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Keynes faz um grande esforço para criar uma teoria, pois percebe que a teoria usada já não corresponde à realizada. Capitulo 3- Rumo ao abismo econômico: A situação da economia no período entre guerras. A questão central é a economia entre guerras, as principais ideias que ele coloca para entendermos esse período são: desenvolvimento. O conceito que ele desenvolve é o colapso da sociedade liberal, comparar o pós-guerra e o papel da teoria econômica. A sociedade Liberal: A relação de mercado é impessoal, é uma relação de troca (não interessa quem está do outro lado), só interessa a troca. A sociedade liberal é burguesa. O capitalismo é uma sociedade que o que domina é a obtenção do lucro (o estado ajuda). Liberal: sociedade liberal é aquele que o valor máximo é o valor da liberdade. Smith: liberdade do individuo é vender e comprar o que deseja. Marx: na sociedade capitalista o individuo tem liberdade de vender sua força de trabalho de morrer de fome. Durante a crise, todos que dependiam do mercado sofrem com o colapso, e coisas que as pessoas não conheciam, como a inflação, passam a acontecer, pois a crise de 19 tem proporções muito maiores. Após a segunda guerra percebe-se que diversos estados, em varias partes do mundo, passam a oferecer políticas de controle sociais. ( saúde, educação). Antes do período da crise defendia-se o liberalismo econômico, sendo o papel do estado promover a liberdade de mercados e intervir o minimo possível. O ajuste seria dado pelos preços, o que levariam sempre ao equilíbrio. O desemprego é um desemprego voluntário. As pessoas tinham e referencia teórica do século XIX que não servia mais e elas não sabiam como resolver esse problema. Isso ocorre porque segunda a lei de Say, não poderia haver crise de superprodução, pois toda a oferta cria sua própria demanda. O grande problema da teoria econômica clássica estava na lei de Say. A teoria econômica antes de Keynes e Kalecki a lei de Say: Hobsbawn: Colapso da sociedade liberal no sentido do pensamento e no sentido econômico e político. A sociedade liberal é a liberdade de troca. Ideia que o mercado tem a capacidade de autoregulação. Em termos de pensamento, a lei de Say começa a ser questionada( para Say não pode haver crise de superprodução). Uma das consequências é a questão do desemprego. Jorge Migliori: Acumulação de capital e demanda efetiva, escreve em 1979 e tem como objeto de estudo a demanda efetiva ( o papel da realização da mais-valia no processo de acumulação capitalista). Pontos: Influencia da Lei de Say Concepção de Marx a respeito do processo de acumulação capitalista e do papel exercido pela demanda efetiva Inovações por Rosa Luxemburgo na teoria de Marx A obra de Kalecki acerca das economias capitalistas maduras. Conclui-se que a demanda efetiva na tradição marxista, o problema da realização. A mercadoria é feita para se vender. O problema foi que as pessoas acabaram aceitando a teoria, Lei de Say como sendo senso comum, sem questionar. Segundo ele é necessário entender como a demanda efetiva entra e sai em Keynes e kalecki. Ricardo, Mill, Marshall defendem a lei de Say. Kalecki diz que o problema da realização é fundamental. Para Marx: existe um plus valor( diferenda entre M e M’) mercadoria = matéria prima mais força de trabalho e isso leva a um M’ Salário: para os clássicos é aquilo que permite o trabalhador se realizar do valor do produto no mercado. Exploração dos trabalhadores: eles não recebem o valor de seu produto no mercado. Para Kalecki há um problema de realização em 1929. Para a teoria marxista há um problema da realização, que é que a mercadoria não se realiza como mercadoria, é uma coisa mas ninguém compra. Lei de Say: Oferta cria a sua própria demanda. A renda das famílias é igual aos seus gastos. Essa lei é um senso comum ( ninguém discute), representava um interesse da classe capitalista, no dia-a-dia ela parece obvia. Para Migliori a comodidade intelectual (adoção a critica de principicios estabelecidos) paradigma. A lei de Say trás alguns problemas. As pessoas poupam, então por que a oferta cria sua própria demanda? Explicação: Pessoas emprestam para outros gastarem ou pouparem na opnião de Ricardo. Logo para Say, toda poupança gera investimento ou consumo. I=C ou S. O problema da realização é o salto mortal da mercadoria de Marx( a mercadoria só realiza seu valor mediante a troca). Dinheiro também é mercadoria. Esta é a relação com a ideia de demanda efetiva se a mercadoria não é trocada, não se realiza porque efetivamente não houve demanda para ela no mercado. O problema da realização é você produzir mais do que as pessoas irão comprar. Mais valia ou