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Direito Penal I
Parte Geral – CP., art. 1º ao 120º
Prof. Daumas
Cel: 9452-6463
E-mail: daumassantos@direitosbc.br
Histórico Geral
Fase da Vingança Privada 
Antiguidade ( justiça pelas próprias mãos ( gerando reação e contra – reação ( ciclo vicioso 
		 - Tendência destruidora 
Fase da Vingança Divina 
Juízos de Deus; 
Fase da Vingança Pública 
quando o chefe do clã ou da tribo assumia a tarefa punitiva.
Talião 
	Direito Grego – crimes públicos e privados;
	Direito Romano – talião e composição;
	Direito Germânico - consuetudinário;
	Direito Canônico – Igreja Católica;
Idade Média – rigor extremado;
Período Humanitário – Beccaria (1764); 
Período Científico – Iluminismo:
	I – Escola Clássica - Carrara (1859); 
	a) crime é ente jurídico (violação do direito).
	b) responsabilidade – livre arbítrio.
	c) pena é retribuição jurídica do mal, restaurando-se a justiça.
	II – Escola Positiva – Lombroso; Ferri; 
	a) crime é fenômeno natural e social.
	b) responsabilidade – periculosidade do agente.
	c) pena é medida defensiva da sociedade e visa
	 recuperar ou neutralizar o criminoso.
	d) delinqüente é psiquicamente anormal, classi-
	 ficável em tipos (L’uomo delinquente	).
	III – Outras tendências: Von Liszt e Binding (alemanha), Alimena e
 Arturo Rocco (itália) ;
Histórico do Brasil
1. Instituições Indígenas; 
2. Ordenações do Reino:
a) 1446 – Afonsinas; 
b) 1521 – Manuelinas;
c) 1603 – Filipinas (Livro V);
3. Período Imperial (CCI., de 1830);
 a) individualização da pena;
 b) co-delinqüência como agravante;
 c) menoridade como atenuante;
 d) arbítrio judicial – menores de 14;
 e) crime de imprensa – responsabilidade suces-
 siva; 
 f) indenização do dano “ex delito”;
 g) imprescritibilidade da condenação. 	
4. Período Republicano
C.P., de 1890 (Batista Pereira);
C.L.P., de 1932 (Des. Vicente Piragibe); 
c) C.P., de 1940 (Alcântara Machado);
d) C.P., de 1969 (Nelson Hungria);
e) Reforma de 1984 (Lei 7209);
FONTES DO DIREITO PENAL
	
Fontes Materiais: fonte de produção; da norma é o Estado – UNIÃO.
Fontes Formais:
Imediatas: leis
Incriminadora: define as infrações e cominam a pena.
Permissivas: tratam de excludentes de ilicitude, prevêem licitude ou impunidade do comportamento. (legítima defesa, estado de necessidade, etc.)
Complementares/Explicativas: esclarecem significados de outras normas ou limitam sua aplicação.
Mediatas
Costumes: não revoga lei, mas a integra; normas de comportamento; convicção de obrigatoriedade. (reputação, dignidade, ato obsceno)
Princípios Gerais do Direito: regras que se encontram na consciências dos povos e são universalmente aceitas; orientam a compreensão do sistema jurídico.
CARACTERÍSTICA DA LEI PENAL
- Exclusividade: só a norma penal define crimes e comina as penas.
- Imperatividade: imposta a todos, Estado busca a aplicação.
- Generalidade: vale Erga Omnes.
- Impessoalidade: não se destina a um indivíduo.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Quanto à origem:
Autêntica: dada pela própria lei, em seus dispositivos, esclarecem determinado assunto.
Doutrinária: feita pelos estudiosos, professores e autores de obras de direito.
Jurisprudência: feita pelos tribunais e juízes.
Quanto ao modo:
Gramatical: sentido literal das palavras.
Teleológica: análise acerca dos fins a que ela se destina.
Histórica: avalia debates que envolveram sua aprovação, e motivos.
Sistemática: integração com demais dispositivos de uma mesma lei.
Quanto ao resultado: 
Declarativa: a letra da lei corresponde exatamente àquilo que o legislador quis dizer.
Restritiva: a lei abrangeu mais do que o desejado, por isso a int. irá restringir.
Extensiva: a lei abrangeu menos do que o desejado, por isso irá estender.
Analógica:
Dentro do texto legal, após uma seqüência casuística, o legislador de vale de uma forma genérica, interpretada de acordo com os casos anteriores. (qualquer outra fraude, substância de efeitos análogos)
Analogia:
Aplicável em casos de lacunas da lei, quando não há norma regulando o tema; fato semelhando àquele que a norma regulamenta. Só pode ser aplicada em favor do réu, e se ficar constatada que houve mera omissão involuntária. (permitir realização de aborto quando a gravidez resulta de atentado violento ao pudor, já que o código só menciona o resultando de estupro). Princípio da legalidade.
Princípio “in dúbio pro reo”
Se a dúvida persistir após a utilização de todas as formas interpretativas, a questão deverá ser resolvida favorável ao réu.
Princípio do “bis in idem”
Determinada circunstância não pode ser empregada duas vezes em relação ao mesmo crime, quer para agravar, quer para reduzir a pena. (Cometer homicídio por motivo fútil, incide a qualificadora, mas não pode ser aplicada concomitantemente).
Princípio da intervenção mínima
D. Penal só deve cuidar de situações graves, fatos relevantes. Considera atípico o fato quando a lesão ao bem jurídico tutelado pela lei penal é de tal forma irrisória que não justifica a movimentação da máquina judiciária.
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
1) Duração (conduta)
Instantâneo: Consumação ocorre em um só instante, sem continuidade temporal – estupro.
Permanente: Momento consumativo se prolonga no tempo por vontade do agente. – seqüestro.
Instantâneo de efeitos Permanentes: Consumação se dá em determinado instante, mas seus efeitos são irreversíveis – Homicídio.
Meio de execução
Comissivo: Praticado através de uma ação.
Omissivo: Comete ao deixar de fazer – omissão. (sempre doloso)
Comissivo por omissão: Homicídio no caso da mãe que não alimenta o filho. (omissão inicial da causa a um resultado posterior, que ele tinha o dever jurídico de evitar).
Omissivo por comissão: Praticado geralmente por um terceiro, deixa de fazer pela conduta de alguém (coação irresistível).
Resultado
Materiais: A lei descreve uma ação e um resultado e exige a ocorrência deste para a consumação.O estelionato somente se consuma no momento em que o agente obtém a vantagem ilícita por ele visada.
Formais: A lei descreve uma ação e um resultado, mas o crime consuma-se no momento da ação, sendo o resultado mero exaurimento. Extorsão mediante seqüestro, consuma-se no exato momento em que a vítima é seqüestrada A obtenção de resgate é irrelevante para o fim da consumação, exigindo menos do que o tipo penal menciona.
Mera conduta: Consuma-se no exato momento em que a conduta é praticada. (violação de domicílio, porte de armas, entorpecentes).
Crime de dano: Efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. (homicídio, furto).
Crime de perigo: Se consumam com a mera situação de risco a que fica exposto o objeto material do crime. (rixa).
a) Crimes de perigo abstrato:Presunção absoluta, basta a acusação provar que o agente praticou a conduta que se presuma ter havido a situação de perigo. (rixa)
b) Crimes de perigo concreto: A acusação tem que provar que pessoa certa e determinada foi exposta a uma situação de risco; há que se provar que o perigo realmente ocorreu, pois não é presumido como no caso anterior. (crime de periclitação da vida).
c) Crimes de perigo individual: Expõem a risco o interesse de uma só pessoa, ou de grupo limitado (perigo de contágio venéreo).
d) Crime de perigo comum: Expõem a risco número indeterminado de pessoas.(causar incêndio).
Sujeito Ativo
Comuns: praticados por qualquer pessoa – furto, roubo, homicídio.
Próprios: Cometidos por determinada categoria de pessoas, por exigir tipo penal certa qualidade ou característica. – infanticídio (só pela mãe sob influência do estado puerperal).
De mão própria: Conduta só pode ser executada por uma única pessoa, não admitindo co-autoria. (falso testemunho, dirigir crime sem habilitação) – admitem
participação, mas não co-autoria.
Principais: Não dependem de qualquer outra infração penal para que se configure. (homicídio, furto)
Acessórios: Pressupõem a ocorrência de um delito anterior. (receptação – adquire, recebe, conduz coisa que sabe ser produto de roubo).
Bem Jurídico
Simples: Protegem um único bem jurídico. (furto – patrimônio).
Complexos: Fusão de 2 ou mais tipos penais, tutela 2 ou mais bens jurídicos. (extorsão mediante seqüestro – patrimônio e liberdade; latrocínio – patrimônio e vida).
Progressivos: Para alcançar um resultado mais grave, passa por crimes menos graves. (para matar deve lesionar).
Delito putativo: Agente acredita que a conduta dele é crime, mas na verdade é um fato atípico.
Crime falho: agente percorre todo iter criminis, mas não consegue consumar o crime. (tentativa perfeita).
Crime exaurido: Crime exaurido se após a ação, efetivamente ocorrer o resultado (não sendo ele necessário para que se configure crime). Se os familiares pagarem o seqüestro o crime estará exaurido.
Crime vago: sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica (família, sociedade).
Crime Simples: Elementares do crime em sua figura fundamental. (art.121 matar alguém).
Crime Privilegiado: Estabelece circunstâncias com o condão de reduzir a pena. (motivo de relevante valor social ou moral).
Crime Qualificado: Acrescenta circunstâncias que alteram a própria pena em abstrato. (homicídio simples praticado por motivo fútil). # causas de aumento de pena.
Crime unissubsistente: um só ato, não admite tentativa. (injúria)
Crime plurissubsistente: vários atos, admite tentativa. (furto, homicídio)
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
( Pluralidade de normas aparentemente regulando um mesmo fato criminoso, sendo que na verdade, apenas uma delas é aplicável.
Princípio da Especialidade
Se houver duas normas aparentemente aplicáveis, e uma delas ser considerada especial, deve aplicar a especial.
Especial é aquela que possui todos os elementos da geral e mais alguns especializantes.
Homicídio e Infanticídio: infanticídio é especial em relação ao homicídio (no entanto menos grave); Contrabando e tráfico (tráfico é especial, no entanto mais grave). Para se analisar basta uma leitura abstrata dos tipos penais. Se a circunstância especial não for provada, é aplicada a norma geral.
Princípio da Subsidiariedade
Se uma norma puder ser considerada subsidiária em relação à outra, aplica-se a norma principal, denominada primária, em detrimento da subsidiária.
Norma subsidiária é menos ampla que a primária, devendo tentar primeiro encaixar o caso a norma primária, se não for possível encaixá-la na subsidiária.
Ex.: Furto qualificado com destruição ou rompimento de obstáculo, é primária com relação ao crime de dano de destruir, ou deteriorar determinada coisa alheia.
Princípio da Consunção (Absorção)
Subsidiariedade – pois nesta enfocam-se as normas, enquanto na consunção enfocam-se os fatos, ou seja, o agente infringe duas normas penais, mas uma deve ficar absorvida pela outra.
Concurso de Crimes.
HIPÓTESES:
Crime Progressivo
Agente deseja a produção de um resultado mais grave, mediante diversos atos, sucessivas violações ao bem jurídico.. Responderá apenas pelo resultado final mais grave obtido (lesões corporais – homicídio) só responde pelo homicídio.
Requisitos: o agente querer o resultado de somente uma conduta, que é a mais grave; e vários atos são praticados para a consecução de resultado final; crescentes violações. 
Progressão Criminosa
- Em sentido estrito: há a pluralidade de elementos subjetivos – no início o agente quer um resultado, mas após consegui-lo, passa a desejar um resultado mais grave. (Responderá apenas pelo crime final em função do princípio da consunção) – novo crime.
- “Antefactum” Impunível: crime anterior integra a fase de preparação ou de execução do crime posterior, e por isso, não é punível. (crime-meio).
- “Postfactum” Impunível: o fato menos grave é praticado depois do mais grave, sendo considerado assim o posterior impunível com relação ao anterior.
Crime Complexo
- O crime de latrocínio (roubo + homicídio), pelo princípio da consunção, o agente não responde pelos crimes autônomos, mas tão-somente pelo crime complexo.
Princípio da Alternatividade
- Conflito dentro da mesma norma. Norma incriminadora descreve várias formas de execução de um mesmo delito. Aparecem na lei separados pela conjunção “ou”.
