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DIREITO PROCESSUAL PENAL 1º aula LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL NO BRASIL Competência da União: art. 22, I da Constituição Federal ressalva: normas complementares e suplementares (normas procedimentais) – Art. 24 § 2º CF 1 HISTÓRICO CPP atual: Decreto-lei nº 3.689 de 3/10/1941 Entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 1942 Antecedentes: Até a Constituição Republicana: Código Penal e Processual do Império – 1832 Constituição Republicana de 1891: Competência processual dos Estados – AM, MA, PI, CE, RN, PB, SE, BA, MG, ES, RJ, PR, SC, RS e DF adotaram SP, AL, MT, PA e GO não adotaram, seguindo o Código Penal do Império Reunificação da legislação penal e processual pelas Consolidações de 1934 e 1937, culminando com o atual CPP COMPOSIÇÃO DOS LITÍGIOS Força física (autodefesa) Composição (autocomposição) Processo O Processo como forma de composição dos litígios: Norma de Direito Penal: Preceito Primário; Preceito Secundário Conduta; Resultado; Nexo de causalidade; Imputabilidade; Causas de Exclusão de culpabilidade Causas de Exclusão ilicitude Sanção O PROCESSO É O MEIO ADEQUADO PARA AFERIR SE HOUVE VIOLAÇÃO DA NORMA PENAL, SE EVENTUAIS CAUSAS DE EXCLUSÃO DE ILICITUDE OU DE CULPABILIDADE ESTÃO PRESENTES, E PROMOVER A COMPOSIÇÃO DOS LITÍGIOS, SEM O MEIO PELO QUAL O ESTADO EXERCE O JUS PUNIENDI, QUE É SUA ATIVIDADE EXCLUSIVA. INTERVENCIONISMO Concepção autoritária pro Estado Processo penal dominado exclusivamente pela vontade do Estado O processo é voltado para satisfazer a vontade estatal GARANTISMO Concepção liberal pro indivíduo Processo Penal é dominado exclusivamente pela vontade do indivíduo O processo é totalmente garantista ESTADO DE DIREITO Visão temperada Processo Penal desempenha uma visão comunitária e social O Estado deve esclarecer o fato criminoso, perseguir e punir o criminoso SEMPRE EM NOME DA SOCIEDADE Fonte: DIAS; Jorge Figueiredo “Direito Processual Penal, Editora da Univeridade de Coimbra, Coimbra, Portugal, 2006 Conclusões: O processo procura o equilíbrio entre o intervencionismo e o garantismo O processo reflete os valores sociológicos, éticos e políticos do estado, sendo, portanto, dinâmico “Os institutos processuais não têm conceitos definitivos, mas relativos, na dependência, em determinado momento histórico, da predominância que se dê ao indivíduo em confronto com o Estado ou, pelo contrário, do Estado sobre o indivíduo” (CALAMANDREI, Giusepe - Instituições de Direito Proces- sual Civil). As relações entre o indivíduo e o Estado são regulamentadas pelo Estado 2ª Aula A LIDE PENAL Definição: Conflito de interesse entre o Estado (vontade de punir) e o particular (afastamento de qualquer punição – direito de liberdade) AUTOR Réu Decisão estatal: COMPOSIÇÃO DA LIDE A SOLUÇÃO DA LIDE PENAL ESTÁ CONSUBSTANCIADA NO PROCESSO PENAL Definição do direito processual penal: “Conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias de Polícia Judiciária, E a estruturação dos órgãos da Função Jurisdicional respectiva” MARQUES; José Frederico “Elementos de Processo Penal” Características: Ciência autônoma Tem finalidade É normativo É um ramo do Direito Público Relação do Direito Processual com outros ramos do Direito e as Ciências Penais: Direito Constitucional Direito Civil Direito Comercial Direito Administrativo Direito Internacional Medicinal Legal Psiquiatria Forense Psicologia Forense Criminalística SISTEMAS PROCESSUAIS INQUSITIVO Predomina o intervencionismo Processo secreto Escrito Sem qualquer garantia para o acusado ACUSATÓRIO Equlíbriro entre o garantismo e o intervensionismo Garantia de todos os princípios constitucionais Escrito MISTO Sistema