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'- { CAPITULO 9 Linguagem: Natureza e Agrysição ( Explorando a Psicologia Cognitiva 1 Quais propiedades aracterizam a linguagemT 2 Qud é a estrutun háska da [ryuagem? 3 Cono adçilimc nosa liryuagem pdÍnáda? 4 cuno rçmentaÍÍp' rÍEfltalmenÈ e ompêendemos a significações du palams? 5 Como transmíümos e compteendemos a signiÍicação por mdo do seqiienciamenb sisËÍútio daspalarasem fnses e em orações? Resumo do Capítulo Prcpbdades Genls da Ungnngem Oesoião da Liqmgenr em Snas ÈróFiar Fdavras Aquislção da üqguagem - Estágios da Aqulsição da Linguagem Bpücações Teórtos da A+nsi;ao da Linguagem CogniçãoeAquistrloda[nguagem . .Semâmica: O Eíudo da Slgnincâçio ' Teodas da SigniÍioçao Relaçoes eltre Correios: Níyeis Biískos. úplUçOes e tníerenci,as . lnbração da Semântka e Outroj AspecOs da Unguagem ! 'i ,.ï i: ' Slntrra: ô Fl|rdr'Cr 3<lartrra ATeídência Sintática' Análise e Eíúrtura da Fase. RelaçÕes entre as Estruturas Sintáücas Rela@enre as Buutuns $ntáüote Léxicas 252 RoBERTJ. STERNBERG "Eu permaneci calada, toda a miúa atenção fixada nos movimentos de seus dedos. Repentinamente, Ìive uma vaga consciência a partir de algo esquecido - uma vibra. ção do pensamento Íegressatrte; e, de certa íorma, o mistério da linguagem me foi revelado. Eu soube, então, gue "á-g-u-a" signiffcava a maravilhosa coila refrescan- te que estava fluindo sobre minha mã0. Esa palavra üva despertou miúa alma, deu-lhe luz, alegia,libertou-a!... ltdo tinha um nome, e cada nome fazia nascet um novo pensamento. Quando voltamos para casa cada objeto que €u tocava parcia palpitar com üda... Aprendi nuitas palawas novas naquele dia... palawas que existiam para fazer o mundo florescer para mim.' Eelen klle1 Hi*ória de Minha Vida HeÌen Kelìer, que fimu cega e suÍda pouco após seu nas- cimento, pela primeira vez teve plena consciência de um mundo sensível, ctmpreensíral e cheio de idéias por intermédio de sua professora, Anne Suilivan. Aprofiss! oual milagrosa segurou uma dãs mãos de Helen deba! xo de uma tomeira, da qualjonava uma coÍrente dãgua sobre a mão de Helen, durante todo o tempo em que solefiav4 com um alfabeo manual na outra mão de Helen, a palawa estimulante da mente "á-g-u-a". Alingucgem-o uso deum meio organizado de com- binar as palawas para fins de comunicação - possibilita que nos cornuniquemos com aqueles que nos rodeiam, tanto quanto ponderar situações e pÍocessos que comu- mente não podemos ver, ouvi4, senti4, tocar ou cheiraq inclusirre idéias que podem não ter qualquer forma tan- gível. Como Helen Keller demonstrou, as palavras que usamos podem ser escritas, faladas ou, de ouna mane! r4 simbolizadas (p. er, através da linguagem norte- americana de sinais). Mesmo asim, nem toda comuniccçío - troca de idéias e de emoçoes - se dá pela linguagem; a comunicação abrangè meios não-verbais, tais como gestos (p. ex., enfeiur-se ou apontar), relances de olhos .__.-,- (p,.ex., 9s mqltÍfqlgq ou es_!_edq[qlet, toqgç! Q. 9I., apertos de mãos, tapas e abraços) e outros mais, Três áreas de estudo contribuíram muito para o entendimento da psicolingü6tÍcc - a psicologia do uso da linguagem: (1) Iingüísfica - o estudo da estrutura e a aheração da linguagem; (2) neurolingriútrcc - a relação entre o cérebro e a tinguagem; e (3) sociolingü ístim - a relação entre o comportamento social e a linguagem (Canoll, 1986). Este capítulo, em primeiro lugar, des- creve zucintamente algumas propriedades gerais da ìin- guagem. Depois, elabora de maneira mais compìeta sua abordagem lingüística, descrevendo como cada um de nós adquiriu pelo menos uma linguagem. Como você podia preve4, essa discussão traz à baila o debate natu- reza-educação (nature-nurture), que surge com tanta freqüência com relação aos problemas psicológìcos. As seçtes seguintes tratam da forma lingiÍstica da lingua- gem, incluindo o modo como entendemos os significa- dos de palavras espeaÍicas e, além diso, como estu$- ramos as palavras em oraçoes significativas. O capítuÌo seguinte descreve o contexto mais anplo no qual usa- mos a linguagern, induindo os contextos cultural, so- cial, coguitivo e fisiológico da linguagem (ver figura adi- ante). PROPRIEDADES GERAIS DA LINGUAGEM Quais propriedades caracterizam a linguagem? A res- posta a esta pergunta depende de para quem é feita, e os lingiiistas podem oferecer respostas um tanto dife- rentes das dos psicólogos cognitivos. Todavia, aqui pa- rece eristü algum corsenso qualto a seis propriedades que são caracerísticas da linguagem (p. ex., Brown, 1965; Clark & Clark,1977; Gluclaberg & Danlç, 1975). Bpecificamente, a. linguagen é: l. C.omunícatra - a li-oguageor permite'que nos comuniquemos com uma ou mais pessoas que companilham nossa linguagem. 2- Arbíúarìamente simbólics - a linguagem cria uma relação aòitrária entre um símboìo e seu referente - uma idéia, um objeto, um proces- so, uma relação ou uma descriçã0. 3. Regularmmte estruturada - a linguagem tem uma estrutrura; apenas arranjos de símbolos especialmente padronizados têm significação, e diferentes ananjos produzem diferentes sig- nificações. 4. ktrunrada em níveís múlnplos - a estruturÍì da linguagem pode ser analisada em mais de um nível (p, er, em soos, em unidades de sig- nificaçâo, em palavru, em frases). 5. Generatíw, produtiva - denuo dos limites de - - - - uma estrutura-lingüística;os-unráriordalin-- - . guagem podem produzir elocuções inéditas, e as possibilidades para criar novas elocuções são praricamente ilimitadas. ó. Dinrimicc - as ìinguagens constantemente evo- luem. A propriedade comunicativa da linguagem é ano- lada em primeiro lugar porque, apesar de ser o seu as- pecto mais óbüo, é também o mais extraordinário. Como exemplo, posso escrever o que estou pensando e sentin- do, de maneira que você possa ler e entender meus pen- samentos e sentimentos. Isso não quer dizer que não existam falhas ocasionais na propriedade comunicativa da lingtagem - inúmeros psícólogos cognitivos e ou- tros dedicam suas vidas ao estudo da maneira pela qual não conseguimos comunicar-nos pela linguagem. Ape- sar das frustraçõt tanto, o fato de ur gem para comuni' ,-, O que pode l propriedade da lin vés de nosso siste bólicos crbitniriar relaçóes e a descr ma alude à faìta d rímóolo específico gere alguma coisa aludir) um dadool professor, divertir ' uma dada combir significativa para . resultam, por si p combinação sonor Todas as pala' sentam, identifìca rente. Um aspecto PSICOLOGIA COGNITIVA 253 s 6 significa- ,, como estrufu- riva$ O capítulo ;ilo no çal usa- üos qútural, so- m (verfigura adi- DA oguagem? A res- a guem é fuita e s um tanto dife- Iodaüa, aqui pa- seis propriedades r (p. ex., Brown, I & Dank, 1975). permite que nos j mais pessoas que em' i a lingragem cria ' um sÍmbolo e seu bjeto, um proces- rição. a linguagem tem njos de símbolos têm signifìcação, em diferentes sig- los - a estrutura isada em maii de r unidades de sig- 'rues). tro dos limites de s usì'árioi dtlin- -*- cuções inéditas, e rvas elocuções são Ntantemente ev& inguagem é ano- r de ser o seu as- raordinário. Como rcnsando e sendn- rtender meus pen- rer dizer que não lade comunicativa ; cognitivos e ou- maneira pela qual r linguagem. Ape- sar das fru*rações das comunicações errôneas, enüe- tantor o fato de u$a pessoa ser capaz de usar a lingua- gem para comunicar-se com outra é impressionante, -O que pode ser mait surprçendente é 4 sggq4{a propriedade da Iinguagem - que nos comunicamos aEa- vés de nosso sistema companilhado de referêncíw sím- bólíccs arbitrárias a objetos, a idéias, â processos, a relações e a descriçôes.  natureza arbítrúrís do siste- ma alude à falta de alguma razão para a escolha de um símbolo específico - algo que represenÌa, indica ou su- gere alguma coisa diferente - pua reftrtr (apontar ou aludir) um dado objeto, processo ou descrição - tal como profusor, dívertir ou brilhante. Por acordo consensual, uma dada combinação de leuas ou de sons pode ser significativa para nós, mas os símbolos específicos não resulÌam, por si próprios, no significado da palawa; a combinação sonora é arbitrária. Todas as paÌawas são símbolos - coisas que repre- sentam, identiÍìcam, sigrrificarn ou sugerem algo dife- rente. Um aspecto conveniente do uso de símbolos é o Os sinais qte, de algum mdq as*mel|anrse aos seus referenies são denorninados íconer Estes ideqramas são Ícones gue enm usados nos antìgas hieróglifos egÍpcios. Em comparação, a maíor parte da linguagem envolve a manipulação de sírnbolm. que mantêm apnas uma rehQo ubitáia coír? seus reíerentes. de que podemos usar os símbolos para identificar obje- tos, idéias, processos, relações e descrições que nâo es- tão comumente presentes (p- ex., o rio Anazonas), que luoca existirarn (p, ex., d,ggõe9 oq duendes) ort que existem em uma forma qüe naò é Íisiiamêntéìàngfuel (p. ex., ciílculo, verdade oujustiça). Sem a referência simbólica arbitrária, toda a nossa comunicação estaria limitada ao ambiente sensorial imedíato de que partici- pamos, no momento da comunicação. A terceira propriedade, a elrrufuro regulor da ün- guagem, possibilita esse sistema comparrilhado de co- munica$o. Mais adiante, neste capítulo, descrevemos mais especificameote a sua estrurura. Por ora, enue- tanto, basra que você já saiba gue: (a) determinados padrões de sons e de letras formam palawas significatÍ- vas, mas sons e leuas aÌeatórios geralmente não fazem isso, e O) determinados padrões de paÌawas formam orações, parágrafos e discursos significativos, enquanto que a maior parte dos outros não faz sentido algum. FË 29 ROBERT J- STERNBERG  quafta propriedade é a nultiplicidade dq ?strutu- rc galçer elocução significativa pode ser analisada ç6 rn?iq de um nível. As seções zubseqüentes descre- rtm divenos nírreis nos quú podemos imalisar a estru- tnra da linguagern. Esses vários níveis portam graus rariados de conteúdo signiÍìcativo. hr exemplo, os psi- colingüisas estudam a linguagem no nível dos sons, tú como 1- e uto; no nírel das palawar, como "pat" (rapa; abreyiatura de ktícia), "tap" (abú), ?f (pote), "top"(tampa), ?it" Ouraco) e t@" (despejar); no nível de sentenças, tais como "Pot sord to ttp the top of rhe poç úw tip it into the prÌ" (Pat disse para abú a tampa do pote, depois despejá-lo no buraco)'; e no nível de uni dades maiores de linguagem, tais como este panígrafo ou mesmo este liwo. Uma guinta propriedade da linguagem é a produn- vidadc (as vezes, denominada de generatiúmo), o ter- mo pam nosa capacidade ilimiada para produzirmos linguagem demaneiracriativa- lsto é, emboranosso uso da linguagem tenha limitações - temos de adaptar-nos a uma esmlilfil particrúar e usar um detenninado sis- tma compartilhado de símbolos arbitúrios-, podemos u$-la para produzir um número infinito de orações ín dividuais e outras combinações significaúvas de pala- was. Ainda que o número de sons (p. o{., "s" como em "a.