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Sistema Nervoso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a evolução do ser vivo vimos que os primeiros 
neurônios surgiram na superfície externa do organismo, 
tendo em vista que a função primordial do sistema 
nervoso é de relacionar o animal com o ambiente. Dos 
três folhetos embrionários o ectoderma é aquele que 
esta em contato com o meio externo do organismo e é 
deste folheto que se origina o sistema nervoso.O 
primeiro indicio de formação do sistema nervoso consiste 
em um espessamento do ectoderma, situado acima do 
notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se 
que a formação da desta placa e a subsequente formação 
do tubo neural, tem importante papel à ação indutora da 
notocorda e do mesoderma. Notocordas implantadas na 
parede abdominal de embriões de anfíbios induzem aí a 
formação de tubo neural. Extirpações da notocorda ou 
mesoderma em embriões jovens resultaram em grandes 
anomalias da medula. 
 
 
 
 
 
A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa a adquire 
um sulco longitudinal denominado sulco neural que se aprofunda para formar a 
goteira neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo 
neural. 
O ectoderma não diferenciado, então, se fecha sobre o tubo neural, 
isolando-o assim do meio externo. No ponto em que este ectoderma encontra 
os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado 
uma lamina longitudinal denominada crista neural. O tubo neural dá origem a 
elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem a 
elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes 
ao sistema nervoso. 
Desde o inicio de sua formação, o calibre do tubo neural não é uniforme. 
A parte cranial, que dá origem ao encéfalo do adulto, torna-se dilatada e 
constitui o encéfalo primitivo, ou arquencéfalo; a parte caudal, que dá origem á 
medula do adulto, permanece com calibre uniforme e constitui a medula 
primitiva do embrião. 
 No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as 
vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e 
rombencéfalo. Com o subseqüente desenvolvimento do embrião, o 
prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O 
mesencéfalo não se modifica, e o romboencéfalo origina o metencéfalo e o 
mieloncéfalo. 
 
 
 
 
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se envagina duas porções laterais, as vesículas 
telencefálicas laterais. A parte mediana é fechada anteriormente por uma lamina que constitui a porção mais 
cranial do sistema nervoso e se denomina lamina terminal. As vesículas telencéfalicas laterais crescem muito para 
formar os hemisférios cerebrais e escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo. 
 O diencéfalo apresenta quatro pequenos divertículos: dois laterais, as vesículas ópticas, que formam a 
retina; um dorsal, que forma a glândula pineal; e um ventral, o infundíbulo, que forma a neuro-hipófise. 
 
 
 
Cavidade do tubo neural: a luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em 
algumas partes varias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A 
cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do 
telencéfalo forma o III ventrículo. 
 A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A 
luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos 
dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal denominado 
epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm um liquido cérebro-espinhal, ou líquor. 
 Flexuras: durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas 
no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer 
é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula 
primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão 
ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de 
direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o 
desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura 
cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do 
prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo. 
 
 
 Divisão do sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais 
 
 
 
O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal 
vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do 
sistema nervoso central situado dentro do crânio neural; e a medula é localizada dentro do canal vertebral. O 
encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico. 
 
Pode-se dividir o sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso 
da vida vegetativa, ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo 
com o meio ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. 
O componente aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, 
informando-os sobre o que passa no meio ambiente. O componente eferente leva aos músculos estriados 
esqueléticos o comando dos centros nervosos resultando em movimentos voluntários. 
O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras. O 
componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas especificas do 
sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até as vísceras. Este 
componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em sistema 
nervoso simpático e parassimpático. 
Tecido Nervoso 
O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de celulares: os neurônios e as células glias. 
Neurônio: é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação 
rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias: compreende as 
células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou 
isolamento e modulação da atividade neural. 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônios: são células altamente excitáveis que se comunicam entre si 
ou com outras células efetuadoras, usando basicamente uma 
linguagem elétrica. A maioria dos neurônios possui três regiões 
responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dentritos e 
axônios. 
O corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela 
síntese de todas as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo 
celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de neurônio. O 
corpo celular é também, junto com os dendritos, local de recepção de 
estímulos, através de contatos sinápticos. 
Dendritos: geralmente são curtos e ramificam-se profusamente, a 
maneira de galhos de árvore, em ângulos agudos, originando dendritos 
de menor diâmetro. São os processos ou projeções que transmitem 
impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os axônios. 
Em geral os dendritos são não mielinizados. Um neurônio pode 
apresentar milhares de dendritos. Portanto, os dendritos são 
especializados em receber estímulos. 
Axônios: a grande maioria dos neurônios possui um axônio,prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um 
dendrito principal. O axônio apresenta comprimento muito variável, 
podendo ser de alguns milímetros como mais de um metro. São os 
processos que transmitem impulsos que deixam os corpos celulares 
dos neurônios, ou dos dendritos. A porção terminal do axônio sofre 
várias ramificações para formar de centenas a milhares de terminais 
axônicos, no interior dos quais são armazenados os 
neurotransmissores químicos. Portanto, o axônio é especializado em 
gerar e conduzir o potencial de ação. 
Tipos de Neurônios: São três os tipos de neurônios: sensitivo, motor e 
interneurônio. Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia 
em direção ao SNC, sendo também chamado neurônio aferente. Um 
neurônio motor conduz informação do SNC em direção à periferia, 
sendo conhecido como neurônio eferente. Os neurônios sensitivos e 
motores são encontrados tanto no SNC quanto no SNP. 
 
 Portanto, o sistema nervoso apresenta três funções básicas: 
Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e as conduzem 
ao SNC; 
 Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada; 
 Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas do 
corpo, levando as informações do SNC. 
 
Classificação do neurônio quanto aos seus prolongamentos: 
A maioria dos neurônios possui vários dendritos e um axônio, por isso são chamados de multipolares. Mas 
também existem os neurônios bipolares e pseudo-unipolares. 
Nos neurônios bipolares, dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio. 
Nos neurônios pseudo-unipolares, apenas um prolongamento deixa o corpo celular. 
 
 
 
 
Sinapses: Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com 
outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinapses. Ou seja, os 
neurônios comunicam-se uns aos outros nas sinapses – pontos de contato entre neurônios, no qual encontramos 
as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os neurotransmissores. A comunicação ocorre por meio de 
neurotransmissores – agentes químicos liberados ou secretados por um neurônio. Os neurotransmissores mais 
comuns são a acetilcolina e a norepinefrina. Outros neurotransmissores do SNC incluem a epinefrina, a 
serotonina, o GABA e as endorfinas. 
Fibrasnervosas: uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presente, seu envoltório de origem 
glial. O principal envoltório das fibras nervosas é a bainha de mielina (camadas de substâncias de lipídeos e 
proteína), que funciona como isolamento elétrico. Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são 
denominados fibras nervosas mielínicas. Na ausência de mielina as fibras são denominadas de amielínicas. Ambos 
os tipos ocorrem no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico, sendo a bainha de mielina formada 
por células de Schwann, no periférico e no central por oligodendrócitos. A bainha de mielina permite uma 
condução mais rápida do impulso nervoso e, ao longo dos axônios, a condução é do tipo saltatória, ou seja, o 
potencial de ação só ocorre em estruturas chamadas de nódulos de Ranvier.
 
Nervos: após sair do tronco encefálico, da medula espinhal ou dos gânglios sensitivos, as fibras nervosas 
motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que se associam a estruturas conjuntivas, constituindo nervos espinhais 
e cranianos. 
Curiosidades sobre o Sistema Nervoso Periférico 
No sistema nervoso periférico, o axônio é envolvido por células especiais denominadas 
células de Schwann, que formam a bainha de mielina do axônio. O núcleo e o citoplasma das 
células de Schwann ficam por fora da bainha de mielina e constituem o neurilema. Essa 
estrutura é importante nos casos em que o nervo é seccionado, pois ela é responsável, em 
parte, pela regeneração do mesmo. Assim os nervos reconstituídos cirurgicamente, podem 
eventualmente restabelecer suas conexões, permitindo a recuperação da sensibilidade e dos 
movimentos. 
 
 
 
O peso do encéfalo de um homem adulto é de 1.300 gramas e na 
mulher é de 1.200 gramas. Admite-se que no homem adulto de 
estatura mediana o menor encéfalo compatível com a inteligência 
normal seria de 900 gramas. Acima deste limite as tentativas de 
se correlacionar o peso do encéfalo com o grau de inteligência 
esbarram em numerosas exceções (este se refere ao peso 
corporal e não ao grau de inteligência, pois ainda não se 
conseguiu provar de forma alguma qual dos dois sexos é mais 
inteligente). A inteligência não se refere somente na quantidade 
de massa cinzenta, mas sim na capacidade que os seres humanos 
tem de entender, raciocinar, interpretar e relacionar o 
conhecimento sobre experiências vividas e não vividas e a 
capacidade adaptativa do ser humanoa novas situações. 
Medula Espinhal 
 
 
 
Medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim temos 
a medula espinhal dentro dos ossos, mais precisamente dentro 
do canal vertebral. 
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso 
situada dentro do canal vertebral sem, entretanto ocupa-lo 
completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 
45 cm sendo um pouco menor na mulher. 
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. 
O limite caudal da medula tem importância clinica e no adulto 
situa-se geralmente em L2. 
A medula termina afinando-se para formar um cone, o cone 
medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o 
filamento terminal. 
 
