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P1.pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 02 – 23/08/2013 • Definições modernas (dicionário Houaiss): – Máquina, autômato de aspecto humano, capaz de se movimentar e de agir (robô humanóide); – Mecanismo comandado por controle automático; – Mecanismo automático que efetua operações repetitivas. Robôs – Definição • R.I.A. (Robotics Industries Association) – Robô é um manipulador re-programável e multifuncional projetado para mover materiais, partes, ferramentas ou dispositivos especializados através de movimentos variáveis programados para desempenhar uma variedade de tarefas. Robôs – Definição • ISO (1998) “A machine formed by a mechanism, including several degrees of freedom, often having the appearance of one or several arms ending in a wrist capable of holding a tool, a workpiece or an inspection device”. Robôs – Definição • ISO 9283 (1998) – Visa facilitar o entendimento entre usuários e fabricantes de robôs e sistemas robóticos; – Define as principais características de funcionamento; – Descreve como devem ser especificados; – Recomenda como realizar 14 testes para verificar se o robô obedece a especificação. Robôs – Definição • Não é um mero utensílio automatizado (batedeira) • Não é uma simples máquina que repete operações (máquina de lavar) • Não é um simples processador de informações (computador) Alexandre da Silva Simões x x x Robôs – Definição UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 03 – 27/08/2013 • Máquinas que realizam tarefas repetitivas existem desde o século 3 A.C. • Robôs não mecânicos sempre existiram no imaginário humano; • Robôs mecânicos existem na ficção desde o início do século XX; • Robôs industriais: a partir de 1960. Robôs – Breve Histórico • 350 A.C.: O matemático grego Arquitascria “O Pombo”, pássaro de madeira movido a vapor; • Século XVIII: Jacques de Vancansoncria o andróide flautista e “O Pato”, pato mecânico que come e defeca, dentre outros organismos mecânicos. Robôs – Breve Histórico • O inventor grego Ctesibius (Κτησίβιος) criou em 230 A.C.. diversos equipamentos baseados em água: – Um órgão hidráulico precursor do órgão moderno; – Clepsidras, ou relógios de água, com ponteiros, sinos e figuras que se moviam; • Seus relógios foram os mais precisos até a invenção dos relógios com pêndulos, no século XVII. • É chamado “o pai da pneumática” (termo grego pneumatiko = fôlego ou sopro). http://en.wikipedia.org/wiki/Water_clock Robôs – Breve Histórico • 1768-1774: Inventores suíços Pierre e Henri-Louis Jacquet- Droz (pai e filho) criaram diversos autômatos, entre eles: – The Writer: um garoto que escrevia uma mensagem com até 40 caracteres (6000 un.) – The Musician: mulher que tocava piano (2500 un.) – The Draughtsmen (2000 un.): realizava 4 desenhos. • Máquinas mecânicas programáveis e vendidos a reis e imperadores; • Considerados ancestrais dos computadores modernos. Robôs – Breve Histórico http://en.wikipedia.org/wiki/Jaquet-Droz_automata http://en.wikipedia.org/wiki/Jaquet-Droz_automata • 1801: Invenção do tear mecanizado por Joseph Marie Jacquard: – Produzia tecidos com padrões diferentes; – Foi a primeira máquina a usar cartões perfurados para controlar uma seqüência de operações; – Era “programado” por cartões perfurados empregados posteriormente nos primeiros computadores. http://en.wikipedia.org/wiki/Jacquard_loom Robôs – Breve Histórico en.wikipedia.org/wi ki/Jacquard_loom • Em 1818, Mary Shelley’s Escreve o romance Frankenstein. • O Monstro é um “robô”, andróide (não é ginóide), orgânico; • O que são fembots? Robôs – Breve Histórico • 1832: Charles Babbage cria o primeiro computador de uso geral, utilizando apenas partes mecânicas; • Máquina era programável. Robôs – Breve Histórico • O termo Robô surge na peça "R.U.R.”, do escritor checo Karel Capek; • Robô origina-se do termo checo robota=trabalho forçado; • Eram escravos, criados para satisfazer a vontade dos homens; • Não eram mecânicos, mas criados por “engenharia genética”. Robôs – Breve Histórico • O filme mudo Metrópolis (1926) de Fritz Lang tem como personagem principal a robô fêmea Robotrix, a cópia de uma líder trabalhista da época; • Criada para oprimir os trabalhadores. Robôs – Breve Histórico • Complexo de Frankenstein; • Asimov Robbie (1940): A primeira história com um personagem robô, uma babá que salva uma criança; • Asimov Liar (1941): esta história introduz a primeira psicóloga de robôs, a Dra. Susan Calvin. Robôs – Breve Histórico Assimov Robbie http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Asimov Robôs – Breve Histórico • As histórias de Asimov foram coletadas no livro “Eu, Robô” e também introduziram: – O cérebro positrônico: o “precursor” do microprocessador; – As três leis da Robótica: Robôs – Breve Histórico 1ª lei: Um robô não pode ferir um humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal; 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a 1ª. lei; 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não esteja em conflito com a 1ª. e 2ª. lei. Robôs – Breve Histórico • No final da década de 40 são iniciadas as primeiras pesquisas com robôs reais; • Em 1947, impulsionados pelo programa da bomba atômica, o Laboratório Nacional em Argonne desenvolve o primeiro manipulador robótico teleoperado para a manipulação de material radioativo; • 1948: É adicionado um sensor de força ao robô do Laboratório Nacional em Argonne; • 1951: É desenvolvido o primeiro manipulador articulado teleoperado, pela Comissão de Energia Atômica Francesa. Robôs – Breve Histórico Robôs – Breve Histórico • Grey Walter cria oito “tartarugas robóticas”; • Possuindo uma fotocélula, dois motores e controladas por válvulas, estes robôs exibiam um comportamento semelhante ao dos seres vivos; • Procuravam fontes de luz e dançavam até que suas baterias acabassem; • Inteligência “bacterial”. Robôs – Breve Histórico Robôs – Breve Histórico • Em 1954, George Devol cria o termo Universal Automation e inicia o desenvolvimento de robôs programáveis; • Devol requere a patente de uma “máquina de transferência programável”; • Ainda em 1954: Devol cria a Unimation, a primeira indústria a produzir robôs comerciais; • John McCarthy, do MIT, cria o termo “Artificial Intelligence” em uma conferência no Dartmouth College no verão de 1956. Robôs – Breve Histórico • 1960: A Unimation inicia o desenvolvimento do primeiro robô comercial do mundo, o UNIMATE; • 1962: A General Motors instala o primeiro robô industrial do mundo em uma linha de produção, um UNIMATE; • Obedecendo comandos armazenados em um cilindro magnético, o manipulador de 1 tonelada empilhava peças de metal incandescentes. Robôs – Breve Histórico • O Stanford Research Institute demonstra o primeiro robô inteligente; • É capaz de interpretar visualmente o ambiente, localizar objetos, navegar e “raciocinar” sobre suas ações; • Nomeado “Shakey”. • A General Electric constrói o “Four Legged Walking Truck” para o exército americano em 1968: – Os movimentos são comandados por um operador dentro do robô, mecanicamente. Robôs – Breve Histórico • Milacron T3: O primeiro robô manipulador industrial controlado por um minicomputador é desenvolvido por Richard Hohn: – The Tomorrow Tool. Robôs – Breve Histórico • Em 1978, a Unimation desenvolve o manipulador PUMA (Programmable Universal Machine for Assembly): – O PUMA foi um dos maiores sucessos comerciais de todos os tempos e ainda é usado em indústrias e laboratórios de pesquisa. Robôs – Breve Histórico Unimate Puma • Tsukuba World Fair - Feira mundial realizada em Tsukuba, Japão; • De março a setembro de 1985, 20 milhões de visitantes; • Primeira vez