plus varia é a diferença entre o salário do trabalho e o valor produzido por ele(lucro). Migliori ataca a Lei de Say ( oferta cria a própria demanda). A função do dinheiro é meio de troca. Para ele o dinheiro não é reserva de valor. Para os clássicos I=S( poupança é igual aos investimentos) Ricardo defende a Lei de Say. Os pressupostos conceituais da Lei de Say, segundo Ricardo: o capital é livre( pode decidir o que produzir, quanto contratar)-> principio da liberdade do mercado e a demanda ilimitada( o que limita a demanda é o que a pessoa produz, o que limita a produção é a própria produção. Para os Clássicos: A questão que Ricardo tenta entender é a acumulação de capital (riqueza) e a distribuição entre classes (capitalistas->lucro, trabalhadores->salário, donos da terra->renda da terra). Lucro: remuneração do capital por investir na produção. Salário: remuneração por oferecer a sua força de trabalho. Ricardo: cria lei para mostras como as classes se relacionam. Salário natural: o preço natural do trabalho necessário para sobreviver e se reproduzir socialmente. Natural está relacionado a ideia de sociedade liberal. Se o trabalhador ganha menos do que precisa para sobreviver: ou ele morre ou ele produz menos. ( salário menor do que o natural) isso diminui o número de trabalhadores, faz o salário tender ao natural. O problema está no: qual o valor da renda da terra? É determinada por sua capacidade produtiva (fertilidade) e sua localização. A renda da terra influencia diretamente os preços dos produtos provenientes da terra e consequentemente no salário dos trabalhadores, pois vão precisar de mais para sobreviver (são os principais consumidores de mercadorias da terra). Para Ricardo o problema está na renda da terra. Implicações: A lei de say é fundamental para as teorias dos clássicos e dos neoclássicos: Pleno emprego: o emprego não é problematizado para os clássicos; Para os neoclássicos: parte das curvas de oferta e demanda. O trabalhador está disposto a trabalhar até aonde for útil para ele. O salário tem a ver com a utilidade (no ponto de vista do trabalhador). No ponto de vista do capitalista, o que interessa é a produtividade. No ponto de vista dos neoclássicos há uma substituição capital e trabalhadores muito rápida. Pode ter desemprego voluntário, o desemprego involuntário não existe. Há pleno emprego-> a oferta cria a sua própria demanda. Para os clássicos e neoclássicos nem a demanda nem a força de trabalho limitam a disponibilidade de emprego. Acumulação de capital: para Ricardo o problema está na terra, pois ela não é reproduzível ( mesmo podendo ser comprada e vendida). Para os clássicos não pode haver problema de acumulação pois segundo a lei de Say não há superprodução. Para os clássicos não pode haver crise. Para Ricardo existe um estado estacionário, onde tudo fica igual* o que não é crise, crise é um processo decrescente), quando ocorre é devido a uma anormalidade, é algo passageiro. Para os clássicos tudo que é poupado é realocado em outro lugar, aplicado em outro lugar. I=S Politica Fiscal: Para os clássicos a ideia de trabalho produtivo e trabalho improdutivo. S=i porque a taxa de juros estará se ajustando constantemente para isso. Para Smith só é trabalho quando gera riqueza. Para os neoclássicos o gasto do estado não tem nada relacionado ao multiplicador. Na economia capitalista a demanda não é um problema na acumulação de capital, não pode haver crise por falta de demanda segundo a lei de Say pois a oferta cria sua própria demanda, a produção garante a própria demanda. Classicos e neoclássicos: Preocupação dos clássicos: querem entender a dinâmica( da onde vem a riqueza e com ela se distribui e se isso afeta a acumulação. A sociedade é dividida em três classes, a força de trabalho e o trabalho produtivo é o que produz riqueza. As rendas de cada classe são: salários, lucros e renda da terra. Para Smith e Ricardo os salários são definidos pelo salário natural. O salário tende ao natural. A sociedade funciona naturalmente quando tem liberdade. Classicos defendem a sociedade liberal. Neoclássicos: pessoas oferecem fatores de produção. Alocação de fatores escassos. Marx: conceito de mais valida( processo de criação no processo de trabalho) Smith: defesa do trabalho produtivo e uma critica ao estado que gasta muito. Neoclássicos: quando a empresa produz bens e serviços ela está pedindo as famílias fatores de produção. A função do dinheiro é meio de troca( não tem a função de reserva de valor) ele não tem um fim de especulação. Keynes olha criticamente a Lei de Say. Havia uma força de trabalho e meio de produção que não estavam sendo utilizados. Keynes questiona isto e também a Ricardo. Kalecki: na