çsobio" ("1rüs1 usados em uma linguagem possa ser finito, os diversos sons podem ser combinados infinim- nente pant formar nows palavras e novas orações, en- tre a5 quais se encontram muitas elocuções inéditas - erpresões da linguagern qui são novas em folha - ja- mais faladas antes por alguém. Dese modo, ela é ine- rentemente criativC precisamente porque nunca seria possível, para alguns de nós, ter ouvido todas as frases que somos capazes de produzig, e que realnente produ- zimos duraqte nossa üda cotidiana. Além do mais, pa- rece que toda linguagem tem o potencial para nela expressar <iualquer idéia que possa ser erçressa em d- guma ouEalinguagem, embora a facilidade, a clareza e ãco-ntïsío{a-@resíõdetuÌnãitrtèmiinãilaidéìapoi- sa vadar muito de uma linguagem para outra. Finalnente, o aspecto produtivo da linguagem leva, bastante natu'almente, à sua nctureso watutiva e ünâ- mica. Seus usuiírios individuais cuúam palawas e fra- ses e modificarn o empreto da lin8uagen, e o grupo mais amplo de usuiários da mesma aceita ou rejeita as modificaçoa. E quase tão incompreensível inaginar que ela jamais se modificaria, como iuraginar que as pes- soas e os ambimtes nunca variariam. Para conduf aiuda que existam muitas diferenças etrtre as linguagens, há algunas propriedades comurÌs, etrtre as quais estão a comunicação, a referência simbó- lica arbitníria, a regularidade da estmtur4 a multiplici- dade da esrutura, a produtividade e a rrariaçâo. A se- guir, consíderaremos a linguagem usada pelos psicolin- güistas e por outros lingiiistas para descrevê-la, e de- pois observaremos alguns aspectos univenais de como n5s, hunanos, adquirimos nmsa linguagen prinária. DESCRTç4O DA LTNGUAGEM EM 5U4,5 PROPRIA,S PALAVRAS Essencialmeate, há dois aspectos fundamentais da lin- Suagem: (l) compreensão receptiva e decodificação do ínput da linguagem e (2) codificação e:rpressiva e pro- dução do ou@ú da linguagem. A, decndifução refere- se à derivação do significado de seja qual for o sistema simbólico de referência que esteja sendo usado (p. ex., etrquanto escutil ou lQ. Nos Capínrlos 7 e 8, usamos o termo codificoçÃo para indicar tanto a codificaçáo se. mântica çantoa nãssenântica dainformaçã0, em uma forma que pode ser armazenada na mernória. Quando aplicada à linguagem, a codificação envolye a uansfor- mação de nossos pensamentos em uma forma que pode ser expressa como output lingüstico (p. er, fala, sinali- zação ou escrita). Neste capítulo, usâmos os termoc de- coditicação e codificnção para descrever apenas a codificago e a decodificação semânticas. Freqüentemen- te, os lingúistas usam os termos compreenúo wrbal - a capacidade receptiva para mmpreender o inpur lingtrís- tico escrio e faladq tais como palavras, fuases e pani- grafos; efuânao verbal- a capacidade expressiva para produzir tal oufput lingiiístico. O Capftuto 4 descrsveu o modo no qual percebe. mos a fala; neste capítulo, ampliamos nosa concepção da fala para abranger a sua produção. Lembremos, do Capítulo d que as metrores unidades distinguíveis de todos os posÍtreis sons da fala humana são osfones, dos quais há mais de 100. Nenhuma língua coúecida, en- tietanto, utiliza todos os fotres possÍveis. Cada língua diferente usa apenas un subgrupo dessas possibilida- des; os sons especíÍìcos da fala que os usuárioa de uma dada língua podem identiÍìcar são osfonemqs. No idio ma inglês, os fonemas são geraünente identificáveis como sons de rrqal ou de consoante. Por exemplo, no idioma inglês, a diferença erÌtre os sons /p/ e h/ é vma distinção importante. Distingui- mos enre they bit thebws ltom de bin' (eles mordem os pãeziúos da caixa) e 'theypit the puru from the pín"(uma frase bem-estrururada, mas sem sentido). For ou- tro lado, há aÌguns fonemas aos quais damos pouca aten- ção. Erperimente colocar sua mão aberta na distância de aproximadamente uma polegada de seus lábios, e diga em voz alta (usando sua fala oormal, sem tentar acresceÍÌtar quaisquer sons que você normalmente não pronuncia)l "Pu copo de papel e ria dos anglófor ar quando pronr sopro de ar quat você, de certa n ar quando disse um sopro de ar produzindo fonr urna distinção si inglês. Enrretanr essa distinção é /p/eo/f /sá< man, 1988). O e língua é a/onâni binar os sons di escritos constitu: O Capítulo 1 - a menor unid denno de uma I gtês podem tê-lo mas; (1) palar acrescenta (2) a- palawa-raiz, con prio termo ofros xo o-, que é umi "em direção a", " -os, que indica a Os lingiiistas das palavras em de raízes e de a: abrangem o grar femw de conteúdt lhe e nuança ao r ou que ajudam e: gramatical sã0 oÍ ista, o prefixo -de conjuntg de mor sufixos comuns q ajustarem ao con oria das crianças din-de-infância r indicar o seguinti ' Tempoveit estudou o . Número n, tema de c tema de c . fussessivo cinante. 'ÌJ. de R Âlgo cono: "Sabia que sabiá sabia asobiar?". PSICOLOGIA COGNITIVA 2s5 Õ.dilici- pronuncia): "Putthe psry c.tp toyour líp" (coloque o . C.omparqãodeadjetiuos-Omaissábiodosdois , copo de papel em seu lábio). Se você for como a maio- professores ensinou o sapientíssimo dos tnôs es- ria dos anglófouos, você sentiu urn diminuto sopro de tudantes. ar quando pronuncioa o /ú/ em Put e pqper e neúum ^^ r:--::^.^_ sopro de ar quando pronunciou o zpr .* ,up o,iii.ïu ^^-,*.Ft:f:t:::^'::1jTt.f:lï'ïJï.:uoiê, d. cena maneira, conseguisse e$coliio *p. de :::!T-t:-:Tryto oe monemas em uma oaqa lrnguir ar quando airror.litìïïpcp-;t-;ü##; :lin:*T11"-ttngüísticodeumadadapessoa' 0 an- u,'*p. de ar quando dissesie'.nrp" ou "ris,].s';riã *:11ïrï1i'j8 i:li*'# m,,ï::t [Ì,llll'lïãiï.produaindo fones diferentes, mas não estaria fazendo ;-:i;-::;: _-_"! ! r | _ _ _ LomDmatroo monemas, a maìona oos anSlotonos aout-umaolsnnçaosrgoncauwìenneoslonemasoolqloma .t ... .ingrês- Enuetanio, em alsumas línguas (r. *:l.p: ïliïHffi,:ï'ilrïX#.ïrï:t-Hffi'ff;i esa disdnção é signfiotiva, porque nessas lÍnguas o -:::_::,:::-:- ,/p/ e o rúr sao fãnernas difúenta crromt<in ã nod- âHilrï,ffi#:triil:rïrï,i'#ãÏ:fiH- man, 1988). O estudo dos fonemas específicos de uma ;: : -::-l - :,'- ' tínstaëafonêmcaeoesrudodeconoproauzirJicìï 3:-'::'^:t:*l*T:i1*::.:1s,.:,11i:na irsl& ,-L-r^_ tem se expilndido para abarcaÌ um vocâilüâno crescenteDlüìr os sont qa rala ou rePÍesenta-ros com srmooros . . , . 'e comDuranco os monemas ext$eutes ge mane[as rne- escntos collsilularonenca. r:-__ ^ r_._- ___^ r- r^r^_.o capÍtulo 4 tambem apresentou o termo mot'ema Í:: fm-y:ÍelD que uma parte do talento de wi' - a menor unidade de som que dmota o 'rgnií.ïiã *:19:t-*^*fy^llt:l'Í':d^1:i-":idenuo de uma linguasem p"ticttar. os carõs de in- li:1,f:T:111t-::T:'|:iTj:,1$t:i3' glês podem tê-lo apresintaáo a duas formas de morfe- :t::n:tï::lle ere cun'nou mats oe r'lw Parilvras - , .-:.---^ 8,5% do seu vocabulário escrito -, bem como expres-mas: (r, palawas-ralz lraqlcals], as quars voce '- uo.r*niu Ìz) cfnos - tanto os sryïxos, quã se; soes meontave$ - InclllsNe a pÍoPn piuawa nconlo- palawa-raiz, como mpreJtros, que a precede*.odïó1 ueis (Ledere4'-1991)' prio termocfxos compreende (a) arazfu,(ut ""Ën- -^-i3:i,Tf.ï.f1ï::^:ï:":j: :l]"^:.:,0::. .o -'- _ , . nomlnaoo Jlnt(Ure. Que se rerere ao meto D€lo quiu 0sr(o 4-, que e umavanante oo pÍeluooa-, stSuncanqo -._-!_.--,_ ..--' ".,iáiËial i*.,ã;ãu .p,oiJa"a.";! iËr á'ffiì; ::::*,T'j:|.tr3"P-*-:::: q Pul'' -ar, que indica a forma plural de um trome. ::fl:Ïl*.frase' uma frase compreende pelo me- os lingiiistas amfisãm a esrruruftr dos morfemas . 1ï-,1ïl::t:(1) uma/rCIe nomÚul' que contém no das parawas ern uma maneira çe rni além d.';fr; :::y:n*::-(H::*Ï:f:j-.:r:': da tuase' de raízes e de afixos. Etes rereiem-r It puru*ã'[ã :*t::1"-:T::-ït-lï:::1'::':1f*yj':::Ì:12t tJrrÌdÍal€verD&. oue coffem Delo menos um verDo aDrangem o tÍance votume oe su!.lncaoos como mor-:;:- e seia o que for sobre o qual o verbo atu4 de certa for-temas ae conteuco, us monemas que acresceDtam oeË- ,.-, .^_i:_ -^)^ -^_ )^'-^_-lhe e nuança ao significado dos morfemas d.;itlil. ::,1Í::.::lb1^t*:.t*:^ï'^*i:TT^19:-* ou que aluáam esõs morfemas a ajustar-se ao contexto {tjtlff:]"1lo arrma ou oeoara alSuma co$a so- gramatical são os morfemas defurqnolp. o., o Iu^àï: Ì:r"^t::ito' geralmente uma ação ou una proprieda- istc,oprefixo-de,aconjunçãoeouoartigoo).fiïui L:,1=:*::os linguistas consideram o estudo da . - '.;'.:-:- sintaxe fundarnenul para a compreensâo da estrutura --COnJUffO Oe molTemaS 0e-ÍunçaO Sa0as-Ìnt!eÍo95, OL . '..',.. -. sufixos comuns que acrescentamou es pataw"s ffiË 9: P*:::a estrutura sintáticada-mesma{ üatr'- - ajustarem ao contexro gramatical. por o.rpro,'ii"i- *"y$f*:nte mais adiante' neste capítulo' ('ì/br oriu au crÍanças nort"--.r*icuoas que freqüenia oiar- q"uïojj:,?:^Ì , .,, - . --_'-. OnÍvetfinaldeanáliseéododÍscurso,queabrangeqlm-o+lÍuanqa saDe aorclonar sunxos especrÍr$ para o uso oa lmSuaSem no nlvel alem oa rase, tal como em mqlcaÍ o segunrc: conversaçãq em parágnfos, em histórias, em capímlos . Tempoverful-Você estudafregiientemente;você e em liwos inteiros. O presenre capítulo não discutf a estudou ontem; e você está estudando agora. análise do discurso por si própria, mas o capítulo se- . Ànimero nominol e vafuI - O professor marca o guinte disorte o discuno e vfuios asp€ctos da lingua- tema de casa; os auxilíares de ensinomarcam o gem a ele relacionados. (A Tabela 9.1 [ver p. 2561 tema de casa. resume esses vários upectos da liryuagem). Como un . floscsiro nominal - O liwo do estudante é fas- ser humano adquire exatârnente a capacidade para fn, cinante. lar