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* * Formação Econômica Brasileira Prof.: Marcelo Colomer * * A Passagem do Século XVIII para XIX Final do século XVIII -> queda das exportações de açúcar e ouro Crescimento populacional do século XVIII -> Drástica redução da renda per capita. Reduzida integração econômica -> 4 regiões: faixa açucareira do Nordeste, região Mineira (incluía a região Sul do país), Maranhão e Pará. No caso do Pará, a região mostrava-se totalmente isolada da economia colonial. * * * * 1775-1783: Guerra da Independência dos EUA 1ª Revolução Industrial Inglesa 1789 – 1799: Revolução Francesa 1799 – 1815: Guerras Napoleônicas 1806: Bloqueio Continental Desarticulação da América Espanhola Redefinição do Mercado de Produtos Tropicais A Passagem do Século XVIII para XIX * * Maranhão-> Final do século XVIII é marcado por um forte estimulo desenvolvimentista: Era Pombal; Disputa entre Colonos e Jesuítas -> Pombal apóia os colonos mas coloca fim a qualquer forma de escravidão indígena; Importação de mão de obra escrava africana -> mudança na composição étnica da região; Criação da Companhia de Comércio do Maranhão -> início da produção de algodão e arroz; A Passagem do Século XVIII para XIX * * Final do Século XVIII -> As mudanças ocorridas no cenário internacional elevam os preços dos produtos tropicais beneficiando toda a economia Colonial: Maranhão: Algodão e arroz (150 navios por ano) Nordeste: Açúcar e algodão Sul: Pecuária e couro -> O crescimento econômico do final do século XVIII e início do século XIX sustenta-se em anormalidades precárias da economia mundial A Passagem do Século XVIII para XIX * * Mudanças Políticas 1808: Abertura dos Portos; fim do entreposto que representava Lisboa; 1810: tratados comerciais com a Inglaterra; Tarifa de importação: 15% para ingleses; 16% para portugueses e 24% para as demais nações estrangeiras. 1822: Independência Política do Brasil; Necessidade de eliminar definitivamente o entreposto português; 1827: tratados com a Inglaterra; Fim do tráfico negreiro 1831: subida ao poder da oligarquia rural exportadora; * * Ausência de uma burguesia comercial na colônia Explica a importância política assumida pela oligarquia exportadora Abertura unilateral do comércio entre Brasil e Inglaterra Pressões inglesas contra o tráfico negreiro Clima hostil entre ingleses e a oligarquia exportadora brasileira A utilização da mão-de-obra escrava era vista como o principal fator de competitividade da atividade açucareira em relação a produção nas Antilhas * * Independência Política Não significou Independência Econômica Tratados de 1810 e 1827 Os portugueses permanecem no poder até 1831 * * Arrecadação Fiscal Imposto sobre importação Gastos do Governo - = Déficit Fiscal Emissão de dívida interna Emissão de dívida externa Emissão de Moeda Inflação e desvalorização da moeda nacional Afeta principalmente as classes urbanas + Dificuldades econômicas Questionamento da autoridade do governo recém criado Revoltas no: Pará; Maranhão; Ceará; Pernambuco; Bahia; Minas Gerais, São Paulo; Mato Grosso e Rio Grande do Sul O desenvolvimento desarticulado das diversas regiões econômicas do país favorece ao sentimento separatista Duplicação do valor da libra em mil-réis * * Dificuldades econômicas do período pós-independência Queda do preço do açúcar e do algodão no mercado internacional Desagregação da economia mineira com reflexo na região sul do país 1830: Expansão da atividade cafeeira no centro-sul do país Formação de um sólido núcleo de estabilidade na região sudeste Permite manter a integridade territorial brasileira Reduzida capacidade de arrecadação Limita o governo recém criado de desempenhar suas funções Situação só melhora em 1844 quando expira o tratado com a Inglaterra * * Colônia de Povoamento Norte-Americana Até a primeira metade do século XIX, o algodão representava o