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Biomas Brasileiros Agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria Fonte: SBPC & ABC, 2011, O Código Florestal e a Ciência: contribuição para o diálogo. São Paulo. FLORESTA AMAZÔNICA • 9 países da América Latina Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname • 49,29% do território brasileiro • 5 Estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%). Área: 5.000.000 km2 • 38% de florestas ombrófilas densas floresta tropical úmida de terra firme igapó – água preta mata de várzea – água branca • 36% de florestas ombrófilas não densas campinarana (falta de nutrientes minerais no solo, na bacia do rio Negro) matas de bambu matas de cipó Manguezais • 14% de cerrados (Roraima) e campina • 12% de áreas antropizadas • 51 unidades de conservação de proteção integral, ocupando 4,12% do bioma • 77 unidades de conservação de desenvolvimento sustentável ocupando 8,99% do bioma • 259 terras indígenas, ocupando 22,86% do bioma • Clima: quente e úmido temperatura média 26C, precipitação média 2.000mm/ano • 1/5 de toda água doce do planeta • Durante os meses de chuvas, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros, podendo atingir 18 metros em algumas áreas • Toda água da bacia Amazônica converge para o Rio Amazonas • região com a maior biodiversidade de todos os continentes • 1 ha (100 x 100m) 100 a 300 espécies arbóreas • 1.700 espécies de peixes (mais que o oceano Atlântico) • metade das espécies de aves hoje conhecidas • possui maior diversidade de insetos (especialmente borboletas), répteis e anfíbios • Solos de baixa fertilidade desertificação • Ameaças: atividade agrícola de forma não- sustentável (SOJA) e a extração madeireira MATA ATLÂNTICA • costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando pelo interior em extensões variadas • Inteiramente 3 estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras 11 unidades da federação. Fisionomias Florestais: • florestas ombrófilas densas • florestas estacionais semideciduais (em que 20 a 50 % das árvores perdem as folhas no período seco do ano) • florestas ombrófilas densas e mistas (com araucária) • Ecossistemas Marginais: – restingas - 79% da costa brasileira, substratos arenosos, deficiências hídrica e nutricional, grande incidência solar, ventos fortes, salinidade e altas temperaturas do solo e do ar - manguezais - ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, submetida às influências de água salobra e marés, sendo portanto comumente encontrados em baías, estuários e reentrâncias da costa. - campos de altitude - situadas nas partes elevadas dos maciços montanhosos, constituídas principalmente por espécies arbustivas e campestres, paisagens rochosas e começam a surgir a partir de 1.200 metros. • 800 espécies de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos, inclusive as quatro espécies de mico-leão endêmicos • 450 espécies diferentes num só hectare de floresta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! • Floresta Tropical mais ameaçada do mundo! • 70% da população brasileira vive na região da Mata Atlântica • Ameaças: extração predatória do pau-brasil (utilizado para tintura e construção), ciclo da cana- de-açúcar, queima árvores para servir de lenha, jazidas de ouro, imigração levou a novos desmatamentos, que se estenderam até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária, café, extração da madeira, maiores cidades Brasileiras CERRADO • Totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados • Solo: antigo e profundo, ácido e de baixa fertilidade, tem altos níveis de ferro e alumínio • Clima tropical com uma estação seca pronunciada • Topografia da região varia entre plana e suavemente ondulada • Vegetação há muito coexiste com o fogo importante fator ecológico, que deve ter selecionado espécies adaptadas a este tipo de perturbação Dois grandes grupos funcionais podem ser identificados em relação às adaptações de resistência ao fogo: • herbáceas e subarbustos grande capacidade regenerativa após a ocorrência de queimadas regeneração é possível devido à presença de rizomas, xilopódios e bulbos reprodução sexuada das espécies fogo induz a floração de muitas espécies; evidenciado pelo grande número de espécies e indivíduos florescendo após a queimada, sendo que em muitas espécies, este evento é dependente do fogo Coutinho (1982, 1990) observou que o evento fisiológico que