- Crime de participação no suicídio: pune quem induz, instiga ou auxilia alguém a cometer suicídio. Se o agente induz e também auxilia, comete um só crime.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 1º)
( “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”.
Princípio da Anterioridade
- uma pessoa só é punida se, á época do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito. – IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL, salvo se a lei posterior beneficie o agente em fatos anteriores, mesmo decididos por sentença condenatória.
Princípio da Reserva Legal
- Somente a lei em sentido formal pode descrever condutas criminosas. É vedado ao legislador utilizar decretos, portarias, Medidas Provisórias, e outras formas legislativas.
Normas Penais em Branco
- Exigem complementação por outras normas. (De igual nível – sentido amplo; ou de nível diverso – sentido estrito).
Impropriamente em branco (Sentido Amplo)
- Art. 237, pune quem contrai casamento, conhecendo a existência dos impedimentos.
- Existência de impedimentos está no CC, art.1521, I a VII.
Propriamente em Branco (Sentido Estrito)
- Art. 33 da lei de tóxicos, não esclarece o que se considera substância entorpecente.
- Esclarecimento dado pela portaria de um departamento do Ministério da Saúde.
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA (ART. 2º)
- A lei que de qualquer modo favoreça o réu, aplica-se a fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Se a lei posterior continua a considerar como crime, devem ser aplicados os novos benefícios: pena menor, etc.; e se a lei deixar de considerar crime, fica também afastados os efeitos penais da condenação, sendo a ficha limpa do agente. (Abolitio Criminis).
- Extratividade: aplicação da lei penal a fatos ocorridos fora de sua vigência.
a) Retroatividade: antes da vigência (art.1º) Não há, apenas para benefício do réu.
b) Ultratividade: aplicada a fatos posteriores a lei vigente. (art. 2º) para benefício do réu, com sentença transitada em julgado.
Conflitos de Lei no Tempo
Lei Intermediária
- Se a lei que surge depois da prática do fato, é revogada antes da sentença, se for mais benéfica deve ser aplicada.
- Praticou crime em lei A, no meio do caminho vigorou a lei B, no julgamento vigora a lei C, se a lei intermediária for mais benéfica, deve ser aplicada.
Combinação de Leis
- A lei A revogada pela lei B, cada uma é parcialmente mais benéfica. Podemos aplicar parcialmente uma e outra?
- Não! Corrente que diz que o juiz estaria criando uma nova lei. Ele deve escolher aquela que é mais favorável ao réu.
- Sim! O juiz só estará movimentando-se dentro do campo legal em sua missão de integração legítima, se pode escolher qual seria a melhor, nada o impede de efetuar a combinação das mesmas, obedecendo a CF.
Lei Penal em “vacatio legis”
- A lei penal em vacatio legis, sendo mais benéfica pode ser aplicada?
- Não! Porque não entrou em vigor.
- Sim! Porque é melhor, e apesar de estar e vacatio, amanhã estará em vigor. Se não for mais crime, não vale a pena não aplicar.
Lei publicada com Erro
- Lei anterior foi publicada com erro, deveria ser aplicada?
- Não! STJ entende que não é a vontade do legislador, situação equivocada.
- Sim! A sentença em julgada em penal é imutável para prejudicar.
Lei Penal Corretiva ou Interpretativa
- Lei criada para interpretar o conteúdo de outra explicitando-lhe o significado.
- Pode retroagir, mesmo prejudicando, porque não impõe norma nova.
- Não retroage, se for para benefício.
( SÚMULA 711 STF, “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência à anterior à cessação da continuidade ou da permanência”.
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA (ART. 3º)
- Lei excepcional: feita para vigorar em épocas especiais com guerra, calamidade, etc. Perdura o período excepcional.
- Lei temporária: feita para vigorar por determinado tempo, estabelecido previamente na própria lei. (traz sua data de cessação).
- Embora cessadas as circunstâncias excepcionais ou decorrido período de sua duração, aplicam-se elas aos fatos praticados durante sua vigência. São portanto leis ultrativas, pois regulam atos praticados durante sua vigência, mesmo após sua revogação. (ainda que em prejuízo do autor do fato).
TEMPO DO CRIME (ART. 4º)
( Teoria da Atividade
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
- Definição da norma penal a ser aplicada, no reconhecimento ou não da menoridade: Uma pessoa com 17 anos, 11 meses e 29 dias efetue um disparo contra alguém, que morre apenas uma semana depois; ora o homicídio só se consumou quando o agente tinha 18 anos, mas ele não poderá ser punido, pois no momento da ação ele ainda era menor de idade. (imputabilidade); possibilita a prescrição.
LUGAR DO CRIME (ART. 6º)
( Teoria da Ubiqüidade
Considera-se lugar do crime tanto o da conduta quanto o do resultado.
- O CPP, ao contrário, adotou como regra para fixação da competência a que estabelece ser competente o foro (a comarca) no qual o crime se consumou (Art.70). Esse código adotou a Teoria do Resultado.
- Se o lugar de consumação for uma divisa, o juiz competente será o que primeiro tomar conhecimento da causa.
TERRITORIALIDADE (ART. 5º)
Princípio da territorialidade
- Lei penal só tem aplicação no território do Estado que a editou, pouco importando a nacionalidade do sujeito ativo ou passivo.
Princípio da territorialidade absoluta
- Só a lei nacional é aplicável a fatos cometidos em seu território.
Princípio da territorialidade temperada
- A lei nacional aplica-se a fatos cometidos em seu território, mas excepcionalmente, permite-se a aplicação da estrangeira, quando assim algum tratado ou convenção internacional. (art. 5º).
( TERRITÓRIO NACIONAL: solos, rios, lagos, mares interiores, baías, faixa do mar exterior ao longo da costa (12 milhas) e espaço aéreo.
§1º - Extensão de território nacional: embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem; aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - lei brasileira em crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estás em porto ou mar territorial do Brasil.
EXTRATERRITORIALIDADE (ART. 7º)
( Possibilidade de aplicação da lei penal brasileira a fatos criminosos ocorridos no exterior.
( Pode ser incondicionada (quando a lei brasileira é aplicada a fatos ocorridos no exterior, sem que sejam exigidas condições), Art. 7º, I.
( Pode ser condicionada (quando a aplicação da lei brasileira a fatos ocorridos fora de nosso território depende da existência de certos requisitos), art. 7º, II e §3º.
PENA CUMPRIDA DO ESTRANGEIRO (ART. 8º)
- “A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas (as penas), ou nela é computada, quando idênticas”. 
EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA (ART. 9º)
- A sentença estrangeira pode ser homologada no Brasil para:
a) obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.
b) sujeita-lo a medida de segurança.
§ único: na hipótese se reparação de dano, depende da parte interessada; e para outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
CONTAGEM DE PRAZO (ART. 10)
- Meses e anos contam-se pelo calendário comum, pouco importando que o mês tenha 30 ou 31 dias, ou que o ano seja ou não bissexto.
- Conta-se o 1º dia e não conta-se o último (na prisão).
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA (ART. 11)
- Desprezar as frações de dia nas penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, e na pena de multa, as frações de cruzeiro, após a atualização feita pelo contador.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL (ART. 12)
- Aplicação subsidiária das normas gerais do direito penal à legislação especial, desde que esta não trate o tema de forma diferente.
DO CRIME
A CONDUTA NA TEORIA CLÁSSICA (CAUSALISTA)
- Conduta: simples exteriorização de movimento ou abstenção de comportamento, desprovida de qualquer finalidade; totalmente desnecessário para essa teoria, para efeito de caracterização de um fato como típico, saber se o resultado foi produzido pela vontade do agente ou se decorreu de atuação culposa. A análise do dolo e da culpa fica para um momento posterior, na aferição da culpabilidade.
- Nessa teoria, crime é um fato típico (conduta+resultado+nexo causal+ tipicidade), antijurídico (presume-se ser antijurídico caso não ocorra nenhuma excludente de ilicitude) e culpável. (imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa, dolo e culpa).
A CONDUTA NA TEORIA FINALISTA
- Conduta: precedida de um raciocínio que o leva a realizá-la ou não, comportamento voluntário e consciente, dirigido a uma finalidade. Dolo e Culpa fazem parte da conduta, que é o primeiro requisito do fato típico, quando ausentes o fato é atípico.
- Dolo não mais contém a consciência de ilicitude, tendo os seguintes elementos: consciência da conduta, do resultado, do nexo causal e vontade de realizar a conduta e de produzir o resultado.
- A culpabilidade deixa de abranger o dolo e deixa de ser requisito do crime, passando a ser pressuposto da aplicação da pena.
- Estrutura: Fato típico (conduta dolosa ou culposa - consciência da conduta, resultado e nexo causal, e vontade de realizar a conduta e provocar o resultado – + resultado + nexo causal + tipicidade); Antijuridicidade e Culpabilidade (imputabilidade + exigibilidade de conduta diversa + potencial consciência da ilicitude).
CONDUTA
- Objeto de vontade livre e consciente do ser humano, deve abranger:
1) objetivo pretendido pelo agente;
2) conseqüências do delito
3) meios usados na execução
- Não há conduta quando não há voluntariedade:
1) coação física irresistível: força corporal sobre ele (forçado a realizar um disparo). Responde coator.
2) coação moral irresistível: se exclui a culpabilidade.
3) reflexo, decorrente de reação automática de um nervoso sensitivo.
4) Sonambulismo
- Formas de conduta
1) Ação: +, lei determina um não fazer e o agente comete o delito.
2) Omissão: -, abstenção, um não fazer. A) omissivos próprios: não há norma impondo um dever de fazer, só existirá essa espécie de delito omissivo quando o próprio tipo penal descrever uma conduta omissiva, ex.: crime de omissão de socorro; B) comissivos por omissão: a lei impõe um dever de agir, assim o não-agir constitui crime, agir teria evitado; ex.: a mão deixa de alimentar o filho.
RESULTADO
- Conseqüência da conduta humana dolosa ou culposa.
- Teoria jurídica ou normativa: não há crime sem resultado, pois, sem lesão ao interesse tutelado, o fato seria um irrelevante penal.
- Crimes materiais: tipo penal descreve uma ação e um resultado.
- Crime formal: tipo penal descreve ação e resultado, mas dispensa o resultado para o fim da consumação.
- Crime de mera conduta: tipo penal descreve apenas uma ação.
NEXO CAUSAL
- Crimes materiais: conduta do agente
provoca resultado, demonstrado nexo causal.(conduta +resultado + nexo causal + tipicidade).
- Crimes formais e de mera conduta: Não se exige nexo causal, dispensam a ocorrência de qualquer resultado.
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (ART. 13)
- Art. 13: O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
- Para saber se algo é causa do resultado, basta excluí-lo da série causal. Se o delito, ainda assim, teria ocorrido, não é causa.
- Somente serão punidos aqueles que tenham agido com dolo ou culpa em relação à provocação específica de certo resultado. Portanto, quem fabricou uma arma não será punido, nem quem gerou um assaltante será punido, pois não agiram com dolo ou culpa na produção do resultado.
SUPERVENIÊNCIA CAUSAL (ART. 13, §1º)
- Superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produz o resultado; imputam-se a quem os praticou.
- Concausa: conduta do agente + outra causa qualquer. (causa que concorre paralelamente com outra, contribuindo para a produção do resultado).
- As causas dependentes nunca rompem o nexo causal. (hemorragia por causa de uma facada, a vitima morre).
- Independentes: não se incluem no desdobramento normal da conduta.
ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES NÃO IMPORTA, POIS TEM ORIGEM TOTALMENTE DIVERSA DA CONDUTA.
RELATIVAMENTE INDEPENDENTES IMPORTA, POIS SE ORIGINAM NA CONDUTA DO AGENTE.
PREEXISTENTES: Anteriores a conduta, o agente responde pelo crime, pois não se rompe o nexo causal. (Ex.: golpe de faca que não mataria pessoa comum, mas mata alguém que inicialmente tinha hemofilia). Causa preexistente.
CONCOMITANTES: Se verificam ao mesmo tempo, agente também responde pelo crime. (Ex.: agente efetua um disparo e no exato momento a vítima sofre um infarto em decorrência do susto, ou seja, ligada a conduta do agente).