década de 30 estava com o problema de realização da mercadoria (mercadoria não é mercadoria quando não é vendida). Implicações da Lei de Say: Emprego: não existe desemprego involuntário, para os clássicos. Quando existe o problema é dos salários. Crise: não existe crise. Quando ocorre é um problema fora do mercado. Há perturbações fora do mercado mas o livre movimento vai ajustar. Não há crises longas( estado estacionário). Questão fiscal: Gastar o minimo possível para manter o Estado. Para eles, o poder de compra se mantém. É melhor o privado ter o dinheiro para gastar do que o Estado, pois o estado pode gastar em coisas desnecessárias. Kalecki estuda a dinâmica econômica. Sua motivação principal eram as crises( que era problema de insuficiência de demanda). Divide em classes: lucro e salário( renda), investimento e consumo( demanda). Marx chama de problema da realização. Já Keynes e Kalecki chamam de problema de demanda efetiva. No capitalismo o capitalista é quem tem o dinheiro e que compra a mercadoria e força de trabalho. Ele pode decidir o quanto produzir. Mercadoria( M’) se realiza quando consegue um valor maior do que a mercadoria (M). o capitalista no final espera ganhar o dinheiro que é o maior do que o inicial. O capitalista ganha dinheiro porque o salário do trabalho é menos do que ele realiza na produção. O valor do trabalho é menor do que o valor do produto do trabalho. O plus valor ou mais valia só se realiza no mercado. A mais valia é a coisa a mais, o mais valor só faz sentido se alguém pegar o excedente e investir. A economia só desenvolve se alguém pega a coisa a mais por algum motivo. Quem tem que fazer isso é quem tem o meio de produção. A chave é entender o que o capitalista faz com o lucro. Para Ricardo e Smith não faz sentido o capitalista não investir. Keynes e Kalecki criticam a passagem do lucro para o investimento. O investimento é o produto que vai produzir mais, precisa do investimento para garantir o que vou produzir e alguém comprar. O problema é que quando investe, produz-se mais. O capitalismo é a expensão constante. O capitalista para se dar bem, tem que investir. O Conceito chave de Kalecki é o investimento. O Esquema de reprodução da Sociedade Capitalista, divide em 3 setores ( Investidores, capitalistas e trabalhadores). Kalecki: Escreve na década de 30, ele está dentro de uma tradição marxista. Kalecki aproveita os escritos de Marx e dialoga com outros autores que se preocuparam com o problema da realização (mais-valia). A mercadoria é remunerada quando ela é vendida. Muitos produtos não conseguem ser vendidos ( Havia uma superprodução). Pessoas queriam trabalhar mas não conseguiam. Segundo Kalecki, a economia divide-se em classes sociais com interesses diferentes. O Objeto de estudo central: teoria da dinâmica econômica, de uma economia capitalista tenta entender e explicar a variação da renda (o ciclo e a tendência). O conceito chave é o problema da realização (problema da demanda efetiva de Keynes). Um outro elemento é o da demanda efetiva. Pressuposto de que Kalecki é um clássico. Ele é contra a leitura ortodoxa da economia, contra a lei de Say. Primeira parte: Pontos de Partida: o que determina os preços são os graus de monopólio ( quanto maios o grau de monopólio maior vai ser a margem de lucro do monopolista sobre o custo). O problema da distribuição entre trabalhadores e capitalistas (lucro e salários). O grau do monopólio vai influenciar na distribuição de renda. Mais do insumo faz com que a distribuição da renda favoreça mais o capitalista do que o trabalhador. Segunda parte: Segundo ele, o fator que importante para a dinâmica econômica é o lucro. Para Kalecki lucro é investimento mais consumo dos capitalistas. O que interessa é a decisão do capitalista. Logo são as suas decisões quanto a investimento e consumo que determinam os lucros. Para Kalecki as despesas determinam a renda. Investimento cria maior capacidade de produção, o que dinamiza a economia é o investimento. Esquemas de produção: Kalecki: divide a economia em 3 departamentos ( 1 produz bens de capital fixo, 2 produz bens de consumo para os capitalistas, 3 produz bens de consumo para os trabalhadores). Cada departamento tem o lucro e o salário que equivale a ele (1L1W1, 2 L2W2, 3 L3W3). O salário dos trabalhadores é gasto no 3. Não gasta com outro departamento, trabalhadores consomem bens dos trabalhadores. Uma parte da produção de 3 está garantida pelo próprio consumo dos trabalhadores. Os trabalhadores do setor não garantem o lucro do próprio setor (3). O lucro do setor 3 é equivalente ao salário do setor 1+2. Lucro -> produção é algo a mais, que alguém não pode ser eles, vai comprar. O lucro é determinado