 
Forma e Estrutura da Medula 
A medula apresenta forma aproximada de um cilindro, achatada no 
sentido antero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois ela apresenta duas 
dilatações denominadas de intumescência cervical e intumescência lombar. 
Estas intumescências medulares correspondem às áreas em que fazem 
conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e 
lombossacral, destinados à inervação dos membros superiores e inferiores 
respectivamente. 
A formação destas intumescências se deve pela maior quantidade de 
neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas. 
A intumescência cervical estende-se dos segmentos C4 até T1 da 
medula espinhal e a intumescência lombar (lombossacral) estende-se dos 
segmentos de T11 até L1 da medula espinhal. 
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que 
percorrem em toda a sua extensão: o sulco mediano posterior, fissura 
mediana anterior, sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior. 
Na medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior que se 
situa entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior e que se 
continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. 
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, 
respectivamente as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, 
ou de um "H". Nela distinguimos de cada lado, três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as 
colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No 
centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula. 
 A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e 
que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: 
 Funículo anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
 Funículo lateral: situado entre os sulcos lateralanterior e o lateral posterior. 
 Funículo posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este ultimo ligado a 
substancia cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula o funículo posterior é dividido 
pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
Conexões com os nervos espinhais: 
 Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão com pequenos filamentos nervosos 
denominados de filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais 
dos nervos espinhais. As duas raízes se unem para formação dos nervos espinhais, ocorrendo à união em um 
ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. 
RAÍZES NERVOSAS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 SECÇÕES DA MEDULA ESPINHAL EM TODAS REGIÕES 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: 
8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 
vértebras cervicais porque o primeiro par de nervos espinhais sai entre o occipital e C1. 
 
 
RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Topografia da medula: 
A um nível abaixo da segunda vértebra lombar encontramos 
apenas as menínges e as raízes nervosas dos últimos nervos 
espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento 
terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. 
Como as raízes nervosas mantém suas relações com os 
respectivos forames intervertebrais, há um alongamento das 
raízes e uma diminuição do ângulo que elas fazem com a 
medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte 
caudal da medula, levando a formação da cauda eqüina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cone Medular Filamento Terminal 
 
Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre a coluna e a medula, temos o 
afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, no adulto, as vértebras T11 e T12 
correspondem aos segmentos lombares. Para sabermos qual o nível da medula cada vértebra corresponde, temos 
a seguinte regra: entre os níveis C2 e T10, adicionamos o número dois ao processo espinhoso da vértebra e se 
tem o segmento medular subjacente. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os cinco segmentos 
lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 corresponde aos cinco segmentos sacrais. 
Envoltório da medula: 
A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas menínges, que são: dura-máter, pia-máter e 
aracnóide. A dura-máter e a mais espessa e envolve toda a medula, como se fosse uma luva, o saco dural. 
Cranialmente ela se continua na dura-máter craniana, caudalmente ela se termina em um fundo-de-saco ao nível 
da vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, constituído 
um tecido conjuntivo (epineuro), que envolve os nervos. 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL 
 
 O aracnóide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à 
dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que unem este folheto à pia-máter. 
A pia-máter é a membrana mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente o tecido superficial da 
medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua 
caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. 
 Este filamento perfura o fundo-do-saco dural e continua até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o 
filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser chamado de filamento 
da dura-máter. Este, ao se inserir no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A 
pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se 
dispõem em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. 
 A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma 
linha continua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos 
triangulares que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em um ponto que se alteram com a 
emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e 
importantes pontos de referencia em cirurgias deste órgão. 
 
 
 
Entre as menínges existem espaços que são importantes para a parte clínica médica devido às patologias 
que podem estar envolvidas com essas estruturas, tais como: hematoma extradural, meningites etc. O espaço 
epidural, ou extradural, situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. 
 
Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno. O 
espaço subdural, situado entre a dura-máter e a aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena 
quantidade de líquido. O espaço subaracnóideo contem uma quantidade razoavelmente grande de líquido 
cérebro-espinhal ou líquor. Alguns autores ainda consideram um outro espaço denominado subpial, localizado 
entre a pia-mater e o tecido nervoso. 
 
Tronco Encefálico 
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se 
ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas 
encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui 
tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e 
também as provenientes dele. Dispersas na substância branca do tronco encefálico 
encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos, que exercem 
efeitos intensos sobre funções como a pressão sangüínea e a respiração. Na sua 
constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras 
nervosas, que por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou 
lemniscos. 
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou imitem fibras nervosas que 
entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 
fazem conexão com o tronco encefálico. 
 
 
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e a ponte situada entre 
ambos. 
 
 
 
 
 
 
Bulbo Ponte Mesencéfalo 
 
BULBO (MEDULA OBLONGA): 
 
 
O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a 
medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o 
limite está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais cranial do 
primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno. 
O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-
pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos 
paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. Vista pela 
superfície, aparecem como uma continuação dos funículos da medula espinhal. A fissura mediana anterior 
termina cranialmente em uma depressão denominada forme cego. 
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide, formada por um 
feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores 
da medula. Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico-espinhal. 
Na parte caudal do bulbo, as fibrasdeste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem a 
decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado 
esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão 
encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua metade esquerda. 
 
 BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma 
eminência oval, a oliva, formada por uma grande quantidade de substância cinzenta. Ventralmente à oliva, 
emerge do sulco lateral anterior, os filamentos reticulares do nervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior 
emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo e o vago além dos 
filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório que une se com a raiz espinhal. 
 
 
 
 
 
 
BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, continuação 
direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela 
metade rostral ou porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude 
do afastamento dos seus lábios, que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. 
Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, encontra-se a continuação do funículo posterior 
da medula, sendo que no bulbo, este é dividido em fascículo grácil e fascículo cuneiforme pelo sulco intermédio 
posterior. Estes fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que 
terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial 
dos fascículos correspondentes. 
Estes núcleos determinam o aparecimento de duas eminências: o tubérculo grácil, mais medial, e o 
tubérculo cuneiforme, mais lateral. Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam 
lateralmente como dois ramos de um "V" e gradualmente continuando para cima com o pedúnculo cerebelar 
inferior (corpo restiforme). Este, é formado por um grosso feixe de fibras que formam as bordas laterais da 
metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para penetrar no cerebelo. 
 
 
 
 
 
 
 BULBO (MEDULA OBLONGA) - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. 
Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e 
vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas. 
Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro 
vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade 
de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os 
narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar. 
PONTE: 
 
 
Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada ventralmente 
ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Sua base 
situada ventralmente apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras 
transversais que a percorrem. 
Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que se 
penetra no hemisfério cerebelar correspondente. Considera-se como limite entre a ponte e o pedúnculo 
cerebelar médio (braço da ponte) o ponto de emergência do nervo trigêmeo (V par craniano). Esta emergência se 
faz por duas raízes, uma maior, ou raiz sensitiva do nervo trigêmeo, e outra menor, ou raiz motora do nervo 
trigêmeo. 
 
PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA PÓSTERO-LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Percorrendo longitudinalmente a 
superfície ventral da ponte existe um sulco, 
o sulco basilar, que geralmente aloja a 
artéria basilar. 
A parte ventral da ponte é separada 
do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde 
emerge de cada lado, a partir da linha 
mediana, o VI, o VII e o VIII par craniano. 
O VI par, o nervo abducente, emerge 
entre a ponte e a pirâmide do bulbo. O VIII 
par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, 
emerge lateralmente próximo a um pequeno 
lobo denominado flóculo. O VII par craniano, 
o nervo facial, emerge lateralmente com o 
VIII par craniano, o nervo vestíbulo-coclear, 
com o qual mantém relações íntimas. Entre 
os dois, emerge o nervo intermédio, que é a 
raiz sensitiva do VII par craniano. 
 
 
 
 
 
 
PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA ANTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal do bulbo, constituindo 
ambas o assoalho do IV ventrículo. 
 
Núcleos da Ponte 
 
 Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem lateral do quarto ventrículo. 
 Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da coluna sensitiva da 
medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do trigêmeo dividem-se em ramos 
ascendentes e descendentes. 
 Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância cinzenta dorsal da eminência 
medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo facial. 
 Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na formação reticular, 
lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre a oliva e o pedúnculo cerebelar 
inferior. 
 Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão vestibular ocupam uma grande 
área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear localiza-se na porção caudal da ponte. 
 
 
PONTE - ESQUEMA DOS NÚCLEOS DA PONTE - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a 
ponte em sua face posterior e ventralmente ao cerebelo. 
Continua caudalmente com o canal central do bulbo e 
cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do 
mesencéfalo que comunica o III e o IV ventrículo. A 
cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para 
formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do 
pedúnculo cerebelar inferior. 
Este recesso se comunica de cada lado com o espaço 
subaracnóideo por meio das duas aberturas laterais do IV 
ventrículo. Há também uma abertura mediana do IV 
ventrículo denominada de forme de Magendie, ou forame 
mediano, situado no meio da metade caudal do tecto do IV 
ventrídulo. Por meio desta cavidade, o líquido cérebro-
espinhal, que enche a cavidade ventricular, passa para o 
espaço subaracnóideo. 
 
 
 
 
 
 
 
PONTE - QUARTO VENTRÍCULO - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA LATERAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
O assoalho de IV ventrículo ou fossa rombóide, é formado pela parte dorsal da ponte e pela porção aberta 
do bulbo. 
Tectodo IV ventrículo: a metade cranial do tecto do IV ventrículo é constituída por uma fina lamina de 
substância branca, o véu medular superior, que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na 
constituição da metade caudal temos as seguintes formações: 
 
 Uma pequena parte da substância branca do nódulo do cerebelo. 
 
 O véu medular inferior, formação bilateral constituída de uma fina lâmina branca presa medialmente às 
bordas laterais do nódulo do cerebelo. 
 
 Tela corióide do IV ventrículo, que une as duas formações anteriores às bordas da metade caudal do 
assoalho do IV ventrículo. 
 
