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UFRB – Engenharia de Pesca Disciplina – Zoologia Aquática Aula 2 – Protozoários Profa. Mariana 1. CONCEITUAÇÃO e POSIÇÃO TAXONÔMICA ATUAL Reino Protista Eucariontes (núcleo verdadeiro ou definido), unicelulares, autótrofos e heterótrofos Protistas autótrofos (autótrofos - fotossintese ou quimiossíntese) → Algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas) Protistas heterótrofos (digestão intracelular) → Protozoários (grego protos = primeiro; grego zoon = animal) Protozoa ainda é um nome aplicado em função do padrão de organização e não como um táxon ou grupo natural O Reino Protista agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são Protistas heterótrofos Os protozoários, seres cujo tamanho pode variar entre 2 e 1000 micrometros, são organismos exclusivamente unicelulares, ou seja, formados por uma única estrutura celular, sendo a maioria heterotrófica. Portanto, não consegue converter (sintetizar) matéria orgânica a partir da inorgânica, necessitando absorver os nutrientes do meio externo. 2 1. CONCEITUAÇÃO - Organismos unicelulares móveis, eucariontes núcleo com carioteca Célula eucariótica Funcionalmente completos e complexos – organelas especializadas (esqueleto, sensorial, excretor etc.) 2 e 1000 µm As células dos protozoários são chamadas de “células-organismo”, pois são capazes de executar todas as funções que os seres pluricelulares são feitas por células ou órgãos especializados. Apesar de serem unicelulares são funcionalmente complexos, com organelas especializadas em diferentes funções tais como, sustentação (esqueleto), estruturas sensoriais, mecanismos condutores etc. 4 São constituídos por cerca de 95.000 espécies conhecidas 50% são fósseis Aproximadamente 25.000 são de vida livre 10.000 espécies são parasitos 30 espécies atingem o homem 2. HABITAT e MODOS DE VIDA Ambientes aquáticos ou com graus diversos de umidade Alto grau de adaptabilidade Fácil dispersão Ambientes marinhos Ambientes dulcícolas Solo úmidos Matéria orgânica em decomposição Plantas Animais (parasitas) A maioria das espécies habita ambientes aquáticos de água doce ou salgada, mas algumas são encontradas também em ambientes terrestres úmidos. Possuem papel importante nas cadeias alimentares, em relações de simbiose e também de parasitismo. A capacidade de adaptação do grupo é, em geral, alta. Mas algumas espécies vivem em limites estreitos de condições ambientais, sendo que ocorrem sucessões de espécies dentro dos ambientes em função de variações das condições ambientais, tais como, dessecamento, temperatura, predação etc. Algumas espécies têm fases multicelulares em seu ciclo de vida, mas não são consideradas metazoários, porque não têm mais de um tipo de célula somática e não apresentam desenvolvimento embrionário. METAZOÁRIO = organismo multicelular que contêm mais de um tipo de células não reprodutivas (células somáticas), isto é, formam diferentes tecidos, e têm desenvolvimento embrionário (embriogênese). PROTOZOÁRIOS = unicelulares. Alguns podem ter fases multicelulares em seu ciclo de vida, mas sem diferentes tipos de células somáticas e sem embriogênese. 6 Diferentes modos de vida: Vida livre Sésseis Livre-natantes (plâncton) Coloniais Simbióticos Mutualismo (++) Comensalismo (+0) Parasitismo (+-) 2. HABITAT e MODOS DE VIDA Os que são de vida livre podem ter um modo de vida: Séssil, quer dizer que vivem fixos a um substrato; Livre-natante, com movimentos e vivem principalmente no plâncton em ambientes marinhos e dulcícolas; Muitas espécies formam colônias de inúmeros indivíduos, como a Vorticella. Outras espécies são simbiótica, vivendo em associação com outros organismos vivos. Essas associações podem ser: Mutualísticas, quando gera um benefício para ambos os associados; Comensalismo, quando apenas um é beneficiado e o outro é indiferente; Parasítica, quando um é beneficiado e o outro indivíduo (não a população) é prejudicado. 