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1 O Sistema Tributário é um conjunto de disposições relacionadas destinadas a regulamentar a atividade tributária do Estado. Brasil: a sistematização se deu em 1966, com a Lei 5.172/66 (CTN), que ainda permanece em vigor, regulando, junto com a Constituição atual a matéria tributária em solo brasileiro. Toda restrição imposta pela Constituição Federal às entidades dotadas do poder de tributar. Origens: Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, "Bill of Rights“ e no Brasil, na Constituição Imperial de 1824. Manifestam-se em: ◦ Princípios Tributários ◦ Imunidades 2 Princípios constitucionais que, ao vincular valores e bens essenciais ao regramento da relação Estado/propriedade privada no tocante a atividade tributária, estabelecem as barreiras ou limites que impedem o abuso da atuação do Estado em sua intenção de retirar compulsoriamente da sociedade valores que são de sua titularidade, ou seja, tributar. Bases de sustentação e validade do sistema; estabelecem o raciocínio lógico do fenômeno tributário respondendo aos questionamentos relativos ao “por que” de estabelecer-se a tributação de uma determinada circunstância de fato, “quais os objetivos” que esta tributação deve cumprir e “quais os limites” a que deve se submeter. Podem ser divididos em: gerais – que devem ser respeitados obrigatoriamente na instituição e cobrança de todos os tributos; e em específicos – de aplicação obrigatória, apenas, para um ou alguns tributos; são considerados como “cláusulas pétreas” de nossa Constituição, verdadeiros direitos ou garantias individuais (art. 150 CF) estando sujeitos às restrições do art. 60, parágrafo 4º, CF. Legalidade (art. 150,I) – decorrência lógica do art. 5º, II CF - o dever geral de contribuição somente pode concretizar-se por meio da norma - a lei (que estabelece todos os aspectos relativos à existência, estrutura e quantia da obrigação tributária ), instrumento pelo qual a Sociedade autoriza ao Estado a concretização do dever geral; sem exceção; lei geral = lei complementar (art. 146 CF). 3 Anterioridade (art. 150,III,b) - limitação ao poder de tributar concernente ao prazo necessário para exigibilidade da imposição tributária devidamente veiculada por lei; acepção dupla - a exigibilidade do tributos (ou sua majoração) somente ocorre no exercício seguinte e decorridos 90 dias da publicação da lei que os definiu. Irretroatividade (art. 150,III, a) - a lei que instituir ou aumentar tributo não poderá ser aplicada para fatos anteriores à sua vigência; casos de retroatividade – art. 106 CTN (lei interpretativa, retroação benéfica); Isonomia (art. 150,II) - determinação de que situações tributárias equivalentes tenham o mesmo tratamento; normas de caráter hipotético em face das categorias de indivíduos; Capacidade Contributiva (art. 145, § 1º) – a medida do dever geral de contribuição é a possibilidade que o individuo tem de suportar, financeiramente, o sacrifício pessoal exigido pela sociedade (efetividade do Princípio de Igualdade ); Não Confisco (art. 150, IV) - o tributo não pode ser utilizado para expropriar os bens ou rendas dos indivíduos; Liberdade de Tráfego (art. 150, V) - impede que haja a instituição e cobrança de qualquer tributo interestadual ou intermunicipal pela simples passagem de pessoas ou bens (exceção – pedágio); Uniformidade Geográfica (art. 151, I) - tributos da União não podem ser exigidos de forma diferenciada, em relação a Estado, Distrito Federal ou Município. 4 Disposições constitucionais que vedam ao legislador ordinário impor impostos sobre certas pessoas, matérias ou fatos. Circunstâncias subjetivas (a, b, c – art. 150 – incomunicáveis) ou objetivas (d – art. 150 – comunicáveis) definidas como excluídas do universo tributário nacional, ou seja, a respeito das quais, em qualquer hipótese e por quaisquer meios, não poderá haver tributação. Interpretação estrita. Art. 150, VI, da CF – “é vedado instituir impostos sobre”: • patrimônio, renda ou serviços uns dos outros; • templos de qualquer culto; • patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidade sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; • livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Imunidade - a Constituição Federal declara uma situação não-tributável. Isenção - a lei exclui uma situação, subtraindo-a da regra de incidência estabelecida sobre o universo do qual a mesma faz parte. Não Incidência - o fato (situação) simplesmente não é referido na lei, inexistindo tributação. Conceito: Poder atribuído pela Constituição Federal para que os entes políticos possam instituir e cobrar tributos. (arts. 153 a 156 – impostos; art. 145 – taxas e contribuição de melhoria; art. 149 – contribuições especiais; art. 149-A – contribuição de iluminação pública). Consagração do princípio de federalismo; competência legislativa plena (princípio de legalidade); 5 Características: • Facultativa • Indelegável • Intransferível • Irrenunciável Observação: a capacidade tributária ativa, isto é, as funções administrativas (arrecadação e fiscalização), podem ser delegadas. A imunidade recíproca impede que: (A) a União cobre Imposto de Renda sobre os juros das aplicações financeiras dos Estados e dos Municípios. (B) o Município cobre a taxa de licenciamento de obra da União. (C) o Estado cobre contribuição de melhoria em relação a bem do Município valorizado em decorrência de obra pública. (D) o Estado cobre tarifa de água consumida em imóvel da União. Defina as características básicas da chamada “alíquota zero”. 1- não se confunde c/ imunidade ou isenção; 2- âmbito da incidência; 3- cunho geral ligado `a extrafiscalidade; 4- não pagamento por ausência da medida quantificadora do tributo. 6 Sérgio Augusto G. Pereira de Souza prof.sergio_souza@ig.com.br Blog: http://sagps.blogspot.com Twitter: @sergiopsouza