ou escrever uma grande quantidade de discurso? A seção seguinte descreve esse processô- ff l^s ioennis da lin- kdificaçãodo cryrusÍva e pro- ldifcoÉo refere- 1nl for o sistema do usado (p. ex., s 7 e 8, usarnos o a codificação se- ìrrmaçaq enuma nernória. Quando nvolve a transfor- a forma gue pode p. ex., fala, sinali- mos os termos de- cTever apenas a a$ Freqii€ntemetr- reenúovafuI-a ler o input lingü[s- ras, frases e pará- le erpressiva para no qual percebe I nossa concep$o a, Iembremos, do :s distinguíveis de a são osfones, dos - uaroÍIhtcida; Íveis. Cada língua lessas possibilida- s usuárips de uma fonema. No idio- ,nte identificáveis düerença entre os lnante. Distingui- 5ü" (eles mordem puns from the pino r sentido). For ou- damos pouca aten- berta na distância de seus lábios, e .ormal, sem tentar normabnente não *:; 256 ROBERTJ. STERNBERG NVESNCA N DO A PSICO LOGIA COGN MUA ldentiÍique quais das seguintes são frases nominak: (a) a redonda bola vermelha no canto; (b) e o; (c) redonda e wrmelha; (d) a bola; (e) água; (f) cone rapidamente. (Oós. As írases nomínah podem ser o sujeito ou o objeto de uma oração, p. ex. "-[FN]-pula-. [FNl-.") ldentiÍìque quais das seguinEs são frases verbais: (a) o garoto fuz quicar a bola; (b) e a bola que pula; (c) rolou; (d) atravesou conendo.a sala; (e) deu{he a bola; (Í) cone rapidanenE. (Obs. As frases verbais contêm verbos, assim corno alguma co'rsa sobre a qual o verbo aÌua [mas não o sujeito da ação]. Por exemplo: "O estudante de psi':ologia-tFvl-.') t a i I l) ! t IIt .!, TABELA 9-1 Desoição Resumida da LÌnguagem Tdas as línguas humanas podem ser analísadas em mur'tns níreis. ,nput lingüístico Compreende a linguagem L o d i i a ã) o t D e À ronemas .. lV + /à/ + íkl + /s1,., (sukonjuno distinüro de todos o fones possÍrcis) Moríemas .. ake (morfema de conteúdo) (a partir do lexìco distintivo dos morfemas) s (morfema de fur4ão plunl)... Palavras / t+Èkes+a +heap+of+ (a parth do vocabulário dbtintiro das palavras) sense + b + ufiÏe + goodl + Frases: FN - lt Fnses nominais (FN: um nome e sêus desoítores) + Frases verbais (FV: um verbo e alguma coisa FV - üakei a âeap ofsense to sobrè a qual o ì/erbo atuâ) write god nonsense. oraçoes L takes a lteâp oÍ5ense Ìo tMife (baseadas na sintaxe da linguagem - estrutuía good t?f/Éense. sintática) Dixuno ? blps a heap oísense o urÌte gd norsense,'was ftrst witten hy Muk Twain' lL&reç 1991, p. 131). . . . Output lingüistio Produz a linguagem se você foss( das crianças do para ela: çando âo cr emocional d Pessoas gue que elas Pr( obviamente, tencional ou aquisição da du crianças mento é a ol ção de todos produzir. Por inclusive de bebês e entn Durante audi$o non fones, não ap pria língua, I crianças jaE díscrÍminar c Entretanto, à te, elas perde idade, as cria nâo produz t essa discrimi No está1i mais Vocaliz.rr audição norn ção infantíÌ p ferentes, carr ex., ktitto & amrlhamentc almente o m distintament, Conforme su para percebe nêrii-cõí regrr- Finalmen - seguida, en depois, aindi emissões de u para comunk ralmente, as 1jetos conheci, bola, nenê, nr biscoito). Aos l8 m Ìe, vocabulári Dado que o v pode abrange habiÌmente, r existentes em 'N- de T. 'Requer-se um ÍÍrontÊ de sent;do pan e5smr uma boa tc[ce", Íd esqito peia pÍìmekõ ì€z poÍ Maík Twain.' AQU I SIçÃO DA LI NG UAG EVT Estágios da Aquisição da Lingüagem Ao redor do mundo, as pessoas parecem adquirir sua lin- guagem primária quase na mesma seqüência e quase do mesmo jeito. Nos primeiros anos de üda, rrós, Ìiumânos, parecemos progredir através dos seguintes esúgios: 1. Amrlhamento', que abrange todos os fones co- nhecidos 2. Balbuciaçãq que inclui apenas os diferentes fonemas que caracterizam a linguagem primá- ria da aiança 3. Elocuções de uma palavra 4. Elocuções de duas palawas e de fala telegráfica 5. FrtrutuÌa de frases básica do adulto (presente . emìomodos 4 anos de idade), com aquisição . contínua de vocabulário Seguindo essa breve descrição dos estágios da lin- guagem, resumimos algumas das concepções a respeito de se a aquisição da linguagem humana é devida a fate res heredinírios e manrativoE intúrsecos à pessoa, ou é deüda a fatores ambientais, extrínsecos a eÌa. A me- dida que você ler sobre esses estágios, pondere suas pró- prias concepções a respeito do modo como natureza versus educação podem afetar a aquisição da linguagem. Os recém-nascidos parecem respooder preferenci- almente à voz de sua mãe (DeCasper & Fifer, 1980), e dão a impressão de responder mecanicamente, em sin- cronia com a fdadas pessoas que as cuidam, que ínte- ragem com eles diretamente (Field, 1978; Martin, 1981; Schúer, 1977; Snow, 1977; Stern, 1977). Por exemplo,'N. de R.T. Cooíq; no original. PSICOLOGIA COGNIÏIVA 2s7 i r , i { ì l : l t t t . t a.a lì se você fosse gravar em videoteipe as respostas moforas das crianças enquanto prestam atenção a alguém faìan do para elas, seus movimentos pareceriam estar dan- çando ao compasso. do ritmo da fala. A expressão emocional das crialças também parecr igualar-se à das pessoas que as cuidam (Fogel,1991). Sabe-se tambem que elas produzem sons por sua própria conta; mais obviamente, o aspecto comunicativo do choro - seja in- tencional ou não - funciona muito bem. Em função da aqúsigo da linguagem, entÍetanto, é o arnrìhamento das crianças que mais intriga os lingüistas. O amtlha- mento é a expressâo oral infantil que explora a produ- ção de todos os posíveis fones que os humanos podem produzir. Por todo o mundo, o amrlhamento infantil, inclusive de crianças surdas, é Índistinguível entre os ìxbês e entre as línguas. Durante o estágio do amllhamento, as crianças com audição normal também podem discriminar todos os fones, não apenas os fonemas carafteúticos de sua prô pria língua. Por exemplq duralte esse estágio, tanto as crianças japonesas como as norte-americanas podem discriminar o fonema /V do fonema /r/ (Eimas, 1985). Entreta-nto, à medida que passam pÍìra o estágio seguin- te, elas perdem essa capacidade e, em torno de 1 ano de idade, as crianças japonesas - para as quais a distinção não produz uma diferença fonêmica - não fazem mais essa discriminação (Eimas, 1985). No estágio da balbuciação, as crialças surdas não mais vocalizam e os sons produzidos pelas crianças cïm audição normal modificam-se. Abalbuciação é a produ- ção infantil preferencial de apenas aqueles fonemas di ferentes, característicos da própria língua da criança (p. ex., Ètitto & MarenteRe, 1991). Desre modq embora o amrlhamento inÍantil, ao redor do mundo, seja essenci- almente o mesmo, a balbuciação infantil caracteriza, distintamente, a linguagem que ela esú adquirindo. Conforme sugerido anteriormentg a sua capacidade Oqlpçrcçbgr bem como pqa produzrq, fqres qãojq nêmicos regride durante esse estágio. Finalrnente, a prirneira excélente palawa é emitida - seguida, em breve, por uma ou duas mais e, pouco depois, ainda por mais aÌgumas. A criança usa essas emissões de uma palavra - denominadas d,eholófrwu - para comunicar intenções, desejos e necessidades. Ge- ralmente, as palawas úo nomes que descrevem os ob- jetos coúecidos que ela observa (p. ex., carro, liwo, bola, nenê, nariz) ou quer (p. ex., mamãe, papai, suco, biscoito). Aos 18 meses de idade, as crianças têm, tipicamen- te, vocabulários de três a 100 palawas (SÍegler, 1986). Dado que o vocabulário da criança pequena ainda não pode.abranger tudo o que deseja descrever, ela, muito habilmente, superestende o significado das palavras existentes em seu Ìéxico, para incluir objetos e idéias para os quais está faltando uma nova palavra. For exem- plo, o termo geral para um homem pocle ser'hpii" - o que pode ser bastante penoso para um recém-papai em um ambiente público - e o vocábulo geral para çral- quer tipo de anirnal quadúpede pode ser "au-au'. A ex- pressão lingüística paÍa essa adaptação ,ê erro de suprextensão. As crianças pequems têm de superestender os sig- nificados das palawas que elas coúecem, porque apre- sentam poucas palawas em seuryocabuliirio. Como elas decidem quais palawas usai, quando superestendem os siguificados das palavras que conhecem? Uma hiptítae da caraneisüca sugere que as crianças formarn defini- ções que incluem pouquíssimâs caracteúticas (Clark, 1973)- fusirr, ela pode referir*e a um gato como a um cachorro, deüdo a uma regra m€ntal de que, se um ani- mal tem a característica de quatro pams, ele é um "au- au". Uma hípotex funcional ahernativa (Nelsorl 1973) sugere que as crianças aprendem, primeiramente, a usat as palavras que descrevem funções ou objetivos impor- tarÌtes: Írs lâmpadas dâo luz e os cobertores nos aque- cem. Seguldo essa concrpção, os erros de superextensão úo devidos a confisões funcionú. Tanto um cachono mmo um gato fazem coisas semelhantes e atendem aos mesmos objetivos como bidrinhos de estimaçã0, por isso é provável que ela os confunda. Embora a hipótese fun- cional geralmeote tenha sido considerada como uma alternativa para a hipótese da característica, parecr in- teiramente possível que ambos os mecanismos funcio nem nas superextensões infantis: Gradativamente, enne I l/2e2ll2arcsde idade, elas começam a combinar palavras isoladas pÍüa pro- duzirem elocuçôes de duas palavras. Assim, inicia-se uma eompreensão da sintaxe. Essas primeiras comuni- cações sinúticas assemelham-se mais a telegramas do que 3 conversações, porgue os anigos, as preposiçóes e outros morfemas funcionais são geralmente omitídos. Fortantg os lingüistas referem:ge ? qqlêqprimeiras emis- sões io"m sintaxe rudimentar comoJalc telegráfco'De fatq'a'fala telegráfica pode ser usadá para dêscrever elocuções de três palawas e até aquelas um pouco mais lonias, se tiveÍem as mesmas típicas omissões de al- guns morfemas funcionais. O vocabulário expande-se rapidamente, mais do que tripücando de cerca de 300 palawas, ao redor dos 2 anos de idade, para aproxima- damente 1.000 palawas, em torno dos 3 anos de idade. Quase inacreditavelmente, aos 4 anos de idade as cti" anças adquirem os frrndamentos da estrutura lingüÍsti- ca e sintátíca do adulto (ver Tabela 9.2, p. 258). Na ídatle dos 5 anos, a maioria delas também pode compreender e produzir construções de frases bastante cotnplexas e incomuns, e em tonÌo dos 10 anos de idade a lingur- gem das crianças é basicamente a mesma dos:rclultos. Ìrlpt t Íngúístko duz a linguagem c oà i i c a çã o ï ulto (prgsente :omaquisição- ;tágios da lin- rões a respeito devida a fato- s à pesoa, ou saela.Ame- dere suas pr& )mo natureza 1a linguagem. er preferenci- ;ife4 1980), e tenÌe, em sin- .am, que inte- Maniq 1981; Por exemplo, ' ÍE iã i * aiE tg ,i 1ì ':> g -iR r$ - i : * Ìiü Jã , .s !