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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA DA DOR “ Experiência sensorial e emocional desagradável a qual está associada a lesões reais ou potenciais” (IASP) Dor Sensação de alerta e proteção do organismo contra dano físico DOR “A dor depende da geração, condução e transmissão de sinais elétricos ao longo de complexas vias nervosas” Transmissão da Dor Estímulos nociceptivos capazes de produzirem dor Térmicos Mecânicos Químicos NOCICEPTORES Transmissão da Dor Nociceptores Corno dorsal da medula espinal Ramo Periférico Ramo Central Neurônios Aferentes Primários Transmissão da Dor * mielínicas * dor rápida, aguda * estímulos mecânicos ou térmicos nocivos de baixa intensidade C A- beta * mielínicas * sensibilidade táctil não nociceptiva *amielínicas * dor lenta, crônica * polimodais: estímulos intensos, lesivos A-delta Neurônios Aferentes Primários Tratamento da Dor •Analgésicos •Anestésicos •Anticonvulsivantes •Antidepressivos – triciclícos (imipramina, amitriptilina, clomipramina) Central Periférico Locais Gerais Analgésicos Opóides Opióides Narcóticos Opiáceos DEFINIÇÃO DE TERMOS OPIÁCEOS - substâncias naturais contidas no ópio. Ex: Morfina, Codeína, Papaverina e Tebaína OPIÓIDES - mais abrangente, inclui qualquer substância com atividade semelhante à da Morfina, seja natural ou sintética (Katzung,1995) ANALGÉSICOS OPIÓIDES Usados para tratamento da dor aguda e acentuada (pós-operatório,câncer, obstretrícia) Características comuns potentes analgésicos antitussígenos antiperistálticos intestinais alto potencial de abuso e desenvolvimento de dependência física Morfina liga-se a todos os subtipos de receptores opióides maior afinidade para os receptores alta eficácia para analgesia alto potencial de abuso pode produzir dependência física DEPENDÊNCIA Receptores (mu) analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia e dependência física (capa) analgesia espinhal, miose, sedação e disforia (delta) alterações no comportamento afetivo (sigma) disforia, alucinações, estimulação vasomotora. Receptores acoplados à proteína G Abertura de canais de K Hiperpolarização celular Reducão na excitabilidade neuronal Inibição da abertura de canais de Ca+2 Inibição da liberação de Neurotansmissores Mecanismo de ação Transmissão da Dor Estímulo OPIÓIDES OPIÓIDES OPIÓIDES ENDÓGENOS Foram identificadas três famílias distintas de peptídeos opióides endógenos: Encefalinas endorfinas Dinorfinas ATIATIVAM OS RECEPTORES OPIÓIDES ATIVAM OS RECEPTORES OPIÓIDES Via descendente Inibitória Histórico do Ópio • Obtido da planta denominada Papaver somniferum, por incisão da bolsa de sementes após as pétalas terem caído. O látex branco, torna-se marrom e endurece. Esta goma marrom é o ópio. • Utilizado a mais de 6.000 anos, pelos egípcios, gregos e romanos. • Contém cerca de 20 alcalóides, incluindo morfina, codeína, tebaína e papaverina. • Em 1803, Sertürner, farmacêutico alemão isolou o principal alcalóide do ópio Morfina Papaver somniferum Obtenção do Ópio Analgésicos Opióides Agonistas Compostos naturais: -Morfina, codéina, papaverina, tebaína -Compostos semi-sintéticos: Heroína, Hidromorfona, Oximorfona Oxicodona e Hidrocodona -Compostos sintéticos: -Meperidina, difenoxilato, propoxifeno, loperamida, fentanil, sulfetanil, alfentanil, metadona - Agonistas-antagonistas mistos - Nalbufina, buprenorfina, pentazocina Antagonistas - Nalorfina, Naloxona, Naltrexona, levalorfan Analgésicos Opióides Efeitos sobre o SNC Analgesia Depressão respiratória Miose Estimulação do centro do vômito Supressão da tosse Euforia Sedação Disforia EFEITOS SOBRE O TGI Constipação - motilidade com tônus Diminuição na secreção de ác. Clorídrico demora no esvaziamento gástrico pode retardar a absorção de medicamentos Diminuição das secreções biliares, pancreáticas e intestinais OUTRAS AÇÕES Liberação de histamina dos mastócitos - urticária e prurido no local da injeção - broncoconstrição e hipotenção asmáticos Vasodilatação periférica hipotensão Trato genitourinário - depressão da função renal ( do fluxo plasmático