qual um bem pode ser vendido. A política de preço mínimo só afeta o equilíbrio de mercado caso o preço proposto seja superior ao preço de equilíbrio de mercado. Nesse caso, o preço mínimo, por estar acima do preço de equilíbrio de mercado, ocasionará um excesso de oferta. Caso o preço mínimo seja inferior ao equilíbrio de mercado, nada ocorre, pois o preço de equilíbrio está acima do mínimo imposto por lei, logo, dentro da legalidade. Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * É bastante confortável para o vendedor, pois estes gostariam de que o governo estabelecesse um piso para os preços que recebem. Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Política de preço máximo (ou teto): é um limite máximo legal para o preço ao qual um bem pode ser vendido. A política de preço máximo só afeta o equilíbrio de mercado caso o preço proposto seja inferior ao preço de equilíbrio de mercado. Nesse caso, o preço máximo por estar abaixo do preço de equilíbrio de mercado ocasionará um excesso de demanda. Caso o preço máximo seja superior ao equilíbrio de mercado, nada ocorre, pois o preço de equilíbrio está abaixo do máximo imposto por lei, logo, dentro da legalidade. Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * É bastante tentador, pois é um jeito fácil de garantir que todos tenham acesso a um dado produto. Os resultados são ainda piores no longo prazo. Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Como pode-se observar na figura 32, políticas de preço máximo, quando abaixo do equilíbrio, causam um excesso de demanda que não será atendido pela oferta, porque o preço é inferior ao que os produtores estão dispostos a aceitar. Essa situação não é um equilíbrio, pois caso o preço fosse livre, a oferta aumentaria e mais consumidores teriam acesso a bens, sendo uma situação em que ambos melhorariam, consumidores e produtores. Exemplo: o congelamento de preços do plano cruzado, que gerou grande excesso de demanda/escassez de bens (nem todo mundo se beneficia). Controle de Preços 2011/2 Seção 1 * Como o governo levanta receita para os projetos públicos como estradas, escolas, hospitais etc e/ou até mesmo projetos sociais? Portanto, os impostos se tratam de um outro importante instrumento de política econômica , pois afetam a nossa vida de diversas maneiras. Outra forma: Introdução de impostos 2011/2 Seção 1 * Resta saber: Como os impostos afetam a economia? Consumidores? Vendedores? Impostos 2011/2 Seção 1 * Impostos são a principal forma de financiamento dos governos, sendo portanto objeto de grande interesse na análise dos mercados. Os impostos podem ser cobrados dos consumidores ou dos produtores. Entretanto, não é necessariamente quem arrecada o imposto é quem paga o imposto. Nesse sentido, uma questão importante na introdução de um imposto é saber quem paga o imposto: consumidores ou produtores? Ou seja, saber como é divido o ônus do imposto, sua incidência. Impostos 2011/2 Seção 1 * Logo, para avaliar o impacto da introdução de impostos no equilíbrio de mercado e saber sobre quem recai o ônus do pagamento do mesmo, devemos dividir a análise em diferentes etapas: 1 – O imposto afeta qual curva – a oferta ou a demanda? 2 – Em que direção a curva é afetada? 3 – Como o imposto afeta o equilíbrio da economia? 4 – Compara-se o equilíbrio anterior à introdução do imposto com o equilíbrio posterior à introdução do imposto. Impostos 2011/2 Seção 1 * Imposto recolhido pelos consumidores: os consumidores no ato da compra são responsáveis por pagar T a mais por produto comprado. A curva de demanda diz o preço máximo que os consumidores estão dispostos a pagar por determinado produto, quanto os consumidores valorizam o produto. A introdução de um imposto não muda esta valoração. O que ocorre é que no valor total que o consumidor está disposto a pagar por determinado bem está incluído o imposto T. Logo, esta introdução equivale a um deslocamento da curva de demanda para baixo em um valor T. Impostos 2011/2 Seção 1 * 1ª Etapa: A C. Oferta não se altera (O imposto não é cobrado dos vendedores). Portanto, a Curva de Demanda se desloca para a esquerda de forma equivalente ao valor do imposto cobrado. 