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DIREITO PROCESSUAL CIVIL Estado tem como uma de suas funções o poder de intervir na sociedade, com o objetivo de solucionar conflitos existentes, a fim de assegurar o direito das partes que estão discordantes. A vontade legal substitui a vontade dos que estão em litígio (disputa que ocorre quando uma das partes contesta (discute) o que foi dito pelo autor da ação). O Processo Civil é instrumento que o Estado coloca à disposição dos litigantes (das partes que discutem no processo), a fim de administrar justiça. E atua não só no interesse de uma ou da outra parte, mas sim por meio do interesse de ambos. O interesse das partes é o meio que serve para conseguir a finalidade do processo, quando dá lugar ao impulso destinado a satisfazer o interesse público da atuação da lei na solução dos conflitos. Cada parte deseja ter razão, portanto a finalidade do processo é a de dar razão a quem efetivamente a tem. Assim, o Processo Civil é pré-ordenado a assegurar que a lei seja observada, e para tanto, realiza tantos atos quantos forem necessários para alcançar essa finalidade. Esse conflito entre as partes, recebe o nome de LIDE, e é o objetivo principal do processo civil, e nela se exprimem as aspirações em conflito de ambos os litigantes. O julgamento da lide, onde o Juiz recebe ou não o pedido, dá a razão a uma das partes e nega-a a outra, e constitui este julgamento em uma sentença definitiva de mérito. O Processo Civil então, é o instrumento que o Estado coloca à disposição dos discordantes, para que seja exercido o direito e realizada a justiça. Não deve portanto ser usado pelas partes, faltando ao dever da verdade, agindo com deslealdade e empregando meios fraudulentos. O Processo Civil regulamenta os conflitos de natureza civil, que não são penais, nem trabalhistas. O Processo é formado por diversos Atos, e tais Atos formam o Procedimento. No processo atuam três entes: Autor, Juiz e o Réu. O Processo Civil divide-se em: - Processo de Conhecimento (Ordinário ou Sumário); - Processo Cautelar e - Processo de Execução. DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA E DO OFICIAL DE JUSTIÇA ARTIGO 139 dos auxiliares DA JUSTIÇA São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o Oficial de Justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete. São funcionários servidores ou cidadãos comuns investidos de fé pública que auxiliam o Juiz no exercício de sua função, atendendo as determinações do mesmo. Escrivães- Dirigem a secretaria do Cartório Judicial e coordenam os trabalhos de realização dos atos processuais, respondendo pela guarda dos autos dos processos. Redigem também os ofícios, mandados, cartas precatórias, e executam ordens judiciais, promovendo citações e intimações. Oficiais de Justiça - São os auxiliares da justiça encarregados de transmitir às partes e as demais pessoas interessadas, o conhecimento da existência de atos processuais, realizando as diligências necessárias ao andamento do processo. Aos oficiais de justiça cabem o cumprimento dos mandados expedidos pelo Juiz de direito de sua Comarca (citação, notificação, intimação, arresto, seqüestro, penhora, etc.), bem como, proceder a avaliação de bens nos processos de execução fiscal, efetuar despejos, realizar praças e leilões etc. Peritos - São os auxiliares da justiça que possuem conhecimentos técnicos para, após exame, emitir parecer a respeito de questões relativas ao seu campo de conhecimento. Executam tarefas que proporcionam subsídios técnicos necessários ao esclarecimento dos fatos que serão objeto de análise pelo Juiz. Intérpretes - São os auxiliares da justiça por meio dos quais outras pessoas se entendem e se comunicam. Participam dos atos processuais para tornar conhecida manifestação de vontade exposta em língua diferente da nacional, ou em linguagem mímica dos surdos mudos que não puderem transmitir sua vontade por escrito. Depositários e Administradores - São aqueles a quem é confiada a guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, seqüestrados ou arrecadados. Depositários e Administradores assumem o dever de guarda, vigilância, administração e conservação dos bens constritos judicialmente. ARTIGO 143 do Oficial de Justiça Incumbe ao Oficial de Justiça: I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas; II - executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado; III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido; IV - estar presente às audiências e coadjuvar o Juiz na manutenção da ordem. O (a) oficial de justiça é o auxiliar imediato do Juiz. A ele cabe realizar pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias de seu ofício. O (a) oficial de justiça tem fé pública, ou seja., a presunção da lei por necessidade imperiosa do serviço judiciário, de que tudo aquilo que os funcionários da justiça afirmam é considerado como verdadeiro. Ao cumprir a diligência, o oficial de justiça deve certificar no verso do mandado o ocorrido, mencionando o lugar, dia e hora, e logo depois de cumprir o mandado deve entregá-lo ao cartório. Sempre que possível a diligência deverá ser realizada na presença de duas testemunhas. O (a) oficial de justiça também poderá coadjuvar o Juiz nas audiências. ARTIGO 144 Responsabilidade do Oficial de Justiça O escrivão e o Oficial de Justiça são civilmente responsáveis: I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que lhes impõe a lei, ou os que o Juiz a que estão subordinados lhes comete; II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa. Quando o oficial de justiça ou o escrivão, sem motivo justificado, se recusarem a cumprir dentro do prazo, os atos impostos pela lei, ou aqueles que o Juiz a que estão subordinados determinar, serão responsabilizados civilmente, devendo responder pelos prejuízos resultantes. Na hipótese de, haver dano por ato culposo ou doloso, a pessoa prejudicada poderá pleitear indenização junto ao poder público. O escrivão e o oficial, ainda poderão responder por falta administrativa. DO TEMPO, DO LUGAR E DOS PRAZOS DOS ATOS PROCESSUAIS Ato do Latim "actos" (agere) significa levar, conduzir. Ato - É toda ação resultante da manifestação da vontade ou promovida pela vontade da pessoa. É tudo o que ocorre pela vontade de alguém. Fato - do Latim "facto"(fazer, causar) É todo acontecimento produzido independentemente da vontade da pessoa. Isto posto, podemos agora conceituar o que são Atos e Fatos Processuais Atos processuais ou Atos Jurídicos, são ações que se exercem com o fim de adquirir, modificar ou transferir direitos. São atos que tem efeitos a cumprir. Fatos Processuais ou Fatos Jurídicos são fatos que possam gerar efeitos jurídicos, determinando a modificação a transformação ou a extinção de direitos. ARTIGO 172 do tempo e do lugar dos atos processuais Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte horas. § 1º. Serão, todavia, concluídos depois das vinte horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. Dias úteis são os que há expediente no Fórum. Somente o domingo é considerado feriado forense (CPC - 175), ou seja, dia não útil. Sábado não é feriado, de maneira que nesse dia poderão ser praticados atos processuais, como por exemplo a citação pelo (a) oficial de justiça. Entretanto, para efeito de contagem de prazo, o sábado é considerado dia não útil, pelo fato de não haver expediente forense. O (a) oficial de justiça só pode entrar na residência de uma pessoa, para realizar a citação,penhora, ou outro ato processual, dentro do horário legal (das 06:00 às 20:00 horas). Em situações excepcionais, porém, os atos processuais poderão ser realizados aos domingos e feriados, mas somente com autorização expressa do Juiz. O período das 06:00 às 20:00 horas é fixado pela Lei para realização dos atos processuais objetivando que a pessoa não seja incomodada em seu horário de repouso. Mas, conforme o disposto no parágrafo em pauta poderão ser concluídos depois das 20:00 horas, os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar graves danos. Por outro lado, não constitui excesso, se por exemplo, um ato processual terminar alguns minutos após as 20:00 horas, no caso às 20:15 horas. A organização judiciária local não pode ir além do que determina a norma federal geral, que é o artigo 172. Assim, não pode ser fixado horário de expediente forense local, ultrapassando o limite das 20:00 horas. Quando o ato tiver que ser praticado por petição (pedido formulado por escrito fundamentado no direito da pessoa perante Juiz competente, solicitando sua intervenção em fatos que se mostrem ofensivos aos seus direitos) , deve sê-lo até o último dia do prazo, dentro do expediente do protocolo, fixado pela norma local da organização judiciária. § 2º. A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do Juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º., inciso XI, da Constituição Federal. § 3º. Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. ARTIGO 173 Férias e feriados Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se: I - a produção antecipada de provas (art. 846); II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o sequestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiros, a nunciação de obra nova e outros atos análogos. Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias. Produção Antecipada de Provas - É a faculdade concedida ao interessado de realizar uma prova, que ao passar do tempo ou devido a ocorrência de outros fatores poderão impossibilitar o julgamento de uma ação. A produção antecipada de provas é justificada por diversas razões, como por exemplo, nos casos em que a testemunha precisa se ausentar da sede da comarca, ou se houver perigo na demora, ou por motivos de doença, idade etc., ou seja, devido as circunstâncias em que há risco da testemunha vir a falecer, antes do término da férias ou feriados. Outros atos processuais podem ser realizados durante as férias e feriados : A Citação - Ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado, para que possa se defender. O Arresto, o Sequestro , a Penhora - Que são atos realizados no processo de execução (cobrança de dívida por intermédio do Poder Judiciário, para forçar o devedor a cumprir com sua obrigação) . A Busca e Apreensão - Diligência policial ou judicial para procurar e apreender coisa ou pessoa (busca e apreensão de um carro). A arrecadação que é a apreensão de coisas ou bens, em poder de outrem, afim de serem recolhidas a determinado local ou submetidas a certas circunstâncias. Nunciação de Obra Nova - A ação denunciação de obra nova é o meio de que se vale a pessoa, que se vê prejudicada em sua propriedade ou posse, por obra nova em prédio vizinho, afim de que se impeça a construção ou para que seja mesma demolida se já estiver terminada, e seja a pessoa indenizada dos prejuízos e danos que forem causados. Também poderão ser realizados os embargos de terceiros, os depósitos, separação de corpos, abertura de testamento e outros atos análogos. Férias Forenses - São as férias coletivas fixadas pela organização judiciária. O período de férias coletivas na primeira instância é de 2 a 31 de janeiro. Na segunda instância, os períodos de férias coletivas são de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho. Os feriados forenses são : Domingos , 1o de janeiro , terça - feira de carnaval, Sexta - feira santa, 21 de abril , 1o de maio, 7 de setembro, 12 de outubro , 15 de novembro, 8 de dezembro (dia da justiça) e 25 de dezembro. ARTIGO 174 Atos que não se suspendem nasférias Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas: I - os atos de jurisdição voluntária, bem como são necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento; II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275; III - todas as causas que a lei federal determinar. Jurisdição Voluntária - É aquela que versa sobre interesses que não estão em conflito, e tem por finalidade tutelar aqueles que merecem atenção especial do Estado. Assim por exemplo, no que se refere a pessoa física a Lei ampara o nascimento ou o óbito, o reconhecimento de filho ilegítimo etc. Ação de Alimentos Provisionais - É aquela em que uma pessoa exige alimentos provisionais de outras. Exemplo : O filho pode exigir alimentos do pai, o avô do neto etc. As causas mencionadas no artigo 275 são : I - todas as causas de valor até 20 (vinte) salários mínimos; II - Nas causas quaisquer que sejam os valores ; a) De arrendamento rural e parceria agrícola. b) De cobrança de condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio. c) De ressarcimento por danos em prédio urbano e rústico. d) De reparação de dano causado em acidente de veículo terrestre. e) De cobranças de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução. f) De cobrança de honorários de profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial. g) Nos demais casos previstos em Lei. III - Todas as causas que a Lei Federal determinar : Ações de falência, de desapropriação, de despejo, consignação de pagamento de aluguel e acessório, revisionais de aluguel e ações renovatórias de locação. ARTIGO 175 Feriados forenses São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei. ARTIGO 176 do lugar Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo Juiz. Normalmente, os atos se realizam na sede do juízo onde ocorre o processo, mas se houver necessidade, serão realizados fora da sede do juízo. A realização de exame pericial na pessoa de operário morador em local distante e beneficiário da justiça gratuita, deve realizar-se no lugar onde se acha. Uma pessoa que seja testemunha importante em um processo, e que não possa comparecer ao Fórum para depor, por estar hospitalizada em decorrência de um acidente grave, poderá ser ouvida pelo Juiz no próprio hospital, onde realizará o ato processual, inquirindo a testemunha. ARTIGO 177 doS prazos Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o Juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa. Prazo - É o espaço que decorre entre o começo e o fim de qualquer coisa. Prazo Legal - É aquele fixado por Lei, para que dentro dele, se execute determinado ato jurídico ou processual. Prazo Judicial - É o prazo concedido para a execução de um ato processual ou promoção de uma diligência necessária ao esclarecimento de uma controvérsia ou demanda, trazida a juízo. É o prazo processual. Prazo Comum - É aquele que existe para as partes simultaneamente,para praticarem o ato processual. Prazo Convencional - É o prazo que se ajustou, mediante um acordo estabelecido entre as partes. Prazo Próprio - É aquele fixado para o cumprimento de determinado ato processual e quando não cumprido acarreta conseqüências processuais para quem deixou de cumpri-los. Prazo Impróprio - É aquele que quando não cumprido não acarreta conseqüência processual para quem deixou de cumpri-lo, mas somente sanção disciplinar. Prazo Dilatório - É aquele que foi concedido ou marcado com ampliação do tempo em relação ao prazo comum legalmente estabelecido. O prazo dilatório admite prorrogação, mas esta só será possível, caso o prazo não estiver vencido ou houver motivos imperiosos apresentados pelas partes para esta prorrogação. Prazos Peremptórios - O vocábulo "perempção" significa extinguir, prescrever e se refere no sentido jurídico, a extinção relativa ao direito para praticar um ato processual ou continuar o processo, quando dentro do prazo definido, não se exercitar o direito de agir ou não se pratica o ato. Portanto, prazos peremptórios são prazos improrrogáveis, dentro dos quais se devem praticar ou executar certos atos (contestar, recorrer), que perecerão, isto é, perderão sua validade jurídica após o término do prazo. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em Lei. Entretanto, quando a Lei se omitir os prazos serão fixados pelo Juiz dependendo da complexidade da causa. ARTIGO 178 prazo contínuo O prazo, estabelecido pela lei ou pelo Juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados. Prazo Contínuo - É aquele que corre sem ser interrompido, incluindo-se nele os dias úteis, os feriados, os sábados e os domingos. Exemplo : Um prazo de 5 dias começa a correr numa Sexta-feira, então contaremos da seguinte forma: Sexta-feira 1o dia, sábado 2o dia domingo 3o dia , segunda-feira 4o dia , terça 5o dia (último dia do prazo). ARTIGO 179 suspensão do prazo pelas férias forenses A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar, recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias. O início da férias suspende o curso dos prazos processuais. Os dias que sobrarem do prazo, recomeçarão a correr do primeiro dia útil seguinte ao término da férias. Fiquemos com este exemplo prático: Para apelar de uma sentença o prazo é de 15 dias. Caso a parte for intimada dia 28, o prazo será contado: 29,30,31 de junho e 1o de julho, pois as férias forenses no Estado de São Paulo compreendem o período (02 à 31 de julho) , reiniciando suas atividades dia 1o de agosto. Como já haviam sido contados (4) quatro dias (29,30,31 e 1o de julho), contam-se mais (11) onze dias que faltam para completar os 15 dias. Atenção : A recontagem dos prazos terá sempre início em dia útil. Caso o dia 1o de agosto seja em sábado ou domingo, a recontagem do prazo será iniciada na segunda feira. ARTIGO 180 suspensão por outros motivos Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, nº.s. I e III; casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação. A suspensão do prazo poderá ocorrer, nos casos em que a parte criar obstáculo ou, se ocorrer as hipóteses previstas no artigo 265 - incisos I e III. I - Morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou de seu represente ou procurador. Provado o falecimento ou incapacidade, o Juiz suspenderá o processo, salvo se já estiver iniciado a audiência de instrução e julgamento. No caso da morte do procurador (advogado), de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o Juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo procurador, o prazo de 20 (vinte) dias. III - Quando oposta exceção de incompetência do juízo. Incompetência aqui não é sinônimo de incapacidade. Competência é o campo de ação do poder do Juiz praticar o direito. Por isso, um Juiz competente para causas trabalhistas poderá não sê-lo para questões penais, não porque ele não conheça direito penal mas porque a própria Lei estabelece que um Juiz não pode invadir a competência do outro, no caso o Juiz penal. Neste caso o Juiz competente para causas trabalhistas será incompetente para questões penais. A suspensão se dá também quando o obstáculo é judicial como no caso de greve nos serviços judiciários. ARTIGO 181 redução ou prorrogação de prazos Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se requerida antes do vencimento do prazo, e se fundar em motivo legítimo. § 1º. O Juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação. § 2º. As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi concedida a prorrogação. ARTIGO 182 prazos peremptórios É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O Juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de sessenta dias. Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos. Defeso - Tudo o que é proibido ou interdito, seja por Lei, por sentença judicial ou por outro ato, a que se deve obediência. ARTIGO 183 fim do prazo Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém à parte provar que não o realizou por justa causa. § 1º. Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. § 2º. Verificada a justa causa o Juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. O direito de praticar o ato se extingue quando o ato não for praticado dentro do prazo. Mas, se a parte alegar que não o praticou por justa causa, e o Juiz concluir que a alegação é legítima, então permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe fixar. ARTIGO 184 contagem do prazo Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento. § 1º. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: 1 - for determinado o fechamento do fórum; 2 - o expediente forense for encerrado antes da hora normal. § 2º. Os prazos somente começam a correr do 1º. (primeiro) dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único). O dia do início não se conta, e inclui-se o dia do final. O prazo se inicia ou termina em dia útil. Mas, é necessário que seja dia útil integral, e não dia de meio período. Sábados, domingos e feriados não há expediente no Fórum. Portanto, se um prazo termina num desses dias, prorroga-se o término do prazo para o dia útil imediato. Exemplo: Paulo é intimado no dia 11. Se o prazo estabelecido fosse de (8) oito dias, teríamos, 12 que é o 1o dia, 13 o segundo, 14, 15, 16, 17, 18 e 19 que seria o oitavo dia. Entretanto , se o dia 19 fosse um sábado ou um domingo, o oitavo dia passaria a ser a segunda feira imediata e seria prorrogado, se segunda feira fosse feriado. O término do prazo seria no primeiro dia útil imediato, ou seja, terça feira. ARTIGO 185 prazo não informado Não havendo preceito legal nem assinação pelo Juiz, será de cinco (5) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. Assinação - Quer dizer marcação, fixação. O prazo definido em Lei deverá ser respeitado. Mas, se o prazo não estiver estipulado, o Juiz deverá fixá-lo (assinação). Todavia, se não o fizer, fica subentendido que o prazo é de 5 (cinco) dias. ARTIGO 186 renúncia ao prazo A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor. Há casos em que as partes não necessitam do prazo a que tem direitorenunciando ao mesmo. Mas, a renúncia de uma das partes ao prazo, não significa que a outra parte deva renunciar também. Exemplo: Fato que ocorre com freqüência em casos de separação judicial, é quando um casal deseja resolver a situação de vez, renunciando ao prazo de recurso, abreviando assim o trânsito em julgado. ARTIGO 187 possibilidade de exceder os prazos do CPC Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o Juiz exceder, por igual tempo, os prazos que este Código lhe assina. Jurisdição - É o poder de julgar pertencente ao Estado delegado aos magistrados. Grau de Jurisdição - É a posição hierárquica entre um magistrado e outro ou entre tribunais. Os graus de jurisdição formam as instâncias que se dizem primeira instância (inferior) e segunda instância (superior). Por princípio todas as pendências judiciais são sujeitas a dois graus de jurisdição, ou seja, a primeira e segunda instâncias, sendo que nesta última, a decisão proferida põe fim a contenda reconhecendo ou não a decisão da primeira instância. O Juiz que preside o processo tem prazos para cumprir, caso não os cumpra, deverá justificar-se mencionando nos autos as razões pelas quais excedeu-se nos prazos. O Juiz pode exceder-se por igual tempo os prazos fixados pelo Código de Processo Civil. Por exemplo : Os despachos de expediente devem ser proferidos em 2 (dois) dias. Mas, havendo razão que justifique poderá exceder-se no prazo mais 2 (dois) dias, proferindo este despacho em 4 (quatro) dias. ARTIGO 188 contagem para fazenda pública e ministério Público O Ministério Público, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios bem como suas Autarquias e Fundações, gozarão do prazo: Observação : Artigo com redação determinada pela Emenda Provisória n 1774-20/98. I - Em dobro para recorrer e ajuizar ação rescisória; e II - em quádruplo para contestar. ARTIGO 189 prazos para o Juiz O Juiz proferirá: I - os despachos de expediente, no prazo de dois (2) dias; II - as decisões, no prazo de dez (10) dias. Despacho - Significa resolver, deferir, expedir, aviar. O vocábulo exprime a decisão proferida por autoridade judicial ou administrativa nas petições, ou demais papéis submetidos pelas partes ao seu conhecimento ou solução. Despacho de Expediente - É o despacho inicial a qualquer petição ou requerimento. O despacho de expediente compreende não somente a solução do requerimento levado ao Juiz, como a liberação e o aprontamento de papéis sujeitos a sua assinatura ou aprovação, tais como mandados, alvarás, precatórias, despacho para intimar testemunhas e outros. Decisões - São atos que visam resolver questões incidentes. A decisão refere-se também a conclusão e o julgamento do processo. ARTIGO 190 prazo para o serventuário da justiça Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de vinte e quatro (24) horas e executar os atos processuais no prazo de quarenta e oito (48) horas, contados: I - da data em que houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; II - da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo Juiz. Parágrafo único. Ao receber os autos, notificará o serventuário o dia e a hora em que ficou ciente da ordem, referida no nº. II. Também para os serventuários há prazos estabelecidos pela Lei. Para o serventuário remeter os autos conclusos (autos prontos para o Juiz despachar), o prazo é de 24 (vinte e quatro) horas. Para executar os atos processuais o prazo é de 48 (quarenta e oito) horas, que será contado a partir do momento que o serventuário recebeu o processo. Por esta razão, conforme o parágrafo único, ao receber os autos, o serventuário notificará o dia e a hora em que ficou ciente da ordem. ARTIGO 191 litisconsórcio e diferentes advogados Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. Litisconsórcio - É a reunião de vários interessados num mesmo processo, na qualidade de autores ou de réus, para a defesa de interesses comuns. Pode ser ativo (quando os interessados forem autores) ou passivo (quando forem réus). Falar nos autos - Esta expressão abrange todas as manifestações da parte no processo, inclusive contra razões de recurso e sustentação oral no tribunal. Quando os litisconsortes tiverem diferentes advogados, ao invés de um advogado comum a todos, os prazos para contestar, recorrer e falar nos autos serão contados em dobro, ou seja, serão beneficiados pelo prazo. A regra é válida mesmo que os advogados sejam companheiros ou sócios do mesmo escritório de advocacia ou peticionem em conjunto, pois o requisito legal para ter lugar o beneficio do prazo é que os litisconsortes tenham diferentes advogados. ARTIGO 192 prazo para intimações sem outros prazos Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro (24) horas. O escrivão ou o oficial de justiça, deverá informar (certificar) a hora em que fez a intimação à parte ou ao seu advogado. Caso as partes não sejam informadas, o prazo será contado a partir da juntada do mandado de intimação aos autos, ou a partir do encerramento do expediente forense do dia em que foi feita. Portanto, toda vez que a Lei não definir o prazo de comparecimento, as partes só serão obrigadas a comparecer a qualquer ato judicial se forem intimadas com 24 horas de antecedência. citações ARTIGO 213 das citações Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado, a fim de se defender. Do latim ciere, pôr em movimento, agitar, chamar, convocar. Ato processual em que o Poder Judiciário dá conhecimento, ao demandado, da ação sobre a qual deve se manifestar. O art. 213 do CPC a define como o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender. ARTIGO 214 citação necessária Para a validade do processo, é indispensável a citação inicial do réu. § 1º. O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. § 2º. Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade, e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão. A citação do réu é indispensável para a validade do processo, pois sem a citação o processo é nulo, uma vez que sem ela, o processo não se inicia. A finalidade da citação é informar ao réu que existe uma ação contra ele e que deve comparecer a juízo para se defender. Ora, se o réu comparecer expontâneamente , tomará conhecimento da existência da acusação, e mesmo que a citação não tenha sido realizada, a finalidade será alcançada, pois o réu tomou conhecimento da existência do processo, podendo assim, exercer seu direito de defesa. Portanto, o comparecimento do réu supre a falta de citação. Por outro lado, se o réu comparecer a audiência, sem ter sido regularmente citado, para argüir nulidade, isto é, alegar falha na citação por não ter sido realizada em conformidade com a Lei, e sendo a nulidade decretada, a citação será considerada como feita, mas somente na data em que o réu ou seu advogado for intimado da decisão. ARTIGO 215 a quem se faz a citação Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado. § 1º. Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. § 2º. O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou a localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber a citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis. Quando a ação se referir a atos praticados por mandatário, administrador, feitorou gerente, e o réu estiver ausente, a citação poderá ser feita a estas pessoas. É o caso por exemplo da turbação da posse (fato que impede o livre uso da posse) de um terreno, praticada pelo ato arbitrário de um feitor, estando o fazendeiro - proprietário ausente; poderá ser promovida a ação possessória contra o fazendeiro, fazendo-se a citação na pessoa do feitor. Nos casos concernentes a localização, a citação do locador pode ser feita a pessoa encarregada de receber os aluguéis caso o locador tenha se ausentado do país sem cientificar o locatário de que deixou na localidade onde está situado o imóvel, um procurador com poderes especiais para recebê-la. ARTIGO 216 lugar da citação A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu. Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado. A citação pode ser realizada em qualquer lugar em que se encontre o réu, e não apenas na sede do juízo. Portanto, o réu poderá ser citado em sua casa, no restaurante, na farmácia, na rua etc. A citação do militar será feita conforme a disposição do parágrafo único do artigo em análise. ARTIGO 217 quando não pode ser feita a citação Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos sete (7) dias seguintes; III - aos noivos, nos três (3) primeiros dias de bodas; IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. Perecimento do Direito - A palavra perecimento tem o significado de "falecimento ou morte", ou como o fato pelo qual coisas e pessoas deixam de existir. Na terminologia jurídica, o vocábulo é empregado, em relação aos direitos que deixam de existir. O artigo em questão, estabelece normas para alguns casos em que as citações não deverão ser realizadas, por motivos de humanidade e respeito. Uma outra razão é que as vezes os termos da citação pode ser vexatório ou desagradáveis, não devendo pois, ser feita em situações públicas que podem acarretar transtornos desnecessários a pessoa que vai ser citada. Entretanto, mesmo nas hipóteses enumeradas nos incisos do artigo 217, a citação poderá ser feita com o objetivo de evitar o perecimento do direito (que poderá ser prescrito) do autor. Nestas circunstâncias, até mesmo os doentes graves podem ser citados. Contudo, se a doença do réu por sua gravidade for causa impeditiva para que ele seja citado, por impossibilitá-lo de receber a citação (artigo 218 CPC), o oficial de justiça lavrará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O Juiz então nomeará um médico afim de examinar o citando. O laudo médico será apresentado em 5 (cinco) dias. Reconhecida a impossibilidade o Juiz dará ao citando um curador, observando quanto à sua escolha a preferência estabelecida na Lei Civil (parágrafo 2o do artigo 218 do CPC) A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu. A citação será válida, caso a pessoa venha a falecer no mesmo dia em que foi citada. ARTIGO 218 capacidade de quem será citado Também não se fará a citação, quando se verificar que o réu é demente ou está impossibilitado de recebê-la. § 1º. O Oficial de Justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O Juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em cinco (5) dias § 2º. Reconhecida a impossibilidade, o Juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa. § 3º. A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu. Curador - Na linguagem jurídica é a pessoa a quem é dado o encargo com poderes para cuidar, tratar e administrar os interesses de outra pessoa. Dementes - São pessoas acometidas por enfermidades mentais graves, sendo consideradas incapazes. O réu demente, dificilmente entenderá os termos da citação. Nestas circunstâncias, se o oficial de justiça ao citar o réu perceber que este sofre das faculdades mentais, não deverá realizar a citação e sim lavrar a certidão descrevendo a ocorrência ao Juiz que determinou a citação. O Juiz então nomeará um médico que examinará o citando, com o objetivo de constatar a suposta demência. O médico após o exame emitirá um laudo que será apresentado em 5 (cinco) dias, confirmando ou não a demência do réu. Se o réu não for considerado demente pelo médico, será citado regularmente. Mas se for demente, o Juiz nomeará um curador que representará o incapaz durante o processo. A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu. ARTIGO 219 citação inicial válida A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda, quando ordenada por Juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. § 1º. A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação. § 2º. Incumbe a parte promover a citação do réu nos dez dias subsequentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. § 3º. Não sendo citado o réu, o Juiz prorrogará o prazo até o máximo de noventa dias. § 4º. Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição. § 5º. Não se tratando de direitos patrimoniais, o Juiz poderá, de ofício, conhecer da prescrição e decretá-la de imediato. § 6º. Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. Citação válida é aquela realizada de acordo com os requisitos legais. A citação válida produz os seguintes efeitos: - torna prevento o juízo; - induz litispendência; - torna a coisa litigiosa; - constitui em mora o devedor. Tornar Prevento o Juízo - Significa conceder a prioridade do julgamento da causa àquele Juiz que primeiro realizou a citação. Assim, se outras ações iguais forem distribuídas a outros juízos, o Juiz competente para a causa, será aquele sob cuja ordem a citação foi realizada. Isto significa que este juízo será o único competente para as demais causas do processo, pois só neste juízo podem ser tomadas outras medidas processuais. Todos os outros serão incompetentes. Prevenir, vem de chegar antes (Prae e Venire) Se há vários juizes o que chegar antes dos outros no processo está prevenido (prevento). Litispendência - É a situação de litígio desde a citação até o trânsito em julgado da sentença (sentença para a qual não cabe mais recurso). É uma pendência de lide (conflito de interesses), ainda não decidido, achando-se pendente a decisão judicial. É uma causa não julgada, em andamento. Assim, efetivada a citação, constitui-se a litispendência, e por esta razão, as partes não podem ajuizar a mesma questão em outro juízo, ou seja, não se pode iniciar outro processo em outro juízo, uma vez que não se admite duplicidade de processos sobre um mesmo motivo em juízos diversos. Coisa litigiosa - É aquela sobre a qual é movido o litígio em juízo entre as partes. A citação válida constitui em mora o devedor. Mora - Significa atraso, retardamento, impontualidade no cumprimento de uma obrigação. Constituir em mora significa que o atraso no cumprimento da obrigação, leva o devedor a sofrer penalidades que implicam em pagar juros e correção. Prescrição - É a maneira pela qual um direito se extingue pela inércia durante certo período de tempo, de seu titular. Se o prazo durante o qual o direito deve ser exercido, transcorrer sem que seu titular pratique ato para conservá-lo, a Lei o declara extinto, impedindo a partir daí a ação cabível. A interrupçãoda prescrição paralisa a contagem do prazo que extingue o direito de ação. Esta interrupção é considerada como feita no dia efetivo da citação, não na data de entrega do mandado cumprido. ARTIGO 220 aplicação aos prazos extintivos O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei. Prazo extintivo - É aquele que extingue algum direito, como a prescrição. Exemplo: O prazo para se mover uma ação trabalhista é de 5 (cinco) anos, a partir da data de demissão. Após ter decorrido este prazo, a pessoa perde o direito de mover a ação por extinção do prazo. ARTIGO 221 como se dÁ a citação A citação far-se-á: I - pelo correio; II - por Oficial de Justiça; III - por edital. ARTIGO 222 exceções para citação por correio A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do país, exceto: a) nas ações de estado; b) quando for o réu pessoa incapaz; c) quando for o réu pessoa de direito público; d) nos processos de execução; e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma. a) Nas Ações do Estado - Ações de Estado são aquelas que se referem às causas que discutem a existência, validade ou dissolução do casamento (divórcio). São ações que também dizem respeito a casos que envolvem certos aspectos do direito de família, como ações de reconhecimento de paternidade, maternidade etc. b) Quando for Ré Pessoa Incapaz - Tratando-se de réu incapaz, a citação deve ser feita por oficial de justiça, para se evitar eventuais erros da entrega postal. Para o Código Civil Brasileiro, o termo incapaz abrange o relativamente capaz (16 a 18 anos de idade) , o absolutamente incapaz (menores de 16 anos) e os interditos (pessoas impossibilitadas para regerem seus atos na vida civil, abrangendo os loucos de todos os gêneros, surdos - mudos e os pródigos). Pródigos- São as pessoas que se desfazem de seus haveres ou bens, sem justificativa, de forma deliberada e desordenadamente, em visível ameaça à estabilidade econômica de seu patrimônio. Quando o réu for absolutamente incapaz, a citação é realizada na pessoa de seu representante legal (pai, mãe, tutor, curador). Se o réu for relativamente incapaz, a citação deve ser feita ao próprio incapaz assim como ao assistente do mesmo. Se o citando é interdito, a citação será feita na pessoa do curador. c) Quando o Réu for Pessoa de Direito Público São pessoas jurídicas de direito público, a União, Os Estados membros, o Distrito Federal, os Municípios e as Autarquias Federais, Estaduais e Municipais, e as representações de outros países, por serem pessoas de direito público internacional. Estas últimas por representarem os interesses da coletividade, não devem ser citadas por via postal, pois caso ocorra algum erro do Correio, extraviando a citação, o patrimônio público e a comunidade correrão o risco de sofrerem prejuízos graves. d) A exceção a regra nos casos de processo de execução, justifica-se pela confiabilidade de que a citação será realizada, pois se ocorrer falha na citação, e a determinação judicial não for cumprida, as consequências serão graves. e) Quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência. f) Há casos em que o autor da ação, temendo a ocorrência de falha na citação via postal, prefere que a citação seja feita de outra forma. Neste caso, deve requerer na petição inicial que a citação seja feita pessoalmente ou por edital. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando Cópias da Petição Inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração.. ARTIGO 223 citação por carta registrada Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do Juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com o respectivo endereço. Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração. A citação via postal é realizada da seguinte forma : O escrivão ou chefe da secretaria enviará ao citando uma carta contendo: a) cópia da petição inicial; b) cópia do despacho do Juiz; c) advertência do artigo 285 do C.P.C, segunda parte que dispõe "Não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor ". d) Comunicado informando o prazo para contestar e o local onde deverá apresentar sua defesa, ou seja, o juízo e o cartório com seus respectivos endereços. ARTIGO 224 citação por Oficial de Justiça Far-se-á a citação por meio de Oficial de Justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio. Far-se-á a citação por oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas. ARTIGO 225 conteúdo do mandado de citação O mandado que o Oficial de Justiça tiver de cumprir, deverá conter: I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências; II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis; III - a cominação, se houver; IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; V - a cópia do despacho; VI - o prazo para defesa; VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do Juiz. Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado. Mandado - É uma ordem do Juiz concedendo ao oficial de justiça autoridade para realizar a citação do réu. A citação é ato realizado em nome e por ordem do Juiz e não por autoridade própria do oficial de justiça. Petição - É um pedido ou uma reclamação formulada por escrito, feita a um Juiz competente, solicitando sua intervenção em fatos que mostrem ofensivos a seus direitos ou aos interesses coletivos. Petição Inicial - É a petição que se faz inicialmente para dar começo a um litígio. É, portanto, o primeiro requerimento dirigido pela autoridade judiciária, para que, segundos os preceitos legais, se inicie o processo ou comece a demanda. Cominação - É a pena estabelecida por Lei para determinada infração. ARTIGO 226 procedimento pelo Oficial de Justiça Incumbe ao Oficial de Justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo: I - lendo o mandado e entregando-lhe a contrafé; II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé; III - obtendo a nota de ciente, ou certificado de que o réu não a opôs no mandado. De posse do mandado, o oficial de justiça se encaminhará ao lugar indicado e, pessoalmente lerá ao réu (citando) o conteúdo do mandado, entregando-lhe a contra-fé. Contra Fé - É a cópia fiel do mandado que será entregue ao réu pelo oficial de justiça. Ciente - É a afirmação que o réu coloca no final do mandado ouno verso, datando e assinando, declarando estar ciente do teor do mandado. Efetuada a citação, o oficial de justiça certificará (escreverá) no verso da via que permanecerá em seu poder que realizou o ato citatório, informando se o réu recebeu ou se recusou a receber a contra fé. Em seguida solicitará ao réu para que este assine a certidão, obtendo a nota do ciente. Caso o réu se recuse assinar, o oficial de justiça certificará o fato no verso de sua via. Quando possível a diligência deverá ser realizada na presença de duas testemunhas. ARTIGO 227 citação por hora certa Quando, por três vezes, o Oficial de Justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato voltará, a fim de efetuar a citação, na hora em que designar. - Cuida a norma da chamada citação com hora certa. Quando há dificuldade de encontrar o citando por estar se ocultando, agindo maliciosamente a fim de impedir o ato, caberá ao oficial de justiça recorrer ao preceito desta norma, intimando um dos moradores da casa, ou mesmo vizinho, de que no dia seguinte virá procurá-lo em determinada hora a fim de efetuar a citação. O dia designado não precisa ser o dia imediatamente posterior, tampouco é indispensável que o dia determinado seja útil,podendo recair em domingo ou feriado, desde que autorizado pelo juiz através da aplicação do artigo 172, parágrafo segundo, necessário apenas que o oficial indique o dia que voltará. Os requisitos para a citação por hora certa são: a) deve ser o citando procurado na sua residência e não no local de trabalho; b) ser procurado por três vezes em dias e horários diferentes; c) deve o oficial suspeitar de que está o citando querendo ocultar-se; d) certificar o Oficial de Justiça pormenorizadamente o porque da suspeita; e) deve o escrivão proceder a remessa da carta de hora certa. ARTIGO 228 comparecimento do Oficial de Justiça para citação com hora certa No dia e hora designados, o Oficial de Justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. § 1º. Se o citando não estiver presente, o Oficial de Justiça procurará informar-se das razões de ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. § 2º. Da certidão da ocorrência, o Oficial de Justiça deixará a contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. ARTIGO 229 aviso ao citando da citação por hora certa Feita a citação por hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência. A Legislação Processual Brasileira prevê a citação com hora certa, que é uma exceção a regra da citação pessoal, quando o réu se oculta. A citação por hora certa só deve ser realizada, quando há suspeita de que o réu está se ocultando para não ser citado. Esta suspeita nasce, quando o oficial de justiça após ter procurado o réu por tres vezes em dias e horários diferentes, não o encontra em sua residência. O oficial de justiça deverá intimar a qualquer pessoa da família do réu, ou em sua falta a qualquer vizinho, de que no dia imediato (seguinte), voltará a fim de encontrar o réu para citá-lo. No dia seguinte, na hora designada, independentemente de novo despacho do Juiz, o oficial de justiça comparecerá a residência do réu para realizar a diligência. Mas, se o réu não estiver presente na hora marcada, o oficial deverá informar-se das razões da ausência, certificando a ocorrência, dando por feita a citação, ainda que o citando tenha se ocultado em outra comarca. Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará a contra fé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, mencionando o nome e assinatura de quem recebeu a contra fé. Após realizada a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, comunicando-lhe a citação por hora certa. Esta comunicação é obrigatória e de capital importância, para que este não possa argüir (alegar) ignorância quanto a citação. Para a validade do ato, é necessário que o réu seja informado da citação, pois caso contrário a citação poderá ser anulada, pois nula é a citação por hora certa, quando não atender aos requisitos legais. ARTIGO 230 citação e intimação possíveis em outra comarca Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o Oficial de Justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá realizar citações e intimações, sem necessidade de autorização do Juiz local. Região Metropolitana - É um aglomerado urbano constituído por agrupamentos de municípios. Ex: São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul , Santo André, etc. A incursão na comarca contígua, é válida, mesmo em se tratando de cidades fronteiriças interestaduais, como por exemplo São Paulo e Minas Gerais, São Paulo e Paraná, etc. ARTIGO 231 citação por edital Far-se-á a citação por edital: I - quando desconhecido ou incerto o réu; II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; III - nos casos expressos em lei. § 1º. Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. § 2º. No caso de ser inacessível o lugar em que se encontre o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio se na comarca houver emissora de radiodifusão. A palavra edital significa publicar, tornar sabido, anunciar. O conteúdo do edital é o mesmo do mandado. OBS: Caso um país se recuse a realizar a citação do réu, solicitada pelo Ministério da Justiça por carta rogatória, a citação deverá ser realizada por edital. ARTIGO 232 requisitos da citação por edital São requisitos da citação por edital: I - a afirmação do autor , ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II do artigo antecendente; II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; III - a publicação do edital no prazo máximo de quinze (15) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local onde houver; A exigência da parte final do inciso III do art. 267 do CPC pressupõe que jornal local tenha pelo menos regular circulação quinzenal. Superação do prazo de quinze dias entre a primeira e a última publicação. Art. 232, III, do CPC. Ausência de culpa do autor. Irrelevância. Nulidade que configura objetivamente, decorrendo o dano ao citando ou eventuais terceiros in re ipsa. IV - a determinação, pelo Juiz, do prazo, que variará entre vinte (20) e sessenta(60) dias, correndo da data da primeira publicação; V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. § 1º. Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o número II deste artigo; § 2º. A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial, quando a parte for beneficiária da Assistência Judiciária. O artigo 285 indicado no inciso V se refere a revelia. Com efeito, o referido artigo informa que se a ação não for contestada pelo réu, serão considerados como verdadeiros os fatos descritos na petição inicial. ARTIGO 233 multa por descumprimento dos requisitos do art. 231 A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrerá dolosamente em multa de cinco (5) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo. Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente desconhecer o paradeiro do réu, com ofim de cercear seu direito de defesa, para que este seja citado por edital, incorrerá em multa de 5 vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo. Esta multa será revertida em benefício do réu. PARA NÃO ESQUECER ! Além do réu propriamente dito devem ser citados: - O litisconsorte necessário (art. 47 par. único) - oposto (art. 57); - o denunciado à lide (art. 71); - o chamado ao processo (art. 79) - o réu no caso de indeferimento da petição inicial (art. 296 § 1º); - o réu revel, quando o autor quiser alterar o pedido ou a causa de perdir (art. 321). Formas especiais de citação - o militar, na unidade em que serve (art. 216, par. Único); - do detento ou impossibilitado de recebe-la, na pessoa do curador (art. 218); - do incapaz ou pessoa jurídica, na pessoa do seu representante legal (art. 215); - do réu ausente que tiver administrador, feitor ou gerente, na pessoa do seu preposto (art. 215 § 1º). Cartas Citatórias - carta precatória, quando o réu residir fora do juízo onde corre a causa; - carta de ordem, quando um juiz superior envia a um inferior Para cumprir; - carta rogatória, quando o réu estiver no estrangeiro; - carta postal com AR, salvo exceções legais. INTIMAÇÕES ARTIGO 234 das intimações Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa. Importante: Não devemos confundir intimação que é a ordem feita a alguém, por autoridade pública, para que faça ou deixe de fazer algo, a intimação tem caráter de uma ordem para que se faça ou se deixe de fazer algo, e por isso que não devemos confundir com a citação, que representa, apenas, uma comunicação a alguém para que compareça em juízo, para responder à lide, sob pena de revelia. CPC: arts. 234 a 242. A intimação é destinada tanto para o advogado quanto para a parte. Sua finalidade é promover o intercâmbio entre os atos praticados pelos advogados constituídos pelas partes, informando sobre atos ocorridos durante o processo ou ainda de atos a serem realizados. A intimação também tem por finalidade informar a outras pessoas ligadas ao processo tais como os auxiliares da justiça (para expedirem mandados), peritos (para realizarem uma perícia), oficiais de cartórios, testemunhas, autoridades, empregadores, etc. Em caso de revelia, o réu não será intimado dos atos que correm contra ele. Nesta situação o curador nomeado é quem será intimado. ARTIGO 235 quando ocorre as intimações As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em contrário. Ato de Ofício - Significa que o próprio Juiz, em processos pendentes, determinará que todos sejam intimados do ato processual, independentemente de pedido de qualquer uma das partes para que a outra seja intimada. O escrivão, por determinação do Juiz deve realizar as intimações de ofício nos próprios autos (processo) ou enviá-las para publicação, ou por carta registrada (via postal) para o intimando. ARTIGO 236 intimação feita só por publicação No Distrito Federal e nas Capitais de Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. § 1º. É indispensável sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para a identificação. § 2º. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente. Conforme reza o artigo 236, no Distrito Federal e nas capitais de Estados e de Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. Órgão oficial é o Diário Oficial. A expressão "só publicação dos atos no órgão oficial" significa que as intimações só deverão ser publicadas no Diário Oficial. Na verdade, somente os advogados das partes por necessidade profissional tem de ler o órgão oficial, para poderem acompanhar o desenvolvimento do processo. O § 1o do referido artigo dispõe que é indispensável sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para a identificação. Isto significa que, a publicação por jornal seja feita de maneira tal que a identificação seja possível, pois se a publicação não contiver o mínimo de condições para se identificar o nomeado, a intimação será nula. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente ao promotor de justiça que atue no processo, sob pena de nulidade do ato. ARTIGO 237 intimação em comarcas do interior Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de publicação dos atos oficiais; não havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes: I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo; II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo. Nas comarcas onde haja Diário Oficial, a intimação deverá ser feita por meio de publicação neste órgão. Não havendo, a intimação deverá ser feita pessoalmente pelo escrivão aos advogados das partes, se os mesmos tiverem domicílio (escritório) na sede do juízo. Entretanto, caso o escritório ou residência do advogado situar-se em outra comarca, isto é, fora da sede do juízo, e a intimação não for realizada em Diário Oficial, então o escrivão deverá enviar a intimação através de carta registrada, um aviso de recebimento para comprovação da entrega. ARTIGO 238 forma de proceder a intimação Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais e aos advogados, pelo correio, ou se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria. Conforme o artigo 238, as intimações serão efetuadas por via postal objetivando a agilização do processo. Como o código não proíbe, se os advogados ou as partes estiverem presentes no cartório, a intimação será feita ali mesmo pelo escrivão ou chefe da secretaria. ARTIGO 239 intimação por Oficial de Justiça Far-se-á a intimação por meio de Oficial de Justiça quando frustrada a realização pelo correio. Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter: I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu; II - a declaração de entrega da contra fé; III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a pôs no mandado. A intimação conforme o artigo 239, deverá ser feita pelo correio. Contudo, se o carteiro não encontrar o réu, ou se este houver mudado de endereço, o Juiz neste caso determinará que a intimação seja feita por meio do oficial de justiça. Caso, o correio venha a devolver a carta de intimação comunicando a mudança de endereço do acusado, o oficial de justiça deverá aguardar que o autor da ação forneça o novo endereço do réu, para dar cumprimento ao mandado. Quando a intimação for efetuada por oficial de justiça, é indispensável registrar no processo que ela foi realizada. Por esta razão o oficial de justiça deverá mencionar na certidão o nome e o endereço da pessoa intimada, se possível o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu, declarando ainda que entregou a contra fé, se a pessoa assinou a nota de ciente, ou certificando que o intimado não a pôs no mandado. ARTIGO 240 prazo da intimação Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação. Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense. ARTIGO 241 Quando começa a correr o prazo Começa a correr o prazo: I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso do recebimento; II - quando a citaçãoou intimação for do oficial da justiça, da data da juntada aos autos do mandado cumprido; III - quando houver vários réus, da data da juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido; IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida; V - quando a citação for por edital, finda a dilação assina da pelo Juiz. ARTIGO 242 prazos para recorrer O prazo para a interposição de recurso conta-se da data em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou acórdão. § 1º. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença. § 2º. Havendo antecipação da audiência, o Juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para a ciência da nova designação. O prazo inicia-se a partir do pronunciamento do ato que se vai recorrer. Durante a audiência quando nesta é publicada a decisão ou a sentença, as partes e seus advogados alí presentes, ao mesmo tempo que tomam conhecimento da sentença, são intimados. Quando a audiência é feita por estenotipia (taquigrafia), o prazo para recurso conta a partir do momento da intimação da transcrição da audiência e do pronunciamento judicial. O parágrafo II deste artigo dispõe que: havendo antecipação da audiência por decisão do Juiz ou por requerimento das partes, o mesmo determinará que os advogados recebam pessoalmente nova intimação por meio do Oficial de Justiça. PROCESSO DE EXECUÇÃO Execução é a cobrança de uma dívida por intermédio do poder judiciário, tendo por base um título judicial (sentença proferida em juízo reconhecendo ou não um direito) ou extra judicial (duplicata, nota promissória, cheque etc.) , empregando medidas de coação, para forçar o devedor a cumprir com sua obrigação, pois caso contrário, sofrerá as sanções cabíveis. No processo de execução, o Juiz expropria alguns bens do devedor, para serem leiloados se forem bens móveis, ou levados a hasta pública ou praça, se forem bens imóveis. O dinheiro obtido, será utilizado para pagar o credor, e, se depois de deduzidas todas as despesas do total apurado, houver sobra, a diferença será restituída ao devedor. ARTIGO 646 execução por quantiA certa A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor. Execução por Quantia Certa - É a fixação da sentença, quando esta condena o réu a entregar coisa certa ou em espécie. É chamada também de execução real. É uma modalidade de execução forçada que tem por finalidade expropriar bens do devedor afim de satisfazer a dívida para com o credor. Na execução por quantia certa, a execução depende da sentença proferida em anterior processo de conhecimento (processo que tem por finalidade reconhecer ou não um direito em litígio). ARTIGO 647 expropriação A expropriação consiste: I - na alienação de bens do devedor; II - na adjudicação em favor do credor; III - no usufruto de imóvel ou de empresa. Bens alienáveis são aqueles que podem ser transferidos para outros. Alienação - É a transferência ou venda dos bens do devedor. Adjudicação - É o ato judicial que se estabelece e se declara por sentença, a transferência dos bens penhorados do devedor para o credor. É uma forma de pagamento ao credor. Caso não seja necessário expropriar o bem, pode-se permitir que o credor tenha o usufruto (direito real de usar a coisa alheia), do bem, se for imóvel ou empresa, até que o devedor quite a sua dívida. PENHORA Penhora é o ato de apreensão judicial dos bens do devedor, dados ou não em garantia, para assegurar o pagamento da dívida ao credor. Pela penhora, os bens são tirados do poder ou posse do devedor para servirem de garantia à execução. O devedor deve designar os bens a serem penhorados, mas quando não o faz no devido tempo, a nomeação que lhe é facultada, a penhora será feita compulsóriamente. Neste caso, será o credor que indicará os bens que quer que sejam penhorados (imóvel, carro, computador, etc.). A penhora pode recair sobre quaisquer bens do devedor, respeitada a graduação legalmente assentada, isto é, deve ser promovida nos bens preferencialmente assinalados em primeiro lugar, na ordem em que são mencionados. A penhora só poderá ser efetivada em bens penhoráveis. A penhorabilidade dos bens é também determinada por Lei, e quando impenhoráveis, a execução não os pode atingir, sendo inválida a que se fizer neles. A penhora será realizada por um oficial de justiça, autorizado pelo competente mandado judicial, que lavrará um auto de penhora, onde será relatado o que foi penhorado e designará também um depositário, em poder do qual, e sob a superintendência do Juiz, ficarão os bens até que seja ultimada a execução. O depositário pode ser o próprio executado. Se o depositário se desfizer de qualquer um dos bens sob sua guarda, se tornará um depositário infiel, sujeito a prisão. ARTIGO 648 bens não executáveis Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. Bem Ímpenhoráveis - São aqueles que não podem ser penhorados. Bens Inalienáveis - São aqueles que não podem ter sua propriedade transferida para terceiros ARTIGO 649 impenhorabilidade São absolutamente impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - as previsões de alimentação e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de sua família durante um mês; III - o anel nupcial e os retratos de família; IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários públicos, o soldo e os salários, salvo para pagamento de prestação alimentícia; V - os equipamentos dos militares; VI - os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos, necessários e úteis ao exercício de qualquer profissão; VII - as pensões, as tenças ou os montepios, percebidos dos cofres Públicos, ou de institutos de providência, bem como os provenientes de liberalidade de terceiro, quando destinados ao sustento do devedor ou de sua família; VIII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas; IX - o seguro de vida; X - o imóvel rural, até um módulo, desde que este seja o único de que disponha o devedor, ressalvada a hipoteca para fins de financiamento agropecuário. A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA LEI nº. 8.009/90 ARTIGO 1o O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos conjugues ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei. Parágrafo único: A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarneçem a casa desde que quitados. ARTIGO 2o Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. Parágrafo único: No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis que guarneçam a residência e que seja de propriedade do locatário observado o disposto neste artigo. ARTIGO 3o A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: I - Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III- pelo credor de pensão alimentícia; IV - para cobrança de impostos,predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação ARTIGO 4o Não se beneficiará do disposto nesta Lei aquele que, sabendo se insolvente, adquire de má fé imóvel o mais valioso para transferir a residência familiar, desfazendo-se ou não da moradia antiga. Parágrafo primeiro : Neste caso poderá o Juiz, na respectiva ação do credor transferir a impenhorabilidade para a moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para a execução ou concurso, conforme a hipótese. Parágrafo segundo: Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis, e, nos casos do artigo 5o inciso XVI, da Constituição, à área limitada como pequena propriedade rural. ARTIGO 5o Para os efeitos de impenhorabilidade, de trata esta Lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Parágrafo único : Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidora de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no registro de imóveis e na forma do artigo 70 do Código Civil. ARTIGO 6o São canceladas as execuções suspensas pela medida provisória nº. 143, de 08 de março de 1990, que deu origem a esta Lei. ARTIGO 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. ARTIGO 8o Revoga-se as disposições em contrário. LEI N° 8009 / 90 A Lei 8009 / 90 de 29 de março de 1990 estabelece que o imóvel do devedor que possua apenas um único imóvel, e os móveis que guarnecem a casa são impenhoráveis, bem como, os móveis do devedor que more em imóvel locado. Portanto, armário , cama, fogão, geladeira, televisão, etc não podem ser penhorados, a não ser que a dívida relativa à compra desses bens não foram pagas. Há porém exceções à regra como as dispostas no artigo 3o da Lei 8009 / 90 que permite a penhora de bens, segundo o exposto nos incisos de I a VII do referido artigo. OBS: As penhoras realizadas antes da entrada em vigor da Lei 8009 / 90 não terão validade, caso tenha sido penhorado qualquer um dos bens protegidos pela impenhorabilidade, pois conforme o julgamento de recurso especial n° 30.1627 - 2 - PR, julgado em 9 de fevereiro de 1993 (decisão unânime da 3a turma do S.T.J. ), "não perdura a penhora sobre o bem, quando a Lei posterior vem a declará-lo impenhorável, aplicando-se a vedação aos processos pendentes, com a desconstituição do ato processual respectivo". A IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL A Constituição Federal de 1998 em seu artigo V Inciso XXVI, assegura a impenhorabilidade da pequena propriedade rural. Art. V- inciso XXVI da C.F. - (Veja em Direito Constitucional) ARTIGO 650 BENS RELATIVAMENTE IMPENHORÁVEIS São bens que normalmente não deveriam ser penhorados, mas se o devedor não possuir um outro bem para saldar a dívida em execução, será realizada a penhora desses bens. Podem ser penhorados, à falta de outros bens: I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados a alimentos de incapazes, bem como de mulher viúva, solteira, desquitada, ou de pessoas idosas; II - as imagens e os objetos do culto religioso, sendo de grande valor. ARTIGO 651 remição da execução Antes de arrematados ou adjudicados os bens, pode o devedor, a todo o tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios. Arrematação - Não tem o mesmo sentido a adjudicação, embora os efeitos de uma e outra sejam idênticos, ou seja, o de transmitir a propriedade da coisa a quem adjudica ou arremata. Na arrematação há sempre licitação (dar preço, oferecer lanço). A licitação não se confunde com o leilão ou hasta pública porque é apenas uma parte deles. Arremata o bem a pessoa que oferecer maior lanço. Na adjudicação nem sempre se faz necessário a efetividade do leilão ou hasta pública, e esta se opera porque não houve licitação, ou porque a pessoa com direito a pedi-la, preferiu receber o bem pelo preço da maior oferta, quando houve, ou pelo valor da própria exigível. O devedor pode remir (pagar) a execução ou consignar a importância da dívida, mais juros, custos e honorários advocatícios. Mas, só poderá assim proceder antes de arrematados ou adjudicados os bens. ARTIGO 652 da citação do devedor e da nomeação de bens O devedor será citado para, no prazo de vinte e quatro (24) horas, pagar ou indicar bens à penhora. § 1º. O Oficial de Justiça certificará, no mandado, a hora da citação. § 2º. Se não localizar o devedor, o oficial certificará cumpridamente as diligências realizadas para encontrá-lo. Nomeação de Bens - É a indicação dos bens, feita pelo devedor ou por quem está sendo executado, para que sobre os mesmos recaia a penhora judicialmente autorizada. A Lei permite ao devedor ou executado, que nomeie os bens à sua vontade, afim de se evitar maiores danos a ele próprio com uma penhora feita com bens não escolhidos ou não indicados expontâneamente por ele. Na cobrança de uma dívida, o Juiz determinará que o oficial de justiça realize a citação do devedor e o advirta de que terá 24 horas para pagar. Caso o devedor não pague a dívida no prazo de 24 horas, deverá nomear bens de sua propriedade que serão penhorados. Estes bens ficarão à disposição da justiça para que em caso de necessidade, sejam levados a hasta pública ou leiloados, para que se apure o dinheiro para pagamento do credor. Somente depois que os bens forem penhorados, é que a cobrança (execução) poderá ser contestada pelo devedor. Conforme o parágrafo 1o do artigo em questão, o oficial de justiça certificará no mandado a hora da citação, pois o prazo é de 24 horas, e se após as 24 horas estipuladas por Lei, o devedor não efetuar o pagamento da dívida ou não nomear bens à penhora, o oficial de justiça deverá penhorar os bens que encontrar. ARTIGO 653 arresto de bens O Oficial de Justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Parágrafo único. Nos dez (10) dias seguintes à efetivação do arresto, o Oficial de Justiça procurará o devedor três (3) vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido. Arresto - É a apreensão judicial dos bens do devedor, ordenada pela justiça, como medida cautelar de segurança ou para garantir o credor quanto à cobrança de seu crédito, evitando que seja injustamente prejudicado, pelo desvio destes bens. Como medida de garantia, o arresto visa a assegurar a eficácia de uma execução futura ou uma execução já em andamento. O arresto é medida que antecede a execução, tendo sempre caráter preventivo. Sua finalidade é proteger o direito do credor, mediante a apreensão dos bens do devedor, de valor aproximado ou igual ao crédito do arrestante (credor), suficientes para a cobertura da obrigação exigível, podendo recair sobre quaisquer bens, tanto quantos forem necessários para cobrir o montante da dívida. Estes bens depois de arrestados, ficam sob a guarda da justiça até que se resolva a pendência que justificou o arresto. Medida Cautelar - É todo ato forense ou processo intentado por uma pessoa na justiça para prevenir, conservar ou defender direitos. É ato de precaução ou de prevenção promovido pelo judiciário, revelado na providência judicial pedida e autorizada pelo Juiz em face de fato de gravidade ou de motivo justo. Conforme o disposto noartigo em questão, se o oficial de justiça não encontrar o devedor, realizará o arresto dos bens suficientes, para garantir a execução. Nos dez dias seguintes após ter sido realizado o arresto o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos. Essas diligências realizadas pelo oficial de justiça, tem por objetivo citar o devedor e realizar a penhora de seus bens. Não o encontrando, certificará o ocorrido ARTIGO 654 conversão do arresto em penhora Compete ao credor, dentro de dez (10) dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não pagamento. O credor também deve ser intimado do arresto, e não somente o devedor. O credor terá o prazo de dez dias contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o artigo anterior (art.653), requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o artigo 652, convertendo -se o arresto em penhora, em caso de não pagamento. ARTIGO 655 nomeação dos bens Incumbe ao devedor, ao fazer a nomeação de bens, observar a seguinte ordem: I - dinheiro; II - pedras e metais preciosos; III - títulos da dívida pública da União ou dos Estados; IV - títulos de créditos, que tenham cotação em bolsa; V - móveis; VI - veículos; VII - semoventes; VIII - imóveis; IX - navios e aeronaves; X - direitos e ações. § 1º. Incumbe também ao devedor: I - quanto aos bens imóveis, indicar-lhes as transcrições aquisitivas, situá-los e mencionar as divisas e confrontações; II - quanto aos móveis, particularizar-lhes o estado e o lugar em que se encontram; III - quanto aos semoventes, especificá-los, indicando o número de cabeças e o imóvel em que se acham; IV - quanto aos créditos, identificar o devedor e qualificá-lo, descrevendo a origem da dívida, o título que a representa e a data de vencimento; V - atribuir valor aos bens nomeados à penhora. § 2º. Na execução de crédito pignoratício, anticrético ou hipotecário, a penhora, independentemente de nomeação, recairá sobre a coisa dada em garantia. Crédito Pignoratício - É o crédito advindo de um penhor. Bem Anticrético - São aqueles provenientes da anticrese, que é o contrato pelo qual o devedor conservando ou não a posse do imóvel atribuiu ao credor, a título de garantia de dívida, os frutos e os rendimentos advindo do imóvel, para pagamento ou compensação da dívida. Bem Imóvel - Terreno, casa, apartamento, etc. Bem Semovente - É aquele que se move e que são úteis para o homem: gado, animais de tração etc. Direitos e Ações - Referem-se a direitos que o devedor tem para receber, como por exemplo, aquele decorrente de uma ação judicial. ARTIGO 656 nomeação ineficaz Ter-se-á por ineficaz a nomeação, salvo convindo o credor: I - se não obedecer à ordem legal; II - se não versar sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento; III - se, havendo bens no foro da execução, outros tenham sido nomeados; IV - se o devedor, tendo bens livres e desembargados, nomear outros que o não sejam; V - se os bens nomeados forem insuficientes para garantir a execução; VI - se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações a que se referem os nº.s. I a IV do parágrafo 1º. do artigo anterior. Parágrafo único. Aceita a nomeação, cumpre ao devedor, dentro do prazo razoável assinado pelo Juiz, exibir a prova de propriedade dos bens e, quando for o caso, a certidão negativa de ônus. Caso o devedor não cumpra com as obrigações elencadas no artigo 656, poderá perder o direito de nomear os bens a penhora. Se isto ocorrer, a penhora será efetuada pelo oficial de justiça. Se o exeqüente (credor) concordar com a nomeação dos bens, a nomeação será validada. Caso contrário, deverá opor-se à nomeação dentro do prazo para recorrer contra a decisão que ordena o fazimento do termo de penhora. ARTIGO 657 termo da nomeação Cumprida a exigência do artigo antecedente, a nomeação será reduzida a termo, havendo-se por penhorados os bens; em caso contrário, devolver-se-á ao credor o direito à nomeação. Parágrafo único. O Juiz decidirá de plano as dúvidas suscitadas pela nomeação. Se o devedor não nomear bens nos termos da lei, não fica o credor obrigado a observar a gradação legal (art. 655) na indicação do bem a ser penhorado. ARTIGO 658 bens fora da comarca Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a execução por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação. Foro é o espaço de uma divisão territorial onde impera a jurisdição de seus juizes e tribunais. O foro revela a extensão territorial, os limites territoriais. Se o devedor não tiver bens nos limites da jurisdição onde está ocorrendo a demanda judicial, a penhora será feita no foro da situação, isto é, no local onde estão os bens penhorados. ARTIGO 659 da penhora e do depósito Se o devedor não pagar, nem fizer nomeação válida, o Oficial de Justiça penhorar-lhe-á tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custas e honorários advocatícios. § 1º. Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em repartição pública, caso em que precederá requisição do Juiz ao respectivo chefe. § 2º. Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução. § 3º. No caso do parágrafo anterior e bem assim quando não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o oficial descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor. § 4º. A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, e inscrição no respectivo registro. O oficial de justiça deverá penhorar os bens que são comprovadamente de propriedade do executado, informando ao Juiz, o estado geral daquilo que foi penhorado, pois, se o valor dos bens for pequeno e insuficiente para a satisfação da dívida, a penhora não será realizada. Conforme o parágrafo 2o não se levará a efeito a penhora, quando for evidente que o produto da execução dos bens será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução. A penhora de bens imóveis será realizada mediante auto ou termo de penhora e inscrição no respectivo registro "cartório de registro de imóveis", pois desta maneira qualquer pessoa interessada em comprar o imóvel não correrá o risco de comprar um imóvel penhorado. ARTIGO 660 ordem de arrombamento Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o Oficial de Justiça comunicará o fato ao Juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento. ARTIGO 661 execução da ordem de arrombamento Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois (2) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens, e lavrando de tudo auto circunstanciado, que será assinado por duas (2) testemunhas, presentes à diligência. Auto Circunstanciado - É uma narração sobre o que ocorreu durante toda a diligência de arrombamento e assinado por duas testemunhas presentes à diligência. ARTIGO 662 força policial Sempre que necessário, o Juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais de justiça na penhora de bens e na prisão de quem resistir à ordem. ARTIGO 663 auto de resistência Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência, entregando uma via ao escrivão do processo para ser juntada aos autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o preso. Parágrafo único. Do auto de resistência constará o rol de testemunhas, com a sua qualificação. ARTIGO 664feitura da penhora Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia. Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto. Auto de penhora é o termo processual usado para registrar todas as diligências realizadas, na efetivação da penhora de bens, pelo oficial de justiça. É peça essencial no processo de execução. Nele será informado os dados relatados no artigo a seguir 665. Conforme o parágrafo único, havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um auto. É o caso, por exemplo, de um devedor contra o qual existe mais de uma dívida e portanto duas ou mais penhoras para serem realizadas pelo mesmo oficial de justiça. Neste caso, deverá ser lavrado um auto de penhora para cada um dos processos de execução. ARTIGO 665 auto de penhora O auto de penhora conterá: I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita; II - os nomes do credor e do devedor; III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos; IV - a nomeação do depositário dos bens. ARTIGO 666 depósito de bem penhorado Se o credor não concordar em que fique como depositário o devedor, depositar-se-ão: I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em banco, de que o Estado-Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo Juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito; II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos; III - em mãos de depositário particular, os demais bens, na forma prescrita na Subseção V deste Capítulo. Depósito Judicial - É o depósito não voluntário, e o depositário judicial (auxiliar do Juiz) é quem fica responsável. Este tipo de depósito ocorre sempre que é necessária a nomeação de um responsável para a guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados. O depositário judicial, se não cumprir com sua responsabilidade, terá pelo Juiz, sanção de pena de prisão civil nos mesmos autos onde se deu o depósito, independente de ação de depósito. Esta prisão civil ocorre para o devedor também, se ele for o depositário do seu bem penhorado, e cabe esta sanção de prisão, quando o depositário do bem (qualquer pessoa) se torna depositário infiel, que é aquele que, tendo sob guarda e proteção bem alheio ou próprio, do qual não tem a livre disponibilidade, pois está penhorado, dele se desfaz causando prejuízo de outro. Esta prisão está amparada pela Constituição Federal, no artigo 5º., inciso LXVII. A nomeação do devedor como depositário no processo de execução, evita gastos desnecessários com a remoção de bens móveis. E quando for intimado a entregar o bem que está sob sua guarda, deverá fazê-lo imediatamente e, se se recusar a cumprir esta determinação legal, terá sua prisão decretada, e assim que for satisfeita a obrigação, a prisão será imediatamente suspensa. ARTIGO 667 Segunda penhora Não se procede à segunda penhora, salvo se: I - a primeira for anulada; II - executados os bens, o produto de alienação não bastar para o pagamento do credor; III - o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem penhorados, arrestados ou onerados. O credor tem a oportunidade de pedir uma segunda penhora, como reforço da primeira, nos casos estipulados nos incisos do artigo em pauta. Bens Litigiosos - São bens que estão em disputa em outro processo, por exemplo em um inventário. Quando houver dois mandados de penhora contra o mesmo devedor, relativos a dois processos em execução, o oficial de justiça deverá lavrar um auto para cada penhora. Quando os bens do devedor estiverem envolvidos em outra penhora ou arresto, o credor poderá pedir uma segunda penhora. ARTIGO 668 substituição do bem O devedor, ou responsável, pode a todo tempo, antes da arrematação ou da adjudicação, requerer a substituição do bem penhorado por dinheiro; caso em que a execução correrá sobre a quantia depositada. ARTIGO 669 embargo da execução Feita a penhora, intimar-se-á o devedor embargar a execução no prazo de dez dias. Parágrafo único. Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do devedor. Devem ser intimados o executado (devedor), bem como aquele coobrigado (sócio, cônjuge, sucessor, terceiros) que teve seu bem penhorado. Ambos podem usar do recurso de embargos: o devedor pode recorrer com embargos no prazo de dez dias; o coobrigado (terceiro, sócio, cônjuge, sucessor) pode recorrer com embargos de terceiros, no prazo de cinco dias depois da arrematação ou adjudicação, mas antes de assinada a carta de arrematação ou adjudicação. A intimação pode ser feita por várias maneiras, não somente por oficial de justiça. Se o devedor foi citado por edital, e não pagou nem apresentou bens à penhora, deverá ser intimado para os embargos, pois a citação e a intimação não podem estar juntas no mesmo edital. O cônjuge deve ser intimado da penhora, independente do tipo de regime de bens adotado no casamento. O cônjuge intimado da penhora, não passa a ser parte da execução, mas apenas terceiro. ARTIGO 670 alienação antecipada dos bens O Juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando: I - sujeitos a deterioração ou depreciação; II - houver manifesta vantagem. Parágrafo único. Quando uma das partes requerer a alienação antecipada dos bens penhorados, o Juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir. Exemplos: 1) Um lote de enlatados, penhorado, e que tem prazo de vencimento estipulado. 2) Alienação de um bem quando este estiver no pico de sua valorização, como por exemplo: ações, gado, produtos agrícolas. ARTIGO 671 da penhora de créditos e de outros direitos patrimoniais Quando a penhora recair em crédito do devedor, o Oficial de Justiça o penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, considerar-se-á a penhora pelo intimação: I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor; II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito. Temos então 2 devedores. Um deles é o devedor cujos bens estão sendo penhorados. O outro, denominado de terceiro devedor, é aquele que deve para o primeiro, que é portanto seu credor. Logo, o terceiro devedor é o devedor do devedor cujos bens estão sendo penhorados. Exemplificando : Paulo (devedor), teve seus bens penhorados por não ter saldado uma dívida, mas é credor de João (terceiro devedor), que lhe deve uma certa quantia por ter adquirido alguns bens seus. Caso o oficial de justiça tiver que penhorar algum crédito, deverá intimar ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor, porque esta obrigação está sendo penhorada. O oficial de justiça deverá intimar o credor do terceiro devedor para que não use seu crédito, porque este foi penhorado e deverá ficar ligado à execução judicial. Uma vez intimados devedor e credor, fica consumada a penhora ficando o crédito à disposição do Juiz da execução. ARTIGO 672 apreensão de títulos A penhora de crédito, representado por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não em poder do devedor. § 1º. Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será havido como depositário da importância. § 2º. O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida. § 3º. Se o terceiro negar o débito em conlúio com o devedor, a quitação, que este lhe der, considerar-se-á em fraude de execução. § 4º. A requerimento do credor, o Juiz determinará o comparecimento, em audiência especialmente designada, do devedor edo terceiro, a fim de lhes tomar os depoimentos. O crédito é um valor abstrato. Entretanto, os títulos de créditos mencionados no artigo (letra de câmbio, notas promissórias, duplicatas, cheques ou outros títulos) são bens materiais, e portanto penhoráveis, a exemplo de qualquer outro bem material. De acordo com o parágrafo 1o , se o título não for apreendido, o oficial de justiça deverá procurar pelo terceiro devedor. Se, este confessar a dívida, ou seja, que deve para o devedor (cujos bens estão sendo penhorados), será considerado como depositário da importância . O terceiro devedor só se exonerará da obrigação, caso deposite em juízo a importância da dívida. Se o terceiro devedor negar o débito em conluio com o devedor que é seu credor, a quitação que este lhe der, será considerada fraude à execução. Fraude à Execução - É um crime contra o patrimônio previsto no código penal, cuja pena prevista é de 6 meses a 2 anos de detenção ou multa. A fraude à execução torna irrealizável a sentença judicial condenatória, pelo fato de não existir bens ou direitos. A requerimento do credor do devedor (cujos bens estão sendo penhorados), o Juiz determinará o comparecimento em audiência especialmente designada do devedor e do terceiro devedor, afim de lhes tomar o depoimento. Tal comparecimento é uma prova da existência do crédito, pois em juízo tanto o devedor como o terceiro devedor não poderão mentir, e comprovada a dívida serão tomadas as devidas medidas para penhorar o crédito. ARTIGO 673 sub-rogação do credor nos direitos do devedor Feita a penhora em direito e ação do devedor, e não tendo este oferecido embargos, ou sendo estes rejeitados, o credor fica sub-rogado nos direitos do devedor até a concorrência de seu crédito. § 1º. O credor pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial do direito penhorado, caso em que declarará a sua vontade no prazo de dez (10) dias contados da realização da penhora. § 2º. A sub-rogação impede ao sub-rogado, se não receber o crédito do devedor, de prosseguir na execução, nos mesmos autos, penhorando outros bens do devedor. Se o credor for receber dos devedores do executado, deverá agir em nome próprio, pois está se sub-rogando (sub-rogação quer dizer transferência de direitos do credor para o terceiro, que recebe dos devedores do credor). Se o credor não conseguir receber dos devedores do executado, volta ao processo de execução e realiza a penhora que for necessária. ARTIGO 674 averbação da penhora Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á no rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que lhe corresponder, a fim de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor. Averbação é o ato pelo qual se anota à margem de um documento os fatos que alteram, modificam ou ampliam o conteúdo do documento. Se o processo de execução estiver correndo em outro juízo, o oficial de justiça deverá procurar o escrivão do juízo onde o crédito estiver sendo discutido ou penhorado, comunicando-lhe a penhora, que será averbada no rosto dos autos (capa do processo), pelo escrivão. ARTIGO 675 penhora sobre divida de dinheiro Quando a penhora recair sobre dívidas de dinheiro a juros, de direito e rendas, ou de prestações periódicas, o credor poderá levantar os juros, os rendimentos ou as prestações à medida que forem sendo depositadas, abatendo-se do crédito as importâncias recebidas, conforme as regras da imputação em pagamento. Nas ações de execução os depósitos em juízo, poderão ser feitos pelo devedor do devedor executado. Desta maneira, o devedor executado, poderá ir transferindo ao credor, os juros, rendimento ou as prestações que tiver para receber, abatendo-se do crédito as importâncias recebidas. ARTIGO 676 penhora sobre direito Recaindo a penhora sobre direito, que tenha por objeto prestação ou restituição de coisa determinada, o devedor será intimado para, no vencimento, depositá-la, correndo sobre ela a execução. O devedor do executado deverá ser intimado para tomar conhecimento de que deverá depositar em juízo, os valores correspondentes às prestações ainda não vencidas que estão sendo penhoradas, para no vencimento depositá-las, correndo sobre elas a execução. ARTIGO 677 da penhorA, do depósito e da administração de empresa e de outros estabelecimentos Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifício em construção, o Juiz nomeará um depositário, determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias a forma de administração. § 1º. Ouvidas as partes, o Juiz decidirá. § 2º. É lícito, porém, às partes ajustarem a forma de administração, escolhendo o depositário; caso em que o Juiz homologará por despacho a indicação. Qualquer empresa seja ela comercial, industrial ou agrícola, caracteriza-se por sua importância sócio-econômica, pois além de servir a população com seus produtos industrializados e comercializados, é geradora de tributos para a Fazenda Pública e de empregos. Quando uma empresa tem os seus bens penhorados, é importante para todos, que continue em atividade em decorrência das razões acima expostas. Após a penhora, o Juiz deverá nomear um depositário, determinando-lhe que no prazo de 10 (dez) dias apresente a forma de administração, ou seja, um plano para gerenciar o estabelecimento para que este continue a produzir. O depositário nomeado pelo Juiz, poderá ser um estranho ou o próprio devedor, inclusive poderá haver um acordo entre o devedor e o credor para a escolha do depositário. O nome apresentado será aceito pelo Juiz que efetuará sua homologação. ARTIGO 678 penhora de empresa concessionária ou autorizaRIA A penhora de empresa, que funcione mediante concessão ou autorização, far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre determinados bens, ou sobre todo o patrimônio nomeando o Juiz como depositário, de preferência, um dos seus diretores. Parágrafo único. Quando a penhora recair sobre a renda ou sobre determinados bens, o depositário apresentará a forma de administração e o esquema de pagamento observando-se, quanto ao mais, o disposto nos arts. 716 a 729; recaindo, porém, sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução os seus ulteriores termos, ouvindo-se, antes da arrematação ou da adjudicação, o poder Público, que houver outorgado a concessão. á empresas que funcionam mediante concessão ou autorização, prestando serviços de interesse público. São as concessionárias ou autorizadas também denominadas de autorizárias, como as empresas de onibus urbanos e de telefonia entre outras. Para penhora dessas empresas, é estabelecida uma graduação pela Lei, para que os serviços prestados não sejam interrompidos afetando a população. A penhora então será feita conforme o valor do crédito, podendo recair sobre a renda, sobre determinado bens, o sobre todo o patrimônio conforme o valor do crédito. O Juiz nomeará também um depositário, que será