7 Divisão Filo Rizopoda (ou Sarcodina) Filo Ciliophora (ou Ciliados) Filo Zoomastigophora (ou Flagelados) Filo Apicomplexa (ou Esporozoários): (Esta divisão ocorre pelo tipo de locomoção) Esses animais, anteriormente agrupados no Filo Protozoa, após a reorganização taxonômica das espécies, foram incluídos no Reino Protista. Esse agrupamento determinou quatro Filos para esse Reino, tendo como ênfase a mobilidade dos organismos conforme a atuação do mecanismo locomotor e seus anexos. Filo Sarcodina; locomoção caracterizada pela emissão de pseudópodes (Entamoeba histolítica); Filo Mastigophora; deslocamento por propulsão flagelar (Trypanosoma cruzi e Trichonympha); Filo Ciliophora; movimentação mantida por curtas e numerosas estruturas ciliares (Paramecium); Filo Sporozoa; não possui apêndices locomotores, sua dispersão é realizada através de esporos (Plasmodium vivax, causador da malária). 8 Filo Rhizopoda ou Sarcodina: Ex: Amebas Filo Ciliophora (ou Ciliados): Ex. Paramecium Filo Zoomastigophora (ou Flagelados): Ex: Trypanosoma, Leishmania, Trichomonas, Giardia. Filo Apicomplexa (ou Esporozoários): Ex: Plasmodium e Toxoplasma 3. FORMA e FUNÇÃO Única célula → funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção. É uma única célula que, para sobreviver, realiza todas as funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção. Para cada função existe uma organda própria, como, por exemplo: -cinetoplasto: provavelmente é uma mitocôndria especializada, sendo muito rico em DNA; -corpúsculo basal: base de inserção de cilios e flagelos; -reservatório: supõe-se que seja um local de secreção, excreção e ingestão de macromoléculas, por pinocitose; -lisossoma: permite a digestão intracelular de partículas; -aparelho de Golgi: síntese de carboidratos e condensação da secreção proteica; -reticulo endoplasmático: a) live—síntese de esteroides; b) granuloso—síntese de proteínas; -mitocôndria: produção de energia; -microtúbulos: movimentos celulares (contração e distensão); -flagelos, cílios, membrane ondulante e pseudopodos: locomoção; -axonema: eixo do flagelo; Macromoléculas, em especial proteínas, como a actina e a miosina, dão forma à célula. Constituem, portanto, um esqueleto celular, o citoesqueleto. As organelas são como as de outras células eucarióticas, mas por vezes existem muitas vesículas e também cloroplastos. Vários micronúcleos podem estar presentes em protozoários ciliados. 13 3. FORMA e FUNÇÃO Núcleo e citoplasma Núcleo: delimitado por membrana porosa, contendo DNA, formando cromossomos Micronúcleo: presente em protozoários ciliados Citoplasma: substância que banha todas as organelas Citoesqueleto - Macromoléculas (proteínas) que mantêm a arquitetura celular É uma única célula que, para sobreviver, realiza todas as funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção. Para cada função existe uma organda própria, como, por exemplo: -cinetoplasto: provavelmente é uma mitocôndria especializada, sendo muito rico em DNA; -corpúsculo basal: base de inserção de cilios e flagelos; -reservatório: supõe-se que seja um local de secreção, excreção e ingestão de macromoléculas, por pinocitose; -lisossoma: permite a digestão intracelular de partículas; -aparelho de Golgi: síntese de carboidratos e condensação da secreção proteica; -reticulo endoplasmático: a) live—síntese de esteroides; b) granuloso—síntese de proteínas; -mitocôndria: produção de energia; -microtúbulos: movimentos celulares (contração e distensão); -flagelos, cílios, membrane ondulante e pseudopodos: locomoção; -axonema: eixo do flagelo; -citóstoma: permite ingestão de partículas Macromoléculas, em especial proteínas, como a actina e a miosina, dão forma à célula. Constituem, portanto, um esqueleto celular, o citoesqueleto. As organelas são como as de outras células eucarióticas, mas por vezes existem muitas vesículas e também cloroplastos. Vários micronúcleos podem estar presentes em protozoários ciliados. 