estimula a floração não está relacionado com as altas temperaturas, com os gases originados da combustão, e nem com o aumento de nutrientes no solo remover as partes velhas da planta • arbustos e arbóreas marcante adaptação a resistência ao fogo cascas espessas, funcionam como eficientes isolantes térmicos, protegendo o câmbio da ação do fogo grande capacidade de rebrota após fogo morte da parte aérea com rebrota basal ou subterrânea é comum depois de queimadas, e a rebrota aérea é mais rara • Efeito ecológico do fogo de grande importância interferência na Ciclagem de nutrientes fogo rapidamente mineraliza a matéria orgânica acumulada na superfície e transfere os minerais antes acumulados nesta para o solo • Este processo é especialmente importante solo é muito pobre, a deposição de cinzas se torna uma grande fonte de nutrientes para a vegetação • Fisionomias: – cerradão (com árvores altas, densidade maior e composição distinta) – cerrado stricto sensu - mais comum no Brasil central (com árvores baixas e esparsas) – campo cerrado, campo sujo e campo limpo (com progressiva redução da densidade arbórea) – florestas de galeria ou matas ciliares rios – 0,85% em UCs Cerrado denso Cerrado stricto sensu Campo sujo • Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro que mais alterações sofreu com a ocupação humana • Ameaças ocupação humana, garimpos, agricultura e pecuária PANTANAL • 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso • 1,76% do território brasileiro • Região de planície sedimentar periodicamente inundada pelo rio Paraguai e seus afluentes maior superfície inundável interiorana do mundo • Cheias chegam a cobrir até 2/3 da área pantaneira. • A altitude média é ca. 100 m e a declividade do terreno é muito baixa • Pluviosidade anual média = 1100 mm, com período chuvoso (200 mm/mês) de outubro a março e período seco (30 mm/mês) de abril a setembro 2 períodos distintos: • das águas (considerado o período das chuvas) que vai de novembro a março • das secas de abril à outubro terreno volta a secar, permanece sobre a superfície uma fina camada de lama humífera (mistura de areia, restos de animais e vegetais, sementes e húmus) propiciando grande fertilidade ao solo • As cheias anuais ocorrem principalmente devido ao extravasamento do leito dos rios • As médias mensais de temperatura oscilam de 20 (julho) a 27 ºC (dezembro) • Resfriamentos abaixo de 10 ºC de curta duração (2-3 dias) ocorrem entre abril e setembro Fisionomias: • ambientes florestais (capões, cordilheiras e matas ciliares) • campos inundáveis sazonalmente Pantanal da Nhecolândia durante seca - capões e cordilheiras • formações abertas arbóreas monoespecíficas, como paratudal (Tabebuia aurea, Bignoniaceae), cambarazal (Vochysia divergens, Vochysiaceae), carandazal (Copernicia alba, Arecaceae) e acurizal (Attalea phalerata, Arecaceae) • Depressões do terreno formam lagoas temporárias ou permanentes baías Salinas • Une características do cerrado, dos terrenos alagadiços e ainda espécies comuns na Floresta Amazônica • Ameaças: ocupação humana, agricultura e pecuária extensiva, iniciada há mais de duzentos anos e adaptada ao uso de pastagens nativas, manejadas através de queimadas anuais CAATINGA • Exclusivamente Brasileiro • Ceará (100%) e mais de metade da Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%) • Solo raso e com grande quantidade de pedras, razoavelmente fértil • Pluviosidade anual média = 300 a 800 milímetros anualmente • Quase todas as plantas perdem as folhas, eliminando a superfície de evaporação quando falta água (agosto) • Dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas "formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa" com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas • "ilhas de umidade" e solos férteis brejos normalmente localizados próximos às serras, onde a abundância de chuvas é maior mandacaru • Remanescente deste bioma é inferior a 50% da área original e menos de 1% está representada em unidades de conservação • Ameaças: ocupação humana, cultivos e pastagens desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária CAMPOS SULINOS ou PAMPA • Rio Grande do Sul e ocupa 63% do território do estado • Clima subtropical • Vegetação é predominante rasteira, formada por gramíneas e algumas poucas árvores • Ameaças: ocupação humana, produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação com a criação de gado desertificação fim