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nalmente 1 pence por cabeça. Nosso aluguel é de 9 cêntimos por semana. Turfa para aquecimento custa não menos que 1 xelim e 6 cêntimos por quinzena".671 Estes são os salários irlandeses, esta é a vida irlandesa! De fato, a miséria da Irlanda está novamente na ordem do dia na Inglaterra. No final de 1866 e início de 1867, um dos magnatas rurais irlandeses, lorde Dufferin, lançou-se pelo Times à solução: “Quão humanitário da parte de tão grande senhor!” Na Tabela E, viu-se que, durante o ano de 1864, de 4 368 610 libras esterlinas de lucro global, 3 extratores de mais-valia embolsaram apenas 262 819; que no entanto, os mesmos 3 virtuoses da “renúncia”, em 1865 do lucro global de 4 669 979 libras esterlinas embolsaram 274 528; em 1864, 26 extratores de mais-valia, 646 377 libras esterlinas; em 1865, 28 extratores de mais-valia, 736 448 libras esterlinas; em 1864, 121 extratores de mais-valia 1 076 912 libras esterlinas; em 1864, 1 131 extratores de mais-valia, 2 150 818 libras esterlinas, quase a metade do lucro global anual; em 1865, 1 194 extratores de mais-valia, 2 418 833 libras esterlinas, mais da metade do lucro global anual. Mas a parte do leão, que um número ínfimo de magnatas fundiários devora do produto nacional na Inglaterra, Escócia e Irlanda, é tão monstruosa que a sabedoria de Estado inglesa achou conveniente não fornecer sobre a distribuição de renda da terra o mesmo material estatístico fornecido a respeito da distribuição do lucro. Lorde Duf- ferin é um desses magnatas fundiários. Que rendas da terra e lucros possam alguma vez ser “redundantes” ou que sua pletora tenha de algum modo conexão com a pletora de miséria do povo é, natural- mente, uma concepção tão “desrespeitosa” quanto “malsã” (unsound). Ele se atém a fatos. O fato é que à medida que o tamanho da população irlandesa diminui, as rendas da terra irlandesa aumen- tam, que o despovoamento “faz bem” ao proprietário fundiário, por- tanto também ao solo, portanto também ao povo, que é apenas aces- sório do solo. Por conseguinte, ele declara que a Irlanda ainda está superpovoada e que a corrente emigratória flui com demasiada len- tidão. Para ser completamente feliz, a Irlanda teria de liberar ao menos ainda 1/3 de milhão de trabalhadores. Não se presuma que esse lorde, poeta além do mais, seja um médico da escola de San- grado, que, toda vez que verificava que seus pacientes não tinham melhorado, prescrevia uma sangria, uma nova sangria, até que o paciente perdesse, junto com o sangue, também a doença. Lorde Dufferin pede uma nova sangria de apenas 1/3 de milhão, em vez uma de cerca de 2 milhões, sem a qual, com efeito, o milênio não se pode estabelecer em Erin. A prova é fácil de fornecer. MARX 335 671 Reports of Insp. of Fact. for 31 st. Oct. 1866. p. 96.