que a TV mostrava robôs realizando tarefas tão complexas. Robôs – Breve Histórico http://vimeo.com/9122298 • Em 1986, Rodney Brooks do MIT, defendia uma nova abordagem para IA: – Incremental, bottom-up. – “At each step we should build a complete intelligent system that we let loose in a real world with real sensing and real action” (Brooks, 1991); – Arquitetura em camadas; – “Embodied”; – Aprendizado. Robôs – Breve Histórico • 1988: Brooks cria a empresa iRobot para fabricação de robôs; • “Eu acredito que em 2020 todo lar americano terá um robô inteligente e quero fornecer estes robôs” (IJCAI, 2001) • Inicialmente produz robôs para desativar bombas e ajuda em desastres; • Nos anos 90 as aplicações de robôs se expandem para a indústria de serviços; • Início de pesquisa “séria” em robôs humanóides; • Início do uso doméstico. Robôs – Breve Histórico • Novo projeto de Brooks no MIT; • Criar uma criança de 6 meses; • Embodied AI. • Honda cria protótipos de robôs humanóides; • Modelo P1: – 195 cm – 175 kg. • Modelos P2 (1996) e P3 (1997) são protótipos para o Robô Asimo. • 1997: Missão PathFinder da Nasa; • Imagens transmitidas de Marte pelo robô móvel Sojourner; • Robô controlado a partir da Terra; • Grande sucesso para a NASA. Robôs – Breve Histórico NASA Sojourner Rover (1997) Robôs – Breve Histórico • Diversas novas aplicações para robôs surgem todos os dias; • Novas empresas são criadas e se fundem; • Pesquisa com ênfase em robôs móveis e humanóides. Perspectivas Sony Qrio (2003) • iRobot, empresa de Rodney Brooks, disponibiliza o Roomba: – O mais barato aspirador de pó robótico no mercado. • Hoje: www.irobot.com – Produz aspiradores, limpadores, avatares, etc. Robôs – Perspectivas Robôs – Perspectivas • Principais fabricantes: – ABB – GE/Fanuc – Motoman-Yaskawa – Kawasaky – Honda – Kuka Robôs – Perspectivas UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 04 – 30/08/2013 A Robótica em Números • No Japão há 306 robôs para cada 10.000 trabalhadores empregados, a Coréia do Sul com 287/10.000 e a Alemanha 253/10.000 trabalhadores empregados (Federação Internacional da Robótica – 2012); • No Brasil são menos que 10 robôs para cada 10.000 trabalhadores empregados (37ª. posição); • Estimativa de crescimento de 18% em 2011; • Redução dos preços dos robôs em 70% nos últimos 10 anos. Robótica em Números – Produção de Robôs Robótica em Números – Produção de Robôs Robótica em Números – Aplicações Classificação de Robôs • Os robôs são classificados conforme a aplicação: – Industrial; – Pesquisa; – Militar; – Segurança; – Hobby ou Entretenimento; – Doméstico e pessoal. Classificação de Robôs • Também são classificados pelas características físicas: – Robôs Manipuladores, – Robôs Móveis com rodas; – Robôs Móveis com pernas: • Bípedes; • Quadrúpedes; • Hexapódes, ... – Humanóides: • Bípedes com cabeça, tronco, braços e pernas. Gerações dos Robôs Industriais • Há 5 gerações de robôs: – Primeira: robôs repetidores, geralmente pneumáticos, executando tarefas de pick and place; – Segunda: início da capacidade de programação hardwired (lincada); – Terceira: PLCs (Programmable Logic Controller) controlam tarefas, facilidade de reprogramação. • Há 5 gerações de robôs: – Quarta: Microcomputador permitiu o controle de sistemas complexos, incluindo células de montagem; – Quinta: Robôs com Inteligência Artificial, sensores miniaturizados e capacidades de decisão. Gerações dos Robôs Industriais Gerações dos Robôs Industriais Aplicações – Razões para o Uso de Robôs • Robôs devem executar tarefas denominadas “4D Jobs”: – Dull, – Dirty, – Dangerous, e – Difficult. • Efadonho, inóspito, perigoso, difícil. • Robôs devem executar tarefas denominadas “4H Jobs”: – Hot, – Heavy, – Hazardous, e – Humble. • Quente, pesado, arriscado, despretencioso. Aplicações – Razões para o Uso de Robôs Motivos do Uso de Robôs • Reduzir custos de trabalho; • Eliminar trabalhos perigosos; • Aumentar taxa de produção; • Melhorar a qualidade do produto; • Aumentar flexibilidade do produto; • Reduzir desperdício de material; • Reduzir custo de capital. Critérios Técnicos para Aquisição • Tipo: – Não Servo: é empregado principalmente para mover e colocar objetos, pode pegá-lo e transportá-lo; – Servo: variedade de recursos devido a presença de manipuladores e executores, que funcionam como braços e mãos do robô, possibilitando-lhe maior flexibilidade e movimento. Critérios Técnicos para Aquisição • Tipo: – Robô programável: pode armazenar comandos em um banco de dados, permitindo a repetição de tarefas em um pré-determinado número de vezes; – Robô programável por computador: é essencialmente um robô servo que pode ser controlado remotamente por um computador. Critérios Técnicos para Aquisição • Envelope de Trabalho: – Retangular – Cilíndrico – Esférico – Junta – SCARA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 05 – 03/09/2013 • Capacidade de carga; • Fonte de energia: – Elétrico. – Pneumático. – Hidráulico. • Tecnologia agregada / geração; • Capacidades especiais. Critérios Técnicos para Aquisição • Custo x benefício; • Treinamento e manutenção; • Confiabilidade; • Assistência Técnica; • Amigabilidade; • Segurança. Critérios Não Técnicos para Aquisição Aplicações de Robôs • Pode-se dividir as aplicações em 3 grandes categorias: – Tradicionais, baseadas em manipuladores; – Contemporâneos, baseadas em robôs móveis; – Possíveis aplicações futuras, baseadas em robôs móveis e humanóides. Aplicações de Robôs – Tradicionais • A maioria de robôs são utilizados em tarefas repetitivas; • Empregados em tarefas simples: – Pintura; – Solda; – Montagens simples; – AGV - Autonomous Guided vehicles. Aplicações de Robôs – Tradicionais • Consumidores: – Indústria automobilística – Indústria eletroeletrônica. Aplicações de Robôs – Contemporâneas • Tarefas domésticas simples: – aspirador de pó; – limpadores de piscinas. • Exploração: – Espacial; – Submarina; – Ambientes perigosos. • Medicina: – Assistentes em cirurgias. • Entretenimento. Electrolux Trilobite Limpador Automático de Piscina Dolphin A Primeira Mulher Biônica • A ex-fuzileira dos EUA Claudia Mitchell perdeu o braço em um acidente de moto e recebeu um braço robótico controlado pela mente, desenvolvido pelo Instituto de Reabilitação de Chicago em 2006. A Primeira Mulher Biônica http://goo.gl/9aKllG Aplicações Futuras • Baseadas em robôs humanóides: – Busca e Salvamento; – Empregada doméstica, ... • Robôs universais: – Robôs para qualquer tipo de tarefa. Passado, Presente e Futuro • Robótica tem se desenvolvido como tecnologia há 60 anos; • Atualmente há 30 fabricantes de robôs nos Estados Unidos e mais de 500 no mundo; • Robótica é uma tecnologia estratégica. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 06 – 06/09/2013 Graus de Liberdade (DOF) • Os graus de liberdade (Degrees Of Freedom) determinam a flexibilidade de movimentação; – Cada eixo (ou articulação) do manipulador definem um grau de liberdade; • Associados aos movimentos das juntas do manipulador. Graus de Liberdade (DOF) • Há 6 diferentes direções, nas quais podem se mover no espaço: – Translações -> no eixo X, Y e Z. – Rotações -> Roll (rotação ao redor de X), Yaw (ao redor de Y) e Pitch (ao redor de Z) Manipulador PUMA com 6 DOF Envelope de Trabalho • O envelope de trabalho é a forma geométrica que envolve o volume de trabalho; • O volume inclui todos os pontos que podem ser alcançados pela ferramenta; • Qualquer objeto ou operação a ser alcançada ou realizada pelo robô deve estar localizada dentro do envelope de trabalho do robô. http://www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_iv/otm_iv_4.html Resolução • Resolução é a menor mudança de posição possível que o robô pode realizar ou que seu sistema de controle pode perceber; • Característica determinada pelo projeto do robô e de seu controle; • Três tipos: – Resolução de programa; – Resolução de controle; – Resolução espacial. Resolução de Programa • Resolução de Programa é a menor mudança de posição que o programa de controle do robô pode comandar: – Depende da capacidade de memória; – Para um robô ABB IRB2000 é de 0,125 mm linear. Resolução de Controle • Resolução de Controle é a menor mudança de posição que o sensor do sistema de controle consegue captar. – Para um encoder de 1000 pontos por rotação é de 0,36º. Resolução Espacial • Resolução Espacial é a resolução de programa e de controle degradadas por imprecisões mecânicas. Acurácia e Repetibilidade • Acurácia é a habilidade do robô posicionar o atuador em uma posição do espaço; • Repetibilidade é a habilidade do robô retornar consistentemente a uma posição previamente alcançada; • Se a posição desejada não é atingida, mas sempre o mesmo erro acontece, então a acurácia é ruim mas a repetibilidade é boa. Acurácia e Repetibilidade Carga, Velocidade e Ciclo • Carga (Payload): – É o peso máximo que o robô é projetado para operar repetidamente com a mesma acurácia; • Velocidade: – Velocidade máxima que a ponta do robô consegue se mover quando totalmente estendido; • Ciclo: – O tempo do robô pegar um objeto em um certa posição e colocar em outra, retornando ao ponto de partida. Configurações dos Robôs Manipuladores • Robôs industriais estão disponíveis em variados formatos, tamanhos, capacidades… • A maioria dos robôs manipuladores disponíveis pertencem as configurações: – Cartesiano (ou retangular ou linear) e Gantry; – Cilíndrico (ou Post-type); – Esférico (ou Polar); – Articulado (ou com juntas); – SCARA; – Paralelos. Manipuladores Cartesianos • Movimento por meio de coordenadas cartesianas: – Eixo x – Eixo y – Eixo z. • As juntas prismáticas estão geralmente a 90 graus. Envelope de Trabalho Cartesiano Robôs tipo Gantry (Pórtico) • Classificados como cartesianos, mas baseiam-se em suportes paralelos na lateral. Envelope de trabalho Gantry Retangulares: Vantagens e Desvantagens • Vantagens: – Facilidade de visualização; – Facilidade de programação; – Estrutura rígida; – Grande área de trabalho em mesas. • Desvantagens: – Alcança somente o que estiver na sua frente; – Não alcançam o ponto acima do robô; – Baixa relação envelope de trabalho/área ocupada. Manipuladores Cilíndricos • Movimenta-se utilizando coordenadas cilíndricas: – Altura; – Rotação; – Extensão do braço. Manipulador Cilíndrico Manipulador Cilíndrico Envelope de Trabalho Cilíndrico Cilíndricos: Vantagens e Desvantagens • Vantagens: – Alcança todo seu entorno; – Eixos rígidos; – Eixos de rotação de fácil construção; • Desvantagens: – Não alcança o ponto imediatamente acima do manipulador; – Não consegue ultrapassar obstáculos; – Movimentos na horizontal são circulares. Manipuladores Esféricos (ou Polares) • Movimenta-se utilizando coordenadas polares: – Rotação; – Tilt (balanço); – Extensão do braço. Envelope de Trabalho Esférico Esféricos: Vantagens e Desvantagens • Vantagens: – Grande alcance na horizontal. • Desvantagens: – Não consegue ultrapassar um obstáculo; – Geralmente possuem pequeno alcance vertical. Manipuladores Articulados • Manipulador com diversas juntas rotativas verticais e eixos na horizontal. • Similar a uma escavadeira; • Possui geralmente 3 juntas rotatórias que permite atingir qualquer posição; • PUMA é articulado. Manipuladores Articulados Envelope de Trabalho Articulado Envelope de Trabalho Articulado 6-dof-robot1 6-dof-robot2 Articulado: Vantagens e Desvantagens • Vantagens: – Pode alcançar sobre ou sob obstáculos; – A maior área de trabalho, com o menor área de alcance na mesa; – Grande velocidade; • Desvantagens: – De duas a quatro maneiras de alcançar um ponto; – É o manipulador mais complexo. Manipulador SCARA • Manipulador não tradicional, possui juntas rotativas com eixos na vertical (juntas na horizontal); • Criado para manipular objetos pequenos com precisão. Envelope de Trabalho SCARA scara1 SCARA: Vantagens e Desvantagens • Vantagens: – Grande área de trabalho em mesas; – Pode alcançar atrás de obstáculos; • Desvantagens: – Duas maneiras de alcançar um ponto; – Dificuldade de programação; – Complexidade do manipulador. • Tem geometria paralela; • Alguns autores não os consideram manipuladores por não apresentarem o formato de braço. Manipulador Paralelo flexpicker UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 07 – 10/09/2013 Componentes Básicos de um Manipulador • 4 componentes básicos: – Controlador; – Fonte de energia para movimentar o manipulador (Power Supply); – Manipulador; – Atuador. Controlador Controlador • É um dispositivo de processamento de informações que inicializa, finaliza e coordena os movimentos e as seqüências de operações do manipulador; • Implementado por computadores ou microprocessadores. Controlador • O controlador deve se comunicar com: – Sensores • De posição; • Torque/força; • Produção. – Maquinário; – Teaching Boxes; – Outros computadores. Teaching box for EzRobo series Power Supply Power Supply • Há 3 tipos principais de fontes de energia para os robôs: – Elétrica; – Pneumática; – Hidráulica. • Há relações com: – Carga; – Custo; – Espaço necessário. Manipulador Manipulador • Unidade mecânica com movimentos similares ao do braço humano; • Duas categorias de movimentos: – Do braço. – Do punho: • Pitch (pra cima e pra baixo); • Yaw (para os lados); • Roll (rotação). Manipulador Ombro Cotovelo Tool mounting plate Punho Manipulador Atuador Atuadores • Também denominados: – End Effector; – End of Arm Tool (EOAT); • Anexada ao ponto de montagem temos: – Garras e Mãos; – Ferramentas: Solda, pintura, … • Tool Center Point (TCP): o ponto de ação do atuador anexado ao robô. Atuadores - DOF Tipos de Atuadores • Situam-se na ponta do manipulador; • Podem ser divididos em 3 categorias: – Garras (Grippers): projetados para “agarrar”, segurar objetos; – “Mãos” Robóticas; – Ferramentas (Processing Tools): projetados para trabalhar e processar objetos. Tipos de Atuadores Há várias classificações: • Quanto a maneira de segurar o objeto: – Mecânicos; – A vácuo; – Magnéticos; – Pneumáticas. • Externos ou internos. • As garras devem ser capazes de: – Agarrar, levantar e soltar um objeto; – Perceber a presença de um objeto em sua garra; – Segurar o objeto em condições de aceleração máxima; • Deve apresentar desenho simples; • Ser o mais leve e resistente possível. Tipos de Atuadores – Garras • Garras estão sujeitas a condições extremas de temperatura, corrosão ou abrasão; • Objetos a serem manipulados podem variar em tamanho, forma e peso durante o processo; • Análise pode envolver inércia, centro de massa, forças de garra e fricção; • Deve ser equipado com sensores de colisão ou mecanismos para acomodar sobrecargas. Tipos de Atuadores – Garras Garras Mecânicas • São as que utilizam um mecanismo para segurar um objeto; • Transforma alguma energia em ação que prende o objeto; • Possui “dedos”, “mandíbulas” ou outra forma de “pressionar” o objeto; – Os dedos geralmente podem ser trocados; – Mandíbulas: fixas e maiores. Handling Machine Garras Mecânicas • A força aplicada deve ser maior que o peso do objeto, inclusive quando estiver sob forças de aceleração; • Geralmente as garras possuem superfícies desenvolvidas para aumentar o atrito com o objeto, evitando que se desprenda. • As garras mecânicas utilizam propriedades geométricas em sua formatação; • Baseado na geometria: – Angular (tesoura); – Paralelo (ou linear); • Baseado na forma de