$ .F :t.ï . ï iË :F i t i I ::; It '-'*7n 258 RoBERTJ. STERNBÊRG TABELA 9,2 Mudançr no Desenrolümento Asociadas à Aquisição da Linguagem húeryNenternente da língua que adquirem, as aíanças, ao redor fu muúa, paecem seguk o mesmo padrão de de*nvdvÍrnenlo, aprarimadamente nas rnesmas rdades lDADE APROXIMADA ÇARACÌERISïICAS DA IDADE TNTERAçAO COM O PROCESSAMENTO DA |NFORMAçAO Frênatal Alguns meses. iniciais , Cerca dos outros 6 meses após o nascirnento Cercadela3 anax de idade Cerca de 4 anos de idade padrões e o De fato, os 6 minúcias pa tendan o qr genitores e dade mais i vocal de sua sidade e o vr mal) e a usa a fala com 1989). Essa nominada d cisamente,J fala, os adui nar a lingua ças e aos be Na verd fala dirigida fala adulta obter e man se revezar n, formação re ras, os genit de fala, talh pecíficas: us atenção das fortá-las; e ' brev'es para bido (Femal Os genil Para as inte: bais criança pelo reveza coisa e depc ça gue resP outra manei sêjam quais emissões co aclãnre, resl tô tempo en tinuação, O: paÍa compri .quais uma c municar um criança fica Ìinguagem, nos ajuda li. sofisticadas necessem u: truir um ed linguagem c almente aqr Os moc proporciona Resposta às rrozes humanas Arrulhamento, que abrange todos os íones possírrcis Balbuciação, que abrange apenas oi fonemas disüntos que caracterizam a linguagem prirnánã da criança Eloarçoes de uma palavn Eloa4ões de duas palavras Fala telegráfica : Frases simples que refletem a enoÍme expansão do vocabulário, bem como compreensão extraordinariamente competente da sintaxe. apesar dos enos de super+egularização EstrutuÍa de frases básica do adulto; alguns ac8cimos na complexiCade da eskufura continuam na adolescência; o vocabuÌário conünua a aumefiar, apesar de em um ritmo decrèscente A medida gue os sons se tomam mais signifrcativos, a / percep$o infanïl dos sons torn+se mais:eletiva e a / capacidade dá criança para lembrar os som aumenta. I A medida que a fluência e a compreensão cÌescem, a capacidade mental para manipular os símbolos lingüEticos aumenta, @mo também o desenvolümento conceifual; ocorem enos de superextensãq quardo as crianças tentam aplkar sèu vocabulário limitado a uma variedade de situaçoes, porém, à médida que o vocabulánb das cianças sè bma mais especializado. esses eros oconem com rnenor freqüência- O vocabulário e os conceÌtos conünuam a expandir-se em íunção tanto da compreensão como da fluência. e a criança internaliza as regras de sintaxe; m enos de super+egularização propiciam insgàb a respeìto de corno as crianças ïormam regras sobre as estruturas lìngüÍsticas. Os padrões e as estÍatédias lingüísticos das crianças para a aquisição da linguagem são estudados amplanente nos mesmos moldes que'aqueles para os adulbs; entretanto, suas estÍatégias metàcognitivas pan adquidr vccabulário toÍnanÌse crescentemente sofistiodas ao longo da iníância Explicaçôes Teóricas da Aquisição da Unguagem Os filósofos têm debatido longameute a respeito de se é a Dossa natureza otr a nossa educação que molda o que somos e o que faeenos. Esse debate irrompe particular- metrte com respeito à aquisição da linguagem. Obvia- mente, a natureza isoladamente não explica sua aquisiçâo. Os toddlen (crianças na fue deambulatória inicial) franco-canadenses não falam o idioma francês porque nasceram com genes para falar francês, em con- traposição aos genes para falar inglês. Se uma família que fala inglês adotasse umâ criíìnç" franru'canadense, essa criança falaria inglês, não francês. A Natu reza, Exclusivamente, Levaría à AquisÍção da ünguagem? Apesar de pouco$ (se alguns) psicólogos terem afirma- do que a linguagem é Ínteiramente um resultado da natureza, alguns pesquisadores e uíricos sugeriÍam que as crianças a adquirern enormemente por causa do ambi- ente ao qual estão expostas. Foram propostos doìs meca- nismos para ese fenômeno: imitação e condicionanento. Imitação Até os observadores amadores de crianças notam que os padrões e o vocabulário da fala infanril reflerem os PSICOLOG,IA COGNITIVA 259 ,tuú - a padrões e o vocabulário das pesoas do seu ambiente. De fato, os genitores de bebês parecem chegar a muÍtas ninúcias para facilitar que elas pÍestem atenção e en- tendam o que eles estão dizendo. Quase sem pensar, os genitores e outros adultos tendem a usar uma intensi- dade mais alta do que a usual, a exagerar a inflexão vocal de sua fala (i. e., aumentando e baixando a inten- sidade e o volume de forma mais extrema do que a nor- mal) e a usar construçoes de frase mais simples durante a fala com as criangs mú veÌhas e os b'ebês (Rice, 1989). Essa forma caracteútica de fala adulta foi de- nominada de motherese (matenês) ou, talvez mais pre- cisamente,falc dirigido à criança. A&avés deste tipo de fala, os adultos parecem não poupar esforços para tor nar a linguagem interesante e compreensível às crian- ças e aos bebês. Na verdade; as crianças parecem preferir escìrtaÍ a fala dirí$da à criança, a escutar as outras fornas de fala adulra (Fernald, 1985). Esses exageros parecem otter e manter a sua atenção, sinalizaodçlhes guando se revezar na vocalização e cbmunicandelhes afeto (in- formação relacionada à emoção). Âo longo das cultu- ras, os genitores parecem usar essa forma especializada de fala, talhando4 além dissq pan úcunstâncias es- pedfios: usando entonações ascendentes para obter a atenção das crianças; baixando as entonações para con- fortíJas; e explosôes de fala nâpidas, descontínuas ou breves para adveni-las contra um comportamento proi- bido (FernaÌd e cols., 1989). Os genitores parecem até moldar o formato correto para as intenções verbais. As prüneiras ínterações ver- bais criança-pessoa que a cuida (babá) caracterizam-se pelo revezamento verbal, no qual a babá diz alguma coisa e depois usa a inflexão vocal para zugerir à crian- ça que responda; ela balbucia, espin4 arrota ou, de outra.maieira, dá algurna resposta audível; a babá aceíta sejam quais forem cis ruidos que a criança faça como emisóes comunicativas válidas e retruca; e eÌa, mais ãdiútè, iCipondêã déiiã- é assirn poidiantè, pof tan- to tenpo enquanto ambas mostrarem interesse na con- tinua$o. Os genitores também parecem tróalhar nuitq para compreender as primeiras elocuções infantis, nas quais uma ou duas palavras podem ser usadas para co- municar uma série inteira de conceitos. À medida que a criança fica mais velha, mais soflsricada e adquire mais linguagen, os genitores gradativamente íornecem me- nos ajuda lingüística e exigem elocuçoes cada vez mais sofrsücadas da mesma. E como se eles inicialmente for, necessem um andaime pelo qual a criança pode cons- truir um edificio de linguagem e, à medida que a rua linguagem desenvolve-sê, os genítores removem gradu- almente aquele andaime. Os modelos de linguagern que os geaitores usam proporcionam os principais meios pelos quais as crian- ças a adquirem? O mecanismo de imitação é muito atra- ente em sua sinplicidade; lamentavelmente, ele não explica mútos aqpectos da aquisição da linguagem. Por exemplo, se a imitação é o mecanismo principal, por gue as crianças, universakoente, começam produzindo elocuções de uma palavra, depois de duas palavras e outras emissões telefficas, d mais tarde frases com- pletas? Por que não começam com frases completas? Além disso, talvez o argumento mais constrangedor con- tra a imitação exclusiva se relacione à nossa produtivi- dade lingüística. Shakespeare pode ter sido mais pmdutlvo do que a maioria de nós, úas todos nós so mos bastante inovadores na fala que produzimos. A maior parte das elocuções que produzimos é inédita, que jamú ouvimos ou lemos atrteriormente. Ainda outo aryumento contra a imitação exdusiva é o fenômeno da super-regularimçao, qte ocorre quan- do as crianças pequenas qdquiriran uma compreensão sobre como funciona a linguagen e, então, aplicam as regras gerais da mesma aos crsos excepcionais que va- riam da nonaa- For exemplo, em vez de imitar o padrão de frase de seus genitores: "ïhe míre t'ell down the hole, and.they ranhornd' (os camundongos caínm no buraco e correram para casa), a crialça pequena pode super- regularizar as formas inegulares e dizer: "'Ihe mouses faüed down the hole, and they runneilhome". É necessá- ria uma explicação alternativa da aquisição da lingua- 8em. Condicionamento Um mecanismo de condicionamento, proposto alterna- tívamente, é também extremamente simples: as crian- ças ouvem as elocuções e associam-nas a deternhados objetos e eveütos em seu ambiente. Produzem, então, essas elocuções e são recompensadas por seus genito res e por outros, por terem falado. Iaicialmente, suas eÌocuçoes uão são perfeitas, mas, pelas aproximapes íúcdsinas, as eriançasehetãm â faïâ.eÌãtaÍrertsÌão - bem como os adútos nativos que faÌam a sua língua. O progresso da balbuciação para emisões de uma pala- vra e daí para emissões rnais complexas parectria sus- tentar a noção de que as crianças começam com associa@ simples, e suas elocuçôes graduaimente au- metrtÍìro em complexidade e no grau com que se aproxi- mam da Íala adulta. Da mesrna forma que na imitação, a simplicidade do mecanismo de condicionamento proposto não basta para explicar a real aquisição da linguagem. En pri- meiro lugar, é muito mais provável que os genitores se- jam sensíveis ao conteúdo verídÌco da fala da criança - isto é, se a dedaração é verdadeiia ou falsa - do que à reÌativa coneção da gamática e da pronúncia da crian- ça (Brown, Cazden & Beilugi, 1969). Além disso, ainda isi;nificativ'os, a É:detim e a tgns aumenta. 'rão crescem, a *,nbolos r deservolúmento ensão, quando lário lìmitado a i medlla que o ; especializado, iência. rm a expandiráe no da fbênc'ra, taxe; os eÍÍos de a Íespeito de e a5 estrutur?Is ; rs das oianças . tudados. r aqueles para. r metàcogniüws Íescentemente i i t III I úe, Levaria t? ;os terem afirma- um resultado da :os sugeriram que or causa do ambi- postos dois meca- condicionarnento. anças notam que fantil refletem os nz.irnl@*s+ÌsaitãììÈ.