acusatório formal Instrução inquisitiva Processo acusatório Princípios constitucionais do processo: Estado de inocência: CF art. 5ª, LVII Contraditório: CF art. 5º, LV Devido Processo Legal “Due Process of Law): CF art. 5º, LIV Publicidade: CF art. 5º, LX Juiz Natural: CF art. 5º, LIII e XXXVII Princípios Processuais: Obrigatoriedade Oficialidade Indisponibilidade Impulso oficial Identidade física do juiz Imparcialidade Igualdade das partes Livre convencimento do juiz Iniciativa das partes “Ne eat judex ultra petita partium” “Favor rei” Duplo grau de jurisdição FONTES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL Definição: DE ONDE PROVÉM ALGO, NO DIREITO O PRECEITO JURÍDICO DE ONDE PROVEM A NORMA Fontes: FORMAIS MATERIAIS FONTES DE PRODUÇÃO FONTES DIRETAS: A LEI FONTES INDIRETAS: COSTUME (Art. 4º da L.I.C.C.) PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO (Art. 3º CPP) TRATADOS, CONVENÇÕES E REGRAS DE DIREITO INTERNACIONAL (Art. 1º, I do CPP) SÚMULA VINCULANTE: ART. 103-A DA CF (Emenda Constitucional 45/2004) FONTES SECUNDÁRIAS: Direito Histórico Direito Estrangeiro Doutrina nacional e estrangeira FONTES REMOTAS: Ordenações do Reino Código Criminal do Império Código Criminal de 1841 Código de Processo Criminal de 1871 LEI PROCESSUAL NO TEMPO Art. 2º do CPP – Princípio da eficácia imediata Tempus regit actus” Atos anteriores permanecem válidos As normas têm aplicação imediata: a lei nova é “mais moderna” C) A lei proessual penal é irretroativa LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO ART. 1º DO CPP: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE Território físico Território por extensão (art. 5º, 1º CP Extraterritorialidade: art. 7º do CP Exceções: território nullius territórito estrangeiro com autorização território ocupado em caso de guerra LEI PROCESSUAL PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS PARLAMENTARES ABSOLUTAS RELATIVAS FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO INQUÉRITO POLICIAL Prática de um fato delituoso Necessidade de apuração Indícios de autoria Prova da materialidade BUSCA OS MÍNIMOS ELEMENTOS LASTREADORES DA AÇÃO PENAL INQUÉRITO POLICIAL X JUIZADO DE INSTRUÇÃO Inquérito policial: Investigação comandada por autoridade policial Juizado de instrução: Investigação comandada por um Magistrado (juiz instrutor) m atua como polícia judiciário v.g. França, Itália, Espanha, ... INQUÉRITO DIRIGIDO PELO MP Tendência moderna: França, Itália, Portugal, Espanha, México Venezuela, Peru, Estados Unidos, ..... Justificativa: MP é o destinatário da ação penal Plano Prático: Corporativismo, disputa de poder Exceção: Forças Tarefas (Task-Forces do direito americano) OUTRAS FRORMAS DE APURAÇÃO: Procedimento Administrativo Criminal (PCA) Inquérito Judicial na falência: Art. 22,III c/c art. 186 da Lei nº 11.01/05 Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Inquérito Policial Militar (IPM) Inquérito Civil : ação civil pública AUTORIDADE POLICIAL Art. 4º CPP: Autoridade Policial > Delegado de Polícia “órgão estatal incumbido de zelas pela segurança pública dos cidadãos” (Tourinho Filho) Divisão da atuação das Autoridades Policiais: Divisão territorial: terrestre marítima e aérea Formas de atuação: secreta e ostensiva Campos de atuação: Segurança Pública: Polícia Militar (Brigada Militar) Judiciária: Apuração das infrações criminais Administrativa: Portos, fronteiras, Rodoviária Federal. Ferroviária (linhas férreas estatais) Conceito de Inquérito Policial: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, REALIZADO PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA INFORMATIVO, INVESTIGATÓRIO, DESTINADO A APURAÇÃO DE INFRAÇÕES PENAIS E A SUA AUTORIA FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL: Apuração da ocorrência de uma infração penal e a respectiva autoria (arts. 4º e 12 do CPP) Colher informações sobre o fato criminoso (exceção: art. 3º, § 2º da Lei nº 8.501/92 (Dispõe sobre a utilização de cadáver não reclamado, para fins de estudos ou pesquisas científicas e dá outras providências) Características do Inquérito Policial: Discricionário Procedimento Escrito: (art. 9º CPP) Competência ratione loci EM MATÉRIA DE IP NÃO SE FALA EM NULIDADE OU IRREGULARIDADE POR INCOMPETÊNCIA VALOR PROBANTE DO INQUÉRITO Instrução provisória inquisitiva Informativo Provas técnicas com valor absoluto Demais provas devem ser corroboradas em juízo Podem influenciar na decisão judicial As decisões condenatórias não podem se fundamentar exclusivamente no IP (art. 155 CPP) Vícios do inquérito policial: Inexistem Meras irregularidades formais Exceto auto de prisão em flagrante: Nulidades relaxamento NOTITIA CRIMINIS Definição: CONHECIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL DE UM FATO, APARENTEMENTE, CRIMINOSO COGNIÇÃO DO DELITO Definição: MANEIRA PELA QUAL A AUTORIDADE POLICIAL TOMA CONHECIMENTO DO FATO CRIMINSO Formas de Cognição do Delito: COGNIÇÃO IMEDIATA OU INFORMAL: Autoridade toma conhecimento sem qualquer provocação explícita: Boletim de Ocorrência (B.O.) Delatio criminis: Dar parte Notícias da imprensa Relatórios de investigação Descobrimento de crime Denúncia anônima: delatio criminis inqualificada Comunicação obrigatória de crimes COGNIÇÃO MEDIATA OU FORMAL Autoridade Policial toma conhecimento do fato através de provocação expressa: Representação do ofendido Crimes de ação privada Determinação de autoridades superiores Requisição COGNIÇÃO COERCITIVA Conhecimento através de ato de coerção Instauração do Inquérito a REQUERIMENTO do ofendido (art. 5º, II CPP) Direito de petição: art. 5º, XXXIV, CF Formulado pelo ofendido ou seu representante legal Para crimes de ação penal pública incondicionada Requisitos: art. 5º, § 1º CPP Instauração do inquérito policial nos crimes de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA Art. 5º, § 4º do CPP Representação: Autorização para o MP ofecer denúncia em alguns crimes Nat. Jurídica: CONDIÇÃO ESPECÍFICA DE PROCEDIBILIDADE Pessoa incerta? Ausência de representação? Representção contra apenas um coautor? Instauração do inquérito policial nos crimes de AÇÃO PENAL PRIVADA Mesmo tratamento da ação penal pública condicionada Ausência de requerimento falta de justa causa Não há prazo: decadência As investigações no bojo do Inquérito Policial Art. 6º CPP Cognição do crime Portaria de instauração Diligências art. 6º CPP Indiciamento Ato de ofício do Delegado de Polícia Indiciado: Suspeito submtido ao indiciamento Indiciamento: Conjuto de atos que oficializam e formalizam a suspeita Sinalização da autoria: SUSPEITO Indiciado: OFICIALMENTE SUSPEITO Procedimento regulamentado pela Portaria DGP-18 de 25/11/1998 Conjunto de atos administrativos: Qualificação Interrogatório Identificação (art. 5º, LVIII, CF) Vida Pegressa Classificação do delito Reconstituição do crime (reprodução simulada) Art. 7º CPP Encerramento do Inquérito Policial Relatório da Autoridade Policial minucioso completo indicar pessoas que não foram ouvidas classificação do delito: O MP não está adstrito a essa classificação Prazos para conclusão do Inquérito Policial: Gerais: 10dd para indiciado prezo e 30dd para indiciado solto Epeciais: Economia popular (Lei nº 1.521/51): 10 dd (solto ou preso) Competência da Polícia Federal: 15 dd (preso ou solto prorrogáveis por mais 15 (art. 66 da Lei nº 5.015/66) Tóxicos: (Lei nº Lei nº 11.343/06, art. 51): 30dd preso; 90dd solto OS PRAZOS PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO NÃO SE INTERROMPEM POR FERIADOS DOMINGOS E FÉRIAS: EXCESSO DE PRAZO CONFIGURA CONSTEANGIMENTOM ILEGAL SANAVEL HC Dilação de prazo: art 10, § 3º do CPP MP concorda MP discorda denuncia requer diligências arquiva Discordância do Juiz: Correição Parcial ou art. 28 do CPP Fatos novos: art. 18 do CPP CLAÚSULA REBUS SIC STANTIBUS APENAS COISA JULGADAFORMAL DA AÇÃO PENAL Ação: Direito de invocar a prestação jurisdicional (art. 5º, XXXV, CF) Ação ≠ Processo: Ação→Direito ao processo (D. subjetivo processual) Processo →sucessão de atos destinados a solução do litígio AÇÃO PENAL: DIREITO DE INVOCAR A PRESTAÇÃO JURISIDICIONAL 38 Características do Direito de Ação Autônomo Abstrato Instrumental Específico Determinado Subjetivo Público Princípios da ação penal Princípios constitucionais gerais: contraditório ampla defesa devido processo legal juiz natural inafastabilidade da jurisdição (Art. 5º, XXXV, CF) INTRANCENDÊNCIA (Art. 5º, XLV, CF) IN DUBIO PRO SOCIETATE Lide penal Existência de conflitos de interesse indisponíveis: JUS PUNIENDI X PROTEÇÃO À LIBERDADE CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL Possibilidade jurídica do pedido Interesse de agir Legitimidade para agir **Condições objetivas de punibilidade Condições de procedibilidade representação ingresso no território nacional requisição do Ministro da Justiça Pressupostos processuais da ação penal Inicial apta Juiz competente Inexistência de fatores impeditivos litispendência perempção decadência coisa julgada 42 Classificação das ações penais Conhecimento declaratória constitutiva condenatória Executiva Cautelar Classificação das ações penais, segundo o titular da ação Ação penal pública condicionada incondicionada Ação penal privada principal subsidiária Ação penal popular: HC? Ação Penal Pública Condicionada Incondicionada Princípios da ação penal pública Obrigatoriedade Indisponibilidade Oficialidade Indivisibilidade Ação Penal Pública Ação Penal Pública incondicionada: regra geral Ação Penal Pública condicionada: depende de uma condição de procedibilidade Princípios da ação penal pública: Obrigatoriedade indisponibilidade Oficialidade Indivisibilidade DA REPRESENTAÇÃO: Definição: “autorização” , prevista em lei, dada pelo ofendido para a propositura ação penal pública Titularidade: Ofendido Representante legal Sucessores: artigo 1829 do Código Civil Retratação da representação Renúncia ao D. de representação Prazo: artigo: 38 do CPP Ação Penal Privada: Definição: ação penal cuja titularidade, por determinação legal, é exercida pelo particular Divisão: Exclusivamente privada Subsidiária da pública Princípios: Oportunidade ou conveniência Disponibilidade Indivisibilidade: artigo 48 do CPP Titularidade do direito de queixa: artigo 30 do CPP Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Previsão legal: art. 5º, LIX, CF; art. 29, CPP e art. 100 § 3º CP Princípios: Oportunidade e conveniência Indisponibidilidade Indivisibilidade Titularidade: art. 30 CPP Prazo: o mesmo da queixa Desistência: não é possível Atitudes do MP em face da Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Oferecida a queixa No prazo de três dias Pede o prosseguimento ou silencia Repudia a queixa e oferece denúncia substitutiva Adita a queixa “Custos legis" Titular da ação Reversão de titularidade: art. 29, in fine, CPP JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Juridição: “juris dictio” dicção do direito: declara a normaaplicável ao caso concreto apra a solução do litígio “Jurisdição é o poder, função e atividade de aplicar o direito a um fato concreto, pelos órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a justa com- posição da lide” (Vicente Grecco Filho – “Manual de Direito Processual