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02-06-2010_Fisiologia_do_Sistema_Nervoso

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Fisiologia do Sistema 
Nervoso
Prof. Dr. Julio Hermann Leonhardt
Departamento de Ciências Fisiológicas
Centro de Ciências Biológicas
Universidade Estadual de Londrina
MECANOCEPTORES
• Terminações nervosas livres
• Discos de Merkel : Term. nervosas alargadas
• Terminações de Ruffini : Term. em buquê
• Corpúsculos de Meissner : Term. encapsuladas
• Corpúsculos de Krause : Term. encapsuladas
• Corpúsculo de Paccini :Term. encapsuladas
• Fusos neuromusculares
• Receptores tendinosos de Golgi
• Audição : Receptores de som da cóclea
• Equilíbrio : Receptores vestibulares
• Pressão arterial : Baroceptores dos seios carotídeos e aorta
TERMOCEPTORES:
Receptores para o frio-dor, frio, calor, calor-dor: terminações nervosas livres
NOCICEPTORES:
Receptores para dor : Terminações nervosas livres
FOTOCEPTORES:
Cones da retina :visão diurna 
Bastonetes da retina : visão noturna
QUIMIOCEPTORES:
Gustação : Receptores dos corpúsculos gustativos 
Olfato : Receptores do epitélio olfatório
Oxigênio arterial : Receptores dos corpúsculos aórticos e carotídeos
Osmolaridade : Osmosódioceptores
CO2 sangüíneo : SNC e corpúsculos aórticos e carotídeos
Glicose, aminoácidos e ácidos graxos : Receptores no hipotálamo
Vias Sensoriais Somáticas
SISTEMA DA COLUNA DORSAL
• Tato refinado ( epicrítico).
• Sensações vibratórias, de movimento contra a 
pele, de posição e de pressão refinada. 
• Alto grau de localização.
• Finas graduações de intensidade.
• Fibras mielínicas espessas.
• Velocidade de condução de 30 a 110 m/s.
Sistema da Coluna Dorsal:
Corpo neuronal no gânglio da raiz dorsal
Passa pelo fascículo grácil e cuneiforme (medula espinhal)
Faz sinapse no núcleo grácil e cuneiforme bulbar
NEURÔNIO 2:
Cruza a linha média no bulbo (decussação dos lemniscos)
Forma o lemnisco medial
Faz sinapse no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo
NEURÔNIO 3:
Faz projeção na área sensorial somática primária, no giro pós - central 
do córtex.
NEURÔNIO 1:
1. As funções sensoriais da cabeça são levadas pelo nervo trigêmio.
• Faz sua primeira sinapse no núcleo sensorial do trigêmio. Fibras deste segundo 
neurônio cruzam a linha média e se incorporam ao lemnisco medial.
• 2. Sistema quase que totalmente cruzado
• 3. Representação somatotópica medular (porções inferiores do corpo se 
colocam em situação medial), talâmica (porções inferiores do corpo são 
representadas pelas porções laterais do complexo ventrobasal e as superiores 
pela porção medial do complexo ventrobasal) e cortical (representado pelo 
homúnculo sensorial no giro pós central)
• 4. Apresentam arranjos neuronais peculiares:
• 4.1. Os neurônios da coluna dorsal emitem colaterais que fazem sinapses com 
interneurônios inibitórios que se projetam em neurônios vizinhos (permite ao 
SNC discriminar a procedência dos estímulos sensoriais)
• 4.2. Fibras talâmicas descendentes inibem neurônios de segunda ordem ou 
estimulam interneurônios inibitórios (facilita a discriminação dos impulsos)
• 4.3. Fibras reticulares descendentes e colaterais piramidais controlam aferentes 
nos núcleos grácil e cuneiforme bulbares (facilita localização do estímulo e 
graduação de intensidade)
SISTEMA ÂNTERO - LATERAL
• Dor; calor; frio; tato grosseiro (protopático); 
cócegas; coceira; sensações sexuais.
• Pequena capacidade de localização.
• Graduações grosseiras de intensidade.
• Fibras mielínicas delgadas.
• Velocidade de condução: 8 a 40 m/s.