2ª Etapa: O imposto sobre o bem reduz o tamanho do mercado e os consumidores e os vendedores dividirão o ônus. Final: Imposto recolhido pelo consumidor 2011/2 Seção 1 * Impostos 2011/2 Seção 1 * O gráfico do slide anterior mostra: 1 – O deslocamento da curva de demanda afeta o equilíbrio da economia, reduzindo a quantidade transacionada e o preço de equilíbrio recebido pelo produtor (pv) e elevando o preço de equilíbrio pago pelo consumidor (pv+ T). 2 – Com isso, sobre o produtor recai um imposto: Pe-Pv. 3 – Sobre o consumidor recai o imposto: (Pv+T)-Pe. 4 – A arrecadação total é igual a q’xT. 5 – No novo equilíbrio, o montante de transações (q*-qT) deixa de ser realizado. Ou seja, a introdução de impostos reduz o número de transações na economia. Impostos 2011/2 Seção 1 * Imposto recolhido pelos produtores: os produtores no ato da venda são responsáveis por pagar T por produto vendido. A curva de oferta diz o preço mínimo que os produtores estão dispostos a vender determinado produto, relacionado com os seus custos. A introdução de um imposto não muda estes custos. O que ocorre é que no valor total que o produtor recebe por produto vendido, ele deve repassar T ao governo. Dessa forma, para que o produtor não tenha perdas, é necessário que ele cubra T a mais por seu produto. Logo, esta introdução equivale a um deslocamento da curva de oferta para cima em um igual a T. Impostos 2011/2 Seção 1 * 1ª Etapa: A C. Demanda não se altera (O imposto não é cobrado dos consumidores). Portanto, a Curva de Oferta se desloca para a esquerda de forma equivalente ao valor do imposto cobrado. 2ª Etapa: O imposto sobre o bem reduz o tamanho do mercado e os consumidores e os vendedores dividirão o ônus. Final: Imposto recolhido pelo vendedor 2011/2 Seção 1 * Impostos 2011/2 Seção 1 * O gráfico do slide anterior mostra: 1 – O deslocamento da curva de oferta afeta o equilíbrio da economia, reduzindo a quantidade transacionada, elevando o preço de equilíbrio pago pelo consumidor (pc) e reduzindo o preço recebido pelo produtor (pc - T). 2 – Com isso, sobre o produtor recai um imposto: Pe-(pc-T). 3 – Sobre o consumidor recai o imposto: (Pc)-Pe. 4 – A arrecadação total é igual a q’xT. 5 – No novo equilíbrio, o montante de transações (q*-qT) deixa de ser realizado. Ou seja, a introdução de impostos reduz o número de transações na economia. Impostos 2011/2 Seção 1 * Tanto o consumidor quanto os vendedores saem prejudicados. O consumidor acaba desejando adquirir menos e o vendedor, recebe menos. Desencoraja a atividade econômica, pois a quantidade de equilíbrio é menor. Lição geral! 2011/2 Seção 1 * Comparando os casos em que o imposto é recolhido de consumidores ou de produtores, chega-se à conclusão de que o impacto sobre a economia é o mesmo em ambos os casos. Ou seja, as transações caem para qT em ambos os casos e os preços pagos pelos consumidores e recebidos pelos produtores é o mesmo. Por último, a arrecadação total também é a mesma: qTx T Logo, o que afeta a escolha sobre quem tributar é o custo de tributação, dado que os efeitos alocativos são os mesmos. Impostos 2011/2 Seção 1 * O ônus é dividido igualmente entre consumidores e vendedores? Pensemos em duas situações: 1 – Oferta elástica e demanda inelástica; 2 – Oferta inelástica e demanda elástica. Elasticidade e incidência tributária 2011/2 Seção 1 * 1 – Oferta elástica e demanda inelástica; Os vendedores reagem muito à mudança no preço do bem (são sensíveis) ao passo que os consumidores não respondem muito à mudança (são pouco sensíveis). Quem pagará mais? Consumidores ou vendedores? Elasticidade e incidência tributária 2011/2 Seção 1 * Os consumidores arcarão com a maior parte do imposto. Resposta: 2011/2 Seção 1 * 2 – Oferta inelástica e demanda elástica; Os vendedores reagem pouco à mudança no preço do bem (são pouco sensíveis) ao passo que os consumidores respondem muito à mudança (são sensíveis). Quem pagará mais? Consumidores ou vendedores? Elasticidade e incidência tributária 2011/2 Seção 1 * Os vendedores arcarão com a maior parte do imposto. Resposta: 2011/2 Seção 1 * O ônus dos impostos recairá mais pesadamente sobre o lado menos elástico do mercado. Demanda pouco elástica – os consumidores não têm boas alternativas de consumo; Oferta pouco elástica – os vendedores não têm boas alternativas em relação à produção do bem em questão. Lição geral: 2011/2 Seção 1 * TODA POLÍTICA ECONÔMICA É CRITICÁVEL!!! * * * * * * * * * * * * * * * * *