pela decisão de investimento somado ao consumo dos capitalistas. Despesa determina a renda, se o gasto mais ou gera mais renda. Para Kalecki é melhor ter déficit do que superávit. Teoria econômica de Kalecki: A dinâmica da economia capitalista é o que ele retrata, o método que ele desenvolve é ilustrado por estatísticas, modelos e equações matemáticas. As variáveis chaves são investimento e lucro. No texto ele começa falando na parte primeira do grau de monopolização e distribuição da renda, para entender a dinâmica econômica, tem que entender a distribuição. No capitulo 3 o que determina o lucro é o investimento e o consumo capitalista. A equação básica do lucro é Lucro = Investimento + consumo dos capitalistas. O capitalista não pode decidir o quando vai ganhar, ele pode planejar o quanto vai ganhar, segundo Kalecki ele pode decidir o quanto consumir e investir. Há uma ideia básica de que alguém tem que comprar o que é produzido. Cada um investe o que ganha, então o lucro será sempre igual. Para Kalecki isso não faz sentido. Kalecki divide a economia em 3 departamentos de produção: 1) Investimento 2) consumo capitalistas 3) consumo trabalhadores. O lucro vem do salário que o seu setor para na economia. Mostra que quem manda na economia é o setor 1 e 2. O lucro aumenta quando o setor externo aumenta. Porque? Poupança: lucro do capitalista – consumo do capitalista + poupança trabalhadores = investimento + (x-m) + (G-T). Poupança = Investimento. A poupança é o que permite investir para a teoria neoclássica. Para Kalecki o investimento determina a poupança. O investimento determina o lucro e a partir dele vai determinar o consumo e o que ele não consome é poupado. Para Kalecki a taxa de juros se autofinancia . O lucro para Kalecki é determinado pelos investimentos e o consumo dos capitalistas. A relação é da direita para a esquerda. O capitalista não pode decidir quanto ganha, ele tem uma expectativa disso. O lucro no período anterior vai influencias a decisão de investimento e consumo dos capitalistas. Para Kalecki a relação entre poupança e investimento é que o investimento gera sua poupança que financia. O investimento se autofinancia. A poupança vem dos lucros, ganhos e o s ganhos vem do investimento. O pressuposto básico de Kalecki é que a Lei de Say não se verifica e o pleno emprego também não. O problema é da realização e da demanda efetiva, a mercadoria não se realiza, pois ela não é trocada. O consumo dos capitalistas depende do seu lucro. O financiamento: o investimento é que vai gerar o lucro. Concetramente o investimento se autofinancia ou seja a decisão de investir gera um lucro para outro capitalista. O que interessa é a questão entre os capitalistas. A taxa de juros não interessa muito, a taxa de juros que interessa para os capitalistas é a de Longo Prazo. A decisão do investimento depende dos capitalistas. Para Kalecki se a poupança dos trabalhadores aumenta, o lucro diminui. O que dinamiza a economia é o investimento. Superávit e déficit: o salto é positivo ( X-M), e há déficit do governo ( G-T). Para Kalecki pode decidir o quanto investir mas não dá pra controlar a decisão dos outros. A economia liberal não há controle sobre os outros capitalistas, não há controle sobre o investimento total da economia. Keynes: Escreve após a crise de 29, propõe a intervensão do estado, financiamento via déficit, preferência pela liquidez e circulação da moeda, demanda efetiva e moeda como reserva de valor. O principal para entender Keynes é esquecer o senso comum. A primeira ideia é de 1935, e nessa época tinha o colapso econômico segundo Hobsbawn. Questão principal: Questiona sobre o emprego e a moeda, para a teoria dominante até então a moeda é meio de troca e a economia opera em pleno emprego. Seria uma teoria geral pois ele pretende dar uma explicação coerente sobre a economia. Para Keynes a consistência lógica que a teoria economia desenvolveu era consistente, o problema estava nos fundamento nas generalidades que ela faz, como a teoria passa do particular para o geral. Keynes se opõe a teoria ortodoxa ( Ricardo, Say) ele contraria a teoria ortodoxa dominante. Há um paralelo entre Keynes e Kalecki: o conceito chave é que a moeda e produção se relacionavam, as expectativas em uma economia monetária são muito importantes e a moeda implica confiança. A teoria ortodoxa não explicava o desemprego e o pleno emprego. O pleno emprego é algo bem especifico para Keynes; Segundo Keynes os clássicos são os seguidores de Ricardo. Segundo o mesmo também, a teoria ortodoxa se aplica a um caso especial. O que o trabalhadores vai ganhar é o salário nominal . Teoria ortodoxa se a pessoa ganha menos, ela trabalha menos, e para