14 Citoplasma: são reconhecidas duas regiões: 1. ectoplasma = denso, viscoso, mais externo, transparente, em estado de gel, onde se inserem cílios e flagelos (proteínas ligadas) 2. endoplasma = líquido, fluido, interna, granular, contém o núcleo e as organelas, chamado estado sol (proteínas ligadas a outras proteínas que as mantêm desunidas) Gel = ectoplasma, viscoso Sol = endoplasma, fluido Então, dependendo se as ligações entre as moléculas de proteína são mais fortes ou mais fracas, podemos distinguir duas regiões no citoplasma: o ectoplasma e o endoplasma. O primeiro é mais denso, viscoso, em forma de gel. É chamado gel. É assim pois, as proteínas estão ligadas formando filamentos. O segundo é mais líquido, fluido, pois as moléculas de proteína estão ligadas a proteínas reguladoras que as mantêm desunidas conservando a fluidez do endoplasma. O endoplasma é chamado de sol. 15 Movimento Locomoção: Pseudópodes Movimento típico de amebas 3. FORMA e FUNÇÃO O plasmasol, fluido e interno, corre para a frente e ao chegar à extremidade do pseudópode, flui em direção contrária como em chafariz. Nesse momento, transforma-se em plasmagel. O processo inverso ocorre na extremidade oposta e nos pseudópodos que estão sendo retraídos. A seta grande indica a direção do movimento da célula e as setas pequenas o movimento do endoplasma. A transformação de sol em gel ocorre devido à reações bioquímicas que ocorrem no interior da célula com a actina, uma proteína (a mesma presente nas células musculares). Essas reações incluem a organização e desorganização dos filamentos de actina, o que torna a substância citoplasmática mais fluída ou mais consistente. No endoplasma filamentos de proteína actina se encontram dissociados uns dos outros porque estão ligados a proteínas reguladoras que mantêm a consistência fluida. Quando o fluxo endoplasmático atinge a extremidade do pseudópode essas proteínas reguladoras são liberadas da actina pela ação dos lipídeos que existem na membrana celular. Os filamentos de actina começam então a se agrupar em filamentos formando o ectoplasma em forma de gel, viscoso, que retorna em fluxo contrário ao endoplasma. No lado contrário da célula, ocorre novamente a separação dos filamentos de actina, também pela ação de proteínas dissociadoras (ativadas por íons cálcio) e o ectoplasma gel forma novamente endoplasma sol. Gel – sol – gel = processo chamado de tixotropia. 16 O plasmasol, fluido e interno, corre para a frente e ao chegar à extremidade do pseudópode, flui em direção contrária como em chafariz. Nesse momento, transforma-se em plasmagel. O processo inverso ocorre na extremidade oposta e nos pseudópodos que estão sendo retraídos. A seta grande indica a direção do movimento da célula e as setas pequenas o movimento do endoplasma. A transformação de sol em gel ocorre devido à reações bioquímicas que ocorrem no interior da célula com a actina, uma proteína (a mesma presente nas células musculares). Essas reações incluem a organização e desorganização dos filamentos de actina, o que torna a substância citoplasmática mais fluída ou mais consistente. No endoplasma filamentos de proteína actina se encontram dissociados uns dos outros porque estão ligados a proteínas reguladoras que mantêm a consistência fluida. Quando o fluxo endoplasmático atinge a extremidade do pseudópode essas proteínas reguladoras são liberadas da actina pela ação dos lipídeos que existem na membrana celular. Os filamentos de actina começam então a se agrupar em filamentos formando o ectoplasma em forma de gel, viscoso, que retorna em fluxo contrário ao endoplasma. No lado contrário da célula, ocorre novamente a separação dos filamentos de actina, também pela ação de proteínas dissociadoras (ativadas por íons cálcio) e o ectoplasma gel forma novamente endoplasma sol. Gel – sol – gel = processo chamado de tixotropia. 