SUPERVENIENTES: Posterior à conduta; rompe o nexo causal e o agente não responde pelo resultado, somente pelos atos até então praticados. (vítima toma um tiro na barriga e é colocada em uma ambulância que se envolve em uma colisão e a vítima morre em razão dos novos ferimentos), o agente não responde por homicídio consumado, mas por tentativa, diz-se que a causa é relativamente independente, porque se não fosse o disparo, a vítima não estaria na ambulância).
RELEVÂNCIA CAUSAL DA OMISSÃO (ART. 13, §2º)
- A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a:
a) Tenha por lei, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. ( proteção e assistência aos filhos), o pai que intencionalmente deixa de alimentar seu filho, causando sua morte, responde por homicídio doloso. Não alimentar uma única vez é atípico, mas na medida em que o pai tem o dever legal e deixou de fazê-lo várias vezes, responde pelo crime.
b) De qualquer forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (contrato, profissão, posição garantidora de que o resultado não ocorreria), não decorre da lei. (salva-vidas).
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco do resultado. (Ex.: por brincadeira, alguém joga a vitima numa piscina e depois percebe que esta não sabe nadar tem o dever de salva-la, se não o fizer, responde pelo crime).
CRIME CONSUMADO (ART. 14, I)
- Crime quando nele se reúnem todos os elementos do tipo incriminador; homicídio se consome quando a vítima morre, todos os elementos de sua definição legal.
TENTATIVA (ART. 14, II)
- Tentado o crime quando o agente inicia a execução mas não consegue consuma-lo por circunstâncias alheias à sua vontade.
Requisitos:
A execução tem que ter iniciado.
Que a consumação não tenha ocorrido por circunstâncias alheias à vontade do agente.
- Quanto mais próxima a consumação do crime, menor será a redução da pena.
- Há crimes em que o legislador equipara o crime tentado ao consumado, punindo-os com a mesma pena (preso que evade ou tenta evadir-se usando violência contra a pessoa) (CRIME DE ATENTADO).
§ ÚNICO: pune-se a tentativa com a pena correspondente a do consumado, diminuída de 1 a dois terços.
Classificação:
Quanto ao percurso do iter criminis:
Tentativa Imperfeita (ou inacabada)
- Quando o agente não pratica todos os atos executórios, há interrupção (uma pessoa atira contra a vítima, mas é impedido por terceiros, de efetuar os disparos).
Tentativa Perfeita (acabada ou crime falho)
- Agente pratica todos os atos executórios. (vítima não morre mesmo tendo tomado os tiros, não é atingida de forma fatal).
Quanto ao resultado produzido na vítima
Tentativa Branca
- O disparo não atinge a vítima, não sofrendo esta qualquer dano.
Tentativa cruenta
- Quando a vítima é atingida
Quanto á possibilidade de alcançar a consumação
Tentativa idônea
- Sujeito pode alcançar a consumação, mas não consegue por circunstâncias alheias a sua vontade. (tentativa propriamente dita).
Tentativa inidônea
- Crime impossível; agente inicia a execução, mas a consumação do delito era impossível por absoluta ineficácia do meio empregado. Nesse caso não se pune a tentativa.
- Crimes que não admitem tentativa
Culposos
- Agente não quer o resultado.
Preterdolosos
- Agente não quer dar causa ao resultado agravador.
Omissivos Próprios
- Se omite está consumado, se age, é atípico.
Contravenções penais
- art.4º da LCP
e) Atentado
- tipo penal pune igualmente tentativa e consumação.
Habituais
- Se houver reiteração da conduta o crime estará consumado, e se não houver o fato será atípico.
Unissubsistentes
- Se consumam com um único ato. (injuria)
Participação de suicídio. 9só se configura crime quando consumado).
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (ART. 15) 1ª PARTE
- Aquele que voluntariamente desiste de prosseguir na execução só responde pelos atos já praticados.
- Interrompe o iter criminis por ato voluntário, podendo continuar até a consumação.
- Só é possível na TENTATIVA IMPERFEITA.
( Furtar o toca fitas de um carro, o agente quebra os vidros, mas desiste de furtar o objeto e vai embora).
- Não se pode falar em tentativa, porque na tentativa é preciso que o agente não tenha conseguido furtar, não que tenha desistido.
- punição somente para os atos até então praticados.(crime de dano, no caso)
- A desistência tem que ser voluntária; não há desistência voluntária, quando o agente foge do lugar onde iria cometer o crime, porque viu policiais.
ARREPENDIMENTO EFICAZ (ART. 15) 2ª PARTE
- Enquanto na desistência voluntária o agente se omite de continuar o iter criminis, no arrependimento eficaz, pratica uma nova ação que evita a produção do resultado.
- Após ter encerrado o iter criminis (tentativa perfeita), resolve realizar uma nova ação para evitar a consumação do delito.
- No caso do furto, ele retira o toca fitas, mas imediatamente coloca ele de volta, respondendo somente pelo crime de dano.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR (ART. 16)
- Causa obrigatória de redução da pena aplicável aos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, em que o agente, por ato voluntário, repara o dano ou restitui a coisa antes do recebimento da denúncia ou queixa.
- Quanto mais rápida a reparação do dano, maior será a diminuição da pena.
CRIME IMPOSSÍVEL (ART.17)
- Quando a conduta do agente jamais poderia levar o crime á consumação, quer pela ineficácia absoluta do meio, quer pela impropriedade absoluta do objeto.
- Fato atípico, ou seja, o agente não pode ser responsabilizado nem mesmo por tentativa. 
- A desfere golpes de faca em B que parece dormir, depois a perícia descobre que B já estava morto por suicídio. Agente não responde nem pela tentativa.
Ineficácia absoluta do meio
- Falsificação grosseira de documento, que ninguém acreditará, uso de arma do brinquedo para matar, etc.
Impropriedade
absoluta do objeto
Agente desfere golpes para matar pessoa já morta, ou quando uma mulher ingere medicamento abortivo não estando grávida. Não há delito putativo (imaginário), por erro do tipo, o agente por equívoco, supõe estar cometendo um crime.
- tentar matar alguém com ara de verdade e com projéteis, só que velhos, e não consegue, há aí a tentativa de homicídio.(devendo ser o objeto absolutamente ineficaz).
CRIME DOLOSO (ART.18)
- O código Penal, diz que há crime quando o agente quer o resultado ou quando assume o risco de produzi-lo.
Espécies de Dolo
Dolo Natural: Consciência da conduta, do resultado e no nexo causal; vontade de realizar a conduta e provocar o resultado (intenção de concretizar os elementos que compõem a descrição típica).
Dolo direto: Agente visa certo e determinado resultado.
Dolo Indireto: Agente não se dirige a certo e determinado resultado, quer qualquer que seja o resultado.
Dolo eventual: Assume o risco de produzir o resultado.
Dolo genérico: não tem finalidade na conduta, querendo o agente realizar a conduta descrita.
Dolo específico: Vontade de realizar a conduta, visando fim especial. Tipo exige determinada finalidade. Extorsão mediante seqüestro.
Dolo de dano: Intenção de causar efetiva lesão ao bem jurídico. Homicídio.
Dolo de perigo: intenção de expor a risco o bem jurídico tutelado.(rixa)
Dolo geral: atira em alguém e achando que a pessoa ta morta a joga no mar, causando sim sua morte por afogamento. Homicídio doloso consumado.
- Uma classificação não exclui a outra.
CRIME CULPOSO (ART. 18, II)
- Agente não quer e nem assume o risco de produzir o resultado, mas a ele dá causa por imprudência, negligência ou imperícia.
- Não importa a finalidade da conduta, mas o resultado que ela provoca e o desvalor da ação ou omissão que a ele deu causa.
Não importa o fim do agente, mas o modo e a forma imprópria que atua no caso concreto.
- Não observa um dever de cuidado.
- Se o agente não agiu como agiria um homem prudente, cometeu crime culposo, se ficar constatado que o agente apesar de ter atropelado alguém, estava corretamente dirigindo o veículo, o fato será atípico.
- Tipo aberto: sua conduta não é descrita na lei.
- Ex.: dirigir na contra-mão = crime culposo
Imprudência
- Uma ação; sem cautela necessária; dirigir com excesso de velocidade, brincar com arma, etc.
Negligência
- Uma omissão; o caso impunha uma ação preventiva; podendo tomar as cautelas exigíveis, não o faz por preguiça; ausência de uma precaução; não providenciar a manutenção dos freios do veículo.
Imperícia
- Incapacidade ou falta de conhecimento técnico no exercício de arte ou ofício.
#erro profissional – fato atípico, salvo se o erro for grosseiro.
- Não basta a inobservância do dever de cuidado, é necessária a ocorrência do resultado. Se passar no farol vermelho e não cometer nada, não há crime.
Agravação pelo resultado(art. 19)
Art. 19 ( o crime é agravado pelo resultado.
O agente só responde pelo menos culposo
Elemento subjetivo no resultado menos qualificador. O resultado qualificador somente seja fonte de punição para o agente que o houver causado o menos culposamente. Se for doloso, é punido
Espécies:
Dolo e dolo: Ex: latrocínio
Dolo e culpa: Ex: lesão corporal seguido de morte ( preterdolo( conduta dolosa, provocando resultado mais grave ou morte. 
Culpa e culpa: Ex: incêndio culposo com resultado lesão grade ou morte
Não existe antecedente culpa e dolo na conseqüência
Não existe antecedente dolo de perigo e dolo de dano na conseqüência. 
Erro (art. 20)
Erro e ignorância ( falta de conhecimento
Falta percepção da realidade
No direito penal não há diferença, pois o resultado é o mesmo
Erro de tipo ( elemento constitutivo do tipo legal ( com o erro faz desapareceu o dolo e vira culposo. Recai sobre a circunstancia elementar da crime discutida na tipo penal.
Art. 129: ofender + integridade carporal + saúde + outrem
Espécies:
Escusável (inevitável): elimina o dolo e culpa (qualquer pessoa cometer o erro)
Inescusável (evitável): elimina o dolo, mas há a culpa
Essencial: elemento constitutivo
Acidental: elemento secundário
Descriminante Putativo (Art. 20, § 1°)
Supõe situação de fato
Legitima defesa 
Agressão injusta ( a pessoa agride, mas não pode revidar
Agressão justa ( não é legitima defesa
Deixa de ser crime e é suposto, imaginado, reside o erro. Ex: você acha que vai ser assaltado e mata o suposto assaltante, mas não é ele ( só suposto ( essa suposição pode ser justificada ( legitima putativa (erro)
Casos
Erro quanto aos pressupostos fáticos de uma causa de exclusão de ilicitude. Ex: mendigo 
Erro quanto à existência da causa de exclusão de ilicitude. Ex: eutanásia quanto liberada pelos médicos e não pelo congresso ( supõe esta exercendo um direito
Erro quanto aos limites da causa de exclusão de ilicitude. Ex: legitima defesa da honra. Ao se aproveitar da situação do inimigo, excede o limite da legitima defesa. E este excesso é levado pela emoção
Erro determinado por terceiro (art. 20, §2°) ( induzir praticar ato que já contem erro. Erro de tipo levado por terceiro.
Erro sobre a pessoa não isenta de pena (art. 20, §3°), mas não qualifica o crime. Não considera quem foi a vitima, mas quem queira atingir (quem tinha intenção de praticar o crime). 
Erro ou proibição (art. 21)
Não pode alega desconhecimento da lei para se livrar da culpa ( ignorância da lei e erro de proibição. 
Pode ignorar a ilicitude da atitude ( erro em termos de permissão. 
Espécies:
Escusáveis (inevitáveis) ( isenção de pena
Inescusáveis (evitáveis) ( redução de 1/6 a 1/3 da pena
( Eutanásia, mendigo (aproximação)
Erro evitável (art. 21, Parágrafo único)
Age na consciência da ilicitude, que pratica algo errado
Não tem consciência da ilicitude, mas era fácil obtê-la
Não a tem porque, de propósito, não se informo
Exerce atividade regulamentado, devendo informar-se e não o faz. 
Teoria do Crime (art. 20)
Erro de tipo
Essencial:
Inevitável: não há dolo
Escusável: culpa
Evitável: não há dolo
Inescusável: pode haver culpa
Acidental: não aproveita ( há dolo
Erro de Proibição 
Inevitável ou escusável: isenta de pena
Evitável ou inescusável: reduz a pena 
Antijuridicidade (art. 23 à 25)
Causa de Exclusão de: (o código não define)
Justificativa Antijuridicidade
 Ilicitude
 Criminalidade 
 Crime 
A principio, todo caso atípico é antijurídico. 
Porem, a antijuridicidade pode ser excluída e afastada a ilicitude por uma justificativa.
