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Perseu e Medusa Se olhar matasse você já estaria morto, transformado em pedras só por olhar. Este é o mito de Medusa, uma monstruosa mulher, temida pelos homens, no campo de batalha ou não, mas um inimigo admirável, ou seja, um grande herói, a desafiará. Com a relação entre Perseu e Medusa? Onde o Pégaso entra nessa história? Vamos ver o que temos por trás desse mito surpreendente? A Medusa que nós vemos representada em vasos é uma mulher com presas de javali, serpentes que se enrolam na cabeça, ao invés de cabelos e nos encara fixamente. Na Grécia antiga, os mitos davam sentido ao mundo confuso. Os relatos registravam a história, explicavam a natureza e ditavam como as pessoas deviam viver e o mito de Perseu, Medusa e Pégaso não era diferente. Os relatos ensinavam lições a sociedade e ajudavam a organizar as coisas e a história de Medusa nos da indicações de alguns valores da antiga sociedade grega, certamente da no mínimo a noção de experiência masculina, na medida em que uma vez na vida se sentiram totalmente enfeitiçados por um tipo envolvente de mulher. Medusa podia destruir um homem só com o olhar penetrante. Esse poder a tornava quase invencível. O mito da Medusa desperta várias medos nas pessoas, especialmente em homens: o medo da mulher poderosa, a qual você não consegue desviar os olhos e que pode ver o homem por dentro, expondo-o totalmente, pode congelar o homem ali mesmo, devorar, consumir o homem. Os homens têm muito medo desse tipo de mulher. Para os gregos antigos a imagem de Medusa era uma das mais aterrorizantes de toda a mitologia. Mas ela não foi sempre um monstro. Segundo o mito, Medusa já foi uma mulher deslumbrante e que todos os homens da Grécia queriam possuir. Ela era descrita como uma linda mulher, com longos cabelos, todos os homens a queriam e todas as mulheres a invejavam. Mas Medusa não podia se casar porque era sacerdotisa de Atena (deusa da guerra). Ligada a um eterno voto de castidade. Atena é a deusa protetora da grande cidade de Atenas e é também uma deusa virgem, sexo não faz parte da vida dela e na verdade ela está além do alcance de qualquer desejo masculino. As servas do templo de Atena tinham que ser virgens e dedicar suas energias não a tarefas domésticas, mas aos serviços da deusa. Medusa, a repugnante imagem do mal começou como um símbolo de pureza. Mas, no templo de Atena é onde de desenrola o trágico destino de Medusa. A beleza de Medusa estava fora de alcance, pois vivia a serviço de Atena, mas um pretendente não deixaria um voto de castidade atrapalhar seus planos, era Poseidon (deus do mar). Poseidon era o grande poder masculino. Era o deus do mar, das tormentas e dos terremotos que assaltado pelo desejo resolveu agir e violentou a virgem sacerdotisa. Ele violentou Medusa dentro do templo de Atena. Roubou a virgindade de Medusa, certamente um crime grave em qualquer época. Medusa ficou arrasada. Sua inocência foi roubada e sua vida mudaria para sempre. Ela foi vítima de estupro e não mais de casar segundo o costume grego e também não podia mas servir a deusa, pois não era virgem. Em vários ritos religiosos, a mulher devia se purificar depois do sexo, então, fazer sexo no templo equivaleu a profanar o local e com isso despertou a ira de Atena. Ela ficou furiosa, mas não com Poseidon, pois como um poderoso deus masculino o que fez não surpreende. Aos olhos de Atena, é Medusa quem deveria ser castigada. A vítima se tornaria a acusada, pois em todos os mitos a figura feminina violentada é a punida. Com isso, Atena vai ditar uma sentença arrasadora a sua sacerdotisa. Medusa de bela se tornará um monstro. A história de Medusa é uma tragédia porque ela nem foi culpada de nada, foi Poseidon que a violentou no templo de Atena, mas ela foi transformada em monstro. No mito a deusa Atena a castigou e torturou começando nela uma grande transformação. Sua pele rachou e ressecou e seus lindos e sedosos cabelos se tornaram um emaranhado de serpentes venenosas. A horrível transformação de Medusa estava quase completa, mas ela ainda teria que passar pior e maior fase da sua maldição. Agora, ela será alguém que petrifica com o olhar quem estiver olhando para ela e será isolada da sociedade