NEURÔNIO 1:
Corpo neuronal - gânglio da raiz dorsal
Sinapse com segundo neurônio no corno dorsal da medula
SISTEMA ÂNTERO - LATERAL
NEURÔNIO 2:
Cruza o plano mediano na comissura anterior da medula
Sobe pelo funículo ântero-lateral da medula espinhal
Divide - se em dois sistemas:
SISTEMA NEOESPINOTALÂMICO:
Segundo neurônio faz sinapse com o terceiro neurônio nos núcleos do 
complexo ventobasal do tálamo e seus axônios fazem projeção no córtex 
somato sensorial primário. Distribuição somatotópica definida com 
precisão na discriminação sensorial da dor epicrítica.
SISTEMA PALEOESPINOTALÂMICO:
Segundo neurônio emite colaterais na formação reticular e em núcleos 
inespecíficos do tálamo, onde faz sinapse com o terceiro neurônio.
Sistema neoespinotalâmico
O segundo neurônio faz sinapse com o terceiro neurônio em 
núcleos do complexo ventrobasal do tálamo e seus axônios 
fazem projeção no córtex somato sensorial primário.
Este sistema apresenta distribuição somatotópica bem definida, o 
que lhe confere precisão na discriminação sensorial dos 
estímulos.
Sistema paleoespinotalâmico
O segundo neurônio emite colaterais a formação reticular e 
chega a núcleos inespecíficos no tálamo, onde faz sinapse com o 
terceiro neurônio.
A partir das projeções reticulares e talâmicas do feixe, as 
informações são levadas ao hipotálamo, sistema límbico e ao 
córtex. Determinam respostas autonômicas, endócrinas e 
comportamentais que acompanham a dor do tipo lenta.
NEUROFISIOLOGIA DA DOR
• Definição de dor: Uma sensação desagradável e uma 
experiência emocional associada a um dano tissular real 
ou potencial (Sociedade Internacional para o estudo da 
dor).
• Dor: Um mecanismo de proteção do corpo, ocorrendo 
sempre que qualquer tecido estiver sendo lesado. 
Sintoma mais comum da prática médica. Responsável 
por 70% das consultas médicas.
• Dor Rápida: Também chamada de dor aguda,
dor em pontada, dor em alfinetada, dor elétrica. É
sentida em cerca de 0,1 s depois que o estímulo
doloroso é aplicado. É um sinal de alarme rápido
que indica uma lesão do organismo. É sentida
quando uma agulha é enfiada na pele, quando a
pele é cortada com uma faca, quando a pele é
submetida a um choque elétrico, quando a pele
sofre uma queimadura aguda. A dor rápida não é
sentida na maioria dos tecidos mais profundos do
corpo.
• Dor lenta: Também chamada de dor crônica,
dor surda, dor em queimação lenta, dor latejante
e dor nauseante. É sentida apenas após 1 s ou
mais depois de aplicado o estímulo doloroso,
pode aumentar lentamente durante muitos
segundos e até minutos. Este tipo de dor está
geralmente associado à destruição dos tecidos.
Pode levar a sofrimento insuportável e
prolongado. Pode ocorrer tanto na pele quanto
em qualquer tecido ou órgão profundo.
• Receptores para a Dor: São terminações nervosas
livres. Estão presentes na pele, periósteo, paredes
arteriais, superfícies articulares, foice e tentório da
abóboda craniana, e, em menor quantidade em outros
tecidos profundos. A bradicinina, serotonina, histamina,
íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas
proteolíticas são fortes estímulos químicos para a dor.
As prostaglandinas e a substância P acentuam a
sensibilidade das terminações da dor, mas não as
excitam diretamente. Os estímulos químicos são
especialmente importantes na dor lenta. Os receptores
de dor dificilmente se adaptam ou se adaptam pouco.
Em alguns casos de dor lenta ocorre um aumento da
sensibilidade dos receptores da dor (hiperalgesia).
• Sistema neo-espinotalâmico (sistema da dor rápida): Os sinais
geralmente são provocados por estímulos dolorosos mecânicos ou
térmicos agudos, os nociceptores são constituídos por terminações
nervosas livres, os estímulos são conduzidos nos nervos periféricos
para a medula espinhal por fibras delgadas aferentes A- (delta), em
velocidades entre 6 a 30 m/s.
Os neurônios de primeira ordem
fazem sinapse principalmente na lâmina I da coluna dorsal da
substância cinzenta da medula espinhal. O segundo neurônio cruza
o plano mediano na comissura anterior e sobe pelas colunas ântero-
laterais da medula espinhal. A maioria dos neurônios de segunda
ordem fazem sinapse no complexo ventro-basal do tálamo e
algumas terminam em áreas reticulares do tronco cerebral ou no
núcleo posterior do tálamo. A maior parte dos neurônios de terceira
ordem terminam no córtex somato-sensorial. Ocorre uma
discriminação temporo-espacial do estímulo doloroso.
