Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO Prof. Julio Cesar Nogueira TEORIA TRIDIMENSIONAL JURISTA: MIGUEL REALE TEORIA FORMULADA EM 1968 A TEORIA RETRATA UMA POSIÇÃO RELEVANTÍSSIMA PARA A CONSIDERAÇÃO CULTURALISTA DO DIREITO. O culturalismo jurídico Para as concepções culturalistas, a Ciência do Direito deve partir de uma distinção preliminar entre “natureza e cultura” e consequentemente entre: - “Ciências naturais”, que se ocupam da natureza física ou material (física, química, biologia...) - “Ciências humanas”, que se ocupam do espírito humano e das transformações que ele introduz na natureza (história, economia, sociologia...). Essas transformações constituem os “objetos culturais”, e nestes podem distinguir-se dois elementos: O suporte ou abstrato num utensílio, num gesto ou num escrito (suporte do sentido). O sentido ou significado o homem age sempre em função de valores. O “sentido” ou significado está ligado a um valor. O importante é compreender esse sentido desse valor. O Direito não é uma simples realidade física ou natural, nem um esquema meramente formal, mas um objeto cultural, uma realização do espírito humano, com um suporte (ou abstrato) e uma significação. Para Carlos Cóssio, esse suporte ou abstrato pode ser: - um objeto físico (papel, tela, etc) e teremos objetos culturais “mundanais” e objetivos. - a própria “conduta humanas” subjetiva; a vida humana não nos é dada feita, nos é que a fazemos. A conduta humana é um ojeto cultural subjetivo. (egológico – de “ego”). A partir dessa distinção fixa-se duas orientações em que se dividem as correntes culturalistas: - a teoria cultural objetiva que tem como representantes, dentre outros, Diethey, Spranger, Schimidt, Ortega y Gasset, Recaséns Siches; - a teoria “egológica” do Direito, representada por Carlos Cóssio, Aftalion e outros, para quem o objeto do Direito não é a “norma” objetiva, mas a “conduta de interferência intersubjetiva”. 2 DEFINIÇÃO DE DIREITO O autor da Teoria Tridimensional definiu o Direito como realidade histórico-cultural tridimensional, ordenada de forma bilateral atributiva, segundo valores de convivência. O Direito é fenômeno histórico, mas não se acha inteiramente condicionado pela história, pois apresenta uma constante axiológica. O Direito é uma realidade cultural, porque é o resultado da experiência do homem. A bilateralidade é essencial ao Direito. A bilateralidade-atributiva é específica do fenômeno jurídico, de vez que apenas ele confere a possibilidade de se exigir um comportamento. ASPECTOS DA TEORIA O aspecto fático, ou seja, o seu nicho social e histórico. O aspecto axiológico, ou seja, os valores buscados pela sociedade, como a Justiça. O aspecto normativo, ou seja, o aspecto de ordenamento do Direito. EM RESUMO EM LINGUAGEM MAIS SINGELA, FATO SOCIAL ATRIBUI-SE UM VALOR, O QUAL SE TRADUZ NUMA NORMA. NÃO HÁ FENÔMENO OU INSTITUTO JURÍDICO QUE POSSA SER ANALISADO FORA DO SEU CONTEXTO HISTÓRICO. EXEMPLOS DE CONTEXTO HISTÓRICO Serenata Namoro virtual “A grande diferença entre as épocas, é que antigamente ficava-se namorando e agora namora-se ficando...” Macial Salaverry Poligamia Definição: do grego muitos matrimônios, é a união reprodutiva entre mais de dois indivíduos de uma espécie. A principal causa é a grande diferença numérica entre homens e mulheres ocasionada pelas guerras. Atualmente mesmo em países onde esta é uma pratica legal esta caindo em desuso, sendo amplamente usada somente em áreas de conflito O Alcorão sugere a poligamia como uma alternativa ao homem que não se considera capaz de cuidar dos órfãos, indicando que este deve tomar duas, três ou quatro esposas, porém se não for capaz de lidar justamente com elas, deve se restringir a apenas uma esposa.[2] Hoje, continua a ser adotado em alguns países muçulmanos e em processo de adoção em outros, o costume é regulamentado pelo Alcorão que tolera a poligamia e permite um máximo de 4 esposas. A poligamia faz parte da cultura de várias sociedades humanas, mas tem geralmente causas económicas. Como consequência das guerras, em que muitos povos estiveram envolvidos e em que participavam principalmente os homens, muitas mulheres (e seus filhos) ficavam viúvas (e órfãos) e uma forma de prestar assistência a essas pessoas sem meios de subsistência, era o casamento. Outras causas incluem o êxodo rural, em que muitos homens trocam o campo pela cidade, ou migram para outros países, em busca de emprego, deixando um "excesso" de mulheres nas aldeias.[ 10 Cena Bíblica: Jacó e suas duas mulheres POLIANDRIA DEFINIÇÃO: entende-se a união em que uma só mulher é ligada a dois ou mais maridos ao mesmo tempo. É crença comum de muitos antropólogos que a forma mais comum de poliandria é aquela em que dois ou mais irmãos desposam a mesma mulher. O historiador estadunidense Edward McNall Burns observa que: "(a poliandria) parece desenvolver-se sob condições de extrema pobreza, em que vários homens precisam reunir os seus recursos para comprar ou sustentar uma esposa, ou em que o infanticídio feminino é praticado como meio de controlar o crescimento da população. Este último costume não tarda a produzir um excesso de indivíduos masculinos. Há ou houve ocorrências de poliandria no Tibete, no Ártico Canadense, no Nepal, Butão e Sri Lanka. Não se conhece comunidades indígenas contemporâneas que pratiquem a poliandria envolvendo machos não-aparentados. 12 POLIGINIA Refere a prática de um homem de contrair matrimônio com mais de uma esposa. O homem apenas tem direito à mais de uma esposa, enquanto que as mulheres só podem ter o homem em questão como relação. A poliginia é muito comum entre tribos africanas. Axiologia Jurídica Axiologia jurídica é, naturalmente, o estudo dos valores jurídicos na base dos quais está a justiça. Recebe por isso, também as denominações de Teoria dos valores jurídicos, Teoria do direito justo, Estimativa jurídica, Teoria da justiça e outras. FIM