ãf iafi.iìsi..*ÌÈ/iff{ : ' -610 ROBERT J. STERNBERG F os genitores sejam sensíveis à con4âo grdnatical da fala das crianças, suas respostÍìs podem explicar a razão pela qual elas finalmente param de super-regula- rizar sua fala, mas não o morivo pelo qual sempre cG meçam fazendo isso. Da rnesma form4 eriìtameote como argumenta contra a hipótese da irnitaçã0, a produtivi- dade lingúística contradiz a hipótese do condicionamen- to: as crianps empregam constântemente elocuçôes inéditas, pelas quais jamais foram recompensadas an- teriormente, Elas aplicam consisÌentemente as palawas e as estruüras da linguagem quejá conhecem a situa- ções e a cootextos inéditos, pelas quais jamais recebe- raur reforço prévio. Como a Natureza Facílita a Aquisíção da Linguagem? Se nem a naftreza nem a educação sozinhas explicam adequadamente mdos os aspectos da aquisi$o da lin- guagem, como pode, justamente, a narureza facilitar a educação lesse processo? O célebre psicolinguista Noam Chomslry propôu (1965, 1972) que o,s humanos têm um dispositivo deaEisipo dalinguagem (DAt) que facilita a sua aquisiçã0. Isto é, nós, humanos, parecemos ser biologicamente pré-configurados a sermos aptos palïl adquiri-la. Dada a complexa neuropsic,ologia de outros aspec- tos da percepção e do pensamento humanos, não é to- talmente abzurdo considerar que podernos ser neruo- psicologicamente predispostos a adquiú linguagem. Diversas observações dos humanos apóiam essa noção. Em primeiro luga4 a percepção da fala humana é bas- tante notável. Além de perceber nossa rápida especiali- zação fonêmica (mencionada quanto à balbuciaçao), lembremos, do C.apíndo 4, nossa espatrtosa capacidade para discemir, a panir de um fluxo corÌdnuo de estímu- Ìos auditivos, os lugares distintos onde uma palartra ter- , nha g eutta cqmeçL Alem do mais, todas as grianças, dentro de uma ampla variação normal de capacidades e de ambientes, parecem adquiú linguagem num ritmo incrivelrnente rápido. De fato, as criança$ surdas adqui- rem a linguagem dos sinais aproximadamente do mes- mo jeito e no mesmoritrno em que ascriangs de audição normal adquirem a falada. Se você, algurn dia, eúr- çou-se paÍa adquirir uma segunda língua, pode avaliu a relativa facilidade e velocidade com que as crianças pequenas parecem adquirir zua prímeira língua. Essa f'açanha é panicularmente notável, dado que ìu crian- ças é oferecido un input lingüstico (ou fala, ou sinais) en quantidade e variedade relaüvamente modestas em. relnção Às estrururas lingiiísticas internalizadas aìtamen- te sofisricadas quc as crianças criam. As aianças pare- cem ter una queda por adquirir uma compreensão das itrúnrer;rs regrns de estrrtura lingüística, assim como pua aplicáJas ao novo vocabulário e a novos conÌex- t05. Talvez até mais zurpreendente, quase todu as cri- anças parecem adquirir esses aspscts5 d3 linguagem Da mesma sücessão e aproximadanente no mesmo tempo. Por outro lado, o ambienre língüístico evidentemente desempeúa um papel no processo de aquisição da lin- guagert. Reâlmente, aí existem peúdos críticos - épo- cas de rápido desenvolvimento, durante as quais drna capacídade específica deve ser desenvolvida, se for para desenvolver-se adequadamente - pan adquiú essas compreensões da linguagem. Durante esses períodos, o ambiente desempeaha um papel cmcial. Por exemplq os estágios de anulhanento e de balbuciação parecem ser um período crítico para adquirir a discriminação e a produção dos fonemas disrintivos de uma dada língua de umfalonte nativo; durante esse período crítico, o contexto lingüístico da criança deve fomeccr esses fo- nemas disrintivos. Parect exisú um período crítico para adquirir uma compreensão nativa da sinta:re de uma linguagem, tam- bém. Tâlvez o maior apoio para essa cuncepção veúa de estudos de usuários adultos da Linguagem Norte- Àmericana de Sinais (ÁSf, deAmerican Srgn Innguoge). Enue adúos que tiúam sinalizado a ÂSL durante 30 anos ou mais, os pesquisadores podiam diferenciar per- ceptivelmente aqueÌes que adquiriram a ASL antes dos 4 anos de idade, entre as idades de 4 e 6 anos e após a idade de 12 anos. Apesar dos 30 anos de sinalüação, os que adquiriram a ASL mais tarde, na iúância, mostra- vam compreensão menos profinda da sÍntaxe distìnti- va da ASL (Meie4, 1991; Newpon, 1990). Os estudos de crianças isoladas lingiiisticamente parecem fornecer um suporte adicional para a noção da intera$o da marura- ção fluiológica, com o apoio ambiental. Das raras crian- ças que estiveram isohdas lingiiisticamente, aquelas que foram resgatadas mais jovens pareciam adquirir estru- tufCc,li$Arli$jic4! mqis sofisticadas do que as res!!t-a-. das quando mais velhas, (,{s pesquisas sobre os períodos crídcos para aquisição da linguagem são muito mais ambíguas para a aquisição de línguas adicionais, após a aquisição da primeira; ver Batuick e cols., 1994; ver um- Mrn o CapíruIo 10.) Duas observações adicionais, que se aplicam a to- dos os humanos, em todas as idades, tambem sustenta a noção de que a natueza contribui para a aquisição da linguaçm: primeira, os humanos possuem divenas es- ruturas fisiológicas que servem, sem qualquer ouuo proposito, para produzir a faÌa (G.S.Dell, comunicação pessoal, novembro de 1994); e segunda, miríades de características universais foram documentadas ao lon- go do vasto conjunto de línguas humanas. Desde 1963, quando um único lingüista documentou 45 característi- cas universais ao longo de 30 línguas (p. ex., finlandês, hindi, swahili, qt universais têm si ao redor do mun Parece que n damente, determ ser ProPosra um buição de ambas desses - testogerr de natureza e eú gem formando r quanto à mesma ria para a sua a( essas hiPóteses r implementação i os funcionais (S, hipóteses, as cri atenção a essas ( 1. Fadrõer vras 2. Inflexor ças no ì 3. Seqüên seqüênr qüêncir Além disso, entender vários língua.natila. EI a concepção da da super-regulat cando regras) e' do elocuções it compreensão de Elissa NewP, de levemente dil póteses, sugerir linguagem, as cr aspectos lingüís asPecïos percepl que acontece sel maioria dos casc zado a aquisição meno pode apli< Cognição e As teorias prece as crianças adqr linguagem adult te. Enüetanto, s cos aos 4 anos t ertraordinários . para Íeconheccr güística de cli:rr PSICOLOGTACOGNITIVA 261 " 5 aÌrúI'r: e r' as cri- tf3rermn3 botempo. laikmenente li*ãoda lin- r cr'ricos - épo- Ë as quú uma lvil4 se for para e adquirir essas =ses períodos, o al. hr exemplo, riação parecem iiscrimina$o e a rma dada língua :ríodo crítico, o rnecer eses fo- ua adquiúuma linguagem, tam- oncepção veúa rguagem Norte- Stgn LaÍrguage). ASL durante 30 diferenciar per- a ASL antes dos 6 anos e após a e sinalização, os nfânci4 mostra-. sintaxe distinti- ). Os estudos de- :em fornecer uni a$o da matura- Das raras criú- ntg aquelas que r adquirir estru- que as resgata- -:bÌe-os péíoilõs- são muito mais licionais, apos a. ., 1994; ver tam- ie aPlcam a to unbém sustenta a a aquisição da rem diversas es- qualquer ouuo ll, comunicação la, miríades de entadas aò lon- as. Desde 1963, 45 característi- '. ex., finlandês, - t Ì - ' hindi, swúili, quíúua e sérvio), centenÍ$ de padrões univenais têm sido documentados por todas as línguas ao redor do mundo (ver Piúer, 1994). Parece que trem a naturez4 nen a educação, isola- darnente, determinam a aquisição da linguagem, Dwe seÍ proposla uma altemativa, que considere a contri- buição de ambas, natureea e educação. Um posrulado desses - teskq:em de hípótreil* - sugere essa integração de natureza e educação: as crianças adquirem a lingua- gem formando mentalmente hipóteses ocperimentais quanto à mesma, baseadas em sua facilidade herediú- ria para a sua aquisição (natureza), e depois testando essas hipóteses no ambiente (educação). Diz-se que a implementação desse processo segue divenos princípi- os funcionais (Slobin, 1971, 1985). Na consuução de hipóteses, as crianças pequenas pÍocunÌm e prestam atenção a essas coisas: 1. Padrões de nodificações nas formas das pala- vnls 2. Inflexões morfêmicas que assinalam mudan- ças no significado, especialmente os sufixos 3. Seqüências de morfemas, incluindo tanto as seqüências de afixos e de raizes, como as se- qüências de palawas oas frues Além disso, elas aprendem a evitar exceções e a entender vários outÍos padrões caracterisdcos de sua língua nativa. Embora neÍr todos os lingüistas apóiem a concep$o da testagem de hipóteses, os fenômenos da super-regularização (usando g às vezes, superapli- cando regras) e da produtividade de linguagem (crian- do elocuções inéditas, baseadas em algum típo de compreensão de como fazer iso) parecem sustentá-la. Elissa Newport (190) acrescenta uma peculiarida- de levemente diferente à concepção da testagern de hi- póteses, sugerindo que, enquanto estão adquirindo Ìinguagem, as crianças não prestam atenção a todos os aspectos lingüísticos. Em vez disqq,qlas focalizam os aspectos perceptivamente mais notáveis da linguagem, que acontece serem os aspectog mais sigrrificativos, na maioria dos casos. Apesar de seus estudos terem focali zado a aquisiçâo da ASL por crianças surdas, esse fenô- meno pode aplicar-se à linguagem falada também. Cognição e Aquisição da Linguagem As teorias precedentes oferecem explicaçôes de como as crianças adqulrem os fundamentos da estruBra da Ìinguagem aduÌta, na idade de 4 anos, aproximadamen- te. Entretanto, são tão notáveis os progressos linsnílti- cos aos 4 atros de Ídade - e eles são verdadeiramente exraordiniírios -, que poucos de nós teriam dificuldade para recoúecer que o vocabulário e a sofisticação lin- güística de criangs de 4 anos de idade diferem dos de criançu mais velhas e de adultos. Quais nodificações oqnem no uso da linguagem das crianças após os 4 anos de idade e quais as implicações de tais modifica- $es quanto às nudanças do desenvolvimenÌo na cog. nição? Para entender essas mudanças, exploramos tanto a compreensão verbal guanto a fluênciaveóal. Enr genl, a capacidade infantil para compreender a linguagem (e tratar a informação) aumenta