Enviado por Mauricio Aquilante Policarpo em
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ait porté de fruit); “le maître, parce que le travail de cet ouvrier valait plus que le salaire” (deveria dizer: produisait plus de valeur que celle de son salaire).438 (SISMONDI. Op. cit., p. 135.) Todavia, a coisa assume figura inteiramente diferente se conside- ramos a produção capitalista no fluxo ininterrupto de sua renovação e se, em vez de lançarmos o olhar sobre o capitalista individual e o traba- lhador individual, lançamos sobre a totalidade, a classe capitalista e, diante delas, a classe trabalhadora. Mas com isso aplicaríamos um padrão de medida que é totalmente estranho à produção de mercadorias. Na produção de mercadorias defrontam-se apenas, independentes um do outro, vendedor e comprador. Suas relações recíprocas chegam ao fim no dia de vencimento do contrato concluído entre eles. Se a transação se repetir, será em conseqüência de novo contrato, que não tem nada a ver com o anterior e no qual somente por acaso o mesmo comprador e o mesmo vendedor estarão de novo reunidos. Se a produção de mercadorias ou um procedimento a ela pertencente deve ser julgado segundo suas próprias leis econômicas, temos de consi- derar cada ato de intercâmbio por si mesmo, fora de qualquer conexão com o ato de intercâmbio que o precedeu e com o que o segue. E visto que compras e vendas são efetuadas apenas entre indivíduos isolados, é inadmissível procurar nelas relações entre classes sociais inteiras. Por mais longa que seja a seqüência das reproduções periódicas e acumulações precedentes pelas quais tenha passado o capital que hoje funciona, este conserva sempre sua virgindade original. Enquanto em cada ato de troca — considerado isoladamente — são mantidas as leis do intercâmbio, o modo de apropriação pode experimentar um re- volucionamento total sem que seja afetado, de forma alguma, o direito de propriedade adequado à produção de mercadorias. Esse mesmo di- reito vigora tanto no início, quando o produto pertence ao produtor e este, trocando equivalente por equivalente, pode enriquecer apenas mediante seu próprio trabalho, como também no período capitalista, em que a riqueza social em proporção sempre crescente torna-se pro- priedade daqueles que estão em condições de apropriar-se sempre de novo do trabalho não-pago de outros. Esse resultado torna-se inevitável tão logo a força de trabalho é vendida livremente como mercadoria pelo próprio trabalhador. Mas também só a partir de então generaliza-se a produção de mercadorias, que se torna a forma típica de produção; somente a partir de então cada produto é, desde o início, produzido para a venda e toda a riqueza OS ECONOMISTAS 220 438 "Os dois ainda ganhavam; o trabalhador, porque lhe adiantaram os frutos de seu trabalho" (deveria dizer: do trabalho gratuito de outros trabalhadores) “antes que ele o fizesse” (deveria dizer: antes que o dele tenha dado fruto); “o empresário, porque o trabalho desse trabalhador valia mais que seu salário” (deveria dizer: produziu mais valor do que o de seu salário). (N. dos T.)