 
 
 PONTE - ASSOALHO DO QUARTO VENTRÍCULO - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A tela corióide é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste internamente o ventrículo com a 
pia-máter e reforça externamente este epitélio. Esta tela emite projeções irregulares e muito vascularizadas para 
a formação do plexo corióide do IV ventrículo. Este plexo corióide tem a forma de "T" e produz líquido cérebro-
espinhal, que se acumula na cavidade ventricular passando ao espaço subaracnóideo através das aberturas 
laterais e da abertura mediana do IV ventrículo. 
A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura 
podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório. 
 Mesencéfalo: 
 
 Interpões-se entre a ponte e o cérebro, do qual é representado por um plano que liga os dois corpos 
mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto 
cerebral. A parte do mesencéfalo situada dorsalmente ao aqueduto é o tecto do mesencéfalo. Ventralmente, 
temos os dois pedúnculos cerebrais, que por sua vez, se dividem em uma parte dorsal, o tegmento e outra 
ventral, a base do pedúnculo. 
 
Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o 
tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra 
(nigra). Junto à sustância negra existem dois sulcos longitudinais: um 
lateral, sulco lateral do mesencéfalo, e outro medial, sulco medial do 
pedúnculo cerebral. Estes sulcos marcam o limite entre a base e o 
tegmento do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo 
oculomotor, III par craniano. 
 
 
 
 
MESENCÉFALO (ESQUEMA DIDÁTICO) - SECÇÃO TRANSVERSAL DO MESENCÉFALO 
 
 
Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 
1991. 
 
Tecto do mesencéfalo: em vista dorsal o tectomesencefalico apresenta quatro eminências arredondadas 
denominadas colículos superiores e inferiores, separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Na 
parte anterior do ramo longitudinal da cruz, aloja-se o corpo pineal, que pertence ao diencéfalo. Caudalmente a 
cada colículo inferior, emerge o IV par craniano, o nervo troclear. 
Cada colículo se liga a uma pequena eminência oval do diencéfalo, o corpo geniculado, através de um feixe 
superficial de fibras nervosas que constitui o seu braço. Assim o colículo inferior se liga ao corpo geniculado 
medial pelo braço do colículo inferior, e o colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do 
colículo superior, o qual tem o seu trajeto escondido entre o pulvinar do tálamo e o corpo geniculado medial. O 
corpo geniculado lateral encontra-se na extremidade do trato óptico. 
 
 
 
 
 
 
 
MESENCÉFALO - COLÍCULOS E CORPOS GENICULADOS - VISTA PÓSTERO-LATERAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Pedúnculos cerebrais: vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem com dois grandes feixes de 
fibras que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no 
cérebro. Delimitam assim uma profunda depressão triangular, a fossa interpeduncular, limitada anteriormente 
por duas eminências pertencentes ao diencéfalo, os corpos mamilares. O fundo da fossa interpeduncular 
apresenta pequenos orifícios para a passagem de vasos. Denomina-se substância perfurada posterior. 
 
Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de oval que se estende do limite 
caudal do colículo superior até a região subtalâmica. É circular numa secção transversal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISTA INFERIOR DO MESENCÉFALO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Núcleos do Mesencéfalo: 
 Núcleo da raiz mesencefálica do nervo trigêmeo (V par craniano) – forma uma região dispersa na porção 
lateral da substância cinzenta central que circunda o aqueduto. 
 
 Núcleo do nervo troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo inferior. 
 
 Núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção transversal. Estende-se até o 
colículo superior. 
 
 
 
 
 
 
MESENCÉFALO - ESQUEMA DOS NÚCLEOS - TRONCO ENCEFÁLICO - VISTA POSTERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Revisão dos Pedúnculos Cerebelares: 
 Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo. 
 Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte. 
 Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem no mesencéfalo. 
 
 
Pedúnculo Cerebelar Inferior 
Origem: Bulbo 
 
Pedúnculo Cerebelar Médio 
Origem: Ponte 
 
Pedúnculo Cerebelar Superior 
Origem: Mesencéfalo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cerebelo 
O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica 
situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa sobre a 
fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter denominada 
tenda do cerebelo. 
 
 
Liga-se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à 
ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e 
superior, respectivamente. Do ponto de vista fisiológico, o cerebelo 
difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em 
nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente 
motora (equilíbrio e coordenação). 
 
Anatomicamente, distingue-se no cerebelo, uma porção ímpar e 
mediana, o vérmix, ligado a duas grandes massas laterais, os 
hemisférios cerebelares. O vérmix é pouco separado dos 
hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face 
inferior, onde dois sulcos são bem evidentes o separam das partes 
laterais. 
 
 
CEREBELO - VISTA SUPERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
CEREBELO - VISTA INFERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 A superfície apresenta sulcos de direção predominantemente transversal, que delimitam laminas finas 
denominadas folhas do cerebelo. Existem também sulcos mais pronunciados, as fissuras do cerebelo, que 
delimitam lóbulos, cada um deles podendo conter várias folhas. Esta disposição, visível na superfície do cerebelo, 
é especialmente evidente em secções deste órgão, que dão também uma idéia de sua organização interna. Vê-se 
assim que o cerebelo é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde 
irradia a lâmina branca do cerebelo, revestida externamente por uma fina camada de substância cinzenta, o 
córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com suas lâminas brancas, quando vista em cortes sagitais, 
recebem o nome de "árvore da vida". No interior do campo medular existem quatro pares de núcleos de 
substância cinzenta, que são os núcleos centraisdo cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. 
CEREBELO - SECÇÃO NO PLANO DO PEDÚNCULO CEREBELAR SUPERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Lóbulos do Cerebelo: a divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua 
importância é apenas topográfica. Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos 
hemisférios. A cada lóbulo do vérmix correspondem a dois hemisférios. 
A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do 
vérmix. Um lóbulo importante é o flóculo, situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar 
médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. Liga-se ao nódulo, lóbulo do vérmix, pelo 
pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na parte inferior do cerebelo, projetando-se 
medialmente sobre a face dorsal do bulbo. 
 
 
 
 
 CEREBELO - VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fissuras do Cerebelo: 
 
- Depois da língula temos a fissura pré-central. 
 
- Depois do lóbulo central temos a fissura pré-culminar. 
 
- Depois do cúlmen temos a fissura prima. 
 
- Depois do declive temos a fissura pós-clival. 
 
- Depois do folium temos a fissura horizontal. 
 
- Depois do túber temos a fissura pré-piramidal. 
 
- Depois da pirâmide temos a fissura pós-piramidal. 
 
- Depois da úvula temos a fissura póstero-lateral. 
 
 
 
 CEREBELO - VISTA LATERAL 
 
Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991. 
 
 
Diencéfalo 
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais 
desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só 
é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, 
epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo. 
 
 
III ventrículo: 
 É uma cavidade no diencéfalo, ímpar, que se 
comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto 
cerebral e com os ventrículos laterais pelos 
respectivos forames interventriculares. 
Quando o cérebro é seccionado no plano 
sagital mediano, as paredes laterais do III 
ventrículo são expostas amplamente; verifica-
se então a existência de uma depressão, o 
sulco hipotalâmico, que se estende do 
aqueduto cerebral até o forame 
interventricular. As porções da parede, 
situadas acima deste sulco, pertencem ao 
tálamo; e as situadas abaixo, pertencem ao 
hipotálamo. 
Unindo os dois tálamos observa-se freqüentemente uma estrutura formada por substância cinzenta, a 
aderência intetalâmica, que aparece apenas seccionada. 
No assoalho do III ventrículo encontra-se, de anterior para posterior, as seguintes formações: quiasma 
óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo. 
 DIENCÉFALO - VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
A parede posterior do ventrículo, muito pequena, é formada pelo epitálamo, que se localiza acima do sulco 
hipotalâmico. Saindo de cada lado do epitálamo e percorrendo a parte mais alta das paredes laterais, há um feixe 
de fibras nervosas, as estrias medulares do tálamo, onde se insere a tela corióide, que forma o tecto do III 
ventrículo. A partir da tela corióide, invaginam-se na luz ventricular, os plexos corióides do III ventrículo, que se 
dispõem em duas linhas paralelas e são contínuos, através dos respectivos forames interventriculares, com os 
plexos corióides dos ventrículos laterais. 
A parede anterior do III ventrículo é formada pela lâmina terminal, fina lâmina de tecido nervoso, que une 
os dois hemisférios e dispõem-se entre o quiasma óptico e a comissura anterior. A comissura anterior, a lâmina 
terminal e as partes adjacentes das paredes laterais do III ventrículo pertencem ao telencéfalo. A luz do III 
ventrículo se evagina para formar quatro recessos na região do infundíbulo: 
 Recesso do infundíbulo, acima do quiasma óptico; 
 Recesso óptico; 
 Recesso pineal, na haste da glândula pineal; 
 Recesso suprapineal, acima do corpo pineal. 
 
Tálamo:
 
 
O tálamo, com comprimento de cerca de 3cm, compondo 
80% do diencéfalo, consiste em duas massas ovuladas 
pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, 
com tratos de substância branca em seu interior. Em geral, 
uma conexão de substância cinzenta, chamada massa 
intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e 
esquerda do tálamo. A extremidade anterior de cada tálamo 
apresenta uma eminência, o tubérculo anterior do tálamo, 
que participa da delimitação do forame interventricular. 
A extremidade posterior, consideravelmente maior que a 
anterior, apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que 
se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. 
 
 TÁLAMO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
O corpo geniculado medial faz parte da via auditiva, e o lateral da via óptica, e ambos são considerados 
por alguns autores como uma divisão do diencéfalo denominada de metatálamo. 
 
