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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP Centro de Educação a Distância – Polo Acaraú Turma: N-40 período: 4º semestre Turno: Noite Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Contabilidade Intermediária Alunos: Márcia Adaiane Albuquerque Mota - RA: 374349 Francisco Diego Vasconcelos -RA: 372048 José Odécio Freitas - RA: 376257 Felipe Jordí Correia de Lima - RA: 374066 Maria Emanuela da silva - RA: 353935 Fabiene Martins Nunes da silva – RA: 355001 Professor EAD: Gizele Zanardi Tutor Presencial: Rosa Cavalcante ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA RELATÓRIO DE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA Jijoca de Jericoacoara/CE, 26 de setembro de 2013. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. ETAPA 01: BALANCETE DE VERIFICAÇÃO...............................................................4 3. ETAPA 02: REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA........................... 6 4. ETAPA 03 – CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO, CÁLCULOS DE EXAUSTÃO, AMORTIZAÇÃO E DEPRECIAÇÃO E CALCULO DA PCLD 8 5. ETAPA 04: CONCEITOS E ELABORAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO 12 6. FRAUDES CONTÁBEIS. 24 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 26 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 27 INTRODUÇÃO A contabilidade é uma área de extrema importância para o sucesso empresarial, uma ferramenta decisiva na tomada de decisões e que deve ser apurada com muita exatidão. Os demonstrativos contábeis são o alicerce para decidir sobre o futuro da entidade, se é necessário aumentar o estoque, como anda as dividas com fornecedores, que investimentos são mais vantajosos, se está em dia com os encargos tributários, em fim, se a empresa teve lucros ou prejuízos e como cada sócio será beneficiado. A contabilidade é o espelho da instituição e é através desta imagem, do que os balanços refletem, que se é possível conseguir os recursos, os meios necessários para a ascensão da empresa. Entre estes demonstrativos contábeis o relatório irá nos conceituar, detalhar e exemplificar dois importantes, cito: balancete de verificação e Apuração do Resultado, que permitem identificar erros nos lançamentos contábeis, equilibrar as contas e primar pelo princípio da competência. Veremos como elaborar a folha de pagamento, todos os adicionais e descontos incorridos na folha, as leis que regulamentam e estabelecem cada percentual e diversos cálculos para a analise de um investimento e para conseguir um planejamento que aproveite ao máximo sua capacidade. Vale destacar, que outro ponto importante deste relatório será a análise de três famosas fraudes contábeis, o que nos remete aos princípios contábeis que devem nortear toda a atuação do contador. Por fim, consolidaremos alguns conceitos, unindo nossos conhecimentos adquiridos com teoria da contabilidade, contabilidade financeira e agora com contabilidade intermediária, disciplinas que se complementam, informações que nos enriquece e esclarece e que ao mesmo tempo nos permitirá aliar teoria e prática dado a elaboração dos demonstrativos que serão apresentados. ETAPA 1: BALANCETE DE VERIFICAÇÃO O balancete de verificação é uma demonstração contábil que utiliza o princípio do método das partidas dobradas, criado por Lucca Faccioli durante a idade média. O balancete objetiva averiguar se os saldos das contas contábeis estão em equilíbrio, daí a importância da sua utilização na escrituração contábil da empresa. No balancete de verificação, cada debito deverá equivaler a um crédito do mesmo valor, de modo que a soma dos saldos devedores seja igual à soma dos saldos credores. Esse demonstrativo poderá ser utilizado para fins gerenciais, pois possui informações importantes, extraídas dos registros contábeis mais utilizados e o balancete deverá ser assinado por um contador habilitado com o CRC ativo. Em fim, é uma técnica bem utilizada pelos contadores para verificar se os lançamentos contábeis realizados em determinada data estão corretos. Tabela 01 – Balancete de Verificação da Companhia Beta Balancete de Verificação Contas Movimento Devedor Credor Receita de Serviços 477.000,00 Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) 57.000,00 Fornecedores (Curto Prazo) 90.000,00 Duplicatas a Receber (Curto Prazo) 180.000,00 Veículos 45.000,00 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 33.000,00 Despesas com Vendas 27.000,00 Duplicatas a Pagar (Curto Prazo) 54.000,00 Empréstimos (Longo Prazo) 45.000,00 Reserva de Lucros 60.000 60.000,00 Despesas de Depreciação 37.500,00 Despesas com Salários 189.000,00 Despesas com Impostos 52.500,00 Capital Social 294.000,00 Dividendos a Pagar (Curto Prazo) 6.000,00 Móveis e Utensílios 285.000,00 Equipamentos 270.000,00 Disponível 30.000,00 Total 1.116.000,00 1.116.000,00 Fonte: O Autor. A tabela acima demonstra o balancete de verificação da Companhia Beta. Vale ressaltar, que no balancete contas de ativo possuem saldo devedor bem como as despesas, e contas de passivo possuem saldo credor, assim como as receitas e ao final do balancete o saldo devedor e credor possuem o mesmo montante, frisando a ideia de que toda conta lançada a débito, possui outra conta lançada a crédito. 