segurar: – Internas; – Externas. Garras Mecânicas Paralelo X Angular Garra Angular Garra Paralela Externo x Interno Garras a Vácuo • Utiliza vácuo para segurar objetos; • A força da “pega” é proporcional a quantidade de vácuo utilizada; • Também denominadas garras de sucção; • Possuem uma ou mais ventosas de borracha ou neoprene; • Indicadas para objetos planos ou com curvas. Garras a Vácuo – Vantagens e Desvantagens Vantagens: • Exigem apenas uma superfície de contato; • Peso relativamente leve (garras mecânicas); • Aplicáveis a uma grande quantidade de materiais; • Baixo custo. Desvantagens: • Utilizados apenas em superfícies planas e com área maior que as ventosas. Ventosas (ou cups) a Vácuo Garra Mista: Vácuo + Mecânica Handling-packing Criando o Vácuo • Maneiras de criar o vácuo: – Dispositivos de Venturi: • A passagem de ar comprimido suga o ar do interior da ventosa; • Quanto maior a velocidade do ar, maior o vácuo. – Geradores a palheta ou pistão: • Bombas de vácuo operados por um motor elétrico. Garra a Vácuo – Vantagens • Necessitam de apenas uma superfície para “pegar” a peça; • Aplicam uma pressão uniforme na superfície da peça; • A garra é relativamente leve; • Aplicável a um considerável número de materiais; • Baixo custo. Garras Magnéticas • Similares as garras a vácuo; • Suporta cargas metálicas usando um eletromagneto montado no manipulador. Garras Magnéticas – Vantagens • Pick up time curto; • Atua sobre objetos de diversos tamanhos; • Conseguem segurar objetos com furos; • Requerem apenas uma superfície para segurar o objeto. • Magnetismo residual na peça pode causar problemas; • A atração magnética penetra no objeto, podendo levantar mais de um objeto ao mesmo tempo. Garras Magnéticas – Desvantagens Garras Pneumáticas • Pouco utilizado em robôs devido à alta compressibilidade, o que reduz a habilidade de realizar controle preciso; • É utilizado em movimentos de agarramento. Garras Pneumáticas Garras Pneumáticas – Vantagens • Podem operar em velocidades extremamente altas; • Custo relativamente reduzido; • Fácil manutenção; • Podem manter um momento constante em uma grande faixa de velocidade. • Não possui alta precisão; • Está sujeito a vibrações quando o motor ou cilindro pneumático é parado. Garras Pneumáticas – Desvantagens Como Selecionar uma Garra • Qual o tipo do material a ser movimentado? • Qual a velocidade para o transporte do objeto? • A peça pode ser riscada ou entortada pela manipulação? Como Selecionar uma Garra • Critérios para determinar a força para movimentar um objeto: – Peso do objeto; – Velocidade e aceleração durante a manipulação; – Fricção entre o objeto e a garra; – Restrições físicas da peça. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus SorocabaCampus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 08 – 13/09/2013 “Mãos” robóticas • Quanto maior a quantidade de graus de liberdade, maior a versatilidade, destreza e habilidade do atuador; • Atuadores podem possuir 3 ou mais dedos: – 3 dedos: tri-dactilos; – 5 ou 6 dedos: mão robótica; • Geralmente são sub-atuados. Mão Humana 22 DOFs 12 DOF Subatuado • 12 DOF, • 4 por dedo; • 2 motores por dedo. mars.mpg 10 DOF Subatuado • 10 DOF, • 4 por dedo; • 2 motores por dedo. Sarah-mi.mpg Sarah-pi.mpg main-pneumatic.mpg UTAH-MIT Dextrous Hand • 3 ou 4 dedos e 1 polegar opositor. Utah-mit-block Utah-mit-light Sarcos Dextrous Hand • Versão atual do MIT- UTAH. • Desenvolvida pela SARCOS. Robonaut • Projeto de humanóide torso; • Mãos com 5 dedos. http://robonaut.jsc.nasa.gov/ Robonaut-arms robonaut-hand Robonaut R2 – NASA + GM • NASA e GM desenvolvem a próxima geração de robôs para uso na indústria automotiva e aeroespacial. Robonaut R2 – NASA + GM Shadow Hand • Shadow Robotics Company, UK; • http://www.shadowrobot.com (acessar) • Pneumática; • 90.000 Euros. handc-intro shadow-robot UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 09 – 20/09/2013 Ferramentas de Processamento • Ferramentas são os atuadores usados para realizar tarefas diferentes das “pick and place”; • Há ferramentas para diversos tipos de soldagens: • Solda Ponto (Spot) – mais utilizada • MIG • TIG Solda • As peças sobrepostas a serem soldadas são pressionadas uma contra a outra por meio de eletrodos; • Um curto pulso de baixa tensão e alta corrente provoca uma considerável quantidade de calor nas superfícies de contato das peças; • O ponto de fusão das peças formam a região fundida denominada lente de solda. Solda em Automóveis • Tipicamente cada automóvel possui entre 3.000 e 5.000 pontos de solda ao custo de 5 centavos de dólar por solda; • A montagem de uma carroceria de um veículo automotor tem um custo US$150 a US$250 por automóvel. Solda Ponto • Soldas a ponto têm baixos limites de resistência a tração e a fadiga devido o entalhe entre as chapas. Welding-spot Solda MIG ou MAG ou (GMAW) • MIG (Metal Inert Gas) ou MAG (Metal Active Gas) ou Gas-Shielded Metal Arc Welding (GMAW); • Um arco é mantido entre o arame sólido e a peça de trabalho; • O arco e a poça de solda são protegidos por um gás inerte ou um ativo. http://www.esab.com.br/br/por/Instrucao/MIG-MAG.cfm Welding-mig Solda TIG ou GTAW • TIG (Tungsten Inert Gas) ou GTAW (Gas-Shielded Tungsten Arc Welding); • Utiliza um eletrodo sólido de tungstênio não consumível; • O eletrodo, o arco e a área ao redor da peça de fusão da solda são protegidos por uma atmosfera de gás inerte. http://www.esab.com.br/br/por/Instrucao/TIG.cfm welding-tig Ferramentas de Corte • Laser; • Plasma; • Jatos de Água. cutting-laser cutting-plasma cutting-waterjet Limar e Parafusar grindingr Outras Ferramentas • Dispenser; • Suporte para câmeras (qualidade); • Montagens; • Pintura… dispensing assembly paint-back Trocas de Ferramentas • As ferramentas dos manipuladores podem ser trocadas. Complacência • É desejável que um robô tenha a capacidade de tolerar pequenos erros de alinhamento entre peças que devem ser encaixadas; • Elementos podem ser inseridos entre o manipulador e o atuador para permitir pequenos ajustes mecânicos e automáticos; • Sensores de torque-força podem ser usados para controlar o manipulador e evitar esse problema. robo-compliance Importância da Robótica na Indústria Automotiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 10 – 24/09/2013 Sensores – Definição • Sensores são dispositivos que detectam informações sobre o robô e do ambiente que está imerso e as transmite para o controlador do robô; • Sensores produzem sinais que permitem medir: – força, torque, temperatura, posição, velocidade, … • Emprego dos sensores: – Detectar a posição e orientação de suas diversas juntas; – Garantir a qualidade de produção; – Descobrir variações de forma e dimensão das peças produzidas; – Identificar obstáculos imprevistos; – Determinar e analisar defeitos. Sensores – Utilização Sensores – Classificação • Sensores podem ser classificados pelo(a): – Princípio de Funcionamento; – Função Realizada; – Localização; – Tipo de Ativação; – Visão Computacional. Princípio de Funcionamento • São divididos em 5 classes: – Mecânicos; – Elétricos; – Magnéticos; – Térmicos e outros..., acústicos, químicos, de proximidade, radioativos, tátil, ópticos, voz e visão. Sensores Mecânicos • Empregados para medir: – Posição; – Velocidade; – Forma; – Força e torque; – Pressão; – Vibração, estresse; – Massa. Sensores Elétricos • Empregados para medir: – Tensão; – Corrente; – Carga; – Condutividade elétrica. Sensores Magnéticos • Empregados para medir: – Campo magnéticos; – Fluxo magnético; – Permeabilidade magnética. Sensores Térmicos • Empregados para medir: – Temperatura; – Fluxo de calor; – Condutividade térmica; – Calor específico. Sensores