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* * * Universidade Estácio de Sá Faculdade de Medicina – M1 Anatomia CASO 1-C Fratura Transtrocanteriana do Fêmur Bruno S. Herszage (Complementação) * * * Apresentação do caso: * * * A morfologia interna de um osso longo: Osso longo: comprimento > largura ≈ espessura • Diáfise Constituída principalmente por tecido ósseo compacto: ↑↑ resistência É inervada e percorrida por vasos sangüíneos: canais de Volkmann e Havers • Metáfise Situada entre epífise e diáfise, é onde encontramos cartilagem óssea, responsável pelo crescimento ósseo (até certa idade) * * * • Epífise Constituída por uma fina camada de osso compacto, revestindo o osso esponjoso e recobertas por cartilagem O osso esponjoso: Formado por trábeculas, que dão aspecto poroso ao tecido. Nos espaços ósseos encontramos a medula óssea vermelha (ou amarela, dependendo da idade) Canal medular Osso compacto Periósteo Diáfise Osso compacto Osso esponjoso Epífise * * * Fraturas transtrocanterianas x osteopenia local • Distribuição das trabéculas do fêmur proximal: Lateral system: trabéculas de tração que se direcionam lateralmente Medial system: trabéculas de compressão que se direcionam medialmente Qual a importância das trabéculas ósseas? Distribuem a força aplicada ao osso de forma uniforme e desconcentrada: ↑↑ resistência e ↓↓ risco de fraturas * * * • Trígono de Ward = zone of weakness Área triangular no colo femoral no qual há menor densidade trabecular Zona de instabilidade óssea!! * * * • Osteopenia Diminuição da densidade mineral dos ossos (10 a 25% do normal) É considerado sinal precursor à osteoporose Osso normal Osteopenia * * * Trígono de Ward + Osteopenia local Dessa forma: ↑↑↑ excessivo da instabilidade local ↑↑ da propensão à ocorrência de fraturas * * * Fratura transtrocanteriana Vídeo – Clique sobre para visualizar Fratura * * * E as fraturas diafisárias? A incidência aumenta com o passar dos anos? NÃO! A diáfise sofre remodelação com a idade e, com ela, sua superfície em corte transversal tende a aumentar O osso é reabsorvido da superfície interna (endósteo) - o canal medular aumenta de diâmetro – e é adicionado à superfície externa (periósteo). Redistribuição ↑ resistência da diáfise a forças de inclinação Compensa a ↓ da resistência no osso cortical * * * Periósteo E a dor relatada pelo paciente? Qual sua origem? • Facilmente explicada pela inervação que cerca o osso: O periósteo: membrana vascularizada, fibrosa e resistente que envolve os ossos, exceto nas articulações. E, se no interior dos ossos encontramos nervos vasopressores, é no periósteo que encontramos a inervação sensitiva. Quando o fio de Steinmann foi transpassado por ele, adveio a dor, que poderia ser remediada por anestesia local bilateral, nos pontos de entrada e saída do fio. * * * http://anatomedunesa.weebly.com/uploads/1/8/7/1/1871495/fraturas_no_idoso-biomecanica.pdf Referências bibliográficas MOORE, Anatomia orientada para clínica. 5ª edição. PROMETHEUS, Atlas de Anatomia. GERHART. Uma abordagem Direcionada aos Problemas: Fratura no Idoso. Disponível em: Acesso em 10.05.2010