humana. Medusa não poderá mais interagir com ninguém e o que Atena fez foi confinar aquela pobre mulher a uma vida solitária até o fim dos seus dias. Pelo trágico crime por ter sido estuprada, Medusa perdeu seu status, sua beleza e a habilidade de olhar para qualquer pessoa sem matá-la e veio o golpe final. Ela foi banida para uma ilha remota e desolada para sempre. No mito, Medusa se tornou um monstro chamado górgona (nome que vem do grego antigo e significa horrrível). A górgona é um monstro horrível com pele escamada e olhos esbugalhados e que petrifica a pessoa pra olha. Medusa foi o primeiro ser mortal a ser transformada nesse tipo de monstro. Toda a aparência dada a Medusa foi inspirada pela visão de um cadáver, ela virou a nítida face da morte. Mas sua transformação física foi só o começo da punição. Sua aparência horrível faria dela uma Sua aparência horrível faria dela uma pária, mas seu poder petrificador faria dela um alvo. Pois o guerreiro que vencer Medusa possuirá a maior arma para uma batalha, sua cabeça decepada ainda poderia petrificar... Homens de todo o Mediterrâneo saíram para matar Medusa, e tomar para si seu poder. Mas um deles queria mais do que a glória, seu nome era Perseu. Sua caça pela cabeça de Medusa é uma das maiores aventuras da mitologia. A história de Perseu começa em Argos, uma região real do sul da Grécia. Na antiguidade, muitas vezes o mito era situado em locais específicos e isso era importante porque quem vivia nesses lugares podia dizer que tinha ligação com algum herói divino. No mito, Argos era governado por um tirano chamado Acrísio, o rei tinha um problema, não ter um herdeiro homem para manter a propriedade em família era deixá-la a um primogênito ou a um herdeiro homem mais velho, mas Acrísio só tinha uma filha, Dânae e ela não tinha filhos, então o rei foi consultar uma profetiza para saber se ele teria um neto e a profecia feita para Acrísio foi de que se sua filha tivesse um filho, esse o mataria quando crescesse. Quando ele descobriu que seria morto pelo filho da filha, ficou apavorado e decidiu que teria que evitar que a filha engravidasse. O medo de pular uma geração, o medo de perder o poder para a geração do neto era real se você tivesse um filho e algo que pudesse ser tomado, cedo ou tarde teria de ficar de olho no garoto. Vencido pelo terror, o rei concebeu um plano para salvar a própria pele. Acrísio mandou que a filha Dânae fosse trancada em uma torre onde não visse ninguém, uma vida muito infeliz. Dânae foi deixada sem ar e sem comida, esse foi o jeito do rei para matar a filha sem sujar as mãos de sangue. O rei ficou esperando a notícia da morte da filha e ficou muito surpreso por nunca ter recebido de que tivesse morrido de fome ou de sede. Depois de um tempo começaram a ver luzes e a ouvir ruídos vindos da torre e Acrísio foi ver o que a filha estava fazendo. O rei entrou no quarto da filha e descobriu para seu horror, não só que ela estava viva, mas que tinha um filho, Perseu. Acrísio ficou surpreso por alguém acessar a tão protegida torre para engravidar a filha, mas o pai do bebê não era mortal, era o rei dos deuses gregos, o maior conquistador da mitologia, Zeus. Zeus viu Dânae através das grades e se apaixonou por ela, então ele desceu a torre como a única forma que poderia passar pelas grades, como chuva de ouro. Ele tomou a forma de uma cascata de ouro e se deixou cair no quarto para poder amar Dânae. Perseu nasceu tanto mortal quanto divino, um tipo de herói chamado semi-deus. Para cumprir seu destino de semi-deus, Perseu tinha primeiro que sobreviver a ira do avô. O rei Acrísio temia que o menino cumprisse a profecia de que o mataria quando crescesse. Seu primeiro impulso foi matar mãe e filho, mas o medo da vingança de Zeus foi maior e ele imaginouque a própria natureza poderia matá-los. Então, Acrísio decidiu colocar mãe e filho em uma espécie de barco e depois lançá-los ao mar. Dânae e Perseu foram deixados a deriva para morrer sem comida, sem rumo e sem proteção contra os perigos do mar. Enquanto isso, em uma ilhota além das ondas, Medusa acrescentava estátuas a seu jardim mortal. Eram guerreiros petrificados que queriam pegar sua cabeça, cujo poder todos os conquistadores queriam. O poder de Medusa em petrificar