 
 
A porção lateral da face superior do tálamo faz parte do assoalho do ventrículo lateral, sendo revestido por 
epitélio ependinário (epitélio que reveste esta parte do tálamo e é denominada lâmina fixa). A porção medial do 
tálamo forma a perede lateral do III ventrículo, cujo tecto é constituído pelo fórnix e pelo corpo caloso, formações 
telencefálicas. A fissura transversa é ocupada por um fundo-de-saco da pia-máter que, a seguir, entra na 
constituição da tela corióide. A face lateral do tálamo é separada do telencéfalo pela cápsula interna, compacto 
feixe de fibras que ligam o córtex cerebral a centros nervosos subcorticais. A face inferior do tálamo continua com 
o hipotálamo e o subtálamo. 
 
 LIMITES DO TÁLAMO - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro: 
 
 Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos; 
 
 Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais; 
 
 Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as sensações somáticas, 
como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor. 
 
 Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: 
 
 Grupo Anterior 
 
 Grupo Posterior 
 
 Grupo Lateral 
 
 Grupo Mediano 
 
 Grupo medial 
 
 NÚCLEOS DO TÁLAMO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do 
encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma 
idéia da sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja 
uma interpretação mais precisa. 
Funções do Tálamo: 
 Sensibilidade; 
 Motricidade; 
 Comportamento Emocional; 
 Ativação do Córtex; 
 Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta. 
 
 Hipotálamo: 
 
 
 
 
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada 
abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente 
relacionadas à atividade visceral. 
 
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes 
do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o 
tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na 
face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túbercinéreo, o 
infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área 
muito pequena (4g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas 
inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais 
importantes do sistema nervoso. 
Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte anterior 
da fossa interpeduncular. 
Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo 
óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tractos óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, 
depois de contornar os pedúnculos cerebrais. 
Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do tracto óptico, 
entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo. 
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, contendo 
pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do 
infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior 
continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do 
osso esfenóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HIPOTÁLAMO - VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
O hipotálamo é constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos. 
Percorrendo o hipotálamo existem, ainda, sistemas variados de fibras, como o fórnix. Este percorre de cima para 
baixo cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar. Impulsos de neurônios cujos 
dendritos e corpos celulares situam-se no hipotálamo são conduzidos por seus axônios até neurônios localizados 
na medula espinhal, e em seguida muitos desses impulsos são então transferidos para músculos e glândulas por 
todo o corpo. 
 Funções do Hipotálamo: 
 
 Controle do sistema nervoso autônomo; 
 
 Regulação da temperatura corporal; 
 
 Regulação do comportamento emocional; 
 
 Regulação do sono e da vigília; 
 
 Regulação da ingestão de alimentos; 
 
 Regulação da ingestão de água; 
 
 Regulação da diurese; 
 
 Regulação do sistema endócrino; 
 
 Geração e regulação de ritmos circadianos. 
 
 
 
 
Epitálamo: 
 
 
 
Limita posteriormente o III ventrículo, acima do sulco 
hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. Seu 
elemento mais evidente é a glândula pineal, glândula 
endócrina de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa 
sobre o tectomesencefálico. A base do corpo pineal se prende 
anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam 
um plano mediano, a comissura posterior e a comissura das 
habênulas, entre as quais penetra na glândula pineal um 
pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso 
pineal. 
 A comissura posterior situa-se no prolongamento em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é 
considerada como limite entre o mesencéfalo e o diencéfalo. A comissura das habênulas interpõe-se entre duas 
pequenas eminências triangulares, os trígonos da habênula. Esses estão situados entre a glândula pineal e o 
tálamo e continuam anteriormente, de cada lado, com as estrias medulares do tálamo. A tela corióide do III 
ventrículo insere-se, lateralmente, nas estrias medulares do tálamo e, posteriormente, na comissura das 
habênulas, fechando assim o III ventrículo. 
 
 
 EPITÁLAMO - VISTA MEDIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 Portanto, o epitálamo é formado por: 
Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo pineal. 
 
Corpo Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8mm de comprimento, 
que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não esteja completamente 
esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo assim, uma glândula endócrina. A 
melatonina é considerada a promotora do sono e também parece contribuir para o ajuste do relógio biológico do 
corpo. 
Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do aqueduto 
com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite entre o mesencéfalo e 
diencéfalo. 
EPITÁLAMO - VISTA POSTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Com exceção da comissura posterior, todas as formações não endócrinas do epitálamo pertencem ao 
sistema límbico, estando assim relacionados com a regulação do comportamento emocional. 
 Subtálamo: 
Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Sua visualização é 
melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo limitado 
lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo apresenta formações de 
substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no núcleo subtalâmico 
provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por movimentos anormais das 
extremidades. 
 
Telencéfalo 
 O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha 
mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
 Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o 
assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união 
entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se 
comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. 
 
 
 
 Cada hemisfério possui três pólos: frontal, occipital e temporal; e três faces: súpero-lateral (convexa); 
medial (plana); e inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio 
da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. 
 
 
 
 
Sulcos e Giros: 
 Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a 
substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a 
região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários 
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A 
existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da 
área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos. 
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central. 
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, 
anterior e posterior. 
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um 
anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central 
relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a 
SENSIBILIDADE. 
 
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o sulco parieto-occipital, que separa o 
lobo parietal do occipital. 
 
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. 
Portanto, temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal, occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se 
relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral. 
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, excetopelo lobo occipital que parece 
estar relacionado somente com a visão. 
O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, 
o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é 
arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda 
superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. 
Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral 
e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal. 
 
 
Face Súpero-lateral: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lobo Frontal Lobo Temporal Lobo Parietal Lobo Occipital Lobo da Ínsula 
 
 Lobo Frontal: 
Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central. 
 
Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirigi-se anteriormente no lobo 
frontal. É perpendicular a ele. 
 
Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo. 
 
Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza a área motora 
principal do cérebro (córtex motor). 
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior. 
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior. 
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o 
centro cortical da palavra falada.
 
Lobo Temporal: 
Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao pólo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo 
posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal. 
Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais 
partes descontinuas. 
 
 
Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior. 
Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior. 
Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-
temporal. 
Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece o seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A 
porção superior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, 
dos quais o mais evidente é o giro temporal transverso anterior. Esse é importante pois se localiza o centro 
cortical da audição. 
 
 
 
 
Lobo Parietal: 
Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central. 
Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) 
e estende-se para trás para terminar no lobo occipital. 
 
 
 
Diferentemente dos outros lobos, o lobo parietal apresenta um giro e dois lóbulos: 
Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza 
uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. 
Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal. 
Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o 
giro supramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, 
curvando em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior. 
 
 
 
 Lobo Occipital: 
O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde 
apresenta pequenos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são 
visualizados na face medial do cérebro. 
 
Lobo da Ínsula: 
O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, 
voltado para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula. 
Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-
inferior. Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos. 
Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior. 
 
Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula. 
Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula. 
 
 
RESUMO DOS GIROS DA FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
FACE SÚPERO-LATERAL DO CÉREBRO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOBO DA ÍNSULA 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Face Medial: 
 
 
 
 
 
 
 
Corpo Caloso 
Fórnix 
Septo Pelúcido 
 
Lobo Frontal 
Lobo Parietal 
 
 
Lobo Occipital 
 
 
 
Corpo Caloso, Fórnix e Septo Pelúcido: 
 Corpo Caloso: é a maior das comissuras inter-hemisféricas. É formado por um grande número de fibras 
mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, 
unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. Em corte sagital do cérebro, podemos identificar as 
divisões do corpo caloso: uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o tronco do corpo caloso, que se dilata 
posteriormente no esplênio do corpo caloso e se flete anteriormente em direção da base do cérebro para 
constituir o joelho do corpo caloso. Este se afina para formar o rostro do corpo caloso, que se continua em uma 
fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a 
lâmina terminal, delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite 
anterior do III ventrículo. 
 
 
DIVISÕES DO CORPO CALOSO E FÓRNIX - FACE ÍNFERO-MEDIAL DO CÉREBRO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 Fórnix: emergindo abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção à comissura anterior, 
está o fórnix, feixe complexo de fibras que, entretanto, não pode ser visto em toda a sua extensão em um corte 
sagital do cérebro. É constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas 
entre si no trajeto do corpo caloso. A porção intermédia em que as duas metades se unem constitui o corpo do 
fórnix e as extremidades que se afastam são, respectivamente, as colunas do fórnix (anteriores) e os ramos do 
fórnix (posteriores). As colunas do fórnix terminam no corpo mamilar correspondente cruzando a parede lateral 
do III ventrículo. Os ramos do fórnix divergem e penetram de cada lado no corno inferior do ventrículo lateral, 
onde se ligam ao hipocampo. No ponto em que as pernas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um 
lado para o outro, formando a comissura do fórnix. 
 FÓRNIX E HIPOCAMPO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 VISTA SUPERIOR DO FÓRNIX E HIPOCAMPO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Septo Pelúcido: 
 
Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas 
delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a 
cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais. 
 
 
 SEPTO PELÚCIDO - VISTA MEDIAL DO CÉREBRO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.Lobo Frontal e Parietal: 
 Na parte medial do cérebro, existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal: 
 Sulco do Corpo Caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo 
caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo. 
 Sulco do Cíngulo: tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. 
Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do 
cíngulo que cruza a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em 
direção ao sulco parieto-ocipital. 
 Sulco Paracentral: Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que 
delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral. 
 
 Giro do Cíngulo: contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do 
cíngulo. É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo. 
 Lóbulo Paracentral: localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Na parte anterior e posterior 
deste lóbulo localizam-se as áreas motoras e sensitivas relacionadas com a perna e o pé. 
 Pré-cúneos: está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal. 
 Giro Frontal Superior: já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro. 
 
 Lobo occipital: 
 Sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um trajeto arqueado em direção ao 
pólo occipital. Nos lábios do sulco calcarino localiza-se o centro cortical da visão. 
 Sulco parieto-occipital: é o sulco que separa o lobo occipital do lobo parietal. 
 