• Sistema paleo-espinotalâmico (sistema da dor lenta): Os sinais 
geralmente são provocados por estímulos químicos, mas também às vezes 
por estímulos mecânicos ou térmicos persistentes, os nociceptores são 
constituídos por terminações nervosas livres, os estímulos são conduzidos 
nos nervos periféricos para a medula espinhal por fibras delgadas aferentes 
do tipo C, em velocidades entre 0,5 a 2 m/s. O neurônio de primeira ordem 
faz sinapse principalmente na lâmina II e III da coluna dorsal da substância 
cinzenta da medula espinhal (região chamada de substância gelatinosa). A 
maioria dos sinais passam então através de um ou mais neurônios de fibras 
curta adicionais, dentro da coluna dorsal e fazem sinapse nas lâminas V a 
VIII com o neurônio de terceira ordem. O neurônio de terceira ordem cruza 
o plano mediano na comissura anterior e sobe pelas colunas ântero-laterais 
da medula espinhal. Os neurônios de terceira ordem terminam 
principalmente no tronco encefálico (núcleos reticulares do bulbo, área 
tectal do mesencéfalo e na substância cinzenta periaquedutal). A partir 
dessas áreas, múltiplos neurônios de fibra curta retransmitem os sinais para 
os núcleos intralaminares e laterais do tálamo e também para o hipotálamo 
e outras regiões basais do cérebro. Está relacionado a respostas vegetativas 
com integração afetiva e emocional.
• OBS: Devido a esse duplo sistema de inervação da
dor, o início súbito de um estímulo doloroso
frequentemente dá uma "dupla" sensação de dor: uma
dor rápida e aguda que é transmitida para o cérebro
pela via das fibras A delta , seguida, 1 s depois, por
uma dor lenta que é transmitida pela via das fibras C.
A dor aguda informa o indivíduo sobre a lesão, e faz
a pessoa reagir imediatamente ao estímulo. Enquanto
a dor lenta dá ao indivíduo o sofrimento da dor.
• CLASSIFICAÇÃO DAS DORES
• 1) Estimulação excessiva dos nociceptores.
• Produzida por infecções somáticas e viscerais
• 2) Dor neurológica
• Determinada por lesões das fibras aferentes grossas e das vias 
lemniscais (neuropatias periféricas, neuralgia pós-herpética, 
neuralgia do trigêmio, causalgia, dor do membro fantasma, lesões 
dos cordões posteriores da medula)
• Explicada pela perda da inibição normalmente exercida pelas 
fibras aferentes grossas e vias lemniscais sobre as fibras aferentes 
finas.
• 3) Dor piscogênica
• O córtex cerebral e o sistema límbico devido a fatores emocionais 
geram estímulos que são interpretados como dor.
ABORDAGENS NO TRATAMENTO DA DOR
• 1) Dor por estimulação excessiva dos nociceptores
Controlável por bloqueios farmacológicos ou destruição
cirúrgica das vias aferentes
• 2) Dor por lesão das fibras grossas (liberação do sistema antero-
lateral)
Controlável por estimulação da fibras grossas obtido pela
massagem, eletroestimulação, aplicações de calor (raios
infravermelhos e ondas curtas) e acupuntura
• 3) Dor psicogênica
Controlável pela auto-sugestão, hipnose, treinamento autógeno e
psicoterapia
TIPOS DE TRATAMENTO DA DOR
MEDICAMENTOSO
1. Não narcóticos e antiinflamatórios
ex: aspirina, paracetamol, fenilbutazona
2. Narcóticos: atuam em receptores para as encefalinas; 
ex: codeína, pentazocina, meperidina, morfina.
3. Fenotiazinas: bloqueiam receptores noradrenérgicos e 
serotoninérgicos; ex: levopromazina
4. Agonistas alfa-adrenérgicos
ex: xilazina, clonidina, detomidine.