2.1 Apuração de Resultado do Exercício: A apuração do Resultado do Exercício – ARE – é um demonstrativo utilizado para avaliar se a empresa obteve lucro ou prejuízo, para isso devem-se comparar as despesas, custos e receitas do período, de acordo com o princípio da competência. Receitas são as contas provenientes da venda de bens e serviços, custos são as contas referentes ao objeto fim da empresa e despesas são os gastos administrativos, por exemplo. A entidade obtém lucro quando a receita for maior que o custo e a despesa e obtém prejuízo quando acontece o inverso, ou seja, a receita é menor que o custo e a despesa. Em relação ao balancete de verificação acima (tabela 01), temos as seguintes contas de resultado (que serão zeradas utilizando a ARE como contrapartida): Razonetes: Receita de serviços 477000,00 477000,00 ARE 27000,00 477000,00 37500,00 189000,00 52500,00 306000,00 4777000,00 171000,00 Despesas com depreciação 37500,00 37500,00 Despesas com Impostos 52500,00 52500,00 Despesas com vendas 27000,00 27000,00 Despesas com Salários 189000,00 189000,00 Tabela 02: Apuração do Resultado do Exercício Apuração do Resultado do Exercício Contas Movimento Devedor Credor Receita de Serviços 477.000,00 Despesas com Vendas 27.000,00 Despesas de Depreciação 37.500,00 Despesas com Salários 189.000,00 Despesas com Impostos 52.500,00 Total 306.000,00 477.000,00 Lucro Antes dos Impostos 171.000,00 Fonte: O Autor. De acordo com os dados apresentados a Companhia Beta apresenta o lucro de R$ 171.000,00, antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro. De posse dessas informações, podemos também, calcular o valor do ativo circulante da Companhia Beta, conforme mostra a tabela abaixo: Tabela 04: Total do Ativo Circulante da Companhia Beta em 31/12/2010 Ativo Circulante Duplicatas Descontadas (Curto Prazo) 57.000,00 Duplicatas a Receber (Curto Prazo) 180.000,00 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 33.000,00 Disponível 30.000,00 Total 210.000,00 Fonte: O Autor ETAPA 02: REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA Apresentamos em nosso conteúdo a resenha de dois tipos de regimes na contabilidade para apuração do resultado do exercício, que são: Regime de competência e Regime de caixa. O Regime de competência registra os fatos contábeis que correspondem ao patrimônio, desse regime decorre o princípio da competência sendo o único reconhecido pela NBC como análise válida, seu resultado é de forma correta e completa, nas demonstrações financeiras ficam bem esclarecidos os fatos passados, presentes e futuros para assim os usuários tomarem suas decisões com exatidão. As receitas são contabilizadas no momento em que foram geradas, independente do seu recebimento. As despesas são contabilizadas no momento em que são consumidas, não dependendo do seu pagamento, pois ainda que tais despesas não tenham sido pagas serão registradas para serem contabilizadas para o resultado do exercício. Já o Regime de caixa é um regime simplificado na contabilidade, no qual as receitas e as despesas são registradas pelas entradas e saídas (movimentação do caixa). Importante esclarecer, que esse regime é aplicado para atividades sem fins lucrativos divergindo do da competência, onde é utilizado para atividades com fins lucrativos, ou seja, meio empresarial. As receitas são contabilizadas no momento em que são ganhas, entrando assim dinheiro para o caixa. As despesas são contabilizadas no momento em que são pagas, saindo assim dinheiro do caixa, com a subtração das receitas e despesas temos o resultado do exercício pelo o Regime de caixa. Exemplos de 03 eventos que demonstrem que a sobra de dinheiro no caixa não é sinônimo de lucro: 1-Venda a vista de um item comprado a prazo (compro uma mesa á vista para o escritório no valor de R$ 250,00 e efetivo o pagamento em 2 x parcelas no valor de R$ 125,00). 2-Recebimentos em datas inferiores aos pagamentos (quando o meu cliente efetiva um pagamento no valor de R$ 500,00 anterior ao vencimento da fatura, ocorrendo um aumento no Ativo). 3- Vendas de itens disponíveis em estoque e que já tenham sido pagos em períodos anteriores (Tenho disponível no meu estoque alguns itens que totalizam o valor de R$ 1.788,00, no entanto já foram quitados em outros períodos). 3.1 Etapa 02 - Passo 03. Ajudar o contador da empresa a contabilizar a operação descrita nesse passo, de acordo como regime de competência, e responder as questões a seguir, considerando que: A companhia Beta contratou, em 01/08/2010, um seguro contra incêndio para sua fábrica, com prazo de cobertura de três anos e vigência imediata. O prêmio foi de R$ 27.000,00, pago em 3parcelas iguais mensais, sem juros, sendo a última paga em 01/11/2010. Com base nas informações acima, responder: De acordo com o Regime de Competência, a Companhia Beta deverá ter lançado em 31/12/2010, o total de __R$ 3.750,00____________. Justifique sua resposta. (Valor do prêmio) R$ 27.000,00 / 36 meses = R$ 750,00 (Apropriação mensal) (Meses beneficiado no exercício de 2010) 5 meses X 750 = R$ 3.750,00 Deve se considerar os 5 meses que beneficiam o exercício de 2010.No Regime de Competência são registradas as receitas geradas e as despesas incorridas no período, as próximas parcelas serão beneficiadas nos anos posteriores a outros exercícios, pois deverão ser mantidas no ativo circulante, por ser tratar de uma despesa ainda não incorrida. 