Art. 23: Estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direto ( exclui a ilicitude ( justifica. 
Conceito: a conduta que contraria o Direito e que provoca como causa um prejuízo ao bem jurídico protegido. 
 Justificante supra-legal: principio da bagatela; adequação a sociedade. 
Elemento Subjetivo nas justificativa: Invoca a excludente sem haver a real manifestação da vontade. 
Teoria Objetiva: vale o fim objetivo da ação e não o fim subjetivo do autor. (Professor)
Teoria Subjetiva (teoria finalista): Analisa qual a finalidade da conduta, sem analise do objetivo (Nucci/ Professor não concorda).
Ex: Pátio do hospício, um louco mata o outro. No processo não há como se alegar antijuridicidade. 
Classificação: 
 Art.23, do CP (validas para todo e qualquer tipo penal): legítima defesa;estado de necessidade;estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito; 
Parte especial do CP (válidas apenas para alguns crimes): arts. 128, I e II (aborto: risco de vida e estupro); 142, I, II e III (crime contra honra: em juízo, critica literária, manifestação do chefe para seu subordinado); 150, § 3º, I e II (invasão de domicilio
para salvar do perigo) e 156, § 2º (furto de coisa comum fungível).
Legislação extra penal: 
desforço incontinenti (C.Civil, art.1210, 1º); 
serviço postal abrir carta com conteúdo suspeito (L. 6538/78, art. 10); 
Matar animal protegido por lei ambiental,para saciar a fome própria ou de familiares (L. 9605/98, art. 37, I). 
Supra legal: Consentimento do ofendido. Ex: pratica de esporte; conduta típica (ofensa a integridade física), mas a sociedade não condena. 
Princípio da adequação social; 
princípio da bagatela ou insignificância
Para os finalistas: exclui a tipicidade
Para os clássicos: exclui a antijuricidade. (professor) 
Estado de necessidade (art. 24)
Absolvição sumaria
2 Direitos que se defrontam e 1 é sacrificado não é crime
Teoria Objetiva ( Instinto (professor)
Conceito(CP, art. 24);
Requisitos: 
Atualidade (perigo atual) ( “esta acontecendo” / não tem perigo eminente, nem perigo futuro ou passado.
Voluntariedade (não provocou...) ( O perigo de vida não foi provocado.
Inevitabilidade do perigo/da lesão – fuga ( “não tem saída”. Se puder, mediante fuga, evitar o mal não justifica o crime. Há outra maneira de ser salvo. É obrigatória a fuga. Não pode enfrentar o perigo. Se não foge é excesso do caso de necessidade.
Direito próprio ou de terceiro;
Proporcionalidade – justificante (não há pena – exclui a ilicitude) e exculpante ( §2°-não anula ilicitude, mas a culpabilidade)( Sacrifica um direito de igual valor ou valor inferior ( justificante e exculpante ( redução da pena. Ex: arqueólogo que acha um objeto, que acha ser mais importante que a vida humana e para salvar o patrimônio mata outro ( é justificante e afasta a culpa. Homicídio, mas com pena reduzida.
Dever legal de enfrentar o perigo (art.24, § 1º) ( Bombeiro ( enfrenta o perigo, mas não pode colocar em risco a sua vida.
Causa de diminuição da pena (art. 24, § 2º). 
Espécies: 
Quanto à origem do perigo:
Defensivo: coisa ( destruir a casa, de onde vem o perigo
Agressivo: pessoa ou coisa diversa ( que não provem o perigo
Quanto ao bem sacrificado:
Justificante( sacrifica bem jurídico de igual valor. Ex: Titanic; cordilheira dos Andes
Exculpante: arqueólogo; 
Legítima defesa (art.25)
Conceito (CP, art. 25);
Requisitos: 
Relativos à agressão:
Agressão: conduta humana (inimputáveis; animais). 
Injusta (ilícita) ( Se for agressão justa (oficial de justiça) ( se for provocado, não vale.
Atualidade ( a agressão injusta deve ser atual, não vale passada ou futura.
Iminência ( agressão que vai acontecer
Direito próprio ou de terceiro (honra) ( qualquer direito ou bem jurídico protegido por lei. 
Relativos à repulsa:
Moderação (proporcionalidade ?). 
Meios necessários – fuga (“commodus discessus”);
OBS: No júri, só a palavra do réu não o absorve no caso de legitima defesa. Precisa do juiz natural. O juiz é para decidir crimes dolosos contra vida. A 1ª fase ( fase da formação da culpa ( com o juiz natural ( indício de autoria. Pode confessar a autoria. Se for ferimento pelas costas, não é legitima defesa em principio. 
Como regra geral, somente a palavra do réu não o absorve sumariamente.
Ofendículo (offendiculum): 
Conceito;
Armadilha, geralmente para defesa da propriedade. Ex: Cerca elétrica, cão bravo.
Defesa pré-ordenada ( a função dela é funcionar na hora do ataque.
Deve ter proporcionalidade
Ao colocar a armadilha não é ofensa. 
Natureza jurídica
Exercício regular de direito;
Legítima defesa preordenada; 
Casuística
LD contra atos preparatórios ( eminência de ser agredido 
LD presumida ( histórico; não existe.
LD de 3º e consentimento do ofendido ( para o prof° não é necessário
LD recíproca ( LD da LD ( defende da justa agressão e revida ( não é aceito
LD sucessiva pode acontecer. Ex: marido que quer matar o amante da mulher e o amante se defende. 
LD contra pessoa jurídica;
LD contra multidão;
LD contra provocação (insultos,ofensa,desafio); 
LD nas relações familiares;
Estrito cumprimento de dever legal
Conceito;
Cumpri-lo dentro do limite
Casuística:
a) morte executada pelo carrasco; 
	b) morte do inimigo na guerra;
	c) Prisão em flagrante executada por policiais (CPP, art. 301); 
	d)Cumprimento de mandado judicial (busca;prisões cautelares – CPP,art.283); 
Flagrante não precisa de mandato; as outras prisões devem ter o mandato de prisão, caso contrário é abuso de autoridade.
A prisão deve ser feita no estrito dever legal, senão será considerado excesso (castigo corporal). 
Exercício regular de um direito
Conceito
Qualquer cidadão pode prender, mas é opcional
Casuística: 
Lei 8501/92 (cadáver não reclamado) ( indigente
Estupro da esposa pelo marido ( o casamento gera a obrigação de ter conjunção carnal
Trote acadêmico ou militar; 
Castigos dos pais e dos professores;
Lesões nos esportes ( pratica de ato esportivo
Violação de correspondência pelo cônjuge, pois à principio é do casal. O prof° discorda da lei que diz pode violar a correspondência do advogado e o cliente ( prova material; o sigilo telefônico pode ser quebrado com autorização do juiz. 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro (art. 128, II); não precisa de autorização do juiz, melho, reconhecer o estupro
Justificativas no contexto dos crimes contra a honra (art. 142, I, II e III);
Invasão de domicílio nos casos previstos em Lei (150, § 3º, I e II) ( durante o dia ou qualquer hora do dia ou da noite quando ocorrer crime. 
Subtração de coisa comum fungível (156, § 2º).
Prisão em flagrante por qualquer do povo (flagrante facultativo – 301, CPP).
Excessos nas justificativas:
Tipos:
Doloso (art. 23, § único);
Culposo (art. 23, § único) ( erro de calculo no exercício legal do direito, na legitima defesa ou no estado de necessidade. 
Acidental. ( automático
Exculpante ( tese de defesa( pedido pela defesa/movido pelo pânico, medo. 
Justificativas:
Estado de necessidade: inevitabilidade do perigo; 
Legítima defesa: Uso moderado dos meios necessários;
Estrito cumprimento do dever legal: cumprimento estrito;
Exercício regular de um direito: exercício regular do direito;
Culpabilidade
Nullum crimen sine culpa;
No sentido amplo 
Não existe crime sem culpa, no sentido lato
Atipicidade ( não há crime mais provas 
						 Arquivamento
Elementos: Teorias: (não se excluem)
Psicológica (elemento psicológico: vincula subjetivamente o agente ao ato): dolo e culpa; 
Normativa: juízo de reprovação social contra o autor do ato (elemento normativo: refere-se à ilicitude da conduta do agente, ligando-o à ordem Jurídica) ( juízo de valor. 
	 Não se excluem. Ex: louco ( o elemento psicológico é excluído. 
	 Se completam ( dolo/culpa + ordem jurídica 
	( Conclusão: a culpabilidade é, pois, psicológico-normativa. ( Teoria clássica: dolo da consciência da ilicitude. 
Imputabilidade: Imputável é o indivíduo mentalmente são, capaz de entender o caráter criminoso do seu ato e de determinar-se de acordo com esse entendimento ( adquirida com o desenvolvimento biológico e com a vida em sociedade). 
	 Tem a possibilidade de escolha, baseado no entendimento.
	 Capacidade biológica ( 18 anos. 	
Exigibilidade de outra conduta: como juízo de reprovação social, a culpabilidade é censurabilidade (somente quem podia agir de outra forma e não o fez, poderá ser culpável). 
( A culpabilidade, pois, é: imputabilidade + elemento psicológico-normativo + exigibilidade de outra conduta. 
Aspectos: 
Formal: é a fonte legislativa para o estabelecimento da pena em cada tipo penal. Analisar a conduta + aprovação social. Ex: homicídio doloso x acidente de transito (culposo).
Material: é o fundamento da pena. É a censura realizada concretamente. Individualização da pena e transformação da pena abstrata em concretizada. 
Coação Irresistível e Obediência Hierárquica (CP. art.
22).
Coação irresistível + estrita obediência a ordem, não manifestamente legal, de superior hierarquia ( autor da coação ou rodem é punível.
Não tem elemento psicológico
Conduta típica, antijurídica, mas não culpável. 
Ex: gerente de banco que dá o dinheiro para o bandido que está ameaçando a família desse. ( o culpado é o bandido
Ex: soldado que obedece ordem de sue superior. 
Conceito: 
Causas de exclusão de culpabilidade, no contexto da inexigibilidade da conduta diversa.
Coação irresistível é a coação moral, consistente em grave ameaça de mal injusto e irreparável, feita pelo coator ao coagido.
Elementos da coação:
Existência de uma ameaça de um dano: grave; injusto; atual;
Inevitabilidade do perigo, na real situação do coagido;
Ameaça voltada diretamente contra o coagido ou contra pessoas queridas a ele ligadas. 
Existência de, no mínimo, três partes envolvidas: o coator, o coato e a vítima (esta não poderá ser, ao mesmo tempo, agente coator:RTJ 50/363; 46/816). Coator e coato (coação da sociedade: RT 605/380-STF); nos crimes passionais (STJ, REsp 5329-0-GO, 31/08/92).
Irresistibilidade da ameaça: homem médio (sociedade) e coagido.
Elementos da Obediência Hierárquica:
Existência de uma ordem não manifestamente ilegal.
Ordem emanada de autoridade competente; Se for incompetente pode ser erro de direito/proibição/inexigibilidade de conduta diversa.
Existência de, pelo menos, três pessoas: superior, subordinado e a vítima;
Relação de subordinação hierárquica entre o mandante e o executor da ordem. Nucci ( no âmbito do D. Publico. Prof° ( vale para publico e privado. 
Estrito cumprimento da ordem;
Inexigibilidade de conduta diversa:
 “Linenfanger” (cavalo indócil) ( inexigibilidade como integrante de culpabilidade; 
Causa de exclusão supralegal (acima da lei)
Misto de estado de necessidade e legitima defesa (pois não é perigo atual)
Perigo quase certo, futuro. 
“Klaperstorch” (cegonha); ( não se podia exigir outra conduta da parteira. 
Caso de Santos. 
Imputabilidade (art.26)
O crime existe, mas a pessoa não é condenada porque é imputável (incapaz, doente mental, desenvolvimento mental incompleto ou parcial).
Aspecto biológico: crescimento e a mente sã.
Aspecto psicológico: experiência de vida
Sistema do CO ( Sistema vicariante (?) S ou se aplicar à pena (se for imputável) ou medida de segurança ( para inimputáveis ou sem - imputáveis.
Tempo do crime (art.4°). Neste momento, o ‘cara’ é inimputável? Se for inimputável, está submetido somente à medida de segurança. Incapaz de entender o caráter ilícito do ato. 
O perito é quem determina se o agente é (in) capaz.