FISIOTERÁPICO
Utilizado como tratamento coadjuvante
1. Massagem
2. Tração, manipulação
3. Aplicações de calor (infravermelho, ondas curtas)
TIPOS DE TRATAMENTO DA DOR
• PISCOTERÁPICO
• Indicado em pacientes portadores de dores crônicas, 
especialmente na dor psicogênica
• RADIOTERÁPICO
• Aplicações em metástases ósseas, massas nodulares linfáticas, 
plexos nervosos, parede torácica, infiltração de partes moles
• BLOQUEIOS NERVOSOS PERIFÉRICOS
• Interrupção temporária ou permanente dos impulsos nociceptivos 
conduzidos da região onde se localiza a dor. Podem ser 
bloqueados nervos cranianos, espinhais e autonômicos
• Bloqueios temporários: anestésicos locais
• Bloqueios permanentes: álcool absoluto, fenol
• TIPOS DE TRATAMENTO DA DOR
• NEUROESTIMULAÇÃO
• Estimulação transcutânea de fibras grossas
• Acupuntura: estimulação nervosa periférica
• OPIACEOTERAPIA PERIDURAL OU INTRATECAL
• Morfina: alívio por aproximadamente 24 horas
• Implantação de dispositivo peridural ou intratecal
• Complicações: depressão respiratória, retenção urinária
• LESÕES CIRÚRGICAS PERIFÉRICAS
• Neurotomia: secção de nervos sensitivos somáticos por radiofrequência
• Simpatectomia: secção de nervos viscerais
• Rizotomia espinhal posterior: secção intra-raquidiana das raízes posteriores dos 
nervos espinhais (radiofrequência e termocoagulação)
• LESÕES CIRÚRGICAS CENTRAIS
• Comissurotomia espinhal: secção da comissura branca anterior, através do qual 
cruzam os tractos espino-talâmicos.
• Cordotomia: secção do quadrante antero-lateral da medula após abertura da dura-
máter
Córtex Cerebral
Córtex Cerebral
• 1. Área Somatosensorial primária:
• Áreas 1, 2 e 3 no giro pós-central, Camada IV, Orientação 
espacial muito bem definida
• Recebe informações quase que totalmente do lado oposto do 
corpo
• O tamanho das áreas são proporcionais ao número de unidades 
sensitivas nas várias partes do corpo: 1o) Lábios; 2o) Face e 3o) 
Polegar
• Recebem fibras provenientes dos núcleos ventral póstero lateral e 
ventral póstero medial do tálamo
• Integra impulsos de dor, temperatura, tato, pressão, cinestesia 
(consciência da posição de um membro no espaço sem pistas 
visuais) e propriocepção consciente
• A extensão da representação cortical de uma parte do corpo 
depende da importância funcional desta parte para a biologia da 
espécie.
• 1.1. Lesões da Área Somatosensorial primária:
• Perda da sensibilidade discriminativa para dois pontos
• Incapacidade em reconhecer movimentos de partes do 
corpo
• Incapacidade em reconhecer diferentes intensidades de 
estímulo
• Incapacidade em localizar partes do corpo tocada
• Incapacidade em distinguir diferentes temperaturas
• Perda da estereognosia, ou seja, incapacidade de 
reconhecer objetos colocados à mão
• Mantêm tato grosseiro, sensações térmicas e dolorosas; 
pois tornam-se conscientes a nível talâmico
2. Área de Associação Somática
• Área 5 e 7, Camada II e III
• Recebe estímulos do sistema lemniscal medial e espino talâmico 
antero lateral
• Decifra o significado da sensação somática
• Analisa padrões presentes da experiência sensorial
• Proporciona um nível mais alto de interpretação das experiências 
sensoriais
–
Lesões da área de associação somática
• Perda da capacidade de reconhecimento da forma dos objetos
• Perda da percepção espacial para a localização das diferentes 
partes do corpo
3. Área motora primária
• Área 4 no giro pré-central, camada V, chamada de área piramidal, 
contém 68.000 células gigantes de Betz
• Relacionada com a capacidade voluntária de iniciar movimentos 
de
controle delicado
• A estimulação elétrica de determinadas áreas resulta em 
contrações musculares de partes definidas do corpo
• A representação cortical de cada parte do corpo é de tamanho 
proporcional à destreza com que a parte realiza movimento 
voluntário delicado
• Representação: 1o) vocalização (lábios, língua, laringe e cordas 
vocais); 2o) lábios; 3o) polegar e 4o) maõs
4. Área de associação motora
• Área 6 
• Quando estimulada provoca respostas motoras complexas de 
grupos musculares (vocalização, movimentos dos olhos, 
mastigação e outros)
• A destruição leva a perda de coordenação dos movimentos
Controle Encefálico do Movimento
CONTROLE CORTICAL DA FUNÇÃO MOTORA
• O córtex motor pode ser dividido em três subáreas, cada uma
tendo sua própria representação topográfica de grupos musculares
e funções motoras específicas. São elas: 1) Córtex motor (área 4);
2) a área pré-motora (área 6) e 3) a área motora suplementar (área
4S).