Civil”) Função típica do Poder Judiciário: arts. 92 a 126 da CF Jurisdição é: Função: incumbência de aplicar a lei ao caso concreto Atividade: gama de atos praticados pelos juízes no processo Dever: deve o juiz decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito se a lei for omissa 53 JURISDIÇÃO: exercício da atividade jurisdicional LEGISLAÇÃO: produção normativa do Estado ADMINISTRAÇÃO: prática de atos dministrativois próprios da administração pública JURISDIÇÃO PENAL X JURISDIÇÃO CIVIL PRINCÍPIOS DA JURISIDIÇÃO Inércia ou iniciativa das partes Universalidade ou inafastabilidade: CF, art 5º, XXXV E LXXIV Indeclinabilidade: art. 4º da LICC e art. 126 do CPC Investidura Imparcialidade do juiz Indelegabilidade da jusrisdição Unidade (ou unicidade) Inevitabilidade (ou irrecusabilidade) Devido processo legal (due process of law) Improrrogabilidade Juiz natural “Perpetuatio jurisdictionis” Identidade física do juiz Substitutividade Complementaridade Definitividade Duplo grau de jurisidição DA DENÚNCIA E DA QUEIXA Art. 41 do CPP Denúncia: exordial, vestibular, preambular, dilucular, proemial, isogoge, prodrômica, peça madrugadora, … PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO PENAL PÚBLICA Forma: escrita oral (art. 77 da Lei nº 9.099/950 Denúncia inexistente: falta de sujeito ativo: oferecida por quem não é Promotor de Justiça (art. 129 § 2º CF) Promotor de Justiça sem atribuição Apócrifa falta de objeto Queixa inexistente: falta de sujeito ativo firmada por Advogado sem procuração suspenso pela OAB firmada pelo ofendido que não seja Advogado Requisitos da denúncia Imputação fática ausência: inépcia Observações: denúncia concisa Aptidão e ampla defesa “A DENÚNCIA É UMA EXPOSIÇÃO NARRATIVA E DEMONSTRATIVA” (in Processo Criminal Brasil;eiro – João Mendes Júnior) Aristóteles (ÉticadoNicômaco) Sete“W”deOurodaCriminalísticaAlemã QUIS WER QUEM? QUID WAS QUE? UBI WO ONDE? QUIBUS AUXILIUS WOMIT COM QUEM? CUR WARUM POR QUE? QUO MODO WIE DE QIUE MODO? QUANDO WANN QUANDO? Aditamento à denúncia Correção de erros materiais, e art. 383 do CPP (ADITAMENTO IMPRÓPRIO DE RETIFICAÇÃO) Inclusão de fatos novos (espontâneos) – art. 569 CPP Fatos novos decorrentes da instrução da causa – art. 384 CPP (ADITAMENTO PRÓPRIO) Acusação no caso do concurso de pessoas Descrição da conduta de cada agente concurso homogêneo: coautoria concurso heterogêneo: participação Concurso necessário A DENÚNCIA PODE SER ACEITA OU REJEITADA EM RELAÇÃO A QUALQUER UM DOS AGENTES Denúncia genérica nos crimes societários: Polêmica Sistema Financeiro (Lei nº 4595/64) Crimes Contra a Ordem Tributária e Econômica (Lei nº 8137/90 Código de Defesa do Consumidor Crimes Ambientais (Lei nº 9605/98) Crimes de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9613/98) Crimes Contra a Previdência Social ( Lei nº 8212/91) Possível: STF, STJ, TRF’s (Provar-se-á no curso da instrução) Impossível: STF, STJ, TJSP (Inépta: viola o princípio da ampla defesa) 63 Imputação Alternativa (ou denúncia genérica): Plano objetivo: imputação de um fato alternativo ao agente Plano subjetivo: fato único a mais de uma pessoa Impossibilidade (Ada Pelegrini Grignover, Antonio Scarance Fernandes, Antonio Magalhães Gomes Filho): denúncia inepta e viola a ampla defesa Possibilidade: (José Frederico Marques, Mirabete, Vicente Grecco Filho, Afrânio Silva Jardim): Estado de dúvida que se resolve pro societate. Aprimoramento na instrução e aplicação do art. 384 do CPP Prazos para o oferecimento da denúncia: Gerais: 5 dias réu preso 15 dias réu solto Especiais: Lei Antidrogas (Lei nº 11343/06): prazo único de 10 dias Crimes Eleitorais (Código Eleitoral): 10 dias Crimes Contra a Economia Popular (Lei nº 1521/51): 2 dias Crimes de Abuso