17 São evaginações da membrana plasmática que surgem por meio de deslocamentos do citoplasma (sistema actina-miosina) e que movimentam a célula e englobam partículas Os pseudópodes são estruturas transitórias da membrana celular, expansões que “puxam” o organismo na direcão pretendida, desaparecendo em seguida. Locomoção: Pseudópodes Fonte: micro.magnet.fsu.edu/ Locomoção: cílios e flagelos 3. FORMA e FUNÇÃO Cílios e flagelos são apêndices finos, semelhantes a cabelos com O,25 micromêtros de diâmetro, 20 a 27 micrometros de diâmetro ???? (0,02 a 0,03 milímetros) cílios flagelo Cílios e flagelos são morfologicamente idênticos (podem ser chamados em conjunto de undulipódios). A base do seu funcionamento, portanto, é a mesma. A diferença está no seu movimento, que vamos comentar mais à frente. Porém, flagelos são mais longos do que os cílios e são distintos por esta razão. Cílios estão presentes em diferentes tipos de células eucarióticas e têm a mesma constituição em todas elas, de protozoários a humanos. 20 Cílios e flagelos - interior um feixe de microtúbulos; estendem-se a partir da superfície do protozoários A função primária dos cílios consiste em movimentar fluido sobre a superfície celular ou deslocar células isoladas através de um fluido. Os protozoários, por exemplo, usam os cílios tanto para coletar partículas de alimento como para locomoção. Locomoção: cílios e flagelos 3. FORMA e FUNÇÃO AXONEMA O movimento de um cíllio ou de um flagelo é produzido pela curvatura de seu núcleo, chamado axonema O movimento de um cíllio ou de um flagelo é produzido pela curvatura de seu núcleo, chamado axonema. O axonema é composto por microtúbulos e suas proteinas associadas. Os microtúbulos estão modificados e dispostos num padrão: nove microtúbulos duplos especiais estão dispostos formando um anel ao redor de um par de microtúbulos simples. Os microtúbulos de um axonema estão associados com numerosas proteínas, que se projetam a distancias regulares ao longo do seu comprimento. Algumas servem para manter os feixes de túbulos unidos através de pontes transversais. Outras geram a força que dirige o movimento de curvatura, enquanto outras formam um sistema de revezamento ativado mecanicamente. 22 O movimento de cílios e flagelos desloca o líquido extracelular. Se a célula é livre e pequena, esse batimento a desloca, constituindo-se em uma forma de locomoção. Em células fixas, o movimento dos cílios e dos flagelos movimenta o líquido que as circunda. Cílios = batimento pendular Flagelos = movimento ondulante Cílios impulsionam a água paralelamente à superfície onde se encontra fixado. Flagelos movimentam a água paralelamente ao seu eixo principal. Esta é a diferença entre cílios e flagelos, porque estruturalmente eles são iguais.. 23 Desenho mostrando as diferenças de movimentos entre o cílios e o flagelo. Locomoção: cílios Locomoção: flagelos Excreção 3. FORMA e FUNÇÃO Complexo vacuolar contrátil: - Vesículas existentes no citoplasma, que se enchem periodicamente com líquidos, que são expelidos. - Essas organelas bombeiam água e íons Difusão: - Principal metabólito nitrogenado é a amônia, que é imediatamente eliminada pela membrana do protozoário. Osmorregulação Em protozoários de água doce, como o Paramecium, a água entra por osmose na célula pois o meio interno é mais concentrado que o meio externo. Assim, esses organismos precisam osmorregular, isto é, regular o volume de água (regulação hídrica), removendo excessos e regular a concentração de sais (regulação iônica). Para isso existe um sistema de organelas que bombeiam água e íons. Em protozoários de água doce, como o Paramecium, a água entra por osmose na célula pois o meio interno é mais concentrado que o meio externo. Assim, esses organismos precisam osmorregular, isto é, regular o volume de água (regulação hídrica), removendo excessos e regular a concentração de sais (regulação iônica). Para isso existe um sistema de organelas que bombeiam água e íons. 27 3. FORMA e FUNÇÃO Complexo vacuolar contrátil formado por: Osmorregulação Vacúolo contrátil: grande vesícula esférica Espongioma: conjunto de pequenas vesículas ou túbulos, que desembocam em tubo coletor e depois até uma região chamada ampola Espongioma: fica ao redor dos vacúolos contráteis. O funcionamento do complexo vacuolar não é completamente entendido, mas parece que íons são bombeados do citoplasma para o interior dos túbulos do espongioma, criando um gradiente osmótico. A água, então, entra nos túbulos a favor desse gradiente osmótico. Provavelmente íons são reabsorvidos seletivamente antes do líquido ser eliminado por um poro temporário que se forma na superfície acima do complexo vacuolar. 