preferencialmente, um de seus diretores. O poder público que houver outorgado a concessão, deverá ser ouvido antes da arrematação ou adjudicação, porque a perda de renda ou dos bens do concessionário poderá afetar a continuidade dos serviços de utilidade pública prestados a população. Por esta razão, é importante que o poder público seja ouvido, pois como concedente é o responsável pelos serviços prestados pela concessionárias ou autorizárias. ARTIGO 679 penhora sobre navio ou aeronave A penhora sobre navio ou aeronave não obsta a que continue navegando ou operando até a alienação; mas o Juiz, ao conceder a autorização para navegar ou operar, não permitirá que saia do porto ou aeroporto antes que o devedor faça o seguro usual contra riscos DO ARRESTO, SEQUESTRO do arresto ARTIGO 813 quando se dá o arresto O arresto tem lugar: I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui,ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado; II - quando o devedor, que tem domicílio: a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente; b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; c) contrai dívidas extraordinárias; d) põe ou tenta por os seus bens em nome de terceiros ; ou comete outro qualquer artifício fraudulento afim de frustar a execução ou lesar credores. III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas; IV - nos demais casos expressos em lei. Insolvência - Significa não poder pagar suas dívidas ou não poder cumprir suas obrigações . Em Direito Civil a insolvência decorre de não possuir o devedor bens suficientes para pagamento de todos os credores. A insolvência se caracteriza pela insuficiência de bens. Bens de Raiz - Designação dada aos bens imóveis. Anticrese - É o contrato pelo qual um devedor, conservando ou não a posse do imóvel, dá ou destina ao credor, para segurança, pagamento ou compensação de dívida, os frutos e rendimentos produzidos pelo mesmo imóvel. Também se dá o nome de contrato de consignação de rendimentos. Atenção ! - A diferença entre arresto e a penhora é que enquanto a penhora se verifica no processo de execução, o arresto pode ser realizado não só no processo de execução, mas também num processo que visa acautelar o direito do credor contra atitudes do devedor no que se refere ao pagamento da dívida. ARTIGO 814 requisitos necessários para haver arresto Para a concessão do arresto é essencial: I - prova literal da dívida líquida e certa; II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente. Parágrafo único. Equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentença líquida ou ilíquida, pendente de recurso ou o laudo arbitral pendente de homologação, condenando o devedor no pagamento de dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se. Sentença Líquida - É a sentença condenatória que já determina o valor exato da condenação. Assim, para ser executada, não é necessária qualquer outra formalidade. Sentença Ilíquida - É a sentença condenatória que não traz definida o valor da condenaçào, em virtude de que, antes que se inicie propriamente a execução, terá que ser liquidada, para que, por essa liquidação, se apure o valor exato da execução. Dívida Líquida e Certa - É a expressa em quantia determinada em dinheiro, mediante título válido, definidor de sua existência e objeto. Conforme o artigo em estudo, para concessão do arresto é essencial que o credor apresente prova literal da dívida líquida e certa, bem como, prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo 813. Segundo o parágrafo único a sentença liquida ou ilíquida, pendente de recurso (que está no aguardo de um recurso interposto) ou o laudo arbitral pendente de homologação (perícia que está na dependência de um despacho do Juiz para se tornar válida), condenando o devedor no pagamento de dinheiro, ou de prestação que pode ser convertida em dinheiro, e que para ser a prova literal da dívida líquida e certa, para efeito da concessão do arresto. ARTIGO 815 justificação A justificação prévia, quando ao Juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas. A justificação consiste na comprovação judicial de algum fato, por meio da inquirição de testemunhas e de documentos. As testemunhas são inquiridas sobre os fatos alegados, podendo o justificante juntar quaisquer títulos ou documentos que a comprovem. A parte que pretender justificar, para servir de prova em processo regular, a existência de ato ou relação jurídica, deve deduzir, em petição circunstânciada, a sua intenção, requerendo que provado quanto baste, com a citação dos interessados, se julgue a justificação da sentença. A parte citada para justificação, pode contestar as testemunhas, reinqueri-las e pronunciar-se sobre os documentos, dos quais terá vista em cartório por 24 horas. Produzida a prova, pelo Juiz da sentença que não cabe recursos, os autos serão entregues ao justificante, 48 horas depois, independentemente de traslados, salvo se, dentro daquele prazo a parte interessada houver pedido certidão. De Plano - que significa : "Sem formalidade alguma" "De maneira imediata" "Independentemente de exame prévio, de estudo, ou de debate". Exemplos: Honorários fixados de plano pelo Juiz; decisão de plano etc. ARTIGO 816 arresto independente de justificação O Juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia: I - quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei; II - se o credor prestar caução (art. 804). Caução - Significa garantia de pagamento. Quando o arresto for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em Lei, o Juiz concederá o arresto independentemente de justificativa prévia, uma vez que são créditos pertencentes ao Poder Público oriundos da coletividade, e controlados por Lei. Se o credor prestar caução (art. 804), estará garantindo que se a medida judicial não tiver fundamento gerando prejuízo ao devedor, esse prejuízo será ressarcido. ARTIGO 817 sentença de arresto Ressalvado o disposto no art. 810, a sentença proferida no arresto não faz coisa julgada na ação principal. Coisa julgada - Quer dizer relação jurídica, objeto de apreciação judicial e definitivamente decidida. A sentença faz coisa julgada entre as partes, ou seja, faz coisa decidida entre as partes. A coisa julgada é tida por verdade. É qualidade da sentença já prolatada, que a torna imutável, ou melhor, que não mais pode ser mudada. Diante da cobrança judicial de um crédito duas ações poderão ser consideradas: a de arresto que é uma ação cautelar e a outra que é uma ação de execução. O arresto apenas impede que o bem do devedor seja alienado. O arresto deferido pelo Juiz não significa entretanto que o Juiz declarou a dívida procedente, isto significa que a sentença proferida no arresto, não faz a coisa julgada na ação principal, pois a finalidade do arresto é somente a apreensão do bem como medida cautelar. ARTIGO 818 arresto em penhora Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora. Ação Principal - É aquela em que o autor tem mais de um objetivo. Estes objetivos embora ligados entre sí correspondem a várias ações. A ação que corresponde ao objetivo prevalecente é a principal. Havendo uma ação principal, existe as exceções. Por exemplo : A ação que o autor move para cobrar o montante de uma dívida é a principal, e a ação proposta depois para cobrar o juro é a secundária. "Se resolve em penhora ". Significa que o arresto se transforma em penhora. Quando o Juiz julga procedente a ação principal, decidindo que o devedor deve pagar, não há necessidade de se fazer a penhora, pois os bens já foram apreendidos judicialmente através do arresto. Então, a ação do Juiz limita-se apenas a transformar o arresto em penhora. ARTIGO 819 suspensão do arresto Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor: I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o Juiz arbitrar, e custas; II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do advogado do requerente e custas. Caução - Do latim "cautio"- precaução. De modo geral, o termo expressa a cautela que se tem ou se toma, em virtude da qual certa pessoa oferece a outrem garantia ou segurança para cumprimento de alguma obrigação. Portanto, caução significa "garantia de pagamento". Um exemplo comum de caução, é aquele em que uma pessoa não possuindo um fiador para alugar um imóvel, deposita emnome do proprietário, uma quantia em dinheiro correspondente a 3 aluguéis como garantia de pagamento. Caução Idônea - É um depósito de importância de valor compatível com o valor dos bens depositados. Fiador Idôneo - Não significa fiador conhecido, mas sim aquele que tem bens para pagar os riscos de danos e indenização. Caso o fiador der a garantias descritas nos incisos I e II do artigo 819, não haverá mais motivo para se realizar a execução do arresto pois a finalidade deste é garantir a execução. O depósito em juízo do valor correspondente a dívida, mais os honorários advocatícios a caução idônea ou outra forma instintiva da obrigação, está sujeita a verificação por parte do credor, que poderá contestar o valor pago (insuficiente) ou a qualidade da garantia oferecida. ARTIGO 820 cessação do arresto Cessa o arresto: I - pelo pagamento; II - pela novação; III - pela transação. O pagamento da dívida cessa o arresto, devendo ser completo, incluindo-se nele os juros de mora, correção monetária, custos processuais e honorários advocatícios. Também cessa o arresto pela novação e pela transação. Novação - É uma nova dívida substituindo a anterior que fica quitada. Transação - É um acordo entre credor e devedor. Na transação, são extintas as obrigações litigiosas mediante concessões mútuas que pode ser até um pagamento menor. Entretanto, o arresto cessa apenas se houver concordância por parte do credor. ARTIGO 821 arresto e penhora Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora, não alteradas na presente seção. Tanto o arresto quanto a penhora são realizados da mesma maneira e devem ser feitos no local onde estão os bens, mesmo que seja em uma repartição pública, observando-se contudo a ordem de preferência. Somente deverão ser arrestados os bens que poderão ser penhorados posteriormente. Normalmente não se efetua um segundo arresto. Tanto nos casos de arresto como nos de penhora, na maioria da vezes quem nomeia o depositário é o oficial de justiça, mas o Juiz poderá modificar a situação. O oficial de justiça só não fará a nomeação de depositários em casos impedidos pela Lei, previstos no artigo 677 (penhora de estabelecimento comercial, industrial ou agrícola). ARTIGO 822 Do sequestro ocorrência do sequestro O Juiz, a requerimento da parte, pode decretar o sequestro: I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações; II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu depois de condenado por sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar; III - dos bens do casal, nas ações de desquite e anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando; IV - nos demais casos expressos em lei. Em Direito Processual Civil, é uma das medidas destinadas a conservar os direitos dos litigantes, resguardando as ações que a esses direitos correspondem. É um processo acessório, medida preventiva que consiste na apreensão e depósito da coisa litigiosa, móvel ou imóvel, não devendo confundir-se com o arresto, que é a apreensão de quaisquer bens do devedor, para garantia da execução. Exemplos : Sequestro : Juiz, a requerimento da parte decreta o sequestro de um veículo cuja propriedade está sendo disputada, em decorrência de eventuais rixas ou danificações. Arresto : Juiz determina a apreensão de um veículo para ser futuramente penhorado e leiloado, e com o dinheiro apurado pagar o credor. ARTIGO 823 sequestro e arresto Aplica-se sequestro, no que couber, o que este Código estatui acerca do arresto. O sequestro não antecede à penhora, como o arresto. O sequestro tem natureza conservatória e não garante execução de dívida futura. Não cessa pelo pagamento nem pela novação. O arresto, a penhora e o sequestro têm em comum a apreensão do bem. e o depósito de determinado bem, embora com finalidades diversas. O sequestro não torna o bem inalienável ou impenhorável. ARTIGO 824 depositário de bens sequestrados Incumbe ao Juiz nomear o depositário dos bens sequestrados. A escolha poderá, todavia, recair: I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes; II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea. ARTIGO 825 entrega do bem ao depositário A entrega dos bens ao depositário, far-se-á logo depois que este assinar o compromisso. Parágrafo único. Se houver resistência, o depositário solicitará ao Juiz a requisição de força policial. Após a determinação do seqüestro pelo Juiz, os bens deverão ser entregues a um depositário que deverá ser uma pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes ou por pessoa indicada por uma das partes, desde que ofereça maiores garantias ou preste caução idônea. Após o compromisso, serão entregues ao depositário os bens, e a documentação de entrega que deverá ser rigorosa no que se refere a descrição, e estado de conservação dos bens. Se a entrega for realizada por oficial de justiça este deverá fazer constar tal informação nos autos. Caso haja resistência na entrega do bem, o depositário solicitará ao Juiz o reforço policial. Atenção ! : No seqüestro o depositário será escolhido somente pelo Juiz (artigo 824). JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS Introdução: Foi dentro de um movimento que tinha por objetivo garantir um maior acesso à justiça que a Constituição Federal de 1988 cogitou da implantação dos "Juizados Especiais Cíveis", com competência para causas cíveis de menor complexidade (art. 98, inciso I, CF). Acesso à justiça importa no acesso ao justo processo, como conjunto de garantias capaz de transformar o mero procedimento em um processo tal, que viabilize, concreta e efetivamente, a tutela jurisdicional. Esses Juizados integram-se ao Poder Judiciário, mas de maneira a propiciar acesso mais fácil ao jurisdicionado, abrindo-lhe a oportunidade de obter tutela para pretensões que dificilmente poderiam encontrar solução razoável dentro dos mecanismos complexos e onerosos do processo tradicional. Destaca-se a relevância da composição negocial para as pequenas causas, incentivando os litigantes a buscá-la sob o auxílio de organismos judiciários predispostos a facilitar a conciliação ou a transação. O objetivo, em resumo, é o de canalizar para o Judiciário todos os conflitos de interesse, mesmo os de pequena expressão, uma vez que é aí o local próprio para a sua solução. A estratégia fundamental para o atingimento dessa meta está na facilitação do acesso à justiça. O Juizado Especial Cível: A lei 9099/95 não cuidou do Juizado Especial como um simples procedimento especial. Tratou-o como novo órgão a ser criado pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, no âmbito de suas circunscrições, órgão esse a que se deve atribuir a função jurisdicional de conciliação, processamento, julgamento e execução, nas causas definidas como de sua competência (art. 1.º, lei 9099/95). Não se trata de mera formulação de um novo tipo de procedimento, e sim de um conjunto de inovações, que vão desde nova filosofia e estratégia no tratamento dos conflitos de interesses até técnicas de abreviação e simplificação procedimental. O processo a ser aplicado no Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios de oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando-se, sempre que possível, a conciliação ou a transação (art. 2.º, lei 9099/95). A lei 9099/95 regulou: a competência do Juizado Especial (arts. 3.º e 4.º); a sua composição (arts. 5.º a 7.º); a legitimação das partes (arts. 8.º a 11); a forma e a eficácia dos atos processuais (arts. 12 e 13); a forma e o conteúdo do pedido (arts. 14 a 17); a maneira de realizar-se a comunicação dos atos processuais (art. 18 e 19); os efeitos da revelia (art. 20); a disciplina da conciliação e do julgamentoarbitral (arts. 21 a 25); a audiência de instrução e julgamento (arts. 27 a 29); a resposta do réu (arts. 30 e 31); as provas admissíveis (arts. 32 a 37); a sentença e os recursos, bem como a forma e a competência para julgamento em segunda instância (arts. 38 a 50); os casos de extinção do processo sem julgamento de mérito (art. 51); a execução da sentença e dos títulos extrajudiciais (art. 52 e 53) as disposições finais (arts. 56 a 59). Aplicação subsidiária do Código de Processo Civil: Nas lacunas das normas específicas do Juizado Especial, terão cabimento as regras do Código de Processo Civil, mesmo porque o seu art. 272, parágrafo único, contém a previsão genérica de que suas normas gerais sobre procedimento ordinário aplicam-se subsidiariamente ao procedimento sumário e aos especiais. Nenhuma lacuna da lei 9099/95 poderá ser preenchida por regra do Código de Processo Civil que se mostre incompatível com os princípios informativos que norteiam o Juizado Especial na sua concepção constitucional e na sua estruturação normativa específica. Princípio da oralidade: O processo inspirado no princípio da oralidade significa a adoção de procedimento onde a forma oral se apresenta como mandamento principal, embora sem eliminação do uso dos registros da escrita, já que isto seria impossível em qualquer procedimento da justiça, pela necessidade de documentar toda a marcha da causa em juízo. O processo dominado pela oralidade funda-se em alguns subprincípios como o do imediatismo, o da concentração, o da identidade física do juiz e o da irrecorribilidade das decisões interlocutórias. imediatismo: deve caber ao juiz a coleta direta das provas, em contato imediato com as partes, seus representantes, testemunhas e peritos. concentração: exige que, na audiência, praticamente se resuma a atividade processual concentrando numa só sessão as etapas básicas da postulação, instrução e do julgamento, ou, pelo menos, que, havendo necessidade de mais de uma audiência, sejam elas realizadas em ocasiões próximas. identidade física do juiz: preconiza que o juiz que colhe a prova deve ser o mesmo que decide a causa. irrecorribilidade das decisões interlocutórias: tem a função de assegurar a rápida solução do litígio, sem a interrupção da marcha do processo por recursos contra as decisões interlocutórias. Satisfaz-se a exigência desse princípio privando o agravo de sua eficácia suspensiva ou determinando que seja ele retido nos autos para exame e julgamento, ao final do procedimento, de molde a não prejudicar o seu andamento normal. Demais princípios: Com a simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, busca-se criar um clima de ordem psicológica que estimule juiz e partes a proceder em atividade de íntima colaboração para uma solução rápida e direta do conflito. Conciliação: O Juizado está instituído pela lei como um caminho voltado para a solução conciliatória. Antes de partir para a pesquisa dos fatos e das provas, incumbe ao juiz das pequenas causas o compromisso de tentar a conciliação ou a transação. Antes de recompor o direito individual lesado, age-se para aliviar situações de ruptura ou de tensão, com o fim de preservar um bem mais durável, que é a pacífica convivência dos sujeitos que fazem parte de um grupo ou de uma relação complexa, de cujo meio dificilmente poderiam subtrair-se. É dentro dessa perspectiva que o Juizado Especial não se integra apenas pelo juiz togado e seus tradicionais auxiliares do foro, mas exige a colaboração ativa de outros agentes saídos da sociedade, como os conciliadores e os juízes leigos, que trazem para o órgão judicante a influência do ambiente social e de suas aspirações comuns. É possível lograr-se a autocomposição dos litigantes por meio da transação, que importa concessões mútuas, e também pela sujeição total de uma parte à pretensão da outra. Ambas as formas de pacificação enquadram-se nas finalidades da tentativa de conciliação. Daí falar-se, no art. 2.º da lei 9099/95, em busca da conciliação ou da transação. Facultatividade do Juizado Especial: O parágrafo 3.º do art. 3.º da lei 9099/95 prevê que a utilização do Juizado Especial Cível decorre de opção do promovente da demanda. Concebido para ampliar o acesso ao Poder Judiciário e facilitar o litígio para as pessoas que sejam portadoras de pequenas postulações (especialmente para as menos dotadas economicamente), a lei erigiu o próprio interessado em juiz da conveniência da propositura de sua demanda perante o Juizado Especial Cível ou perante o Juízo Comum. Competência: A competência do Juizado Especial Cível pode ser determinada pelo valor da causa ou pela matéria (art. 3.º, lei 9099/95) e se sujeita ainda à regra geral do foro (art. 4.º, lei 9099/95). Em razão do primeiro critério, são atribuídas ao Juizado Especial Cível as causas cujo valor não exceda 40 salários mínimos (art. 3.º, inciso I, lei 9099/95). Pela matéria, são de competência do Juizado Especial: as causas enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil, ou seja, todas aquelas que, em razão da matéria, devem, na justiça contenciosa comum, seguir o rito sumário (art. 3.º, inciso II, lei 9099/95). A maioria delas refere-se à cobrança de créditos (aluguéis, danos, rendas, honorários, seguros etc.). Algumas referem-se a coisas, como as derivadas do arrendamento rural e da parceria agrícola. Nas primeiras, o procedimento do Juizado Especial ficará restrito ao teto de 40 salários. Nas últimas, não haverá restrição ao valor da causa, por não se tratar de cobrança de crédito; as ações de despejo para uso próprio, não importando o valor do imóvel, porque não se trata de ação para reclamar crédito, mas sim coisas; as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente a 40 vezes o salário mínimo. Como o Juizado Especial é reservado às pequenas causas (art. 24, inciso X, CF), a opção por seu procedimento importa, de antemão, renúncia, pelo autor, ao crédito que, eventualmente, exceder o limite de 40 vezes o salário mínimo. Assim, nas hipóteses de competência em razão da matéria (art. 3.º, inciso II, lei 9099/95), não importa, em princípio, o valor da causa para que o litigante opte pelo seu processamento perante o Juizado Especial. Aqui a franquia àquele juízo decorre da menor complexidade da causa, por presunção legal (art. 98, inciso I, CF). Entretanto, se a sentença compreender, crédito cujo "quantum" vier a ser apurado em valor superior ao limite do art. 3.º, inciso I, a condenação ficará restrita a ele. Foro competente: A competência territorial do Juizado Especial é definida pelo art. 4.º da lei 9099/95, e pode ser assim esquematizada: a regra geral é o foro do domicílio do réu (art. 4.º, inciso I); a critério do autor, poderá ser a causa proposta, também nos seguintes foros: I - foro do local onde o réu exerça atividades profissionais ou econômicas, ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório (art. 4.º, inciso I); II - foro do local onde a obrigação deve ser satisfeita (art. 4.º, inciso II); III - foro do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para ressarcimento do dano de qualquer natureza (art. 4.º, inciso III). A escolha, entre os foros especiais é livre para o autor, não havendo ordem de preferência entre eles. Em qualquer hipótese, caber-lhe-á sempre a opção pelo foro geral do domicílio do réu, ainda que se trate de uma das situações especiais contempladas pela lei (art. 4.º, parágrafo único). Logo, não caberá ao demandado, impugnar a opção exercida pelo promovente. Competência para execução forçada: Os Juizados Especiais possuem competência para executar suas próprias sentenças (art. 52, "caput", lei 9099/95). Têm, também, competência para execução dos títulos extrajudiciais, de valor de até 40 salários mínimos (art. 53, "caput", lei 9099/95). Limitações à competência:A lei 9099/95 restringe a titularidade da ação nela disciplinada às pessoas físicas e capazes (art. 8.º, parágrafo 1.º, lei 9099/95). Limita, ainda, o seu cabimento, em função da matéria e do sujeito passivo, de modo a excluir a competência do Juizado Especial para as seguintes causas: de natureza alimentar; de natureza falimentar; de natureza fiscal; de interesse da Fazenda Pública; relativas a acidentes de trabalho; relativas a resíduos (direito sucessório); relativas ao estado e à capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. Direção e auxiliares: O Juizado Especial será dirigido por um juiz togado (Juiz de Direito). Será apoiado, além dos auxiliares comuns (escrivão, escrevente, oficiais de justiça etc.), por conciliadores e juizes leigos. Para a função de conciliador, a lei recomenda que a escolha recaia preferencialmente entre bacharéis em Direito (art. 7.º, lei 9099/95). Não há, portanto, obrigatoriedade. Quanto aos juizes leigos, a lei determina como requisito da escolha a experiência de mais de cinco anos de advocacia (art. 7.º, lei 9099/95). O advogado que assumir o encargo como juiz leigo, ficará impedido de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções (art. 7.º, parágrafo único, lei 9099/95). Não há, todavia, impedimento para a advocacia junto à justiça ordinária. Distribuição de funções: tarefa do juiz Ao juiz togado, caberá a direção do processo que exercerá com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica (art. 5.º, lei 9099/95). Entre o juiz e as partes o que se deseja é o equilíbrio e, sobretudo, a colaboração entre aquele e estas. Assim, embora a palavra final sobre a admissibilidade ou não de uma prova caiba sempre ao juiz, o certo é que não poderá denegar a pretensão de produzi-la, senão fundamentadamente. As regras da experiência não representam, tecnicamente, prova para o processo, mas se revelam como critérios úteis de avaliação dos fatos e provas dos autos. São valores que o juiz extrai da convivência profissional e social, não para redigir ou alterar a norma legal, mas para analisar o fato sobre o qual a regra abstrata irá incidir, para interpretá-lo segundo a explicação social, política e ideológica. Há uma valorização cultural que o juiz realiza ao lado do exame técnico-jurídico. Enquanto no processo civil tradicional o juiz somente se vale de regras de experiência para suprir lacunas das normas jurídicas específicas, nos Juizados Especiais isto se dá como ponto de partida do julgamento. O art. 6.º da lei 9099/95 recomenda ao juiz adotar, em cada caso, a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. Não quer isto dizer que o julgamento possa deixar a lei de lado e transformar-se num puro juízo de eqüidade. O que se deseja é que o juiz proceda à escolha de teses que mais se coadunem com a indispensável justiça do caso concreto. O juiz interpretará a lei e os fatos da causa sempre com a preocupação de fazer justiça e evitar que a rigidez de métodos preestabelecidos o conduza a soluções que contrariem a grande premissa posta ao processo das pequenas causas. Tarefa do juiz leigo e dos conciliadores: O objetivo principal do Juizado Especial Cível é a obtenção da solução conciliatória para o litígio. Embora não se deva forçar as partes ao acordo, caberá aos agentes do Juizado ponderar sobre as suas conveniências ou inconveniências, esclarecendo-as sobre as vantagens da conciliação e mostrando-lhes os riscos e as conseqüências do litígio, especialmente quanto ao disposto no parágrafo 3.º do art. 3.º da lei 9099/95. A conciliação tanto pode ser conduzida diretamente pelo juiz togado como pelo juiz leigo ou, ainda, pelo conciliador sob orientação deste (art. 22, lei 9099/95). Havendo sucesso, a conciliação será reduzida a termo e receberá homologação pelo juiz togado, mediante sentença a que se reconhece a força de título executivo (art. 22, parágrafo único, lei 9099/95). Se, porém, fracassar a tentativa de solução negocial, a fase conciliatória será encerrada e, com ela, a tarefa do conciliador. Na fase posterior, destinada a instrução e julgamento, somente poderão atuar o juiz togado e o juiz leigo. Tendo sido o juiz leigo quem dirigiu a instrução probatória, a ele competirá proferir a sentença, a qual, todavia, terá de ser submetida à homologação imediata do juiz togado. Se este não homologá-la, poderá escolher entre duas opções (art. 40, lei 9099/95): proferir outra sentença, em substituição à do juiz leigo; ou converter a homologação em diligência, determinando a complementação de provas que reputar indispensáveis. O juízo arbitral: Entre a conciliação e a instrução e o julgamento, há uma terceira variante que o Juizado Especial oferece às partes: trata-se do juízo arbitral. Em lugar de passar para a fase instrutória e ao julgamento jurisdicional, a lei dá oportunidade aos litigantes de optarem por um procedimento mais simples que é de confiar a solução da pendência a um árbitro (art. 24, lei 9099/95). O árbitro somente poderá ser escolhido pelas partes entre os juízes leigos do Juizado (art. 24, parágrafo 2.º, lei 9099/95). A instauração do juízo arbitral será imediata e não dependerá de termo de compromisso. O juiz togado designará, de imediato, a audiência de instrução e julgamento, cuja direção passará inteiramente para o árbitro escolhido. Na condução da instrução, o árbitro procederá com observância dos critérios preconizados pelos arts. 5.º e 6.º da lei 9099/95 e, na sentença, não estará adstrito ao princípio da legalidade, visto que ficará autorizado a decidir por eqüidade (art. 25, lei 9099/95). Ao encerrar a instrução, preparará o árbitro o seu laudo que, em seguida, será homologado pelo juiz togado, sem direito a recurso (art. 26, lei 9099/95). O juiz não revê o julgamento arbitral, mas pode recusar-lhe homologação se, por exemplo, o laudo contemplou matéria que não integrava o objeto da demanda (julgamento "extra petita" ou "ultra petita"). Partes: Somente podem figurar como autor as pessoas físicas maiores e capazes. Os incapazes absolutos não podem ser nem autor nem réu no Juizado Especial Cível. Também os relativamente incapazes se excluem da legitimação ativa e passiva. Apenas ao menor que já contar com 18 anos a lei 9099/95 confere aptidão para propor demanda, podendo faze-lo independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação (art. 8.º, parágrafo 2.º, lei 9099/95). Mas a equiparação ao maior é limitada à legitimação ativa, pois o aludido menor não poderá ser acionado como réu, em face da regra do art. 8.