2) Elaborar os lançamentos das seguintes operações: a)Pelo registro do seguro (01/08/2010). D – Seguros a Vencer (Ativo Circulante) 01/08/2010 R$ 27.000,00 C – Seguros a pagar (Passivo Circulante) R$ 27.000,00 4 ETAPA 03 – CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO, CÁLCULOS DE EXAUSTÃO, AMORTIZAÇÃO E DEPRECIAÇÃO E CALCULO DA PCLD. Nesta etapa apresentamos alguns conceitos extraídos do livro texto da disciplina de Contabilidade Intermediária (FAHL e MARION, 2013) sobre contas redutoras do ativo. As quais serão classificadas a seguir: Duplicata a receber: consiste na venda de título emitida contra o comprador pelo vendedor. Provisão para credito de liquidação duvidosa: são percentuais que as empresas estimam perder ao final do exercício, sendo colocada na conta prejuízo da empresa no balanço patrimonial. Provisão para ajuste do valor dos bens do ativo ao valor de mercado: essa conta basicamente reduz o ativo no momento em que os índices da infração são elevados, perdendo substancia monetária do estoque, dentre outros. Provisão para perdas em investimentos: conta redutora do ativo, está diretamente relacionada com perda em investimento acionário. Depreciação: reduz o ativo principalmente pelo desgaste, uso, obsolescência, ação da natureza. Amortização: reduz gradualmente o valor do ativo adquirido, como no exemplo dos carros, onde em cinco anos o imposto de renda considera amortizado o valor. Exaustão: significa o esgotamento, extinção do ativo. Lendo e revisando todo o capitulo encontramos somente uma operação que retifica o passivo, principalmente o circulante, que são os descontos de promissórias a qual é feita como empréstimo no banco. Toda via as tabelas ilustradas no capitulo apresentam o passivo sem nenhum dado numérico, isso nos leva a entender que nessa disciplina o autor praticamente não teceu conteúdos relativos às contas redutoras do passivo. Portanto concluímos que: as exigibilidades são pagas com valores reais e não futuros. 4.1. Etapa 03 – passo 02: Fazer o cálculo e contabilização da exaustão, amortização e depreciação acumulada no final de 2010, seguindo o roteiro indicado: A mineração do Brasil iniciou suas atividades de exploração em janeiro de 2010. No fim do ano, seu contador apresentou, conforme abaixo, os seguintes custos de mineração (não incluem custos de depreciação, amortização ou exaustão). Material .................................................. R$ 122.500,00 Mão de obra............................................ R$ 1.190.000,00 Diversos.................................................. R$ 269.640,00 Os dados referentes ao Ativo usados na mineração de ouro são os seguintes: Custo de aquisição da mina ( o valor residual da mina é estimado em R$ 210.000,00 e a capacidade estimada da jazida é de 5 mil toneladas)........................R$ 1050.000,00. Equipamento (valor residual estimado em R$ 21.000,00; vida útil estimada: 06 anos) ...................................................................................................................R$ 168.000,00 Benfeitorias (sem nenhum valor residual, vida útil estimada: 15 anos)......R$ 92.400,00 Durante o ano de 2010, foram extraídas 400 toneladas (8%), das quais 300 toneladas foram vendidas. Resposta: Exaustão= (Caq – Vr) * % (tx) 1.050.000,00 – 210.000,00 * 0,08 = 67.200,00 Depreciação = (Caq – Vr) * % (tx) 168.000,00 – 21.000,00 *1/6 = 918,75 Concluindo, o valor a ser reduzido gradualmente sobre os equipamentos equivale a R$ 918,75, referente à depreciação. Amortização = ao valor da benfeitoria vezes a taxa de amortização 92.400,00 * 1/15 = 6.098,40 Vale ressaltar, que quanto ao prazo para o termino da jazida percebemos que falta muito, pois, somente um pequeno período fora executado, além de um pequeno valor real extraído. 4.2. Provisão Para Créditos de Liquidação Duvidosa- PCLD Apresentaremos abaixo os lançamentos contábeis e a movimentação em forma de tabela da PCLD para os dados fornecidos na ATPS, desde já observa-se que as análise do risco de crédito foram feitas individualmente devedor a devedor, pois os percentuais de PCLD são distintos para cada classe de risco. Tabela 05 – PCLD: Classe A Contas do ativo Saldo inicial Recebimento Saldo intermediário Realização PCLD Saldo final CLASSE A 110.000 109.450 550 (550) 00 PCLD CLASSE A 550 (550) 550 00 TOTAL 109.450 109.450 00 00 00 CONTAS DO RESULTADO Fonte: O Autor Recebimento de clientes classe A D — Caixa R$ 109.450,00 C — Contas a receber classe A R$ 109.450,00 Realização da PCLD D — PCLD classe AR$ 550,00 C — Contas a receber classe AR$ 550,00 Tabela 06 – PCLD: Classe B Contas do ativo Saldo inicial Recebimento Saldo intermediário Reversão do PCLD Saldo final CLASSE B 93.000 00 00 93.000 PCLD CLASSE B 930 930 00 TOTAL 93.000 930 930 00 93.000 CONTAS DO RESULTADO Outras receitas operacionais ou recuperações de despesas 930 930 Fonte: O Autor Recebimento de clientes classe B D — Caixa R$ 93.000 C — Contas a receber classe B R$ 93.000 Reversão da PCLDD — PCLD classe B R$ 930,00 C — Outras receitas