de Autoridade (Lei nº 4898/65): 48 horas Crimes Falimentares: (Lei nº 11101/06) prazos gerais do CPP ou 15 dias após a entrega da exposição circuns- tanciadas dos fatos apresentada pelo adm. judicial Lei de Imprensa (Lei nº 5250/67) 10 dias Individualização do acusado: Art. 41 do CPP: resposta ao “quis?” qualificação: identificação social identificação: identidade física Classificação do crime: Fundamento jurídico da denúncia Do recebimento da denúncia ou da queixa Ato formal e personalíssimo do juiz Verifica: Condições genéricas de procedibilidade Justa causa Tipicidade da conduta Punibilidade da infração Viabilidade da acusação Legitimidade Condições específicas de procedibilidade Regra da não fundamentação: Polêmica Duplo recebimento? Problemática do artigo 399 do CPP Efeitos do recebimento da denúncia Estabelece a lide penal Interrompe a prescrição (art. 117, I CP) Formaliza a acusação Recursos: Contra o recebimento: NÃO HÁ (EXCETO HC) Contra rejeição: Recurso em sentido estrito (art. 581, I CPP) Agravo regimental DA COMPETÊNCIA Jurisdução: “É O PODER E A ATIVIDADE DE APLICAÇÃO DO DIREITO A UM FATO CONCRETO, PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DESTINADOS A TAL, OBTENDO-SE A JUSTA COMPOSIÇÃO DA LIDE”(Chiovenda, citado por Grecco) Função Típica do Poder Judiciário (CF arts. 92 a 127) Poder: Soberania Função: Incumbência de aplicar a lei Atividade: Gama de atos praticados pelo P. Judiciário Dever: Obrigatoiriede de julgar Elementos da Jurisdição “Notio” (conhecimento) “Vocatio” (chamamento) “Coertio” (coerção) “Judicium”(julgamento) Ëxecutio”(execução) Competência é a parcela da Jurisidição “Porção pessoal (ratione personae), material (ratione materiae) ou local (ratione loci), dentro da qual o juiz exerce validademente o poder jurisicional” (Magno) CRITÉRIOS PARA A FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA (Ordem lógico jurídica de precedência) 1) Foro privativo por prerrogetiva de função (ratione personae) 2) Razão da matéria (ratione materiae) 3) Local da infração (ratione loci) 4) Normas de organização judiciária DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS Uma das formas de defesa processual, nos termos do art. 396-A do CPP “pre iudicare” Conceito: questões de fato e de dereito que, pela lógica processual, devem ser decididas antes do julgamento do mérito da causa (relação com a tipicidade): Insere-se no tipo penal (elementar do tipo penal) Elementos: Anterioridade Necessidade lógica Autonomia Diferenças entre questões prejudiciais e preliminares: QuestãoPrejudicial QuestãoPreliminar Penalouextrapenal Processual LigadaaoD. Material LigadaaoD.Processual Ligadaaoméritodainfração Ligadaaexistênciadepressupostosprocessuais Autônoma Vinculada Decidadidapelojuízopenalouextrapenal Sempredecididapelojuízopenal Fonte: MAGNO, Levy -”Curso de Processo Penal Didático, p. 363, Atlas, São Paulo, 2013 Classificação das Questões Prejudicias: Total Parcial Homogênea Heretogênea Facultativa Obrigatória Devolutiva Não devolutiva DAS EXCEÇÕES Conceito: DEFESAS PROCESSUAIS QUE BUSCAM A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, OU A SUA DILAÇÃO ESPÉCIES Peremptórias: têm por escopo a extinção do processo Dilatórias: têm por escopo “retardar “ o curso do processo, corrigindo-o Previsão legal: art. 95 do CPP Exceção de suspeição: Tipo: DILATÓRIA Objetivo: RECUSA DO JUIZ (JURADO) Motivo: IMPARCIALIDADE OU ISENÇÃO Formas de declaração: EX OFFICIO ou PELA (S) PARTE(S) Hipóteses: art. 254 CPP PRECEDE TODAS AS DEMAIS EXCEÇÕES Formas de arguição: Art. 97 do CPP A SUSPEIÇÃO É DO JUIZ E NÃO DO JUÍZO EFEITO: AFASTAMENTO DO JUIZ Suspeição de outros atores do processo: Tribunais Ministério Públco (art. 258 CPP) Jurados (art. 448 