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Prof. Dr. WILLIAM SCHOENAU
Departamento de Fisiologia e Farmacologia/UFSM
E-mail: wschoenau@hotmail.com
BEM ESTAR ANIMAL
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INTRODUÇÃO
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BEA: Histórico e Conceitos Atuais
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• 100.000 anos AEC: interação homem/animal – (pinturas cavernas)
• 2.500 AEC: sul da Ásia - preocupação BEA crença religiosa 
(antepassados retornavam na forma de animais)
Histórico BEA
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Histórico BEA
• 44 AEC a 476 EC: Império Grego e Romano, animais 
com similaridade anatômica (dissecação e vivisecção)
• Final século 18, início século 19: “Revolução Industrial” 
– humanos e animais, transição meio rural/urbano
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Histórico BEA
Jeremy Bentham (1748-1842)
“Pai da filosofia utilitarista”
- A pergunta não é se os (animais) podem pensar, ou 
falar, mas sim, eles podem sofrer?
- “Conceito da senciência”
1789
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Palavra originada do latim sentire, significa a
"capacidade de sofrer ou sentir prazer ou
felicidade" (SINGER, 2002). De forma sintética é
a capacidade de sentir, estar consciente de si
próprio ou apenas do ambiente que o cerca.
Senciência
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Charles Darwin (1809-1882)
“A Origem das Espécies - 1859”
- Evolução pela seleção natural
- Alterou a percepção sobre a origem
do homem e sua relação com as outras
espécies
Histórico BEA
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Histórico BEA
• 1822: Richard Martin (Parlamento Inglês) – projeto 
de lei � proteção contra crueldade em bovinos, 
cavalos e ovelhas
• 1824: fundação da “Sociedade de Prevenção a 
Crueldade em Animais” (SPCA) � marcou início do
• movimento de bem-estar animal
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Histórico BEA
• 1859: Parlamento britânico proibiu esportes de 
sangue, o excesso de trabalho de animais de carga e 
regulamentou locais de esquartejamento e 
matadouros
• 1963: Abençoada pela Rainha Vitória � “Sociedade 
Real de Prevenção a Crueldade em Animais” (RSPCA)
www.rspca.org.uk
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Histórico BEA
• 1866: Henry Bergh “Sociedade Americana para 
Prevenção a Crueldade em Animais” (ASPCA)
Missão: proporcionar meios eficazes para a prevenção 
da crueldade contra os animais em todos os Estados 
Unidos.
www.aspca.org
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Histórico BEA
• 1954: “Sociedade Humanitária dos Estados Unidos” (HSUS)
Animais de laboratório, animais de companhia, animais de 
produção, vida selvagem e legislação estadual e federal.
1958 – legislação do abate humanitário
1966 – legislação do bem-estar de animais de laboratório
www.humanesociety.org
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Histórico BEA
• 1976: Frente de Libertação Animal (ALF)
www.animalliberationfront.com
• 1980: Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA)
Estabelecer e defender os direitos de todos os animais.
www.peta.org
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RUTH HARRISON (1920–2000)
Animal Machines:
The new factory farming industry, 1964.
Histórico BEA
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Histórico BEA
1965: Comitê Brambell
� virar-se
� cuidar-se corporalmente
� levantar-se
� deitar-se
� esticar seus membros
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Histórico BEA
Peter Singer
“Libertação Animal – 1975” - Bíblia dos Direitos Animais
- Animais possuem direitos básicos à vida e liberdade
- Especismo (discriminação)
- Ética utilitarista
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Histórico BEA
Tom Regan
“Jaulas Vazias – 2006”
“The Case for Animal Rights – 2004”
- Rejeita ética utilitarista
- “Bem maior da sociedade” ���� não é respeitada a importância 
moral do indivíduo como indivíduo
- Animais tem o direito absoluto de não sentir dor e sofrer, não 
importando os benefícios da sociedade
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Brasil
Legislação:
- Decreto Nº 24.645, de 10 de julho de 1934
- Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
ONGs
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“Bem-estar animal é o estado físico e psicológico de um animal
diante de suas tentativas de lidar com o ambiente”
(Broom, 1993).
BEM-ESTAR ANIMAL
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“Estado de harmonia entre o animal e seu ambiente, 
caracterizado por condições físicas e fisiológicas ótimas e alta 
qualidade de vida do animal” (Hurnik,1992).
BEM-ESTAR ANIMAL
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“...nem saúde, nem ausência de estresse, nem condição física são 
necessárias e/ou suficientes para se concluir que um animal 
esteja em boas condições de bem-estar. Bem-estar depende 
do que os animais sentem” (Duncan, 1993).
Bem-estar Animal
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Estado físico
“O bem-estar define o estado do animal em suas tentativas de
se adaptar ao meio-ambiente” (Fraser & Broom, 1990).
“Sugiro que um animal se encontra num estado de bem-estar
pobre somente quando seus sistemas fisiológicos estão
alterados a ponto de prejudicarem sua sobrevivência ou
reprodução” (McGlone, 1993).