eficientemente com a ida- de (p. ex., Hunt, Lunneborg & Iewis, 1975; Kcating & Bobbitt, 1978). As oianças rnais velhas umtÉm demow uan maior fluência verbal do que as mais ybvens (p. ex,, Sincoff & Sternberg, 1988). Alérn dos acréscimos nas capacidades de compreensão e de fluência verbal que se desenvohem com a idade, podemos entender de forma melhor o desenvolvimentq olhando não simples- merte a idade de uma criang, mas também as estraté- gias que uma criança de uma dada idade usa para compreender ou para gerar material verbal. Grande pane do que se desenvofue não é apenas capacidade verbal, mas também a capacidade para produzir estra- tégias úteis para a compreensão e para a fluência ver- bal. Essas estratégias estão na interseção da aquisição da linguagem com a metacognição, e são aspectos im- portÍìntes da inteligência humana (Sternberg, 1985). CompreensãoVerbal Um aspecto interessalte das pesquisas sobre estraté. gias de compreensão verbal foi o da pesquisa sobre a monimrizafio da compreensão (Markrnan, L977, 7979), que lança a hipoese de que um dos meios nos quú aumentamos nossa compreensão da informagão verbal é mouitorizando (rrerificando exatidão, kígica coesivi- dade) aquilo que ouvimos e lemos. hraestudar a influ- ência desta monitoriza$q os pesquisadores observararn crianças e adultos e tentaÍam correlacionar as habilida- des de monitorizqção {q coqrpreeqsq_q qo.q1 4lp!i4çõeq da compreensão em geral. Consideremos um experimento tÍpico. Crianças com idades entre I e 11 anos ouviram treúos contendo in- formaçôes contraditórias. Esta descrição sobre como fazer a sobremesa BcftcdAlcskc (Alaska Cozida) é um exemplo (Markoan, 1979, p. 656): Para fazê-la, eles colocam o soÍvete em um forno muito gueote. O sorvete, na Alaska Cozida, denete-se, quando fica muito quente. Entãq eles tiram o sorvete do forno e serìrem-no imediatamente. Quando faam Alaska Cozi- da, o sowete fìca firme e não se denete. Ob'serve que o trecho contém uma contradição in- tema gritante, dizendo que o sowete se denete e que não se denete. Quase a metade das crianças pequeÍÌas que üram esse üecho nâo reparou absolutamente na ã2 ROBERT J. 5ïERNBERG f contradição. Mesmo quando foram advenidas previa- mte sobre problemas com a históri4 muitas das cri- anças rnaisjovens ainda não detectaram a inconsistência. Dese modo, as crianças pequems não são muito bern- sucedidas na monitorização da compreensão, mesmo quando informadas paÍa estarem conscientes das incon- sistências no texto que lêem. Outra abordagem paraestudar a compreensão ver- bal tem usado os estímulos da palawa incomum (Stern- berg, 1987b; Sternberg & Powell, 1983), tal como no seguinte üecho: Duas pessoas mahesüdas - uma, uma mulher cansada de meia-idade e a ouÌÍ4 um jovem nervoso - sentacrm- se junto a uma fogueira onde a refeição comum eslava qüase pronta, A mãe, Tanith, examinou seu ftlho pelo tàe oarn do ensopado borbulhante. Os resultados sugerem que as criânças, gradualmen- te, aprendem a usar três processos na compreensão dos signiÊcados das palavns. Um processo é entender os indícios relevantes (p. or,, oam pode ser examinado atra- vés e é uma propriedade de um ensopado borbulhan- mesmo as crianps menos capazes corÌseguem aumen: tar seus yocabulários bastante rapidamente). Outra abordagem para esrudaÍ as habilidades ver- bais é o uso de experimentos sobre o tempo de reação. Em um desses erperimentos, os sujeitoc eram 20 crian- ças na 3a, 7a e lla séries, com idades medias de 9, 13 e 17 anos (Kearing & Bobbin, 1978). O desempeúo de- las melhorou (í. e., os tempos de reação dininúan) com o aumeÍrto da idade e o nJrel de capacidade. Efei tos similares foran obtidos em outras tarefas unMm, sugerindo que, à medida que as crianças ficam mais velhas, Ìornam-se cada vez mais ciìpazes para tratar a informação de modo eficiente. Fluência Verbal Os estudos de tempos de reação podem ser aplicados tanto à compreensão verbaÌ (envolvendo resposus não verbais à informação verbal) quaato à fluêncÍa verbal, a capacidade para produzir output verbal Em uma in- vestiga$o da fluêncÍa verbal em alunos da terceira e da serta séries, os sujeitos rectberam diversas tarefas com tempos diferentes de duração: vmâ tarefa da leta ínícìal da paltwo" na qual tiúa.ro de produzir palavns que iniciassem com uma cena letra; r'ma tarefA do aúíbuto, em gue tinham de pensar ern palavÍas com um certo atributo; uma tcreJc de rimqr, na qual os zujeitos tinham de lisrar palawas que rimassem com uma certa palarrra-ahn; e uma tcrefc da qraúer{stíca, na qual as pessoas dnham de produzir característi- cas para uma dada palavn-estímulo (Sin- coff & Sternberg, 1988). Em geral, as criançs mú velhas de- sempeúavam-se melhor do que as mais jovens, como seria esperado. As meninas -Ía-mbém.em geral desempenhavam-le, melhor do que os meninos. O principal re- sultado, entretanto, foi que o desempeoho dependia enonnemente de se a cÍiança in- ventava uma estratégia sistemáúca para gerar paìavns. As crianças que invenra- vam tal esüatégia via de regra saíam-se de forma muito melhor do que as crianças que não a inventavam, Surgíram duas esuatégias principais. A primeira envolve a listagem de diversos membros de uma ou de mais categorias. Por exemplo, dada a palavra-estímulo re- escolhem as me Pessoas que usa a cometeÍ elTos. Como você compreensão e, a idade. Talvez cognitivos, entre o cuno do dest estraÌégias metá mais sofisticad; rial verbal. Grat aPenas estraté8 a capacidade pe comPetência ve SEMÂNTII s lGNlFlcp 'A Ìinguager O início de Helen Keller sc palawas tinhan recorda o mon vividamente, p mente sim. De é obseryar a es as palawas têt das significaçõ, maiores da linl As vezes, reíeri palawa como mos a insinuaç tras significaçi suas conotcçõe Como com. na primeira si riores, que co meio de conce quais podemo quais podemo através de pro talvez, tambér ta$o de proce cupados apen função das pa Realment conceitos, ela: manipulamos quando,você r vaninha, secrr zer surgir tod te). Um segundo processo é entender como combinar tais indícios. O terceiro proces- so é recorrer à informação anterior * por exemplo, que os ensopados borbulbantes provaveknente estão fervendo e é prová- vel que emitam vapo4 de modo que as cri- anças inferem que ocrn signifìca uvapor". As crianças aplicam esses três proces- sospara tipos específicos de indícios con- textuais, tais como indícios temporaís, que indicam quando alguma coisa acontece; índícios eqpccicis, que indícam onde acon- tece;indkíosfuncioncb, que indicam o que alguma coisa faz; e assim por diante (ver tambem Miller & Johnson-Laird, 1976). Se - -ss bdisios-estão-pródnos ou dastados da palawa descoúecida na oração tamHm é uma variável iÍnportanÌe. Além do mais, o desempeúo na tarefa de aprendizagem a partir do contexto conelacionou-se po- sitivamente com o nível de vocabulário, zugerindo que a capacidade para enten- der os significados de palawas descoúe- cidas pode ser um altecedente da aprea- dizageÍn de novo vocabuliirio. As crianças gualificadas verbaÌmente podem ser aque- las que podem entender os significados das George A. Miller êJâfllei S MúonrcÈ. notárclorcÊ3sor uniuersüfude Ncolqia, enaioútl6eçida* ae NnetoílMiWéfun cultxido pr apnsenar a concer'trs de gocessamen{o da infa.nuçáoàpsìalogb, pr slíentar c;omo o nunero 7 pt'Pe aryir ircsperadlaments em maitas ámas ú cogaç? porseus estudw tu gio/'ogia da lirguagenegs,;aênfax na ìmrotónciade re,efu a psic&gia n ptilico. palawas a partir do contexto. Assim, elas aumentam seus vocabuliírios num ritmo rnais r,ápido do que as crianças que não são tão capazes de decifrar signifìcados. (A cri- ança mediana provavelnente aprende cerca de 13 pa- lavras por dia [Miller & Gildea, 1987], de modo que dondo, as crianças podiam listar "noeda de Ì0 centa- vos, ceotavo, Tena e Júpited'. A segunda estratégia é a estratégia da çalídade. Lssa esnatégia mvolve forne- cer apeniìs respostas altarnente apmpriadas; os sujeitos t - -3 l * i l_ t PSICOLOGIA COGNITIVA 263 a rFtr' I araolhem as melhores resposns, antes de falarem. As .üt_ &des ver- f:l1s.:::j:t essa estraÉgia são menos propensas Todos oq exemplos de desks na vída, em qual- quer lugar Exemplos de desks que existem apetas €m sua imaginação . ïodas as caÍacteúticas de desks . Todas as coisas que você pode faeer com desk ' Todos os outros conceitos que você pode asso- ciar a desfts (p. ex., as coisas que voc* coloca sobre ou dentro de desk ou locais onde pode encontrar desks). A pose de uma palavra para alguma coisa ajuda- nos a adicionar nova informação à nossa iúormação já existente sobre ese conceito. Por exemplo, dado que você tem acesso à paìawa des&, quando tiver novas ex- periências relacionadas a dasks ou, de outra form4 aprender novas coisas sobre deski, você tem uma pala- wa em tomo da qual organizr toda essa informaçâo relacionada. Lembremos, também, a narureza consfrrtiva da memória, na.qual a posse de palavras ronÍadoras (p. ex., "lavagem de roupas", umarcha pela paz) (a) au- mentava a facilidade de compreensão e a rememoração de um tredro do texto, (b) melhorava a wocação da forma de um droodle pelos sujeitos e (c) afehva a preei- são do depoimento da testemunha ocular..Briaa Ross e Thomas Spalding (1994) sugeriram até que a posse de palawas como conceitos para as coisas ajuda-nos em uossas interaç6es não-veròais diárias. Por exemplo, Ross e Spalding observam gue nossos conceitos de garnbá e de cão posibilitam-nos reconhecer mais facilnente a diferenp entre ambos, mesmo se viÍmos um animal apenas por um momento. Esse remnhecimento rápido capacim-nos a responder apropriadameúe, dependen- do do que vimos. Eüdenternente, sennos capazes de compreender as significações conceiruais das palawas é imponante. Todavi4 como as palavras obtêm, exata. - mentei suas signü.ïe;çoes? Teorias da Significação Os lingüistas, oi filósofos e os psicólogos têm refletidq por um longo temfo, sobre exatamente o que a signiÍì- cação quer dizer Ao longo dos anos, realmente aÌgu- mas teorias foram propostas. Entre elas, duas teorias contemporâneas - a teoria do protótipo e a teoria com- ponencial - atraíram, especialmente, os psicólogos. An- tes de descrevermos esas duas teorias, enüetanro, pode ser útil revisar sucintamente aÌgumas das teorias que as precederam - particulamente as teorias referencial, da imagem e encidopédica. a cometer eros. -odereação' 1 '*ã;;ï"à poa. ter esperadq as capacidades deberan 20 criao- r -d.r,'tr; i :"1ïïi:::*ry:ï1.,:ll9ï::"1Y"1:"Ti " i a idade. Talvez de maior interesse para os psicólogosC desenpeúo de- i -^__:à:., - ^-.