operacionais: R$ 930,00 (ou recuperação de despesas) Tabela 07 – PCLD: Classe C Contas do ativo Saldo inicial Recebimento Saldo intermediário Realização PCLD Saldo intermediário Reconhecimento das perdas Saldo final CLASSE C 145.000 130.000 15.000 4.350 10.650 10.650 PCLD CLASSE C 4350 4.350 4.350 00 TOTAL 140.650 130.000 10.650 00 10.650 10.650 CONTAS DO RESULTADO Perdas com incobráveis 10.650 10.650 Fonte: O Autor Recebimento de clientes classe C D — Caixa R$ 130.000,00 C — Contas a receber classe BR$ 130.000,00 Realização da PCLD D — PCLD classe C R$ 4.350,00 C — Contas a receber classe C R$ 4.350,00 Reconhecimento das perdas dos clientes classe B D — Perdas com incobráveis R$ 10.650 C — Contas a receber classe C R$ 10.650 Tabela 08 – PCLD: Classe D Contas do ativo Saldo inicial Recebimento Saldo intermediário Realização PCLD Saldo intermediário Reconhecimento das perdas Saldo final CLASSE D 80.000 00 80.000 8.000 12.000 12.000 00 PCLD CLASSE D 8.000 8.000 00 00 00 TOTAL 72.000 00 72.000 8.000 12.000 12.000 00 CONTAS DO RESULTADO Perdas com incobráveis 12.000 12.000 Fonte: O Autor Recebimento de clientes classe D D — Caixa R$ 00,00 C — Contas a receber classe D R$ 00,00 Realização da PCLD D — PCL Classe D R$ 8.000,00 C — Contas a receber classe D R$ 8.000,00 Reconhecimento das perdas dos clientes classe D D — Perdas com incobráveis R$ 72.000,00 C — Contas a receber classe D R$ 72.000,00 ETAPA 4: CONCEITOS E ELABORAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, foi aprovada em 1º de maio de 1943, pelo Decreto de Lei nº 5.452, e desde então tem sido a referência mais importante para a elaboração da folha. De acordo com a mesma, temos a seguinte definição para empregador e empregado: Empregador: de acordo com o art.2º da CLT, considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que assume riscos da atividade econômica. Empregado: de acordo com o art 3º da CLT considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador. Alguns dos adicionais que o empregado pode receber são: Salários Abonos Adicional de insalubridade Adicional de periculosidade Gorjetas/gratificações 13º salário Salário habitação/ alimentação Hora extras Adicional noturno. Além dos adicionais existem também os descontos na folha de pagamento. Os impostos e as contribuições são obrigatórios por lei e podem ser descontados do empregado sem autorização. Os mais recorrentes são INSS, IRRF, contribuição sindical e contribuição assistencial. A empresa também paga o seu INSS patronal cuja alíquota pode chegar a 28%, além do FGTS que é recolhido mensalmente, representando para a empresa uma despesa de 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento. Ao decorrer desta etapa apresentaremos, conceitos mais específicos a respeito principais adicionais e descontos que formam a folha de pagamento. INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE, HORAS EXTRAS, ADICIONAL NOTURNO, VALE TRANSPORTE E SALÁRIO-FAMÍLIA. INSALUBRIDADE: Segundo o Art. 189 da CLT: São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá: Com a adoção de medidas que conservem o ambiente do trabalho dentro dos limites de tolerância; Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo aos limites de tolerância; O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidas pelo ministério do trabalho, assegura a percepção de adicional de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento), sobre o salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximos, médio e mínimo, respectivamente, conforme prevê o art.192 da CLT. A caracterização destes graus é feita através da pericia, a cargo de médico ou de engenheiro do trabalho, segundo as normas do MTE. Então, entendemos que insalubridade segundo a CLT, abrange todos os riscos físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho, e são capazes de causarem doenças graves devido ao tempo de exposição à esses riscos. PERICULOSIDADE: Segundo Lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 2012, regulamentação aprovada pelo ministério do trabalho, que altera o Art. 193 da CLT: São consideradas atividades ou operações perigosas, aqueles que, por sua natureza ou métodos do trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Vale ressaltar que, segundo artigo publicado por Fabiano Cavalcanti (disponível em: http://www.fonosp.org.br/publicar/conteudo.php?id=549), líquido inflamável é todo aquele que possui ponto de fulgor inferior a 70ºc e pressão de vapor que não exceda 2,8kg/cm² absoluta 37,7ºc e explosivos são substancias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzido calor intenso e pressões elevadas. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Deve- se considerar que um trabalhador desenvolve uma atividade perigosa quando esta causa risco a sua vida ou a incolumidade física. Segundo a legislação o adicional de periculosidade, também é um direito constitucional, previsto, atualmente, no art.7º, inciso XXIII de nossa Constituição Federal. Onde temos: “Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Em nossa CLT, o adicional de periculosidade também encontra previsão legal, sobretudo em seu capítulo v (da segurança e medicina do trabalho), que na SEÇÃOXIII, trata das atividades insalubres ou perigosas, artigos 193. Para finalizar como acontece com o adicional de insalubridade, a caracterização da periculosidade deverá ser feita por intermédio de perícia técnica, elaborada por médico ou engenheiro do trabalho, que através de um laudo técnico irá declarar se aquela categoria ou mesmo, aquele determinado empregado que, pleiteia este direito, se enquadra nos requisitos definidos pela a lei para a caracterização da atividade perigosa e por consequência, se tem direito ao recebimento do respectivo adicional.” (Constituição Federal, Artigo 7º, inciso XXIII) HORAS EXTRAS: O Art. 59 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que: A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Já a Constituição Federal estabelece em seu art. 7º, Inciso XVI, que o valor do trabalho em horas extras deve ser acrescido de no mínimo mais 50%. Sendo que é comum os acordos ou convenções coletivas tratarem das horas extras, bem como definirem percentuais superiores ao constante na Constituição Federal. ADICIONAL NOTURNO: ACLT traz em seu Art. 73 que o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna. O § 2º diz que se considera noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. VALE TRANSPORTE: É fundamentado na LEI Nº 7.418, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985 que em seu Art. 1º dispõe: o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais. (Redação dada pela Lei nº 7.619, de 30.9.1987). Ou seja, é uma obrigação do empregador a todo empregado que o solicitar, no sentido de prover o seu deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa. Para isso o empregado disporá de 6% de seu salário-base. SALÁRIO-FAMÍLIA: Regulamentado pela LEI Nº 4.266, DE 3 DE OUTUBRO DE 1963. Art. 1º. O salário-familia, instituído por esta lei, será devido, pelas empresas vinculadas à Previdência Social, a todo empregado, como tal definido na Consolidação das Leis do Trabalho, qualquer que seja o valor e a forma de sua remuneração, e na proporção do respectivo número de filhos. De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013 valor do salário-família será de R$ 33,16, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 646,55. Para o trabalhador que receber de R$ 646,55 até R$ 971,78, o valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 23,36. 5.1. Conceitos Previdencia Social, Imposto De Renda, Fgts, Contribuição Confederativa, Contribuição Sindical, Faltas E Pensão Alimentícia (A) CONTRIBUIÇÃO PARA PREVIDÊNCIA – INSS: A Previdência Social é um seguro que garante uma aposentadoria ao contribuinte quando ele parar de trabalhar. Para ter direito a esse benefício, o trabalhador deve pagar uma contribuição mensal durante um determinado período ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O INSS é a contribuição devida a Previdência Social, por todo empregado inclusive o doméstico, os percentuais variam conforme o salário de contribuição, limitado a um teto máximo, podendo ser de 8%, 9% e 11% (em tabela definida pelo o INSS). Observação: Devido a CPMF as alíquotas vigentes (atualmente) são de 7,65%, 8,65%,9% ou 11%. A redução das alíquotas deve ser aplicada para salário-de-contribuição de até03 salários Mínimos. b) - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE – IRRF: O IRRF é um imposto administrado pela Receita Federal do Brasil, índice sobre os salários e deve ser retido, ou descontado em folha. Para cálculo do Imposto de Renda é importante verificar as verbas que sofrem incidências, que podem ser verificadas na Instrução Normativa SRF nº 15 de 6 de fevereiro de 2001. É importante observar que o cálculo do Imposto de Renda será efetuado sobre o valor recebido pelo funcionário. O cálculo será efetuado sempre pela data de pagamento, ainda que o mês de referência seja outro. c) - FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO – FGTS: O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) representa uma despesa para a empresa, pois consiste em recolher 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento à Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados. É regulamentado pela Lei nº 9.491, de 1997. d) - CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA: A contribuição confederativa, cujo objetivo é o custeio do sistema confederativo - do qual fazem parte os sindicatos, federações e confederações, tanto da categoria profissional como da econômica - é fixada em assembléia geral. Tem como fundamento legal o art. 8º, IV, da Constituição. A contribuição assistencial é prevista na alínea "e", do art. 513, da CLT. É aprovada pela assembléia geral da categoria e fixada em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa e é devida quando da vigência de tais normas, porque sua cobrança está relacionada com o exercício do poder de representação da entidade sindical no processo de negociação coletiva. e) - CONTRBUIÇÃO SINDICAL: Na folha de pagamento do mês de março, a empresa é obrigada a descontar um dia de trabalho de todos os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração. Art.580 e 582(CLT) O artigo 149 da Constituição Federal prevê a Contribuição Sindical, nos seguintes termos: "Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observada o disposto nos art. 146, III