 
 Cúneos: localiza-se entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino. É um giro complexo de forma 
triangular. Adiante do cúneos, no lobo parietal, temos o pré-cúneos. 
 Giro Occipito-temporal Medial: localiza-se abaixo do sulco calcarino. Esse giro continua anteriormente com 
o giro para-hipocampal, do lobo temporal. 
 
 
 
 
 
 
 Face inferior: 
 
 
 
 
Lobo Temporal Lobo Frontal 
 Lobo temporal: 
 Sulco Occipito-temporal: localiza-se entre os giros occipito-temporal lateral e occipito-temporal medial. 
 Sulco Colateral: inicia-se próximo ao pólo occipital e se dirige para frente. O sulco colateral pode ser 
contínuo com o sulco rinal, que separa a parte mais anterior do giro para-hipocampal do resto do lobo temporal. 
 Sulco do Hipocampo: origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do 
corpo caloso e se dirige para o pólo temporal, onde termina separando o giro parahipocampal do úncus. 
 Sulco calcarino: é melhor visualizado na face medial do cérebro. Na face inferior, separa a porção posterior 
o giro para-hipocampal do istmo do giro do cíngulo. 
 
 
 
 
 
 Giro Occipito-temporal Lateral: está localizado na região lateral da face inferior do cérebro circundando o 
giro occipito-temporal medial e o giro para-hipocampal. 
 Giro Occipito-temporal Medial: é visualizado também na face medial do cérebro, porém ocupa uma área 
significativa na face inferior. Está localizado entre o giro occipito-temporal lateral, giro para-hipocampal e o istmo 
do cíngulo. 
 Giro Para-hipocampal: se liga posteriormente ao giro do cíngulo através de um giro estreito, o istmo do 
giro do cíngulo. Assim o úncus, o giro para-hipocampal, o istmo do giro do cíngulo e o giro do cíngulo constituem 
o lobo límbico, parte importante do sistema límbico, relacionado com o comportamento emocional e o controle 
do sistema nervoso autônomo. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do 
hipocampo para formar o úncus 
 
 Lobo Frontal: 
 A face inferior do lobo frontal apresenta as seguintes estruturas: o sulco olfatório, profundo e de direção 
ântero-posterior; o giro reto, que localiza-se medialmente ao sulco olfatório e continua dorsalmente como giro 
frontal superior. O resto da face inferior do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito irregulares, os sulcos e 
giros orbitários. 
 
 
 
FACE INFERIOR DO CÉREBRO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 RESUMO DOS GIROS DA FACE MEDIAL DO CÉREBRO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Rinencéfalo: 
 O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente 
com o tracto olfatório, ambos alojados no sulco olfatório. O bulbo olfatório recebe filamentos que constituem o 
nervo olfatório. Posteriormente, o tracto olfatório se bifurca formando as estrias olfatórias lateral e medial, que 
delimitam uma área triangular, o trígono olfatório. Através do trígono olfatório e adiante do tracto óptico localiza-
se uma área contendo uma série de pequenos orifícios para passagem de vasos, a substância perfurada do 
anterior. 
 
 
 
RINENCÉFALO - A ANATOMIA DO NERVO OLFATÓRIO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia dos Ventrículos Laterais: 
 Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, 
os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular. 
Exceto pelo forame, cada ventrículo é uma cavidade fechada que apresenta uma parte central e três cornos que 
correspondem aos três pólos do hemisfério cerebral. As partes que se projetam para o pólo frontal, occipital e 
temporal respectivamente, são o corno anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as 
partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso. 
 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 MORFOLOGIA DO VENTRÍCULO LATERAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais: 
 Cada hemisfério possui uma camada superficial de substância cinzenta, o córtex cerebral, que reveste um 
centro de substância branca, o centro medular do cérebro, ou centro semioval. No interior dessa substância 
branca existem massas de substâncias cinzenta, os núcleos da base do cérebro. 
 Centro branco medular do cérebro: é formado por fibras mielínicas. Distinguem-se dois grupos de fibras: 
de projeção e de associação. As fibras de projeção ligam o córtex cerebral a centros subcorticais; as fibras de 
associação unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. 
 As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. 
 O fórnix une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar e contribui um pouco para a formação do centro 
branco medular. Já foi melhor descrito anteriormente nesta página. 
 A cápsula interna contém a grande maioria das fibras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras 
formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, 
situados medialmente. Acima do nível destes núcleos, as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa 
radiada. 
 
Distingue-se na cápsula interna um ramo anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo 
lentiforme, e um ramo posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da 
cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna. 
 
As fibras de associação são divididas em fibras de associação intra-hemisféricas e inter-hemisféricas. 
 Dentre as fibras de associação intra-hemisféricas, citarei os quatro fascículosmais importantes: 
 Fascículo do Cíngulo - Une o lobo frontal e o temporal. 
 Fascículo Longitudinal Superior - Une os lobos frontal, parietal e occipital. Também pode ser chamado de 
fascículo arqueado. 
 Fascículo Longitudinal Inferior - Une o lobo occipital e temporal. 
 Fascículo Unciforme - Une o lobo frontal e o temporal. 
 
Dentre as fibras de associação inter-hemisféricas, ou seja, aquelas que atravessam o plano mediano para 
unir áreas simétricas dos dois hemisférios, encontramos três comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura 
do fórnix e comissura anterior, já estudadas acima. 
 
 
 
Núcleos da base: 
 Núcleo caudado: é uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinzenta, relacionada em 
toda a sua extensão com os ventrículos laterais. Sua extremidade anterior é muito dilatada, constitui a cabeça do 
núcleo caudado, que proemina do assoalho do corno anterior do ventrículo lateral. Ela continua gradualmente 
com o corpo do núcleo caudado, situado no assoalho da parte central do ventrículo lateral. Este se afina pouco a 
pouco para formar a cauda do núcleo caudado, que é longa e fortemente arqueada, estendendo-se até a 
extremidade anterior do corno inferior do ventrículo lateral. Em razão de sua forma fortemente arqueada, o 
núcleo caudado aparece seccionado duas vezes em determinados cortes horizontais e frontais do cérebro. A 
cabeça do núcleo caudado funde-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. 
 NÚCLEO CAUDADO, NÚCLEO LENTIFORME E CORPO AMIGDALÓIDE 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 Núcleo lentiforme: tem a forma e o tamanho aproximado de uma castanha-do-pará. Não aparece na 
superfície ventricular, situando-se profundamente no interior do hemisfério. Medialmente relaciona-se com a 
cápsula interna, que o se separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente relaciona-se com o córtex da 
ínsula, do qual é separado por substância branca e pelo claustro. 
O núcleo lentiforme é divido em putâmen e globo pálido por uma fina lâmina de substância branca, a 
lâmina medular lateral. O putâmen situa-se lateralmente e é maior que o globo pálido, que se dispõem 
medialmente. Em secções transversais do cérebro, o globo pálido tem uma coloração mais clara que o putâmen 
em virtude da presença de fibras mielínicas que o atravessam. O globo pálido é subdividido por uma lâmina de 
substância branca, a lâmina medular medial, em partes externa e interna (ver figura abaixo). 
 Claustro: é uma delgada calota de substância cinzenta situada entre o córtex da ínsula e o núcleo 
lentiforme. Separa-se do córtex da ínsula por uma fina lâmina branca, a cápsula extrema. Entre o claustro e o 
núcleo lentiforme existe uma outra lâmina branca, a cápsula externa (ver figura abaixo). 
 Corpo amigdalóide: é uma massa esferóide de substância cinzenta de cerca de 2 cm de diâmetro situada 
no pólo temporal do hemisfério cerebral. Faz uma discreta saliência no tecto da parte terminal do corno inferior 
do ventrículo lateral. O corpo amigdalóide faz parte do sistema límbico e é um importante regulador do 
comportamento sexual e da agressividade (ver figura acima). 
 Núcleo Accumbens: massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putâmen e a cabeça 
do núcleo caudado. 
 Núcleo Basal de Meynert: de difícil visualização macroscópica. Situa-se na base do cérebro, entre a 
substância perfurada anterior e o globo pálido, região conhecida como substância inominata. Contem neurônios 
grandes ricos em acetilcolina. 
 
 
 
NÚCLEOS DA BASE - SECÇÃO TRANSVERSAL DO CÉREBRO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Ao fim desse conteúdo, gostaria de ilustrar ainda uma imagem com algumas áreas importantes 
considerando o telencéfalo como um todo. Como dito anteriormente, a divisão por lobos e sulcos é apenas 
didática, pois o cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém algumas áreas são específicas e 
bem localizadas, tais como as indicadas na figura abaixo: 
 
 
 
 
Menínges e Líquor 
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que 
consiste de quatro estruturas: crânio, menínges, líquido cerebrospinhal (líquor) e barreira hematoencefálica. 
Nesta página, abordarei as menínges e o líquido cerebroespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de 
extrema importância para a defesa do nosso corpo. 
 
 
 
 
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são 
classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter, que no embrião 
constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e 
a dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge. 
 
 
 
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico 
em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto 
externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem 
capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência 
da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a 
principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. 
 
 
FOLHETOS DA DURA-MÁTER 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui 
terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é 
responsável pela maioria das dores de cabeça. 
 Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para 
formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As 
principais pregas são: 
 Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do 
cérebro, separando os dois hemisférios. 
 Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o 
cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana 
em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da 
tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo. 
 Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois 
hemisférios cerebelares. 
 Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas 
um orifício de passagem para a haste hipofisiára. 
 