os homens deve ter originado a expressão “olhar mortal”, mas os antigos gregos acreditavam também que seu poder poderia ser utilizado para o bem. Em grego o nome Medusa tinha uma conotação positiva, que queria dizer “guarde-a”. Sua imagem era muito usada para prevenir do perigo e até apareceu na armadura de alguns temidos guerreiros. Também usavam sua imagem para assustar crianças, o símbolo da Medusa era colocado no fogão para evitar que as crianças abrissem a porta do forno. A Medusa era usada pelos pais para assustar as crianças para que comessem. Medusa tinha sua cabeça à prêmio. Guerreiros de todos mundo grego viajam até sua ilha esperando cortar sua cabeça e usá-la como arma contra seus inimigos. Até aqui todos que tentaram cometeram o mesmo erro, olharam primeiro para ela, mas um herói estava determinado a quebrar o feitiço e enquanto Medusa vagava entre as suas estátuas, Perseu do outro lado do mar crescia em uma ilha chamada Serifos. Perseu cresceu muito forte e muito protetor de sua mãe. Ele tinha boas razões para proteger a mãe, pois o rei de Serifos tinha planos para ela. O rei não gostava muito de ter Perseu por perto, pois estava de olho em Dânae e queria se casar com ela, então o rei maquinou um plano para se livrar de Perseu. Exigiu que um presente caríssimo fosse dado a ele por todos os súditos e quem não o desse seria banido. Ele sabia que Perseu era pobre e não cumpriria a ordem. Perseu ficou dividido e então tomou uma decisão impulsiva que poderiam ter graves conseqüências. Perseu disse que não poderia comprar o presente, mas que traria algo que ninguém jamais conseguiu a cabeça de Medusa. Perseu enfrentou esse grande desafio com o entusiasmo de um jovem que quer demonstrar ser um homem. Mas, ele estava totalmente despreparado para a tarefa, Perseu não tinha armas, não tinha experiência e não tinha a menor idéia de como matar Medusa. Perseu não sabia por onde começar e nem para onde ir, mas como todos os heróis e especialmente os heróis, cujo, os pais são deuses recebem ajuda sobrenatural, com Perseu não foi diferente. Perdido, Perseu rezou e os deuses o ouviram. O pai, Zeus, mandou descer um mensageiro divino, Hermes, que deu a Perseu um par de sandálias aladas para que ele pudesse voar sobre todos os continentes com a velocidade de um avião a jato. Agora que Perseu estava ocupado com asas e precisaria se equipar com armas. Hermes também deu um conselho a Perseu, para que achasse as ninfas (lindas mulheres que tinham as armas mágicas de que ele precisava para matar Medusa) e o paradeiro dessas ninfas só as três irmãs gralha, velhas e malvadas, saberiam, mas elas detestavam visitas. Perseu tinha de fazer com que elas falassem para salvar sua mãe e sobreviver ao encontro com Medusa. Perseu usou suas sandálias para chegar até a ilha das irmãs Gralha e quando as encontrou percebeu que eram cegas e só tinham um olho que passavam de uma para outra, sendo assim Perseu roubou esse olho e as irmãs entraram em pânico. Perseu dono da situação exigiu saber onde estavam as ninfas e as irmãs revelaram seu paradeiro. Perseu devolveu o olho e seguiu para o encontro das ninfas e elas entregam a Perseu três armas essenciais: a espada de Zeus, o escudo de Atena, e o elmo (capacete) de Hades (deus dos mortos). Agora Perseu estava pronto para cumprir seu destino. Enquanto Perseu estava em busca de Medusa, um casamento contra a vontade de sua mãe estava sendo preparado. Perseu precisava agira rápido. A perigosa caçada a cabeça de Medusa o fez viajar milhares de quilômetros, mas chegou o momento da verdade. Os deuses o ajudaram a chegar ao jardim mortal de Medusa, mas o resto era com ele. Medusa estava cercada de rochas muito frias, tudo que estava a sua volta eram pedras. Perseu teve medo ao dar seus primeiros passos ao destino, mas não foram passou para frente, o jovem herói lentamente retrocedeu. Perseu era esperto e percebeu que atacar Medusa de frente seria sua derrota, pois seria transformado em pedra, então, ele pegou o escudo e se aproximou dela de costas. Ele sabia que o escudo o protegeria, mas não tinha certeza de mais nada. Cautelosamente, Perseu foi em direção a ela com os olhos fixos no escudo, pois o menor passo em falso seria fatal. Perseu percebendo a presença