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A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL CONTEXTO DEFINIDO JÁ NOS ANOS 50 PRIORIDADE AO CONTEXTO URBANO ONDE ATUA E AO MARCO CULTURAL GERAL ONDE SITUA-SE A NOVA OBRA ARQUITEÔNICA. CONTINUIDADE DAS IDÉIAS DE NATHAN ROGERS (PREEXISTENCIAS AMBIENTAIS) A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL “Está claro que não basta com conhecer a história; é necessário meditá-la com uma finalidade bem precisa, meditá-la para sermos capazes de criar obras inéditas, isto é obras autênticas” Ernesto Nathan Rogers Continuidade e atualização do Movimento Moderno Casabella-Continuità A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL TORRE VELASCA (BBPR) Escritorios do 2º. ao 10 andar e residências nos andares superiores Em principio estrutura metálica e vidro. Sem contrafortes, (custo) Pavimento instalações: vazio entre a parte inferior e superior. Linha de sombra Estrutura em concreto armado Planta livre A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Genius loci = conceito romano. Acreditava-se que todo ser “independente” (pessoa, lugar) possuía um genius que lhes dá vida e determina seu caráter e sua essência. O genius denota o que uma pessoa é ou o que “ela quer ser” (L. Kahn). GENIUS LOCI (NORBERG-SCHULZ). CULTURA DO LUGAR NO CENTRO DO PROCESSO DO PROJETO. Norberg-Schulz observa, no entanto, que a estrutura de um lugar não é fixa nem eterna, mas pode mudar e, às vezes, muito rapidamente, o que não significa que o genius loci necessariamente mude ou se extravie. Além disso, o lugar pode ser “interpretado” de diversas maneiras. Conservar o genius loci de um lugar implica concretizar sua essência em contextos históricos sempre novos. (NORBERG-SCHULZ, 2006:454). A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL “A concretização do genius loci acontece por meio de construções que reúnem as propriedades do lugar e as aproximam do homem. Logo, o ato fundamental da arquitetura é compreender a “vocação” do lugar. O que se defende aqui não é uma espécie de “determinismo ambiental”. Apenas reconhecemos o fato de que o homem é parte integral do ambiente e que ele somente contribui para a alienação e ruptura do ambiente quando se esquece disso.” NORBERG-SCHULZ O fundamental seria então, para Norberg-Schulz, que a arquitetura compreendesse o lugar no qual vai se colocar para poder responder da maneira mais adequada à sua vocação particular e realmente atender eficazmente à função básica de significar. Denominação de origem O espírito do lugar Pode ser que se perceba ao dobrar a esquina e avistar ao longe uma cortina escapando da janela, ou então ao ouvir o tocar de um sino que preenche a rua vazia. Pode ser que se perceba ao caminhar por uma calçada estreita feita de pedras irregulares, ao escutar a mistura de conversas entre as barracas de uma feira, ao ser hipnotizado pelos perfumes que saem da porta entreaberta de uma cozinha alheia. Momentos em que se reconhece a presença forte da memória coletiva, a soma dos anos que passaram e das histórias que ficaram, o acúmulo de saberes e experiências. Algo que não tem forma nem pode ser capturado por uma fotografia: a alma, o talento, a vocação de cada território. O genius loci, essa expressão latina que quer dizer "o espírito do lugar". O conceito de território está na base da filosofia do Slow Food: a valorização das culturas locais é uma resposta à homologação causada pelo "modelo fast food". http://www.slowfoodbrasil.com/textos/genius-loci/218-o-espirito-do-lugar A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Eu componho arquitetura procurando encontrar uma lógica