• Os sinais motores são transmitidos diretamente do córtex para a
medula espinhal pelo feixe corticoespinhal ou feixe piramidal e,
indiretamente, por múltiplas vias acessórias que compreendem os
gânglios da base, o cerebelo e vários núcleos do tronco cerebral.
• Cerca de 30% do feixe corticoespinhal originam-se do córtex
motor primário, 30% das áreas pré-motora e motora suplementar
e 40 % a partir das áreas sensoriais somáticas.
• Este feixe deixa o córtex, passa através do ramo posterior da
cápsula interna, passa pelo tronco cerebral, formando as
pirâmides bulbares, cruzam para o lado oposto e descem nos
feixes corticoespinhais laterais da medula. Terminam fazendo
sinapses em neurônios da substância cinzenta medular e com os
neurônios motores.
CONTROLE CORTICAL DA FUNÇÃO MOTORA
• As fibras mais notáveis do feixe piramidal são uma população de
grandes fibras mielinizadas que se originam das células piramidais
gigantes, também chamadas de células de Betz, que são encontradas
apenas no córtex motor primário.
• O núcleo rubro, localizado no mesencéfalo, funciona em associação
próxima com o feixe corticoespinhal. A porção magno-celular do
núcleo rubro tem uma representação somatográfica de todos os
músculos do corpo, como acontece no córtex motor. A via
corticorrubroespinhal serve como uma rota acessória para a
transmissão de sinais relativamente discretos do córtex motor para a
medula espinhal.
• O termo sistema extrapiramidal é amplamente usado nos meios
clínicos para denotar todas as porções do cérebro e do tronco cerebral
que contribuem para o controle motor e que não são parte do sistema
direto corticoespinhal piramidal. Este inclui vias através dos gânglios
da base, da formação reticular do tronco cerebral, os núcleos
vestibulares e do núcleo rubro. No entanto, em função do seu
tamanho está deixando de ser usada pelos fisiologistas.
5. Área visual primária
• Área 17, camada IV
• Integra estímulos originados no corpo geniculado lateral
• A estimulação elétrica resulta em alucinações visuais (círculos 
brilhantes)
• Estimulação em pontos específicos da retina com um jato de luz 
filiforme leva à formação de potenciais elétricos evocados em 
partes específicas da área 17
• Ablação bilateral causa cegueira completa na espécie humana
6. Área de associação visual
• Área 18 e 19, camada II e III
• Sua lesão leva a perda da capacidade de se interpretar o que se 
vê.
7. Área auditiva primária
• Área 41, camada IV
• Integra estímulos do corpo geniculado medial
• Estimulação elétrica resulta em alucinações auditivas 
(zumbidos)
• Lesão bilateral leva a surdez completa
• Apresenta tonotopia: sons de determinada frequência 
projetam-se em partes específicas da área 
8. Área de associação auditiva
• Área 21 e 22, camada II e III 
• Proporciona a audição de palavras ou outros sons 
complexos
9. Área da fala ou de Broca
• Processa a informação recebida da área de Wernicke em um 
padrão detalhado e coordenado para a vocalização
• Projeta este padrão ao córtex motor que inicia os movimentos dos 
lábios, língua, laringe e cordas vocais
• Lesão leva a afasia não fluente (fala lenta, paciente limitado a 
duas ou três palavras com as quais expressam toda série de 
intenções e emoções)
10. Área pré-frontal
• Importante para a escolha de opções comportamentais para cada 
situação física ou social
• Importante na manutenção das funções mentais dirigidas aos seus 
objetivos
• Importante na elaboração do pensamento
• A lobectomia frontal leva a deficiência na ordenação temporal 
dos acontecimentos. 
11. Área interpretativa geral
• Área de Wernicke, área gnóstica
• Importante para a ordenação do pensamento
• É especialmente desenvolvida no hemisfério cerebral 
dominante
• Para esta área encontramos uma confluência de diversas 
áreas de associação
• Importante nas funções intelectuais do cérebro e a perda 
desta área leva a uma vida com existência quase 
demencial
• Lesões nesta área torna o paciente deficiente em 
compreender o significado da palavra escrita ou falada.