 
 Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se 
delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são 
revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao 
longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular 
junto com o sistema venoso. 
 Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço 
virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies 
de contato das membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, 
havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo eda medula. Considera-se também 
como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são 
denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o 
nome aracnóide. 
 DURA-MÁTER E ARACNÓIDE 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas 
grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os 
giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do 
espaço subaracnóideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do 
encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as 
cisternas subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais importantes são as 
seguintes: 
 Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do 
III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da 
abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de 
líquor através de punções. 
 Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte. 
 Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular. 
 Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico. 
 Cisterna superior: situada dorsalmente ao tectomesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo 
caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos. 
 Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada 
hemisfério. 
 
CISTERNAS E A CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que penetram no 
interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital 
superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros 
divertículos deste espaço, nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma 
delgada camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor, que neste ponto, 
vai para o sangue. 
 
 
 GRANULAÇÕES ARACNÓIDES 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, 
cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe 
numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-
máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter 
acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede 
externa dos espaços perivasculares. 
 Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um 
manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre 
o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma 
pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas 
até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso. 
 
 
Espaço entre as menínges: 
 
 
 
O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real, mas apenas um espaço potencial 
entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas 
patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural. 
 
Líquor: 
 
É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A sua função 
primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central. 
 
 
CAVIDADES VENTRICULARES 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos plexos 
corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes 
ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos 
anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente líquorico, que passa ao III ventrículo 
através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. 
 
 
 
VENTRÍCULOS LATERAIS E PLEXO CORIÓIDE 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, 
sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. 
Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, 
devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o 
líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas 
granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos 
espinhais. 
 CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem 
dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua 
movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão 
líquorica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas. 
 
 Esquema - Circulação do Líquor 
 
 
 
Vascularização 
O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu 
metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo 
encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e 
oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo não são toleradas 
por um período muito curto. 
 A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após 
cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas 
não se regeneram. 
 O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração. Calcula-se 
que em um minuto circula pelo encéfalo uma quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso. 
 Vascularização Arterial do Encéfalo 
 O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo 
(artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas 
artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para 
vascularização cerebral. 
 ARTÉRIAS CARÓTIDA INTERNA E VERTEBRAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 As artérias vertebrais se anastomosam originadoa artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide 
em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios 
cerebrais. 
 As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral 
anterior. 
 As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante 
anterior. 
 As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias 
comunicantes posteriores. 
 
 Polígono de Willis: 
 
 POLÍGONO DE WILLIS – ESQUEMA 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 POLÍGONO DE WILLIS – ESQUEMA 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 ARTÉRIAS DO ENCÉFALO - VISTA INFERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Artéria Carótida Interna 
 Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo 
pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a 
aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. A 
artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria 
carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus 
ramos são freqüentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo. 
VISTA ANTERIOR DAS ARTÉRIAS CEREBRAL ANTERIOR E MÉDIA 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar) 
 As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias 
próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras 
cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnóide, penetrando no crânio pelo forame 
magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-
se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e 
cerebelares inferiores posteriores. 
 A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as 
artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às 
seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do 
encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente 
referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo. 
 ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR E ANTERIOR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 ESQUEMA DAS ARTÉRIAS CEREBRAIS 
 
Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica: 
 
 Vascularização Venosa do Encéfalo 
 As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do 
que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que 
recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico. 
 As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do 
pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região 
posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face 
e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As 
veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias 
braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior. 
 As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. 
Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses. 
 Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias 
cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter. 
 Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais 
como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A veia 
mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do 
sistema venoso profundo do cérebro. 
 VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 VASCULARIZAÇÃO VENOSA DO ENCÉFALO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
SN Periférico 
 
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras 
motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos 
tecidos do organismo com o sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos 
espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo. 
 Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que 
é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento que reage ao impulso motor, 
este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula glandular. A 
estes elementos dá-se o nome de efetor. 
 Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao 
receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor. 
 As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São três as bainhas conjuntivas 
que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), 
perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que 
envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas 
nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos traumatismos. 
 
 Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar. Nestes casos não há bifurcação ou 
anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou 
que se destacam de um nervo para seguir outro. 
 
 
 
Nervos Cranianos 
 Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 
pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo 
numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, 
no sentido rostrocaudal. 
Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares 
que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo 
principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do 
encéfalo. 
Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios 
situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em 
periféricos órgãos dos sentidos. 
 Os núcleos que dão origem a dez dos doze pares de nervos cranianos 
situam-se em colunas verticais no tronco do encéfalo e correspondem à 
substânciacinzenta da medula espinhal. 
 
 
 
 De acordo com o componente funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em motores, 
sensitivos e mistos. 
 Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-
posteriores do pescoço. São eles: 
 III - Nervo Oculomotor 
 IV - Nervo Troclear 
 VI - Nervo Abducente 
 XI - Nervo Acessório 
 XII - Nervo Hipoglosso 
 
Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas 
sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: 
 I - Nervo Olfatório 
 II - Nervo Óptico 
 VIII - Nervo Vestibulococlear 
 
 Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: 
 
 V - Trigêmeo 
 VII - Nervo Facial 
 IX - Nervo Glossofaríngeo 
 X - Nervo Vago 
 
 Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema 
autônomo. São os seguintes: 
 III - Nervo Oculomotor 
 VII - Nervo Facial 
 IX - Nervo Glossofaríngeo 
 X - Nervo Vago 
 XI - Nervo Acessório 
 
RESUMO DOS NERVOS CRANIANOS 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
A seqüência craniocaudal dos nervos cranianos é como se segue: 
 
I 
II 
III 
IV 
V 
VI 
 
Olfatório 
Óptico 
Oculomotor 
Troclear 
Trigêmeo 
Abducente 
 
 
V
II 
VIII 
IX 
X 
XI 
XII 
 
Facial 
Vestíbulococlear 
Glossofaríngeo 
Vago 
Acessório 
Hipoglosso 
 I. Nervo Olfatório 
 As fibras do nervo olfatório distribuem-se por uma área especial da mucosa nasal que recebe o nome de 
mucosa olfatória. Em virtude da existência de grande quantidade de fascículos individualizados que atravessam 
separadamente o crivo etmoidal, é que se costuma chamar de nervos olfatórios, e não simplesmente de nervo 
olfatório (direito e esquerdo). 
 É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como 
aferentes viscerais especiais. Mais informações sobre o nervo olfatório podem ser encontradas em Telencéfalo 
(Rinencéfalo). 
 
NERVO OLFATÓRIO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVO OLFATÓRIO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização Passagem 
 
 
 
 II. Nervo Óptico 
 
É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo 
posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado 
oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto 
óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem 
impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais. 
 NERVO ÓPTICO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização Passagem 
 
 
 
III. Nervo Oculomotor 
IV. Nervo Troclear 
VI. Nervo Abducente 
 São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos 
extrínsecos do bulbo ocular, que são os seguintes: elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto 
medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior. Todos estes músculos são inervados pelo oculomotor, com 
exceção do reto lateral e do oblíquo superior, inervados respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As 
fibras que inervam os músculos extrínsecos do olho são classificadas como eferentes somáticas. 
 O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral; o nervo troclear logo abaixo do colículo 
inferior; e o nervo abducente no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana. 
 Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para atravessar a fissura orbital 
superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir aos músculos extrínsecos do olho. 
 O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do olho, a qual 
movimenta a íris e a lente. 
 NERVO ÓCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização 
Nervo Oculomotor 
 
Passagem 
Nervo Oculomotor 
 
 
 
 
 
Localização 
Nervo Troclear 
 
 
Passagem 
Nervo Troclear 
 
 
 
 
 
Localização 
Nervo Abducente 
 
 
Passagem 
Nervo Abducente 
 
 
 
 
 
 V. Nervo Trigêmeo 
 O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma 
raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, 
situados no gânglio trigemial, que se localiza no cavo trigeminal, sobre a parte petrosa do osso temporal. 
 Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminalformam,distalmente ao 
gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela 
sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes 
somáticas gerais. 
 A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se 
aos músculos mastigatórios. O problema médico mais freqüentemente observado em relação ao trigêmeo é a 
nevralgia, que se manifesta por crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo. 
 
 
 
1. Nervo oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III, IV, VI pares cranianos e a veia 
oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal. 
 O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o nervo 
óptico é sensorial (visão). 
 2. Nervo maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa pterigopalatina como se fosse um 
cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a 
se chamar nervo infra-orbital. 
 O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita, passando 
sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último se exterioriza para inervar as 
partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n. labial 
superior). 
 O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo alveolar 
superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo. 
 Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos alveolares superiores emitem 
ramos que se anastomosam abundantemente, para constituírem o plexo dental superior. 
 3. Nervo mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo forame oval e logo 
abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e 
alveolar inferior. 
 O nervo lingual dirige-se para a língua, concedendo sensibilidade geral aos seus dois terços anteriores. 
 O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo canal da 
mandíbula até o dente incisivo central.Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo colateral, que 
é o nervo mental (nervo mentoniano), o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade 
geral às partes moles do mento. 
 Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus ramos se anastomosam 
desordenadamente para constituir o plexo dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores que vão 
aos dentes inferiores. 
 A parte motora do nervo mandibular inerva os músculos mastigatórios (temporal, masseter e pterigóideo 
medial e lateral), com nervos que tem o mesmo nome dos músculos. 
 