Keynes isso não é verdade. As negociações salariais não passam pelo salário real. Para Keynes não é verdade que o trabalhador trabalha segundo o salário real, os trabalhadores irão decidir o salário relativo. Keynes explica que pessoas queriam trabalhar e não conseguiram, ele baixou o salário e as pessoas aceitaram trabalhar por menos, comprovando assim o desemprego involuntário. O objeto de estudo de Keynes é entender a economia como um todo. Conceitos: teoria geral conversa com a teoria ortodoxa. Para Keynes a teoria ortodoxa é um caso muito particular que é o pleno emprego, ele explica isso e cria uma teoria que é mais geral. Para Keynes a questão da moeda é fundamental. Numa economia monetária o futuro interessa. As questões do futuro e das expectativas são fundamentais. Keynes não acredita no pleno emprego, acredita no desemprego voluntário. Não acredita na lei de Say, e segundo ele a demanda não está garantida. A demanda do Keynes é uma que depende de quanto espera ganhar empregando uma quantidade de trabalhadores, depende da visão do empresário de quanto ele espera ganhar. As decisões de empregar agora em função das expectativas de ganhos futuros. Quanto mais emprega, mais produz e mais vai ganhar. A demanda é associada em como os empresários irão pensar e o emprego também é uma questão chave. A chave é a decisão dos empresários o que os empresários iram empregar, não será a força de trabalho disponível. O investimento é outra questão chave. A decisão de consumo vai determinar a economia é a decisão de investir que movimenta a economia. Os empresários tem convenção, se ninguém vai arriscar, ele também não irá. Keynes e sua teoria geral: diz que a teoria ortodoxa explica é um caso muito particular que não se aplica, a questão do pleno emprego. Além disso a moeda é apenas meio de troca, o que também não é certo segundo Keynes. Na teoria ortodoxa o salário real se iguala a desutilidade do trabalho. Keynes concorda que w/p=pmg, e descorta que w/p seja igual a desutilidade do trabalho. Para ele há o desemprego voluntário. Para a oferta agregada de Keynes o principio chave é o emprego, quanto os empresário empregam, dado as suas expectativas para ter um resultado suficiente para que empregar pessoas possa valer a pena, a decisão de emprego a partir de um expectativa do lucro futuro. Demanda Agregada: o que o empresário espera que irá vir da economia. A decisão de empregar é baseada nas expectativas. O empresário espera maximizar o que ele ganha. A decisão de empregar pode coincidir com a mão de obra, esse é o caso do pleno emprego, mas ele é muito específico. Demanda efetiva é o valor que maximiza o lucros dos empresários. O nível de emprego do equilíbrio é o nível de emprego atual, resultante da decisão dos empresários, o empresário tem incentivo a aumentar ou diminuir pois acha que assim obterá o lucro máximo. Keynes X Kalecki: Keynes: individuo tentar maximixar. Kalecki : valem as decisões dos empresários. Para Keynes a demanda que eles esperam é formada pela demanda de investimento e consumo que eles esperam, não esperam o pleno emprego, e essa expectativa é o que define as decisões de empregar agora. Para Keynes são as expectativas que definem o nível de emprego que irá definir o salário real. Para Keynes a sociedade não consome tudo o que gasta. Keynes se coloca contra a teoria ortodoxa(clássica). Faz ainda um paralelo com Kalecki que possui questões parecidas como por exemplo a dinamica econômica. Keynes diz que sua teoria é geral e discute o fato da economia ser monetária. Segundo Keynes a teoria clássica so explica bem o caso do pleno emprego, mas para ele isso é um caso muito particular. A teoria é geral pois trata de agregados econômicos. Para Keynes as pessoas expeculam sobre o futuro. Alguns elementos básicos da teoria são o conceito de demanda efetiva. O que interessa para entender a economia são as decisões de emprego feitas com base nas expectativas o que vai explicar o futuro. Os capitalistas contratam em função do que espera do futuro. A demanda efetiva : a oferta agregada é um calculo sobre o futuro da decisão de emprego hoje, isso é o que os empresários fazem. O resultado da demanda em relação a esse nível de emprego. A demanda efetiva vem do nível de emprego que depende da decisão do empresário em relação ao que espera do futuro. Paradoxo da pobreza na riqueza: a pessoa pobre gasta quase tudo ou tudo o que ganha. Uma sociedade mais rica, tende a gastar menos em consumo. Para Keynes a pessoa não gasta tudo o que ganha, pois no capitalismo precisa de investimento. Investir significa pressupor que as pessoas irão consumir mais no futuro, e quanto mais rico se é, menos quer gastar, e menos oportunidades