pela Função Realizada • Sensores são definidos conforme as funções que realizam: – Manipulação: • Interagem com o ambiente do robô, por exemplo, sensores de força; – Aquisição: • Permitem ao robô perceber seu próprio estado, por exemplo, encoders http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAaVUAB/manual-encoder Sensores pela Função Realizada • O encoder é um dispositivo que fornece ao controlador do robô informações sobre o status físico das várias juntas do robô; • O encoder fornece informações sobre: – Quantidade de movimentos executados pelo motor (ou pela junta); – Direção do movimento (horário ou anti-horário). Sensores pela Localização • Sensores podem ser categorizados pela sua localização em: – Internos: encoders. – Externos: • Swiches, táteis, proximidade e fotoelétricos. – Interlocked: • Usados para proteger o robô. • Travam o robô até que certa condição se torne válida (pressão de fluido, temperatura alta, ...) Sensores pela Ativação • Sensores são categorizados pela forma de ativação por: – Contato • Existe contato físico para a ativação; • Exemplo: switches, bumpers; – Sem contato • Não há contato físico; • Exemplo: visão, ultrassom, radiação, proximidade. Safety Light Curtains • “Cortinas de Luz” • Sensores ópticos que detectam a entrada de elementos em uma célula. Safety Light Curtains Definição Mecânica de um Manipulador • Um manipulador pode ser representado por n corpos rígidos móveis e um corpo fixo, ligados por n juntas (ou articulações), formando uma estrutura de cadeia; • Um manipulador é uma cadeia cinética composta por: – Elos (Links): os corpos da cadeia; – Juntas (Joints): • As articulações entre os corpos; • Conectam os elos e permitem a realização de movimentos de um elo em relação ao elo anterior. Manipulador Manipulador Ombro Cotovelo Tool mounting plate Punho Exemplo de Manipulador: PUMA Elos (Links) • Um elo (link) é um corpo rígido que define uma relação entre duas juntas adjacentes de um manipulador; • São numerados em ordem crescente, iniciando pela base do manipulador: – A base imóvel é o elo 0; – A primeira parte móvel é o elo 1 e assim sucessivamente. Numeração dos Elos Elo 1 Elo 2 Elo 3 Elo 0 Juntas ou Articulações • Juntas (ou articulações) são definidas por vetores no espaço 3D: – A junta i é definida pelo vetor no espaço sobre o qual o elo i rotaciona (ou translada) em relação ao elo i–1; – São numeradas a partir do primeiro elo. Rotating pair – Revolute (R) Sliding pair – Prismatic (P) Juntas • Há dois tipos: Revolução (R) e Prismática (P) Numeração das Juntas J 1 Junta 2 J 3 Junta 4 Junta 5 Junta 6 Elo 0 Elo 1 Elo 2 Elo 3 Parâmetros dos Elos • Um elo é especificado por dois parâmetros que definem a posição relativa e a orientação dos eixos da junta incidente no elo: – O comprimento do elo (link lenght), denominado a. – A torção do elo (link twist), denominado αααα. Comprimento do Elo ai-1 • O comprimento do elo é a distância entre os eixos das suas juntas ao longo de uma linha mutuamente perpendicular aos eixos das juntas; • A perpendicular mútua sempre existe e é única, exceto no caso onde os eixos das juntas são paralelas. Torção do Elo ααααi-1 • A torção de um elo é o ângulo entre as projeções dos eixos das juntas em um plano cuja normal é mutualmente perpendicular aos eixos; • Este ângulo é medido do eixo i-1 para o eixo i usando a regra da mão direita sobre a perpendicular mútua. Parâmetros dos Elos Parâmetros das Juntas • Offset di – A distância ao longo do eixo da junta i entre as interseções das perpendiculares mútuas com os eixos dos elos i-1 e i; – Variável para juntas prismáticas. • Ângulo de junta θθθθi – O ângulo entre as perpendiculares mútuas incidentes no eixo da junta i; – Variável para juntas rotacionais. Axis i - 1 Axis i θθθθ i αααα i - 1 a i - 1 a i d i{ Link i - 1 Link i Parâmetros Elo e Juntas Simuladores de Manipuladores Robóticos • Simulador gratuito: http://www.encarnacao.com/p_documentation.htm#doc_us er_interface • Simulador ASIMOV do SENAI: http://www.neadrs.com.br/neadrs/site/principal/ShowSEC AO.asp?var_chavereg=44 Exercício para 01/10/2013 • Utilizando o simulador ASIMOV do SENAI crie um cenário e retorne todos os movimentos necessários para a pega de um objeto sobre uma mesa e a respectiva soltura sobre outro móvel. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 11 – 27/09/2013 O Modelo Cinemático de um Manipulador • Expressa a posição e a orientação do elemento terminal do robô em relação ao sistema de coordenadas fixo a base e em função das coordenadas de juntas; • O modelo pode ser descrito por uma função que expressa o espaço cartesiano em função do vetor de coordenadas angulares. Cinemática Direta e Inversa • Temos que definir a posição do robô utilizando: • Cinemática direta: – Na cinemática direta deseja-se obter a posição e velocidade do atuador para uma dada posição das articulações no espaço cartesiano base; • Cinemática inversa: – É o oposto da direta, busca-se obter as velocidades e posições (a pose) das articulações dadas a posição e velocidade (a pose) do atuador. Descrições espaciais • Uma descrição é uma matriz utilizada para descrever os objetos com os quais um manipulador deve tratar; • A descrição de uma posição é uma matriz 3 x 1: A P = px py pz Descrições Espaciais • A descrição de uma orientação é uma matriz de rotação 3 x 3; • Denota a diferença entre a orientação desejada e um sistema de coordenadas qualquer: B A R = A ˆ X B A ˆ Y B A ˆ Z B[ ]= r11 r12 r13 r21 r22 r23 r31 r32 r33 Descrição de uma Posição YA XA ZA {A} AP A P = px py pz x0 = x1 + xf, y0 = y1 + yf. Translação A P=BP+APBORG XA ZA YA {A} ZB YB {B} XB AP APBORG BP PRP BABA ⋅= Rotação 2D x1 = x0 cosθ + y0 sinθ y1 = −x0 sinθ + y0 cosθ XA YA θθθθ x0 y0 Rotação 3D YA XA ZA BP B P = px XB + pyYB + pzZB A P = px A XB + py AYB + pz A ZB A P = A XB AYB A ZB[ ] px py pz A P=BARBP Rx = 1 0 0 0 cosθ −senθ 0 senθ cosθ Ry = cosθ 0 senθ 0 1 0 −senθ 0 cosθ Rz = cosθ −senθ 0 senθ cosθ 0 0 0 1 Matrizes de Rotação Parciais 3D De {A} para {B} {A} XB αX αY αZcos α X( )= X A ⋅ X B cos αY( )= YA ⋅ X B cos α Z( )= ZA ⋅ X B Pode-se concluir que: A XB = XA ⋅ XB YA ⋅ XB ZA ⋅ XB Cinemática Direta • A partir dos valores das coordenadas de juntas é possível calcular a posição do manipulador; • Usado para o controle do manipulador; • O problema é determinar a posição da ferramenta dados os valores das juntas θ1, θ2, θ3, θ4, θ5, … θn ; • Solução: calcular a matriz cinemática. http://goo.gl/ah6a7P xo yo 1 = cosθ −senθ xf senθ cosθ yf 0 0 1 x1 y1 1 Matriz Homogênea • Um conjunto de transformações no mundo 2D pode ser representada completamente por uma matriz 3 x 3: ∆ ∆ ∆ 1000 987 654 321 zrrr yrrr xrrr 3x3 rotation matrix 3x1 translation matrix perspective global scale Utilizando a Matriz Cinemática Exemplo • Um frame {B} se encontra rotacionado com relação a um frame {A} por 30 graus (sobre o eixo z), e transladado de 10 unidades no eixo x e 5 unidades no eixo y; • Dado que um ponto se encontra na posição (3,7) no frame {B}, onde ele se encontra no frame {A}? • Dado que: • Usamos a definição e encontramos: == 0 5.12 9 PTP BABA = 0 7 3 PB − = 1000 0100 5030cos30 1003030cos sen sen TAB Exemplo Exemplo Algébrico: Robô 1R • O Robô 1R possui apenas uma junta rotacional; • É o pêndulo simples: (x,y,φ) 1 0T = cos(θ1) −sin(θ1) 0 0 sin(θ1) cos(θ1) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 . Equações para o Robô 1R EndEffector 0T = cos( θ1) − sin( θ1) 0 0 sin( θ1) cos( θ1) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ⋅ 1 0 0 L1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 EndEffector 0T = cos(θ1) −sin(θ1) 0 L1cos(θ1) sin(θ1) cos(θ1) 0 L1sin(θ1) 0 0 