e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. “Parágrafo único - Os Estados, o Distrito Federal e os municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.” Os artigos 578 e 579 da CLT prevêem que as contribuições devidas aos sindicatos, pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades, têm a denominação de "Contribuição Sindical". f) – FALTAS: A legislação trabalhista admite determinadas situações em que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, as dispensas legais são contadas em dias de trabalho, dias uteis para o empregado. Falta admissível; O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário. Até 2(dois) dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; Até 3(três) consecutivos, em virtude de casamento; Por 5(cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana. g) - PENSÃO ALIMENTÍCIA: O valor a ser descontado da pensão alimentícia deverá ser estipulado em percentual da sua renda. Para cálculo da alíquota, influirá o número total de filhos menores que ele possui e o quanto esse percentual representa em valor real. Secundariamente, também afetará se ele possui outros dependentes (esposa, pais, enteados e etc...). 5.2. Elaboração Da Folha De Pagamento Da Empresa Aliança Ltda Referente Ao Mês De Março De 2011 Para a elaboração da folha de pagamento temos os seguintes dados: funcionário Salário-base Filhos menores de 14 anos Horas Extras Adc. De Insalubridade Adc. de periculosidade Pensão Alimentícia Vale Transporte Faltas 1 R$ 3.500,00 2 10 Grau Máximo Não Não Não 0 2 2.850,00 1 5 Não Sim 25% Não 0 3 800 1 15 Não Não Não 6% 0 4 4.500,00 2 10 Grau Máximo Sim 30% Não 3 5 2.350,00 1 6 Não Não Não Não 1 6 5.350,00 0 Não Não Não Não Não 0 7 510 1 15 Não Não Não 6% 0 De antemão faz-se necessário a ciência da tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2011. Tabela 09: Índices para cálculo do INSS SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS Até 1.106,90 8,00% De 1.106,91 até 1.844,83 9,00% De 1.844,84 até 3.689,66 11,00% Fonte: http://www.previdencia.gov.br/ Tabela 10: Índices para cálculo do Imposto de Renda Retido da fonte para 2011 Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.566,61 - - De 1.566,62 até 2.347,85 7,5 117,49 De 2.347,86 até 3.130,51 15 293,58 De 3.130,52 até 3.911,63 22,5 528,37 Acima de 3.911,63 27,5 723,95 Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribfont.htm De posse dessas informações é possível calcular os descontos para cada funcionário, como mostrado a seguir. FUNCIONÁRIO 1: Dados para a folha de pagamento do funcionário 1: Em R$ Salário Base 3.500,00 Adc. De Insalubridade 218,00 Salário Mensal 3.718,00 Salário Hora 16,90 Salário Hora Extra 253,50 Salário Bruto 3.971,50 INSS 405,8626 Base IRRF 3.565,64 IRRF 273,90 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS, o adicional de insalubridade corresponde a 40% do salário mínimo vigente em 2011(R$ 545,00), o salário mensal é resultante da soma do salário base mais o adicional de insalubridade; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; o salário bruto é igual ao salário mensal mais o valor das horas extras; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é calculado de acordo com os índices apresentados na tabela 10, nesse caso 22,5% de R$ 3.565,64, de onde será deduzida a parcela de R$ 528,37. Assim chegamos ao salário liquido do funcionário 01 como mostra a tabela abaixo: Tabela 11: Cálculo da Folha de Pagamento do Funcionário 01: Salário base 3.500,00 (+) Ad.In + 218,00 (+)SHE + 253,00 = Salário bruto = 3971,50 (-) Dedução do INSS (teto) - 405,86 = Base do IRRF = 3565,64 (-) IRRF - 273,90 = Salário Liquido = 3291,74 Fonte: O autor Funcionário 02: Dados para a folha de pagamento: Funcionário 2 Em R$ Salário Base 2850,00 Adc. De Periculosidade 855,00 Salário Mensal 3705,00 Salário Hora 16,84091 Salário Mensal 2 3.831,31 Salário Bruto 2873,48 INSS 316,08 Base IRRF 2557,39 IRRF 90,03 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS, o adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário base; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; o salário mensal é resultante da soma do salário base mais o adicional de periculosidade, mais o valor das horas extras; o salário bruto é igual ao salário mensal menos o valor da pensão alimentícia; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é calculado de acordo com os índices apresentados na tabela 10, nesse caso 15 % de R$ 2.557,39, de onde será deduzida a parcela de R$ 293,58. Assim chegamos ao salário liquido do funcionário 02, como mostra a tabela abaixo: Tabela 12: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 02: Salario base 2.850,00 (+) Ad.Pe + 855,00 (+)SHE + 126,30 (-) Pensão Alimentícia - 957,83 = Salario bruto = 2.873,48 (-) Dedução do INSS - 316,08 = Base do IRRF = 2.557,39 (-) IRRF - 90,03 = Salario Liquido = 2.467,37 Fonte: O autor Funcionário 3: Dados: Funcionário 3 Em R$ Salário Base 800,00 Vale Transporte 48,00 Salário Família 20,73 Salário Hora 3,512409 Salário Hora Extra 79,0292 Salário Mensal 772,73 Salário Bruto 851,7592 INSS 68,14074 Base IRRF 783,6185 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS; o vale transporte corresponde a 6% do salário base; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; o