de investimento há, pois não há mais aonde lucrar. A sociedade mais rica gasta menos em consumo e tem menos oportunidade de novos investimentos. O que define investimento é a eficiência marginal do capital. A eficiência marginal do capital é instável segundo Keynes. A eficiência marginal do capital é o somatório das rendas esperadas em relação ao custo dessa unidade a mais de capital, e pode mudar segundo as expectativas. O que define o investimento é a eficiência marginal do capital e a taxa de juros, isto é, se vale a pena investir em relação a taxa de juros do presente. EMC= uma relação do que ele espera com o que ele gasta. Não é estável já que depende das expectativas. Se a sociedade fica mais ricas, e a EMC desce, por conta do paradoxo da riqueza e da pobreza. Quando a taxa de juros é menos, maior é o investimento. Para investir tem que levar em conta a EMC. A teoria ortodoxa não fala em EMC, Keynes diz que para essa teoria há uma estabilidade, a taxa de juros é aquela que permite o equilíbrio no mercado. O que atrapalha a taxa de juros é abrir mão da liquidez. A taxa de juros é o premio por abrir mão da liquidez. Na teoria ortodoxa é uma coisa certa, o que se espera vai acontecer. Para Keynes não, as pessoas decidem sobre a incerteza. Demanda efetiva: os empresário decidem quanto empregar hoje visando o quando desejam ganhar no futuro, os empresário não acreditam na lei de Say, é um cálculo para o futuro. EMC: é uma relação entre o rendimento esperado pelo custo de unidade de capital. O que espero ter por uma unidade adicionar da produção de bem de capital tem que ser igual ou maior que a taxa de juros. Quanto mais rica a sociedade menos oportunidade de investimento. Mais rica menor proporção da sua renda ela consome. As expectativas são importante e fundamentais pois elas são determinadas em uma sociedade livre e são definidas pelas interações do mercado. O especulador acaba determinando as expectativas pois elas são feitas de convenções, o problema é que as interações do mercado são pautadas pelo especulador as convenções são boas enquanto duram, mas elas são frágeis. O problema é que as expectativas não determinam o que vai acontecer e alem disso não garantem que as decisões sejam as melhores para todos. As decisões são pautadas por um especulador e as expectativas são definidas por convenções. As decisões são pautadas por um especulador e as expectativas são definidas por convenções. Mercado Financeiro: A vantagem que dá liquidez as empresas, desvantagem é que há a fragilização da expectativa do mercado. Preferência pela liquidez: pessoas podem preferir guardar do que consumir hoje. Para Keynes pessoas tem dinheiro por 3 motivos: transação( defasagem entre debito e credito), precaução (dinheiro se algo ruim acontecer) e especulação (dinheiro guardado pois pode gerar mais depois). A taxa de juros é um premio a liquidez. Juros é o que compensa as pessoas a abrir mão de sua liquidez. Para os ortodoxos a taxa de juros é premio a poupar, se estou poupando hoje é porque vou consumir amanhã. Para Keynes poupar hoje significa que não vai consumir hoje, não sabe o que vai acontecer com o investimento nem com o consumo no período 2. O investimento vai depender da eficiência marginal do capital vezes o juros. O que o empresário faz depende do raciocínio da demanda efetiva. A previsão de procura efetiva em relação as condições futuras de oferta. Pode haver uma taxa de juros de equilíbrio sem ter pleno emprego, pois a taxa de juros, é aquele que compensa o premio pela liquidez. Há equilíbrio no mundo financeiro, mas ele não é necessariamente pleno emprego. O dinheiro tem que ter três características: elasticidade de produção, elasticidade de substituição e custo de manutenção. Com um ativo, todo ativo tem um rendimento, um custo de manutenção e um premio pela liquidez. A economia se movimenta em ciclos, os piores duram pouco. A emc quando a economia esta crescimento muito, o empresário acha que o rendimento não vai continuar crescendo infinitamente. Dinheiro é um instrumento de especulação. A demanda efetiva é a demanda que não está garantida. O dinheiro não é reproduzível, não é substituível, ele tende a manter o mesmo valor, e tem baixo custo de manutenção. O empresário contrata dependendo do que espera, o que aconteceu no passado influencia, mas não linearmente. As pessoas investem depende das suas expectativas. O investimento depende da EMC e da tx de juros. A taxa de juros presente para a teoria clássica é aquela que equilibra poupança e investimeto, não há problema de demanda. Para Keynes há motivo especulação, logo poupança é diferente de investimento. O problema do dinheiro é ter baixo custo de manutenção, se