1 0 0 0 0 1 Solução completa: x = L1 cosθ1 y = L1 sinθ1 φ = θ1 Equações para o Robô 2R EndEffector 0T = c12 −s12 0 L1c1 + L2c21 c12 c12 0 L1s1 + L2s12 0 0 1 0 0 0 0 1 x = L1 cosθ1 + L2 cos θ1 +θ2( ) y = L1 sinθ1 + L2 sin θ1 +θ2( ) φ = θ1 +θ2( ) (x,y,φ) Solução completa: REFERENCE POINT l1 l2 l3 θ 3 θ 2 θ 1 φ(x ,y ) x y Equações para o Robô 3R x = L1 cosθ1 + L2 cos θ1 +θ2( )+ L3 cos θ1 +θ2 +θ3( ) y = L1 sinθ1 + L2 sin θ1 +θ2( )+ L3 sin θ1 +θ2 +θ3( ) φ = θ1 +θ2 +θ3( ) EndEffector 0T = c123 −s123 0 L1c1 + L2c21 + L3c123 c123 c123 0 L1s1 + L2s12 + L3s123 0 0 1 0 0 0 0 1 Solução completa: Cinemática Direta e Inversa • Temos que definir a posição do robô utilizando: • Cinemática direta: – Na cinemática direta deseja-se obter a posição e velocidade do atuador para uma dada posição das articulações; • Cinemática inversa: – É o oposto da direta, busca-se obter as velocidades e posições (a pose) das articulações dadas a posição e velocidade (a pose) do atuador. Cinemática Inversa – Exemplo • A cinemática inversa é uma ferramenta freqüentemente empregada por artistas de 3D; • É mais fácil expressar a aparência espacial do que manipular diretamente ângulos nas juntas; • Exemplo: quando alguém deseja pegar em uma maçaneta, o cérebro deve realizar os cálculos necessários para posicionar os membros e o tronco de maneira que a mão se localize próxima à porta. Cinemática Inversa – Exemplo • O objetivo principal é mover a mão, mas muitas articulações complexas de várias juntas deve ocorrer para que a mão se aproxime do local desejado; • De maneira similar as muitas aplicações tecnológicas, cálculos matemáticos de cinemática inversa são realizados para articular membros da forma correta para alcançar os objetivos desejados. Cinemática Direta X Inversa • Para solucionar os problemas de cinemática direta e inversa, temos que computar as relações matemáticas entre as posições de cada elo: – Adota-se um sistema de coordenadas por elo; – Utiliza-se conceitos de álgebra linear ... . . . X Y Z O Base Atuador θ1 θ2 θi θn = γ β α z y x p p p x = nθ θ θ . . . 2 1 θ px , py, pz α, β, γ Variáveis das Juntas Variáveis no espaço cartesiano θθθθ x Direta Inversa (Juntas) (Cartesiano) Cinemática Direta X Inversa Robotics Toolbox para o Matlab • Possui modelo de alguns manipuladores prontos: – PUMA560; – Stanford Arm; • Permite criar seu próprio modelo; • Execute as demos do toolbox: – rtdemo Criando um Robô no Matlab • Criando os links (juntas): – Link = link([ααααi ai θθθθi di tipo]) – onde tipo (que é opcional)= • 0 para Rotacional (default) e • 1 para Prismática • Criando o robô: – r = robot({Link1 Link2 ...}) Notação Danevit-Hartenberg • ai: a distância entre os eixos zi-1 e zi sobre o eixo xi. • ααααi: o ângulo entre os eixos zi-1 e zi sobre o eixo xi. • di: a distância entre a origem do sistema de referência i-1 ao eixo xi, sobre o eixo zi-1 . • θθθθi: o ângulo entre os eixos xi-1 e xi sobre o eixo zi-1. Criando um Manipulador 2R • Criando um manipulador 2R com: – 2 juntas rotacionais no eixo z – links de 1 metro cada. • Parâmetros D-H: Link ai αi di θi 1 1 0 0 θ1 2 1 0 0 θ2 Comandos para Criar um 2R • Criando os links: – L1 = link([0 1 0 0 0]) – L2 = link([0 1 0 0 0]) • Criando o robô: – r = robot({L1 L2}) Criando um Robô no Matlab L1 = 0.000000 1.000000 0.000000 0.000000 R (std) L2 = 0.000000 1.000000 0.000000 0.000000 R (std) r = noname (2 axis, RR) grav = [0.00 0.00 9.81] standard D&H parameters alpha A theta D R/P 0.000000 1.000000 0.000000 0.000000 R (std) 0.000000 1.000000 0.000000 0.000000 R (std) Para Visualizar o Robô • plot(r, q): – Desenha o robô r na posição q, um vetor que define os ângulos das juntas. • drivebot(r): – Permite visualizar e modificar os valores das juntas. • Use as ferramentas para: – Ampliar, Reduzir, Girar. plot(r, [0 0]) -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 XY Z 2R xy z Caixa para Controlar o Robô Comandos para o Manipulador L1 = link([0 1 0 0 0]) L2 = link([0 1 0 0 0]) r = robot({L1 L2}) plot(r, [0 0]), hold on drivebot(r) Computando a Cinemática Direta • A função fkine é usada para computar a cinemática direta: – fkine(robot, q) – onde: – robot = modelo do robô. – q = vetor da posição das juntas. – RETORNA: a matriz de transformação... • Exemplo: – fkine(r, [0 0]) fkine(r, [0 0]) ans = 1 0 0 2 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 plot(r, [0 0]) -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 XY Z 2R xy z fkine(r, [0 pi/2]) ans = 0.00 -1.00 0 1.00 1.00 0.00 0 1.00 0 0 1.0000 0 0 0 0 1.00 plot(r, [0 pi/2]) -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 -2 -1 0 1 2 XY Z 2R xy z Comandos para o Manipulador L1 = link([0 1 0 0 0]) L2 = link([0 1 0 0 0]) r = robot({L1 L2}) fkine(r, [0 0]) plot(r, [0 0]) Refaça utilizando coordenadas polares fkine(r, [0 pi/2]) plot(r, [0 pi/2]) Robô Puma 560 • O toolkit possui função para criar um robo tipo Puma 560: • Criando um robô PUMA: – puma560 • Exibindo o robô : – plot(p560, [0 0 0 0 0 0]) • O nome do robô criado é p560. plot(p560, qz) Exercício • Crie um robô PUMA: – puma560 %define um robô puma • Controle o robo: – drivebot(p560) % permite controle – hold on Exercício – 2 Pumas Animados puma560 p560b = p560; p560b.name = 'Outro Puma 560'; p560b.base = transl([-0.05 0.5 0]); plot(p560, qr); plot(p560b, qr); t = [0:0.2:10]; jt = jtraj(qr, 100, t); plot(p560, jt), plot(p560b, jt), hold on; jtraj:compute a joint space trajectory between two joint coordinate poses Exercício Considere e efetue: • um robo puma560; • o estado inicial do robô puma é a sua base canônica, ou seja, a extremidade da ferramenta de montagem do robô (posição do atuador) em coordenadas cartesianas é (0.0203, -0.15, 0.6568); • transladar o robô para [-0.5, 0.5, 0]; • a posição final (estado final) do robô puma, ou seja, a extremidade da ferramenta de montagem do robô (posição do atuador) em coordenadas cartesianas será (-0.7566, 0.3499, 0.2724); • criar animação conforme modelo apresentado. Exercício clear all close all clc puma560 p560.name = 'Posição Original'; p560b = p560; p560b.name = 'Nova posição'; p560b.base = transl([-0.5 0.5 0]); t = [0:0.5:100]; qs=[0 0.5 1 0 0 0]; jt = jtraj(qr, qs, t); plot2(p560, qr), hold on, plot2(p560b, jt) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 12 – 01/10/2013 Avaliação em 25/10/2013 • Início da prova as 10 h 00 min, o laboratório será fechado após este horário; • O arquivo da implementação será enviado pelo moodle, portanto, verifique antecipadamente seu login e senha de acesso. Avaliação em 25/10/2013 • A prova está dividida em teórica e prática: – após o término da teórica os computadores (e notebooks) serão ligados para a prática; • Após o acesso a sala, somente será permitida a saída após a entrega da prova. Robôs Móveis • São os robôs capazes de se locomoverem no ambiente em que estão inseridos; • Fisicamente, um robô móvel pode ser decomposto em: – Um mecanismo para que o robô se locomova pelo ambiente; – Um ou mais computadores para controlar o robô; – Um ou mais sensores pelo(s) qual(is) o robô obtém informação do ambiente. Robôs Móveis Autônomos • Autonomia: faculdade de se governar por suas próprias leis, dirigir-se por sua própria vontade; • Em robôs: habilidade de perceber e agir apropriadamente conforme a situação; • Autonomia pode ser: – completa (R2D2); – parcial (robôs teleoperados). • Um robô móvel autônomo tem a capacidade de movimentar-se no ambiente em que estiver inserido, perceber o ambiente através de seus sensores, adaptar-se às mudanças no ambiente, aprender a partir de experiências, construir representações internas do seu ambiente, que possam ser usadas no seu processo de tomada de decisão. [Nehmzow2000] Robôs Móveis Autônomos Robôs Móveis Autônomos • Há três perguntas básicas em robótica móvel: – Onde estou? – Onde eu estou indo? – Como eu chego lá? 1ª. Pergunta: Onde estou? • A primeira pergunta refere-se a localização de robôs; • Localização consiste em determinar a posição do robô em relação ao ambiente, utilizando informações provindas do ambiente adquiridas pelos sensores. 