28 Nutrição 3. FORMA e FUNÇÃO Autotróficos: fotossintetizantes cloroplastos 2. Heterotróficos: saprozóicos (osmotróficos, absorvedores) fagotróficos (engolfam e fazem a digestão) 3. Mixotróficos: realizam os 2 processos Nutrição 3. FORMA e FUNÇÃO 2. Heterotróficos: - Saprozóicos: absorvem substâncias dissolvidas no meio circundante - Fagotróficos: fazem fagocitose (ingestão por pseudópodes ou citóstoma) e exocitose (expulsão) citóstoma cílios Na fagocitose (endocitose para absorção de partículas sólidas) uma invaginação da membrana celular engloba a partícula de alimento. Essas invaginação pode se dar por meio de psedópodes ou por meio do citóstoma. A partícula fica contida em uma vesícula chamada vesícula alimentar. Os protozoários saprozóicos absorvem substâncias inorgânicas por osmose ou por pinocitose, que é a absorção de fluidos por endocitose. 30 Nas amebas não há local da célula específico para ocorrer a fagocitose ou a exocitose. Elas ocorrem em qualquer local da célula. 31 Fonte: www.enq.ufsc.br/.../PROTOZOARIOS.htm Se forma um vacúolo alimentar em torno da partícula ingerida Vacúolo se torna ácido A alcalinidade é reestabelecida Dejetos são eliminados pelo citopígeo O vacúolo alimentar também é chamado de fagossomo. O fagossomo torna-se ácido pela fusão com lisossomos contendo enzimas digestivas. Muitos protozoários ciliados têm uma estrutura característica para a expulsão dos dejetos, chamada citopígeo ou citoprocto. 32 Frequente = via assexuada Reprodução 3. FORMA e FUNÇÃO Regularmente ou em determinadas condições = reprodução sexuada (ciliados, apicomplexos, flagelados e sarcodíneos) Ciclos complexos = alternam fases de multiplicação assexuada e sexuada (alternância de gerações). PROTOZOÁRIOS NÃO FORMAM EMBRIÃO O processo mais comum de reprodução é a assexuada e, para algumas espécies, é a única forma possível de reprodução. 34 longitudinal *Simples = um organismo, por mitose, forma outros com as mesmas características genéticas *Os descendentes (células-filhas) são clones, se não houver mutações. - Reprodução assexuada 3. FORMA e FUNÇÃO 1. Fissão binária - Tipos: transversal A reprodução assexuada produz dois organismos idênticos, de maneira que pode ser chamada também de reprodução clonal. O tipo de multiplicação celular que produz mais indivíduos é a fissão binária. A partir da fissão binária se originam dois indivíduos idênticos. 35 - Reprodução assexuada 2. Brotamento *Simples = um organismo, por mitose, forma outros com as mesmas características genéticas *Os descendentes (células-filhas) são clones, se não houver mutações. - Tipos: 3. FORMA e FUNÇÃO Quando a célula-filha é muito menor do que a original, a fissão recebe o nome de brotamento. Se a célula-filha for muito pequena, esse processo recebe o nome de brotamento. 36 - Reprodução assexuada 3. Fissão múltipla *Simples = um organismo, por mitose, forma outros com as mesmas características genéticas *Os descendentes (células-filhas) são clones, se não houver mutações. - Tipos: 3. FORMA e FUNÇÃO Quando são formadas mais de duas células-filhas, o processo reprodutivo é denominado fissão múltipla. Há várias divisões nucleares antes da citocinese (separação das células) Na fissão múltipla, mais de duas células-filhas são formadas. 37 3. Fissão múltipla - Esquizogonia *Simples = um organismo, por mitose, forma outros com as mesmas características genéticas *Os descendentes (células-filhas) são clones, se não houver mutações. - Tipos: 3. FORMA e FUNÇÃO A esquizogonia é um tipo especial de fissão múltipla A fissão, neste caso, é precedida ou associada à união de núcleos gaméticos Vamos ver como ocorre a esquizogonia na próxima aula, pois é o tipo de ciclo de vida comum entre os protozoários patogênicos mais importantes para o homem a animais domésticos. 