de Medusa fechou os olhos e deu um giro com a espada e em um só golpe a cabeça de Medusa caiu no chão. Seus anos de tormento e isolamento finalmente terminaram. Mas a história de Medusa não acaba ai. Uma das coisas também notáveis é que sua cabeça mesmo depois de morta e colocada em um saco, ainda podia transformar a pessoa que olhasse para ela em pedra. Perseu agora detinha a arma mais perigosa da terra. No mito, o dia do casamento real havia chegado. O pai da noiva e avô de Perseu veio de Argos. Perseu chegou no exato momento da cerimônia de casamento e ficou muito furioso. Então, levantou a cabeça de Medusa e disse: “rei eis o seu presente”. O olhar petrificou o rei e o imobilizou eternamente, mas ele não foi o único a olhar, Acrísio também foi petrificado. Dânae foi salva pelo filho e Perseu ganhou seu lugar como um dos heróis mais valentes da mitologia. Essa perigosa aventura transformou o menino em um homem que só pelo grande amor pela mãe conseguiu vencer momentos difíceis. Perseu deixou sua marca, cresceu com seu mérito e tornou um herói, alguém que os gregos admiravam muito. Depois de salvar a mãe, Perseu levou a cabeça de Medusa em tributo a Atena e no fim quem castigou Medusa perdeu seu poder. O fim dessa história tem um aspecto poético, quando a cabeça da Medusa se torna um ícone da armadura de Atena. Depois da desgraça da moça por entrar em conflito com a deusa, Atena teve a primeira e a última palavra. Essa história fechou um círculo, mas Perseu e Medusa estão unidos para sempre no céu noturno. Pégaso Quando Perseu cortou a cabeça de Medusa, o sangue, caindo sobre a terra, transformou-se no cavalo alado Pégaso. Minerva pegou-o e amansou-o, dando-o de presente às musas. A fonte de Hipocreue, situada na montanha onde viviam as musas, Hélicon, foi aberta por um coice daquele cavalo. A Quimera era um monstro horripilante, que expelia fogo pela boca e pelas narinas. A parte anterior de seu corpo era uma combinação de leão e cabra e a parte posterior, a de um dragão. Causava grandes estragos na Lícia, de sorte que o rei do país, lobates, procurava um herói para destruí -la. Naquela ocasião, chegou à sua corte um jovem e bravo guerreiro, chamado Belerofonte, que trazia carta de Proteu, genro de lobates, recomendando-o em termos calorosos como um herói invencível, mas acrescentando, no fim, um pedido ao sogro para mandar matá-lo. O motivo disso é que Proteu tinha ciúme de Belerofonte, por desconfiar de que sua esposa, Antéia, nutria demasiada admiração pelo jovem guerreiro. Ao ler as cartas, Lobates ficou hesitante, não querendo violar as regras da hospitalidade, mas desejoso de satisfazer a vontade do genro. Teve, então, a idéia de mandar Belerofonte lutar contra a Quimera. Belerofonte aceitou a proposta, mas antes de entrar em combate, consultou o vidente Polido, que o aconselhou a recorrer, se possível, para a luta, ao cavalo Pégaso. Para esse fim, o jovem deveria passar a noite no templo de Minerva. Assim fez Belerofonte e, enquanto dormia, Atena procurou-o e entregou-lhe uma rédea de ouro, que se encontrava na mão do jovem quando ele despertou. Minerva mostrou-lhe, também, Pégaso bebendo água no poço de Pirene, e, mal avistou a rédea dourada, o cavalo aproximou-se docilmente em se deixou cavalgar. Nele montado,Belerofonte elevou-se nos ares, não tardou a encontrar a Quimera e obteve uma fácil vitória sobre o monstro. Depois de vencer a Quimera, Belerofonte foi exposto a novos perigos e trabalhos por seu pouco amável hospedeiro, mas, com a ajuda de Pégaso, triunfou em todas as provas, até que Iobates, vendo que o herói era particularmente favorecido pelos deuses, deu-lhe sua filha em casamento e tornou-o seu sucessor no trono. Afinal Belerofonte, por seu orgulho e presunção, incorreu na ira dos deuses; chegou, segundo se conta, a tentar voar até o céu em seu corcel alado, mas Júpiter mandou um moscardo atormentar Pégaso. O cavalo atirou ao chão o cavaleiro, que, em conseqüência, se tornou coxo e cego. Depois disso, Belerofonte vagou sozinho pelos campos aleanos, evitando o contato dos homens, e morreu miseravelmente. Pégaso subiu para os céus, onde virou uma constelação. Biografia: * Documentários – History Channel * O livro de ouro da Mitologia – Thomas Bulfineh