2ª. Pergunta: Onde eu estou indo? • Onde está indo? Significa conhecer sua posição objetivo; • A posição objetivo depende da tarefa a ser executada pelo robô; • A tarefa pode ser informada por um humano ou inferida pelo robô, dependendo do seu grau de autonomia. 3ª. Pergunta: Como eu chego lá? • Para deslocar até a posição objetivo, o robô necessita planejar sua trajetória; • Planejamento de trajetória consiste em determinar um caminho no ambiente entre a posição inicial e a posição objetivo, de forma que o robô não colida com nenhum obstáculo do ambiente e que os movimentos planejados sejam consistentes com as restrições físicas do robô. Robôs Móveis Autônomos • Para responder as 3 perguntas o robô deve: – Ter um modelo do ambiente (fornecido ou construído autonomamente); – Perceber e analisar o ambiente; – Encontrar sua posição no ambiente; – Planejar e executar seus movimentos. Resumo e Pesquisa • A navegação de robôs móveis autônomos é a capacidade do robô movimentar-se dentro de um ambiente, sendo capaz de atingir uma posição objetivo evitando os obstáculos encontrados no caminho; • A navegação de robôs é horizontal perante as diversas linhas de pesquisa. Definições Básicas: Estado do Robô • Estado é uma descrição suficiente do sistema; • O estado pode ser: – Observável: robô sempre conhece seu estado; – Inacessível/Não observável: robô nunca conhece seu estado; – Parcialmente observável: robô conhece parte do seu estado. Estado do Robô • Estado externo: estado do mundo; – Percebido usando os sensores do robô; • Estado interno: estado do robô; – Percebido usando sensores proprioceptivos; – Pode ser armazenado/recuperado; • O estado do robô é a combinação do seu estado interno com seu estado externo. Classificação dos Robôs Móveis • Diversas taxonomias são utilizadas para classificar robôs móveis: • Anatomia – Aéreos; – Aquáticos; – Terrestres (rodas, esteiras, pernas). Classificação dos Robôs Móveis • Tipo de Controle – Teleoperados: um operador define todos os movimentos que o robô deve executar; – Semi-autônomos: um operador indica o macro comando a ser executado e o robô o executa; – Autônomos: o robô realiza suas tarefas sozinho, estabelecendo suas decisões. Classificação dos Robôs Móveis • Funcionalidade – Industriais: utilizados em linha de produção; – Serviço: são utilizados para serviços em geral, trabalham em ambientes estruturados e conhecidos. – Campo: trabalham em ambientes não estruturados, pouco conhecidos e em geral perigosos. – Pessoais: são os robôs vendidos em prateleiras, que não desenvolvem tarefas específicas, mas interagem com os humanos. Classificação dos Robôs Móveis • Movimento – Holonômico: não apresenta restrições em relação ao movimento do robô; – Não-holonômico: robôs deste tipo estão sujeitos a restrições de movimento, exemplo: estacionar um carro. • Desenvolvido no Stanford Research Institute (anos 60); • Sensores de visão e contato; • STRIPS planner; • Navegação visual em um mundo especial; • Deliberativo. Primeiros Robôs: SHAKEY • LAAS em Toulouse, France (final 1970) • Vídeo, sonar, laser range- finder; • Representações espaciais multi-camadas; • Deliberativo -> Controle híbrido. Primeiros Robôs: HILARE • Standford Cart. (1977) seguido por CMU rover (1983); • Sonar e visão; • Controle deliberativo. Primeiros Robôs: CART/Rover Brooks – MIT (1986-1991) • Hannibal & Atilla Brooks – MIT (1986-1991) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 13 – 04/10/2013 DANTE – 1996 • Robô de 6 pernas empregado para explorar vulcões autonomamente; • Carnegie Mellon University. Pathfinder – 1997 • 1997: Missão PathFinder da Nasa; • O mundo assiste ao vivo, pela internet, imagens transmitidas de Marte pelo robô móvel Sojourner; • Robô controlado a partir da Terra; • Grande sucesso para a NASA. NASA Sojourner Rover (1997) Spirit e Opportunity – 2004 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 14 – 08/10/2013 Aplicações de Robôs Móveis • Há várias aplicações comerciais para robótica móvel: transporte, vigilância, inspeção, limpeza; • Robôs móveis tem médio impacto em aplicações domésticas e industriais; • A razão é a ausência de uma navegação robusta e confiável através de um ambiente. Aplicações de Robôs Móveis – Modernas • Tarefas domésticas simples: – Aspirador de pó ou – Limpadores de piscinas; • Extração de minério e suporte em minas; • Exploração: – Espacial; – Submarina; • Medicina: – Assistentes em cirurgias; • Entretenimento. AGV - Veículos Autônomos Guiados • Na VOLVO são empregados para transportar blocos de motores entre as estações de montagem; • Há cerca de 4000 AGV apenas nas fábricas da VOLVO; • AGV da Renault Brasil-> Helpmate • Robô móvel usado em hospitais para tarefas de transporte; • Vários sensores utilizados para navegação autônoma nos corredores; • Câmera apontada para o teto (landmarks) empregada para localização. http://goo.gl/Vnk5Ok BR700 Cleaning Robot • BR 700 cleaning robot desenvolvido pela Kärcher Inc., Germany. • Sistema de navegação é baseado em sonar e giroscópio; http://www.kaercher.de ROV Tiburon Underwater Robot • Robô ROV Tiburon: utilizado na arqueologia submarina (teleoperado). Ambientes Perigosos: Robô Pioneer • Robô Pioneer, teleoperado para explorar Sarcófago de Chernobyl Robôs de Pesquisa – Pioneer 1 • Robô móvel modular com várias opções de acessórios (garra, câmera…), equipado com biblioteca de navegação do Stanford Research Institute (SRI); http://goo.gl/Q5cY7Q • B21 da Real World Interface: é um robô móvel com até 3 processadores Intel on board. Robôs de Pesquisa – B21 Robô Educacional Khepera • Robô móvel para educação e pesquisa com 6 cm de diâmetro e módulos adicionais como câmeras e garras; http://www.k-team.com/ Forester Robot – Pulstech • Projetado para retirar madeira de florestas, a coordenação das patas é automatizada e a navegação é operada por humanos. pulstech Robôs para Inspeção de Tubos • Robôs HÄCHER para inspeção e reparação de tubos de esgoto (teleoperado); • http://www.haechler.ch Mineração • Sandia - Robô mapeia mina no México. http://goo.gl/YS9n0p UAVs – Unmanned Vehicles • Utilizam muitas técnicas robóticas: – UAVs geralmente são veículos aéreos não tripulados (U Aereal V); – carros tem sido automatizados (U Autonomous V); • Qualquer veículo que não necessita um piloto a bordo pode ser considerado um UAV. Percepção • Michaelis: Ato, efeito ou faculdade de perceber, recepção pelos centros nervosos de impressões colhidas pelos sentidos; • Coletar informação sobre o mundo; • Sensor – um dispositivo elétrico/mecânico/químico que mapeia um atributo do ambiente para uma medida quantitativa. Sensores do B21 Robart II Savannah BibaBot – BlueBotics – Suiça Pan-Tilt Camera Omnidirectional Camera IMU Inertial Measurement Unit Sonar Sensors Laser Range Scanner Bumper Emergency Stop Button Wheel Encoders Sensor • Em geral, os transdutores são os sensores que convertem a energia recebida em sinal elétrico; • O conjunto formado por um transdutor, um condicionador de sinal (amplificador) e um indicador formam um sistema de medição; • Quando o sinal resulta na forma de corrente ou tensão o dispositivo é denominado transmissor. Características dos Sensores • Sensibilidade: taxa de mudança da saída/entrada; • Linearidade: medida da constância