É possível um júri decidir por 1 minoria de votos? Sim, em caso de exame de sanidade mental ( para evitar uma decisão, se algum do júri achar necessário realizar o exame de sanidade mental, será feito, mesmo se a minoria achar que deve fazer o exame.
Medida de segurança: internação em manicômio ou tratamento ambulatório.
Menores de dezoito anos (art. 27)
Critério bio-psicológico
Menores de 18 anos que pratica conduta criminosa estará sujeito ao estatuto do adolescente, de medida sócio-educativa, mas não é punição.
Ler item 23 da exposição de motivos do CP ( trata da questão do menor.
Menor de 18 anos: ser incompleto; é naturalmente incompleto.
Prisão do menor de 18 anos: a solução não é a sua prisão, mas sim a educação.
São necessários políticas governamentais e o engajamento da sociedade.
A sociedade é hipócrita. Somente 1 juiz sozinho não é capaz de resolver o problema da existência da criminalidade causada por menores. 
Emoção e Paixão (art. 28)
Emoção/paixão não exclui a imputabilidade ( não exclui a responsabilidade criminal (algo de momento.
Domínio da violenta emoção.
Art. 65: circunstancia atenuantes da pena ( influencia da violenta emoção ≠ domínio da violência (permite maior redução da pena).
Embriaguez: responde pelo crime que pratica, não excluía responsabilidade criminal.
Voluntária: o sujeito procura a embriaguez 
Culposa (strictu sensu): sujeito imprudente ( a embriaguez não foi procurada com o fim de se cometer delito, mas ele foi imprudente. 
Principio da ação livre na causa: na causa da embriaguez, o segredo é livre para escolher em continuar ou não bebendo.
Exceção: embriaguez decorrente de caso fortuito/força maior. 
Pena reduzida
Ex.: força maior no trote acadêmico, o bixo é obrigado a beber. Assim, se ele se tornar inimputável por estar embriagado desta forma e cometer crime, não responde pelo crime cometido. Caso fortuito: empregado que trabalha em destilaria, embriagando-se no final do dia.
Embriaguez patológica (doença):
O pouco que o sujeito bebe já torna-se ‘louco’.
Aplica-se o principio da ação livre na causa, pois o sujeito sabia que ele era doente e quis continua bebendo. Ex: caso Carlos Laerte.
Embriaguez decorrente de caso fortuito (força maior ( pena reduzida ( que não seja completa).
Força maior: não responde pelo crime
Embriaguez patológica: caso fortuito (quando bebe pela 1ª vez e ai nesta ocasião descobre que ele é doente). Quando bebe pela 2ª vez, aplica-se o principio da ação livre na causa, pois conhecerá sua doença, tornando-se imputável ( responde pelo crime cometido neste caso. 
Concurso de pessoas ou agentes
Crime pratica pra vários pessoas
Cooperação de varias pessoas para praticar determinado crime
Art. 90 ( qualquer pessoa, de qualquer maneira
1)Conceito (art. 29): 
cooperação de várias pessoas para a prática da infração penal. Denomina-se, também: co-autoria; concurso de delinqüentes; co-participação; cumplicidade.
Art. 13: só pode ser punido quem deu causa
Pratica a conduta, o núcleo do crime: autor
Existe o autor-mentor ( quem arquiteta o crime
O código penal de 1940 não fazia distinção entre os agentes que concorriam o crime cometido ( todos respondiam
Hoje, é na medida da sua culpabilidade ( juízo de censura
Conduta praticada por 3 pessoas. Cada uma responde uma pena ou é a mesma pena? Um mesmo fato praticado por outra pessoa com a concordância, cada um responde uma pena. Ex: aborto com a concordância da mulher; bigamia com a mulher sabendo ou não do 1°casamento 
2) Teorias:
Unitária (monista): todos os participam da mesma infração penal,praticam idêntico crime: vários agentes + diversidade de condutas +um só resultado = um só delito. (é, em regra, a teoria adotada pelo CP)
Pluralista: pluralidade de agentes + diversidade de condutas + um só resultado= cada agente responde por um crime; Esta teoria é adotada pelo CP, como exceção: Ex: arts. 124 e 126 (aborto); 235, caput e § 1º (bigamia);317 e 333(corrupção ativa e passiva) 
c) Dualista: pluralidade de agentes + diversidade de condutas + um só resultado = co-autores praticam um crime e os partícipes, outro. ( atenuado, não praticou conduta principal. 
3) Co-autoria e Participação:
Co-autoria: mais de um autor 
a)Teoria Subjetiva: Conceito extensivo de autor: CP/40 equiparou co-autor e partícipe,que podiam receber uma pena padronizada para todos; não havia distinção entre co-autor e participe. 
b)Reforma de 1984:conceito restrito de autor:Art.29: distingue autor e partícipe. Há, entretanto, dois posicionamentos:
b1)teoria formal: Autor é quem realiza a figura típica (quem pratica a ação representada pelo verbo núcleo do tipo). 
Partícipe é aquele que comete ações fora do tipo, isto é, a ele fica reservada a posição de auxílio material ou apoio moral, demodo que estão incluídos o induzimento, a instigação ou o comando (ficando praticamente impune, não fosse a regra de extensão do art. 29). É a concepção majoritariamente adotada.
‘Quem de qualquer modo contribuir para o resultado do crime’ ( esta teoria permite melhor visão da culpabilidade dos agentes, possibilitando a imposição de penas iguais ou, se for o caso, punir mais severamente o participe (que organiza, planeja..). 
Culpabilidade é juízo de reprovação social
b2) Teoria normativa (domínio do fato): autor é,não só quem realiza a figura típica mas, ainda, quem tem o controle da ação típica dos demais,distinguindo-se entre autor executor;autor intelectual e autor mediato. 
Autor mediato: aquele que colabora com o resultado, porem sem matar e também sem ter organizado/planejado o resultado (o autor mediato participa mais efetivamente do resultado que o participe) ex: homem que transporta drogas. 
Partícipe é aquele que contribui para o crime alheio,sem realizar a figura típica, nem tampouco comandar a ação. 
Esta teoria só deve ser usada por aquelas legislações que fazem nítida distinção entre autor e partícipe, estabelecendo a pena deste, igual ao do autor, com especial atenuação. 
No homicídio há um crime menos grave que é a lesão corporal
No concurso de agentes, todos que visam a um determinado resultado, agem com dolo. 
Injuria não esta no desdobramento fático do homicídio
4) Punição do Partícipe. Teorias da Acessoriedade:
Teoria acessoriedade mínima: basta que o autor pratique fato típico
Teoria acessoriedade extremada: autor pratica ato típico, antijurídico, ilícito e culpável 
**Teoria acessoriedade limitada: ato típico e antijurídico praticado pelo autor. Art. 180 ( recepção dolosa ou culposa; comprar coisa roubada e deveria saber disso. §4°. 
5) Requisitos para o Concurso: 
existência de dois ou mais agentes; 
relação de causalidade material entre as condutas e o resultado;
Vínculo psicológico ligando os agentes, sem necessidade de ajuste prévio entre eles;
Reconhecimento da prática da mesma infração penal para todos;
existência de fato punível; 
Penas (art. 32 até 42)
Art. 32 ( tipos de pena
Privativa de liberdade: reclusão e detenção
Reclusão: regime fechado, semi-aberto ou aberto
Detenção: semi-aberto ou aberto
Restritiva de direito: prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços à comunidade ou a entidades publica, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana
Multa. 
Art. 33 	
Regime fechado: segurança máxima ou média
Regime semi-aberto: agrícola, industrial (presídio)
Regime aberto: no caso do albergado ( caso aonde o preso mora
Albergue domiciliar ( própria casa do detento
Forma progressiva
De acordo com seu mérito ( ressocialização 
Do MAIS rigoroso ( MENOS rigoroso 
MAIS de 8 anos ( fechado
De 4 até 8 anos ( semi-aberto
Menos de 4 anos ( aberto 
A realidade é que a maioria está no fechado ( contra o principio da legalidade. 
Art. 59 ( parâmetro para o juiz saber a quantidade de pena. 
Art. 34 – Regime Fechado
Exame de classificação: equipe interdisciplinar
Trabalho ou estudo obrigatório ( continuando as suas aptidões
Trabalhar em obra publica (não existe)
Art. 35 – Regime semi-aberto
Trabalha comum e externo no período diurno
Freqüência em curso supletivo
Pagar 1 dia de cadeia com 3 trabalhando
Art. 36 – regime aberto
Morar em casa
Deve comparecer ai fórum com atestado de bom comportamento
Não pode cometer crime 
Art. 37 – separação entre homem e mulher na cadeia
Art. 38 – o único direito que perde é o da liberdade; deve manter a sua integridade física e moral. 
Art. 39 – trabalho do preso é remunerado, seus direitos previdenciários. 
Art. 40 – Legislação especial ( regulará matéria do art. 38 e 39, especificará os deveres e direitos do preso, os critérios para revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as infrações disciplinares e correspondentes sanções. 
Art.41 – Superveniência de doença mental – o condenado a quem sobrevém doença mental durante o cumprimento da pena devera ser recolhido a hospital de custodia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado. 
Art. 42 – detração penal
Desconto na pena ( no tempo em que ficou temporariamente preso. Ex: em flagrante
Se após é absorvido em um crime, mas condenado em outro processo. O desconto continua valendo para o processo que foi condenado?
A lei não faz restrição ( qualquer crime, em qualquer situação deve ser descontado. Independente do crime; pode ser em processo separado. 
Pena restritiva de direito 
Art. 43 - a cadeia é desnecessária
São substitutivas da pena privativa de liberdade ( não podem ser aplicadas cumulativamente com a pena privativa de liberdade. 
São autônomas ( veio da substituição 
Prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à comunidade ou a entidade pública, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana. 
Art. 55 ( as penas restritivas tem a mesma duração da pena privativa de liberdade. 
Art. 44 – quando – requisitos 
Menos de 4 anos ( doloso
Não violência ou grande ameaça ( doloso
Crime culposo ( qualquer pena
Réu reincidente em crime doloso ( não pode
Se for suficiente para pagar o crime e não for ameaça para a sociedade 
§2° 
Até 1 ano ( substitui 1 restritiva ou multa
Mais de 1 ano ( substitui 2 restritivas ou restritiva + multa
§3° ( Se for reincidente 
Não pode ser do mesmo crime
Não for ameaça à sociedade
Condenação anterior à muito tempo. 
§4°- haverá a conversão se houver descumprimento injustificado da restrição imposta. Será deduzido o tempo já cumprido da pena restritiva de direito. Porem com o mínimo de 30 dias. 
§5° - Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Art. 45 ( Prestação pecuniária
Não é multa
Natureza jurídica é indenizatória 
Valor 380 Reais até 380x360 (salários)
Pode ser de outra natureza
Perda de bens e valores ( para o fundo penitenciário; não é indenização. O maior: ou o $ do crime ou o $ do que se utilizou ( montante do prejuízo do bem. 
Art. 46( prestação de serviço à comunidade
Mais de 6 meses
Tarefas gratuitas ( conforme a sua aptidão
1 hora por dia; sem atrapalhar os seus serviços normais
Mais de 1 ano ( mais de 1 hora por dia
Art. 47 (interdição temporária de direito
        I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; 
        II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;        
 III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
        IV – proibição de freqüentar determinados lugares. 
Perder cargo público ( crime administrativo
Atividade que precise de licença
Código de transito
Freqüentar determinados locais. 
Art. 56 – As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do art. 47 deste Código, aplicam-se para todo o crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes.  
Art. 57 – A interdição no art. 47, II ( os crimes culposos de trânsito
Art. 48 – Limitação de fim de semana 
Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em caso do albergado ou outro estabelecimento adequado.
Durante a permanecia ( cursos ou palestras. 
Multa (art. 49até51)
2 espécies
Expressamente prevista
Substitui pena privativa de liberdade não superior a 1 ano. 
 
Dias multa
Art. 49 
10 
1/30sm = 12,67 x 10 = 126,70
5 sm = 380 x 5 = 1900 x 10 = 19.000,00
360
1/30 = 12,67 x 360 = 4.561,20
5 x 380 = 1900,00 x 360 = 684.000 x 3 = 2052.000,00
Art. 60
O juiz deve atentar à situação econômica do réu. 
§1° ( se o condenado for rico S o juiz pode triplicar o valor da multa. 