salário mensal é resultante da soma do salário base menos o valor do vale transporte; o salário bruto é igual ao salário mensal mais o valor da hora extra; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF neste caso é isento. Assim, chegamos ao salário liquido do funcionário 03, como mostra a tabela abaixo: Tabela 13: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 03: Salário Base 800,00 (-) Vale Transporte - 48,00 (+) Salário Família + 20,73 (+) SHE + 79,02 = Salário Bruto = 851,75 (-) INSS - 68,14 = Base do IRRF = 783,61 (-) IRRF ISENTO = Salário Líquido = 783,57 Fonte: O autor Funcionário 04: Dados: Funcionário 4 Em R$ Salário Base 4.500,00 Adc. De Periculosidade 1350,00 Salário Mensal 5.850,00 Salário Hora 26,59091 Salário Hora Extra 398,8636 Salário Mensal +SHE 6.248,86 Faltas 624,89 Salário Mensal - Faltas 5.623,98 Pensão Alimentícia 1.687,19 Salário Bruto 3.936,78 INSS 405,8626 Base IRRF 3.530,92 IRRF 266,0873 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS; o adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário base; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; o valor descontado das faltas corresponde ao SB+AP+SHE/30*QTDADE DE FALTAS; a pensão alimentícia corresponde a 30% do salário mensal, incluídas horas extras menos o valor das faltas; o salário mensal é resultante da soma do salário base menos o valor do vale transporte; o salário bruto é igual ao salário mensal mais o valor da hora extra; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é calculado de acordo com os índices apresentados na tabela 10; nesse caso 22,5% de R$ 3.530,92, de onde será deduzida a parcela de R$ 528,37. Assim, chegamos ao salário liquido do funcionário 04, como mostra a tabela abaixo: Tabela 13: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 04: Salario base 4500,00 (+) Ad.Pe + 1350,00 (+) SHE + 398,85 (-) Valor das faltas - 624,90 (-) P.A - 1687,19 = Salario Bruto = 3936,76 (-) INSS (teto) - 405,86 = Base do IRRF = 3530,90 (-) IRRF - 266,08 Salario Liquido = 3264,82 Fonte: O autor Funcionário 05: Dados: Funcionário 5 Em R$ Salário Base 2350,00 Salário Hora 10,68182 Salário Hora Extra 96,13636 Salário Mensal +SHE 2446,136 Faltas 81,53788 Salário Bruto 2364,598 INSS 260,1058 Base IRRF 2104,493 IRRF 157,8369 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; o valor descontado das faltas corresponde ao SB+ SHE/30*QTDADE DE FALTAS; o salário bruto é igual ao salário mensal mais o valor da hora extra menos o valor das faltas; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é calculado de acordo com os índices apresentados na tabela 10; nesse caso 7,5% de R$ 2104,493, de onde será deduzida a parcela de R$ 117,49. Assim, chegamos ao salário liquido do funcionário 05, como mostra a tabela abaixo: Tabela 14: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 05: Salario base 2350,00 (+) SHE + 96,12 (-) Valor das Faltas - 81,54 = Salario Bruto =2446,136 (-) INSS - 260,10 = Base do IRRF = 2104,49 (-) IRRF - 40,35 Salario Liquido = 2064,11 Fonte: O autor Funcionário 06: Dados: Funcionário 6 Em R$ Salário Base 5350,00 INSS 405,8626 Base IRRF 4944,137 IRRF 635,6878 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS; não existem adicionais; o INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é calculado de acordo com os índices apresentados na tabela 10; nesse caso 27,5% de R$ 4944,137, de onde será deduzida a parcela de R$ 723,95. Assim chegamos ao salário liquido do funcionário 04 como mostra a tabela abaixo: Tabela 15: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 06: Salário Base 5350,00 (-) INSS (Teto) - 405,86 = Base do IRRF = 4944,14 (-) IFFR - 635,69 = Salário Líquido = 4.305,45 Fonte: O autor Funcionário 07: Dados: Funcionário 7 Em R$ Salário Base 510,00 Vale Transporte 30,60 Salário Família 29,41 Salário Mensal 509,10 Salário Hora 2,314091 Salário Hora Extra 51,98 Salário Bruto 560,79 INSS 44,89336 Onde, o valor do salário base é dado na ATPS; o vale transporte corresponde a 6% do salário base; o valor da hora extra é igual ao valor da hora normal acrescida de mais 50%, vezes o número de horas extras trabalhadas; INSS é calculado de acordo com o teto correspondente encontrado na tabela 09; o IRRF é insento. Tabela 16: Calculo da folha de pagamento do Funcionário 07: Salário Base 510,00 (-)Vale Transporte - 30,60 (+) Salário Familia + 29,41 (+)SHE + 51,98 = Salário Bruto = 560,79 (-) INSS - 44,86 =Base do IRRF = 515,93 (-) IRRF ISENTO =Salário Liquido = 515,93 Fonte: O autor 6. FRAUDE CONTÁBEIS O Caso Enron Estabelecida em Houston, Texas com aproximadamente 21.000 funcionários a Enron Corporation chegou a ser a sétima maior companhia dos EUA e uma das maiores do mundo em distribuição de energia, gás natural e comunicações, seu faturamento chegou a atingir $101 bilhões de dólares em 2000 pouco antes do escândalo financeiro que culminou com sua falência. A empresa utilizava um estratagema contábil para manipular os números das demonstrações contábeis. Após perceber que poderiam contabilizar os ganhos futuros como receita corrente, a administração da Enron manipulava suas demonstrações inserindo nos balanços receitas inexistentes, aumentando a lucratividade e com isso faziam com que o