CPP) Peritos (art.280 CPP) Auxiliares da justiça Efeitos Afastamento do órgão jurisidicional ou do ator Nulidade absoluta do processo (juiz) ou do ato (demais atores) Observações 1) Não há suspeição de Autoridade Policia (art. 107 CPP) 2)Formas em que a imparcialidade é afetada: 2.1) Suspeição (sentido estrito): vinculo do juiz com a parte 2.2) Impedimento (interesse): proibição de exercer a jurisdição 2.3)Incompatibilidade: por exclusão (foro íntimo): Res nº 82/2009 CNJ Das outras exceções Ilegitimidade de parte (dilatória) Litispendência (peremptória) Coisa julgada (perempetória) DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS Natureza: Medidas cautelares reais Objetivo: Garantir a ação civil ex delicto e evitar o enriquecimento sem causa Espécies Sequestro (art. 132 CPP) Hipoteca legal (art. 134 CPP) Arresto (art. 137 CPP) Alienação antecipada de bens (art. 144-A CPP) Do Sequestro Definição Abrangência: Proventos da infração (imóveis) Objetivos: ressarcimento ex delicto, evitar o enriquecimento sem causa Peculiaridade: Direito de sequela Pressuposto: indícios VEEMENTES de procedência ilícita dos bens Procedimento: De ofício ou a requerimento do MP, ou do ofendido, ou da Autoridade Policial Direito erga omnes: Registro imediato ma matrícula do imóvel Direito de defesa: embargos (art. 130 CPP) Levantamento: art. 131 CPP Hipoteca Legal Recai sobre o patrimônio imobiliário do réu Na fase processual (conhecimento ou execução) Finalidade: Garantir a ação civil ex delicto Certeza da infração e indícios suficientes de autoria Avalição do(s) bem(s) no valor da indenização (cabe contraditório) Inscrição Arresto Recai sobre o patrimônio do acusado Preparatório para a hipoteca legal ou na ausência ou valor insuficiente sobre os bens móveis Indícios da infração Da Restituição de Coisas Apreendidas Artigos 6º, II e 240 § 1º CPP (Instrumentos do crime, objetos de valor probatório e produto direto ou imediato do crime) CONFISCO: Art. 91, II do CP Insturmentos ilícitos e produtos ou proveitos do crime Inutilização: art. 124 CPP Tratamento especial: Armas ( art. 25 da Lei nº 10.826/2005 – Estatutodo Desarmamamento) Drogas (art. 60 e ss da Lei nº 11.343/2006 – Lei Antidrogas) RESTITUIÇÃO: Art. 120 §§, CPP ` INCIDENTE DE FALSIDADE Falsidade documental (arts. 145/148 CPP) Possibilidade: 1a e 2a Instâncias Efeito imediato: Suspensão do processo Conceito de documento: Amplo: Restrito Classificação: Originário Eventual Conteúdo da falsidade: Material Ideológica Falso grosseiro Arguição: De ofício Pela parte Processamento: Instauração Instrução Provas cabíveis Natureza da decisão Recurso Incidente de insanidade mental Fundamento: arts. 145 a 154 CPP Imputabilidade Inimputabilidade Semi imputabilidade Procedimento Efeitos DA PRISÃO - Forma de medida cautelar: CAUTELAR PESSOAL ou SUBJETIVA - Exceção ao princípio da não culpabilidade (princípio da inocência) Fundamento Constitucional: Art. 5º, LXI Espécies de Prisão 1) Prisões Cautelares: 1.1) Prisão temporária 1.2) Prisão em flagrante delito 1.3) Prisão Preventiva 2) Prisão em razão de senteça condenatória transitada em julgado (prisão pena) Da Prisão em flagrante Conceito: (prisão visual, prisão da certeza) Sujeito Ativo: qualquer do povo (art. 301 do CPP) Sujeito passivo: acusado Espeçies de Flagrante: Flagrante próprio: (art. 302, I e II do CPP) Quase flagrante: (art. 302, III do CPP) Flagrante presumido: (art. 302, IV do CPP) Flagrante Preparado Flagrante esperado Lavratura ao auto de prisão em flagrante Comunicação da prisão em flagrante ao Juiz, Ministério Público e Defensoria Conversão do Flagrante em prisão preventiva Imposição de Medidas diversas da prisão preventiva (art. 319 CPP) Relaxamento da prisão em flagrante