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ait porté de fruit); “le maître, parce que le travail de cet ouvrier
valait plus que le salaire” (deveria dizer: produisait plus de valeur
que celle de son salaire).438 (SISMONDI. Op. cit., p. 135.)
Todavia, a coisa assume figura inteiramente diferente se conside-
ramos a produção capitalista no fluxo ininterrupto de sua renovação e
se, em vez de lançarmos o olhar sobre o capitalista individual e o traba-
lhador individual, lançamos sobre a totalidade, a classe capitalista e, diante
delas, a classe trabalhadora. Mas com isso aplicaríamos um padrão de
medida que é totalmente estranho à produção de mercadorias.
Na produção de mercadorias defrontam-se apenas, independentes
um do outro, vendedor e comprador. Suas relações recíprocas chegam
ao fim no dia de vencimento do contrato concluído entre eles. Se a
transação se repetir, será em conseqüência de novo contrato, que não
tem nada a ver com o anterior e no qual somente por acaso o mesmo
comprador e o mesmo vendedor estarão de novo reunidos.
Se a produção de mercadorias ou um procedimento a ela pertencente
deve ser julgado segundo suas próprias leis econômicas, temos de consi-
derar cada ato de intercâmbio por si mesmo, fora de qualquer conexão
com o ato de intercâmbio que o precedeu e com o que o segue. E visto
que compras e vendas são efetuadas apenas entre indivíduos isolados, é
inadmissível procurar nelas relações entre classes sociais inteiras.
Por mais longa que seja a seqüência das reproduções periódicas
e acumulações precedentes pelas quais tenha passado o capital que
hoje funciona, este conserva sempre sua virgindade original. Enquanto
em cada ato de troca — considerado isoladamente — são mantidas as
leis do intercâmbio, o modo de apropriação pode experimentar um re-
volucionamento total sem que seja afetado, de forma alguma, o direito
de propriedade adequado à produção de mercadorias. Esse mesmo di-
reito vigora tanto no início, quando o produto pertence ao produtor e
este, trocando equivalente por equivalente, pode enriquecer apenas
mediante seu próprio trabalho, como também no período capitalista,
em que a riqueza social em proporção sempre crescente torna-se pro-
priedade daqueles que estão em condições de apropriar-se sempre de
novo do trabalho não-pago de outros.
Esse resultado torna-se inevitável tão logo a força de trabalho é
vendida livremente como mercadoria pelo próprio trabalhador. Mas
também só a partir de então generaliza-se a produção de mercadorias,
que se torna a forma típica de produção; somente a partir de então
cada produto é, desde o início, produzido para a venda e toda a riqueza
OS ECONOMISTAS
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438 "Os dois ainda ganhavam; o trabalhador, porque lhe adiantaram os frutos de seu trabalho"
(deveria dizer: do trabalho gratuito de outros trabalhadores) “antes que ele o fizesse” (deveria
dizer: antes que o dele tenha dado fruto); “o empresário, porque o trabalho desse trabalhador
valia mais que seu salário” (deveria dizer: produziu mais valor do que o de seu salário).
(N. dos T.)

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