renal) - do tônus do esfíncter uretral pode levar à retenção urinária. OUTRAS AÇÕES •Útero - pode haver prolongamento do trabalho de parto (relaxamento da parede uterina) • Neuroendócrino -estimulação da liberação do hormônio antidiurético, prolactina e somatotropina, diminui a liberação de hormônios sexuais e de crescimento Efeitos imunossupressivos - susceptibilidade à infecções Uso dos opióides TRATAMENTO DA DOR AGUDA (ANALGESIA) Uso dos opióides • Tosse - Em desuso devido ao desenvolvimento de antitussígenos sintéticos que não causam dependência. Codeína, dextrometorfano, levopropoxifeno • Diarréia •loperamida e difenoxilato penetração pobre no SNC poucos efeitos subjetivos Uso dos opióides • Anestesia - medicação pré anestésica - propriedades sedativas, ansiolíticas e analgésicas -podem ser usados com drogas anestésicas primárias (fentanil, sulfetanil, alfentanil – 80 vezes mais potente que a morfina. Efeito analgésico intenso, porém menos duradouro que o da morfina - analgésicos regionais ( ação direta sobre a medula espinhal) quando administrados nos espaços epidural ou subaracnóide da medula espinhal reversão com naloxona Resções adversas dos analgésicos opióides • Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas • Depressão respiratória •Hipotensão •Sedação • Náuses e vômitos • Aumento da pressão intracraniana • Constipação • Retenção urinária • Urticária (mais freqüente com adm parenteral) •Potencial de abuso TOXICIDADE AGUDA Dose tóxica/letal ≥ 120 mg no adulto Sintomas: diminuição da frequência respiratória e pressão arterial, pupilas puntiformes inicialmente, cianose, na hipóxia pupilas dilatadas, retenção urinária, hipotermia, coma e morte por parada respiratória Tratamento: respiração artificial, naloxona Antagonistas opióides • Protótipo = Naloxona • Antagonista competitivo de todos os receptores opióides • reverte a ação ou bloqueia a ação de agonistas • útil na superdosagem por opióides • Diagnóstico de dependência- precipita síndrome de abstinência em usuários crônico de opióides • Biodisponibilidade reduzida por via oral • Durarção de efeito em torno de 4 horas • Via de adm. IM ou IV (0,4 a 0,8 mg) • Elevação da frequência respiratória dentro de 1 a 2 mint • Sedação e hipotensão revertidas rapidamente Analgésicos opióides Tolerância:aparece para os efeitos: euforia, analgesia, sedação e sensação de bem-estar Dependência Dependência Física Dependência Psicológica TOLERÂNCIA aumento na dose necessária para produzir determinado efeito farmacológico (Rang & Dale, 1997) DEPENDÊNCIA FÍSICA Caracterizada por uma síndrome de abstinência bem definida. Rinorréia, lacrimejamento, bocejos, calafrios, piloereção, febre, midríase, dores musculares, vômitos, ansiedade e irritação iniciam-se 6-10 hs após a última dose com efeitos máximos observados em 36-48 h. suprimidos com a administração de opióides DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA Desejo mórbido pela droga que pode durar de vários meses a anos de duração. Tratamento da Dependência de Opióides: Desintoxicação • administrar doses baixas de metadona ou buprenorfina oralmente várias vezes diariamente por vários dias - esse tratamento impede a abstinência de heroína/morfina • a abstinência após interrupção de metadona ou buprenorfina é muito mais tolerável do que a abstinência de heroína/morfina Preparações disponíveis -Alfentanil (Alfenta) parenteral -Buprenorfina ( Buprenex) parenteral -Codeína, sulfato ou fosfato (genérico) oral e parenteral - Fentanil (Sublimaze) parenteral e sist. Transdérmico - Meperidina (genérico, Demerol, Dolantina) oral e parenteral - Metadona (Dolofina) oral Preparações disponíveis -Morfina, sulfato (genérico, outros) oral, oral de liberação prolongada (MS-Contin), parenteral e retal - Nalbufina (genérico, Nubain) - Oxicodona (genérico) oral - Oximorfona (Numorphan) parenteral e retal - Propoxifeno (genérico) oral - Sufentanil (Sufenta) parenteral Combinações analgésicas - Codeína/paracetamol (Tylex) - Codeína/ aspirina - Hidrocodona/acetaminofeno - Oxicodona/acetaminofeno - Oxicodona/aspirina - Propoxifeno/aspirina (Doloxene-A)