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Cálculo I: Gabarito 2a prova, Turmas R1, R2, OL. 18 de maio de 2013, 8h00, Duração: 1h40. 1. (12pts) Uma corda de tamanho L é cortada em dois pedaços (não necessariamente iguais), e cada pedaço é usado para fazer um quadrado. Qual é o jeito de cortar a corda que maximiza/minimiza a soma das áreas dos dois quadrados? Suponha que o primeiro pedaço de corda tenha comprimento x ∈ [0, L]. Logo, a área do primeiro quadrado é igual a (x/4)2. O segundo pedaço tem comprimento L−x, logo a área do segundo quadrado é igual a ((L−x)/4)2. Portanto, a soma das áreas dos quadrados é dada por A(x) = 116 ( x2 + (L− x)2) , x ∈ [0, L] .(3pts) Procuremos os extremos globais de A em [0, L]. Primeiro procuremos os pontos críticos de A em (0, L). Como A é obviamente derivável (polinômio de segundo grau em x), procuremos soluções de A′(x) = 0. Mas A′(x) = 1 16 (2x − 2(L − x)) = 18 (2x − L) (1pts). Logo, o único ponto crítico é x∗ = L/2 (1pts). O valor da área total nesse ponto é A(x∗) = 1162(L/2) 2 = L2/32 (1pts). Considerando os valores de A na fronteira do intervalo: A(0) = 116L 2 e A(L) = 116L 2 (2pts). Logo, comparando com o valor de A no ponto crítico, vemos que o mínimo global de A é atingido em x∗ e o máximo global em x = 0 e x = L. Isto é, a área total é máxima quando a corda inteira é usada para criar um quadrado só, e a área mínima é obtida cortando a corda em dois pedaços iguais (de tamanho L/2), e formando dois quadrados idênticos (cada um de lado L/8) (4pts). 2. (15pts) Considere f(x) = (x2 − 3)e−x. Estude: o sinal, os zeros, as assíntotas (se tiver), a variação, e as posições dos pontos de mínimos/máximos (locais, se tiver) no plano cartesiano. Em seguida, monte o gráfico detalhado. Os zeros de f são −√3 e +√3. Como e−x > 0 para todo x e x2 − 3 = (x − √3)(x + √3), o sinal de f é dado por (2pts) f(x) −√3 +√3 + 0 − 0 + Procurando as assíntotas ((2pts)): quando x → ∞, (x2 − 3)e−x = x2−3ex é da forma �∞∞ �, mas a Regra de Bernoulli- l'Hôpital se aplica: lim x→∞ x2 − 3 ex = lim x→∞ 2x ex = lim x→∞ 2 ex = 0 . Logo, y = 0 é assíntota horizontal (quando x → +∞). Quando x → −∞, o numerador de x2−3ex tende a +∞ e o denominador é > 0 e tende a 0. Logo (a Regra de Bernoulli-l'Hôpital não se aplica, e) limx→−∞ f(x) = +∞ (não tem assíntota horizontal quando x→ −∞). A derivada se calcula da seguinte maneira: f ′(x) = 2x · e−x + (x2 − 3) · (−e−x) = −e−x(x+ 1)(x− 3) (3pts). Logo, a variação de f é dada por: x f ′(x) Var. de f −1 3 − 0 + 0 − min.min. máx.máx. Logo, f decresce em (−∞,−1], cresce em [−1, 3], e decresce em [3,∞), (−1, f(−1)) = (−1,−2e) é um ponto de mínimo local, e (3, f(3)) = (3, 6e−3) é um ponto de máximo local (4pts). Finalmente, o gráfico é dado por x (x2 − 3)e−x −√3 +√3 (−1,−2e) (3, 6e−3) (4pts) Observe que o mínimo em (−1,−2e) é também global. 3. (8pts) Procure os intervalos em que a função f(x) = ln(1 + x2) é convexa/côncava. Como a função é sempre bem definida e duas vezes derivavel, podemos estudar o sinal da sua segunda derivada. Mas f ′(x) = 2x1+x2 (2pts), logo f ′′(x) = ( 2x 1 + x2 )′ = 2 1 · (1 + x2)− x · (2x) (1 + x2)2 = 2 1− x2 (1 + x2)2 .(2pts) Como o denominador dessa fração é sempre > 0, o sinal de f ′′(x) é determinado pelo sinal de 1−x2. Portanto (2pts): x f ′′(x) Conc. de f −1 +1 − 0 + 0 − _ ^ _ Assim vemos que f é côncava em (−∞,−1], convexa em [−1, 1], e côncava em [1,+∞) (2pts). Observe que (−1, ln 2) e (+1, ln 2) são pontos de inflexão. 4. (BONUS) Enuncie as hipóteses e as conclusões do Teorema de Rolle para uma função f : [a, b] → R com f(a) = f(b) = 0. Em seguida, considere f(x) = (senx)2 no intervalo [0, pi]. Caso as hipóteses do Teorema de Rolle sejam verificadas, verifique que a conclusão é verdadeira. (O bônus vale (5pts).) Para o enunciado do Teorema de Rolle: apostila, Seção 5.5. A função f(x) = (senx)2 é contínua em [0, pi] e derivável em (0, pi). Além disso, f(0) = f(pi) = 0. Portanto, o Teorema de Rolle garante a existência de pelo menos um ponto c ∈ (0, pi) tal que f ′(c) = 0. No caso, temos f ′(x) = 2senx cosx, e vemos que f ′(pi2 ) = 0. Logo, c = pi 2 é um ponto em que a conclusão do teorema é verdadeira. 2