fator dinâmico da economia dos EUA; Seu cultivo se dava aos moldes do café no Brasil e sua expansão permitiu a colonização do meio-oeste americano. O que explica então o pioneirismo dos EUA no processo de industrialização? * * O fracasso inicial do modelo de agricultura de exportação nos EUA levou a Inglaterra a adotar uma política restritiva a manufatura especial para os EUA; Dificuldades na importação de manufaturas estimulou o desenvolvimento de manufaturas locais; Grandes diferenças regionais e sociais o que permitiu o aparecimento de um mercado interno; Desenvolvimento da indústria naval; Guerra na Europa abre um grande Mercado para os Produtos Norte-Americano. Importância da agricultura do algodão nas primeiras fases da era industrial Inglesa. Importância do surgimento de um mercado de dívida pública Federal e Estadual. * * E o Brasil: porque não se industrializou junto com os EUA? O principal problema brasileiro no século XIX não estava somente nos acordos com a Inglaterra. “Fomentar a industrialização nessa época (sec. XIX), sem apoio de uma capacidade para importar em expansão, seria tentar o impossível num país totalmente carente de base técnica” FURTADO, 1920 “A causa principal de grande atraso relativo da economia brasileira na primeira metade do século XIX foi, portanto, o estancamento de suas exportações.” FURTADO, 1920 No período verificou-se um taxa de crescimento do valor das exportações inferior as taxas de crescimento do valor das importações -> queda na renda per capita. * * ECONOMIA CAFEEIRA * * Panorama econômico do início do século XIX O aumento do quantum exportado não ocorreu na mesma proporção que o aumento no valor das exportações Redução da renda real per capita Açúcar -> 24 % Algodão -> 50 % Couro -> 12 % Valor das Exportações (libra) Açúcar -> 100 % Quantum das Exportações Algodão -> 10 % Couro -> 100 % Queda de cerca de 40% nos termos de intercâmbio Diante de uma redução da renda do setor exportador, somente o desenvolvimento de atividades econômicas não exportadoras poderiam reverter a tendência de queda da renda real * * Condições Necessárias para a Industrialização no Início do Século XIX Existência de uma base manufatureira previamente instalada; Existência de mercado consumidor amplo; Capacidade de importar o progresso técnico europeu; Único produto que já tinha algum mercado consumidor era o tecido concorrência com os produtos ingleses impede o aproveitamento desse mercado Dadas as condições técnicas, econômicas e políticas da época era impossível desenvolver o setor industrial no Brasil no início do século XIX * * Transformações Ocorridas no Início do Século XIX Lento crescimento vegetativo da população; Instalação de um rudimentar sistema administrativo; Criação de um Banco Nacional; Preservação da unidade territorial; Lenta e limitada incorporação dos avanço tecnológicos -> setores de bens de consumo; Limitada oferta de mão de obra -> estancamento do tráfico negreiro; * * Retomada do Crescimento Necessidade de reinserção da economia brasileira no comércio internacional; Ausência de uma base produtiva interna; Queda dos preços internacionais do açúcar, algodão, couro e fumo Reduzido mercado consumidor; Dependência tecnológica; Reduzida capacidade do Estado em financiar o desenvolvimento; Elevado risco de crédito. * * Perda permanente do dinamismo das exportações tradicionais Desenvolvimento da produção de açúcar de beterraba na Europa; Expansão da produção de açúcar nas Antilhas inglesas; Desenvolvimento da produção de açúcar na Luisiana; Expansão da produção de açúcar em Cuba; Reorganização da produção escravista de algodão nos EUA; Expansão da produção de couro no rio da Prata; Necessidade de desenvolver uma atividade econômica cujo o principal fator de produção fosse a Terra * * Início da Produção de Café É introduzido no Brasil no início do século XVIII; Espalha-se pelas