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Estado mental 
“...nem saúde, nem ausência de estresse, nem condição física são 
necessárias e/ou suficientes para se concluir que um animal 
esteja em boas condições de bem-estar. Bem-estar depende 
do que os animais sentem” (Duncan, 1993).
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“Naturalidade”
“Bem-estar não significa somente o controle da dor e do 
sofrimento, mas também pressupõe a nutrição e a realização da 
natureza dos animais, o que eu chamo de telos” (Rollin, 1993).
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TELOS
“É a natureza, função, gama de atividades
intrínsecas de um indivíduo de uma espécie, que é
determinada pela evolução e geneticamente impressa”.
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TELOS
“É o conjunto de necessidades e interesses que são
geneticamente baseados e ambientalmente expressos, e
que coletivamente constituem ou definem a forma de vida
ou meio de viver daquele animal, e cuja satisfação
(realização) ou frustração interessam ao animal.”
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TELOS
Animais possuem natureza – “a porquice do porco, a
vaquice da vaca”, ‘peixes devem nadar, aves devem voar’ – que
são essenciais para seu bem-estar. O senso comum diz que os
animais que são feitos para se mover precisam se mover para
se sentirem bem, não existe razões em provar que eles se
sentirão bem imobilizados. Para promover o bem-estar dos
animais, precisamos criá-los de modo que respeitemos sua
naturalidade.
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“Bem-estar animal significa como um animal está lidando 
com as condições em que vive. Um animal é considerado em 
bom estado de bem-estar se (com comprovação científica) 
estiver saudável, confortável, bem nutrido, seguro, capaz 
de expressar seu comportamento inato/natural, e se não 
estiver sofrendo com dores, medo e angústias. Bem-estar 
animal requer prevenção contra doenças e tratamento 
veterinário, abrigo adequado, gerenciamento, nutrição, 
manejo cuidadoso e abate humanitário. Bem-estar animal 
diz respeito ao estado do animal; o tratamento que um 
animal recebe inclui outras relações como cuidados 
veterinários, criação e tratamento humanitário.”
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), 2008.
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• Livres de fome e sede
• Livres de desconforto
• Livres de dor, lesões e doenças 
• Livres para expressar comportamento normal
• Livres de medo e estresse
As cinco liberdades e o bem-estar
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Liberdade fisiológica ���� não sentir fome ou sede
Liberdade ambiental ���� viver em ambientes adequados, com conforto
Liberdade sanitária ���� não estar exposto a doenças, injúrias ou dor
Liberdade comportamental ���� expressar seu comportamento normal
Liberdade psicológica ���� não estar exposto a medo, ansiedade ou 
estresse
As cinco liberdades e o bem-estar
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AS CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
Livres de fome e sede
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Livres de fome e sede
AS CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
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Livres de desconforto
AS CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
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Livres de dor, lesões e doenças
AS
CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
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Livres para expressar comportamento normal/natural
AS CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
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Livres de medo e estresse
AS CINCO LIBERDADES E O BEM-ESTAR
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“Enquanto não amarmos um animal, uma parte da 
nossa alma permanecerá adormecida”.
Jacques Anatole François Thibault
Prêmio Nobel de Literatura (1921)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BAYSINGER, A.K. Welfare: what’s the consumers perspective. A brief history of animal 
welfare. In: NORTH AMERICAN VETERINARY CONFERENCE, v.20., 2006, Florida, 
Estados Unidos. Proceedings… Florida: NAVC, 2006. p.310-313, Large Animal Edition. 
BROOM, D. M. A usable definition of animal welfare. Journal of Agricultural and
Environmental Ethics, n.6 (Suppl. 2), p.15-25, 1993.
BROOM, D. M. A history of animal welfare science. Acta Biotheoretica, v.59, n.2, p.121-
137, 2011.
CARENZI. C.; VERGA, M. Animal welfare: review of the scientific concept and definition.
Italian Journal of Animal Science, v. 8 (Suppl. 1), p.21-30, 2009. 
DUNCAN, I. J. Welfare is to do with what animals feel. Journal of Agricultural and 
Environmental Ethics, v.6, n.2, p.8-14, 1993.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FRASER, A. F.; BROOM, D. M. Farm animal behaviour and welfare. 3.ed. London, UK.: 
Baillière Tindall, 1990. 437 p.
FRASER, D. Animal ethics and animal welfare science: bridging the two cultures. Applied 
Animal Behaviour Science, n.3, v.65, p.171–189,1999.
HURNIK, J. F. Behaviour In : Farm animals and the environment. PHILLIPS, C.; 
PIGGINS, D. (Eds.). Wallingford : CAB International, 1992. (Cap. 13), pp. 235-244. 
MCGLONE, J. J. What is animal welfare? Journal of Agricultural and Environmental 
Ethics, n.6 (Suppl. 2), p. 26–36, 1993. 
ROLLIN, B. E. Animal welfare, science, and value. Journal of Agricultural and
Environmental Ethics, n.6, (Suppl. 2), p.44-50, 1993.
SINGER, P. Vida Ética. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. 420p.

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