essencial inerente ao lugar. A pesquisa arquitetônica supõe uma responsabilidade de descobrir e revelar as características formais de um sítio, ao lado de suas tradições culturais, clima e aspectos naturais e ambientais, a estrutura da cidade que lhe constitui o seu pano de fundo, e os padrões de vida e costumes ancestrais que as pessoas levarão para o futuro. Sem sentimentalismos, minha ambição é transformar o lugar, pela arquitetura, em um plano abstrato e universal. TADAO ANDO A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Caberia aqui um questionamento similar ao colocado por Eisennman para o Zeitgeist quando se interrogou como seria possível descobrir dentro da história (portanto sem um afastamento temporal) o espírito do momento presente: é realmente possível perceber qual seria o espírito de um lugar e traduzi-lo, materializá-lo numa obra de arquitetura? A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL BUSCA DE QUE A ARQUITETURA VOLTE A SE SITUAR ENTRE OS BENS CULTURAIS DO HOMEM E SEJA ENTENDIDA COMO CRIAÇÃO DE LUGARES SIGNIFICATIVOS. TENDÊNCIA MARCANTE NO AMBITO ITALIANO, MAS TAMBÊM EM PORTUGAL (SIZA, SOUTO E MOURA) E NA ESPANHA MONEO, NAVARRO BALDEWEG). CARACTERÍSTICAS A IMAGEM TRADICIONAL PREDOMINA SOBRE A FUNÇÃO; O MECANISMO DA TIPOLOGIA; O PROJETO COMO RESULTADO DE REFLEXÃO; ARQUITETURA COMO INSTRUMENTO DA MEMÓRIA INSPIRAÇÃO NOS ELEMENTOS ESPECÍFICOS DO LUGAR - PONTO DE PARTIDA DO PROJETO TRADIÇÃO E HISTÓRIA PODE SER O VÍNCULO QUE RESTABELECE A CAPACIDADE COMUNICATIVA E CULTURAL DA ARQUITETURA A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL A FASE RECENTE DE ALDO ROSSI Anos 70: Rossi projeta suas 3 obras mais poéticas e de maior capacidade de síntese: Cemitério de Módena (recriação de uma cidade análoga para os mortos) Teatrino Científico Teatro do mundo (Veneza) Anos 80 Conjuntos residenciais IBA (Berlim) Hotel Fukuoka (Japão) A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL A FASE RECENTE DE ALDO ROSSI CARACTERÍSTICAS ESPÍRITO MAIS ECLETISTA E INTEGRADO À TRADIÇÃO TIPOLÓGICA E FORMAL DE CADA CONTEXTO ABANDONA A RADICALIDADE DE SUAS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES NEO-RACIONALISTAS INTRODUÇÃO DE GRANDE QUANTIDADE DE RECURSOS FIGURATIVOS, EPIDÉRMICOS E HISTORICISTAS. RECURSO Á ANÁLISE TIPOLÓGICA MEMÓRIA COMO INSTRUMENTO PARA REESTABELECER A COMUNICAÇÃO ENTRE A ARQUITETURA E AS PESSOAS A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL A FASE RECENTE DE ALDO ROSSI A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Teatro do Mundo , Veneza 1979. Recurso à tipologia e analogia Teatro do Mundo , Veneza 1979 Teatro do Mundo , Veneza 1979 Teatro do Mundo , Veneza 1979 Hotel em Fukuoka, Japão 1987_89 Casa Aurora, Grupo GFT, Turino 1987 Parece residencial, mas é comercial: negação do criterio funcionalista para evocar formas tradicionais. Showroom, Tokio, Japão Museu Bonnefanten, Holanda Sudliche Friedrichastadt Housing Complex, Berlim, Alemanha Centro Direzionale em Perúgio, Itália, Aldo Rossi ALVARO SIZA VIEIRA A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Elementos específicos do lugar como ponto de partida do projeto. Arquitetura do Porto: sensibilidade singular para adaptar-se ao lugar com um mínimo de elementos materiais e construtivos. Sensibilidade empírica atendendo ao contexto. Simplicidade material e formal e, ao mesmo tempo, complexidade espacial. Alia arquitetura racionalista e sensibilidade em relação ao entorno. Museum of Galician Art, Santiago de Compostela 1993 ALVARO SIZA VIEIRA A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Restaurante Boa Vista, Leça da Palmeira 1958_64 Piscinas, Leça da Palmeira 