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DIREITO PENAL I 
SEMANA 9 AULA 18 
 CONTINUAÇÃO 
 SEMANA 09.AULA 18. 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE. 
 ►OBJETIVOS DA SEMANA DE AULA. 
• Conhecer o Plano de Aula 
• Reconhecer as situações nas quais haja a concorrência de 
 mais uma causa para a produção do resultado ilícito. 
• Identificar as causas interruptivas do nexo causal e as 
 teorias a serem aplicadas para fins de responsabilização 
 penal. 
SEMANA 9. AULA 18. 
I. Dependente – art.13, caput, CP 
II. Absolutamente 
Independente 
- preexistente – art.13, caput, CP 
- concomitante – art.13, caput, CP 
 - superveniente – art.13, caput, CP 
III. Relativamente 
 Independente 
- preexistente – art.13, caput, CP 
- concomitante – art.13, caput, CP 
- superveniente – art.13, §1º, CP 
SEMANA 9. AULA 18. 
 CASOS CONCRETOS 
 1) Haroldo após longo e exaustivo dia de trabalho ingressa em um ônibus 
para retornar à sua casa. Em razão do cansaço adormece durante o trajeto 
sendo acordado com o estrondo causado pela colisão do coletivo com um 
poste de iluminação pública. Felizmente não sofre nenhum ferimento. 
Atordoado e meio zonzo, Haroldo desce do ônibus e pisa no fio de alta 
tensão do poste caído ao chão devido à colisão vindo a levar uma descarga 
elétrica muito forte e a falecer instantaneamente em razão desta. Diante 
desta situação, com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu 
professor: Há relação de causalidade, para fins de caracterização de 
responsabilidade penal entre a conduta do motorista do coletivo e o 
resultado morte de Haroldo? Responda, fundamentadamente, consoante as 
teorias adotadas pelo Código Penal. 
SEMANA 9. AULA 18. 
 2)Tendo em vista as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da 
relação de causalidade analise as assertivas abaixo de modo a 
tipificar a conduta do agente. Responda de forma justificada, indicando 
a teoria adotada, a relação de causalidade, a espécie de causa 
aplicável e o respectivo dispositivo legal. 
 I.Flávio desentendeu-se com um transeunte, Lauro, e desferiu-lhe 
dois tiros, os quais o acertaram, levemente, na perna, sem que, 
contudo, tenha a vítima caído ou cambaleado. Flávio, inobstante 
tivesse mais balas em seu revólver, não mais aciona sua arma e 
deixou o local. Entretanto, a vítima veio a falecer, uma vez que era 
hemofílica.. Neste caso o resultado morte será imputável a Flávio. 
 PORQUE 
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 II. a hemofilia, é causa relativamente independente preexistente à conduta 
de Flávio e, consoante a teoria da equivalência das condições, não 
interrompe o nexo causal. 
 3) No que se refere à teoria da conditio sine qua non, julgue os itens 
subseqüentes: (Procurador do Estado/RR -2004 1° fase).OBS. comente se a 
assertiva é verdadeira ou falsa e fundamente sua resposta apontando a 
teoria aplicável e o respectivo dispositivo legal. 
1.1. Causa é toda circunstância anterior sem a qual o resultado ilícito não 
teria ocorrido; 
1.2 Amauri quis matar Beto e o esfaqueou; porém, Carlos já havia ministrado 
veneno a Beto, que morreu em virtude da ação de Carlos. Nessa situação, o 
envenenamento é causa 
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preexistente absolutamente independente em relação à conduta de Amauri, 
que exclui o nexo de causalidade; 
1.3. Ana atirou com um revólver contra Bia, atingindo-lhe o braço. A vítima, 
por ser hemofílica, sangrou até a morte. Nessa situação, a hemofilia é causa 
concomitante absolutamente independente em relação à conduta de Ana; 
 1.4. Um indivíduo mortalmente ferido por outro foi colocado em uma 
ambulância, que, no trajeto para o hospital, colidiu com um poste, 
oportunidade em que a vítima morreu em razão dos novos ferimentos. 
Nessa situação, por se tratar de hipótese de causa relativamente 
independente, o autor responde por tentativa pela tentativa de homicídio. 
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REVISÃO 
1) Assinale a alternativa correta: 
a) O princípio da intervenção mínima do direito penal aplica-se 
somente no momento da criminalização primária, pois no 
momento da criminalização secundária vige o princípio da 
obrigatoriedade e da indisponibilidade. 
b) O princípio da proporcionalidade preconiza a idéia de que a 
punição deve guardar relação com o fato praticado. 
c)A criminalização secundária consiste na individualização da pena. 
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 2) Os princípios referentes à teoria do concurso aparente de 
tipos penais não incluem o princípio da: (33º Exame 
OAB/CESPE-UnB). 
a) consunção.. 
b) especialidade. 
c) subsidiariedade 
d) proporcionalidade. 
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 3) (Promotor de Justiça- MG- 2003) A respeito da lei penal 
no tempo, marque a opção FALSA. 
a) A denominada lei intermediaria, sendo a mais benéfica, 
retroagira em relação à lei anterior ( do tempo d;o fato) e 
será ao mesmo tempo, ultrativa em relação à lei posterior 
( que a sucedeu antes do esgotamento dos efeitos jurídico- 
penais do acontecimento delitivo). 
 b)A lei posterior, que deixa de considerar como crime 
uma determinada conduta, retroage para alcançar os fatos 
anteriores à sua vigência, ainda que definitivamente 
julgados. 
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 c) As leis excepcionais ou temporárias são ultrativas, ou seja, 
têm eficácia mesmo depois de cessada sua vigência, regulando os 
fatos praticados durante seu tempo de duração. 
 d) Em decorrência do principio de legalidade, a lei penal não 
retroagira, salvo para beneficiar o agente. 
e) em virtude da abolitio criminis cessam a execução e os efeitos 
principais da sentença condenatória, como a imposição de pena, 
permanecendo os efeitos secundários, como a reincidência e a 
menção do nome do réu no rol dos culpados. 
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4) (Promotor de Justiça – RO -2006) O principio da ultima ratio: 
 a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras e 
função exclusiva da lei. 
 b) constitui-se em sistema descontinuo de seleção de ilícitos não 
sancionado todas as condutas lesivas dos bens mais relevantes. 
 c) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando 
que não há crime sem culpabilidade. 
d) implica na irretroatividade da lei penal. 
e) estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se 
constituir meio necessário para a proteção de determinado bem 
jurídico. 
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