NERVO TRIGÊMEO - RAMOS OFTÁLMICO E MAXILAR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVO TRIGÊMEO - RAMO MANDIBULAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Localização Passagem 
 
 
 
 
 
 
 VII. Nervo Facial 
 É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do 
sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, 
o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram 
no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se 
assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial.A raiz motora é representada pelo nervo facial 
propriamente dito, enquanto a sensorial recebe o nome de nervo intermédio.Ambos têm origem aparente no 
sulco pontino inferior e se dirigem paralelamente ao meato acústico interno onde penetram juntamente com o 
nervo vestibulococlear.No interior do meato acústico interno, os dois nervos (facial e intermédio) penetram num 
canal próprio escavado na parte petrosa do osso temporal, que é o canal facial.As fibras motoras atravessam a 
glândula parótida atingindo a face, onde dão dois ramos iniciais: o temporo facial e cérvico facial, os quais se 
ramificam em leque para inervar todos os músculos cutâneos da cabeça e do pescoço.Algumas fibras motoras vão 
ao músculo estilo-hióideo e ao ventre posterior do digástrico.As fibras sensoriais (gustatórias) seguem um ramo 
do nervo facial que é a corda do tímpano, que vai se juntar ao nervo lingual (ramo mandibular, terceiro ramo do 
trigêmeo), tomando-se como vetor para distribuir-se nos dois terços anteriores da língua.O nervo facial apresenta 
ainda fibras vegetativas (parassimpáticas) que se utilizam do nervo intermédio e depois seguem pelo nervo 
petroso maior ou pela corda do tímpano (ambos ramos do nervo facial) para inervar as glândulas lacrimais, nasais 
e salivares (glândula sublingual e submandibular).Em síntese, o nervo facial dá inervação motora para todos os 
músculos cutâneos da cabeça e pescoço (músculo estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico). 
 NERVO FACIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Localização 
 
Passagem 
 
 
 
 VIII. Nervo Vestibulococlear 
 Costituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os 
nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco 
bulbo-pontino, entre a emergência do VII par e o flóculo do cerebelo. Ocupa juntamente com os nervos facial e 
intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. 
 A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que 
conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio. 
 A parte coclear é constituída de fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que 
conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. 
 As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais. 
 NERVO VESTÍBULO-COCLEAR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Localização Passagem 
 
 
 
 
 IX. Nervo Glossofaríngeo 
 É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, 
que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que 
sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, 
superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto 
descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe. 
 Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela 
sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo 
carotídeos. Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática 
do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo 
aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida. 
 NERVO GLOSSOFARÍNGEO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização Passagem 
 
 
 
 
 X. Nervo Vago 
 O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de 
filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, 
percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que 
inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma 
das vísceras torácicas e abdominais. O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do 
forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o 
ramo interno do nervo acessório. Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na 
faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras do tórax e abdome. Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis 
pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais. Fibras eferentes viscerais especiais: inervam 
os músculos da faringe e da laringe. As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as 
fibras sensitivas nos gânglios superior e inferior. 
 NERVO VAGO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Localização 
 
Passagem 
 
 
 
 
 XI. Nervo Acessório 
 Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da 
face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no 
crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral 
posterior do bulbo. O tronco divide-se em um ramo interno e um externo. O interno une-se ao vago e distribui-se 
com ele, e o externo inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo. As fibras oriundas da raiz craniana 
que se unem ao vago são: 
 Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe; 
 Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas. 
NERVO ACESSÓRIO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização Passagem 
 
 
 
 XII. Nervo Hipoglosso 
 Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos 
radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo canaldo hipoglosso, e 
dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da mesma). Suas 
fibras são consideradas eferentes somáticas. 
 NERVO DO HIPOGLOSSO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Localização Passagem 
 
 
 
 
Nervos Espinhais 
São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos 
membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos 
vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São 8 pares de nervos cervicais, 12 
torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. 
 RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, 
respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares. 
 A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que 
em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. 
 A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do 
sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. 
 As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, 
que então emerge através do forame interespinhal. 
 O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e 
tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral. 
 
 
FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL - RAÍZES VENTRAL E DORSAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das 
duas raízes. 
 Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais 
 Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e direcionados 
posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o coccígeo) em ramos 
medial e lateral para inervarem os músculos e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco. 
 Ramos dorsais dos nervosespinhias cervicais 
 O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e 
inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e 
menor da cabeça, oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça. 
 O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior 
do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexão 
proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo 
lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a 
pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral 
inerva os músculos esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça. 
 O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os 
músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço, perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio 
para terminar na pele. Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, 
que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior da região occipital, medial ao nervo 
occipital maior. O ramo lateral freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical. 
 Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos 
mediais do quarto e do quinto corrrem entre os músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, 
alcançam processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo trapézio para 
terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não alcançar a pele. Os ramos mediais dos três nervos 
cervicais inferiores são pequenos e terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça, 
multífido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do pescoço, longuíssimo do pescoço e 
longuíssimo da cabeça. 
 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos 
Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação e as margens mediais do 
ligamento costo-transversário superior e o músculo intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no 
intervalo entre o ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial 
do músculo levantador da costela. 
 RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Ramos dorsais dos nervos espinhais lombares 
Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos intertransversários, 
dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais correm próximo dos processos articulares das 
vértebras para terminarem no músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos 
acessórios e mamilares e podem sulcá-lo. Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que 
perfuram a aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor da espinha e cruzam 
o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da região glútea. 
 
RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Ramos dorsais dos nervos espinhais sacrais 
Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os 
ramos mediais são pequenos e terminam no músculo multífido. Os ramos laterais se unem e com os ramos 
laterais do último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças 
ramos correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças sob o 
músculo glúteo máximo; destes,dois ou três ramos glúteos perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a 
pele da região glútea. 
Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais 
Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-laterais do tronco. O 
cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos. 
 
NERVOS ESPINHAIS - Plexo Cervical 
Formado pelos ramos ventrais dos quatro nervos cervicais superiores, inerva alguns músculos do pescoço, 
o diafragma e áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. 
 
Cada ramo ventral anastomosa-se com o subsequente formando três alças de convexidade lateral (C1 com 
C2, C2 com C3 e C3 com C4). Dessas três alças derivam ramos que constituem as duas partes do plexo cervical 
(superficial e profunda). 
 
A parte superficial é constituída por fibras essencialmente sensitivas, que formam um feixe queaparece ao 
nível do meio da borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto em que os filetes se espalham em 
leque para a pele na região circunvizinha, ao pavilhão da orelha, à pele do pescoço e à região próxima à clavícula. 
 
A parte profunda do plexo é constituída por fibras motoras, destinando-se à musculatura ântero-lateral do 
pescoço e ao diafragma. Para isso, além de ramos que saem isoladamente das três alças, encontramos duas 
formações importantes que são a alça cervical e o nervo frênico. 
 
A alça cervical é formada por duas raízes, uma superior e outra inferior. A raiz superior da alça cervical 
atinge o nervo hipoglosso quando este desce no pescoço. A raiz inferior desce alguns centímetros lateralmente à 
veia jugular interna, fazendo depois uma curva para frente, anastomosando-se com a raiz superior. 
 
A alça cervical emite ramos que inervam todos os músculos infra-hióideos. 
 
O nervo frênico, formado por fibras motoras que derivam de C3, C4 e C5, desce por diante do músculo 
escaleno anterior, passa junto ao pericárdio, para se distribuir no diafragma. 
 
Cada ramo, exceto o primeiro, divide-se em partes ascendente e descendente que se unem em alças 
comunicantes. Da primeira alça (C2 e C3), originam-se ramos superficiais que inervam a cabeça e o pescoço; da 
segunda alça (C3 e C4) originam-se os nervos cutâneos do ombro e do tórax. Os ramos são superficiais ou 
profundos; os superficiais perfuram a fáscia cervical para inervar a pele, enquanto que os ramos profundos 
inervam os músculos. 
 
Os ramos superficiais formam grupos ascendentes e descendentes e as séries profundas mediais e laterais. 
 
 
 
 
 
Superficiais Ascendentes: 
 
 Nervo Occipital Menor (C2) - inerva a pele da região posterior ao pavilhão da orelha; 
 
 NERVO OCCIPITAL MENOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Nervo Auricular Magno (C2 e C3) - seu ramo anterior inerva a pele da face sobre glândula parótida 
comunicando-se com o nervo facial; o ramo posterior inerva a pele sobre o processo mastóideo e sobre o dorso 
do pavilhão da orelha; 
 
 Nervo Transverso do Pescoço (C2 e C3) - seus ramos ascendentes sobem para a região submandibular 
formando um plexo com o ramo cervical do nervo facial abaixo do platisma; os ramos descendentes perfuram o 
platisma e são distribuídos ântero-lateralmente para a pele do pescoço, até a parte inferior do esterno. 
 
 
 
 
 
Superficiais Descendentes: 
 
 Nervos Supraclaviculares Mediais (C3 e C4) - inervam a pele até a linha mediana, parte inferior da 
segunda costela e a articulação esternoclavicular; 
 
 Nervos Supraclaviculares Intermédios - inervam a pele sobre os músculos peitoral maior e deltóide ao 
longo do nível da segunda costela; 
 
 Nervos Supraclaviculares Laterais - inervam a pele das partes superiores e posteriores do ombro. 
 
Ramos Profundos - Séries Mediais: 
 
Ramos comunicantes com o hipoglosso, vago e simpático; os ramos musculares inervam os músculos reto 
lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e C2), longo da cabeça (C1, C2 e C3), longo do pescoço (C2-C4), 
raiz inferior da alça cervical (C2-C3), músculos infra-hióideos (com exceção do tíreo-hióideo) e nervo frênico (C3-
C5), que inerva o diafragma. 
 
NERVO FRÊNICO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Ramos Profundos - Séries Laterais: 
 
 Os ramos profundos laterais do plexo cervical comunicam-se com as raízes espinhais do nervo acessório 
(C2,C3,C4) no músculo esternocleidomastóideo, trígono posterior do pescoço e parte posterior do trapézio; os 
ramos musculares são distribuídos para o músculo esternocleidomastóideo (C2,C3,C4) e para os músculos 
trapézio (C2,C3), levantador da escápula (C3,C4) e escaleno médio (C3,C4). 
 