12. Aprendizado 
• Aprendizado: capacidade de se alterar o 
comportamento baseado em experiências passadas
• Os tipos mais avançados de aprendizado são, em 
grande parte, fenômenos corticais, mas o tronco 
cerebral também está implicado nestes processos
• Alguns tipos de aprendizado determinam mudanças 
estruturais do córtex cerebral
• Os reflexos condicionados constituem importante tipo 
de aprendizado
13. Memória
• Memória: habilidade de se lembrarem experiências passadas em 
nível consciente ou inconsciente
• A memória estável pode ser arquivada como uma mudança 
bioquímica nos neurônios. A síntese protéica está implicada nos 
processos de memória
• Três mecanismos interagem na produção da memória: 1o) 
Recordação imediata de fatos do momento 2o) Memória dos 
acontecimentos que ocorreram minutos a horas ou dias antes e 3o) 
Memória do passado remoto
• Consolidação da memória: processo que codifica a memória de 
forma resistente, geralmente persiste na presença de graves lesões 
cerebrais
• Há um período de codificação ou consolidação da memória durante 
o qual o traçado da memória é vulnerável 
• A destruição bilateral do hipocampo ventral causam sérios 
problemas de memória recente
Reflexos Musculares
VIAS VESTIBULARES
Receptores Mácula e crista ampular 
Neurônio 1 Bipolar - corpo nuclear no gânglio vestibular
O axônio forma a porção vestibular do nervo vestíbulo-coclear
Neurônio 2 Corpo nuclear nos núcleos vestibulares (lateral, medial, superior e 
inferior; assoalho do IV ventrículo)
O axônio forma ou entra na composição do:
Fascículo vestíbulo-cerebelar: termina no córtex do arquicerebelo
Vias vestíbulo-oculomotoras: envolvidas em reflexos que 
permitem ao olho ajustar-se aos movimentos da cabeça
Tracto vestíbulo-espinhal: pertence ao sistema extra-piramidal; 
levam impulsos aos neurônios motores espinhais
Fibras vestíbulo-talâmicas: levam impulsos ao tálamo e 
posteriormente ao córtex
Conexões neurovegetativas: hipotálamo, substância reticular 
bulbar e mesencefálica, nervo vago.
TEORIA DO EQUILÍBRIO
• O córtex interpreta o estímulo do sistema vestibular 
como um movimento de direção e velocidade específica
• Os núcleos dos músculos oculares movem os olhos 
compensatoriamente (ajuste visual)
• Os neurônios motores espinhais ajustam o tônus dos 
músculos do tronco e membros
• O cerebelo ajusta o tônus para a nova situação
ORGÃOS OTOLÍTICOS DA MÁCULA
• Enviam informações que provocam movimentos reflexos que 
permitem adaptação da posição do tronco e dos membros com 
relação
à posição da cabeça, mantendo assim o equilíbrio.
• O sistema otolítico associado aos proprioceptores musculares e 
articulares, receptores cutâneos e visuais permitem a regulação do 
equilíbrio estático do corpo
CRISTAS AMPULARES
• São estimuladas por acelerações angulares e desencadeiam reflexos 
estato-cinéticos para a regulação da postura
• Apresentam uma função preditiva, ou seja, informam ao Sistema 
Nervoso da necessidade de ajuste das diferentes partes do corpo 
para manter o equilíbrio.
O Hipotálamo e Sistema 
Nervoso Autônomo
Sistema Límbico e o comportamento
Áreas relacionadas ao comportamento
1. Sistema límbico
• Formado pelas áreas corticais (lobo límbico, filogeneticamente 
antigo): giro do cíngulo, istmo do giro do cíngulo, giro 
parahipocampal, hipocampo e por estruturas sub-corticais: núcleos 
anteriores do tálamo, epitálamo, área septal, corpo amigdalóide e 
fórnix.
• O sistema límbico está ligado à expressão das emoções por meio de 
reações motoras, autônomas e endócrinas. 