A multa hoje é cominada aos delitos com base em dias multa
Cada dia multa pode variar de 1/30 à 360
O salário mínimo vigente na data do crime (data fato) ( art. 49, § 2°
Art. 50
A multa vai para o Fundo Penitenciário (Estado/ Governo)
A pena pecuniária é pena restritiva de direitos que vai
para a vitima e não para o Fundo
Na multa, não se considera os centavos (art. 11)
Art. 51 – se não há mais recurso, o réu tem 10 dias para pagar, podendo pedir o desconto no salário. Se não pagar, a multa vira divida ativa. A prescrição da multa é regulada por legislação especial 
Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobrevém ao condenado doença mental
Aplicação da pena
Art. 68 – critério trifásico da pena 
A pena-base será fixada pelos critérios da art. 59 ( circunstâncias judiciais. 
Posteriormente são considerados os atenuantes e agravantes
Por ultimo as causas de aumento e diminuição 
A qualificadora não entra nas fases acima, pois esta altera a própria pena em abstrato. 
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Aplicação das circunstâncias judiciais (1ªfase)
São consideradas as circunstâncias do art. 59 ( apenas um parâmetro para o juiz 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. 
Aplicação das agravantes e atenuantes genéricas (2ªfase)
Agravantes genéricas em espécie 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Reincidência 
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. 
Agravantes no caso de concurso de pessoas
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
Circunstância atenuante
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
III - ter o agente: 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
Obriga a redução penal, mas não pode fazer abaixo do seu mínimo legal. 
Concurso de circunstancias agravantes e atenuantes
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.
Aplicação das causas de aumento e diminuição de pena (3ª fase)
Podem estar previstas na Parte Geral ou Especial do CP 
Identificar aumento:
Índice de soma ou multiplicação sobre a pena
Ex: art. 70 – concurso formal ( aumento de 1/6 a 1/2
Identificar diminuição:
Utilização de índice de redução a ser aplicado sobre a pena fixada na fase anterior. 
Ex: tentativa ( redução de 1/3 a 2/3 (Art. 14, Parágrafo único)
Arrependimento posterior a pena ( 1/3 a 2/3 (art. 16)
Pode aplicar pena superior À máxima ou inferior à mínima prevista em abstrato 
Art. 68 - 
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Ex: roubo praticado com emprego de arma e em concurso formal O juiz fixa a pena-base de 4 anos e aumenta em 1/3 em face do emprego da arma, atingindo 5 anos e 4 meses. Depois aplicará, sobre esse montante, o aumento de 1/6 pelo concurso formal, atingindo 6anos, 2meses e 20 dias. Igual procedimento deve ser adotado quando o juiz reconhecer uma causa de diminuição de pena da Parte Geral e outra da parte Especial.
Se reconhecer 1 aumento e 1 diminuição, aplica ambos.
2 ou + caudas de aumento na Parte Especial S efetuará apenas 1 aumento, a que mais exaspere a pena.
Ex: nos crimes sexuais a pena é aumentada em ¼ se o crime é praticado por 2 ou mais pessoas, e de ½ se o agente é ascendente da vitima. O juiz só poderá aplicar o ultimo aumento, que é o maior. 
Essa mesma regra serve pra a diminuição.
Se o juiz reconhecer 2 ou mais qualificadoras ( deve utilizar uma delas para qualificar o crime e as demais como agravante genérico ou circunstancias judiciais 
Concurso de Crimes (art. 69 até 71)
Mediante várias condutas (ação ou omissão), cometeu o agente vários crimes, as penas serão somadas (concurso material). NO caso de acúmulo de pena de reclusão e de detenção, executa-se 1° de reclusão. E cumulativamente as penas privativas de liberdade. 
Art. 69 – Várias condutas + vários resultados 
§1° - se um dos crimes tiver pena privativa de liberdade (crime A) ao suspensa, não tem como o preso cumprir pena restritiva de direito (distribuição de serviço à comunidade). Incabível a substituição de que trata o art. 44, CP. 
§2° - cumprirá simultaneamente as restritivas de direito compatíveis, as incompatíveis serão uma de cada vez. 
Art. 70 – uma conduta e vários resultados (concurso foral). Neste caso, se os crimes forem diferentes
pega-se a pena no mais grave (idênticos ou não), se as penas forem iguais, cumpre-se ela aumentada, em qualquer caso, de 1/6 até ½ ( CONCURSO FORMAL PERFEITO. 
As penas serão somadas se os vários crimes com apenas uma conduta forem praticados dolosamente. Vontade de matar vários ( regra do concurso material ( CONCURSO FORMAL IMPERFEITO 
Designos autônomos: vontade de matar várias pessoas. 
Art. 71 – CRIME CONTINUADO 
Varias condutas; todas consideradas um crime só (crimes da mesma espécie – mesmo tipo penal), e pelas condições de tempo, lugar e maneira de execução, devem os subseqüentes ser como continuação do primeiro; pena de um só dos crimes, se idênticos, ou a mais grave pena de um só dos crimes, se idênticos, ou o mais grave, aumentada em qualquer caso de 1/6 à 2/3.
Parágrafo Único – crimes dolosos com vitimas diferentes, cometidos com violência... ( unifica os bens personalíssimos – liberdade sexual, etc. 
MULTAS NO CONCURSO DE CRIMES
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.
Concurso material, formal ou continuado ( todas as multas cabíveis somadas
Ou, o art. 72 é inaplicável ao crime continuado, porque como unifica a pena de privativa de liberdade, então o mesmo acontece com a multa.
CONCURSO DE INFRAÇÕES E EXECUÇÃO DA PENA
Art. 76 - No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave.
O condenado deve cumprir a pena não só de forma progressiva, mas a pena mais grave 1°. Ex: reclusão ( detenção ( sem somar, porque são espécies diferentes. 
ERRO NA EXECUÇÃO E RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO
CONCEITO DE ERRO DE EXECUÇÃO
Em lugar de atingir a pessoa visada, atinge outro. 
Não altera o crime, porque a alteração da vitima não altera a natureza do fato.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Art. 73 ( aproveitamento do dolo. Se A quer matar B, mas atinge C, responde o homicídio como se tivesse matado B. 
2 modalidades de erro de execução:
Unidade simples: “ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código.” ( leva em consideração a vitima almejada. 
Unidade complexa: “também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.” 
CONCEITO DE RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
Desvio do crime, ou seja, do objeto jurídico do delito. 
O agente responde pelo resultado diverso do pretendido somente por culpa, se for previsto como culposo. “por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo”. 
Se o agente consegue o resultado almejado e, também, outro resultado não pretendido, responde pelos 2, em concurso formal. “se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.”
ERRO DE EXECUÇÃO: significa que o agente, por variadas razões, desvia-se no ataque, atingindo pessoa humana diversa da pretendida, mas respondendo como se tivesse acertado a vítima virtual. 
ERRO AO RESULTADO: significa que o agente deseja atingir determinada pessoa e, por erro na execução, acerta coisa ou animal, ou pretende atingir coisa ou animal e termina acertando pessoa. Nessas situações, o resultado diverso do pretendido será punido por culpa. Caso ambos os resultados sejam atingidos, pune-se como base no concurso formal. 
LIMITE DE PENAS E UNIFICAÇÃO
Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 
§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. 
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.
UNIFICAÇÃO DA PENA EM 30 ANOS
2 situações:
Crime continuado ( várias condenações espelham um só infração em continuidade delitiva
Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. ( Apenas e tão-somente para efeito de cumprimento da pena.
Os benefícios são calculados com base na soma.
MODO DE UNIFICAÇÃO
 “Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.” 
Nova condenação por fato anterior ( lançada no montante total já unificado, sem qualquer alteração. 
Nova condenação fato posterior ( deve ser laçada na pena unificada, desprezando o tempo já cumprido. Se ultrapassar 30 anos, far-se-á nova unificação. 
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
Requisitos da suspensão da pena
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. 
Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
 § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). 
§ 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de freqüentar determinados lugares; 
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
Art. 79 - A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado. 
Art. 80 - A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa. 
Sursis 
Direito subjetivo do réu
Forma de execução da pena
Suspensão da pena privativa de liberdade por tempo determinado (período de prova) 
Tem algumas condições 
No termino do prazo ( sem revogação ( extinta a pena
Não há suspensão para restritiva de direito nem para multa (art. 80) 
Requisitos do sursis: 
Pena fixada na sentença não superior 2 anos;
Não reincidente em crime doloso (art. 77, §1°);
Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos e circunstâncias
do crime autorizem o benefício;
Crime hediondo: pode conceder o sursis, caso a pena não exceda 2 anos. 
Período do prova
De 2 à 4 anos (dependendo da gravidade do delito e das condições pessoais do agente) 
Condições:
1° ano: serviço a comunidade (art. 46); ou limitação de final de semana (art. 48); ou outras condições fixadas pelo juiz (art. 79)
SURSIS ESPECIAL (ART. 78, §2°)
 Reparado o dano + art. 59 totalmente favorável = sursis especial (condições menos rigorosas)
Proibição de freqüenta certos lugares (bares, boates etc.)
Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz
Comparecer pessoal e obrigatoriamente a juízo, mensalmente, para informar e justificar atividades. 
CAUSAS DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA (ART. 81)
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. 
Revogação ( obrigatória ou facultativa
Hipóteses de revogação obrigatória:
Condenação irrecorrível por crime doloso
Frustração da execução da pena de multa, no caso de condenação solvente;
Não reparar o dano, sem motivo justificado;
Descumprimento do art. 78, §1° do CP
CAUSAS DE REVOGAÇÃO FACULTATIVA (ART. 81, § 1°) 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Se o condenado descumpre o art. 79;
Se o condenado descumpre o art. 78, § 2° 
Após condenação por contravenção penal ou crime culposo, exceto imposição de pena de multa.
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. 
 SURSIS ETÁRIO OU HUMANITÁRIO 
Mais de 70 anos na data da sentença
Ou doença grave, invalidez
Condenado a pena não superior 4 anos
Período de prova: 4 a 6 anos
Demais regras são idênticas
CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES 
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Incidente na execução da pena
Antecipação provisória da liberdade do acusado concedida pelo juiz da Vara das Execuções Criminais 
Cumprir certas obrigações 
REQUISITOS (ART. 83)
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes;  
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir. 
Objetivos:
Pena privativa de liberdade superior 2 anos
Cumprir + de 1/3 da pena ( não reincidente em crime doloso e bons antecedentes;
Cumprir + de ½ da pena se reincidente ou com mau comportamento 
Cumprir + de 2/3 da pena ( crime hediondo, tortura e terrorismo; não reincidente em qquer desses crimes; 
Subjetivos: 
Bom comportamento
Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído
Capaz de se sustentar com trabalho honesto
Para crime doloso, com violência ou grave ameaça ( presunção que não voltará a delinqüir. 
SOMA DE PENAS (ART.84)
Art. 84 - As penas que correspondem a infrações diversas devem somar-se para efeito do livramento. 
Em caso de concurso de crimes:
Montante total ( soma das penas ( verificar a possibilidade do beneficio 
ESPECIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES (ART.85)
Art. 85 - A sentença especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
Condições obrigatórias: 
Obter ocupação licita, dentro do prazo determinado;
Comparecer periodicamente em juízo para informar suas atividades
Não mudar do território da comarca sem prévia autorização 
Condições facultativas:
Não mudar de residência sem comunicar o juiz 
Recolher-se em hora fixada pelo juiz
Não freqüentar determinados lugares
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: 
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. 
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. 
Se o beneficiado for condenado (trânsito em julgado) a pena privativa de liberdade durante a vigência do benefício. 
O tempo que o condenado ficou em liberdade não será descontado ( deverá cumprir a pena integralmente ( só ira receber outro livramento em relação à segunda condenação. 
Se condenado (trânsito em julgado) a pena privativa de liberdade, por crime cometido antes do beneficio. 
Nesta hipótese, desconta o período em q esteve em liberdade, podendo, ainda, ser somado o tempo restante à pena referente à segunda condenação para fim de obtenção de novo beneficio (art.84). 
REVOGAÇÃO FACULTATIVA (ART. 87)
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.
Se deixar de cumprir qualquer das obrigações ( não se desconta da pena o período do livramento e o condenado não terá mais direito ao beneficio. 
Se for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. ( se for por delito anterior: descontado o tempo do livramento. Caso contrário, não haverá tal desconto. 
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA (ART. 89) 
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.
	Se ao termino do prazo, o agente estiver sendo processado por crime durante a vigência do benefício. ( fica desobrigado as condições impostas.