 
 PLEXO CERVICAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLEXO CERVICAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
PLEXO CERVICAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
NERVOS ESPINHAIS - Plexo Braquial 
 
 
O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no 
pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro 
nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro 
torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna 
cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, 
posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo. 
 
 
O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria 
axilar sob o músculo peitoral maior. 
 
 
Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) 
formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo 
cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do 
oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam 
o tronco inferior. 
 
 
Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um 
posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior 
e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos 
posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior. Na borda inferior e lateral do músculo peitoral menor, 
os fascículos se subdividem nos ramos terminais do plexo braquial. 
 
 
 
 
PLEXO BRAQUIAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
Os ramos do plexo braquial podem ser descritos como supra-claviculares e infra-claviculares. 
 Ramos Supra-claviculares: 
 Nervos para os Músculos Escalenos e Longo do Pescoço - originam-se dos ramos ventrais dos nervos cervicais 
inferiores (C5,C6,C7 e C8), próximo de sua saída dos forames intervertebrais. 
 Nervo Frênico - anteriormente ao músculo escaleno anterior, o nervo frênico associa-se com um ramo 
proveniente do quinto nervo cervical (C5). Mais detalhes do nervo frênico em Plexo Cervical. 
 Nervo Dorsal da Escápula - proveniente do ramo ventral de C5, inerva o levantador da escápula e o músculo 
rombóide. 
 Nervo Torácico Longo - é formado pelos ramos de C5, C6 e c7 e inerva o músculo serrátil anterior. 
 Nervo do Músculo Subclávio - origina-se próximo à junção dos ramos ventrais do quinto e sexto nervos 
cervicais (C5 e C6) e geralmente comunica-se com o nervo frênico e inerva o músculo subclávio. 
 Nervo Supra-escapular - originado do tronco superior (C5 e C6), inerva os músculos supra-espinhoso e infra-
espinhoso. 
 
NERVOS SUPRA-ESCAPULAR, AXILAR, TORACODORSAL E SUBSCAPULAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 Ramos Infra-claviculares: 
 
Estes se ramificam a partir dos fascículos, mas suas fibras podem ser seguidas para trás até os nervos espinhais. 
 
Do fascículo lateral saem os seguintes nervos: 
 
 Peitoral Lateral - proveniente dos ramos do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva a face 
profunda do músculo peitoral maior; 
 
 Nervo Musculocutâneo - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 e C7). Inerva 
os músculos braquial anterior, bíceps braquial e coracobraquial; 
 
 
NERVO MUSCULOCUTÂNEO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 RaizLateral do Nervo Mediano - derivado dos ramos ventrais do quinto ao sétimo nervos cervicais (C5, C6 
e C7). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado lateral 
da mão. 
 
 
NERVO MEDIANO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Do fascículo medial saem os seguintes nervos: 
 
 Peitoral Medial - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). 
Inerva os músculos peitorais maior e menor; 
 
 Nervo Cutâneo Medial do Antebraço - derivado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo 
torácico (C8 e T1). Inerva a pele sobre o bíceps até perto do cotovelo e dirige-se em direção ao lado ulnar do 
antebraço até o pulso; 
 
 Nervo Cutâneo Medial do Braço - que se origina dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo 
torácico (C8,T1). Inerva a parte medial do braço; 
 
 Nervo Ulnar - originado dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico (C8 e T1). Inerva 
os músculos flexorulnar do carpo, metade ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar e parte 
profunda do flexor curto do polegar. Inerva também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto 
lumbricais e todos interósseos; 
 
 
NERVO ULNAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 Raiz Medial do Nervo Mediano - originada dos ramos ventrais do oitavo nervo cervical e primeiro nervo torácico 
(C8 e T1). Inerva os músculos da região anterior do antebraço e curtos do polegar, assim como a pele do lado 
lateral da mão. 
 
 
 
 
Do fascículo posterior saem os seguintes nervos: 
 
 Subescapular Superior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva o músculo 
subscapular; 
 
 Nervo Toracodorsal - originado dos ramos do sexto ao oitavo nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo 
latíssimo do dorso; 
 
 Nervo Subescapular inferior - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os 
músculos subscapular e redondo maior; 
 
 Nervo Axilar - originado dos ramos do quinto e sexto nervos cervicais (C5 e C6). Inerva os músculos deltóide e 
redondo menor; 
 
 
 
NERVO AXILAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 Nervo Radial - originado dos ramos do quinto ao oitavo nervos cervicais e primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, 
C8 e T1). Inerva os músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor radial longo e curto do carpo, supinador e 
todos músculos da região posterior do antebraço. 
 NERVO RADIAL DO BRAÇO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVO RADIAL - ANTEBRAÇO 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
RESUMO PLEXO BRAQUIAL 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
NERVOS ESPINHAIS - Nervos Torácicos 
Ramos Ventrais dos Nervos Torácicos 
 Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não constituem plexos. Quase todos os 
12 estão situados entre as costelas (nervos intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última 
costela (nervo subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do abdome. Os ramos 
comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos espaços intercostais. 
 A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo braquial, mas as restantes 
formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2 envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, 
entretanto, a maior parte de suas fibras constitui o segundo nervo intercostal. 
 O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo subcostal por situar-se abaixo 
da 12ª costela. 
 Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da costela correspondente, 
ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria intercostais. 
 As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax, denominando-se, respectivamente, 
ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior. 
 Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para invadir o abdome, inervando 
assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie o umbigo e sínfise púbica. 
 O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por outro lado, algumas de suas 
fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da coxa. 
 NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
NERVO ESPINHAL TORÁCICO TÍPICO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
NERVOS ESPINHAIS - Plexo Lombar 
Este plexo está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente aos processos 
transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos três primeiros nervos lombares e pela 
maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e L4) e um ramo anastomótico de T12, dando um ramo ao plexo 
sacral. 
 
L1 recebe o ramo anastomótico de T12 e depois fornece três ramos que são o nervo ìlio-hipogástrico, o 
nervo ílio-inguinal e a raiz superior do nervo genitofemoral. 
 
L2 se trifurca dando a raiz inferior do nervo genitofemoral, a raiz superior do nervo cutâneo lateral da coxa 
e a raiz superior do nervo femoral. 
 
 
 
 
L3 concede a raiz inferior do nervo cutâneo lateral da coxa, a raiz média do nervo femoral e a raiz superior 
do nervo obturatório. 
 
L4 fornece o ramo anastomótico a L5 e em seguida se bifurca dando a raiz inferior do nervo femoral e a raiz 
inferior do nervo obturatório. 
 
 
 
 PLEXO LOMBAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
PLEXO LOMBAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVO OBTURATÓRIO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
NERVO FEMORAL E CUTÂNEO LATERAL DA COXA 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVOS ESPINHAIS - Plexo Sacral 
 
Ramos Ventrais dos Nervos Sacrais e Coccígeos 
 
Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo. Os ramos 
ventrais dos quatro nervos sacrais superiores penetram na pelve através do forames sacrais anteriores, o quinto 
nervo sacral penetra entre o sacro e o cóccix e os coccígeos abaixo do cóccix. 
 
Cada ramo ventral dos nervos sacrais recebe um ramo comunicante cinzento proveniente de um gânglio 
simpático correspondente. Os ramos viscerais eferentes deixam os ramos do segundo ao quarto nervos sacrais 
como nervos esplâncnicos pélvicos que contêm as fibras parassimpáticas, as quais alcançam diminutos gânglios 
nas paredes das vísceras pélvicas. 
 
A organização do plexo sacral é bastante elementar e simples. O plexo sacral é formado pelo tronco 
lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais e parte do quarto, com o restante do último 
unindo-se ao plexo coccígeo. 
 
O ramo anastomótico de L4 se une ao L5 constituíndo o tronco lombossacral. Em seguida o tronco 
lombossacral se une com S1 e depois sucessivamente ao S2, S3 e S4. 
 
Esse compactonervoso sai da pelve atravessando o forame isquiático maior. Logo após atravessar esse 
forame, o plexo sacral emite seus ramos colaterais e se resolve no ramo terminal, que é o nervo isquiático. Para 
os músculos da região glútea vão os nervos glúteo superior (L4, L5 e S1) e glúteo inferior (L5, S1 e S2). Um ramo 
sensitivo importante é o nervo cutâneo posterior da coxa, formado por S1, S2 e S3. 
 
Para o períneo, temos o nervo pudendo formado á partir de S2, S3 e S4. 
 
O nervo isquiático é o mais calibroso e mais extenso nervo do corpo humano, pois suas fibras podem 
descer até os dedos dos pés. Esse nervo é constituído por duas porções, que são os nervos fibular comum (L4, L5, 
S1 e S2) e tibial, formado por L4, L5, S1, S2 e S3. O nervo fibular comum já na fossa poplítea dirige-se 
obliquamente para baixo e lateralmente se bifurcando em nervos fibulares superficial e profundo. 
 
Do plexo sacral saem também os nervos para o músculo obturatório interno e músculo gêmeo superior (L5, 
S1 e S2); para o músculo piriforme (S1 e S2); para o músculo quadríceps da coxa e músculo gêmeo inferior (L4, L5 
e S1); para os músculos levantador do ânus, coccígeo e esfíncter externo do ânus (S4); e o nervo esplâncnico 
pélvico (S2, S3 e S4). 
 
 
 PLEXO LOMBOSACRAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 PLEXO LOMBOSACRAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVOS GLÚTEO SUPERIOR E GLÚTEO INFERIOR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 NERVO ISQUIÁTICO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
NERVO FIBULAR 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
NERVO TIBIAL 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
NERVOS ESPINHAIS- Plexo Coccígeo 
O plexo coccígeo é formado por: 
 Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral; 
 Ramos ventrais do quinto nervo sacral; 
 Nervo coccígeo. 
 
O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix. 
 
 
 
PLEXO COCCÍGEO 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.