terras brasileira junto com a economia de subsistência; A produção comercial tem início na segunda metade do século XIX com a desorganização da produção de café no Haiti; Expansão do mercado de café na Europa e nos EUA; Expansão da produção do Rio de Janeiro; Menor grau de capitalização; Entre 1822 e 1832 o café representa 18% das exportações brasileiras; 1850 o café representa 40% das exportações. * * 1ª Fase: Áreas Produtoras Maciço da Tijuca; Vassouras; Barra da Piraí; Resende; Valença; Nova Friburgo; São Fidélis; Barra Mansa; Portos: Estrela(café do Médio Paraíba e da Zona da Mata Mineira); Magé (café de Cantagalo); Mangaratiba (cafés de São João Marcos, Resende, Piraí e Barra Mansa); Parati (Café de São José do Barreiro e Bananal); Angra dos Reis; Baía de Guanabara; Piedade; Iguaçu; e Porto de Caxias. * * Gestão da Economia Cafeeira Fluminense (I) Aproveitamento de recursos ociosos da mão de obra e de transporte proveniente da desagregação da economia mineira; Intensiva no fator terra; Organizada com base na mão de obra escrava; A partir da metade do século XIX, a redução do preço do açúcar e a elevação do preço do café estimula a migração de mão de obra do nordeste para o sudeste brasileiro; Surgimento de uma nova classe empresária formadas por homens da região com vocação comercial; Entrelaçamento dos interesses produtivos e comerciais; * * Empresários comerciais locais Vinda da Família Real par o Rio de Janeiro Mudanças nos hábitos de consumo Consolidação da área urbana do Rio de Janeiro Crescimento da população urbana Crescimento do mercado consumidor interno na região Desenvolvimento de áreas de produção de alimentos e animais no Sul de Minas Gerais Surgimento de uma classe empresarial local voltada para o abastecimento da Cidade do Rio de Janeiro * * O que vai diferenciar a classe dos cafeicultores das demais classes sociais é a consciência clara de seus interesses e objetivos; O espaço político deixado pela classe de produtores de açúcar foi facilmente preenchido pelos grandes produtores/comercializadores de café; Entrelaçamento dos interesses produtivos e comerciais; Gestão da Economia Cafeeira Fluminense (III) * * Atuação da nova classe empresarial: Aquisição de Terras; Recrutamento de mão de obra; Organização e direção da produção; Transporte interno; Comercialização nos portos (principal diferença em relação a atividade do açúcar); Contatos oficiais; Interferência na política. Utilização do aparato Estatal como instrumento de ação econômica -> Com a proclamação da república e a descentralização política os interesses dos cafeicultores passaram a ser melhor atendidos. Gestão da Economia Cafeeira Fluminense (II) * * O Problema da Mão de Obra A reduzida necessidade de capital e a abundância de terra fazia da mão de obra o único fator limitador da expansão do café; Proibição do tráfico negreiro em 1808; Reduzido crescimento vegetativo da população escrava; Economia de subsistência bem integrada a dinâmica social dos grandes proprietários de terra; População urbana pouco adaptada a realidade do campo; Elevada inelasticidade da oferta de trabalho * * Estoque de Mão de Obra Escrava Estoque de mão de obra escrava 2 milhões sendo que a maior parte estava imobilizada no complexo açucareiro Reduzido crescimento vegetativo da população escrava Utilização intensa da mão de obra disponível Fim do Tráfico Negreiro * * Mão de Obra Livre Organização da Economia de Subsistência Roças de Subsistência Roças de Subsistência Roças de Subsistência Roças de Subsistência Roças de Subsistência Roças de Subsistência Proprietário da Terra (geralmente um grande pecuarista) * * Mudanças Trazidas pela Revolução Industrial Rev. Industrial Desagregação das atividades tradicionais -> Liberação de Mão de Obra para a Indústria Intensificação do processo de urbanização -> Aumento das expectativa de vida Crescimento da População Européia