*l--+^ -^:^ - ^ L-^-,^^:^ r^ -..^ -^-;^r^;ildd|"ilõ j :t*:11ï5iAli:ïi1i^'bllr!1*1ï11::,:*slsv wururuud" I o curso do desenvolvimento, as crianças desenvolvem : capacidade. Efei r -.*rr-i^" -or^^*idrn*a-+^ a**a*-iar^- ^ -^J^ ,, -llÍ:ryirx:, r i"ïffiïiïïffiHi::ii?'Jï1ffi#iJ,ïianEs ficam mais rial verbal. Grande parte do que se desenvolve não sãofazes Para ratar a j tp*.t "tautegi* verbais em si próprias, mas também a capacidade para gerar esüatégias úteis à melhoria da comp€tência veúal. 1:1,ï 1!h*{* ' trMÂNTrcA: o EsruDo DAndorespostasnão ;iéhíiËèiËõà fluência verbal, ,;;;ti.õ; i meio de conceitos - idéias (represeritações mentais) às nças que inventa- i ïli: ry*y::19-::_"ll11-.lT:*,tlÍ:.:-.oT_.: eúal. En uma in- tos oa rerceua e da : i{ linguagem é muito difícil de se colocar em patawas.' .Voltaire versas tarefas com rração; uma tcrelc;h*ü;;ffi -^,j y$:9::::ïíiP_ryïT_ï:-d:::ti." 1:;i"i.ì;;;;; , Hu]en xellel rob..* s1r-a primeira consciência de que as :arefa do atributo, Piiïltryl:1fl{ïry._v_Têr!"1Ï1lTi!1T: remparawascom :::ï9::"1ï:_.1^..f:: n9ly_*g:-lL.!.;;;;ü;;;,;; , ::91T:l'?ïl: pTlf '-11,1T::i',P1i1 s1ura;dJià il;; i::lliT Ì lll': yi-913TT: i!r::.t t: *:é observar a espantosa descoberta de seus filhos de quecertapalavn.alvo; -_ _-Ì^._^^ -a* -:_:c-_^:^- ^ ^_4_rj__ : ^ ^_È-r_;;;;;,.';; ïl:'tr::*lf*:::: l"rïiï,::_::i1:------' -'- ar{ .- das significações das palavras, asim corno de unidadesduzir característi wa.esnmulo (Siu- , T"iores da linguage.':+:"T3 T.frases e as orações."q LJU'urv ('u- ,\s vezes, referimo-nos à defìnição léxíca estrita de umaI . palawa como sna denomção, ao passo que nos referi-as mais velhas de- lr dO que aS mais os a nsrnuaçoes em(nonars' a pressuPoslçoes e a oü' 'ado. As meninas tras siSnü.ic1Sões nãoetçÌícitas de uma palavra como :emp,enhavam-se ;- ' suas conotcçoes' -ros. O prirrcipar+ --:_P_:"iPreendemosas$gnificaçõesdaspalawas; p"oáo.*'p.Áo _li Primeira^situação? lembremos, dos capltulos ante-ãeseaaiariein- I 1ï.ïi:ï:_..:.Íj*1ï:'1if:ï::11^::T_ó:i,pl: CË rejn ,.iam+e , quais_podemos conectar diversas outras idéias, como aoquï"r.tirnçrs através de proposiçôes - tanto quânto pelas imagens e, talvez, também de padóes motores para a irnplemen- arégias principais, tação de procedimentos específicos. Aqui, estamos PÍeo' t"gãm d'e divËnos i cupados aPenas com os conceitos, particularmente em r mais categorias. função das palavras como conceitos. lanra-estímïlo re- Realmente, quando pensamos nas palawas como rcda de l0 centa- conceitos, elas são meios muito econômicos pelos quais nda esUatégia é a maniptrlamos a informação relacionada. For exemplq çia envolveiome_ quando você reflete sobre a paÌavra isolada desk (escri- riadas; os sujeitos vaninha, secretária, carteira, balcão), pode tambem fa- zer zurgir todas essas coisas: n RoBÉRTJ.STERNBERG Tew:rc da S i g n ifi caçã o R efe re n cí a l. ú lnagem e Enciclopédíca Segundo a concepção da referëncia da sigrrificação, as palavras signficam aquilo a que etas se refereur. Por exemplq a palawa estudcnte refere-se a todos os exem- plos de esudaates. Uma teoria um pouco mais psicoló- gica é a teoria da imagem da sigrrifica$o, gue sustenta que a significaçao de uma palavn é inerente à imagem que ela evoca (Paiúo, 1971). Desse mods, Ronold Rea- gcn refere-se à imagem que cada um de nós evoca men- talmente do antigo presidente Reagan. O aspecto atraente da teoria da imagem é que ela capta o fato de gue sua imagem de Reagan pode não ser igual à miúa. Ambas as teorias resistem muito bem quando se consi deram palarrras concretas que têm compartilhado, de forma ampla, significações geralrnente conhecidas. En- Eetanto, neúuma teoria desempeúa-se mujto bem quando se consideram palawas abstratas (p. ex.,verda- de justrça, igualdade), para as quais não se dispoe de um referente concreto ou de uma irnagern'de fácil evo- cação mental. Neúuma das teorias trata eficientemen- te das palavras mmsignificações múltiplas ou ambíguas (p. ex., ball (bol4 bala, novelo, baile, etc.)). Finalmen- te, neúuma teoria explica adequadanente as signifi- cações dos morfemas funcionais como [he, and ou or (o/a, e, ou). Segundo a concepção encíelopédiw, a significação de um concrito é tudo o que sabemos sobre esse concei- to, Esencialmente, é toda a informação que matrtemos armazenada sobre alguma coim (Clark & Clark, 1977)- A signiÍìcação de cã0, então, é tudo o que você sabe so. bre cães, enguanÌo a significação de sucesso é tudo o que você sabe sobre zucesso. Essa teoria realiza um ser- üço rnelhor ao tratar as absnações e os morfemas fun- cionaÍs. Na realidade, a reoria encÍclopedica é atÍaente porque acumüla tudo que sabemos quanÌo a uma pala- ---- ìna:nffi. igdficaçffiesrrúltima. Ateoria, contúdo, tem alguns aspectos peculiares. Em primeiro luga4 tudo o que sabemos sobre um conceito é essencial para a signi- ficação da palavra usada para transmitir esse conceito? Por exemplo, tudo o que você já aprendeu sobre cães, cada experiência que já teve com cães e tudo o que já ouúu ou inferiu sobre cães, tudo isso está induído no seu conceito da palawa cõo? Você modifica seu concei- to de cão cada vez que ouve alguma coisa ou experi- menta algo quanto a cães? A teoria enciclopedica pode exatamelte ser un tanto demasiadamente encìclopedi- ca. Neúuma das teoïas precedenÌes está ahìaltmente em moda entre os psicologos cognitivos; na realidade, a teoria que a seguir discutiremos - teoria componeu- cial é agor4 às vezes, denominada de "concepção clás- sica" (p. ex., Komatsu, 1992; Ross & Spalding, 1994), o que torna npré-clássicas" aquelas cnncepções mais anti- gas. A Teoria Componencial: Uma Concepfio Defrnidora A teon'c componencíal, tamhm denominada de teona fu definlão, afirma que a significago pode ser compre- endida pela desagregação das palawas em uma série de componentes significativoq individualmente neces- sários e conjuniamente suficientes para definir o con. ceito da palavra (Kaa, 1972;líctz & Fodor, 1963). Em outras palavras, cada componente é um elemento es- sencial do conceito; em conjuntq as propriedades defi- . nem üdcamente o conceito. Esses componentes podem ser considerados como cspectos defnídoras, porque cons- dtuem a definição de-uma palavra, de acordo com o ponto de vista componencial. Conslderemos, por exemplo, a palawa solteírão. Além de ser humanq um solteirão pode ser considera- do como compreendendo três componentes: homem, solteiro e adulto. Dado que os componentes úo indivi- dualruente necessários, mesmo a ausência de um com- ponente torna a palawa inaplicável. Desse modo, um homem solteiro que não é adulto úo seria um soltei- rã0. Não nos referiríamos a um garoto de 15 anos de idade como um solteirãq porque ele não é adulto. Nen nos referiríamos a meramente qualquer homem adulto como urn solteirão. Se ele for casado, está fora da com- petição. Uma mulher adulta solteira não é um soltei rão, tambem. Além disso, dado gue os três componentes são conjuntamente suficientes, se um sujeito tiver te dos os três componetrtes, então ele é automaticamente um soltqir-ão. Segundo essa concepção, você não pode ser do sexo masculino, solteiro e adulto e não se4 ao mesmo tempo, um solteirâo. À concepção componen- _cial ap]içq-qq 1qais do que à solteiricc,-naturalmente. Por exempiq esposa é constituída pelos componentes usâda, mulher e cdultc, e esposo compreende os com- ponenrcs casado, homan e adula. A concepção componencial é especialmente comum estre os lingüistas (Clark & Clark, 197). Ela é araente porque faz a significação aparecer muito ordenadamen- te. Lamentavelmente, não funciona tão bem como pa- rece à primeira vista. Algumas paiawas não se prestam fucilmente parâ a análise componencial. Jogo é uma dessas palavras. O filósofo Ludwig Wingenstein (1953) mostrou que é realmente dificil encontrar absolutamente alguma coisa que seja um componente comum a todos os jogos. Alguns são divertidos; ouhos não o são. Al- guns envoìvem múltiplosjogadores; outros, tú como a paciência, não. Alguns são competitivos; outros, tais como os jogos de roda infantis (p. ex., ing-around-the- rosy), não o são. to de um jogo, mi te alSuma coisa significação da p dente que haja al absolutamente, t zeç ou Pensamos Por outro lad tos definidores cl pectos definidor, usamos para defi Keil, 1989). Todor semeÌhante a un En[etanto, suPor zebra toda preta. fa.ltando o atribut maríamos de "zet com as aves. Podt como crítica para daríamos que um das é ainda um tr avestruz, que não Os exemPlos r problerna com a I Tanto o tordo cor rnos aspectos defit Entretanto, falant cena forma, ser ur um avestruz, Na ! dasaclasificarat lmz como uma avt clasifica$o mais 1984; Mervis, Catl: disso, as crianças conceito mais cedr TABELA 9.3 I Barbara Malt e Edw exemplos de aves (c Tordo Azulão nortsameric Gaivota Andorinha Falcão Pássarodas<emJíng Estorninho Coruia . As clasíficàções Íoram le PSICOLOGTA(:OCrNlï ' lVA 265 drr-ili- - - t-ináda de teorin I opode ser compre- I rras em uma série üualmente neces- rara definir o con- r Fodoq 1963). Ern ! um elemento es- propriedades defi- 'mPonentes podem iores, porque cons- de acordo com o palawa solteirão. ode ser considera- )onentes: homem, xentes são indivi. rência de um com- . Desse modo, um io seria um soltei )to de 15 anos de não é adulto. Nem :er bomem adulto , está fora da com- não é um soltei- ; três componentês n sujeito tiver to. automaticamente io, você não p.ode uÌto e não se4 ao epção componen- cg naturalmente, roqy), não o são. Quanto mais você cousÍderar o concei to de um jogo, mais você começa a p€rguntar-se se exis- te aÌguna coisa em absoluto que manteúa unida a significação da palawa. Todavia, embora não seja eü- dente que haja alguns aspeaos deÍìnidores de um jogo, absolutamente, tamtÉm sabemos o que gueremos di- ze! ou perÌsamos fazeç com a palawa.lbgo. Por ouEo ladq algurnas coisas parecem ter aspec- tos