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Aula 10 - 01/09/2010 - Economia Açucareira Texto SCHWARTZ (1988) - O fabrico do açúcar, carárter industrial, “moderno”, refino, valores realizados, violência e escravidão - Evolução tecnológica lenta, vcale dizer, estabilidade da técnica de produção. - Ganhos de produtividade seculares - Influência da dotação de recursos <>Brasil X Antilhas (esta última utilizava técnicas de adubação e o bagaço da cana como combustível, o Brasil não) - Não obstante, técnicas essencialmente as mesmas em todas as colônias americanas. - Complexidade na manufatura do açúcar e não na lavoura de cana. - Perfeita adaptação ao trabalho escravo. - Trabalho “ininterrupto” (jornadas beeeem longas, 18 a 20 horas/dia) - Alternação entre moenda e canavial (deslocamento do trabalho escravo) - Escravos eram às vezes submetidos a jornadas duplas - Plantio da cana (planta perene) - Duas épocas, com 4 a 6 colheitas em média antes de ser necessário o replantio. - Dependia do solo, que no caso, os mais férteis tinham a desvantagem de serem lamacentas quando úmidas (dificultando a logística da coisa como um todo) - Schwartz: Engenho Sergipe do Conde - Plantar de modo que a safra seja contínua, isto é, sucessivas - Processamento da cana precisa ser feita em no máximo dois dias, senão azeda o negócio - Problemas com logísticas/ clima / feriados são as principais causas da interrupção do processo produtivo contínuo (principalmente os feriados) - Ruptura tecnológica: moenda rolo passa para moenda entrosa <>aumentou a produtividade e diminuiu o custo (menos energia necessária) <>tecnologia se difundiu para toda a colônia <>+/- 1620, queda no preço do açúcar branco - Cozimento: “gargalo” da manufatura de açúcar <>função de extrema importância (dificilmente era trabalho escravo), o salário do indivíduo dessa função podia chegar a ¼ do total dos salários pagos (o responsável era praticamente o engenheiro responsável pela produção) - Divisão do trabalho no engenho é bastante claro (Adam Smith ficaria orgulhoso) - 1650: marcas surgiram para evitar fraudes/maracutaias - CF - Achava a ocupação do Brasil no início inviável - Boxer - Começa a enxergar nos canaviais possibilidades econômicas que fossem talvez superiores às rotas das Índias - Schwartz - Engenho: verdadeira “fábrica do campo da agricultura”, em termos, moderno para a época <>ingleses vieram ao Brasil para aprender/copiar a técnica dos engenhos <>praticamente a linha de produção (cultivo -> processo -> produto final) - Caráter capitalista (manufatura do açúcar) aparece mascarado pela existência da escravidão; “comum” timing errado de Portugal (a exemplo das grandes navegações, que puseram Portugal no topo do mundo mas o fruto foi utilizado para suprir uma sociedade arcaica, um “feudalismo” e um mercantilismo inferior) <>O trabalho escravo não possibilitou o avanço do “capitalismo” português - Barros Castro - Engenho escravista bastante semelhante ao sistema de plantion contemporâneo - Trabalho escravo semelhante ao trabalho proletário - Economicamente, escravo diferente de proletário - Engenho moderno -> produção capitalista voltada para o mercado - Trabalho escravo -> asseguram persistência de uma sociedade arcaica <>mais uma vez Portugal é “presa” pelas suas bases arcaicas - Entretanto vale ressaltar que o trabalho escravo se mostrava quase que necessário (era séc XVI) - CF: Holanda dominante - Transporte e refino (lucro deste último podia chegar a 1/3 da do lucro de produção de açúcar bruto) - Refino: artesanal, corporações de ofício (antigamente totalmente místico e secreto), somente em meados do séc XVI é que as corporações entram em decadência e os “segredos” são revelados -Fraginals - Refino era simples, podia ser feito até com trabalho escravo e realizado no próprio engenho - Metrópoles é definiam uma relação de hierarquia, isto é, era fundamentalmente política a decisão de porque o açúcar deveria ser refinado na Europa (para determinar uma espécie de relação de subordinação que encontra-se presente no Pacto Colonial, em que a colônia é sempre inferior e dependente da metrópole), isto é, colônia possuía as funcões mesno importantes. - Açúcar brasileiro era fodástico, possuía qualidade e era bastante apreciado, basta olhar o processo de produção (moderno) e as técnicas (a parte do barro lá) - Simonsen - Lucro decorrente do comércio de açúcar > lucro decorrente da mineração - Respectivamente, 300 milhões de libras