38 - Reprodução Sexuada 3. FORMA e FUNÇÃO SINGAMIA Fusão de núcleos gaméticos AUTOGAMIA Núcleos gaméticos são formados por meiose e se fundem dentro do organismo que os originou, formando o zigoto. CONJUGAÇÃO Troca de núcleos gaméticos entre indivíduos são formados por meiose e se fundem dentro do organismo que os originou Os processos básicos de reprodução sexuada incluem a redução do número de cromossomos (de célula diplóide para célula haplóide), desenvolvimento de núcleos gaméticos (que equivalem aos gametas dos Metazoa) e a fusão dos núcleos gaméticos. 39 3. FORMA e FUNÇÃO - Reprodução Sexuada CONJUGAÇÃO A conjugação tem início com o emparelhamento de dois indivíduos para a troca de material genético. 40 Macronúcleo Micronúcleo (2n) Dois tipos compatíveis juntos e parcialmente fundidos Os micronúcleos de cada célula sofrem meiose. Citocinese não ocorre. Cada micronúcleo é haplóide. Três micronúcleos desintegram Mitose produz outro micronúcleo As células trocam um micronúcleo As duas células se separam. Somente uma das células é mostrada abaixo. Os dois micronúcleos se fundem restaurando a diploidia. 3 mitoses sem citocinese produzem oito micronúcleos. O macronúcleo desintegra. 4 micronúcleos se tornam macronúcleos Duas citocineses produzem 4 células FISSÃO Durante a união, o micronúcleo de cada indivíduo sofre meiose, originando quatro micronúcleos HAPLÓIDES. Três deles desitegram. O micronúcleo remanescente sofre MITOSE originando dois, chamados de pronúcleos. Um deles é trocado entre os indivíduos conjugantes. As duas células, então, se separam e os pronúcleos se fundem para reestabelecer a diploidia. Em seguida, pode ocorrer os processos normais de mitoses para ocorrer a fissão e originar várias célualas-filhas, que agora têm maior variabilidade genética. A vantagem da conjugação é que permite recombinação gênica e variabilidade genética na população, reestabelecendo vitalidade à linhagem. 41 3. FORMA e FUNÇÃO - Reprodução Sexuada OBS: na reprodução sexuada pode haver três tipos de ciclos de vida: 1. Forma dominante HAPLÓIDE 2. Forma dominante DIPLÓIDE 3. Co-dominância HAPLÓIDE - DIPLÓIDE - Indivíduo se transforma ou origina gameta haplóide por mitose - Forma-se o gameta diplóide, que sofre meiose (meiose zigótica) - Indivíduos diplóides sofrem meiose para produzir gametas (núcleos gaméticos) haplóides - Fusão dos gametas produz indivíduos 2n - Alternância de gerações - Uma geração assexuada (n ou 2n) alterna com uma geração sexuada (2n ou n) Na dominância haplóide, o indivíduo haplóide pode tanto se transformar em gameta, como por mitose produzir os gametas. A fusão desses gametas dá origem a um indivíduo diplóide, que sofre meiose (meiose zigótica) para originar a forma dominante haplóide. Na dominância diplóide, 42 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA* Protozoários amebóides (vários filos): Amebas – filo Caryoblasta, filo Heterolobosa e Amoebozoa Foraminíferos – filo Foraminiferea Actinópodes – filo Actinopoda (radiolários, acantáreos, heliozoários) Filos Retortamonada e Axostylata – flagelados heterotróficos e anaeróbicos, Giardia lamblia, Trichomonas Filo Alveolata – três subfilos (Dinoflagellata, Ciliophora e Apicomplexa) Inúmeros filos: Filo Euglenozoa – flagelados como a Euglena Filo Chlorophyta – táxons de algas verdes, Volvox, Chlamydomonas Filo Choanoflagellata – grupo relacionado aos Metazoa (animais) * Classificação apresentada em RUPPERT, FOX & BARNES (2005). http://www.biolib.cz http://lifesci.rutgers.edu http://www.geocities.com/ http://1.umn.edu Caryoblasta, Heteroblasta são filos de protozoários amebóides. Amoebozoa é um grupo polifilético (mistura de organismos com diferentes origens evolutivas). Radiolários, acantáreos e heliozoários são classes do filo Actinopoda. 43 Filos Retortamonada e Axostylata – flagelados, heterotróficos, anaeróbicos (Giardia sp., Trichomonas sp.) 