da taxa de saída em relação a taxa de entrada; • Faixa de medida: diferença entre máximos e mínimos valores possíveis de medida; • Tempo de resposta: tempo necessário para uma mudança na entrada ser observada na saída. Características dos Sensores • Precisão: a diferença entre valores reais e medidos; • Repetibilidade: a diferença entre medidas sucessivas da mesma entidade; • Resolução: menor incremento observável na entrada; • Tipo de saída: movimento mecânico, tensão, corrente, pressão, intensidade luminosa, ... Caracterizando Erro do Sensor • Erros sistemáticos -> erros determinísticos: – Causados por fatores que podem (em teoria) ser modelados -> predição. • Erros não-sistemáticos -> não-determinísticos: – Não é possível realizar predição, mas podem ser descritos probabilisticamente. Caracterizando Erro do Sensor • Comportamento de sensores é modelado por distribuição de probabilidade (erros não-sistemáticos) – Em geral sabe-se pouco sobre as causas dos erros não- sistemáticos (não-determinísticos); – Assume-se que a distribuição de probabilidades é simétrica ou Gaussiana; – É importante saber o quão é o ERRO. Classificação de Sensores • Em relação ao tipo de informação: • Sensores proprioceptivos: – aferem valores internos do sistema (robô); – Exemplo: velocidade do motor, direção do robô, carga da bateria. • Sensores exteroceptivos: – adquirem informação sobre o ambiente; – Exemplo: distância de objetos, intensidade da luz do ambiente. Classificação de Sensores • Em relação a energia utilizada: • Sensores passivos: – Energia proveniente do ambiente; • Sensores ativos: – Emitem sua própria energia e medem a reação; – Melhor desempenho. Classificação Geral Classificação Geral Encoders das Rodas / Motor • Mensura a posição ou velocidade das rodas; • Movimentos podem ser integrados para conseguir uma estimação da posição do robô -> odometria; • Optical encoders são sensores proprioceptivos: – a estimação da posição em relação a um sistema de referência fixo é válida para movimentos curtos. http://goo.gl/M2DemY Sensores de Direção • Sensores de direção podem ser proprioceptivos (giroscópio, inclinomêtro) ou exteroceptivos (bússola); • Usados para determinar a orientação e a inclinação dos robôs; • Permitem, em conjunto com a informação de velocidade, integrar o movimento para uma estimação de posição. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Campus Sorocaba Introdução a Robótica Ciência da Computação Prof. Siovani Aula 15 – 11/10/2013 Sensores de Direção • Sensores de direção podem ser proprioceptivos (giroscópio, inclinomêtro) ou exteroceptivos (bússola); • Usados para determinar a orientação e a inclinação dos robôs; • Permitem, em conjunto com a informação de velocidade, integrar o movimento para uma estimação de posição. Bússola • Usada desde 2000 a.C. – Quando os chineses penduraram um pedaço de magneto num fio de seda e o usaram para guiar um carro de guerra; • Campo magnético da Terra: – Medida absoluta para orientação. Magnetômetros • Grande variedade de soluções para medir o campo magnético da Terra: – Bússola magnética mecânica; – Medida direta do campo magnético; (http://goo.gl/ztzO8r) • Principais desvantagens: – Facilmente perturbado por objetos magnéticos ou outras fontes; – Inviável para ambientes internos. Sensores Inerciais: Giroscópio • Sensores de direção que mantem a orientação em relação a uma referência fixa: – Medida absoluta para a direção de um sistema móvel; • Duas categorias: – Giroscópios mecânicos; – Giroscópios ópticos. Giroscópio Global Positioning System (GPS) • Desenvolvido para aplicações militares; • Tornou-se acessível para aplicações comerciais; • 28 satélites (incluindo 4 reservas) orbitam a Terra a uma altura de 20.190 km; • Posição de qualquer receptor de GPS é determinada através do tempo de vôo da medida. Global Positioning System (GPS) Sensores IMU • Inertial Measurement Unit (IMU) ou Attitude and Heading Reference System (AHRS); • Combinação de bússola 3D, giroscópios 3D, magnetômetros 3D e até GPS; • Usado para controle de estabilização de robôs, câmeras, veículos não tripulados, etc. Sensor IMU http://www.xsens.com/en/general/mti • Servem para indicar se o robô está próximo de algum objeto do mundo; • Informação de proximidade: – Importante para localização e modelagem do ambiente; • Sensores ultrasônicos ou sensores laser baseiam-se, respectivamente, na propagação da velocidade do som ou ondas eletromagnéticas. Sensores de Proximidade Sensores de Proximidade (tempo de vôo) • A distância percorrida pelo som ou pelas ondas eletromagnéticas é dada por: d = c . t onde: – d = distância percorrida (ida-e-volta); – c = velocidade de propagação da onda; – t = tempo de vôo. Sensor Ultrasônico • Frequência típica: 40 - 180 kHz; • Feixes de som propagam como um cone: – Ângulos de abertura em torno de 20 a 40 graus; – Regiões de profundidade constante; – Segmentos de um arco. -30° -60° 0° 30° 60° Amplitude [dB] measurement cone Laser Range Sensor • A distância do objeto é determinada medindo-se o deslocamento de fase entre o feixe de laser emitido e o feixe refletido. Phase Measurement Target D L Transmitter Transmitted Beam Reflected Beam P • Confidence in the range (phase estimate) is inversely proportional to the square of the received signal amplitude. – Hence dark, distant objects will not produce such good range estimated as closer brighter objects … Laser Range Sensor Sensores Visuais • Baseados em visão computacional. Fusão Sensorial • É o processo de utilizar informações fornecidas por vários sensores; • Mesmo para tarefas não muito complexas, apenas um sensor não é suficiente; • Precisão limitada; • Não confiável - falhas/redundância. Fusão Sensorial • Combina informações de: – diferentes sensores; – diferentes posições; – diferentes tempos. • Em geral, emprega técnicas matemáticas que consideram incertezas na informação (redes neurais, lógica fuzzy, filtro de Kalman); • Produz um conjunto de dados fundidos (como se houvesse um ‘sensor virtual’). Sensores e Atuadores • São dispositivos responsáveis pelo movimento e articulação das partes móveis de um robô; • Sensores e atuadores constituem a ligação do robô com o ambiente; • O robô percebe o ambiente através dos seus sensores e age no ambiente através dos seus atuadores; • Atuadores são diferentes dos sensores usados para percepção. Atuadores – Relembrando • São classificados em função da energia que utilizam para funcionarem; • A energia determinará as condições de funcionamento e o tipo de controle a ser utilizado. • Os três principais tipos de atuadores são: – Pneumáticos; – Hidráulicos; – Elétricos. Atuadores Pneumáticos – Relembrando • Pneumático: este atuador utiliza como fonte de energia a pressão do ar; • Um controle preciso da velocidade quanto da posição é difícil devido a alta compressibilidade; • É resistente aos danos provocados por uma sobrecarga. Atuadores Hidráulicos – Relembrando • Utiliza como fonte de energia a pressão da água ou óleo; • A menor compressibilidade em relação ao ar o torna mais adequado aos movimentos lentos e de maior precisão; • Pouco usado em robótica móvel devido a complexidade. Atuadores Elétricos – Relembrando • São os mais comuns e utilizados em robótica móvel; • Apresentam ótimas características de controle, precisão e confiabilidade; • Os motores para uso em robótica são agrupados em 3 categorias: – Motores de corrente alternada (AC); – Motores de corrente contínua (DC); – Motores de passo. Por que a Robótica é Difícil? • Sensores e atuadores são limitados e incertos; • Estado é parcialmente-observável. • Ambiente é dinâmico; • Ambiente está repleto de informações úteis.