	Se condenado ( revoga o beneficio 
	Se absolvido ( extinta a pena. 
EXTINÇÃO DA PENA (ART.90)
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
( Ouvindo antes o Ministério Público 
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou
de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
Art. 92 - São também efeitos da condenação: 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.  
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. 
Efeito principal: imposição da pena
Efeito secundário
De natureza penal: Impede o sursis em novo crime; revogam o sursis por condenação anterior; revogam o livramento condicional; gerando reincidência; aumentando o prazo da prescrição da pretensão executória etc. 
Extrapenais: afeta o sujeito em outra esperas, que não penais. 
Genéricos: efeitos automáticos, de qualquer condenação criminal e não precisam ser expressamente declarados: 
Indenizar o dano causado pelo crime
Perda em favor da União, ressalvando ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
Perda em favor da União, ressalvando ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 
Suspensão dos direitos políticos, enquanto durar os efeitos da condenação. 
Específicos: 
A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
A perda de cargo, função pública ou mandato eletivo quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
Incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado; ‘
A inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. 
DA REABILITAÇÃO 
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação.  
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. 
Restituir o condenado à condição anterior à condenação 
Apagando anotação da sua folha de antecedentes
Suspendendo os efeitos secundários. 
Também atingirá os efeitos da condenação previstas no art. 92, vedada as hipóteses do inciso I e II do mesmo art. 
REQUISITOS DA REABILITAÇÃO (ART. 94)
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: 
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; 
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; 
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. 
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. 
Transcorrido 2 anos da data da extinção da pena ou do inicio do período de prova (sursis) e do livramento condicional (sem revogação);
Domicílio no país durante 2 anos
Durante esse prazo ( bom comportamento publico e privado
Ressarcido a vítima do crime ou na impossibilidade de faze-lo, ou, quando a vítima, mediante apresentação de documento, renuncie à indenização. 
COMPETÊNCIA PARA CONCEDER A REABILITAÇÃO 
	Deve ser concedida pelo juízo da condenação ( reabilitação é concedida após o término da execução da pena
RENOVAÇÃO DO PEDIDO 
	Se o juiz indeferir o pedido por ausência de um dos requisitos, pode pedir novamente a reabilitação, em qualquer tempo, desde que seja apresentadas novas provas. 
DA REVOGAÇÃO DA REABILITAÇÃO 
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.
REABILITAÇÃO E REINCIDÊNCIA
	A reabilitação não exclui a reincidência, cujos efeitos desaparecem apenas 5 anos o cumprimento da pena. Assim, concedida a reabilitação (após 2 anos), o condenado terá direito à obtenção de certidão criminal negativa, mas a anotação referente à condenação continuará existindo para fim de pesquisa judiciária, para verificação de reincidência. 
DA AÇÃO PENAL
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. 
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. 
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.  
A ação pena pode ser pública ou privada.
Ação penal pública
Iniciativa exclusiva do MP
Principio da Obrigatoriedade (havendo indícios suficientes, o MP é obrigado a propor a ação)
Inicio ( denúncia
Ação penal privada
Iniciativa do ofendido 
Principio da Oportunidade ou Conveniência (mesmo existindo provas, é a vítima pode optar pela ingresso ou não)
Peça inicial ( queixa-crime 
Só tem início efetivo quando o juiz recebe a denúncia ou queixa ( citação do acusado para interrogação e produzir sua defesa. 
A ação pública pode ser:
Incondicionada: 
Regra
A denuncia independe de qualquer condição específica
No silêncio, é incondicionada;
Crimes praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município. 
Condicionada:
Quando a denúncia depende de algumas condições:
Representação da vítima ou de seu representante legal 
Requisição do Ministério da Justiça
O titular continua sendo o MP, porem deve ter a representação ou requisição acima descrita ( autorização para o inicio da ação. 
Requisição e representação ( condição de procedibilidade
O MP pode deixar de oferecer a denúncia ( arquivamento do inquérito policial 
Art. 102 - A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
A representação será irretratável depois de oferecida denúncia ( antes disso, a vitima pode oferecer a representação e se retratar, e oferece-la novamente, desde que dentro do prazo decadencial.
Para saber se a ação é condicionada, é só verificar a lei. (é explicita)
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber
quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
A ação penal privada pode ser:
Ação privada exclusiva (art. 100, §2°): 
Iniciativa ( vítima ou seu representante legal
Se o ofendido morrer antes do inicio da ação, dentro do prazo decadencial de 6 meses, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, podem intenta-la (art. 100, §4°) 
Se a morte ocorrer após o inicio da ação penal, o prazo será de 60 dias. 
Estará expressa na parte especial do CP (“somente se procede mediante queixa”)
Ação privada personalíssima:
Só pode ser intentada pela vítima
E em caso de falecimento, antes ou depois do inicio da ação, não poderá ter substituições; 
Ação privada subsidiária da pública: (art. 100, §3°)
O MP ao receber o inquérito, tem 5 dias para oferecer a denuncia (se o indiciado estiver preso) ou 15 dias (se estiver solto). 
Findo o prazo, se o MP não se manifestar, o ofendido tem o direito de oferecer a queixa.
Esse direito inicia-se com o termino do prazo do MP e dura mais 6 meses. 
Se o MP promover o arquivamento ou determinar o retorno do inquérito à delegacia ( não cabe a queixa subsidiária 
AÇÃO PENAL NOS CRIMES COMPLEXOS 
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público.
Crime complexo:
Fusão de 2 ou + tipos penais 
Ou um tipo penal funcional como qualificadora de outro. 
Será de ação pública. 
RENÚNCIA EXPRESSA OU TÁCITA DO DIREITO DE QUEIXA
 
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime. 
PERDÃO DO OFENDIDO 
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação. 
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito: 
I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita; 
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros; 
III - se o querelado o recusa, não produz efeito.  
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.  
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória. 
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Punibilidade ( possibilidade jurídica de o Estado impor a sanção ao autor do delito 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Causa extintiva de punibilidade ( o direito de punir do Estado surge num 1° momento, e depois é eliminado pela causa extintiva.
Escusas absolutórias ( excludentes de punibilidade ( o Estado não tem direito de punir, mesmo o fato sendo típico e antijurídico.
MORTE DO AGENTE (ART. 107, I)
Juiz vista a certidão de óbito do agente, expedida pelo Cartório de Registro Civil, e decreta a extinção da punibilidade. 
Se a certidão for falsa e já foi decretada a extinção, a decisão não poderá ser revisada. Resta a punição pela falsificação e pelo uso de documento público falso 
Pode ocorrer antes, durante a ação penal ou em fase de execução. 
É incomunicável aos demais autores da infração penal. 
ANISTIA, GRAÇA OU INDULTO (ART. 107, II)
Anistia:
Exclui o crime, apagando seus efeitos 
Refere-se aos fatos e não as pessoas 
Concedida por lei ( atinge todos que tenham praticado o delito de certa natureza. 
Atinge apenas fatos passados (o tipo penal continua existindo 
Concedida antes ou depois da sentença 
Retroage apagando o crime
Extinguindo a punibilidade do agente e as demais conseqüências de natureza penal. (deixa de ser reincidente) 
Própria (concedida antes da condenação) ou imprópria (após condenação)
Plena, irrestrita (atinge todo da condenação) ou parcial (certas condições pessoais para a obtenção da benesse) 
Incondicionada (lei não impõe qualquer requisito para sua concessão) ou condicionada (impõe algum requisito); 
Vedado para crimes hediondos, tortura, terrorismo, trafico de entorpecentes. 
Graça e indulto:
Sentença transitada em julgada 
Atingem somente a pena imposta
Continua reincidente 
Indulto:
Concedido a grupo de condenados ( coletivo
Concedido pelo Presidente da República ( Ministros de Estado 
Exige parecer do Conselho penitenciário
Vedado para crimes hediondos, tortura, terrorismo, trafico de entorpecentes. 
Graça:
É individual 
Pedida pelo condenado, pelo Conselho Penitenciário, pelo MP, ou pela autoridade adm. 
Competência para concede-la do Presidente da Republica. 
Vedado para crimes hediondos, tortura, terrorismo, trafico de entorpecentes. 
“ABOLITIO CRIMINIS” (ART. 107, III)
Extingue a punibilidade quando uma nova lei deixa de considerar o fato como criminoso. 
Retroatividade na norma penal mais benéfica (art. 2°, CP) 
Pode ser antes ou depois da condenação
Depois ( rescinde a própria condenação e todos seus efeitos 
Estende-se a todos os autores.
DECADÊNCIA (ART. 107, IV)
Perda do direito de ação do ofendido em face do decurso do prazo sem o oferecimento da queixa ( extinção da punibilidade (jus puniendi) 
Ação publica condicionada à representação ( não-oferecimento da representação no prazo legal, ao MP ( extingue a punibilidade 
Ação publica condicionada à requisição(não tem prazo decadencial 
Somente possível antes do inicio da ação penal 
Art. 103, CP ( salvo disposição em contrário:
O prazo de decadência é de 6 meses, desde o dia a vítima ou seu representante tomaram conhecimento da autoria do fato.
Ação privativa: é o prazo para que a queixa-crime seja apresentada em juízo
Ação publica condicionada: prazo para que seja oferecida a representação ( a denuncia poderá ser oferecida ainda após os 6 meses.
Crime continuado: o prazo conta-se isoladamente a cada um dos crimes (a partir da data que se descobre cada crime). 
Crime habitual: contada a partir do ultimo ato conhecido 
Crime permanente: começa a fluir após a cessação da permanência, mesmo que a autoria seja conhecida desde data anterior. 
Exceções: crime contra honra da Lei de Imprensa (3 meses)
Natureza do seu prazo: penal (o 1° dia é incluído no prazo). 
O prazo decadencial não se interrompe ou suspende. 
Titularidade do direito de queixa e representação:
Vítima menor de 18 anos (ou maior com doença mental)( representante legal. Se o representante sabia do crime e quem era o autor do crime e não faz a representação após os 6 meses, então prescreve. Mesmo se quando a vítima completar 18 anos. Porém, se o representante legal não sabia do crime, então quando a vítima completar 18 anos é q começa a contar o prazo. 
Vitima maior de 18 anos ( somente ela própria 
Não há concurso formal. 
PRESCRIÇÃO (ART. 107, IV)
Prescrição da pretensão punitiva: (prescrição de ação) 
Perda do direito de punir do Estado, em face do não exercício desse direito dentro do prazo legal. 
Ocorre antes do transito em julgado da sentença condenatória. 
Afasta todos os efeitos, principais e secundários, penais e extrapenais, da condenação; 
Deve ser verificada de acordo com o máximo da pena privativa de liberdade prevista em ABSTRATO para infração penal
Art. 109 - A
prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
PENA MAXIMA 			PRAZO PRESCRICIONAL
Inferior 1 ano					2 anos
De 1 a 2 anos				4 anos
De 2 a 4 anos				8 anos
De 4 a 8 anos				12 anos
De 8 a 12 anos 				16 anos
Superior a 12 anos				20 anos
Agravantes ou atenuantes genéricas: Art. 61, 62 e 65 do CP ( não alteram esses prazos (não fazem a pena ultrapassar o seu máximo em abstrato). 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Excepcionalmente ( art. 115 ( réu menos de 21 anos na data do fato ou maior de 70 anos na ocasião da sentença ( prazo prescricional reduzido pela metade ( são 2 atenuantes genéricas que alteram o lapso prescricional.
As causas de aumento e de diminuição de pena, em patamares fixos (1/6, 2/3) podem alterar a pena máxima ( deve levar em conta na busca da prescrição.
Art. 118 - As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
Penas mais leves: multa e a restritiva de direitos ( seguem a sorte da pena privativa de liberdade (art. 118 e 109, parágrafo único)
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: 
I - do dia em que o crime se consumou; 
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. 
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente.
Na consumação do crime ( regra geral
Tentativa ( quando cessou a atividade (na data do ultimo ato praticado)
Crimes permanentes ( data que cessou a permanência 3
Bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil( data em que o fato se tornou conhecido. 
Concurso de crime ( prescrição isolada de cada crime, da data da consumação (art. 119)
Inclui o dia do começo, contando-se os meses e os anos pelo calendário comum. 
Prazo é improrrogável (podendo terminar em feriado ou final de semana) 
Causas interruptivas da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela sentença condenatória recorrível;      
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles.   
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. 