º, "caput", lei 9099/95. O pólo passivo da relação processual pode ser ocupado por Pessoa Jurídica, mas somente as de direito privado. Não podem ocupar nem o pólo ativo nem o passivo as Pessoas Jurídicas de Direito Público e as empresas públicas da União. Não podem figurar no processo desenvolvido no Juizado Especial a massa falida e o insolvente civil (art. 8.º, "caput", lei 9099/95). O espólio (massa de bens deixada pelo "de cujos" e que constitui os bens da herança) e as sociedades de fato não se legitimam a serem autor, mas podem ocupar a posição de réu. Nas causas de valor de até 20 salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente para propor a ação junto ao Juizado Especial Cível ou para respondê-la. Mas, quando o réu for Pessoa Jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado (art. 9.º, parágrafo 4.º, lei 9099/95). A representação por advogado é facultativa. Torna-se obrigatória sua intervenção quando o valor da causa ultrapassar o aludido limite (art. 9.º, lei 9099/95). Litisconsórcio e intervenção de terceiros: Na ação desenvolvida no Juizado Especial, é possível a formação de litisconsórcio tanto ativo quanto passivo.Quanto às formas de intervenção de terceiro, todas são expressamente vedadas, inclusive a assistência (art. 10, lei 9099/95). Afinal, busca-se simplicidade e celeridade no procedimento, que, com a adoção das aludidas formas ficariam prejudicadas. Os atos processuais e sua forma: A lei 9099/95 traçou as seguintes normas para os atos do processo adotado pelo Juizado Especial Cível: os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as leis de organização judiciária (art. 12, lei 9099/95); os atos se consideram válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados. Nenhuma nulidade será pronunciada sem que, efetivamente, tenha havido prejuízo (art. 13, parágrafo 1.º, lei 9099/95). não é necessário o uso formal da carta precatória para que o juiz da causa solicite a outro juiz a prática de ato processual fora de sua circunscrição territorial. A comunicação poderá ser realizada informalmente, por qualquer meio idôneo, como carta, telex, fax, telegrama, telefone etc. (art. 13, parágrafo 2.º, lei 9099/95). a documentação dos atos realizados em audiência será limitada apenas aos atos considerados essenciais; os registros serão resumidos e constarão de notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas. Os atos secundários ou não essenciais poderão constar de gravação em fita magnética ou equivalente, que se conservará até o trânsito em julgado da decisão (art. 13, parágrafo 3.º, lei 9099/95). O procedimento: A lei 9099/95 traçou normas sobre os principais atos do "iter" processual, que são: a propositura da ação (arts. 14 a 17); as citações e intimações (arts. 18 e 19); a audiência de conciliação (art. 21); a resposta do réu (arts. 30 e 31); a instrução da causa (art. 37); sentença (arts. 38 a 40); os recursos (arts. 41 a 50); extinção do processo sem julgamento de mérito e a execução forçada (arts. 51 e 52, respectivamente). A propositura da ação: O art. 14 da lei 9099/95 permite que a instauração do processo se proceda tanto por meio de requerimento escrito como por via de pedido oral. No pedido, escrito ou oral, deverão constar, de forma simples e em linguagem acessível (art. 14, parágrafo 1.º): I - o nome, a qualificação e o endereço das partes (do autor e do réu); II - os fatos e os fundamentos, de forma sucinta: não é necessário indicar artigos da lei; basta revelar o fato e o motivo pelo qual o autor pretende o efeito dele contra o réu ("causa petendi"); III - o objeto e seu valor: o resultado concreto que se espera obter na justiça em face do réu; e o respectivo valor. Admite-se a formulação de pedidos alternativos ou cumulativos. Nas cumulações, todavia, a soma dos pedidos conexos não poderá ultrapassar o limite de quarenta salários mínimos (art. 15, lei 9099/95). A ação será imediatamente registrada pela Secretaria do Juizado, a quem competirá designar audiência de conciliação, a realizar-se no prazo de 15 dias. Tudo isso será feito de plano, antes mesmo da autuação e distribuição (art. 16, lei 9099/95), procedendo-se, em seguida, à citação do réu. Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-á, desde logo, a sessão de conciliação, dispensados o registro prévio de pedido e a citação (art. 17, lei 9099/95). Citações: As citações no Juizado Especial são normalmente realizadas por via postal: correspondência, com aviso de recebimento em mão própria (art. 18, inciso I). Na hipótese de Pessoa Jurídica ou de titular de firma individual (comerciante ou industrial), a citação será válida, desde que a correspondência seja entregue ao funcionário encarregado da recepção, que deverá ser identificado no comprovante postal de recebimento (art. 18, inciso II). É admissível a citação por oficial de justiça, mas apenas em caráter excepcional e com justificativa adequada, caso em que a diligência se cumprirá, independentemente de mandado ou precatória (art. 18, inciso III). Isto é, o oficial agirá com base em cópia da inicial ou em qualquer modelo padronizado preenchido ou copiado pela Secretaria. Requisitos da citação: Acorde com o art. 18, parágrafo 1.º, da lei 9099/95, o documento de citação expedido pela Secretaria, conterá: cópia do pedido inicial; dia e a hora para comparecimento em juízo; a advertência de que, não comparecendo o réu, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será proferido julgamento, de plano. Se o réu estiver em local incerto ou ignorado, não será possível o ajuizamento da ação da lei 9099/95. O autor deverá aforar sua demanda na justiça contenciosa comum. A citação é sempre ato fundamental e obrigatório. O comparecimento espontâneo do réu, porém, supre a ausência ou os defeitos do ato citatório (art. 18, parágrafo 3.º, lei 9099/95). Intimações: As intimações dos atos processuais serão feitas na forma prevista para citação, mas poderão também adotar outro meio idôneo de comunicação (art. 19, lei 9099/95), como o telefone, o fax, o telegrama etc. Assim, depreende-se que, nas intimações, não prevalece o requisito de que o aviso de recebimento postal seja firmado pela parte. Dos atos praticados na audiência, não há intimação propriamente dita pois a lei os considera, desde logo, como da ciência das partes (art. 19, parágrafo 1.º, lei 9099/95). As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação (art. 19, parágrafo 2.º, lei 9099/95). A audiência de conciliação, instrução e julgamento: A atividade de conciliação pode ser confiada ao conciliador, mas a instrutória e decisória é tarefa que a lei 9099/95 reserva à direção do juiz togado ou do juiz leigo, sendo que este último poderá produzir sentença, mas que só será válida com a homologação pelo juiz togado. O não comparecimento do autor é causa de frustração do processo, pois acarreta sua imediata extinção, sem julgamento do mérito (art. 51, inciso I, lei 9099/95). Já a ausência do réu provoca sua revelia e determina que o juiz julgue, de imediato, a lide, reputando como verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do juiz. A sentença deve ser proferida na própria audiência. Presentes as partes, a audiência terá início pela tentativa de conciliação. Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo juiz togado, mediante sentença com eficácia de título executivo (art. 22, parágrafo único, lei 9099/95). Diante do insucesso da conciliação, a lei permite às partes uma segunda modalidade de solução negocial ou convencional, antes de passar ao procedimento judicial contencioso propriamente dito: trata-se da conversão do feito em juízo arbitral (art. 24, lei 9099/95). Fracassada a conciliação e não instalado o juízo arbitral, a audiência prosseguirá, em regra, rumo à instrução e julgamento, na mesma sessão. Somente quando não for possível a imediata coleta das provas reputadas necessárias pelo juiz é que será marcada um nova audiência, cuja realização deverá ocorrer num dos 15 dias subseqüentes, ficando as partes e testemunhas (se presentes) desde logo cientes, sem necessidade de novas intimações (art. 27, parágrafo único, lei 9099/95). Ainda na mesma audiência e uma vez colhida a prova, será proferida a sentença (art. 28, lei 9099/95). Sempre que possível, uma só audiência será de conciliação, instrução e julgamento. Não há julgamento posterior em gabinete, nem tampouco adiamento da audiência para elaboração de memoriais pelas partes. Durante a audiência, todos os incidentes devem ser solucionados de plano, evitando suspensões ou paralisações (art. 29, lei 9099/95). Sobre os documentos apresentados por uma das partes, a outra deverá manifestar-se de imediato, isto é, na mesma audiência (art. 29, parágrafo único, lei 9099/95). A resposta do réu: O réu produzirásua defesa na audiência inaugural do procedimento. Poderá faze-lo em documento escrito ou por manifestação oral, caso em que será tomada por termo. Se houver exceção de suspeição ou impedimento do juiz, deverá ser produzida por escrito, também na audiência, mas o seu processamento será em autos apartados e observará o rito previsto no Código de Processo Civil (arts. 304 a 314), provocando, então, a suspensão do processo principal no Juizado Especial. Toda matéria de defesa, formal e material, admitida no juízo contencioso comum é argüível na contestação da ação da lei 9099/95. Não se admite a reconvenção. Porém, se permite ao réu incluir na contestação pedido contra o autor, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem o objeto da controvérsia. A ação dúplice prevista na lei 9099/95 não chega a confundir-se com a reconvenção, porque seu âmbito é muito menor do que o previsto no Código de Processo Civil para a ação reconvencional. Nesta, fatos novos podem ser colacionados, desde que conexos com a ação originária ou com o fundamento da defesa (art. 315, CPC). No Juizado Especial, o pedido a ser contraposto pelo réu ao autor somente poderá referir-se à matéria compatível com a competência do aludido juízo (valor e matéria) e apenas poderá referir-se aos mesmos limites fáticos do evento descrito na inicial do autor. As provas: Todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei, podem ser utilizados durante a instrução da causa processada no Juizado Especial Cível (art. 32, lei 9099/95) e deverão ser produzidos, em regra, na audiência de instrução e julgamento. Não há necessidade de requerimento prévio e ao juiz são conferidos amplos poderes para limitar ou excluir provas consideradas excessivas, impertinentes ou protelatórias (art. 33, lei 9099/95), bem como para determinar, de ofício, as havidas como necessárias. As testemunhas deverão ser levadas à audiência pela parte, independentemente de intimação. Mas, se lhe convier, poderá requerer, previamente, que sejam intimadas (art. 34, lei 9099/95). O requerimento deverá ser apresentado no mínimo cinco dias antes da audiência (art. 34, parágrafo 1.º, lei 9099/95). A prova oral (depoimento da parte ou de testemunhas) não é reduzida a escrito (art. 36, lei 9099/95). Poderá ser gravada em fita magnética (art. 13, parágrafo 3.º, lei 9099/95). E, ao sentenciar, o juiz deverá referir-se, no essencial, aos informes traduzidos nos depoimentos (art. 36, lei 9099/95). A prova técnica é admissível no Juizado Especial, quando o exame do fato controvertido a exigir. Não assumirá, porém, a forma de uma perícia, nos moldes habituais do Código de Processo Civil. O perito, escolhido pelo juiz, será convocado para a audiência, onde prestará as informações solicitadas pelo instrutor da causa. Se não for possível solucionar a lide à base de simples esclarecimentos do técnico em audiência, a causa deverá ser considerada complexa. O feito será encerrado no âmbito do Juizado Especial, sem julgamento de mérito, e as partes serão remetidas à justiça comum. Outra forma rápida de uso da prova técnica consiste na permissão às partes para apresentação de parecer técnico, obtido extrajudicialmente. A inspeção judicial é medida probatória que a lei 9099/95 autoriza o juiz a adotar, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. Poderá ele delegar a inspeção à pessoa de sua confiança, a quem caberá o relato informal (por escrito ou em audiência) do que houver verificado. A sentença: A sentença no Juizado Especial Cível, como em qualquer outro processo, deverá sempre ser fundamentada (art. 93, inciso IX, CF). A lei 9099/95, no entanto, recomenda que a menção aos elementos de convicção seja feita de forma sucinta, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência (art. 38, "caput", lei 9099/95). Não há necessidade do relatório a que alude o Código de Processo Civil, no art. 458, inciso I. Não se admite sentença condenatória por quantia ilíquida. Ainda que o autor tenha formulado pedido genérico, cumprirá ao juiz apurar o "quantum" e proferir sentença líquida (art. 38, parágrafo único, lei 9099/95). De forma alguma poderá o juiz condenar a parte a prestação que exceda a alçada estabelecida pela lei 9099/95. Se a sentença exorbitar, será havida como ineficaz na parte excedente a 40 salários mínimos. Quando, porém, as partes se compõem, a transação ou conciliação será plenamente eficaz, mesmo atingindo valor maior que a alçada do Juizado. A sentença de mérito é, no sistema da lei 9099/95, ato natural do juiz togado. Quando, todavia, a instrução houver sido dirigida pelo juiz leigo, a este caberá julgar a causa. Esse julgamento, no entanto, não será definitivo, pois deverá ser submetido à consideração e aprovação do juiz togado (art. 40, lei 9099/95). Ao juiz togado a lei atribui a dupla função de: homologar a decisão do juiz leigo; ou negar-lhe aprovação, caso em que proferirá outra. Permite a lei que o juiz titular suspenda a homologação e determine diligência complementar, para coleta de outros elementos de prova reputados necessários à formação de seu juízo definitivo sobre a causa (art. 40, lei 9099/95). Uma vez cumprida a diligência pelo juiz leigo, o togado dará sua palavra final, homologando a decisão daquele ou proferindo sentença própria. Recursos: A propósito das decisões interlocutórias, cabe o agravo sob a forma retida, por invocação supletiva do Código de Processo Civil, já que a lei dos Juizados Especiais Cíveis silenciou-se neste sentido. Quanto ao recurso, a lei 9099/95 previu, de maneira expressa, duas espécies: recurso inominado, manejável contra sentença; embargos de declaração, interponíveis contra a sentença ou o acórdão. A sentença de homologação da conciliação ou do laudo arbitral é irrecorrível. O recurso é dirigido a um órgão recursal próprio do Juizado Especial Cível, composto por três juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição (art. 41, parágrafo 1.º, lei 9099/95), chamado "Turmas de Recurso". Não há hierarquia entre os Tribunais de segundo grau ordinários (de Justiça e Alçada) e as "Turmas de Recurso", de tal sorte que a solução encontrada nos acórdãos destas é final e definitiva. Havendo, porém, ofensa à Constituição Federal, o recurso extraordinário será interponível, em face do art. 102, inciso III, alíneas "a", "b" e "c", CF. Para interpor o recurso e acompanhar o seu julgamento perante a "Turma", as partes devem representar-se por advogado (art. 41, parágrafo 2.º, lei 9099/95). Assim, se vinham atuando pessoalmente, conforme lhes faculta o art. 9.º, terão de constituir advogado se resolverem recorrer ou contra-arrazoar. O recurso inominado deve ser interposto no prazo de 10 dias, contados da ciência da sentença, o que deve ocorrer na própria audiência. Não há gratuidade na fase recursal, salvo na hipótese comum de assistência judiciária. Dentro de 48 horas da interposição, o recorrente deverá realizar o preparo das custas respectivas, sob pena de deserção (art. 42, parágrafo 1.º, lei 9099/95). Ao recorrido, é assegurado o prazo de 10 dias para responder ao recurso do adversário, prazo que será contado a partir de sua intimação (art. 42, parágrafo 2.º, lei 9099/95). Aliás, conforme o art. 45 da lei 9099/95, as partes serão intimadas da data da sessão de julgamento, de acordo com qualquer das formas do art. 18 da mesma lei. O recurso instituído pela lei do Juizado Especial Cível somente tem efeito devolutivo, em regra. O juiz, porém, ao admiti-lo, pode conferir-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte (art. 43, lei 9099/95), que a execução provisória do julgado pudesse ocasionar. Se o recurso já se encontrar em segundo grau, o efeito suspensivo poderá ser requerido ao relator. Para melhor esclarecimento do recurso, qualquer das partes poderá requerer a transcrição da fita magnética onde se encontram os depoimentos e demais fatosocorridos na audiência. O requerente arcará com as despesas da diligência. O acórdão não dependerá de lavratura e publicação oficial, como ocorre nos Tribunais ordinários. Haverá apenas uma ata, onde o processo será identificado e se lançarão, de forma sucinta, a fundamentação e a parte dispositiva. Nos casos de confirmação da sentença por seus próprios fundamentos, estes não deverão ser repetidos na ata. Bastará a súmula do julgamento para produzir os efeitos do acórdão (art. 46, lei 9099/95). Quanto aos embargos de declaração, cabíveis contra a sentença de primeiro grau ou o acórdão da Turma Julgadora, o art. 49 da lei 9099/95 permite que eles sejam manejáveis por meio de petição escrita ou oralmente, na hipótese, por exemplo, de sua interposição em audiência; no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. Extinção do processo: São casos de extinção com julgamento de mérito: a homologação da conciliação; a homologação do laudo arbitral; a sentença de acolhimento ou rejeição do pedido, proferida pelo juiz togado ou redigida pelo juiz leigo e homologada pelo titular do juizado. As duas primeiras são irrecusáveis e a última sujeita-se ao recurso inominado, dentro do próprio âmbito do Juizado Especial. São casos de extinção sem julgamento de mérito (art. 51, lei 9099/95): quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo (inciso I); quando se verificar a inadmissibilidade da ação, por exemplo, por envolver matéria incompatível com a competência do Juizado Especial ou por assumir complexidade que só a jurisdição ordinária comporta (inciso II); quando for acolhida a exceção de incompetência territorial: os autos não são remetidos a outro juízo, diversamente do que se passa no código de Processo Civil. O processo simplesmente se extingue. Se a parte desejar continuar a demanda, terá de propô-la novamente perante o juizado competente. quando, por fato superveniente, o direito disputado passar a titularidade de incapaz, massa falida, insolvente civil ou Pessoa Jurídica (inciso IV); quando, falecido o autor, a habilitação depender de sentença ou não se der no prazo de trinta dias: com a morte do sujeito ativo, o processo ficará suspenso por trinta dias para que seus herdeiros possam habilitar-se. Se tal não se der, ocorrerá a extinção do processo sem julgamento de mérito (inciso V); quando, falecido o réu, o autor não promover a citação dos sucessores no prazo de trinta dias da ciência do fato (inciso VI). As despesas processuais no Juizado Especial Cível: Por força do art. 55 da lei 9099/95, a sentença de primeiro grau condenará o vencido em custas e honorários de advogado nos casos de litigância de má-fé. Também pagará as custas o autor que deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo e não comprovar que sua ausência decorreu de força maior, acorde com o parágrafo 2.º do art. 51 da lei 9099/95. Neste último caso, como já se observou, o processo se extinguirá sem julgamento de mérito. Em outros casos, não será o vencido condenado ao pagamento das custas e honorários advocatícios, pois não há aqui o princípio da sucumbência. Havendo recurso, porém, caberá ao recorrente suportar as respectivas despesas, não só as do recurso propriamente dito, mas também as do processo, pelo seu andamento em primeiro grau, que não foram até então exigidas, salvo se estiver sob o pálio da assistência judiciária. Acordos extrajudiciais: Prevê o art. 57 da lei 9099/95 que o acordo extrajudicial, de qualquer natureza ou valor, pode ser homologado, no juízo competente, independentemente de termo, para valer a sentença como título executivo judicial. Ação rescisória: A lei 9099/95 exclui, expressamente, a ação rescisória do âmbito das causas julgadas no Juizado Especial (art. 59, lei 9099/95). Restará, contudo, a possibilidade de ação ordinária de nulidade ("querella nullitatis"), quando configurada a sentença nula ou a sentença inexistente. Disposições finais sobre a organização dos Juizados Especiais: Nas suas "Disposições Finais", a lei 9099/95 baixou algumas regras importantes sobre a implantação dos Juizados Especiais, quais sejam: caberá à lei estadual dispor sobre o sistema de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua organização, composição e competência (art. 93, lei 9099/95); para melhor cumprir a missão específica dos Juizados, os serviços de cartório poderão ser prestados e as audiências realizadas fora da sede da comarca, em bairros ou cidades a ela pertencentes, ocupando instalações de prédios públicos, de acordo com audiências previamente anunciadas (art. 94, lei 9099/95); os Estados, o Distrito Federal e os Territórios criarão e instalarão os Juizados Especiais no prazo de seis meses, a contar da vigência da lei 9099/95. ARTIGO 52 NOVA LEI SOBRE EXECUÇÕES DISPOSIÇÕES A execução da sentença processar-se-á no próprio Juizado, aplicando-se ao que couber, o disposto no Código de Processo Civil, com as seguintes alterações: Observação : A execução deverá ser feita na forma prevista no Código Civil nos termos dos artigos 646 e 679 (consultar). I - As sentenças serão necessariamente líquidas contendo a conversão em Bônus do Tesouro Nacional - B.T.N ou índice equivalente. Observação : O B.T.N. foi extinto. Então os cálculos da liquidação da sentença deverão ser convertidos ao valor à época da extinção e atualizados. BTN - Significa "Bônus do Tesouro Nacional". Para entendermos o assunto de forma mais simples, vamos verificar o que é bônus. Bônus - É a expressão utilizada para indicar todo título ou documento passado por alguém, no qual, assume o compromisso de pagar em dinheiro ou em mercadorias, a pessoa a quem foi dado, o valor declarado. Bônus do Tesouro - Denominação dada ais títulos emitidos pelo governo de um país, representativos de empréstimos internos autorizados, a prazo curto, em regra para pagamento dentro do próprio exercício de sua emissão. Função do Bônus - Prover o erário público de recursos, já previstos em Lei Orçamentária. Apesar de ser um operação financeira transitória e breve, as vezes é autorizada em caráter mais longo, para auxílio a indústria, ao comércio e serviços relacionados ao serviço público. CONTRATOS COM FORÇA DE TÍTULO EXECUTIVO Título executivo é a qualificação dada a todo título, em que se inscreve um crédito, ou onde há uma soma pecuniária exigível, a qual se atribui força executória, em virtude de que, por ação própria (executiva ou execução), poder-se-á proceder inicialmente à penhora de bens, se o devedor não paga ou não cumpre a obrigação, dentro do prazo regulamentar. São títulos executivos os títulos de dívida líquida ecerta, que se encontram vencidas e portanto exigíveis (devem ser pagos). Exemplos de Títulos Executivos : Letras de Câmbio, Notas Promissórias, Duplicatas devidamente aceitas ou reconhecidas. Quando estes documentos são aceitos ou reconhecidos, podem ser realizadas ações executivas contra os devedores diretos e coobrigados. Casos estes títulos não estiverem aceitos, não terá a qualidade de títulos executivos ou executórios. Conhecimento de Transporte - Indica-se assim , o título que é passado pelo transportador ou condutor de mercadorias ou objetos, e entregue ao carregador ou consignante, como prova de contrato de transporte. O conhecimento dos transportes, assinala vários nomes indicativos dos meios utilizados. Exemplos : 1) Marítimo - quando a mercadoria é transportada por mar. 2) Ferroviário - quando por ferrovia 3) Aéreo - por avião. Observação : A Lei não permite que as pessoas jurídicas proponham qualquer ação ou execução através do jurado especial cível. II - Os cálculos de conversão de índices de honorários, de juros e de outras parcelas serão efetuados por servidor judicial. Este cálculos serão realizados por servidores preparados para tais tarefas, visando a facilitaro acesso do povo aos seus direitos, dispensando inclusive a realização de cálculos mais complicados, que são dificultosos para muitas pessoas. Por essa razão os cálculos de conversão de índice de juros e de outras parcelas, serão realizados por servidores judiciais, em conformidade com a Lei. III- A intimação da sentença será feita, sempre que possível, na própria audiência em que for proferida. Nesta intimação, o vencido será instado a cumprir a sentença tão logo ocorra o seu trânsito em julgado, e advertido dos efeitos do seu descumprimento. (verificar inciso V). A função do Juizado Especial Cível, através do processo sumaríssimo, é julgar as causas com a maior simplicidade e brevidade possível. Portanto, já na audiência quando é proferida a sentença pelo Juiz, o devedor já será intimado e advertido a pagar a dívida, assim que a decisão transitar em julgado. Nesta intimação o vencido, será solicitado que cumpra com urgência suas obrigações, assim como será também advertido sobre o seu descumprimento, sendo informado que o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da mesma em perdas e danos, arbitrada imediatamente pelo Juiz, seguindo-se a execução por quantia certa, na qual estará incluída a multa de obrigação de dar. Execução por Quantia Certa - É uma modalidade de execução forçada, que tem por finalidade expropriar bens do devedor, afim de satisfazer o direito do credor. Esse tipo de execução, consiste em alienação de bens (penhora, adjudicação, usufruto do imóvel ou empresa). Obrigação de Dar - É aquela que consiste em um dever positivo de entregar coisa móvel ou imóvel, certa ou incerta. Ex: A que se verifica na venda, na doação, etc. Sintetizando, o que a Lei impõe, é que o devedor se empenhe em pagar o mais rapidamente possível, pois caso não o faça, haverá agravamento de seu débito, com multa indenizatória arbitrada pelo Juiz, multa essa que já será incluída na execução IV- Não cumprida voluntariamente a sentença transitada em julgado, e tendo havido solicitação do interessado, que poderá ser verbal, proceder-se-á desde logo a execução dispensada nova citação; Desnecessária será a citação do devedor para sua execução, pois na própria audiência em que foi condenado, foi lhe solicitado a efetuar o pagamento com urgência e advertido das consequências do descumprimento da obrigação. O Juiz então, determinará que seja realizada a penhora dos bens do devedor, nos termos do artigo 659 e 679 do CPCi V - Nos casos de obrigação de entregar, de fazer, ou de não fazer, o Juiz na sentença ou na fase de execução cominará multa diária, atribuída de acordo com as condições econômicas do devedor, para a hipótese de inadimplemento. Não cumprida a obrigação, o credor requererá a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz de imediato arbitrará, seguindo-se a execução por quantia certa, incluída a multa vencida de obrigação de dar, quando evidenciada a malícia do devedor na execução do julgado. O Juiz na sentença ou na fase de execução, caso o devedor esteja demorando para pagar, arbitrará multa indenizatória diária, de acordo com as possibilidades financeiras do devedor, caso ocorra a hipótese de inadimplemento. Todavia, se não for cumprida a obrigação por parte do devedor, o credor poderá requerer a elevação da multa ou a transformação da condenação em perdas e danos, que o Juiz arbitrará imediatamente seguindo-se a execução por quantia certa. VI- Na obrigação de fazer, o Juiz pode determinar o cumprimento por outrem, ficando o valor que o devedor deve depositar para as despesas, sob pena de multa diária. VII - Na alienação forçada dos bens, o Juiz poderá autorizar o devedor, o credor ou a terceira pessoa idônea a tratar da alienação do bem penhorado, a qual se aperfeiçoará em juízo até a data fixada para a praça ou leilão. Sendo o preço inferior ao da avaliação as partes serão ouvidas. Se o pagamento não for a vista, será oferecida caução idônea, nos casos de alienação do bem móvel, ou hipotecado o imóvel. Evidentemente poderá haver concordância ou discordância entre as partes que nessas circunstâncias serão ouvidas, caso o preço seja inferior ao da avaliação. A venda do bem penhorado, poderá até ser realizada à prazo, havendo neste caso necessidade de garantia. Se o bem for móvel, será oferecida uma caução idônea (caução cujo valor corresponde o valor do bem). Se o bem for imóvel, então a garantia será sua hipoteca. VIII - É dispensada a publicação de editais em jornais, quando se tratar de alienação de bens de pequeno valor. É claro que em se tratando de bens de pequeno valor, é recomendável até que não se publique o edital do leilão em jornais, pois o preço dos anúncios são caríssimos. É claro que se o edital não for publicado o número de pessoas que comparecerem ao leilão poderá ser diminuto, diminuindo também a disputa e oferta dos lances pelo bem em leilão, como diminuindo também a possibilidade do bem ser arrematado por um preço maior. IX - O devedor poderá oferecer embargos, nos autos da execução, versando sobre: a) falta ou nulidade da citação no processo, se ele correu à revelia; b) manifesto excesso de execução; c) erro de cálculo; d) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença. A Lei concede a todo devedor o direito de se defender mesmo diante de um processo de execução, até mesmo porque, o princípio da ampla defesa é assegurado pelo Constituição. A defesa deverá ser feita por meio de embargos, que são limitados pela Lei. Portanto, o devedor deverá valer-se do embargo nas seguintes situações: 1) Falta ou nulidade da citação no processo; 2) se o processo correu à revelia; 3) manifesto excesso de execução (ocorrerá excesso se o credor estiver cobrando mais do que tem direito a receber) erro de cálculo; 4) causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, superveniente à sentença. Essas causas referem-se às dívidas pagas, prazos prescritos, acordo entre devedor credor, etc. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRA JUDICIAL Os títulos executivos extrajudiciais são definidos pelo Código de Processo Civil. ARTIGO 585 / CPCI São títulos executivos extrajudiciais I - A Letra de Câmbio, a Nota Promissória, a Duplicata, o Debênture e o Cheque. Debênture - É uma espécie de título de crédito. Na terminologia jurídica brasileira, foi adotada especialmente para designar a obrigação ao portador, ou título ao portador, representativo de empréstimo em dinheiro feito por uma sociedade comercial. O debênture, contém uma promessa de pagamento ao portador e se distingue de qualquer outro título de crédito, visto que, é resultado de empréstimos que é feito pela sociedade comercial, que se entende devedora da obrigação que nela constar. Os debêntures só podem ser emitidos por Sociedades Anônimas (S/A ) ou em Comandita. II - A Escritura Pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores. III - Os Contratos de Hipoteca, de Penhor, de Anticrese (vide vocabulário complementar) e de Caução, bem como de Seguro de Vida e de Acidentes Pessoais de que resulte morte ou incapacidade. IV - O crédito decorrente se for Laudêmio, Aluguel ou Renda de Imóveis, desde que comprovado por contrato escrito. Laudêmio - Do Latim "Laudare" (aprovar) Prêmio ou compensação que o foreiro paga ao senhorio direto quando há alienação do respectivo prédio. Foreiro ou enfiteuta é a denominação que se dá ao titular do domínio útil. Enfiteuse do grego (significa - melhorar o solo) e do Latim, significa, arrendamento. Este contrato é também chamado de aforamento. A anfiteuse é um contrato bilaterale oneroso, no qual, por ato de intervivos ou por disposição de última vontade, o proprietário do imóvel confere perpetuamente a outrem, o domínio útil deste, mediante o pagamento de uma pensão anual e invariável denominada foro, por isto o contrato é chamado de aforamento. A anfiteuse por ser um contrato perpétuo, não se confunde com o arrendamento. V - O crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial VI - A Certidão de Dívida Ativa da Fazenda Publica da União, Estado, Distrito Federal, Território e Município, correspondente aos créditos inscritos na forma da Lei. Obs : Este título executivo extrajudicial não autoriza a execução no Juízo Especial Cível, que não tem competência nem para julgar , nem para executar as causas em que a Fazenda Pública tem interêsse. VII - Todos os demais títulos, a que, por disposição expressa , a lei atribuir força executiva. ARTIGO 53 A execução de título executivo extrajudicial no valor de até 40 (quarenta) salários mínimos obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei. Conforme o disposto neste artigo, o Juizado Especial Cível, tem competência para proceder a execução de todos os títulos executivos extrajudiciais, até o valor máximo de 40 (quarenta) salários mínimos, conforme as normas estabelecidas pelo Código de Processo Civil. (artigos 646 e 679). É bom lembrar que o Juizado Especial Cível não permite que pessoas jurídicas através dele proponham qualquer ação ou execução. Contudo, admite que pessoas físicas promovam perante o Juizado Especial Cível a execução de Notas Promissórias, Cheques, Duplicatas, por exemplo, contra uma Pessoa Jurídica. As regras do Código Civil artigos 646 a 679 aos quais já nos referimos apresentam as seguintes modificações: § 1o - Efetuada a penhora o devedor será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá oferecer embargos (art. 52, IX), por escrito ou verbalmente. O oficial de justiça ao fazer a penhora, intima também o devedor a comparecer à audiência, uma vez que esta já foi designada pelo Juiz ao receber a petição do credor, assim como também determinou a realização da penhora e a intimação do devedor. Durante a audiência, o devedor poderá apresentar seus embargos na forma de uma peça escrita ou mesmo verbalmente, relatando ao Juiz as razões de suas discordâncias. O direito de ampla defesa assegurado pela Constituição dá ao devedor a oportunidade de defender-se também no processo de execução. É importante ressaltar que a Lei limita a possibilidade de embargo, conforme abaixo descritas: 1) Falta ou nulidade da citação no processo, se o processo correu à revelia havendo a condenação do réu. 2) Manifesto excesso de execução (quando o credor está cobrando mais do que tem direito a receber). 3) Erros cometidos no cálculo das contas, que, quando percebidos devem ser reclamados. 4) Causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação superveniente a sentença : Dívida paga ou prescrita ou se foi realizado algum outro acordo posterior com o credor. § 2o - Na audiência será buscado o meio mais rápido e eficaz para a solução do litígio, se possível com dispensa da alienação judicial, devendo o conciliador propor, entre outras medidas cabíveis, o pagamento do débito a prazo ou a prestação, a doação em pagamento ou a imediata adjudicação do bem penhorado. O objetivo da audiência é conciliar devedor e credor facilitando assim a solução da questão. § 3o - Não apresentados os embargos em audiência, ou julgados improcedentes, qualquer das partes poderá requerer ao Juiz a adoção de uma das alternativas do parágrafo anterior. §4o - Não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao autor. Caso o devedor não for encontrado, o credor deve receber de volta os documentos, para que promova a execução através do Juízo Comum, isto se o credor possuir bens. Se o devedor for encontrado, mas não tiver bens para penhorar, então o oficial de justiça certificará ao Juiz, que irá declarar a incompetência do Juizado Especial Civil determinando a devolução dos documentos ao exeqüente para que tome outras providências. CAUÇÃO ARTIGO 826 DA CAUÇÃO A Caução pode ser Real ou Fidejussória. Caução Real - É a hipoteca, o penhor, a anticrese e o depósito de títulos de crédito como outros títulos e valores mercantis, os depósitos judiciais em garantia feitos em dinheiro ou em outros bens móveis ou imóveis. Caução Fidejussória - São as de caráter pessoal, e seu exemplo maior é a fiança. Pode ser também a cessão ou promessas de cessão condicional de créditos ou direitos de outra natureza. A caução deve ser suficiente para suprir o valor pleiteado, com certa margem de segurança, por causa da desvalorização quando da execução da garantia. A de natureza pessoal exige ainda a idoneidade do prestador. O bem dado em caução tem que ter natureza de ser disponível e penhorável, se necessário. ARTIGO 827 tipo de caução Quando a lei não determinar a espécie de caução, esta poderá ser prestada mediante depósito em dinheiro, papéis de crédito, títulos da União ou dos Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança. ARTIGO 828 quem pode prestar caução A caução pode ser prestada pelo próprio interessado ou por terceiro. ARTIGO 829 citação do favorecido pela caução Aquele que for obrigado a dar caução requererá a citação da pessoa a favor de quem tiver de ser prestada, indicando na petição inicial: I - o valor a caucionar; II - o modo pelo qual a caução vai ser prestada; III - a estimativa dos bens; IV - a prova da suficiência da caução ou da idoneidade do fiador. Quem presta a caução, é o único interessado em dar esta garantia, porque poderá, mediante ela, na grande maioria das vezes, exercer (ou afastar) algum direito, pretensão ou ação. Caso o caucionador rejeite o beneficiário da caução, se recusando a recebê-la ou esteja querendo uma caução de valor maior do que o devido, o caucionador poderá mover uma ação para cumprir com essa sua obrigação. Nestas circunstâncias, o advogado do caucionador apresentará uma petição em juízo esclarecendo os motivos pelos quais a caução foi rejeitada, ressaltando a sua obrigação de prestar a caução requerendo ainda a citação da pessoa a favor de quem será prestada a caução, para que ela tome conhecimento do processo e exercite seu direito de defesa. Nesta petição inicial deverá estar relacionado o valor da caução, o tipo "dinheiro, jóias, etc ", o valor estimativo desses bens deverão ser submetidos a comprovação para se verificar se os valores são suficientes para cobrir riscos e danos. Caso a caução for fidejussória, deverá ser comprovada a idoneidade do fiador, isto é, se ele tem bens para pagar os riscos de danos e indenização. ARTIGO 830 citação do obrigado a prestar caução Aquele em cujo favor há de ser dada a caução requererá a citação do obrigado para que a preste, sob pena de incorrer na sanção que a lei ou o contrato cominar para a falta. A prestação de caução reclama processo cautelar em separado, sendo que os autos do procedimento cautelar serão anexados aos do processo principal. Cumpre ao autor colocar na petição inicial a cominação da pena pecuniária para o caso de descumprimento da sentença. O artigo é claro, pois o beneficiário da caução tem o dever de exigir que o devedor preste a devida caução. ARTIGO 831 prazo para prestar caução O requerido será citado para, no prazo de 05 (cinco dias, aceitar a caução (art. 829), prestá-la (art. 830) ou contestar o pedido. Este prazo conta-se a partir da juntada do mandado de citação devidamente cumprido. ARTIGO 832 sentença O Juiz proferirá imediatamente a sentença:I - se o requerido não contestar; II - se a caução oferecida ou prestada for aceita; III - se a matéria for somente de direito ou, sendo de direito e de fato, já não houver necessidade de outra prova. A aceitação da caução oferecida ou prestada, implicará em reconhecimento da procedência do pedido e o Juiz deve imediatamente dar a sentença, extinguindo o processo com julgamento do mérito. A matéria de direito aqui informada, liga-se ao dever ou obrigação de prestar caução. Em certos casos, torna-se necessária a prova pericial, caso haja necessidade de outra prova. ARTIGO 833 AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO Contestado o pedido, o Juiz designará audiência de instrução e julgamento, salvo o disposto no nº. III do artigo anterior. Audiência de Instrução e Julgamento É um ato processual público, presidido pelo Juiz, onde se instrui, discute e decide a causa. A Audiência de Instrução e Julgamento é aquela em que o Juiz entra em contato com as partes para ouvi-la, tomando os depoimentos pessoais do autor e do réu. O Juiz ouve também os peritos e testemunhas, e dirige o debate entre os advogados das partes. Durante a audiência são apresentadas as provas de natureza oral e completam-se outras provas. A audiência possibilita também a conciliação das partes. Encerrada a audiência, o Juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 dias. ARTIGO 834 prazo para a caução DETERMINADA PELO JUIZ Julgando procedente o pedido, o Juiz determinará a caução e assinará o prazo em que deve ser prestada, cumprindo-se as diligências que forem determinadas. Parágrafo único. Se o requerido não cumprir a sentença no prazo estabelecido, o Juiz declarará: I - no caso do art. 829, não prestada a caução; II - no caso do art. 830, efetivada a sanção que cominou. Ao acolher o pedido de caução, o Juiz determina o valor, o modo e o prazo pelo qual vai ser prestada a garantia. No caso do artigo 829, se a ação foi promovida pelo devedor da caução e tendo sido autorizado o seu depósito pelo Juiz, caso tal depósito não seja efetuado então a caução será considerada como não tendo sido prestada. No caso do artigo 830, se ação foi promovida pelo credor da caução, sendo julgada procedente a ação, caso o devedor não preste a caução ordenada pelo Juiz na sentença, será então efetivada a sanção correspondente a infração ou falta do cumprimento da determinação do Juiz. ARTIGO 835 autor estrangeiro ou nacional O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil e dele se ausentar na pendência da demanda, prestará, nas ações que intentar, caução suficiente às custas e honorários de advogado da parte contrária, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. Autor no sentido do texto, é quem toma a iniciativa do processo judicial. Caso o autor, seja ele brasileiro ou estrangeiro, que resida fora do Brasil ou ausentar-se durante uma demanda em pendência, deverá prestar, nas ações que intentar, caução suficiente para pagar custas e honorários de advogados da parte contrária. Entretanto, a caução só será prestada, caso o autor não possua bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. Estes bens, contudo, deverão ter valor suficiente para pagamento dos ônus processuais. ARTIGO 836 não exigência da caução no artigo anterior Não se exigirá, porém, a caução de que trata o artigo antecedente: I - na execução fundada em título extrajudicial; II - na reconvenção. Reconvenção - É a ação proposta pelo réu contra o autor do mesmo feito e juízo em que é demandado. Em outras palavras, reconvenção é a ação proposta pelo réu contra o autor da ação movida contra ele. É um contra-ataque do réu. Este, demandado em juízo e tendo direito de ação que vise modificar ou excluir o pedido do autor, poderá, na próxima contestação, propor uma ação contra esse último. O réu entretanto não pode, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem. Oferecida a reconvenção, intima-se o autor que pode impugná-la no prazo de cinco dias. A desistência da ação não obsta ao prosseguimento da reconvenção. Julgam-se na mesma sentença a ação e a reconvenção. Interessante observar que há uma inversão nas posições do processo, pois, o réu na petição inicial passa a ser o autor da reconvenção (reconvinte), e o autor na inicial torna-se réu (reconvindo). A reconvenção não é admitida nos seguintes casos : a) Relativas ao Estado e capacidade das pessoas, salvo as de desquite e anulação de casamento; b) de alimentos; c) de depósito; d) executivas; e) que versarem sobre imóveis ou direitos a ele relativos; f) que tiverem processo diferente do determinado para o pedido que constituir o objeto da reconvenção. A caução não será exigida na execução fundada em título extra judicial (duplicata, nota promissória, cheque etc.), porque este documento por sí só traduz a existência de uma pretensão real por parte do autor. Também na reconvenção, não será exigida caução pois neste caso o autor (nacional ou estrangeiro) é quem está entrando com a reconvenção e portanto não precisará prestar caução, pois o autor está apenas respondendo a uma pretensão daquele que moveu a ação contra ele. ARTIGO 837 reforço da caução Verificando-se no curso do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução. Na petição inicial, o requerente justificará o pedido, indicando a depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter. Pode ser informada também a valorização do bem dado em garantia e a importância do reforço (ou redução) pretendido. Na eventualidade de ocorrer a diminuição de valor do bem dado em caução, tal valor não estará garantindo os fins para os quais a caução foi feita. Neste caso a parte interessada poderá solicitar ao Juiz que seja reforçada a garantia, isto é, que outros bens sejam caucionados para restabelecer o valor inicial da caução. ARTIGO 838 PRAZO PARA REFORÇO DA CAUÇÃO Julgando procedente o pedido, o Juiz assinará prazo para que o obrigado reforce a caução. Não sendo cumprida a sentença, cessarão os efeitos da caução prestada, presumindo-se que o autor tenha desistido da ação ou o recorrente desistido do recurso. Em casos de pedido de reforço da caução, o Juiz achando procedente o pedido, proferirá uma sentença acolhendo ou não o pedido de reforço. Neste segundo caso, o Juiz fixará um prazo para que o caucionador reforce a caução BUSCA E APREENSÃO ARTIGO 839 DA BUSCA E APREENSÃO O Juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoa ou de coisa. Busca e Apreensão - É a diligência policial ou judicial que tem por fim procurar coisa ou pessoa que se deseja encontrar, para traze-la à presença da autoridade que a determinou. Nem sempre a busca vem só. É parte dela a apreensão, que é conseqüência do encontro daquilo que se procura. A busca e apreensão em geral é de natureza criminal, mas, por vezes é medida que se admite em Direito Civil e Comercial, para trazer a coisa à custódia do juízo, onde se discute quanto ao direito sobre elas. Contra repartições públicas não se autoriza o pedido de busca e apreensão, sendo aí, se necessário apreensão, apresentar requisição ao chefe da repartição. ARTIGO 840 JUSTIFICATIVA PARA BUSCA E APREENSÃO Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado. É necessário que na petição inicial estejam bem esclarecidas as razões do conhecimento, de que tal pessoa ou coisa esteja em tal lugar. O endereço ou descrição rica de detalhes devem estar na petição, para que o Juiz tenha seu convencimento reforçado e seguro para concordar com o pedido de busca e apreensão. O destino para onde deve ser levada a pessoa ou coisa também tem que estar no mandado a ser executado pelo oficial de justiça. ARTIGO 841 JUSTIFICAÇÃOPRÉVIA A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá: I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência; II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar; III - a assinatura do Juiz, de quem emanar a ordem. Segredo de Justiça - Quer dizer que a audiência não pode ser pública, pois poderia acarretar a mudança de lugar da pessoa ou coisa, dificultando ou impedindo a apreensão. O mandado deverá estar bem informado para que o oficial de justiça possa realizar a procura e apreensão. Poderá haver apreensão de animais também. ARTIGO 842 CUMPRIMENTO DO MANDADO O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas. § 1º. Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada. § 2º. Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas. § 3º. Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o Juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois (2) peritos, aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação, antes de ser efetivada a apreensão. O mandado já deve ter a ordem de arrombamento, se necessário. Os oficiais de justiça poderão recorrer à ajuda da força policial, se houver resistência, e lavrarão o respectivo auto, realizando prisões. Uma via do auto será entregue ao escrivão do cartório do processo, e a outra, à autoridade policial, a quem entregarão o preso, ou os presos. O arrombamento das portas e o ingresso dos oficiais de justiça em cumprimento ao mandado judicial, constituem uma exceção ao princípio da inviolabilidade do lar, assegurado pelo inc. XI do art. 5º. da Constituição Federal. Deve, antes de tais atitudes, que os oficiais de justiça façam valer sua autoridade, procurar convencer o réu por meios de persuasão. As testemunhas assinarão o auto de busca e apreensão. Os peritos confirmarão ou não, a ocorrência de violação antes de cumprida a apreensão, fazendo com que o que seja apreendido seja realmente o que se deve e não outro. ARTIGO 843 AUTO CIRCUNSTANCIADO Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as testemunhas. Na tecnologia jurídica denomina-se auto o termo judicial que documenta as atividades do Juiz, dos peritos, avaliadores e partes, bem como os outros serventuários da justiça, quando estas atividades se realizam fora dos auditórios e dos cartórios. O auto assemelha-se a um relatório, onde as várias atividades deverão ser reguladas. Auto Circunstanciado - É aquele que narra as circunstâncias ocorridas para o cumprimento do mandado. O auto deve ser elaborado, mesmo que o mandado não seja cumprido, pelo fato de não ter sido encontrada a coisa ou a pessoa procurada. Deve ser assinado pelo menos por duas testemunhas e pelos oficiais de justiça. LEI FEDERAL nº. 6830, DE 22.09.1980 ARTIGOS 8º. AO 15º. Esta Lei é Federal pois foi regulada pela União Federal, e diz respeito às Execuções Fiscais, também conhecida por LEF (Lei das Execuções Fiscais). Somente a dívida ativa da União, Estados e Municípios e de suas respectivas autarquias (forma descentralizada da ação estatal, criadas por lei, com patrimônio próprio e atribuições estatais específicas) e se auto-administra através de nomeados pelo próprio Estado. É pessoa jurídica de direito público interno administrativo. Em Direito Processual Civil vimos que quando alguém tem um título, como por exemplo, um cheque ou uma nota promissória, esta pessoa pode ingressar com a cobrança direta destes títulos por meio da execução. O Poder Público, "Fisco", quando tiver um crédito tributário (impostos, taxas e tributos em geral), pode constituir o seu próprio título de crédito, emitindo o documento que o autorizará cobrar diretamente o devedor, ou seja executá-lo. Para isto, o Poder Público, efetua a inscrição ou registro da Dívida Ativa (seu crédito) e extrai uma certidão, ou seja, um documento legítimo que representará a dívida, e com ele executará o devedor. ARTIGO 8º. CITAÇÃO DO DEVEDOR FISCAL O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução, observadas as seguintes normas: I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer de outra forma; Este inciso dispõe que qualquer devedor deverá ser citado pelo Correio, mediante determinação do Juiz que recebeu a petição inicial, requerendo a cobrança da dívida por parte do Poder Público. Para tanto, o Juiz ordenará que se envie uma carta ao devedor cientificando-o de que goza do prazo de apenas 5 (cinco) dias para saldar seu débito tributário para com o "Fisco". Acompanhando esta carta, será enviada outrossim, uma cópia do pedido de cobrança pelo "Fisco" II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado; ou se adata for omitida, no aviso da recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal; III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou edital; "Aviso de Recepção"- significa "recibo de correspondências assinado pelo destinatário". Caso o Correio não devolva o aviso de recepção ou de recebimento da carta, então a citação será feita por oficial de justiça, ou seja, será expedido um mandado de citação e o oficial de justiça procurará pessoalmente o devedor, comunicando a ele que tem o prazo de 5 (cinco) dias para pagar a dívida e outros encargos. IV - o edital de citação será afixado na sede do juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exequente, o nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição no registro da Dívida Ativa; o prazo e o endereço da sede do juízo; § 1º. O executado ausente do país será citado por edital, com prazo de 60 (sessenta) dias. § 2º. O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição. Todo direto tem um prazo de validade para ser exercitado "o direito não socorre os que dormem". Superado esse prazo para o exercício do direito, este é prescrito. O prazo para o exercício desse direito, inicia-se a partir do dia em que puder ser exercitado. Em regra esse prazo é de 5 (cinco) anos, a partir do qual prescreve. Esta prescrição no entanto, fica interrompida a partir do despacho do Juiz, ordenando a citação, interrompendo assim a prescrição, salvaguardando o poder público de exercitar o seu direito. O sinal indicador de que o Poder Público está colocando em prática seu direito, é o mandado de citação do executado determinado pelo Juiz. A falta de citação do devedor fiscal, como de qualquer outro devedor em qualquer processo judicial, gera a nulidade do processo. A citação tem o objetivo de chamar o devedor no processo de execução, para pagar ou ficar sujeito à execução forçada pelos meios legais. Se o devedor não pagar e nem indicar bens à penhora, o oficial de justiça com mandado judicial, comparecerá ao local e fará a penhora em tantos bens quantos forem necessários para satisfação da dívida, nomeando depositário para estes bens. Se o devedor apresenta bens à penhora, o Juiz ouve a parte contrária e se este concordar, aceita a indicação dos bens, nomeia o devedor depositário fiel através do termo de compromisso que é prestado em cartório pelo devedor. Mesmo ocorrendo as situações acima,o devedor pode em 10 dias contados da penhora feita, entrar com o recurso de Embargos à Execução Fiscal, para comprovar que a execução é indevida. ARTIGO 9º. GARANTIA DA EXECUÇÃO Em garantia de execução pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão da Dívida Ativa, o executado poderá: I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária; II - oferecer fiança bancária; III - nomear bens à penhora, observada a ordem do art. II; ou IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. § 1º. O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge. Segundo o parágrafo se o devedor não tiver bens para penhorar, poderá pedir a um parente ou amigo que o faça. Caso esses aceitem, e se o bem for imóvel, necessariamente a esposa desse terceiro deverá consentir , o mesmo ocorrendo com a esposa do devedor, caso o bem pertença a este. § 2º. Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros. Conforme o disposto, deverão ser juntados nos autos, os comprovantes daquilo que foi dado como garantia de execução: dinheiro, termo de penhora, se o oficial de justiça penhorou os bens, comprovante de fiança bancária, etc. Com estes documentos inseridos nos autos, qualquer um deles, comprovará que a execução foi garantida pelo devedor. A partir desse ponto, poderá iniciar o litígio objetivando discutir se a cobrança é válida ou não. § 3º. A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança bancária, produz os mesmos efeitos da penhora. § 4º. . Somente o depósito em dinheiro, na forma do art. 32, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora. Qualquer dívida deve ser paga com correção monetária, incluindo aquelas que se referem ao Fisco. Caso entretanto, o devedor realize o depósito da importância cobrada logo de início, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora. Esta importância, segundo determinação do Juiz, será depositada em uma conta bancária com correção monetária. Desta forma, ao final da querela, aquela quantia estará corrigida monetariamente e o credor a receberá atualizada. § 5º. A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições preestabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Aqui dois casos poderão ocorrer, caso o devedor seja vencido no litígio: 1o Deverá pagar a dívida com correção monetária; 2o se for o banco que afiançou a dívida, este deverá na qualidade de fiador além de pagar a dívida, deverá também pagar a correção monetária. § 6º. O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor. Há casos em que o devedor discorda da totalidade do valor cobrado, mas concorda que deve uma parte da dívida, predispondo-se a pagá-la, por julgá-la justa e indiscutível, não concordando porém, em pagar a parte restante. Neste caso, a garantia de execução, fica restrita a parte controversa. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário, se for feito em dinheiro. A garantia da execução é um meio assecuratório, onde o devedor garante o juízo, para depois discutir a dívida. ARTIGO 10º PENHORA Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o art. 9º., a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis. São impenhoráveis: os bens públicos; os bens de família; o produto de espetáculo teatral que seja reservado ao autor da peça; a bandeira nacional desde que não destinada ao comércio (venda); os benefícios dos institutos previdenciários. Os bens de família têm a sua impenhorabilidade, circunstanciada pelos aspectos seguintes: - pode ser argüida na execução fiscal, exceto se a cobrança for relativa a impostos, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; - - - abrange o imóvel próprio do casal ou de concubinato; - os bens móveis que guarnecem a casa; - não compreendem os carros, obras de arte ou enfeites; - só um imóvel único pode ser beneficiado com a impenhorabilidade, e tem que ser o que serve de residência; - se tiverem outros imóveis, o impenhorável será o de menor valor. Se for pessoa jurídica o devedor, os sócios devem ser citados, mas não pode haver penhora dos bens do sócio. Mas se ficar provada a sua ineficiência no gerenciamento, poderá ser penhorado bem como garantia. ARTIGO 11 - LEF A penhora ou arresto de bens obedecerá a seguinte ordem. I - dinheiro; II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV - imóveis ; V - navios e aeronaves; VI - veículos; VII - móveis ou semoventes; e VIII - direitos e ações. §1o - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre o estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, bem como plantações ou edifícios em construção. § 2O- A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de que trata o inciso I do art. 9 § 3o - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, particular, ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta o requerer em qualquer fase do processo. O que podemos observar neste artigo é que há uma preferência no que se refere aos bens que devem ser penhorados em situações que não tenham sido oferecida qualquer garantia por parte do devedor executado. Conforme o §1o somente em casos excepcionais, a penhora poderá recair sobre o estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como plantações ou edifícios em construção, caso o devedor executado não possua qualquer um dos bens enumerados no art.11 e seus incisos. Geralmente, o bem penhorado ficará sob a guarda do próprio devedor executado, não podendo entretanto dispor destes bens quer seja vendendo ou doando-os, pois são bens que, por força da penhora, já estão à disposição da Justiça. Quando o Juiz determinar, estes bens deverão ser entregues ao juízo, pois caso o executado não o faça, será preso na condição de depositário infiel . Conforme o § 3o do artigo em epígrafe o Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito judicial, que tanto poderá ser particular ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta o requerer em qualquer fase do processo, através dos procuradores, quer sejam eles do Estado ou do Município. A permissão para a remoção tem o objetivo de evitar que o bem possa ser deteriorado ou mesmo que o executado mude-se para algum lugar incerto e não sabido, levando esses bens consigo, ficando assim a Fazenda Pública (União, Estados, Municípios, Autarquias, etc.), protegida contra possíveis prejuízos. A GRADUAÇÃO NA EXECUÇÃO FISCAL - Lei 6830 / 80 A ordem de preferência disposta no art. 655 do Código de Processo Civil não é aplicável às ações de execução fiscal, ou seja, s execuções promovidas pela Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal para a cobrança dos créditos tributários conforme as conveniências do Poder Público. Na qualidade de credor, não seria lógico penhorar um estabelecimento comercial, uma vez que pouco teria o Estado a fazer com o Fundo de Comércio, ou penhorar outros bens de pouco interesse para o Estado. Fundo de Comércio - Conjunto de bens corpóreo ou incorpóreos que facilitam o exercício da atividade mercantil. Bens Corpóreos - São aqueles percebidos pelos sentidos, de existência material. Bens Incorpóreos - São aqueles de existência imaterial, de caráter abstrato. Pelo exemplo exposto, pode-se deduzir que na execução final a Fazenda Pública obedeça a uma ordem de penhora, diferente daquela graduação estabelecida no Código de Processo Civíl. ARTIGO 12Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, mediante publicação, no órgão oficial do ato de iuntada do termo ou do auto de penhora. § 1° - Nas comarcas do interior dos Estados, a intimação poderá ser feita pela remessa de cópia do termo ou do auto de penhora, pelo correio, na forma estabelecida no art. 8°, incisos l e 11, para a citação. § 2° - Se a penhora recair sobre imóvel, far-se-á a intimação ao côniuge, observadas as normas previstas para a citação. § 3° - Far-se-á a intimação da penhora pessoalmente ao executado se, na citação feita pelo correio, o aviso de recepção não contiver a assinatura do próprio executado, ou de seu representante legal. ARTIGO 13 O termo ou auto de penhora conterá, também, a avaliação dos bens penhorados , efetuada por quem o lavrar. § 1° - Impugnada a avaliação pelo executado, ou pela Fazenda Pública , antes de publicado o edital de leilão, o Juiz, ouvida a aoutra parte, nomeará avaliador oficial para proceder a nova avaliação dos bens penhorados. § 2° - Se não houver, na comarca, avaliador oficial ou este não puder apresentar laudo de avaliação no prazo de 15 ( quinze) dias, será nomeada pessoa ou entidade habilitada, a critério do Juiz. § 3° - Apresentado o laudo, o Juiz decidirá de plano sobre a avaliação. ARTIGO 14 O oficial de justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a ordem de registro de que trata o art.7°, inciso IV. I - no Ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado. II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veículo. III- na Junta Comercial, na Bolsa de Valores e na sociedade comercial, se forem ações , debênture, parte beneficiária, cota ou qualquer outro título, crédito ou direito societário nominativo. É claro que determinados bens têm registro especial: os automóveis são registrados no DETRAN, os imóveis no registro de imóveis, etc. Sempre que for penhorado um bem que tenha registro especial, onde fica registrada sua propriedade, o Juiz mandará que tais repartições sejam comunicadas da penhora. para impedir que o dono da coisa venha a vendê-la ou que terceiros inocentes venham a comprá-la. Assim, tais terceiras pessoas tomarão conhecimento (lá no registro) que tal bem está penhorado evitando dessa maneira que sejam enganadas. ARTIGO 15 Em qualquer fase do processo, será deferida pelo juiz : l - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança bancária: e II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no art.11, bem como o reforço da penhora insuficiente. Durante o processo de execução, a lei assegura ao devedor executado, substituir o bem que foi penhorado por dinheiro (é do interesse tanto da Justiça como do credor-cobrador (Fisco), pois assim não será necessário ir a leilão pois o bem já foi transformado em dinheiro. À Fazenda Pública, garante também a lei, substituir o bem penhorado por outro: evidentemente. tal substituição tem por finalidade garantir a Fazenda, caso o bem esteja se deteriorando, ou perdendo valor, ou se de difícil venda no comércio (em leilão depois). Se porventura o bem não tiver valor suficiente para pagar a dívida. à Fazenda Pública, solicita-se ao Juiz o reforço da penhora. Será então penhorado mais um outro bem do devedor para garantir a cobrança. QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS ANTERIORES Pitangueiras 01 - Como se efetiva a citação do réu demente: a) Na pessoa do promotor de justiça b) Na pessoa do médico que o assiste c) Na pessoa do curador d) Nenhuma das hipóteses acima 02 - Residindo o réu em endereço certo, mas em país que recuse o comprimento de rogatória, sua citação deverá ser feita: a) Por intermédio das relações exteriores b) Por edital c) Pelo correio d) Por intermédio do Ministério da Justiça 03 - Não havendo preceito legal, nem fixação pelo juiz, o prazo para a prática do ato processual será de: a) 48 horas b) 03 dias c) 05 dias d) 10 dias 04 - O locador que se ausentar do país sem cientificar o locatário sobre seu procurador, será citado: a) Por edital b) Na pessoa do administrador do imóvel c) Na pessoa do parente próximo d) Nenhuma das hipóteses acima 05 - O militar em serviço ativo e que não for encontrado em sua residência, será citado: a) Na unidade que estiver servindo b) Na pessoa de seu superior hierárquico c) Com hora certa d) Nenhuma das hipóteses Gabarito - 1)c 2)b 3)c 4)b 5)a Jundiaí 01 - A intimação ocorrida no Sábado é havida como realizada: a) No próprio Sábado b) Na Segunda-feira c) Na Sexta-feira d) n.d.a 02 - O prazo para embargos começa a correr: a) A partir do dia da intimação da penhora b) A partir do dia da juntada do mandado de intimação na penhora c) A partir do dia da citação d) n.d.a 03 - O prazo para contestar começa a correr: a) A partir do dia da citação b) A partir do dia da juntada do mandado de citação aos autos c) A partir do dia da reconvenção d) n.d.a 04- As formas de citação permitidas no processo civil são: a) Por mandado, por precatória e por edital b) Por mandado, por precatória, por edital e por hora certa c) Por mandado e por edital d) n.d.a 05- Assinale a alternativa errada: "Salvo para evitar perecimento do direito, não se fará citação": a) Aos noivos nos três dias de bodas b) Aos doentes, enquanto grave o seu estado c) À viuva, nos sete dias seguintes ao falecimento do cônjuge d) n.d.a 06 - O oficial de justiça não pode citar: a) O Prefeito, o Presidente da Câmara e o sapateiro b) O Prefeito, o sapateiro e o açougueiro c) O açougueiro, o lixeiro e o demente d) n.d.a Gabarito: 1)b 2)b 3)b 4)d 5)d 6)d Catanduva 01- Assinale a alternativa correta: a) O oficial de justiça deve estar sempre acompanhado de um colega ao efetuar as diligências b) A validade do ato do oficial de justiça depende de duas testemunhas para confirmá-lo c) A validade do ato do oficial de justiça depende de assinatura, na certidão da pessoa citada ou intimada d) O oficial de justiça pontará por fé a intimação de alguém datando e assinando a certidão e) n.d.a 02- A citação por hora certa deve ser feita: a) Ao juíz pela relevância da função que exerce b) Ao réu com data certa para ser ouvido c) Somente quando o juíz autorizar d) Sempre que o oficial de justiça achar rápido 03 - Assinale qual o prazo que a parte tem para promover a citação do réu, após a prolação do despacho que a houver ordenado. a) 48 horas b) 05 horas c) 20 dias d) 15 dias e) n.d.a Gabarito: 1)d 2)n.d.r 3)e Descalvado 01 - A citação é o ato pelo qual se chama ao juízo o réu ou interessado, a fim de se defender. Este instituto é de tamanha importância no contexto processual. Assim somente ao réu pode ser feita a citação? a) Sim, por ser personalíssima b) Não, pode ser ao seu representante legal ou procurador legalmente autorizado c) Não, pode ser feita a esposa ou parente próximo d) n.d.a 02 - A citação válida previne a competência do juízo, induz a litispendencia, faz letigiosa a coisa, constitui o devedor em mora e interrompe a prescrição. Assim em qualquer situação em circunstancia a citação deverá ser feita? a) Em determinadas situações, o ato da citação é deixado para uma ocasião futura mais adequada b) Não, deixa-se citar quando o réu desde logo comunica ao oficial não ser ele responsável pelo ato c) Sim, não existindo qualquer exceção d) Sim, não importando que esteja assistindo culto religioso 03 - A lei prevê três espécies de citação. São elas: a) Com hora certa, pelo correio e por edital b) Pelo oficial de justiça com hora certa e por mandado c) Pelo correio,por oficial de justiça e por edital d) Pelo correio, carta postal em AR e mandado Gabarito: 1)b 2)a 3)c Guarulhos 01 - A citação salvo para evitar o perecimento do direito, não se fará: a) Ao funcionário público, na repartição em que trabalha b) A quem estiver assistindo culto religioso c) Aos noivos, nos três primeiros dias de bodas d) Todas as alternativas estão corretas 02 - O réu que estiver em outro Estado da Federação, será citado: Por telegrama Por mandado Por carta precatória Por mandado Por telefone 03 - Será efetuada a citação por edital, quando: a) Desconhecido ou incerto o réu b) Ignorado ou inacessível o lugar em que se encontrar c) For procurado pelo oficial de justiça e se ocultar para evitar a citação c) As alternativas A e B estão corretas 04 - A citação pelo correio é admissível: a) Quando o réu for comerciante b) Quando o réu for industrial c) Aos executados, nas execuções movidas pela Fazenda Pública d) Todas as alternativas estão corretas Gabarito: 1)d 2)c 3)d 4)d Sumaré 01 - O réu foi citado no dia 9 de novembro de 1990, Sexta-feira. O prazo para contestar, que é de 15 dias, findou em: a) 27/11/90 b) 26/11/90 c) 24/11/90 d) 28/11/90 e) n.d.a. 02 - O chamamento do réu para se defender, integrando-o no processo, denomina-se: a) Notificação b) Intimação c) Convocação d) Citação e) N.d.a. 03 - O réu foi citado pelo oficial de justiça no dia 7 de novembro de 1990. Entretanto, o mandado de citação foi juntado aos autos no dia 9 de novembro seguinte. O prazo para o réu apresentar contestação vencerá em: a) 26/11/90 b) 22/11/90 c) 24/11/90 d) 21/11/90 e) n.d.a. 04 - Constatando que a pessoa a ser citada aparenta ser demente, o oficial de justiça deve: a) Efetuar a citação e avisar um parente do réu b) Fazer a citação e avisar o advogado do réu c) Certificar a ocorrência e aguardar determinações do juiz d) Fazer a citação e encaminhar a pessoa ao Centro de Saúde mais próximo e) N.d.a. 05 - Percebendo que o réu procura ocultar-se para não ser citado, o oficial de justiça deve: a) levar o fato ao conhecimento do juiz b) providenciar a expedição de editais de citação e a sua publicação na imprensa c) pedir o concurso da polícia para localizar e deter o réu, tornando possível a citação d) efetuar a citação com hora certa 06 - Ao receber o mandado para realizar a citação, constata o oficial de justiça da comarca de São Paulo que o réu tem a sua residência em Osasco, em bairro próximo à divisa. Deve então: a) Certificar no mandado a constatação, para que o juiz determine a expedição de carta precatória, já que não pode a diligência ser realizada em outra comarca b) Efetuar a citação c) Por carta, convocar o réu até o Fórum onde exerce as suas funções, para então citá-lo d) Providenciar que seja o réu conduzido à sua presença e) N.d.a. 07 - Em que hipótese a citação se torna necessária? a) Quando o réu pode ser cientificado por telex b) Quando o réu tiver procurador e este comparecer em Juízo, ingressando no processo c) Quando o réu pode ser cientificado por seu cônjuge ou parente d) Quando o réu é funcionário do cartório ou oficial de justiça e) N.d.a. 08 - A citação pelo correio só é admissível: a) Quando o réu residir em outro Estado b) Quando o réu, em face de sua profissão, for de difícil localização em seu domicílio c) Quando o réu for comerciante ou industrial, domiciliado no estrangeiro d) Quando o réu for comerciante ou industrial, domiciliado no Brasil e) n.d.a. 09 - O oficial de Justiça não poderá fazer a citação: a) Quando o réu for analfabeto b) Quando o réu estiver fora de sua residência c) Quando o réu estiver assistindo a ato de culto religioso d) Na véspera do casamento do réu e) n.d.a. 10 - O menor de 16 anos deve ser citado: a) Na presença de seu curador b) Na presença do curador de menores c) Pessoalmente, sem a necessidade de assistência d) Na pessoa de seu curador e) n.d.a. 11 - No Processo de execução, depois de realizar a penhora em bens do devedor casado, deve o oficial de justiça: a) Intimar a penhora à mulher do devedor b) Informar ao juiz, para que então seja determinada a intimação c) Informar ao advogado do credor, para que este requeira ao juiz a citação da mulher do devedor d) Efetuar a citação da mulher do devedor e) Como a circunstância é irrelevante juridicamente, nada lhe cabe fazer 12 - O locatário ajuizou ação de consignação em pagamento contra o locador, alegando que houve recusa deste ao recebimento de aluguéis. Compareceu à imobiliária responsável e não conseguiu efetuar o pagamento, recebendo apenas evasivas. O oficial de justiça, procurando efetuar a citação do locador, foi informado de que ele se ausentou do país, sem comunicar o locatário. Deve, neste caso: a) Efetuar a citação do parente mais próximo do locador b) Devolver o mandado com a informação, a fim de que o juiz determine citação por edital c) Informar o juiz, para que seja expedida carta rogatória ao país onde se encontra o réu d) Efetuar a citação na pessoa do administrador do imóvel incumbido de receber os aluguéis Gabarito 1)b 2)d 3)c 4)c 5)d 6)b 7)e 8)e 9)c 10)d 11)e 12)d Indaiatuba 01 - Os auxiliares da justiça são: a) Aqueles determinados pelas normas de organização judiciária b) O escrivão, o oficial de justiça e o perito c) O escrevente, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete d) n.d.a. 02 - Somente é lícita a prática de diligência pelo oficial de justiça: a) de seis às dezesseis horas b) em casos excepcionais, após às dezoito horas, quando praticados os atos iniciais, quando o adiantamento prejudicar a diligência ou causar grave dano c) somente até a hora do jantar, uma vez que após precisará de autorização judicial d) n.d.a. 03 - A citação é: a) O ato de comunicar ao interessado o direito que este tem em uma ação b) O ato pelo qual deve ser intimada a parte para vir a juízo c) O ato pela qual se chama a juízo o réu ou o interrogado, a fim de se defender d) n.d.a. 04 - Se o réu estiver ausente, a citação deverá ser efetuada: a) Através de seu familiar mais próximo b) Através de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, ou de seu genitor, somente c) Através de edital d) n.d.a. 05 - O oficial de justiça poderá, em uma cerimônia de casamento, após as despedidas dos convidados, estando o réu sem nenhum compromisso por cinco horas: a) pedir autorização para o juiz e fazer a citação b) conversar com o noivo e pedir para que assine o mandado de citação c) comunicar o fato ao escrivão, que dirá se fará ou não a citação d) n.d.a. 06 - Quando o oficial de justiça, ao realizar um ato citatório, verificar que o réu é demente: a) Fará a citação através do curador de incapazes b) Deverá fazer a citação na pessoa do responsável pelo réu c) Não fará a citação e certificará a ocorrência d) n.d.a. 07 - Intimação é: a) O ato pelo qual deve ser dado conhecimento ao réu de fato ocorrido b) O ato pelo qual o réu vem a tomar conhecimento de que deve procurar um advogado para defender-se c) O ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa d) n.d.a. 08 - A intimação é ato que: a) Compete exclusivamente ao Sr. Oficial de Justiça b) Poderá ser efetuada por escrevente e pelo Oficial de Justiça c) Poderá ser efetuada pelo Fiel e pelo Oficial de Justiça d) n.d.a 09 - O mandado de busca e apreensão será cumprido por: a) Dois oficiais de justiça b) Um oficial de justiça e testemunhas c) Pelo escrivão e oficial de justiça Gabarito: 1 D 2 D 3 C 4 B 5 D 6 C 7 C8 D 9 A Franca 01 - Qual das seguintes proposições está incorreta? a) Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. Todavia serão concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. b) A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis fora do horário estabelecido no art. 172, caput, do Código Processo Civil, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. c) Durante as férias não se praticarão atos processuais. d) O oficial de justiça é um dos auxiliares do Juízo 02 - Incumbe ao oficial de justiça, exceto: a) Fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias de seu ofício, certificando no mandado, com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas. b) Executar as ordens do juiz a que estiver subordinado c) Redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos a que pertencem o seu ofício d) Estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem 03 - Marque a hipótese errada: Salvo para evitar o perecimento direito, não se fará citação... a) Ao funcionário público, na repartição em que trabalha b) A quem estiver assistindo a um comício, porque se trata de um exercício de um direito político c) Aos noivos nos 3 (três) primeiros dias de bodas d) Aos doentes, enquanto grave o seu estado 04 - Estando o réu demente ou impossibilitado de receber a citação o oficial de justiça... a) Proceder à citação pessoal do réu b) Citar o réu na pessoa de um vizinho, a sua escolha c) Aguardar a recuperação do réu para proceder à citação d) Deixar de proceder à citação, certificando a ocorrência 05 - A citação será feita pelo correio nas seguintes ações: a) De separação e divórcio b) Contra a União, os Estados e Municípios c) Quando for ré pessoa incapaz d) De despejo Gabarito 01 A 02 C 03 A e B 04 D 05 D Barretos 01 - Processam-se durante as férias: a) As causas sob procedimento ordinário b) As causas sob procedimento sumaríssimo c) As execuções fiscais d) Os embargos de devedor 02 - Os vencimentos dos funcionários públicos: a) Nunca poderão ser penhorados b) Poderão ser normalmente penhorados c) Somente poderão ser penhorados para pagamentos de pensão alimentícia d) Somente poderão ser penhorados quando inexistirem outros bens livres e desonerados 03 - Recaindo a penhora em bens imóveis: a) Dela deverão ser necessariamente intimados seus eventuais ocupantes, a qualquer título b) Dela deverá ser intimada a mulher do devedor c) Necessária a expedição de editais para conhecimentos de eventuais interessados d) Só será válida a partir de sua inscrição no registro imobiliário competente 04 - Feita a penhora o oficial de justiça intimará o devedor para embargar a execução no prazo de: a) 24 horas b) 05 dias c) 10 dias d) 15 dias 05 - Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos bens, o oficial de justiça: a) Procederá ao arresto do seus bens b) Procederá ao sequestro do seus bens c) Procederá ao arrombamento das portas, móveis e gavetas, de tudo lavrando auto circunstanciado d) Comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento 06 - O mandado de busca e apreensão será cumprido: a) Necessariamente por dois oficiais de justiça que farão acompanhar de duas testemunhas b) Por um oficial de justiça que farão acompanhar de duas testemunhas c) Por um oficial de justiça que acompanhado de um perito d) Apenas por um oficial de justiça como qualquer outro mandado 07 - A nomeação de depositário dos bens sequestrados incumbe: a) Ao oficial de justiça b) Ao autor c) Ao réu d) Ao juiz 08 - Cessa o arresto: a) Pelo pagamento b) Pelo oferecimento de embargos c) Quando contestado o pedido d) n.d.a 09 - No que tange aos prazos perempitórios, as partes: a) Se estiverem de acordo, poderão reduzi-los ou prorrogá-los b) Se estiverem de acordo poderão reduzi-los, mas nunca prorrogá-los c) Se estiverem de acordo poderão prorrogá-los, mas nunca reduzi-los d) Ainda que de acordo não poderão nunca reduzi-los ou prorrogá-los 10 - A Fazenda Pública conta com prazo: a) Em dobro para contestar e quádruplo para recorrer b) Em dobro para contestar ou recorrer c) Em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer d) Em quádruplo para contestar ou recorrer 11 - Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de: a) Decorridas 24 horas b) Decorridas 40 horas c) Decorridos 5 dias d) Decorridos 10 dias 12 - Salvo disposição em contrário, computam-se os prazos: a) Incluindo o dia do começo e do vencimento b) Excluindo o dia do começo e do vencimento c) Incluindo o dia do começo e excluindo o do vencimento d) Excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento 13 - A citação: a) Deverá efetuar-se necessariamente na residência do réu b) Deverá efetuar-se necessariamente no domicílio do réu c) Efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu d) Efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu, salvo se estiver em edifícios públicos 14 - Quando o réu for desconhecido ou incerto: a) Não poderá ser citado b) Será citado por edital c) Será citado através de qualquer pessoa da sua família d) Será citado por hora certa 15 - Na citação por edital o juiz determinará o prazo para que se considere realizada a citação variará entre: a) 10 e 30 dias b) 15 e 30 dias c) 20 e 60 dias d) 30 e 60 dias 16 - Quando a citação for pessoal ou com hora certa, o prazo para a parte começa a correr: a) Da data da expedição do mandado b) Da data em que se realizou a diligência c) No primeiro dia útil após a realização da diligência d) Da data da juntada aos autos do mandado cumprido 17 - O juiz pode decretar o sequestro: a) De bens móveis, semoventes ou imóveis b) Somente de bens móveis ou semoventes, com exclusão dos imóveis c) Somente de imóveis, com exclusão de bens móveis ou semoventes d) Somente de bens móveis, com exclusão dos semoventes e dos imóveis 18 - O juiz pode decretar a busca e apreensão: a) De coisas, mas não de pessoas b) De pessoas, mas não de coisas c) De pessoas ou de coisas d) De coisas ou de pessoas, estas últimas somente quando autorizado pelo Tribunal 19 - São absolutamente impenhoráveis: a) Os navios e aeronaves b) Os seguros de vida c) Os títulos da dívida pública da União ou dos Estados d) As coisas dadas em garantia da dívida 20 - Se o devedor não tiver bens no foro da causa: a) O credor ajuizará nova execução no foro da situação dos bens b) Far-se-á a execução por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação dos bens c) Os autos da execução serão redistribuídos no foro da situação dos bens d) O oficial de justiça arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução Gabarito: 1) b 2) c 3) b 4) c 5) d 6) a 7) d 8) a 9) d 10) c 11) a 12) d 13) c 14) b 15) c 16) d 17) a 18) c 19) b 20) b Ourinhos 01 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao executado, preferencialmente: a) Pelo oficial de justiça b) Pelo escrivão c) Pelo órgão oficial de publicação d) Nenhuma das opções anteriores está correta 02 - Quando o oficial de justiça não encontra o devedor, realiza: a) Citação por hora certa b) Citação por edital c) Arresto d) Sequestro 03 - É necessária a citação por hora certa quando: a) Há suspeita de que o réu mudou de endereço b) Hásuspeita de que o réu se oculta c) O réu é demente d) O réu está preso 04 - A citação é o ato pelo qual: a) Se chama a juízo o réu ou o interessado para se defender b) Se chama a juízo o advogado c) Se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa d) Nenhuma das opções anteriores está correta 05 - Incumbe ao oficial de justiça: a) A guarda e conservação dos bens penhorados b) Executar as ordens do juiz a que estiver subordinado c) Analisar documento de entendimento duvidoso d) Aconselhar o réu quando da citação 06 - São auxiliares do juízo: a) O advogado, o oficial de justiça e o perito b) O oficial de justiça, o curador e o intérprete c) O escrivão, o perito e o intérprete d) O oficial de justiça, o delegado e o depositário 07 - Assinale a alternativa que não poderá ser usada para se preencher a seguinte frase: "Salvo para evitar o perecimento do direito, não se fará citação"......: a) Aos noivos, nos três dias de bodas b) Aos doentes, enquanto grave seu estado c) À viuva, nos sete dias seguintes ao falecimento do cônjuge d) Nenhuma das anteriores 08 - Na contagem dos prazos processuais: a) Excluem-se os dias do começo e do vencimento b) Incluem-se os dias do começo e do vencimento c) Excluem-se o dia do começo e inclue-se o do vencimento d) Inclue-se o dia do começo e exclue-se o do vencimento 09 - O curso de prazo processual: a) Não é suspenso pela superveniência de férias b) É suspenso pela superveniência de férias c) Não é interrompido pela superveniência de férias d) É interrompido pela superveniência de férias 10 - O prazo estabelecido em lei: a) É contínuo, não se interrompendo nos feriados b) É contínuo, mas se interrompe nos feriados c) É contínuo, mas se suspendendo nos feriados d) É contínuo, mas se suspende nos feriados 11 - A citação e a penhora poderão ser efetuadas: a) Em qualquer dia e horário, salvo domingos e feriados b) Somente nos dias úteis, das seis às dezoito horas c) Somente nos dias úteis, das oito às vinte horas d) Nos dias úteis, das seis às vinte horas e, excepcionalmente, fora desse horário, bem como em domingos e feriados mediante autorização expressa do juiz e) Nos dias úteis, das oito às vinte horas e, excepcionalmente, fora desse horário, bem como em domingos e feriados mediante autorização expressa do juiz da causa. 12 - Réu, maior e capaz, apontado como residente na comarca, mas que, segundo diligência do oficial de justiça, se encontra residindo em lugar incerto no exterior, será citado: a) Na pessoa do pai ou, em sua falta, na pessoa residente no país b) Na pessoa do procurador da República Federativa do Brasil c) Por edital d) Por carta rogatória e) Por carta precatória 13 - Ocorrerá citação com hora certa quando: a) O juiz marcar hora para a prática do ato citatório b) O réu estabelecer o horário em que poderá ser encontrado em sua residência c) O réu, por três vezes, for procurado em seu domicílio ou residência no horário marcado pelo oficial de justiça e se recusar a receber a citação d) O oficial de justiça procurar e não encontrar, por três vezes, o réu em seu domicílio ou residência e, havendo suspeita e ocultação, intimar pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho que, no dia imediato, voltará para efetuar a citação, na hora que designar e) O oficial de justiça, após procurar e não encontrar o réu, por três vezes, e avisar a qualquer pessoa da família ou, em sua falta, a qualquer vizinho, certificar o horário de cada diligência e der o réu por citado. 14 - O auto de penhora deverá conter: a) Indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita b) Os nomes do credor, do devedor, dos advogados, das partes e do juiz que assinou o mandado c) O número do processo correspondente d) A descrição dos bens penhorados, com as suas características, bem como a nomeação do respectivo depositário e) As alternativas "a" e "b" estão corretas. 15 - Na execução fiscal, o oficial de justiça, após efetuada a penhora, deverá: a) Devolver o mandado sem qualquer outra formalidade b) Certificar o transcurso do prazo para embargos c) Entregar contrafé e cópia do auto de penhora, com ordem de registro, ao ofício próprio, se o bem for imóvel ou a ele equiparado d) Aguardar o prazo para substituição do bem penhorado e) Efetuar imediata remoção, se o bem penhorado for móvel, para o depositário judicial, particular ou da Fazenda Pública, independentemente de requerimento da exequente e da ordenação judicial. Gabarito 1) c 2) c 3) b 4) a 5) b 6) c 7) d 8) c 9) b 10) a 11) d 12) c 13) d 14) a 15) c PODER JUCIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ____________/200__ MANDADO DE CITAÇÃO O Doutor Carlos de .... Meritíssimo Juiz de Direito da 2a Vara DO FORO DISTRITAL DE PIRIPÓ, COMARCA DE CAMARI, ESTADO DE SÃO PAULO, NA FORMA DA LEI. ETC. MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de LOURDES DE FATIMA, BRASILEIRA, CASADA, PORTADORA DO RG N° 10.000. 000 ,nos autos de ação ORDINÁRIA DE COBRANCA, que promove contra MARIA DA SILVA, BRASILEIRA. CASADA PORTADORA DO RG N° 20.000.200 CITE o (s) réus acima qualificado (s), residente (s) na Rua DA FLORESTA N° 100, NESTE DISTRITO DE CAMARI, BEM COMO DÊ CIÊNCIA AO FIADOR ROMILDO CACO, CASADO, ENGENHEIRO, ESTABELECIDO NA AV DAS DALIAS N° 300 - CAMARI. para nos termos da ação proposta, conforme petição por cópia em anexo, que fica fazendo parte integrante deste e de acordo com o seguinte DESPACHO : "CITE-SE A RÉ PARA CONTESTAR DENTRO EM l 5 DIAS, ADVERTINDO-A DE QUE, NÁO CONTESTADA A AÇÃO, OS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR SERÁO TIDOS COMO VERDADElROS (ART 223. o l o CC ART 285. 2.' PARTE DO C.P.C.). CAMARI , 06 DE SETEMBRO DE 200__ O DR Carlos de ....... Meritíssimo Juiz de Direito. "CUMPRA~SE", observadas as formalidades legais. Camari, 02 de Julho de 200_. Eu, Ana Lucia (ANA LUCIA BAS) Escrevente, datilografei. Eu, Dora Dorca (IZADORA DORCARTES) Escrivão Diretor, subscrevo e assino por ordem do MM. Juiz de Direito. PRAZO PARA CONTESTAÇÃO; (15 (quinze) dias) ADVERTÊNCIA: NÁO CONTESTADA A AÇÃO, OS FATOS ALEGADOS PELO AUTOS SERÃO TIDOS COMO VERDADEIROS {ART.223, o l o CC ART 285, 2.' PARTE DO C P Ci.) ___________________________________ Juiz de Direito Advogado: TUTANKAMOM Valor da Causa: R$ 20.000,00 Oficial: ASTRIDE Carga: Devolução: ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// Art.14 - O oficial de justiça entregará contrafé e cópia do termo ou do auto de penhora ou arresto, com a ordem de registro de que trata o art.7°, inciso IV ; l - no Oficio próprio, se o bem dor imóvel ou a ele equiparado; II - na repartição competente para emissão de certificado de registro, se for veiculo; III - na Junta Comercial, na Bolsa de Valores, e na sociedade comercial, se forem ações, debênture, parte beneficiária, cota ou qualquer outro título, crédito ou direito societário nominativo. Alguns bens têm registro especial: os automóveis são registrados no DETRAN, os imóveis no registro de imóveis, etc. Sempre que for penhorado um bem que tenha registro especial, onde fica registrada sua propriedade, o Juiz mandará que tais repartições sejam comunicadas da penhora. para impedir que o dono da coisa venha a vendê-la ou que terceiros inocentes venham a comprá-la. Assim, tais terceiras pessoas ficarão sabendo (lá no registro) que tal bem está penhorado e não serão enganados.Art.15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo juiz : l - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança bancária: e II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no art.11, bem como o reforço da penhora insuficiente. Durante o processo de execução, a lei assegura ao devedor executado, substituir o bem que foi penhorado por dinheiro (é do interesse tanto da Justiça como do credor-cobrador (Fisco), pois assim não será necessário ir a leilão pois o bem: já foi transformado em dinheiro. À Fazenda Pública, garante também a lei, substituir o bem penhorado por outro: evidentemente. tal substituição tem por finalidade garantir a Fazenda, caso o bem esteja se deteriorando, ou perdendo valor, ou se de difícil venda no comércio (em leilão depois). Se porventura o bem não tiver valor suficiente para pagar a dívida. à Fazenda Pública, pede-se ao Juiz o reforço da penhora. Será então penhorado mais um outro bem do devedor para garantir a cobrança. ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ___________/200__ MANDADO DE CITAÇÃO E CIENTIFICAÇÃO O (a) Doutor (a) Benedito ................ Meritíssimo (a) Juiz (a) de Direito da 3a Vara do Foro Distrital de Silveiras da Comarca de Pedreiras/BA, , na forma da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de ARMINDA DO CANTO, NOS AUTOS DE AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUEL (PROC. n° 472195) EM CURSO PERANTE ESTE Juízo E CARTÓRIO DO 2° OFÍCIO JUDICIAL CITE o SR. ERMENEGILDO...., BRASILEIRO. CASADO, PORTADOR DO R G n° l9l 56.440 residente (ou estabelecido) À RUA DOS LÍRIOS n° 109, BEM COMO CIENTIFIQUE-SE O FIADOR,SR. GERALDO BARBOSA, BRASILEIRO, SOLTEIRO. PORTADOR DO R.G. n° 9.458.3691 RESIDENTE À RUA DAS MARGARIDAS N° 495, AMBOS ENDEREÇOS SITUADOS NESTE DISTRITO. PRAZO PARA CONTESTAÇÃO l5 (QUINZE) DIAS. ADVERTÊNCIA Não sendo contestada a ação os fatos alegados pelo Autor(es) serão tidos como verdadeiros (art.223, § 1o c/c art.285, 2a parte do C.P C.) Cumpra-se na forma e sob as penas da lei, advertindo-se o(s) réu(s} que, nos termos do artigo 285 Código de Processo Civil, não sendo CONTESTADA a ação, presumir-se-ão verdadeiros .os fatos articulados pelo(s) autor(es), ficando, ainda, cientificado(s) de que as audiências deste Juízo realizam-se na sala no 3a Vara do Foro Distrital de Silveiras , sito à Rua das Orquídeas no 25.Em, 29 de MARÇO de 200__. Eu,* (ANDRÉ AZAMBUJA) , Escrevente, datilografei Eu,* (ANDREV ROXATO) , Escrivão(ã) Diretor(a), subscrevi e assino, por ordem do(a) Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito. Advogado: ATÍLIO ......................... Endereço: VIA SANTO FELICIANO N° 295 - SALA 12. EM SILVEIRAS-SP __________________________ Juiz de Direito Oficial : JUSTINO Carga : VALOR DA CAUSA: R$ 6 000,00 ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO NEGATIVA Certifico, para todos os fins de direito, que, às 13.30 h. do dia 4 de junho de 200__, comparecí no endereço constante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a citação da ré Maria de Lourdes..., porque em lá chegando, encontrei a casa fechada, sem qualquer pessoa em seu interior. Em retornando no dia seguinte, o caseiro Antonio Silva informou-se que sua patroa , Dona Maria de Lourdes... retornará de viagem apenas no dia 17 próximo futuro. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé do meu cargo ________________4 de junho de 200__ Hermenegildo de Souza - Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 17 de julho de 200_, comparecí à Av. das Palmeiras, 302, neste Distrito de Silveiras , e , em alí encontrando a Sra. Maria de Lourdes, depois de conferir sua identidade, para ela lí o inteiro teor deste mandado, dando-a por CITADA da ação ordinária de cobrança, que contra ela é promovida, advertindo-a de que se não apresentar sua contestação em 15 dias, os fatos alegados na inicial serão presumidos verdadeiros----entregando à ré a respectiva contra-fé, que ela recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por ser verdade, lavro a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. Silveiras, 17 de julho de 200_ Hermenegildo de Souza - Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° __________/200_ MANDADO DE EMBARGO DE OBRA E DE CITAÇÃO O(A) Doutor(a) ROBERTO .................... M-M-Juiz(a) de Direito da 2a Vara CÍVEL da Comarca de GEREMIRIM , ESTADO DE SÃO PAULO, ,na forma da lei MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, expedido nos autos da ação DE NUNCIAÇÃO DE OBRA movida por JUAREZ................ contra MANOEL....................... PROCEDA O SR. OFICIAL DE JUSTIÇA O CUMPRIMENTO DA LIMINAR CUJO DESPACHO SEGUE DESCRITO "DEFIRO A MEDIDA LlMlNAR. JÁ OUE PRESENTES OS REQUISITOS LEGAIS. ESPEClALMENTE EM FACE DA LEGISLAÇÃO MUNlClPAL, FICANDO DETERMINADO O EMBARGO DA OBRA. CITE-SE E CUMPRA-SE INT. GEREMIRIM S P (A A) DR ROBERTO......................................... M M JUÍZ PRAZO PARA CONTESTAÇÃO: 05 (CINCO) DIAS. ___________________ Fulano de Tal _____________________ Fulano de tal Cumpra-se, na forma e sob as penas da lei. Dado e passado nesta cidade de GEREMIRIM, ESTADO DE SÃO PAULO em l0 de SETEMBRO de ______ Eu.* (Falastrão da Silva) Escrevente, datilografei. Eu, * (Falastrino Pereira ) Diretor(a) subscrevi. ________________________________ Juiz(a) de Direito ROBERTO.............................. . Oficial: Peri Campestre Carga: 10/09/200__ ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO NEGATIVA Certifico, para todos os fins de direito, que, às 13.30 h. do dia 02 de março de 200_, compareci no endereço constante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a citação do réu Prometeu de Angelis, porque em lá chegando, fui informado pela Sra. Maria do Carmo, Carteira Profissional do Ministério do Trabalho n° 1233445-série000B, que se identificou como empregada da residência, que o Sr. Prometeu de Angelis havia viajado para a Inglaterra e só retornará no próximo dia 22 de março de 200_. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. __________________, 02 de março de 200_. Márcio Mautempo - Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 22 de março de 200_, comparecí a rua dos Lírios, n° 300, neste Distritode _______________, e, em alí encontrando o Sr. Prometeu de Angelis, depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por CITADO da ação, que contra ele é promovida, advertindo-o de que deverá apresentar contestação em 15 dias, sob pena de serem presumidos verdadeiros os fatos alegados pelo Autor --- entregando ao réu a respectiva contra-fé, que ele recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por ser verdade, lavro a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. __________________, 22 de março de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 21 de março de 200_, comparecí na rua das Dálias n° 205, neste Distrito de________________, e, em alí encontrando o Sr. Carmo Biele, depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por INTIMADO da ação revisional de aluguel, que contra seu afiançado, Sr. Prometeu de Angelis, é promovida----entregando a tal fiador interessado a respectiva contra-fé, que ele recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por ser verdade, firma a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. __________________, 21 de março de 200_ Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ____________/___ MANDADO DE CITAÇÃO E PENHORA O Doutor TALES ........................... Meritíssimo Juiz de Direito da 2a Vara DO FORO DISTRITAL DE CAPELA D'OESTE, COMARCA DE MACHADO, ESTADO DE SÃO PAULO, NA FORMA DA LEI, ETC, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de MARIA DA GLORIA..., ESPANHOLA, CASADA, PORTADORA DO RG n° 2000-00. nos autos de EXECUÇÃO que promove contra AMARILDO PEREIRA, BRASILEIRO. CASADO, PORTADOR DO RG n° 3.0000-89 CITE o(s) devedor(es), acima qualificado(s), residente(s) na Av. DAS PÉTALAS n° 200, TODOS NESTE DISTRITO DE CAPELA D'OESTE, RESPECTIVAMENTE para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, efetue(m) o pagamento da quantia de R$ 30.000,00 , acrescido de custas e honorários de advogado, sob pena de penhora, correndo o prazo de 10 (dez) dias, a partir da intimação desta, para interposição de embargos, sob pena de presumirem verdadeiros os fatos afirmados pelo credor, (art.223, § 1° c.c.285, 2A parte, do CPC), conforme cópia da petição inicial, em anexo, que fica fazendo parte integrante .deste, e de acordo com o despacho seguinte: "CITE-SE PARA PAGAMENTO DO DÉBITO EM 24 HORAS, SOB PENA DE PENHORA. NÃO SENDO EMBARGADA A EXECUÇÃO, FIXO A VERBA HONORÁRIA EM 10% (DEZ POR CENTO), SOBRE O VALOR DO DÉBITO, DEVIDAMENTE CORRIGIDO. Capela D'Oeste, 29 de FEVEREIRO de 200_. O Dr. TALES.......... , M.M. Juiz de Direito." "CUMPRA-SE", observadas as formalidades legais. Capela D'Oeste, 30 de fevereiro200_ . Eu, (Maria Aparecida....) Escrevente, datilografei. Eu, (Maria do Carmo ) Escrivã Diretora, subscrevo e assino por ordem do M.M. Juiz de Direito. PRAZO PARA PAGAMENTO DO DÉBITO: 24 HORAS PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS: 1O DIAS Advogado: Pirapora de Angelis Valor da Causa: R$ 20.000,00 Oficial : ERMENEGILDO Carga: Devolução: ____________________________ Juiz de Direito ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO CERTIFICO E DOU FÉ eu, Oficial de justiça abaixo assinado, que em cumprimento ao mandado retro, dirigi-me ao endereço indicado, onde PROCEDI AO EMBARGO da obra descrita na inicial , intimando o Sr. ................................................., mestre de obra. R.G. n° 4.786987 SSP/SP, a suspender todos os trabalhos alí executados, até nova determinação judicial e sob as penas da lei. Na ocasião, a obra encontrava-se exatamente como se observa nas fotos juntadas pelo autor na inicial. O referido é verdade e dou fé Capela D'Oeste , 30/09/____- ___________________________________________ Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que em 06 de outubro de 200_, retornei ao endereço indicado neste mandado e encontrei o Sr. ............................................................................, e, depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por CITADO da ação de nunciação de obra nova, que contra ele é promovida, intimando-o de que fora deferida medida liminar de embargo da obra, que deverá ser paralisada no estado em que se encontra, até nova decisão judicial -----e que deverá contestar à ação no prazo de cinco dias, sob pena de confissão quanto à matéria de fato--- entregando a tal réu a respectiva contra-fé , que ele recebeu, conforme assinatura lançada no anverso deste mandado. Por ser verdade, lavro a presente certidão, com a fé pública do meu cargo _______________________ 07 de outubro de 200__ Carlos Beraldo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo 2a Vara CÍVEL _________________________________________________________ Cartório do 2° Ofício CÍVEL _________________________________________________________ Processo nº 43.456/__ MANDADO DE INTIMACÃO , O Doutor Fernando............................. Meritíssimo Juiz de Direito da 2a Vara CÍVEL da Comarca de CAMPOS D'OESTE, ESTADO DE SÃO PAULO , na forma da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, expedido ,nos autos da ação FALÊNCIA de ARTZUL FÁBRICA DE BONECAS LTDA. INTIME O SR.EPAMINONDAS, BRASILEIRO, CASADO,PORTADOR DO RG n° 20.000.200 Av. DAS ASTÚRIAS N° 200, NESTA COMARCA, A FIM DE QUE COMPAREÇA NO PRÓXIMO DIA 19 DE MARÇO DE 200_ , ÀS 15:00 HORAS, NO FÓRUM DO PALÁCIO DA JUSTIÇA, 16° ANDAR (SEÇÃO DE FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO) PARA ACOMPANHAR DILIGÊNCIA REFERENTE A FALÊNCIA SUPRA. Cumpra-se, na forma e sob as penas da lei. Dado e passado nesta cidade de CAMPOS D'OESTE, em 30 de FEVEREIRO de 200_ . Eu,* (Antonia Capitulina) . Escrevente , datilografei. Eu, * (Julia Capolostri) , Escrivão(ã) Diretor(a) subscrevi. ___________________________ Juíz de Direito Oficial de Justiça: CARMOSINO , Carga: 02.03.200_ ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para a todos os fins de direito, que, às 17:00 horas do dia 21 de março de 200_, comparecí a Av.. das Flores n° 187, neste Distrito de ______________, e, em alí encontrando o Sr. Epaminondas..., depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por CITADO de que deve, dentro em 24 ( vinte e quatro) horas, pagar em juízo a quantia de R$ 20.000,00, ou nomear bens à penhora, caso queira garantir a execução, sob pena serem penhorados seus bens, após tal prazo---entregando-lhe a respectiva contra-fé,que ele recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por se verdade, firma a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _____________, 21 de março de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° _________/200_ MANDADO DE INTIMAÇÃO O(A} Doutor(a} ADROILDO CLARO.... M.M.Juiz(a} de Direito da 2a Vara da Comarca de POÇO FUNDO /SP , na forma da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, em cumprimento deste, expedido . .nos autos da ação DESPEJO POR DUPLO FUNDAMENTO movida por ADRIANA MARIA E OUTROS contra LUIZ CONFÚCIO PROCEDA A INTIMAÇÃO DO REQUERIDO. SR. LUIZ CONFÚCIO, BRASILEIRO, PORTUÁRIO, RESIDENTE À RUA DAS BROMÉLIAS N° 216, PARQUE DAS ROSAS, NESTA CIDADE E COMARCA, PARA QUE COMPAREÇA EM CARTÓRIO, NO PRÓXIMO DIA 06 DE SETEMBRO DE 200_, ÀS 14:00 HORAS, PARA A PURGAÇÃO DA MORA. PRAZO PARA CUMPRIMENTO DESTE MANDADO: 48 (OUARENTA E OITO) HORAS Determinação Judicial - URGENTE Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Dado e passado nesta cidade de Poço Fundo , em 11 de JUNHO de 200_. Eu,* (Maria Silva) Escrevente, datilografei. Eu, * (Margarida Whit) Escrivão(ã} Diretor(a) subscrevi. E ASSlNO POR DETERMINAÇÃO JUDICIAL. ___________________________ Juiz de Direito Oficial: 04 Carga: ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO NEGATIVA Certifico, para todos os fins de direito, que, em 03 de março de 200_ , comparecí no endereço constante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a intimação do Sr. Luis Confúcio, porque, em lá chegando, fui informado pelo atual morador do imóvel que o mesmo havia viajado e só retornaria no dia 05 próximo futuro. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _______________, 03 de março de 200_. Marcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 5 de março de 200_ , comparecí à Av. das Túlias n° 322, encontrei o Sr. ________________________, e, depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por INTIMADO de que deve comparecer ao Fórum do Palácio da Justiça, no dia 19 de maio de 200_, às 15:00 horas, para acompanhar o ato judicial de arrecadação dos bens da falência de _____________________ Ltda. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _____________________, 6 de março de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ______________/___ MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO O Doutor CARLOS DE CRISTO Meritíssimo Juiz de Direito da 2a Vara DO FORO DISTRITAL DE CAPELA D'OESTE, COMARCA DE XIQUE-XIQUE ESTADO DE SÃO PAULO, NA FORMA DA LEI, ETC. MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que, a requerimento de JUSTINO GARCIA, ESPANHOL, CASADO, PORTADOR DO RG n° 200.000. 100 , nos autos de DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO, que promove contra MARIA DE JESUS, BRASILEIRA, CASADA, PORTADORA DO RG n° 20 000300 CITE 0 (s) réus acima qualificado (s), residente (s) na AV .DAS TUNIAS N° 400, NESTE DISTRITO DE XIQUE-XIQUE BEM COMO DE CIENCIA AO FIADOR LUIZ BERRANTE, CASADO, MÉDICO, ESTABELECIDO NA AV DAS DALIAS, n° 400- CAPELA D' OESTE para nos termos da ação proposta, conforme petição por cópia em anexo, que fica fazendo parte , , integrante deste e de acordo com o seguinte DESPACHO: "I - CITE-SE. CIENTIFICANDO-SE OS FIADORES E EVENTUAIS SUBLOCATÁRIOS, SE FOR O CASO; 2 - SE O (s) RÉU (s) REQUERER (em ) EM 15 DIAS, A PURGAÇÃO DA MORA, COM PAGAMENTO DOS ALUGUERES E ENCARGOS DEVIDOS , ACRESCIDO DAS CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS BEM COMO HONORÁRIOS DE ADVOGADO DE 10% SOBRE O VALOR DO DÉBITO DEVIDAMENTE CORRIGIDO, FICA DESDE JÁ DESIGNADO O TRIGÉSIMO DIA , CONTADO DA JUNTADA DO MANDADO, PARA O DEPÓSITO EM CARTÓRIO, ÀS 14 HORAS, PASSANDO ESSE DIA, NO CASO DE NELE NÃO HAVER EXPEDIENTE NO FORO DISTRITAL, PARA O PRIMEIRO DIA ÚTIL SUBSEQUENTE. 3- INTIME-SE CAPELA D'OESTE, 07 DE DEZEMBRO DE 200_ . DR. CARLOS DE CRISTO Meritíssimo Juiz de Direito " CUMPRA~SE", observadas as formalidades legais. Capela D' Oeste, 03 de JULHO de 200_ EU, (Barbosa de Barros) Escrevente, datilografei. EU, (João Grandão) Escrivão Diretor , subscrevo e assino por ordem do MM. Juiz de Direito. PRAZO PARA PURGAÇÃO DA MORA: (30 (trinta) dias, caso seja requerido dentro do prazo acima referido) PRAZO PARA CONTESTAÇÃO E/OU REQUERER PAGAMENTO : (15 (quinze) dias) Advogado. FUKAHARA Valor da Causa: R$ 2 000,00 Oficial: EPAMINONDAS Carga: Devolução: _____________________________________ Juiz de Direito x ciente, em 29/07/__ Renato de Tal ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico e dou fé haver dado inteiro cumprimento ao r. .mandado. , ____de ___________de 2.00_ Paulo Justeza Oficial de Justiça 01 diligências ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO NEGATIVA Certifico, para todos os fins de direito, que, às 13:30 horas do dia 5 de julho de 200_, comparecí no endereço constante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a citação da ré ________________________, porque em lá chegando, constatei que se realizava o velório de sua mãe Maria Quitéria, falecida na véspera (04/07/__), apurando, que o féretro se daria às 17:00 horas. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. ________________, 6 de julho de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO NEGATIVA Certifico, para todos os fins de direito, que, às 10:15 horas do dia 13 de julho de 200_, comparecí no endereço constante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a citação da ré _______________________, porque, em lá chegando, fui por ela informado de que convolara núpcias com o Sr. Neivaldo Matogrosso, naquele dia e estava entremeio às bodas respectivas, havendo me exibido sua certidão de casamento, em que se conferia tal fato impeditivo de sua citação. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. ______________, 14 de julho de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 18 de julho de 200_, comparecí à av. das Dálias n° 245, neste Distrito de _____________, e, em alí encontrando a Sra. Maria de Jesus, depois de conferir sua identidade , para ela lí o inteiro teor deste mandado, dando-a por CITADA da ação, que contra ela é promovida, e INTIMADA deque poderá em 15 dias requerer a purgação da mora dentro em 30 dias --- entregando à ré a respectiva contra-fé, que ela recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _________________, 19 de julho de 200_. Marcio Mau tempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 18 de julho de 200_, comparecí no endereço contante deste mandado, mas DEIXEI de efetuar a intimação do fiador Carlos Bagre, porque, em lá chegando, constatei que o imóvel estava desocupado, não havendo qualquer morador ou ocupante---sendo informado pelo vizinho, Sr. Lucas Garbo, que antigo morador havia se mudado para a rua dos Monteses, em frente a Igreja dos Descamisados. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. ______________, 18 de julho de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico, para todos os fins de direito, que, em 22 de julho de 200_, comparecí à rua dos Monteses n° 689, em frente a Igreja dos Descamisados, encontrei o fiador, Sr. Carlos Bagre, e, depois de conferir sua identidade, para ele lí o inteiro teor deste mandado, dando-o por INTIMADO da ação de despejo por falta de pagamento, que contra sua afiançada, Sra ____________________, é promovida---entregando a tal fiador interessado a respectiva contra-fé, que ele recebeu, conforme assinatura lançada abaixo. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _______________, 23 de julho de 200_. Márcio Mautempo Oficial de Justiça ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ___________/__ MANDADO DE NOTIFICAÇÃO (PARA DESOCUPAÇÃO VOLUNTÁRIA DE IMÓVEL) O(A) Doutor(a) CARLOS STALONNE M.M.Juiz(a) de Direito da 2a Vara DO FORO DISTRITAL DE SERTÃO DOS ESQUECIDOS Da comarca de LADARINHO , na forma da lei, MANDA, a qualquer Oficial de Justiça de sua jurisdição que em cumprimento deste, expedido ,nos autos da ação DESPEJO (CARTA DE SENTENÇA) movida por ELIZA CASTRO E OUTROS contra INDUSTRIA DE CALÇADOS SOLA DE SEDA LTDA., ESTABELECIDA NA RUA HANA CARIBE N° 300 , EM SERTÃO DOS ESQUECIDOS, NOTIFIQUE A RÉ. NA PESSOA DE SEUS REPRESENTANTES LEGAIS, PARA QUE NO PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS, DESOCUPE O REFERIDO IMÓVEL. VOLUNTARIAMENTE, SOB . PENA DE DESPEJO NOS TERMOS DO DESPACHO: "EXPEÇA-SE MANDADO DE NOTIFICAÇÃO PARA DESOCUPAÇÃO VOLUNTÁRIA EM 30 DIAS, SOB PENA DE DESPEJO. INT. SERTÃO DOS ESQUECIDOS, 15.07 __. (A) CARLOS STALONNE , JUIZ DE DIREITO" . Cumpra-se, na forma e sob as penas da lei. Dado e passado nesta cidade de SERTÃO DOS ESQUECIDOS em 19 de JULHO de 200_. Eu, (SILVANA MARACANÀ) Escrevente, datilografei. Eu, ( MARIA GATAMANSA) Escrivã Diretora subscrevi. ____________________________ CARLOS STALONNE Juiz de Direito Oficial : Roberto da Roça Carga: 26.07 __ 05.08.__ (Devolução ) ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico e dou fé, em cumprimento ao r. mandado, que, às 10:00 horas do dia 04/08/__, dirigi-me rua da Hanna Caribe n° 300, em Sertão dos Esquecidos, mas DEIXEI de proceder à notificação da pessoa jurídica ré, porque fui informado pelo porteiro que os sócios-diretores só estariam presentes no período da tarde, a partir das 13:00 horas. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _______________, 05 de agosto de 200_ Marcio Mautempo Oficial de Justiça Mat. TJ-865.342-P X Beltrano de Tal ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO Certifico e dou fé, em cumprimento ao r. mandado, haver me dirigido ao endereço em que está estabelecida a pessoa jurídica ré, e procedí à sua notificação, para que, voluntariamente, desocupe o imóvel em 30 dias, sob pena de despejo--- dando ciência do inteiro teor do presente mandado a seu representante legal, Sr. Beltrano de Tal , que me exibiu o contrato social da Sociedade, em que figura como sócio-gerente, a quem lí o mandado e entreguei a contra-fé assinando ele acima o respectivo recibo. Por ser verdade, firmo a presente certidão, com a fé pública do meu cargo. _______________, 05 de agosto de 200_. Marcio Bontempo Oficial de Justiça Mat.TJ-865.342-P ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ______________/__ AUTO DE PENHORA Aos vinte e três dias do mês de agosto de 200_ cidade e comarca de , Luz do Sertão Seco, na Avenida Paiaguás n° 600 comparecemos, nós, Oficiais de Justiça, - Infra-assinados, a fim de dar cumprimento ao r. mandado junto, .expedido pelo M.M. Juiz de Direito da 2° Vara Judicial de Luz do Sertão Seco 2° Ofício Judicial, nos autos de EXECUCÃO (processo no 009/96) requerido por Ermenegildo Cintra , no valor de R $ 6.000,00 (seis mil reais) .Depois de preenchidas as formalidades legais, passamos a proceder a PENHORA dos bens descritos à seguir. 01(uma) máquina de lavar roupas, marca linox, série 0008-B 01 (um) automóvel, modelo escort, marca ford, cor verde, ano 1990 e 01(um) fogão, marca dako tudo, série 9777-00____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Logo, após, passamos a fazer o respectivo depósito, na pessoa de Marcos Justoso , RG- 000.000.001 - 01, CIC 100. . , o qual ficou intimado a não abrir mão do (s) bem (s) em seu poder depositado (s), sem ordem expressa deste Juízo. De tudo bem ciente ficou. E para constar lavramos o presente auto que assinamos com o depositário e duas testemunhas. _______________________ _______________________ OFICIAL DE JUSTIÇA OFICIAL DE JUSTIÇA ____________________________ _________________________ TESTEMUNHA TESTEMUNHA ________________________ DEPOSITÁRIO ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO CERTIFICO ainda, que intimei o (s) requerido (s) do (a) PENHORA efetuada, supra descrita, para que o (s) mesmo (s) apresente (m) em Juízo, a defesa que porventura tiver (em), dentro do prazo legal. De tudo ciente (s) ficou (ram) e recebeu (ram) cópias do respetivo auto. O referido é verdade e dou fé. Luz do Sertão Seco, 03 de Agosto de 200_. Oficial de Justiça _______________________________________________________ ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// PODER JUDICIÁRIO Estado de São Paulo Processo n° ___________/__ AUTO DE SEQUESTRO Aos três dias do mês de agostode 200_ , cidade e comarca de , Luz do Sertão Seco, na Av. Paiaguás n° 600 comparecemos, nós, Oficiais de Justica, . infra-_assinados, afim de dar cumprimento ao r. mandado de sequestro, expedido pelo M.M. Juiz de Direito da 2° Vara Judicial de Luz do Sertão Seco--- 2° Ofício Judicial, nos autos de AÇÃO CAUTELAR DE SEOUESTRO (processo no 009/__ ) requerida por Ermenegildo Cintra , no valor de R $ 3.000.00 ( três mil reais ). Depois de preenchidas as formalidades legais, passamos a proceder o SEOUESTRO dos bens descritos à seguir. 01 (um) computador, IBM, modelo 486, série 8895-A 02 (duas) máquinas de escrever, modelo IBM 01 (um) microondas, marca linux, tipo 15 litros _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Logo, após, passamos a fazer o respectivo depósito com a pessoa nomeada pelo MM.Juízo de Direito, o Sr. Silvio Randino , RG n° 123.256.589, residente na rua da Saracura no 45, bairro de Corumbá , nesta Comarca, que depois de firmar o compromisso de fiel depositário, recebeu os bens, conferindo sua identificação e estado, e ficou intimado a não abrir mão do (s) bem (s) em seu poder depositado (s), sem ordem expressa deste Juízo. De tudo bem ciente ficou. E para constar lavramos o presente auto que assinamos com o depositário e duas testemunhas. _______________________ _________________________ OFICIAL DE JUSTIÇA OFICIAL DE JUSTIÇA DEPOSITÁRIO ____________________ _____ _____________ TESTEMUNHA TESTEMUNHA ////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// CERTIDÃO CERTIFICO ainda, que intimei o (s) requerido (s) do (a) SEOUESTRO efetuado, conforme descrição acima, para que o (s) mesmo (s) apresente (m) em Juízo, a defesa que porventura tiver (em), dentro do prazo legal. De tudo ciente (s) ficou (ram) e recebeu (ram) cópias do respetivo auto. O referido é verdade e dou fé. Luz do Sertão Seco, 03 de Agosto de 1996. Oficial de Justiça ______________________________________ TABELA DE PRAZOS PROCESSUAIS CIVIS Contagem dos prazos - Exclui-se o dia do começo e incui-se o dia do final. Os prazos, em sua grande maioria, contam-se do dia da juntada ou intimação aos autos , ou quando a intimação ocorre na própria audiência. Contestação -15 dias. Contam-se, porém, em quadruplo (60 dias) o prazo para a Fazenda Pública contestar e em dobro para recorrer. Atos processuais - Realizar-se-ão das 6 h às 20hs (ver exceções). Quando não houver prazo estipulado nem pelo juiz, nem pela lei - será sempre de 05 dias. Exceção - O Juiz poderá prorrogar qualquer prazo por até 60 dias, dede que justifique. Poderá, ainda, exceder este prazo em caso de calamidade pública (art. 182). Prazos para o Juiz - a) despachos de expediente : 02 dias b) decisões interlocutórias : 10 dias Prazos para os serventuários da justiça - a) remeter os autos conclusos (p/ decisão) ao Juiz : 24 hs (art.190). b) executar os atos processuais : ...................................48 hs Prazo quando houver litisconsórcio ( vários autores ou réus ) e/ diferentes advogados - contar-se-ão todos os prazos em dobro (art. 191). Intimações - Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 hs (art. 192). Prazos que impedem as citações, exceto para evitar perecimento de direito - vide arts. 217, II e III, e 218, § 1o . Citação por edital - a) Publicação do edital : máx. 15 dias, uma vez no Diário Oficial e 2 nos jornais. b) Prazos de cumprimento de 20 a 60 dias. Intimações em geral (art. 240) - Contam-se da data da própria intimação, para todos. Início da contagem dos prazos das intimações (art. 241) - Em regra, contam-se da juntada aos autos das cartas e/ AR. dos mandados cumpridos e quando ocorrer citação por edital, do fim do prazo assinado pelo Juiz (20 a 60 dias). Prazos para recorrer (art. 242) - Contam-se da data em que as partes, através dos advogados, são intimados das decisões, das sentenças ou órgãos, ou ainda na própria audiência. PRAZOS NO PROCESSO DE EXECUÇÃO Prazo contido na citaçãopara pagamento ou para nomeação de bens à penhora - 24 hs. Embargos à execução - 10 dias. Embargos à execução - 10 dias. Embargos de terceiro - 05 dias após a arrematação ou adjudicaação. Prazo dado ao Oficial de Justiça no arresto (art. 653. § único) - O Oficial deverá, nos 10 dias seguintes após a efetivação do arresto, procurar o devedor (réu executado) por 03 dias distintos. Prazo para o credor (autor / exeqüente) requerer a citação por edital após a intimação do arresto (Art.654) - 10 dias Prazo para conversão do arresto em penhora - Findo o prazo estipulado no edital (20 a 60 dias), será o estipulado no art. 652 (24 hs) em caso de não pagamento. Penhora sobre direitos do devedor (réu / executado) , (art. 673, § 1o) - O prazo para o credor se manifestar acerca da preferência em alienar os bens do devedor ao invés de se sub-rogar nos direitos será de 10 dias contados da penhora. Penhora de empresa ou outro estabelecimento (art. 677) - O credor / exeqüente terá 10 dias para apresentar a forma de administração. Prazo para aceitar ou prestar caução ou contestá-la - 05 dias PRAZOS NA LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS (LEF) Prazo contido na citação para pagamento ou para garantir a execução - 05 dias Embargos do executado - 30 dias após garantida a execução através de depósito, fiança bancária ou penhora Embargos do executado - 30 dias após garantida a execução através de depósito, fiança bancária ou penhora Prazo nas citações pelo correio - Contam-se da data da entrega da carta ao executado, ou se não constar no AR a data , será de 10 dias após a data da entrega do AR no correio (postagem), se esta não retornar em 15 dias a citação será feita por Oficial de Justiça. Prazo da citação por edital - 30 dias, e será publicado apenas uma no Diário Oficial. Prazo da citação por edital do ausente do País - 60 dias Prazo da citação por edital do ausente do País - 60 dias Prazo para apresentar-se laudo de avaliação na LEF - 15 dias _1176835140/¿ _1176835108/ºY