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA Filo Retortamonada, Classe Diplomonadida Giardia lamblia Filo Axostylata Trichomonas hominis Filo Alveolata – três subfilos (Dinoflagellata, Ciliophora e Apicomplexa) Dinoflagellata 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA Noctiluca Amyloodinium ocellatum Os Dinoflagelados são os protistas unicelulares que exibem uma grande diversidade do formas. O maior, Noctiluca, pode ser tão grande quanto 2 milímetros no diâmetro! Embora não grande para os padrões humanos, estas criaturas têm frequentemente um impacto grande no ambiente em torno deles. Muitos são fotossintéticos, manufaturando seu próprio alimento usando a energia solar e fornecendo uma fonte do alimento para outros organismos. Algumas espécies são capazes de produzir sua própria luz com a bioluminescência, como o fazem os vaga lumes. Há alguns dinoflagelados que são parasitas em peixes ou mesmo em outros protistas. O efeito o mais dramático dos dinoflagelados na vida em torno deles vem da espécie marinha litorânea que ocorre em " bloom" durante os meses de verão. Estas espécies reproduzem em números tão elevados nesses períodos que a água pode parecer dourada ou vermelha. Quando isto acontece muitos tipos da vida marinha sofrem, já que o produto dos dinoflagelados, uma neurotoxina, afeta a função de músculos em organismos suscetíveis. Os seres humanos podem igualmente ser afetados comendo os peixes ou o marisco que contêm as toxinas. As doenças resultantes podem ser séria mas não são geralmente fatal. 45 http://www.olympusmicro.com Ciliophora Ciliophora Ciliophora Apicomplexa Plasmoadium Amebas – filo Caryoblasta, filo Heterolobosa e Amoebozoa 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA Naegleria sp., filo Heterolobosa Sedimento de água doce e marinho www.bms.ed.ac.uk Mastigella sp., filo Caryoblasta Sedimento em água doce www.protist.i.hosei.ac.jp www.2.le.ac.uk Acanthamoeba sp., Amebozoa Vida livre, raramente simbiótica Entamoeba sp., parasita intestinal Arcella sp., Amebozoa com teca As duas primeiras têm estágios flagelados. A outra é um táxon polifilético que inclui todas as amebas mais conhecidas de hábitats de água doce, marinhos, terrestres ou simbiontes. Todos os tipos de teca, são construídas com material extracelular e cimentadas com material mineral. 50 Foraminíferos – filo Foraminiferea 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA - Primária e predominantemente marinhos - Maioria bentônica, poucos planctônicos - A maioria são fósseis br.geocities.com www.uclm.es www.meteored.com - Constroem uma “testa” (espécie de carapaça) extracelular orgânica cimentada com material inorgânico - As testas podem ter câmaras Não se sabe todos os tipos de material inorgânico usado pelos foraminíferos na construção da teca. Podem usar carconato de cálcio. 51 Actinópodes – filo Actinopoda (radiolários, acantáreos, heliozoários) 4. PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOA www.radiolaria.org www.eol.org Acanthometra fragilis Todos marinhos Teca de sulfato de estrôncio Cútícula envolve a célula prendendo-se em espinhos esqueletais. Hexacontium hexactis Todos marinhos Teca de sílica, lembra cristais A testa dos radiolários é esférica e composta por sílica. São todos marinhos. Sua testa parece cristais. A dos acantáreos é formada por sulfato de estrôncio. Radiolários e acantários são todos marinhos. Heliozoários são marinhos e de corpos de água doce calmos e sobre musgos. Não parece, mas algumas dessa projeções na célula são um tipo de pseudópode, sustentado internamente também por microtúbolos, que se retraem ou protraem. Os demais são espinhos. 52 PROTOZOA – Diversidade Carchesium sp. 9 Euplotes sp. PROTOZOA – Diversidade PROTOZOA – Diversidade Entamoeba sp. PROTOZOA – Diversidade 10 Chaetoceros sp. Lacrymaria sp. PROTOZOA – Diversidade Ciliophora PROTOZOA – Diversidade Vorticella alpestris PROTOZOA – Diversidade PROTOZOA – Diversidade Actinosphaerium sp. PROTOZOA – Diversidade Arcella vulgaris