definidores claros, conrudo uma violação desses as- pectos definidores não parece mudar a palavra que usamos para definiìas. Consideremos uma zebra (ver IGil, 1989), Todos sabemos que uma zebra é um animal semelhante a um cavalo, lisrado de branco e preto. Entretanto, supoúamos que alguém fose pintar uma zebra toda preta. A uma zebra pintada de preto está faltando o atributo crítico das listras, mas ainda a úa- mariamos de "zebra". Encontnmos o mesmo problema com as aves. Podemos pensar na capacidade para voar como crítica para s€r uma ave, mas certÍìmente concor- daríatnos que um tordo cujas asas tenham sido corta. das é ainda um tordo e ainda uma ave, como o é um avesEuz, que não voa. Os exemplos do tordo e do avestruz mostram outro problema com a teoria componencíal da signifÌcago. Tanto o tordo mmo o avestruz compartilham os mes- mos aspectos defìnidores das aves e, portanto, são aves. Enretanto, falando vagamente, um tordo parece, de certa form4 ser um exemplo melhor de uma ave do que um ayestruz. Na verdade, se as pessoas forern solicita- das a classificar a tipicidade de um tordo versus um aves- truz como uma ave, o primeiro obterá praticamente uma dassificação mais alta do que o último (Malt & Smith, 1984; Mervis, Catlin & Rosdr, 197ó; Rosch, 1975). AIém disso, as crianças aprendem exemplos típicos de um conceito mais cedo do gue os atípicos (Rosch, 1978). A Tabela 9.3 mostra algumas classi{ìcaçires da tipÌcicladc de um estudo de Barbara Malt e Edward Snrith (l9tJ4) para vários úpos de aves. Evídentemente, há diferençns enormes. Na escala de 7 pontos utilizada por Malt e SmittU para dassificações da tipicidade das aves, mor- cego recebeu uma dassificação de 1,53, apesar do fato de que um morcego, falando estritamente, nem sequer é uma avg aholutamente. Em sum4 a teoria componencial tem alguns aspec- tos auaentes, mas não parece dar uma explicação com- pleta da significação. Alguns exenrplos específicos de um conceito como cve pârecem melhoÍes do que ou- tros, a despeito do fato de que todos teúam os mesmos aspectos definidores. Entretanto, os vários exemplos podem ser diferencialmenrc rípicos da categoria das aves, um fato levado em conta pela teoria do protótipo. A Teoria do Prototípo: lJma Co n ce pçã o Ca ra cte ri z a d o ra A,teoria do protótipo $gere que a signíficação é deriva- da de cspectos ceractúísticos, que descrevem (caracteri- zam ou tipificam) o mdelo típico (realmente prototí- pico) da palawa- Essa teoria insere uma nova sugestão em nossa tentativa de compreender a significação, ba- seandea-num prototipo. Um prot<ítipo é geraÌmente o irem original sobre o qual os modelos subseqüentes são baseados, mas tressa teoria ele pode ser qualquer m+ delo que representa de forma melhor a dasse, na qual o conceito se baseia, Essa teoria pode tratar os fatos de que (a) osjogos úo parecerr teq em absoluto, aspectos definidores, e (b) um tordo parece ser um exemplo meìhor de uma ave do que um avestÍuz. A fim de compreender como esses problemas são manipulados, você precisa entender o conceito de um TAAELA 9.3 ctasiificaçôãi aàÏpiiiaaUe para AÈs Barbila Malt e Edward 5nìÚ. (lW) encontrüam enormes diferenças nas c/assiícaçôes de tipicidade pwa váriu es<emplos de aves (ou de animais semelhantu âs arcsJ. $egundo Malt & inìth, 19M) AVE CLASSIFICAÇAOa AVE cLASSlFlCAçÃOô : loscomponeates-. - . npreende os com- cialmente comum r7). Ela é atraente I ito ordenadamen- ão bem como pa- as não se prestÍÌm rcial. Jogo é uma ngensteÍn (1953) ì rar absolutamente e comum a todos os não o sã0. Al- utros, tais como a ivos; outros, tais , ring-around-the- Tordo Azulão norteamericano Gaivota Andorinha Fakão Pássarodas<enr-l ínguas Eslorninho Coruja 6,89 6,42 6,26 6,16 5,74 5,47 5, t6 5,00 Abutre Maçarico Galinha Flamingo Albatroz Pingúim Morcego 4,84 4,47 3.95 5,5 t 2,63 tq? . A5 llàssÌficaçòes fioíàm fei'l,as em urna esoh de 7 pontos. na qual 7 coíesponde à nais altà tipiciJade. -t- Ea RoBERT J. sÍERNBERG :' i : , . i , qleao característico. Enquanto um aspecto definidor é pcuído por todos os exemplos de urn conceito, um espeúo Éracterístico não necessita sêJo. Ern vez disso, muitos ou a maioria dos exemplos possui cada aspecto cancterístico. Desse modq a capacidade para voar é típica das aves, mas não é um aspecto definidor de urna ave. Segundo a teoria do protótÍpo, dado que um aves- truz não pode voar (e carece de alguns outros aspectos característicos das aves), ele parce menos semeìhante a una ave do que um tordo, o gual pode voar. Similar- mente, um jogo típico pode ser divertidq mas não pre. cisa ser assirn. Na verdade, quando as pessoas são solicitadas a arrolar os aspectos de uma palawa que é uma categoria, comojtto oumobíIiário, a maioria dos aqpectos que as pessoÍìs arrolam é caracterísüca, em vez de definidora (Rosch & MeÍvis, 1975). Anolando as pro priedades dpicas de um conceito, tal comoJruto, e en- tão avaliando guantas dessas propriedades um dado exemplo tem; é realmertte posível computar-s€ um $- core de semelhcnçaJuniliar que indica quão típico é um exemplo do conceito mais geral, de maneira global (Ros- ú & Mervis, 1975). Os psicólogos, refletindo sobre como as pessoas parecen ponderar os conceitos, cheguam a diferenciar dois tipos de conceitos: conceitos dásicos e conceitos imprecisos (ou vagos). Os conceüos cüísicos são pala- vrds que podem ser facilmente definidas por meio dos aspectos definidores, teis como solEüão. Os conceiüos imprecÍsos - tambem dmourinados de conaitos naturcu sâo palawas que não podem ser assim definidas, em grande parte porque os contonÌos daquilo que as corÌs- titui são bem imprecisos. Os conceitos drissicos tendem a ser invenções que oc especialistas planejaram para Ío. ndar arbitrariamente uma dasse, que tem aspectos de- finidores associados, enguanto os ionctitos inprecisos tendem a evoluir naturalmente (Smittr, i988). Assirn, o cónceito de um solteirão é um conceito arüitrário que - jDverrtaruos En compa.ação,- embora-os. taxionomistas.. posam sugerir que usenos a palawafruto para descre- ver alguna pane de uma planta que tem sementes, pol- pa e uma casca, entretanto, nosso conceito tratural, impreciso, de fruto, geralmente, não se estende facü- mettte a tomates, a aboboras e a pepinos. (1&rifique as definições do dicionário para fomotes, abóborwepepí- nos, se você duvida da sua condição de kuos-) Enquanto os conceitos clásicos - e as palavras que os ronrlam - podem ser baseados em aspeaos definide res, os conceitos imprecisos são criados em torno de protótipos. Segundo a conctpção prototípica, um obje- to (ou uma idéia] será dassificado como um exemplo de uma categoria se for súcientemente similar ao pro- tótipo. Exatamente o qüe se entende por similaridade a um protótipo pode ser um problema complexq e real- mente há diferentes teorias sobre como essa similarida- de deveria ser avaliada (Smiú & Mediq 198i). Para os nossos objetiros, consideramos a similaridade em fun- ção do número de aspectos compaÍtilhados mre um objeto e o protótipo. De fatq nuitos psiólogos suge- rem que alguns aspectos sejarn ponderados mais forte. mente quando forem mais centralizados para o protótipo do que outros aspectos (p. er, Komatsu ,lgnì. Realmente, alguns psicólogos (p. er, Ross & Spal. ding, 1994) nigerem que, em vez de usarmm um único protótipo para derivu a significação de um conceito, usemos exemplcrar múltiplos - diversos espécimes típÍ- crs altemativos da classe. Por exemplq considerando- se as aves, podemos pensar não apenas Ita ave canora. prototípica, que é pequena, voa, constrói niúos, &ìnta, e assim por diante, mas tembém em exemplares para aves predadoras, gnndes aves que úovoam, aves aquá- ticas de porte médio, etc. Ross e Spalding sugerem que, se tivermos eremplares múltiplos, quando vimros um exemplo de uma ave, podemos comparaq com mais fle- n'bilidade, esse espécime a um exemplar apropriado, do gue a um tínico protótipo. Uma Síntese: Combinando as Teorías Componencial e do Ptotôtipo Curiosamente, mesmo os corceitos clássicos paÍecem ter protótipos. Consideremos dois dos conceitos úísi cos estudados por Sharon Armstrong, Lila Gleitrnan e Henry Gleitman (1983): número ímpar e figura degeu. merric plona. Âmbos os conceitos são facilmente defini- dos. Pbr exemplo , w número ímpcr é qualquer número inteiro não divisível, €m paÍtes iguais, por 2. Àrmstrong e colaboradores mostriìram que as pessoas achavam que exemplos diferentes desses conceítos eram relati\rdmenrc prototípicos de suas respectivas categorias. Por exem- plo, 7 e 13 são exemplos típicos de númergs ímpares -quesâo considerados muitoprórimos ao protótipopara,, um númerc ímpar. Em comparaçã0, 15 e 21 não são vistos cpmo prototipicamente ímpares. De maaeira se- melhante, un uiângulo é considerado como típico das Íïguras de geometria plana, ao passo que uma elipse não o é. O fato de que mesmo os conceitos clássicos têm exemplos gue variam em tipicidade levou Armurong, Gleitman e Gleitman a conduírem çe uma teoria com- pleta da signiÍicação precisaria combinar tanto os as- pectos definidores, quanto os característicos (ver também Smith" Shoben & Rips, 1974). Esses autores sugeúam que podemos considerar cada conceito ou palavra como possuindo tanto um protótipo quanto um núcleo (core). Um núcleo refere-se aos aspectos defini- dores que alguma coisa deve ter para s€r considerada um exemplo de um conceito. Em comparaSo, o protó- tipo refere-sc :u ser típicos dc ut para que este sl Consideren núcÌeo requer q uma Pessoa qu( tipo, entretantc como mais prq Criminosos de rar, em Pane po tótipos de ladri de outras pessc paração, habita interior sã0, às teram, emPane te ao pÍotÓtipo mente se furtar ' Frank Keiì noção de que c dos aspectos dr velhos. Criança a significação ' característicos. valo de idade d estavam "umve de fogo emteu T$ porque seus que ele poderia cordial que lhe tou o seu vaso 1 são e sem inte jovens, freqüen crição como ur do que a segunr anos de idade < racterizando o s a um ladrão. F rrânsição nunca peitar de que o provável {e ser Relações e Básicos, En Até aqui, quanr falamos em fun específicos des: podem ser desc uma hierarquia exemplos esper gerais muito at observaram qut co (às vezes, dt l l 1 i