voc\ê quer guardá-lo você pode, e ele não é reproduzível. A taxa de juros é determinada no mercado financeiro, aonde há o especulador, e não pela igualdade entre poupança e investimento. Keynes chama o especulador de rentista. A preferência pela liquidez é o beneficio calculado pelo fato de obter dinheiro na mão. Para saber se as pessoas vão investir tem que olhar a emc e a taxa de juros. A inflação é o aumento dos preços em determinado tempo. EMC expectativa de rendimento futuro com o preço de reposição do capital, e não é determinada pela taxa de juros. O problema é o entesouramente. E a chave está na demanda efetiva. Para Keynes o empresário define empregar em função da emc e da taxa de juros depende empregar em função do que espera ganhar (expectativa). Para Keynes o imposto progressivo sobre a renda favorece o consumo pois é revertido para incentivar a redistribuição de renda, que aumenta o consumo e favorece a demanda efetiva. Para Marx a mais valia é a exploração do trabalhador, e o empresário fica com o excedente. Para Keynes, as desigualdades explica o incentivo a pessoa para poupar, precisa de desigualdade, mas não de tanta. O rentista para Keynes é o cara que se aproveita da escassez e lucra com isso. A solução seria acabar com a escassez do capital. Para beneficiar o empreendedor seria necessário abaixar a taxa de juros e aumentar a emc. Teoria ortodoxa acredita que o melhor funcionamento do mercado seria um estado livre, isto é liberal. Para Keynes a função do estado não precisava ser de dono dos meios de produção. O estado tinha que investir, não da para deixar o mercado livre, a taxa de juros não se abaixa sozinha, se o estado promove a queda da taxa de juros e o crescimento da emc, ele já cumpriu seu papel. Ele defende a iniciativa privada e liberal, defende o liberalismo econômico e o estado garantindo o pleno emprego. O estado tem que incentivar o investimento. Se os recursos são escassez, a teoria ortodoxa é valida. Keynes defende o liberalismo com um estado que intervenha com o incentivo ao investimento. Define que a demanda efetiva que nem toda oferta cria a sua demanda. A emc tem a ver com as expectativas e com o fato do capital ser escasso. Poupança não gera investimento, pois o fato de não consumir não significa que irá investir. O estado para garantir o pleno emprego tem que melhorar a taxa de juros e fazer investimentos socializados. Para Keynes o mercado vai ser eficiente quando esta no pleno emprego. Keynes defende a iniciativa privada mas sabe que ela sozinha não vai garantir o pleno emprego. O estado pra garantir o pleno emprego. Sintese neoclássica de Hicks: a proposta é reencontrar a teoria do equilíbrio e do pleno emprego, e explica o Keynes como um caso particular, segundo ela Keynes é um caso muito importante, principalmente para explicar momentos com a depressão. A síntese neoclássica mantém a ideia de um equilíbrio geral, e explica o Keynes como um caso particular que afeta a teoria geral, mas é possível resolver. Hicks vai criticar o Keynes. Hicks sobre Keynes: a demanda de dinheiro depende da taxa de juros , o investimento é uma função da taxa de juros, investimento determina poupança. A partir do ISLM explica a teoria geral e o caso particular de Keynes ( que se dá no período de depressão, chamado de armadilha da liquidez). A sintese neoclássica faz um Keynes modificado e incorpora conceitos neoclássicos que Keynes havia deixado de lado, e isso faz muito sucesso. Síntese neoclássica diz que Keynes é o particular e esse particular é relevante e a teoria clássica que é geral. Friedman escreve nos anos dourados do capitalismo, 1950 e 1960. Friedman é monetarista e tem ponto de partida a teoria quantitativa da moeda. As ideias centrais são o longo prazo, as expectativas de demanda. Ele reformula a TQM. O método dele é questão do estatístico e da matemática serão fundamentais para o modelo. A questão da moeda é a principal discordância entre Keynes e a síntese neoclássica e Friedman. Segundo Friedman reafirmação das hipóteses anteriores a Keynes sem relação a moeda. Ele tenta explicar o que está acontecendo a partir dos fatos econômicos concretos. Segundo Friedman a concepção de moeda de Keynes estava errada. MV=Y isso é uma função para Friedman, é uma função da demanda de moeda e ela depende da renda e segundo o modelo ISLM depende também da taxa de juros. Para Friedman a taxa de juros pouco influencia a demanda de dinheiro, o que realmente influencia é a renda que determina a demanda de dinheiro, reafirma de forma básica o que estava escrito na tqm. Para Keynes há um motivo especulação muito forte e para a síntese neoclássica, há momentos que isso se verifica. Para Friedman a