1961-66 Museu Serralves , Porto, Portugal Museu Serralves , Porto, Portugal Bonjour Tristesse, Berlim 1980_84 Bonjour Tristesse, Berlim 1980_84 Eduardo Souto de Moura A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL RAFAEL MONEO A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Peculiaridades de cada lugar como ponto de partida projetual. Peso da tradição histórica. Para cada trabalho adota a síntese arquitetônica que lhe parece mais adequada. Não adota soluções a priori , cada obra apresenta-se absolutamente aberta. RAFAEL MONEO A CONTINUIDADE DO CONTEXTUALISMO CULTURAL Eppure anche lei lavora e costruisce in contesti molto diversi: a Madrid come a Houston o Los Angeles. Come si rapporta a contesti così diversi? La volontà di rapportarsi al contesto ha dato luogo al termine ambiguo di contestualismo, con il quale non sempre mi trovo a mio agio. Al suo posto preferisco parlare di appropriatezza, concetto più ampio che può anche supporre la dimenticanza del contesto e che si rivela più adatto quando, ad esempio, si lavora nel vasto panorama degli Stati Uniti. Il concetto di contesto acquista ha senso in Europa, dove troviamo molti episodi urbani compiuti che devono essere conservati: allora è naturale che sia il contesto il principale elemento generatore dell’architettura. Essere appropriati, invece, significa rispondere, replicare, reagire, senza la prescrizione preventiva che comporta il fatto di dover conoscere ciò che si deve fare. Significa costruire in una direzione adeguata, il che non suppone necessariamente l’uso di un linguaggio preventivamente stabilito o sottomettersi alle circostanze esistenti. Edifício da Previsión Española (1982 -1987) Elementos dominantes da paisagem: Torre del Oro e Giralda (campanário da catedral) Moneo contrapõe a horizontalidade à verticalidade marcada das torres Tratamento da ruínas da muralha com pano de tijolos arrematado em forma de flecha. FACHADA: reinterpretação de temas tipológicos e construtivos da cultura local (Arquitetura pública sevilhana definida por um embasamento com pavimentos superpostos). Moneo reforça o caráter horizontal. Embasamento de tijolos (mais maciço) e pavimentos superiores gradualmente mais leves, reforçado pelo balanço e sombreamento. Diminuição crescente da escala na fachada (embasamento / pavimento colunas mármore mais robustas / colunas mais esbeltas) Verticalidade as colunas interrompida pela pequena marquise que recupera a horizontalidade Relação luz e sombra importante em Sevilha. Utilização de elementos de serralheria no embasamento para permitir aberturas e manter a imagem de solidez. Certa figuratividade. Tradição sevilhana de proteção dos edifícios à passagem de carruagens que pode se verificar na parte antiga da cidade. Uso de materiais e técnicas tradicionais locais “Em sua essência o contextualismo atribui ao sítio uma importância fundamental no processo de determinação da forma em arquitetura.” “...uma das principais tarefas da arquitetura é a criação de lugares, e não apenas do espaço [...] O termo lugar, por outro lado, refere-se à especificidade de cada intervenção, seus materiais, cor, articulação formal, qualidade de luz, relação com a topografia e a geografia locais, associações culturais, históricas e sociais.” “Projetar de uma maneira contextualista significa harmonizar com o entorno, reponder a ele, servir de transição, completar um traçado urbano existente ou implícito, e mesmo introduzir uma nova ordem em um contexto caótico.” EDSON MAHFUZ “Uma atitude contextual morfológica e cultural permite que novas inserções enriqueçam, valorizem um entorno, e intensifiquem sua identidade.” ROCA