preço das ações disparassem no mercado financeiro. A empresa transferia passivos, camuflava despesas, alavancava empréstimos, leasings, securitizações e montava arriscadas operações com derivativos". E era acobertada pela empresa de auditoria que também lhe prestava consultoria. O Caso Da Xerox Assim como a Enron, a empresa XEROX conhecida mundialmente como inventora da “fotocopiadora”, também inflava seus balanços contábeis ocultando uma lacuna de milhões de dólares entre os resultados operacionais reais e aqueles que eram declarados ao público investidor. A empresa contabilizava receitas de vendas e locação de equipamentos feitos a prazo como se fossem a vista. Isso permitia que seu resultado fosse muito melhor. E assim, ela faturava muito na venda de suas ações. Com esse método também objetivava conseguir financiamentos, empréstimos, renovação de contratos com grandes empresas e grandes clientes e atrair investidores no mercado de ações. O Caso Do Pan Americano: O Caso do Banco PAN AMERICANO do grupo Sílvio Santos, foi uma das maiores fraudes contábeis do Brasil. Desde 2006 o referido vinha acumulando irregularidades contábeis, inflando seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos que haviam sido vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio. As irregularidades foram descobertas pelo Banco Central, em 2010, e já estava em torno de R$ 4,3 bilhoes. Vale ressaltar que, a respeito da venda de carteiras de empréstimos entre bancos, as normas determinam que esses financiamentos sejam retirados da lista de ativos e sejam colocados em uma conta a parte de compensação, sendo abatidos a medida em que são pagos. Mas na verdade, eles estavam sendo devolvidos a conta original, o que inflava ativos e receitas e reduzia despesas. Além disso, o inquérito feito pela PF inclui acusações de gestão fraudulenta, prestação falsa de informações, inserção de elementos falsos em demonstrativos contábeis, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os três exemplos de fraudes contábeis mostram claramente a inobservância aos princípios Contábeis, em especial ao princípio da Oportunidade (que se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas), ao Princípio da Competência (que determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem) e ao Princípio da Prudência (que determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO). 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentamos em nosso relatório os conhecimentos contábeis adquiridos ao desenvolvermos as atividades propostas da ATPS de Contabilidade Intermediária. De modo que é possível afirmar que nos dias atuais a contabilidade tem se apresentado como um leque de visão analista, na qual podemos intensificar a necessidade de informações precisas, sem desvio do foco que é o patrimônio, apresentadas aos seus usuários, com seriedade e observância aos princípios para atuação contábil. Concluímos que para termos resultados precisos é necessário atentarmos para os mandamentos contábeis, conhecidos como princípios, enfatizamos na nossa pesquisa o principio da competência, na qual os registros de contabilização devem acontecer como fato gerador, independentes de pagas ou não. O Balancete de verificação que é um demonstrativo que auxilia, pois relaciona o saldo de contas, trazendo também as contas retificadoras, onde o grupo desenvolveu e contabilizou cálculos de exaustão, amortização e depreciação, onde com essas informações conseguimos transmitir aos nossos usuários o resultado real da empresa (ARE). Já o livro Razão é um instrumento necessário para os registros e obrigatório pela Lei 8.218/91, onde as contas são contabilizadas de forma racional. Ao decorrer da ATPS fizemos a contabilização de uma folha de pagamento, para isso consultamos a CLT e assim utilizamos os percentuais indicados pela lei para: Horas extras, adicional noturno, vale transporte, salário família, faltas e pensão alimentícia. Com as atividades apresentadas concluímos que existem diversos caminhos para identificar fraudes contábeis, além da necessidade de rigor nos cumprimentos dos princípios que regem a contabilidade, por meio dos quais podemos traçar caminhos e tentar corrigir, com cautela e controle todas as contas da empresa. E que com o uso correto das ferramentas contábeis, temos um tesouro precioso para abrir portas no mercado de negócios e alcançar o desenvolvimento satisfatório da empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alíquotas do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - exercício de 2007 até o exercício de 2011. Disponível em: http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribfont.htm. Acesso em: 04 set. 2013. CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: http://www.sato.adm.br/clt/clt_art_193.htm. Acesso em: 23 agos. 2013. Constituição Da República Federativa Do Brasil De 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 20 agos. 2013. FAHL, Alessandra Cristina; MARION, José Carlos. Contabilidade Financeira. 2 ed. – Valinhos: Anhanguera publicações Ltda, 2013. MARION; José Carlos. Contabilidade Básica. 10 ed. – São Paulo: Atlas, 2009. Tabela de contribuição mensal. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=313. Acesso em: 04 set. 2013.