moeda pode ser substituída. Para Keynes o motivo especulação e amoeda como reserva de valor são motivos para a instabilidade no sistema. Para Friedman há instabilidade por causa do Estado. Para ele há um equilíbrio natural onde há uma taxa de juros natural e taxa de desemprego natural. Para Keynes o mercado funcionava livremente levando a um equilíbrio que não é o de pleno emprego. Tudo que o governo faz para a taxa de juros tem efeito no curso prazo, o que o governo faz de política monetária e fiscal, tudo que gera é a provocação da inflação, tudo que o governo faz para tirar a economia da sua taxa natural causa inflação. Friedman estuda os efeitos de uma variação da moeda, que é inesperado, e os efeitos nos preços e na renda. Para Friedman as expectativas são adaptativas. E para Keynes elas são instáveis. Quando há mais dinheiro, os empresário vão contratar mais, pois a demanda está maior. Os preços tendem a aumentar pois está aumentada a demansa, se os preços aumentam o salário real diminui mas os trabalhadores que tem expectativas adaptativas sofrem de ilusão monetária, só observam o salário nominal, e adaptam suas expectativas com base na inflação do período passado, e não percebem que será o salário real esta menor o que incentiva os empresário a contratar mais. Enquanto sofrem de ilusão monetária a economia cresce e cai quando as pessoas percebem que estavam sofrendo de ilusão monetária. O papel do estado deve ser possuir regras claras que por definição deve ser estável e permitir o livre funcionamento do estado. O estado liberal de Friedman é um estado limitado por regras. A política que Friedman recomenda é o aumento da oferta de moeda que acompanha a demanda. Para Keynes a moeda é fundamental para explicar a dinâmica econômica( preferência pela liquidez). O capitalismo é instável por causa do laissez-faire. Para Friedman as expectativas são adaptativas. O capitalismo não tende a ser instável, a causa da instabilidade é o estado sem regas, são as falhas do governo. Ambos defendem o capitalismo, Keynes defende o estado interferindo para garantir o pleno emprego e Friedman se o estado faz isso ele causa instabilidade, ele defende o estado laissez-faire. Friedman: estagnação com inflação. Mercado funcionando livremente tende ao equilíbrio, além disso também tem a ideia de estabilidade. A influencia na taxa de juros na demanda é muito baixa ao contrario do que Keynes diz. No longo prazo tende ao equilíbrio natural, aonde há uma taxa natural de juros e uma taxa natural de emprego. As expectativas que explicam as questões de curto e longo prazo. Para Friedman elas não seriam frágeis, são adaptativas, baseadas em um passado recente. Para Keynes elas são frágeis, pessoas olham para o passado recente mas não é garantia de nada. NO CP há uma lacuna de tempo que pode iludir as pessoas, que é a ilusão monetária, pessoas acham que tem mais dinheiro no boldo do que realmente, o dinheiro vale menos. Quando a ilusão acaba a taxa de juros que tinha diminuído volta a subir, a taxa natural de juros contiua a mesma e a taxa natural de desemprego continua a mesma porem com inflação. A moeda para Keynes é um fator de especulação. A moeda para monetaristas é um instrumento que facilita as trocas, é economicamente estável. A instabilidade pra Friedman so aparece devido a um governo sem regras, e não a expectativa que gera a instabilidade. Keynes: estabilidade e equilíbrio com desemprego. Minsky : questão da moeda, emprego, renda, questionava-se em relação a estabilidade do capitalismo. Método era dedutivo e institucionalista, inovações. Mistura teorias abstratas com o entedimento de instituições . Minsky é uma releitura de Keynes. Para Keynes a moeda não é neutra, há uma problemática entre passado, presente e futuro ( as decisões do presente, dependem do que aconteceu no passado e do que você espera ganhar no futuro.) Keynes há um empreendedor que investe de acordo com a EMC e a taxa de juros, esse fato garante que o sistema será instável. Prestamista/rentista é quem empresta o dinheiro para o investimento ser feito. Monetarista: a moeda se reduz a troca, taxa de juros pouco influencia, o dinheiro facilita as trocas. Keynes o dinheiro é o meio de especulação que pode influenciar no investimento. É um intermediário do investimento, um intermediário que atrapalha, e o investimento dá dinâmica a economia, e isso que gera a instabilidade. O problema de Minsky é que quando o governo consegue estabilizar o sistema, essa estabilidade de hoje fundamenta a instabilidade de amanhã. A pessoa conta que o governo vai estabilizar as coisas. Minsky tem a visão de mundo de que nem com o bom funcionamento do estado há estabilidade. Bruna Nazareth.