Pelo recebimento da denúncia ou da queixa ( deve ser entregue em cartório. A cada nova interrupção, novo prazo começará a fluir.
Pela pronúncia ( encerra a 1ª fase do procedimento do júri ( juiz admiti a existência de indícios e prova material de crime doloso contra vida 
 ( Se o crime for desclassificado, não haverá interrupção do prazo prescricional. 
	( Se houver recurso da acusação e o Tribunal reformar a decisão e mandar o réu para o Júri, então a prescrição interrompe na publicação do acórdão. 
Pela decisão confirmatória da pronúncia ( réu pronunciado ( interposição de recurso em sentido contrario à decisão ( Tribunal confirmando ( o lapso prescricional é interrompido
Pela sentença condenatória recorrível( interrupção na publicação da sentença. Se for reformada no Tribunal e absolver o réu, continua a valer a interrupção em decorrência da sentença de 1ª grau. 
Perdão judicial ( declaratória ( não interrompe a prescrição 
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. 
No caso de suspensão do lapso prescricional, o prazo volta a correr apenas pelo período restante. 
Art. 116, I ( questões prejudiciais. Ex: furto ( o indiciado é o dono ou subtraiu o objeto. 
Art. 116, II
Sustação de processo que apura infração penal cometida por deputado ou senador, por crime cometido após a diplomação. 
Durante o período de suspensão condicional do processo ( pena mínima inferior 1 ano ( pena suspensa por 2 até 4 anos ( cumprimento de condições. Durante o período de prova ( suspenso o prazo prescricional. No fim do prazo ( cumprir as condições ( suspende a punibilidade. Caso contrario ( o processo retorna seu curso normal ( corre o lapso prescricional pelo período restante. 
Se o acusado, citado por edital, não comparece, nem constitui advogado ( suspende o processo e a prescrição.
Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, devera o mesmo ser citado por carta rogatória, suspendendo-se o prazo de prescrição até seu cumprimento. 
Crimes imprescritíveis
Crime de racismo e os praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Prescrição intercorrente e prescrição retroativa
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
§ 1º - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada. (prescrição intercorrente) 
§ 2º - A prescrição, de que trata o parágrafo anterior, pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou da queixa. (prescrição retroativa) 
Prescrição Intercorrente: quando se sabe qual será a sua prescrição antes do transito em julgado. Isso porque não houve recurso da acusação ou este é improvido. 
Prescrição retroativa: quando a prescrição tem data de inicio da contagem anterior a denuncia ou queixa. 
Essas prescrições são da pretensão punitiva e , por isso, afasta todos os efeitos, principais e secundários, penais e extrapenais, da condenação. 
Prescrição antecipada.
Não está prevista em lei. 
A prescrição abstrato, que sempre é calculada baseada na pena máxima. Porém, quando até a acusação (MP) admite que a pena aplicada pelo juiz não será a máxima. E pelo calculo da prescrição, com base a pena mínima, esse tempo já passou, então há uma parte da jurisprudência e doutrina que admite a antecipação. Esse argumento é sustentado pela possibilidade de tal pedido com base na inexistência de interesse de agir por parte do órgão acusador. 
Prescrição da pretensão executória (prescrição da pena)
Quando ocorre o transito em julgado, o Estado tem o interesse de executar a pena.
Essa pretensão executória, também, está sujeita a prazos. Se o Estado não conseguir executar a pena dentro desse prazo, ocorre a prescrição da pena. 
Essa prescrição atinge apenas a pena principal. Assim, se o acusado cometer novo crime, será considerado reincidente. 
Segue a regra do art. 109, CP. 
Art. 110 “..., se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.” ( o prazo da prescrição executória será aumentada em 1/3. (a reincidência não atinge a prescrição da pretensão punitiva)
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: 
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; 
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. 
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena. 
O termo inicial segue a regra do art. 112, CP:
Da data em que transita em julgado a sentença para a acusação: há transito em julgado para ambas as partes, sendo tão-somente o inicio do prazo é contado a partir do transito em julgado para a acusação. 
Da data que revoga a suspensão condicional da pena (sursis) ou o livramento condicional: no livramento condicional ( tempo restante da pena a ser cumprida (art. 113)
Do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo de interrupção deva computar-se na pena: se o condenado foge da prisão, passa a correr o prazo prescricional ( regulado pelo tempo restante da pena. 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; (recaptura) 
VI - pela reincidência. (cometer outro crime no curso do lapso prescricional) 
Causas de interrupção dessa prescrição:
Art. 117, V e VI
Com a interrupção do prazo, o período volta a ser contado integralmente. Salvo se o condenado já havia cumprido parte da pena. 
Causas suspensivas da prescrição:
Art. 116. parágrafo único 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. 
Prescrição da pena de multa:
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: 
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; 
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.
Quando a multa for à única pena em abstrato ( prescrição em 2 anos
Multa for à única pena imposta pela sentença ( prescreve em 2 anos 
Multa em abstrato alternativa com pena privativa de liberdade ( prazo igual ao da pena privativa de liberdade. 
Multa em abstrato cumulativamente com pena privativa de liberdade ( prazo igual ao da pena privativa de liberdade. (art.118) 
Multa aplicada na sentença junto com pena privativa de liberdade ( prazo igual ao da pena detentiva (art.118)
PEREMPÇÃO (ART.107, IV)
Sanção aplicada ao querelante
Perda do direito de prosseguir a ação penal privada
Inércia ou negligencia processual 
Após o inicio da ação penal 
Uma vez reconhecida, estende-se a todos os autores do delito. 
RENÚNCIA (ART.107, V)
O ofendido abre mão do direito de oferecer a queixa
Ato unilateral e independe da aceitação do autor do delito
 PERDÃO DO OFENDIDO (ART. 107, V)
O querelante desiste do prosseguimento da ação penal privada, desculpando o querelando pela pratica da infração penal. 
Após o inicio da ação penal e sem transito em julgado da sentença condenatória
Ato bilateral ( gera apenas a extinção da punibilidade se for aceito pelo ofendido. (perdão aceito)
Exclusivo da ação penal privada
Deve ser feito pessoalmente ou por procurador com poderes especiais 
Pode ser processual ou extraprocessual
RETRATAÇÃO DO AGENTE (ART. 107, VI)
Extinção da punibilidade pela retratação do agente, nos casos admitidos em lei.
Crimes de calúnia, difamação, falso testemunho e falsa perícia.
PERDÃO JUDICIAL (ART. 107, IX)
O Juiz, comprovada a infração, deixa de aplicar a pena em face de justificativas
Hipóteses expressamente mencionadas na lei 
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
AUTONOMIA DAS CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE (ART.108)
Art. 108 - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.
A extinção da punibilidade do crime pressuposto não se estende ao crime que dele depende 
A extinção da punibilidade de elemento componente de um crime não se estende a este. 
A extinção da punibilidade de circunstancias agravantes não se estende ao crime agravado. 
Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade em relação a um dos crimes não impede a exasperação da pena do outro em razão da conexão. 
EXECÍCIOS – Determine a fixação da pena, utilizando o sistema trifásico (considere sempre a pena mínima e o mínimo das causas de aumento e o máximo das causas de diminuição), e as prescrições da pretensão punitiva em abstrato, retroativa, intercorrente e executória:
1) Furto simples – art. 155, caput, CP
se a consumação do crime ocorreu em 01/10/1998 e o juiz recebeu a denúncia em 24/08/2003, ocorreu a prescrição retroativa?
2) Roubo simples – art. 157, caput, CP
3) Roubo qualificado, cometido com uso de arma de fogo – art. 157,  2º, I, CP
4) Fraude no pagamento por meio de cheque (estelionato), cometido reiteradamente durante um ano – art. 171,  2º, VI, CP, combinado com art. 71, CP
5) O motorista acelera para fugir de um assalto à mão armada e atropela várias pessoas, sendo que uma vem a falecer – art. 129,  3º, CP, combinado com  4º e art. 70, CP
6) Tentativa de homicídio – art. 121, CP, combinado com art. 14, II, CP
considere: data da tentativa: 01/01/1993, recebimento da denúncia: 24/06/1999, trânsito em julgado para a acusação: 12/08/2001; publicação do acórdão: 03/11/2005
7) Estupro praticado por duas pessoas – art. 213, CP, combinado com art. 226, I, CP
8) A velhinha traz dos E.U.A. 300 maços de cigarro e tenta passar na alfândega do aeroporto de Cumbica sem pagar imposto. É crime de descaminho (ou como diz o senso comum: contrabando) consumado através de transporte aéreo – art. 334, CP, combinado com  3º
Considere que a sentença transitou em julgado para o MP em 22/02/2000 e que o acórdão da sentença irrecorrível foi publicado em 13/12/2003. Está prescrita a pretensão punitiva?
9) O seu colega de trabalho o chama para testemunhar em seu favor numa reclamação trabalhista e pede para você mentir, dizendo que, por exemplo, trabalhava até às 22 horas, quando, na verdade, seu colega saía às 18 horas todo dia e você, um mala sem alça, faz o que ele pede. A sorte é que você já está na “expulsória”, falta um mês para completar 70 anos. É crime de falso testemunho – art. 342, CP, combinado com art. 115, CP
10) Você e seu colega sem noção resolvem furtar o Código Civil Anotado do Professor Juan, que faz uma “notitia criminis” (vulgo queixa na polícia) na Delegacia, mas era o CC/1916 (além de sem noção, também são cegos). É crime de furto qualificado – art. 155,  4º, combinado com  2º
Considere que a sentença transitou em julgado para a acusação em 12/05/2003 o início do cumprimento da pena se deu em 28/06/2005. Está prescrita a pretensão executória?
RESPOSTAS:
1) Pena: 1 ano
	prescrição em abstrato:
8 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 4 anos
	ocorreu prescrição retroativa, porque, entre a consumação (01/10/1998) e o recebimento da denúncia (24/08/2003) já transcorreram mais de quatro anos
2) Pena: 4 anos
	prescrição em abstrato: 16 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 8 anos
3) Fixação da Pena
	1ª Fase (pena-base): 4 anos
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: + 1 ano e 4 meses (causa de aumento pelo  2º)
 5 anos e 4 meses
	prescrição em abstrato: 16 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 12 anos
4) Fixação da Pena:
	1ª Fase: 1 ano
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: + 2 meses (causa de aumento pelo art. 71)
 1 ano e 2 meses
	prescrição em abstrato: 12 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 4 anos
5) Fixação da Pena:
	1ª Fase: 4 anos
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: + 1 ano e 4 meses (causa de aumento pelo art. 70)
	 - 1 ano e 4 meses (causa de diminuição pelo  4º)
 4 anos
	prescrição em abstrato: 16 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 8 anos
6) Fixação da pena:
	1ª Fase: 6 anos
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: - 4 anos (causa de diminuição pelo art. 14, II)
 2 anos
	prescrição em abstrato: 20 anos (janeiro/2013)
	prescrição retroativa: 4 anos (janeiro/1997) – está prescrito
	prescrição intercorrente: 4 anos (se não estivesse prescrito retroativamente, seria em agosto/2005)
	prescrição executória: 4 anos (se não estivesse prescrito retroativamente, seria em novembro/2009)
7) Fixação da pena:
	1ª Fase: 6 anos
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: + 1 ano e 6 meses (causa de aumento pelo art. 226, I)
 7 anos e 6 meses
	prescrição em abstrato: 16 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 12 anos
8) Fixação da Pena:
	1ª Fase: 1 ano
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: + 1 ano (causa de aumento pelo  3º)
 2 anos
	prescrição em abstrato: 8 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 4 anos
	não está prescrita a pretensão punitiva pelo instituto da prescrição intercorrente, porque, entre a sentença transitada em julgado para a acusação (22/02/2000) e a publicação do acórdão da sentença irrecorrível (13/12/2003) ainda não transcorreram 4 anos
9) Fixação da pena:
	1ª Fase: 1 ano
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: - 6 meses (causa de diminuição do art. 115)
 6 meses
	prescrição em abstrato: 4 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 2 anos
10) Fixação da pena:
	1ª Fase: 2 anos
	2ª Fase: 0
	3ª Fase: - 1 ano e 4 meses (causa de diminuição do  2º)
 8 meses
	prescrição em abstrato: 12 anos
	prescrição retroativa, intercorrente e executória: 2 anos
	está prescrita a pretensão executória porque, entre a data do trânsito em julgado para a acusação (12/05/2003) e a data do início do cumprimento da pena (28/06/2005) já transcorreram pouco mais de 2 anos

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