• O sistema límbico está envolvido no aspecto afetivo das emoções
2. Hipotálamo
• Principal via de saída do sistema límbico
• Envolvido no comportamento alimentar, sexual, controle térmico e 
emocional
3. Tálamo
• O núcleo dorso medial mantêm conexões com o córtex pré-frontal e o 
hipotálamo
• Os núcleos anteriores mantêm conexão com o corpo mamilar e com o 
giro do cíngulo
• Lesões ou estimulações elétricas demonstraram alterações de reatividade 
emocional
4. Córtex pré-frontal
• A leucotomia pré-frontal foi utilizada como tratamento de doentes 
psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade. O paciente deixa de 
reagir a circunstâncias que normalmente determinam alegria ou tristeza 
(tamponamento psíquico) e podem levar a uma grave deficiência 
intelectual. O método foi amplamente utilizado até a descoberta das 
drogas antidepressivas.
5. Tronco encefálico
• Principalmente efetuador, recebe fibras descendentes telencefálicas e 
diencefálicas
• Contêm núcleos envolvidos nas manifestações de choro, alterações 
fisionômicas, sudorese, salivação, taquicardia, taquipnéia, etc.
Sistema límbico
• Circuito de PAPEZ: Representa a direção predominante dos 
impulsos nervosos: giro do cíngulo  giro parahipocampal 
hipocampo  fórnix  corpo mamilar  fascículo mamilo-
talâmico  núcleos anteriores do tálamo  capsula interna  giro 
do cíngulo
• O sistema límbico mantêm conexões com o hipotálamo, tálamo, 
formação reticular mesencefálica, corpo estriado e córtex temporal
• A influência do sistema límbico sobre as funções somáticas, 
autonômicas e endócrinas é indireta e se faz por intermédio do 
hipotálamo e mesencéfalo
• KLÜVER & BUCY : ablação bilateral da parte anterior dos lobos 
temporais (no macaco Rhesus lesa o hipocampo, giro 
parahipocampal e corpo amigdalóide) leva a: domesticação, 
perversão do apetite, cegueira psíquica, conduta oral, tendência 
hipersexual
Sistema límbico
• Giro do Cíngulo: cingulectomia leva a domesticação e a 
cingulotomia interrompe o circuito de PAPEZ e melhora 
quadros de depressão e ansiedade
• Corpo amigdalóide: a lesão bilateral diminui 
excitabilidade emocional e agressividade no homem. A 
lesão nos animais leva a hipersexualidade que 
desaparece no animal castrado.
• Hipocampo: destaca-se na participação da memória, 
atividades viscerais e endócrinas
• Área septal: experiências de auto estimulação sugere 
estar envolvido no centro do prazer e da recompensa. A 
lesão leva a hiperatividade emocional, ferocidade e raiva 
diante situações que normalmente não modificam o 
comportamento do animal.
Hipotálamo
• Região pré-óptica: área pré-óptica medial e posterior, 
núcleo supra-óptico, núcleo para-ventricular, área 
hipotalâmica anterior
• Região tuberal: núcleo ventro medial, núcleo dorso 
medial, área hipotalâmica lateral, núcleo perifornical
• Região mamilar: núcleos mamilares, núcleo 
hipotalâmico posterior
Comportamento emocional: estimulação elétrica da 
região mamilar leva a reação de ira com descarga 
simpática adrenal intensa. Há evidências que não se 
pode sentir a emoção a nível hipotalâmico
Comportamento alimentar: área hipotalâmica lateral (destruição: 
afagia e adipsia; estimulação: hiperfagia; Conclusão: centro da 
fome)
• Núcleos ventro mediais (lesão: hiperfagia e obesidade, 
estimulação em animal faminto: interrompe a ingestão dos 
alimentos; conclusão: centro da saciedade)
• Núcleo pré-óptico (estimulação ou injeção de solução hipertônica 
leva a ingestão de grandes quantidades de água; conclusão: centro 
da sede)
Regulação de temperatura: região próxima do quiasma óptico 
(centro do calor, envolvido em respostas parassimpáticas)
• Região justamamilar (centro do frio, envolvido em respostas 
simpáticas)
Comportamento sexual: envolvido em fatores hormonais 
(LHRH) e sensoriais (visão, olfato, tato) e ambientais
Ritmos do Encéfalo
Reprodutor
Referências Bibliográficas
LENT, ROBERTO. Cem bilhões de neurônios, conceitos fundamentais de neurociências, 
São Paulo, Editora Atheneu, 2.005.
BEAR, MARK F.; CONNORS, BARRY W. & PARADISO, MICHAEL A. Neurociências, 
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